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› Causa frequente de hospitalização
› Incidência: 48-160/ 100 mil hab.
› A incidência incidência anual de HDB é de
0,02% enquanto enquanto HDA apresenta
incidência de 0,2%. • Assim temos uma
prevalência 10 x maior de HDA •
Hemorragia digestiva baixa
Hemorragia digestiva alta
Definição: É qualquer sangramento que
ocorra no trajeto que vai do esôfago ao ânus
• Esôfago
• Estômago
• Duodeno
• Delgado
• Cólon, reto e ânus
Ângulo deTreitz
 Evidenciada clinicamente pela exteriorização
de hematêmese, melena ou enterorragia
 Ligamento de Treitz é a referência para
classificar a hemorragia digestiva em alta ou
baixa
Apresentações clínicas
H.D.B.
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- Oculta
Hematoquezia
- Evidente
H.D.A.
Hematêmese
Melena
Enterorragia Melena
 A história clinica deve ser detalhada
 Procurar uso de drogas e doenças
preexistentes
 Diagnósticos diferenciais com outras patologias
toracoabdominais
 Cirurgia recente
 Exame fisico acurado
 1. Estabilização clínica é prioridade 
reposição volêmica ou hemoderivados
 2. Buscar causa da hemorragia  apenas
quando paciente estiver estável
› Cateter nasogástrico:
 Sangue ou material em borra de café  diagnostica
HDA  prosseguir investigação com EDA
 Bile, sem sangue  não há HDA ativa, podendo ser
uma HDB
› Endoscopia digestiva alta: identifica o tipo de lesão
sangrante  varicosa ou não varicosa
 Causa frequente de hospitalização
 Incidencia de 50 – 100 por 100.000 hab/ano
 10% tem sangramento contínuo
 80% autolimitada,20% resangramento
 Mesma mortalidade que há 40 anos(8 a 10%)
 Não varicosa: Não associada a Hipertensão
portal
 Varicosa: Associada a Hipertensão
portal(varizes esofágicas,gastropatia
congestiva)
Etiologia Incidência
Úlcera péptica 30% a 50 %
Mallory Weiss 15% a 20%
Erosões gastroduedenais 10% a 15%
Esofagite erosiva 5% q 10%
Neoplasias 1% a 2%
Má formações vasculares 5%
Causas raras 5%
Forest Achado end oscópico Risco de
ressangramento sem
tratamento
IA Sangramento em jato Aprox. 100%
IB Sangramento em “babação” 10 A 27%
IIA Vasos visíveis sem sangramento
ativo
Mais de 50 %
IIB Coágulo aderido sem
sangramento
30 a 35%
IIC Pontos vermelhos planos <8%
III Ùlcera de base limpa <5%
 Úlcera Péptica
 Tratamento de escolha: Clínico-endoscópico
› Clínico:
 IBP, erradicação do H. pylori, suspensão de
AINE
› Endoscópico:
 Terapia combinada (epinefrina +
termocoagulação)  Somente se houver
risco alto de ressangrar (FORREST I, IIa e
IIb)
 Úlcera Péptica
 Tratamento cirúrgico:
› Casos refratários
 Instabilidade hemodinâmica apesar de
ressuscitação vigorosa (> 6 U de hemácias).
