Este documento analisa o uso do marcador discursivo "aí" em relatos de pré-adolescentes sobre um filme. A função mais comum de "aí" foi introduzir um novo tópico. Além disso, o marcador foi usado para introduzir um novo tópico e indicar incerteza seguida de afirmação. O estudo conclui que o uso de "aí" torna o discurso dos pré-adolescentes mais claro e organizado.
O documento discute os conceitos de polifonia, dialogismo e marcadores polifônicos segundo Bakhtin e Ducrot. Apresenta que, para esses autores, a linguagem é social e plurivalente, constituída por diferentes vozes. Também explica pressupostos, subentendidos e ironia como marcadores que indicam a presença de outras vozes em um texto.
Parte da aula aos alunos do curso de Pós-Graduação em "Leitura e Contação de História", ministrada no POLO EDUCACIONAL do MÉIER (RJ) pelo Professor JULIO CESAR
1. O documento discute a teoria da enunciação de Benveniste, distinguindo entre língua e linguagem, signo e frase, significância semiótica e semântica, enunciado e enunciação.
2. Para Benveniste, a enunciação envolve a atividade do sujeito falante e o acontecimento constituído pelo aparecimento de um enunciado.
3. A distinção entre eu e não eu, e entre pessoa e não pessoa, é fundamental para entender a enunciação e como o falante está presente
1) O documento discute os exercícios de compreensão de texto em livros didáticos de língua portuguesa, apontando problemas como visão de língua como transparente e descontextualizada, e questões que não levam o aluno a reflexões críticas.
2) A noção de língua subjacente aos livros é de uma língua clara e uniforme, quando na verdade as línguas são heterogêneas e historicamente situadas.
3) Poucos livros exploram adequadamente a compreensão, tratando
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_kochmarimidlej
O documento discute os conceitos de intertextualidade e polifonia. A intertextualidade refere-se às relações entre um texto e outros textos, enquanto a polifonia refere-se às múltiplas vozes e perspectivas representadas em um texto. Embora a intertextualidade implique polifonia, a polifonia pode ocorrer sem a presença explícita de outros textos. Ambos conceitos são importantes para entender como os sentidos são construídos nos textos.
O texto discute conceitos fundamentais para a análise de discurso, como coerência, delimitação e dialogismo. Apresenta diferentes vozes que podem estar presentes em um texto, seja de forma mostrada ou demarcada, direta ou indireta. Explora recursos como negação, aspas e estilo que revelam estas vozes.
Este documento discute como a análise do discurso francesa aborda a materialidade discursiva segundo Michel Pêcheux. Primeiramente, descreve como a disciplina se insere na tradição francesa de refletir sobre textos. Em seguida, resume as três fases do projeto teórico de Pêcheux, desde a exploração da maquinaria discursiva até a desconstrução da mesma. Por fim, destaca que a análise do discurso investiga a estrutura e o acontecimento no discurso, articulando líng
Este documento analisa criticamente a proposta discursiva da aliança Unidos pelo Brasil entre os candidatos Eduardo Campos e Marina Silva nas eleições presidenciais de 2014. A pesquisa utiliza a Análise Crítica do Discurso para identificar estratégias linguísticas e cognitivas usadas para acessar as representações mentais dos eleitores e apresentar a aliança como uma força contra-hegemônica, embora tenha remontado o velho jeito de fazer política partidária.
O documento discute os conceitos de polifonia, dialogismo e marcadores polifônicos segundo Bakhtin e Ducrot. Apresenta que, para esses autores, a linguagem é social e plurivalente, constituída por diferentes vozes. Também explica pressupostos, subentendidos e ironia como marcadores que indicam a presença de outras vozes em um texto.
Parte da aula aos alunos do curso de Pós-Graduação em "Leitura e Contação de História", ministrada no POLO EDUCACIONAL do MÉIER (RJ) pelo Professor JULIO CESAR
1. O documento discute a teoria da enunciação de Benveniste, distinguindo entre língua e linguagem, signo e frase, significância semiótica e semântica, enunciado e enunciação.
2. Para Benveniste, a enunciação envolve a atividade do sujeito falante e o acontecimento constituído pelo aparecimento de um enunciado.
3. A distinção entre eu e não eu, e entre pessoa e não pessoa, é fundamental para entender a enunciação e como o falante está presente
1) O documento discute os exercícios de compreensão de texto em livros didáticos de língua portuguesa, apontando problemas como visão de língua como transparente e descontextualizada, e questões que não levam o aluno a reflexões críticas.
2) A noção de língua subjacente aos livros é de uma língua clara e uniforme, quando na verdade as línguas são heterogêneas e historicamente situadas.
3) Poucos livros exploram adequadamente a compreensão, tratando
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_kochmarimidlej
O documento discute os conceitos de intertextualidade e polifonia. A intertextualidade refere-se às relações entre um texto e outros textos, enquanto a polifonia refere-se às múltiplas vozes e perspectivas representadas em um texto. Embora a intertextualidade implique polifonia, a polifonia pode ocorrer sem a presença explícita de outros textos. Ambos conceitos são importantes para entender como os sentidos são construídos nos textos.
O texto discute conceitos fundamentais para a análise de discurso, como coerência, delimitação e dialogismo. Apresenta diferentes vozes que podem estar presentes em um texto, seja de forma mostrada ou demarcada, direta ou indireta. Explora recursos como negação, aspas e estilo que revelam estas vozes.
