2. A Consulta em 7 passos
CONSULTA = Atividade principal do médico da família.
• É um processo com antecedentes, princípio, meio, fim e
conseqüências;
3. Fases e passos da consulta
• A consulta é composta por 3 fases e 7 passos;
• FASE INICIAL = preparação e primeiros minutos com 2
passos.
1. Preparação: Revê a situação do médico, consultório
e do próximo paciente;
2. Primeiros minutos: Acolhimento do paciente e
detecção de indícios físicos e emocionais.
4. • FASE INTERMEDIÁRIA = Exploração, avaliação e
plano.
3. Exploração: Recolhe, analiza e cotextualiza dados.
4. Avaliação: Interpreta, estabelece diagnósticos e
prognósticos.
5. Plano: Planejamento de cuidados.
Fases e passos da consulta
5. • FASE FINAL = Encerramento e reflexão final.
6. Encerramento: Revê os planos, verifica as dúvidas e
despede-se do paciente.
7. Reflexão e notas finais: Reflexão crítica sobre o que
passou.
Fases e passos da consulta
6. Modelo clínico integrado
• A consulta em 7 passos é um método clínico centrado na pessoa;
• Centra-se na singularidade de cada indivíduo;
• Facilita a compreensão do doente e direciona a consulta,
fortalecendo a capacidade de discussão conjunta frente aos
problemas;
• Abordagem biomédica, psicossocial centrada na pessoa, atenta ao
médico e relação médico-doente.
7. PASSO 1 – PREPARAÇÃO DA CONSULTA
• “O começo é a parte mais importante de qualquer
trabalho” Platão
• Começar bem uma consulta significa prepará-la
cuidadosamente.
• Como eu, médico, estou? Forças e fraquezas...
• Consultar o que há sobre o paciente
• Avaliar as condições do ambiente
8. PASSO 2 – OS PRIMEIROS MINUTOS
• Acolhimento, primeiro contato, cumprimento
• É neste passo que começa a preparar-se um clima terapêutico
e onde se clarificam e acordam os problemas a abordar na
consulta.
• Primeiras impressões são muito importantes.
• A pergunta-chave deste passo é: Por que é que este doente
veio consultar-me hoje?
9. • Os principais objetivos deste passo são:
a)Abrir a consulta e o processo de comunicação;
b)Captar eventuais indícios de algo latente;
c)Preparar a criação de uma relação terapêutica;
d)Esclarecer os motivos de consulta mais importante;
e)Acordar os problemas a abordar na consulta – estabelecer a
ordem de trabalhos da consulta, para que ambos saibam o que
há para abordar, podendo verificar o que foi feito e o que falta
fazer.
PASSO 2 – OS PRIMEIROS MINUTOS
10. PASSO 3 - EXPLORAÇÃO
• Neste passo procede-se à recolha, análise e contextualização de
dados e de informações subjetiva e objetiva quer biomédica quer
psicossociocultural, através da condução criteriosa da anamnese e
da realização do exame objetivo.
• Anamnese, exame objetivo e contextualização
• Procurar apreender, sem modificar, a história do paciente
11. • Os principais objetivos deste passo são:
a) Obter uma anamnese adequada tendo em conta os motivos, as
expectativas e a agenda acordada para esta consulta;
b) Realizar o exame objetivo adequado a caracterização dos problemas
em estudo;
c) Testar hipóteses;
d) Complementar e contextualizar a informação colhidos pra, tendo
em conta as dimensões biomédicas e psicossociocultural do paciente
e dos problemas abordados;
e) Integrar e resumir os dados e a informação recolhidos.
PASSO 3 - EXPLORAÇÃO
12. PASSO 4 - AVALIAÇÃO
1) Racionalidade técnico-científica da abordagem médica.
chegar ao diagnóstico
2) Discorrer sobre o diagnóstico feito, ou seja:
Questionar
Explicar
Previsão/prognóstico
Impacto da doença
paciente
13. PASSO 5 – PLANO DE CUIDADOS
• Formular propostas de tratamento;
• Chegar a um acordo sobre o plano de tratamento;
• Propor medidas de prevenção.
• Comprometer o paciente:
Participação do paciente
Envolvimento do paciente
Objetivos e metas do paciente
Responsabilização do paciente
Com o tratamento
14. PASSO 6 – ENCERRAMENTO DA
CONSULTA
• “Serve para verificar se tudo ocorreu como desejado e se é oportuno
encerrar a consulta, se está tudo ok tanto para o medico como para o
paciente”.
• Neste momento, é importante perceber se o paciente obteve a resposta de
suas dúvidas, se a orientação de conduta indicada pelo médico ficou bem
entendida pelo seu paciente, independente do seu nível cultural.
• Tentar enxergar nas entrelinhas da relação medico e paciente, a satisfação
do seu paciente e suas expectativas. Precisamos ser persuasivos nesse
momento e também cordiais ao percebermos que é o momento de encerrar
formalmente a consulta.
15. PASSO 7 – REFLEXÃO E NOTAS FINAIS
• Momento que o médico precisa estar sozinho. Hora de atender as
suas necessidades formais para preenchimento dos registros no
prontuário do paciente;
• Também é hora do médico fazer uma auto avaliação da consulta.
Checar a coerência entre a queixa do paciente, o comportamento e a
conduta do médico frente a carência apresentada pelo paciente.
• Limpeza mental, cognitiva e descontaminação emocional para a
próxima consulta. Ter sempre presente que pode-se melhorar!
16. Considerações finais
• A consulta em 7 passos é uma forma de aprender a conduzir bem
uma consulta. Discutindo e treinando desde já, chega-se próximo do
padrão " consulta ideal“;
• Saber falar e saber ouvir é um grande desafio, muitas vezes maior do
que chegar ao diagnostico clinico;
• O bom senso leva a dar crédito as queixas do paciente sem
minimizá-las, porem mantendo o foco sem grandes desvios para não
faltar objetividade;
17. • O paciente na maioria das vezes vai consultar por alguma
carência, e na maior parte das vezes é afetiva. A sua queixa
clínica é a simbolização na prática de uma queixa psicossocial
da sua própria angústia;
• O paciente precisa ser olhado para se sentir confiante e
acreditado;
• E o médico por sua vez, precisa da valorização do paciente.
Considerações finais