 Falha das técnicas endoscópicas no controle da
hemorragia ou recorrência da hemorragia após
estabilização inicial
 Choque associado à hemorragia recorrente
 Sangramento pequeno e contínuo com
necessidade de transfusão > 3 U/dia
 Lacerações de Mallory-Weiss
• Lacerações próximas a junção esofagogástrica por
vômitos de repetição  tratamento é suporte,
resolução espontânea em 90% dos casos
• Outras lesões: lesão aguda de mucosa
gastroduodenal, câncer gástrico, esofagites; causas
mais raras como angiodisplasias, pólipos
sangrantes, hemosucus pancreaticus
 Fisiopatologia:
• A hipertensão porta, geralmente por conta de
cirrose, gera dificuldade no fluxo pela veia porta;
assim o sangue “pega atalhos” para chegar a veia
cava inferior
 Paciente cirrótico rastreio com EDA para
varizes esofagogástricas:
› A cada 2 anos se não tiver varizes
› Anualmente se tiver varizes de pequeno calibre
 Abordagem:
- Paciente que nunca sangrou  profilaxia
primária com Betabloqueador OU ligadura elástica
se varizes de médio/grosso calibre, ou pequeno
calibre com sinais vermelhos, ou cirróticos Child-
Pugh B/C
- Paciente que já sangrou  profilaxia
secundária com Betabloqueador E ligadura
elástica
 Abordagem:
- Paciente está sangrando
1. Estabilização hemodinâmica (cristalóides
ou sangue ou até plasma se INR > 1,7)
2. Terlipressina/Octeotríde
3. Terapia endoscópica: ligadura elástica ou
escleroterapia
4. Profilaxia da peritonite bacteriana:
ceftriaxona ou norfloxacina
5. Omeprazol
 Balão de Sengstaken-Blakemore  usado
quando a terapia medicamentosa-
endoscópica não resolveu a hemorragia
 Permanece no máximo por
24-48h no paciente
 De 12/12h, deve-se
desinflar o balão para
observar se o sangramento
cessou ou não
 TIPS (Shunt portossistêmico intra-hepatico
transjugular )  realizado no insucesso do
controle da hemorragia com o balão após 48h
 Cirurgias de Urgência  utilizados quando não
se dispõe do TIPS
 Shunts portossistêmicos não-seletivos 
mesma ideia do TIPS:
- desviar sangue da porta
direto para a veia
cava inferior
 Cirurgias eletivas  utilizadas na falha da
terapia combinada de bbloq + ligadura
elástica na profilaxia secundária
(ressangramento)
 Cirurgia de Warren shunt portossistemico
seletivo
 Profilaxia primária = bbloq ou ligadura
 Se sangrar = estabilização hemodinamica +
terapia medicamentosa + endoscópica  se
falhou, balão  se falhou, TIPS ou cirurgia de
urgência
 Profilaxia secundária = bbloq + ligadura  se
falhou, TIPS eletivo ou cirurgia eletiva (Warren)
- Qualquer sangramento com origem distal ao
ângulo de Treitz (após transição duodenojejunal)
- Tipos de sangramento:
Melena
Enterorragia
Hematoquezia
 Hospitalização corresponde a 1/3 das HDA
 Abordagem inicial é semelhante a HDA
 Etiologia varia com a idade
 Incidência maior em homem(Diverticulose e dç
vascular)
 Maioria das vezes auto - limitada
Crianças: Divertículo de Meckel
Adultos < 50 anos: DII
Colite infecciosa
Doenças anorretais
Adultos > 50 anos: Doença diverticular do cólon
Angiodisplasias
Neoplasias
Isquemia mesentérica
 Doenças proctológicas/orificiais:
-Hemorróidas: sangramento é comum
-Sangue rutilante
-Pequena monta
-Não misturado às fezes – sangue durante higiene ou
no vaso
-Dor evacuatória: fissura anal
-Diagnóstico: retossigmoidoscopia
 Doenças do cólon
Descartado doenças orificiais  Colonoscopia
Doença Diverticular:
-Predomina no cólon E
-Sangramento > cólon D (hipotonia dos divertículos)
-Hemorragia súbita e volumosa, pouca dor
abdominal
-Sangue amarronzado ou vermelho-claro