Este documento discute como a análise do discurso francesa aborda a materialidade discursiva segundo Michel Pêcheux. Primeiramente, descreve como a disciplina se insere na tradição francesa de refletir sobre textos. Em seguida, resume as três fases do projeto teórico de Pêcheux, desde a exploração da maquinaria discursiva até a desconstrução da mesma. Por fim, destaca que a análise do discurso investiga a estrutura e o acontecimento no discurso, articulando líng
Este documento analisa criticamente a proposta discursiva da aliança Unidos pelo Brasil entre os candidatos Eduardo Campos e Marina Silva nas eleições presidenciais de 2014. A pesquisa utiliza a Análise Crítica do Discurso para identificar estratégias linguísticas e cognitivas usadas para acessar as representações mentais dos eleitores e apresentar a aliança como uma força contra-hegemônica, embora tenha remontado o velho jeito de fazer política partidária.
O documento apresenta uma resenha sobre o capítulo "A Linguagem em Uso", escrito por José Luiz Fiorin. A resenha discute como a pragmática estuda a relação entre linguagem e uso, focando nos atos de fala, máximas conversacionais e conteúdos implícitos. A autora da resenha analisa os principais pontos levantados por Fiorin sobre como o contexto e mundo influenciam a produção e interpretação linguística.
A diminuição da maioridade penal discursivizada em cartuns de AngeliVidioas
1. O artigo estuda três cartuns do cartunista Angeli publicados em 2007 que criticam a proposta de redução da maioridade penal no Brasil.
2. Os cartuns são analisados usando os conceitos de dialogismo, intertextualidade e polifonia de Bakhtin e a teoria da Análise do Discurso francesa.
3. A análise aponta que os cartuns emergem como espaços de ruptura que contestam os sentidos dominantes sobre a redução da maioridade penal no país.
A teoria da_enunciacao_no_filme_estamos_juntos_(1)Francis Paula
O documento discute as teorias da enunciação de Ducrot, Van Dijk e Koch, analisando um diálogo do filme "Estamos Juntos". Apresenta os conceitos de enunciador, enunciatário e enunciado segundo as teorias e explica como elas são aplicadas na análise do diálogo entre duas personagens do filme.
1) A Lingüística Textual surgiu como uma reação à Lingüística Estrutural, que se limitava à análise da frase. 2) Os primeiros estudos se concentraram na análise transfrástica, observando fenômenos como a co-referenciação. 3) Posteriormente, surgiram propostas de gramáticas textuais para descrever a competência textual dos falantes.
Este documento resume as aulas 1 a 5 de uma disciplina de análise textual. Resume as seguintes informações essenciais:
1) Faz uma revisão dos conteúdos das aulas 1 e 2, incluindo a diferença entre linguagem e língua, fala e escrita, e estudos de caso sobre a modalidade falada.
2) Explica a diferença entre registro formal e informal e fornece exemplos. Também discute a variação linguística regional e social.
3) Define texto e fornece um estudo de caso sobre
Este documento discute noções de texto e aspectos da comunicação. Apresenta definições de texto segundo diferentes autores e discute elementos essenciais para a comunicação como locutor, alocutário, código linguístico e contexto. Também aborda funções da linguagem como emotiva, conativa e referencial.
RESUMO - KOCH e ELIAS intertextualidadeÉrica Camargo
Este documento define e caracteriza a intertextualidade em três pontos:
1) A intertextualidade ocorre quando um texto incorpora outro texto anteriormente produzido que faz parte da memória social.
2) Pode ocorrer de forma explícita, através de citações, ou implícita, cabendo ao leitor identificar a referência.
3) A compreensão depende do reconhecimento dos textos-fonte e dos gêneros textuais envolvidos.
Este documento apresenta um resumo de uma dissertação de mestrado sobre a posição do sujeito em português. A dissertação começa definindo os conceitos fundamentais para uma análise sintático-informativa do sujeito e distingue os diferentes planos de análise linguística. A autora analisa as definições tradicionais da função sujeito e propõe uma definição baseada em critérios sintáticos. Por fim, descreve o corpus utilizado no estudo, composto por textos escritos e orais da dé
O documento discute tipos de textos e suas características. Apresenta narrativa, descrição e dissertação, e fornece detalhes sobre o que é narrar, descrever e dissertar. Também discute parágrafos, outros tipos de textos e vícios de linguagem.
Este documento discute as dicotomias que cercam a noção de gramática e sua avaliação no contexto escolar. Apresenta as tensões entre uso e norma-padrão, modalidade falada e escrita, e descrição versus prescrição como ingredientes naturais das línguas, mas argumenta que a dicotomia certo versus errado é improdutiva para a gramática escolar.
Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade - nº 43 espéculo (ucm),...Edilson A. Souza
O documento discute os conceitos de intertextualidade, polifonia e citação de vozes. Apresenta as visões de Bakhtin e Ducrot sobre polifonia, onde várias vozes coexistem em um texto. Também explica as formas de citação de vozes segundo a gramática normativa: discurso direto, indireto e indireto livre.
O documento discute narrativas produzidas em audiências de conciliação do PROCON. Analisa narrativas sob a perspectiva da Lingüística Interacional e mostra que narrativas são usadas principalmente para apresentar reclamações e aceitar ou refutar reclamações, participando dos argumentos sobre legalidade nas relações de consumo.
Este documento fornece um resumo da primeira aula de Análise Textual. A aula introduz conceitos como tópico frasal, construção de parágrafos, gêneros textuais narrativo e dissertativo, e raciocínio argumentativo. Exemplos e vídeos são fornecidos para ilustrar esses conceitos.
O documento discute os principais conceitos e métodos da Análise de Discurso. Ele aborda tópicos como a materialidade da língua e do discurso, as condições de produção do discurso, formação discursiva e interdiscurso, sujeito e memória discursiva, entre outros. O objetivo da Análise de Discurso é compreender como os sentidos são produzidos nos discursos e como estes são influenciados pelas ideologias e formações discursivas.
Semantica pires de oliveira intro linguisticajefreirocha
O documento discute diferentes abordagens semânticas e seus conceitos de significado. Apresenta a semântica formal, que vê significado como sentido e referência, a semântica da enunciação, que considera o significado construído na linguagem, e a semântica cognitiva, que baseia o significado na experiência corporal.
Mecanismos de debreagem e embreagem actanciais empregados na língua faladaLetícia J. Storto
Mecanismos de debreagem e embreagem actanciais
empregados na língua falada
Vanessa Hagemeyer Burgo*
Eduardo Francisco Ferreira**
Letícia Jovelina Storto***
Estudos Semióticos
ISSN 1980-4016
vol. 7, no 2, p. 16 –25
Resumo: Este estudo tem por objetivo discutir a constituição da categoria de pessoa no discurso político,
analisando os efeitos de sentido produzidos pelos mecanismos de debreagem e embreagem actanciais empregados
na conversação. O arcabouço teórico deste trabalho consiste, portanto, em uma abordagem textual-interativa da
língua falada, pautada, sobretudo, em conceitos da semiótica em relação de interface com formulações advindas
da análise da conversação. O corpus é composto de transcrições do debate entre os candidatos à presidência da
República Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, realizado no dia 8 de outubro de 2006, transmitido pela
TV Bandeirantes. Vale ressaltar que optamos por trabalhar com trechos do primeiro bloco, os quais apresentam
elementos mais pertinentes à análise. Considerando-se que todo político tem como finalidade maior a adesão
dos eleitores e, consequentemente, seus votos, há uma grande preocupação com a imagem que querem passar
à sociedade e, por isso, as exposições são voltadas, sobretudo, aos telespectadores. Porém, na parte inicial
do debate, embora haja a presença da plateia e de jornalistas, os candidatos devem dirigir suas perguntas e
respostas um ao outro, em uma situação de interação face a face, Assim, mesmo que o destinatário direto
pareça ser o oponente, o real destinatário é o público.
O texto descreve o conceito de texto e discurso, explicando que um texto é mais do que uma sequência de frases e requer coesão e coerência. Também define os elementos que compõem a textualidade, como intencionalidade, aceitabilidade e situacionalidade. Por fim, explica o conceito de intertextualidade e como outros textos podem ser incorporados.
Este documento apresenta conceitos básicos da análise semântica, incluindo menção, uso, linguagem-objeto, metalinguagem, explícito, implícito, negação, ambiguidade e vagueza. O documento também discute a necessidade de aprofundar o estudo desses conceitos por meio de diferentes correntes semânticas.
O documento discute quatro métodos ágeis aplicados a projetos de data warehouse: BEAM, Agile Analytics, Agile Data e Data Vault. Todos propõem desenvolvimento incremental, forte interação com stakeholders e abertura a mudanças de requisitos. As principais dificuldades na adoção são resistência a mudanças de paradigma e falta de apoio executivo.
Este documento describe Reiki, una técnica de sanación japonesa. Explica que Reiki se basa en el flujo y equilibrio de la energía vital ki a través del cuerpo. Se detalla que Reiki se enseña en tres niveles que permiten sanar a uno mismo y a otros a distancia. También describe los símbolos de Reiki y sus usos para la sanación física, emocional y del alma.
O documento apresenta uma resenha sobre o capítulo "A Linguagem em Uso", escrito por José Luiz Fiorin. A resenha discute como a pragmática estuda a relação entre linguagem e uso, focando nos atos de fala, máximas conversacionais e conteúdos implícitos. A autora da resenha analisa os principais pontos levantados por Fiorin sobre como o contexto e mundo influenciam a produção e interpretação linguística.
A diminuição da maioridade penal discursivizada em cartuns de AngeliVidioas
1. O artigo estuda três cartuns do cartunista Angeli publicados em 2007 que criticam a proposta de redução da maioridade penal no Brasil.
2. Os cartuns são analisados usando os conceitos de dialogismo, intertextualidade e polifonia de Bakhtin e a teoria da Análise do Discurso francesa.
3. A análise aponta que os cartuns emergem como espaços de ruptura que contestam os sentidos dominantes sobre a redução da maioridade penal no país.
A teoria da_enunciacao_no_filme_estamos_juntos_(1)Francis Paula
O documento discute as teorias da enunciação de Ducrot, Van Dijk e Koch, analisando um diálogo do filme "Estamos Juntos". Apresenta os conceitos de enunciador, enunciatário e enunciado segundo as teorias e explica como elas são aplicadas na análise do diálogo entre duas personagens do filme.
1) A Lingüística Textual surgiu como uma reação à Lingüística Estrutural, que se limitava à análise da frase. 2) Os primeiros estudos se concentraram na análise transfrástica, observando fenômenos como a co-referenciação. 3) Posteriormente, surgiram propostas de gramáticas textuais para descrever a competência textual dos falantes.