->70 anos 2/3 possuem Diverticulose
 Neoplasias:
-Pólipos benignos e carcinomas
-Perda sanguínea crônica oculta ou
intermitente
-Neoplasias malignas tem HDB em 10 a 15% dos
casos
 Colite Isquêmica:
-Idosos com doença arteriosclerótica generalizada
-Redução da perfusão visceral com isquemia localizada
-Hematoquezia ou diarreia sanguinolenta
-Dores abdominais de intensidade variável
-Sangramento pequeno e limitado -> até repercussão
hemodinâmica grave
 Doença inflamatória intestinal
-Diarréia com variável quantidade de hematoquezia
-Dores abdominais fortes tipo cólica
-Tenesmo retal
-Urgência evacuatória
-Perdas imperceptíveis a hemorragias maciças
-História de dispepsia ou uso de AINEs
- Uso de anticoagulantes ou antiagregantes
plaquetários, etilismo e tabagismo
-Cor vermelho-vivo: sugere sangramento entre
cólon E e reto baixo
-Cor vermelho-escuro ou marrom misturado às
fezes: sugere cólon D
-EDA se repercussão hemodinâmica – 10% das
HDA se manifestam com enterorragia
- Estabilização hemodinâmica
-Toque retal
- Retossigmoidoscopia flexível / Colonoscopia
- Cintilografia com Hemácia marcada – consegue detectar
pequenos sangramentos de até 0,1ml / min
- Arteriografia – detecta sangramentos de até 0,5 ml / min
- Dieta e tratamento medicamentoso da doença de base
 Colonoscopia:
-Melhor método diagnóstico p/ HDB
-ID causa e local do sangramento
-Detecta o diagnóstico em 70-90%
-Melhores resultados quanto mais precoce for o exame
-Possibilidade terapêutica: injeção de vasoconstritores,
eletrocoagulação, hemostasia por calor e polipectomia.
› Na falha ou impossibilidade diagnóstica ou
terapêutica – LE como último recurso
› Indicação: sangramentos persistentes com mais
de 4-6 unidades de CH nas ultimas 24h
› Melhor prognóstico quando há localização do
foco no pré-operatório – menos ressecções
intestinais
› Sem localização: Colectomia total
INDICAÇÕES DE CIRURGIA DE
EMERGÊNCIA NOS PACIENTES COM HDBM
Hipotensão e choque a despeito de ressuscitação volêmica e
tratamento adequados
Sangramento contínuo (transfusão de> 6 concentrados de hemácias
em 24 horas) com ausência de diagnóstico (apesar de colonoscopia de
urgência, enteroscopia, cintilografia e arteriografia)
Sangramento ativo em um segmento gastrointestinal com lesão
curável por cirurgia
HDA:
-Maior causa de HDA:Doença ulcerosa péptica
-EDA deve ser realizada nas primeiras 24h
-Alto risco de sangramento em úlceras: terapia
endoscópica e IBP EV
HDB
-Pacientes com HDA podem se apresentar com
sangramento retal vivo
-História e exame físico pode sugerir a
etiologia da HDB
-Melhor método inicial p/ diagnóstico e tto é a
colonoscopia
1. 1. Federação Brasileira de Gastroenterologia. Projeto Diretrizes: Hemorragias
Digestivas,2008
2. 4. SPERANZINI, M. B.; DEUTSCH, C. R.; YAGI, O. K.Manual deDiagnóstico e
Tratamento para o Residente de Cirurgia – ATHENEU — São Paulo, Rio de Janeiro,
Belo Horizonte, 2013
3. 5. MARTINS, Herlon Saraiva; DAMASCENO, Maria Cecília de Toledo; OWADA, Soraia
Barakat. Prontosocorro. Editora Manole, 2013, 1ª ed.
4. 6. TRATADO DE MEDICINA DE URGENCIA E EMERGENCIA:PRONTO SOCORRO E
UTI.UNIFESP2010
5. 7. Teixeira,J.C.G Unidade de emergência : condutas em medicina de urgência . -- 2.
ed. -- São Paulo : Editora Atheneu, 2011.
6. 8. Cardoso L.’;Mattar, J.. Hemorragia digestiva alta Paciente Crítico diagnostico e
tratramento: Hospital Sirio Libanes. Ed manonele ,2012

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6 hemorragia digestiva ue atu

  • 1.