Este documento resume as aulas 1 a 5 de uma disciplina de análise textual. Resume as seguintes informações essenciais:
1) Faz uma revisão dos conteúdos das aulas 1 e 2, incluindo a diferença entre linguagem e língua, fala e escrita, e estudos de caso sobre a modalidade falada.
2) Explica a diferença entre registro formal e informal e fornece exemplos. Também discute a variação linguística regional e social.
3) Define texto e fornece um estudo de caso sobre
Este documento discute noções de texto e aspectos da comunicação. Apresenta definições de texto segundo diferentes autores e discute elementos essenciais para a comunicação como locutor, alocutário, código linguístico e contexto. Também aborda funções da linguagem como emotiva, conativa e referencial.
RESUMO - KOCH e ELIAS intertextualidadeÉrica Camargo
Este documento define e caracteriza a intertextualidade em três pontos:
1) A intertextualidade ocorre quando um texto incorpora outro texto anteriormente produzido que faz parte da memória social.
2) Pode ocorrer de forma explícita, através de citações, ou implícita, cabendo ao leitor identificar a referência.
3) A compreensão depende do reconhecimento dos textos-fonte e dos gêneros textuais envolvidos.
Este documento apresenta um resumo de uma dissertação de mestrado sobre a posição do sujeito em português. A dissertação começa definindo os conceitos fundamentais para uma análise sintático-informativa do sujeito e distingue os diferentes planos de análise linguística. A autora analisa as definições tradicionais da função sujeito e propõe uma definição baseada em critérios sintáticos. Por fim, descreve o corpus utilizado no estudo, composto por textos escritos e orais da dé
O documento discute tipos de textos e suas características. Apresenta narrativa, descrição e dissertação, e fornece detalhes sobre o que é narrar, descrever e dissertar. Também discute parágrafos, outros tipos de textos e vícios de linguagem.
Este documento discute as dicotomias que cercam a noção de gramática e sua avaliação no contexto escolar. Apresenta as tensões entre uso e norma-padrão, modalidade falada e escrita, e descrição versus prescrição como ingredientes naturais das línguas, mas argumenta que a dicotomia certo versus errado é improdutiva para a gramática escolar.
Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade - nº 43 espéculo (ucm),...Edilson A. Souza
O documento discute os conceitos de intertextualidade, polifonia e citação de vozes. Apresenta as visões de Bakhtin e Ducrot sobre polifonia, onde várias vozes coexistem em um texto. Também explica as formas de citação de vozes segundo a gramática normativa: discurso direto, indireto e indireto livre.
O documento discute narrativas produzidas em audiências de conciliação do PROCON. Analisa narrativas sob a perspectiva da Lingüística Interacional e mostra que narrativas são usadas principalmente para apresentar reclamações e aceitar ou refutar reclamações, participando dos argumentos sobre legalidade nas relações de consumo.
Este documento fornece um resumo da primeira aula de Análise Textual. A aula introduz conceitos como tópico frasal, construção de parágrafos, gêneros textuais narrativo e dissertativo, e raciocínio argumentativo. Exemplos e vídeos são fornecidos para ilustrar esses conceitos.
O documento discute os principais conceitos e métodos da Análise de Discurso. Ele aborda tópicos como a materialidade da língua e do discurso, as condições de produção do discurso, formação discursiva e interdiscurso, sujeito e memória discursiva, entre outros. O objetivo da Análise de Discurso é compreender como os sentidos são produzidos nos discursos e como estes são influenciados pelas ideologias e formações discursivas.
Semantica pires de oliveira intro linguisticajefreirocha
O documento discute diferentes abordagens semânticas e seus conceitos de significado. Apresenta a semântica formal, que vê significado como sentido e referência, a semântica da enunciação, que considera o significado construído na linguagem, e a semântica cognitiva, que baseia o significado na experiência corporal.
Mecanismos de debreagem e embreagem actanciais empregados na língua faladaLetícia J. Storto
Mecanismos de debreagem e embreagem actanciais
empregados na língua falada
Vanessa Hagemeyer Burgo*
Eduardo Francisco Ferreira**
Letícia Jovelina Storto***
Estudos Semióticos
ISSN 1980-4016
vol. 7, no 2, p. 16 –25
Resumo: Este estudo tem por objetivo discutir a constituição da categoria de pessoa no discurso político,
analisando os efeitos de sentido produzidos pelos mecanismos de debreagem e embreagem actanciais empregados
na conversação. O arcabouço teórico deste trabalho consiste, portanto, em uma abordagem textual-interativa da
língua falada, pautada, sobretudo, em conceitos da semiótica em relação de interface com formulações advindas
da análise da conversação. O corpus é composto de transcrições do debate entre os candidatos à presidência da
República Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, realizado no dia 8 de outubro de 2006, transmitido pela
TV Bandeirantes. Vale ressaltar que optamos por trabalhar com trechos do primeiro bloco, os quais apresentam
elementos mais pertinentes à análise. Considerando-se que todo político tem como finalidade maior a adesão
dos eleitores e, consequentemente, seus votos, há uma grande preocupação com a imagem que querem passar
à sociedade e, por isso, as exposições são voltadas, sobretudo, aos telespectadores. Porém, na parte inicial
do debate, embora haja a presença da plateia e de jornalistas, os candidatos devem dirigir suas perguntas e
respostas um ao outro, em uma situação de interação face a face, Assim, mesmo que o destinatário direto
pareça ser o oponente, o real destinatário é o público.
O texto descreve o conceito de texto e discurso, explicando que um texto é mais do que uma sequência de frases e requer coesão e coerência. Também define os elementos que compõem a textualidade, como intencionalidade, aceitabilidade e situacionalidade. Por fim, explica o conceito de intertextualidade e como outros textos podem ser incorporados.
Este documento apresenta conceitos básicos da análise semântica, incluindo menção, uso, linguagem-objeto, metalinguagem, explícito, implícito, negação, ambiguidade e vagueza. O documento também discute a necessidade de aprofundar o estudo desses conceitos por meio de diferentes correntes semânticas.
O documento discute quatro métodos ágeis aplicados a projetos de data warehouse: BEAM, Agile Analytics, Agile Data e Data Vault. Todos propõem desenvolvimento incremental, forte interação com stakeholders e abertura a mudanças de requisitos. As principais dificuldades na adoção são resistência a mudanças de paradigma e falta de apoio executivo.
Este documento describe Reiki, una técnica de sanación japonesa. Explica que Reiki se basa en el flujo y equilibrio de la energía vital ki a través del cuerpo. Se detalla que Reiki se enseña en tres niveles que permiten sanar a uno mismo y a otros a distancia. También describe los símbolos de Reiki y sus usos para la sanación física, emocional y del alma.
Defective tolerance or regulation of self-reactive lymphocytes is the underlying cause of all autoimmune diseases. There are four known mechanisms that can lead to this regulatory failure: negative selection of autoreactive cells in the thymus, insufficient numbers or function of regulatory T cells, defective apoptosis of mature autoreactive lymphocytes, and inadequate inhibitory signaling through receptors on lymphocytes. Genetic factors like polymorphisms in MHC and non-MHC genes interact with environmental triggers like infections and tissue damage to induce the immunological abnormalities that result in autoimmunity. Molecular mimicry and bystander activation during infections can cause cross-reactivity between foreign and self-antigens.
El documento describe los numerosos servicios de Google, incluyendo Google Search, Gmail, Google Docs, Google Maps, Google AdSense, Google AdWords, Google Translate, Google Images, YouTube y Google News.
El documento describe las herramientas y conceptos clave de las bases de datos, incluyendo la definición de base de datos, sus componentes y objetos en Microsoft Access. Explica cómo establecer relaciones entre tablas y los tipos de informes que se pueden crear. Resalta que el gestor de base de datos permite organizar y acceder fácilmente a la información empresarial de manera ordenada y sin duplicados.
Este documento discute variantes linguísticas como dialetos e registros. Apresenta que dialetos variam de acordo com fatores como localização geográfica, idade, gênero e classe social. Já os registros variam de acordo com o grau de formalismo, se é falado ou escrito, e dimensões de sintonia como status social, tecnicidade, cortesia e norma. O documento também discute a relação entre língua e cultura.
Este documento lista 10 libros sobre publicidad, marketing y comunicación. Los libros cubren temas como moda y publicidad, marketing en internet, publicidad gráfica, pensamiento lateral, comunicación publicitaria, generación de ideas publicitarias, ser creativo en publicidad y packaging de marcas. Los libros son de varios autores y editores diferentes.
Presentation from OIS@ASCRS 2016
Mike Judy, CEO
Video of Presentation:
https://www.youtube.com/watch?v=G5ZfnPKlBSY&list=PL1dmdBNnPTZJBhQxPOp0vdNg3s3wtN2yw&index=13
Este documento discute variações linguísticas no Português brasileiro, incluindo dialetos regionais, registros formais e informais, expressões idiomáticas, jargões e gírias. Exemplos de cada uma dessas variações são fornecidos para ilustrar diferenças regionais e de registro no vocabulário e pronúncia.
O documento discute os elementos que contribuem para a textualidade, incluindo a coesão e coerência. A coesão é realizada através da gramática e léxico e liga os elementos do texto. Existem dois tipos de coesão: referencial, que permite retornar a elementos anteriores, e sequencial, que permite a continuidade das ideias. A coerência faz com que o texto faça sentido para o leitor através da organização dos elementos linguísticos e do conhecimento compartilhado entre autor e leitor.
1. O projeto visa estudar as variedades linguísticas existentes no Brasil por meio de pesquisas, seminários e apresentações culturais realizadas pelos alunos.
2. Serão abordadas as diversidades linguísticas das cinco regiões brasileiras, respeitando cada cultura.
3. Os alunos serão divididos em grupos para pesquisar e apresentar as variedades de uma região por meio de vídeos, músicas, danças, teatro e poemas.
O documento discute as variações linguísticas, como diferentes formas de falar, ritmos e uso da língua de acordo com a situação. Apresenta os tipos de variação como sócio-cultural, regional, histórica, técnica e da internet. Explica que a variedade padrão é ensinada na escola mas todas as variedades devem ser respeitadas.
Este documento discute os conceitos de coesão e coerência, que são mecanismos que asseguram a unidade e estruturação de um texto. A coesão refere-se aos processos linguísticos que ligam frases e elementos dentro de frases através de mecanismos gramaticais e lexicais. A coerência refere-se à lógica e progressão das ideias no texto.