  • 2. › Causa frequente de hospitalização › Incidência: 48-160/ 100 mil hab. › A incidência incidência anual de HDB é de 0,02% enquanto enquanto HDA apresenta incidência de 0,2%. • Assim temos uma prevalência 10 x maior de HDA •
  • 3. Hemorragia digestiva baixa Hemorragia digestiva alta Definição: É qualquer sangramento que ocorra no trajeto que vai do esôfago ao ânus • Esôfago • Estômago • Duodeno • Delgado • Cólon, reto e ânus Ângulo deTreitz
  • 4.  Evidenciada clinicamente pela exteriorização de hematêmese, melena ou enterorragia  Ligamento de Treitz é a referência para classificar a hemorragia digestiva em alta ou baixa
  • 5. Apresentações clínicas H.D.B. Enterorragia - Oculta Hematoquezia - Evidente H.D.A. Hematêmese Melena Enterorragia Melena
  • 6.  A história clinica deve ser detalhada  Procurar uso de drogas e doenças preexistentes  Diagnósticos diferenciais com outras patologias toracoabdominais  Cirurgia recente  Exame fisico acurado
  • 7.  1. Estabilização clínica é prioridade  reposição volêmica ou hemoderivados  2. Buscar causa da hemorragia  apenas quando paciente estiver estável › Cateter nasogástrico:  Sangue ou material em borra de café  diagnostica HDA  prosseguir investigação com EDA  Bile, sem sangue  não há HDA ativa, podendo ser uma HDB › Endoscopia digestiva alta: identifica o tipo de lesão sangrante  varicosa ou não varicosa
  • 8.  Causa frequente de hospitalização  Incidencia de 50 – 100 por 100.000 hab/ano  10% tem sangramento contínuo  80% autolimitada,20% resangramento  Mesma mortalidade que há 40 anos(8 a 10%)
  • 9.  Não varicosa: Não associada a Hipertensão portal  Varicosa: Associada a Hipertensão portal(varizes esofágicas,gastropatia congestiva)
  • 10. Etiologia Incidência Úlcera péptica 30% a 50 % Mallory Weiss 15% a 20% Erosões gastroduedenais 10% a 15% Esofagite erosiva 5% q 10% Neoplasias 1% a 2% Má formações vasculares 5% Causas raras 5%
  • 11. Forest Achado end oscópico Risco de ressangramento sem tratamento IA Sangramento em jato Aprox. 100% IB Sangramento em “babação” 10 A 27% IIA Vasos visíveis sem sangramento ativo Mais de 50 % IIB Coágulo aderido sem sangramento 30 a 35% IIC Pontos vermelhos planos <8% III Ùlcera de base limpa <5%
  • 12.  Úlcera Péptica  Tratamento de escolha: Clínico-endoscópico › Clínico:  IBP, erradicação do H. pylori, suspensão de AINE › Endoscópico:  Terapia combinada (epinefrina + termocoagulação)  Somente se houver risco alto de ressangrar (FORREST I, IIa e IIb)
  • 13.  Úlcera Péptica  Tratamento cirúrgico: › Casos refratários  Instabilidade hemodinâmica apesar de ressuscitação vigorosa (> 6 U de hemácias).  Falha das técnicas endoscópicas no controle da hemorragia ou recorrência da hemorragia após estabilização inicial  Choque associado à hemorragia recorrente  Sangramento pequeno e contínuo com necessidade de transfusão > 3 U/dia
  • 14.  Lacerações de Mallory-Weiss • Lacerações próximas a junção esofagogástrica por vômitos de repetição  tratamento é suporte, resolução espontânea em 90% dos casos • Outras lesões: lesão aguda de mucosa gastroduodenal, câncer gástrico, esofagites; causas mais raras como angiodisplasias, pólipos sangrantes, hemosucus pancreaticus