Este documento discute as variedades linguísticas do português, incluindo dialetos regionais, sotaques e gírias. Apresenta exemplos de como o português falado no Brasil difere do português de Portugal, além de mostrar variações dentro do próprio Brasil em diferentes estados. Também explica termos como diatopicidade, regionalismo e variação histórica.
Este documento discute os tipos de variação linguística em língua portuguesa, incluindo variação histórica, geográfica, social e situacional. Apresenta exemplos de como o português muda ao longo do tempo e de acordo com a localização, classe social e situação. O documento argumenta que é importante compreender as variações linguísticas para usar a língua de forma adequada em diferentes contextos.
O documento discute as variações linguísticas do português, abordando conceitos como variação e norma, variedades geográficas, sócio-culturais e situacionais, além de empréstimos linguísticos. A língua é dinâmica e varia de acordo com fatores como a região, classe social e contexto. Todas as variedades são igualmente válidas para a expressão dos falantes.
O documento discute as variações linguísticas, incluindo dialetos regionais, registros de acordo com a situação, e diferenças entre a norma culta e a língua coloquial. Ele fornece exemplos de como a linguagem muda de acordo com fatores como idade, sexo, região e nível socioeconômico.
Este documento discute os conceitos de coesão e coerência textual. A coesão textual refere-se aos mecanismos que garantem a ligação entre os componentes de um texto, como a coesão frásica, interfrásica, aspecto-temporal, referencial e lexical. A coerência textual refere-se à organização das ideias de um texto de forma lógica e funcional, respeitando princípios como a não contradição e a relevância. O documento fornece exemplos de coesão e incoerência para ilustrar esses conceitos.
O documento descreve um projeto de análise de conversação entre duas amigas sobre o lançamento de um livro. Ele discute o objetivo da análise da conversação, a metodologia utilizada para gravar e transcrever a conversa, e as referências bibliográficas usadas no projeto.
O documento discute os conceitos de estilo e estilística no domínio da linguagem. Explica que estilística estuda a linguagem criada com os elementos da língua, enquanto a gramática estuda os próprios elementos da língua. Também diferencia estilo de variantes linguísticas e ressalta que estilística analisa os valores ligados à sonoridade, significação e formação de palavras no texto.
Este documento discute os conceitos de estilo e coerência textual na linguagem. Explica que estilística estuda a linguagem criada com os elementos da língua, diferente da gramática. Também aborda como a coerência depende da articulação entre as partes do texto e do contexto, para criar um sentido unificado.
O documento fornece uma introdução à análise de discurso, discutindo conceitos-chave como discurso, interdiscurso, formações discursivas e ideológicas. Explica que a análise de discurso estuda como o discurso significa ao invés de apenas o que significa, levando em conta fatores sociais e históricos. Também discute como o sujeito é constituído pelas formações discursivas e ideológicas nas quais está inscrito.
Perfil de sujeitos gagos que participam de comunidades virtuais como apoio so...adrianomedico
1) O documento discute o perfil de sujeitos que gaguejam e participam de comunidades virtuais como apoio social, descrevendo estratégias discursivas e não-discursivas que servem como apoio.
2) A gagueira é um tema polêmico que tem sido estudado de diferentes perspectivas teóricas, como a positivista e a linguístico-discursiva.
3) Muitos sujeitos que gaguejam buscam apoio social na internet, participando de comunidades virtuais para trocar experiências com outros na mes
1) O documento analisa a manifestação da modalidade deôntica nas relações interpessoais em sala de aula e como ocorre na língua inglesa em contextos brasileiros.
2) Estuda os enunciados do professor de inglês no ensino médio para analisar a modalidade deôntica nos comandos e explicações.
3) A autora baseia seu estudo na teoria de Dik sobre a estrutura subjacente da oração e categorias como predicação e proposição para analisar a modalidade.
O documento discute o conceito de discurso na ciência da linguagem, definindo-o como toda atividade comunicativa entre interlocutores que produz sentidos. Apresenta algumas características fundamentais do discurso, como ser contextualizado e produzido por um sujeito em interação com outros, tendo um caráter dialógico ao dialogar com outros discursos.
Este documento contém registros de atividades realizadas por um aluno em diferentes disciplinas ao longo de um semestre. As atividades incluem discussões sobre a importância da leitura, diversidade cultural, níveis de linguagem, estrutura de texto e análise de peças publicitárias sobre meio ambiente.
Este documento discute os gêneros textuais e como trabalhar com eles no letramento e nos anos iniciais da educação. Ele aborda a diferença entre gêneros textuais e tipologias textuais, apresenta exemplos de gêneros orais e escritos, e fornece dicas para desenvolver o letramento e projetos literários na educação infantil.
O documento discute a Linguagem Dialógica Instrucional (LDI) como uma abordagem para construir textos instrucionais que sejam mais acessíveis aos aprendizes. A LDI se baseia nos princípios da Educação Dialógica de Paulo Freire e da Dialogicidade da Língua de Mikhail Bakhtin para criar textos que usem uma linguagem simples e próxima da fala, organizada de forma lógica e sequencial. Um exemplo ilustra como reconstruir um texto usando os princípios da LDI.
Este documento discute a manifestação da metáfora na Língua de Sinais Brasileira (LSB) em contraste com a Língua Portuguesa. A pesquisa analisou unidades lexicais metafóricas e fraseologismos na LSB extraídos de eventos comunicativos entre surdos. A metáfora na LSB parece estar mais orientada pela visão do que pela audição, refletindo a visão de mundo dos surdos.