  • 15.  Fisiopatologia: • A hipertensão porta, geralmente por conta de cirrose, gera dificuldade no fluxo pela veia porta; assim o sangue “pega atalhos” para chegar a veia cava inferior  Paciente cirrótico rastreio com EDA para varizes esofagogástricas: › A cada 2 anos se não tiver varizes › Anualmente se tiver varizes de pequeno calibre
  • 16.  Abordagem: - Paciente que nunca sangrou  profilaxia primária com Betabloqueador OU ligadura elástica se varizes de médio/grosso calibre, ou pequeno calibre com sinais vermelhos, ou cirróticos Child- Pugh B/C - Paciente que já sangrou  profilaxia secundária com Betabloqueador E ligadura elástica
  • 17.  Abordagem: - Paciente está sangrando 1. Estabilização hemodinâmica (cristalóides ou sangue ou até plasma se INR > 1,7) 2. Terlipressina/Octeotríde 3. Terapia endoscópica: ligadura elástica ou escleroterapia 4. Profilaxia da peritonite bacteriana: ceftriaxona ou norfloxacina 5. Omeprazol
  • 18.  Balão de Sengstaken-Blakemore  usado quando a terapia medicamentosa- endoscópica não resolveu a hemorragia  Permanece no máximo por 24-48h no paciente  De 12/12h, deve-se desinflar o balão para observar se o sangramento cessou ou não
  • 19.  TIPS (Shunt portossistêmico intra-hepatico transjugular )  realizado no insucesso do controle da hemorragia com o balão após 48h
  • 20.  Cirurgias de Urgência  utilizados quando não se dispõe do TIPS  Shunts portossistêmicos não-seletivos  mesma ideia do TIPS: - desviar sangue da porta direto para a veia cava inferior
  • 21.  Cirurgias eletivas  utilizadas na falha da terapia combinada de bbloq + ligadura elástica na profilaxia secundária (ressangramento)  Cirurgia de Warren shunt portossistemico seletivo
  • 22.  Profilaxia primária = bbloq ou ligadura  Se sangrar = estabilização hemodinamica + terapia medicamentosa + endoscópica  se falhou, balão  se falhou, TIPS ou cirurgia de urgência  Profilaxia secundária = bbloq + ligadura  se falhou, TIPS eletivo ou cirurgia eletiva (Warren)
  • 23. - Qualquer sangramento com origem distal ao ângulo de Treitz (após transição duodenojejunal) - Tipos de sangramento: Melena Enterorragia Hematoquezia
  • 24.  Hospitalização corresponde a 1/3 das HDA  Abordagem inicial é semelhante a HDA  Etiologia varia com a idade  Incidência maior em homem(Diverticulose e dç vascular)  Maioria das vezes auto - limitada
  • 25. Crianças: Divertículo de Meckel Adultos < 50 anos: DII Colite infecciosa Doenças anorretais Adultos > 50 anos: Doença diverticular do cólon Angiodisplasias Neoplasias Isquemia mesentérica
  • 26.  Doenças proctológicas/orificiais: -Hemorróidas: sangramento é comum -Sangue rutilante -Pequena monta -Não misturado às fezes – sangue durante higiene ou no vaso -Dor evacuatória: fissura anal -Diagnóstico: retossigmoidoscopia
  • 27.  Doenças do cólon Descartado doenças orificiais  Colonoscopia Doença Diverticular: -Predomina no cólon E -Sangramento > cólon D (hipotonia dos divertículos) -Hemorragia súbita e volumosa, pouca dor abdominal -Sangue amarronzado ou vermelho-claro ->70 anos 2/3 possuem Diverticulose
  • 28.  Neoplasias: -Pólipos benignos e carcinomas -Perda sanguínea crônica oculta ou intermitente -Neoplasias malignas tem HDB em 10 a 15% dos casos
  • 29.  Colite Isquêmica: -Idosos com doença arteriosclerótica generalizada -Redução da perfusão visceral com isquemia localizada -Hematoquezia ou diarreia sanguinolenta -Dores abdominais de intensidade variável -Sangramento pequeno e limitado -> até repercussão hemodinâmica grave