[1] O documento discute a importância da arte de convencer através da palavra e do uso de argumentos.[2] Ele propõe uma sequência didática de seis módulos para ensinar estudantes do ensino médio a escrever artigos de opinião.[3] O objetivo é ajudar os jovens a desenvolverem uma voz crítica e serem capazes de defender suas opiniões.
Este artigo discute a variação linguística e a mudança na linguagem através de uma pesquisa sobre o uso das formas "pra tu" e "pra ti" entre funcionários públicos. A pesquisa mostrou que as mulheres tendem a usar a forma padrão "pra tu" mais do que os homens, possivelmente por questões culturais onde as mulheres buscam mais polidez. Embora "pra tu" seja a forma padrão, a maioria dos entrevistados preferiu "pra ti" como mais delicada, indicando uma possível mudança na líng
Este artigo discute três perspectivas para analisar o discurso interacional: 1) analisar os padrões do discurso na interação para entender como a realidade social é construída, 2) ligar esses padrões às condições sociais e históricas da produção do discurso, 3) entender o discurso como forma de ação social inscrita nas condições da interação.
O documento discute como a gramática deve ser ensinada na escola, focando na reflexão sobre o uso da linguagem e a produção de sentido nas interações. Aponta que os livros didáticos geralmente não consideram os processos de constituição do enunciado, como a referenciação, nem o modelo de interação verbal entre falante e ouvinte. Defende que as atividades devem analisar esses processos nos textos, em vez de apenas rotular estruturas gramaticais isoladas.
Linguística da enunciação e ergologia: um diálogo possível.geepunisinos
TEIXEIRA, T. M. L. ; CABRAL, Éderson de Oliveira . Linguística da enunciação e ergologia: um diálogo possível. Educação Unisinos, v. 13, p. 236-245, 2009.
Guia do pnld 2012 resenhas - ensino médioMauro Uchoa
O documento resume uma coleção didática de livros em língua inglesa para o ensino médio. A coleção se destaca por abordar temáticas socialmente relevantes para os alunos por meio de uma variedade de gêneros textuais. As atividades propõem o desenvolvimento das quatro habilidades linguísticas, com foco na leitura, e a sistematização de elementos gramaticais. O manual do professor fornece orientações para a aplicação das atividades em sala de aula.
1. O documento apresenta uma coleção de livros sobre linguística e filosofia da linguagem.
2. Os livros abordam temas como português brasileiro, sociolinguística, análise do discurso, gramática, semântica, pragmática e a relação entre linguagem e realidade.
3. A coleção reúne obras de autores como Saussure, Peirce, Wittgenstein, Austin, Searle, Foucault e Habermas, abrangendo diferentes perspectivas teóricas sobre a lingu
Esta análise compara as definições de seis entradas lexicais (castanheiro, urso, tornozelo, povo, ser, doar) ao longo de várias edições do Dicionário da Língua Portuguesa de António de Morais entre 1789 e 1949. Mostra como as definições mudaram para refletir transformações históricas e ideológicas, com diferentes formações discursivas (religiosa, política, científica, jurídica) ganhando proeminência ao longo do tempo.
1) O documento discute o que é análise do discurso, como é feita e para que serve, apresentando três concepções de linguagem e a relação delas com a análise do discurso.
2) A origem da análise do discurso vem da retórica clássica de Aristóteles, ganhou forma na segunda metade do século XX e foi influenciada por estudiosos como os formalistas russos, o estruturalismo e Benveniste.
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1. Revista Discente do CELL – nº 1 - v. 1 – 2011 (publicado no 2º sem. 2012) 135
Karine Lôbo Castelano, Jaqueline Maria de Almeida e Eliana Crispim França Luquetti
A N Á L I S E D O M A R C A D O R D I S C U R S I V O “ A Í ” E M R E L A T O SA N Á L I S E D O M A R C A D O R D I S C U R S I V O “ A Í ” E M R E L A T O SA N Á L I S E D O M A R C A D O R D I S C U R S I V O “ A Í ” E M R E L A T O SA N Á L I S E D O M A R C A D O R D I S C U R S I V O “ A Í ” E M R E L A T O S
D E P R ÉD E P R ÉD E P R ÉD E P R É ---- A D O L E S C E N T E SA D O L E S C E N T E SA D O L E S C E N T E SA D O L E S C E N T E S
Resumo
O presente estudo tem como objeto a manipulação do marcador discursivo “aí” em relatos de um filme narrado por
estudantes com idade entre 11 e 12 anos. Foram analisadas variações do marcador com a intenção de observar,
qualitativamente, sua função comunicativa em narrativas de pré-adolescentes. A função mais utilizada do marcador
“aí”, tendo em vista todas as narrativas analisadas, foi a de Introduzir um novo tópico. O Falante 1, por exemplo, a
empregou 5 (cinco) vezes em seu relato. Por outro lado, a função menos observada foi a de Preencher pausa,
totalizando apenas 2 (duas) ocorrências. Além disso, notou-se a ocorrência do marcador com a função de Introduzir
um novo tópico e Indicar incerteza seguida de afirmação em todas as narrativas. O aparato teórico é baseado na
Análise da Conversa. A análise foi feita a partir de gravações em áudio de relatos do filme “A chave do universo”, de
Robert Shaye (2007), assistido em ambiente escolar. Através desse trabalho, concluiu-se que a utilização da
expressão “aí” pelo falante orienta o ouvinte, tornando o discurso mais claro e contribuindo para a organização do
mesmo.