  • 30.  Doença inflamatória intestinal -Diarréia com variável quantidade de hematoquezia -Dores abdominais fortes tipo cólica -Tenesmo retal -Urgência evacuatória
  • 31. -Perdas imperceptíveis a hemorragias maciças -História de dispepsia ou uso de AINEs - Uso de anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários, etilismo e tabagismo
  • 32. -Cor vermelho-vivo: sugere sangramento entre cólon E e reto baixo -Cor vermelho-escuro ou marrom misturado às fezes: sugere cólon D -EDA se repercussão hemodinâmica – 10% das HDA se manifestam com enterorragia
  • 33. - Estabilização hemodinâmica -Toque retal - Retossigmoidoscopia flexível / Colonoscopia - Cintilografia com Hemácia marcada – consegue detectar pequenos sangramentos de até 0,1ml / min - Arteriografia – detecta sangramentos de até 0,5 ml / min - Dieta e tratamento medicamentoso da doença de base
  • 34.  Colonoscopia: -Melhor método diagnóstico p/ HDB -ID causa e local do sangramento -Detecta o diagnóstico em 70-90% -Melhores resultados quanto mais precoce for o exame -Possibilidade terapêutica: injeção de vasoconstritores, eletrocoagulação, hemostasia por calor e polipectomia.
  • 35. › Na falha ou impossibilidade diagnóstica ou terapêutica – LE como último recurso › Indicação: sangramentos persistentes com mais de 4-6 unidades de CH nas ultimas 24h › Melhor prognóstico quando há localização do foco no pré-operatório – menos ressecções intestinais › Sem localização: Colectomia total
  • 36. INDICAÇÕES DE CIRURGIA DE EMERGÊNCIA NOS PACIENTES COM HDBM Hipotensão e choque a despeito de ressuscitação volêmica e tratamento adequados Sangramento contínuo (transfusão de> 6 concentrados de hemácias em 24 horas) com ausência de diagnóstico (apesar de colonoscopia de urgência, enteroscopia, cintilografia e arteriografia) Sangramento ativo em um segmento gastrointestinal com lesão curável por cirurgia
  • 37. HDA: -Maior causa de HDA:Doença ulcerosa péptica -EDA deve ser realizada nas primeiras 24h -Alto risco de sangramento em úlceras: terapia endoscópica e IBP EV HDB -Pacientes com HDA podem se apresentar com sangramento retal vivo -História e exame físico pode sugerir a etiologia da HDB -Melhor método inicial p/ diagnóstico e tto é a colonoscopia
  • 38. 1. 1. Federação Brasileira de Gastroenterologia. Projeto Diretrizes: Hemorragias Digestivas,2008 2. 4. SPERANZINI, M. B.; DEUTSCH, C. R.; YAGI, O. K.Manual deDiagnóstico e Tratamento para o Residente de Cirurgia – ATHENEU — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, 2013 3. 5. MARTINS, Herlon Saraiva; DAMASCENO, Maria Cecília de Toledo; OWADA, Soraia Barakat. Prontosocorro. Editora Manole, 2013, 1ª ed. 4. 6. TRATADO DE MEDICINA DE URGENCIA E EMERGENCIA:PRONTO SOCORRO E UTI.UNIFESP2010 5. 7. Teixeira,J.C.G Unidade de emergência : condutas em medicina de urgência . -- 2. ed. -- São Paulo : Editora Atheneu, 2011. 6. 8. Cardoso L.’;Mattar, J.. Hemorragia digestiva alta Paciente Crítico diagnostico e tratramento: Hospital Sirio Libanes. Ed manonele ,2012

Notas do Editor

  1. Hemorragia digestiva é a perda sanguínea, de intensidade variável, decorrente de lesão do tubo digestivo, entre o esôfago e o ânus. Considera-se hemorragia digestiva alta (HDA) quando a lesão situa-se entre o esôfago superior e o ligamento de Treitz.
  2. A hemooragia digestiva aguda é evidenciada clinicamente pela exteriorização de hematemese, melena ou enterroragia, é uma causa frequente de hospitalização de urgencia. As hemorragias que decorrem de lesoes proximais ao ligamento de treitz são consideradas hemorragia digestivas altas (HDA) e, distais a ele, hemorragias digestivas baixas (HDB).
  3. Habitualmente, a HDA expressa-se por hematemese e/ou melena, a enterorragia é menos comum,a não ser em HDA de grande vulto. Enquanto que a enterorragia é a principal manifestação da HDB. A melena é menos comum em HDB a não ser em casos das lesões baixas, do cólon direito ou delgado terminal
  4. -A utilidade do cateter nasogastrico é EXCLUIR HDA ativa.. Mesmo nos pctes com hematemese, que já se sabe q é HDA, deve-se passar o CNG para estimar a gravidade e retirar o sangue do TGI (facilita endoscopia) -varizes esofagicas não contraindica a passagem de CNG, apesar de aumentar o risco de ruptura das varizes 20% dos casos de HDA o aspirado mantém-se limpo: Sangramento já cessado Sangramento duodenal e piloro fechado Bile, sem sangue  não há HDA ativa ou, se havia, já cessou (já que a secreção biliar é lançada no duodeno) prosseguir abordagem através de COLONOSCOPIA (casos de sangramento mais discreto) ou ANGIOGRAFIA (para sangramento maciço que impeça o exame endorcópico) > mas isso não interessa nessa aula de HDA A EDA geralmente diagnostica a lesão sangrante, quando o endoscopista não identificar a lesão por causa do sangramento importante, lança-se mão da angiografia que identificará o vaso sangrante e ainda será terapeutica com a embolização angiográfica do vaso sangrante
  5. Na HDA não varicosa, é importante diferenciar os pacientes com alto risco de ressangramcnto e morte daqueles com baixo risco, os quais são passíveis de receber alta hospitalar precoce. Critérios clínicos, como frequência cardíaca pressão arterial e endoscópicos, como as características da lesão sangrante( quadro acima) ,têm sido propostos para avaliar o prognóstico e o risco de ressangramento nesses pacientes por meio de escores.
  6. Hemosucus pancreaticus = sangramento que ocorre nos ductos pancreaticos e cai no duodeno > causas: pancreatite aguda necrohemorragica, pacnreatite cronica, cancer de pancreas
  7. Para o sangue transpassar o fígado cirrótico ele prefere pegar um caminho alternativo: veias gástricas  veias esofagicas (provocando as varizes)  veias azigo  cava inferior
  8. O paciente cirrótico faz rastreio com EDA para varizes esofagicas. Se tiver varizes de medio ou grosso calibre já inicia a profilaxia primaria; se tiver varizes de pequeno calibre, mas tem manchas veremelho-cereja à EDA ou esse paciente é childpugh B ou C, também está indicada a profilaxia primaria Paciente que já sangrou, sempre esta indicada a profilaxia secundária que sempre sera terapia dupla: farmacologica + endoscopica Estudos mostraram que o bbloq (propanolol, nadolol) reduzem o risco de sangramento nas varizes se baixarem a FC em 25% > no caso de contraindicação, usa-se a ligadura elástica na profilaxia
  9. Lembrar que são pacientes cirróticos que produzem poucos fatores de coagulação, tendem a ter o INR elevado, com sangramentos importantes > nesses casos considerar plasma Terlipressina é o melhor pois viram que ele é o único que reduz mortalidade > ambos são vasoconstrictores esplancnicos e a idéia é diminuir o fluxo esplanico para as veias varicosas sangrarem menos Sempre tem que associar o tratamento clínico (vasoconstrictores esplancnicos) a terapia endoscópica que pode ser tanto por ligadura elastico como por escleroterapia na dependencia da habilidade do endoscopista (a ligadura elastica é uma tecnica mais facil e geralmente é preferida) > deve se fazer EDA em até 12 h do inicio do sangramento e apenas após a estabilização do paciente Sempre, sempre, sempre, sempre prevenir peritonite bacteriana, complicação grave de um paciente com ascite que sangra muito > pq? Paciente entra em choque hemorragico, o organismo prioriza orgaos nobres e o intestino isquemia; o paciente cirrótico geralmente tem ascite, um líquido na cavidade peritoneal que serve como meio de cultura > translocação bacteriana do lumen do intestino para o líquido ascítico = peritonite bacteriana espontanea que cursa com febre, dor abdominal e encefalopatia hepatica E o omeprazol?? Ele é usado para diminuir a acidez gástrica para que durante o refluxo fisiológico, o suco gástrico não provoque lesão na área cruenta que fica após a ligadura elástica > é assim > na ligadura elastica usamos um anel que aperta a mucosa na area sangrante, e nesse anel apertado, fica uma protusão da mucosa que os endoscopistas chamam de “mamilo” > esse mamilo, com o tempo necrosa e cai, ficando uma área cruenta
  10. Tem dois lumens: um lumen serve para inflar o balão gástrico e o outro para inflar o balão esofágico
  11. Tips é um dispositivo colocado por via percutanea (transjugular) por um radiologista intervencionista treinado, criando uma conexão intra-hepatica entre a veia hepatica (sistema cava) e a veia porta, o que descomprime subitamente o sistema e alivia de imediato a hipertensão porta, diminuindo assim o sangramento das varizes faz uma anastomose direta entre a porta e a hepática, e ai o sangue em vez de pegar o atalho pelas esofágicas, pega atalho por esse shunt para chegar mais rápido na cava >>>>> o TIPS é bom para um posterior transplante, pois não se altera a anatomia hepática com isso
  12. O TIPS sempre é preferidos pois as cirurgias de urgencia alteram a anatomia do fígado prejudicando um posterior transplante A principal complicação desses shunts portossistemicos é a encefalopatia hepatica > isso é facil de entender> era para esse sangue passar pelo figado para a amonia ser metabolizada, mas o sangue passa direto para a cava inferior Existem mais tres tipos de shunts não seletivos além desse representado na figura, mas todos tem o msm objetivo e só mudam a técnica quanto a implantação da porta na veia cava ifnerior > só para quem quiser comentar os nomes dos outros tipos de shunts não seletivos > derivação portocava laterolateral, derivação mesocava, derivaçãoe spelnorrenal central
  13.  shunt portossistemico seletivo  derivação esplenorrenal distal  a veia esplênica é anastomosada na renal esquerda e as veias gástricas esq. e dir. são ligadas Acaba o fluxo para as varizes esofagogástricas mas aumentam a chance de ascite Cirurgia de escolha para a prevenção de ressangramento em cirróticos sem ascite ou com ascite leve
  14. 95% segmento colorretal. Gravidade bastante variável Sangramento costuma ser autolimitado com parada espontânea em ate 85% dos casos Melena: Sangramento do cólon D, se motilidade é lenta Enterorragia: Sangue vivo p/ reto, com ou sem fezes Hematoquezia: Sangue junto com as fezes. Apresentação mais comum da hemorragia dos cólons
  15. Íntima relação com a idade do pcte e a presença de doenças crônicas prévias. DII : doença intestinal inflamatória
  16. 2/3 da população ocidental Maioria para de sangras espontaneamente, mas há recorrência em 25%
  17. Doença inflamatória intestinal Tenesmo: sensação de esvaziamento incompleto do reto após as evacuações
  18. Qyando não for identificado o sítio sangrante ou não se dispuser de exames para avaliação do intestino delgado, pode-se usar angiografia ou cintilografia com hemácias marcadas (99 mTc), as quais não necessitam de preparo intestinal. Apesar de a cintilografia ser mais sensível e não invasiva, a arteriografi possui maior especificidade e permite tratamento associado ao diagnóstico
  19. Laparotomia exploradora Concentrado de hemácias