PALAVRAS-CHAVE: Marcador Discursivo; Análise da Conversa; Narrativa.
Karine Lôbo Castelano, Jaqueline Maria de Almeida e Eliana Crispim França Luquetti
2. ANÁLISE DO MARCADOR DISCURSIVO “AÍ” EM RELATOS DE PRÉ-ADOLESCENTES
Revista CELL - www.ichs.ufop.br/cell/ - ISSN: 2179-0221136
Introdução
Na década de 1990, as pesquisas
relacionadas ao discurso das narrativas
focaram-se na investigação sobre o que as
levaram a participar de forma tão atuante em
nosso dia a dia. Além disso, passou-se a
compreender a narrativa como uma figura
básica de organização entre os seres humanos,
pois, a partir dela, é possível estudar a
sociedade como um todo e considerar a
atividade de contar histórias como uma
prática social.
Nas interações cotidianas, as pessoas
falam com o intuito de comunicar algo a outra
pessoa tanto em espaço e tempo pré-
estabelecidos, como em ocasiões específicas.
Desse modo, falar funciona como um
instrumento de comunicação e vai além do
desempenho linguístico de que cada falante se
serve, ou seja, ultrapassa seu conhecimento
intuitivo e de mundo. Segundo Pedro (1996),
o objetivo fundamental e primordial de ser de
um ato linguístico – enquanto forma de ação
entre indivíduos – é produzir um sentido.
A linguagem, nessa perspectiva, vai
além de uma simples representação do
mundo. Logo que formada pelo falante,
mostra algumas das consequências que essa
percepção de mundo causa na interação.
Neves (1997) afirma que, em qualquer estágio
dessa interação, os interlocutores possuem
estratégias que mantêm entre si relações
comunicativas e sociais de caráter
pragmático. Em outras palavras, ao falar algo
para seu ouvinte, o falante pode ter por
finalidade modificar a informação pragmática
daquele.
Seguindo um viés descritivo baseado
em Marcuschi (1986), Garcez (2001), Koch
(2003), Fávero et al. (2005), dentre outros
autores, essa pesquisa buscou trazer
contribuições para a compreensão dos
benefícios e limitações do uso da partícula
“aí”, especificamente na oralidade de pré-
adolescentes; não importando o ponto de vista
conservador de gramáticos tradicionais, mas o
funcionamento da língua no processo de
comunicação.
O presente estudo justificou-se pelo
uso cada vez mais usual da partícula “aí” na
oralidade do português brasileiro. Essas
expressões são faladas em nosso cotidiano de
forma natural, funcionando como prática
social.
Nessa perspectiva, foi utilizado o
método da Análise da Conversa (AC), cujo
procedimento principal é a gravação em áudio
e a transcrição de dados das narrativas em
análise. Nesse trabalho, optou-se por fazer
apenas a gravação de conversações
espontâneas realizadas em ambiente informal
e transmitidas face a face por estudantes do
Centro Educacional Rainha da Paz, situado no
município de Teixeiras (MG).
O trabalho segue estruturado em
quatro seções, além dessa introdução. Na
seção seguinte, apresenta-se uma revisão
sobre a teoria da AC e das narrativas na
conversação, seguido pela metodologia
3. Revista Discente do CELL – nº 1 - v. 1 – 2011 (publicado no 2º sem. 2012) 137
utilizada no estudo. Na quarta seção, são
apresentados os resultados e a discussão da
análise dos dados. Por fim, apresentam-se as
considerações finais.
Revisão de bibliografia
Com base no panorama da Análise da
Conversa de tradição etnometodológica,
Garcez (2001) afirma que o estilo de um
acontecimento no mundo não deve ser apenas
nomeado como o uso da linguagem
organizado num cenário básico e único. Este
cenário, ou seja, a conversa cotidiana, antes
de ser nomeada, deve ser facilmente
reconhecida. Para que isso ocorra, é de
fundamental importância que se narre
histórias com pelo menos uma oração, no
transcorrer de mais de um turno, e sem que o
narrador deixe de ter a palavra.
Sob a perspectiva da Sociolinguística,
cuja importância é avaliar o nacionalismo de
uma comunidade de fala, considerando a
língua de uma maneira descontraída e
relaxada, Harvey Sacks estudou o “trabalho
interacional” de contar e de ouvir histórias em
conversações espontâneas. Segundo Sacks
([1968] 1992, 1972)1
apud Bastos (2004),
1
SACKS, H. On the analyzabilibty of stories by
children. In: GUMPERZ, John; DELL, Hymes (Org.).
Directions in sociolinguistics: the etnography of
communication. [S.l]: [s.n.], 1972.
SACKS, H. Lecture 1. “Second stories; ‘Mm hm’”;
“Story prefaces; ‘Local news’; Tellability”. In:
SACKS, H. Lectures on conversation. Oxford: Basil
Blackwell, [1968] 1992. v.1.
SACKS, H. Lecture 2. Features of a recognizable
“story”; Story prefaces; Sequential locator terms;
Lawful interruption. In: SACKS, H. Lectures on
quando a conversação acontece de maneira
natural, o narrador precisa conquistar o
espaço e a atenção do ouvinte para narrar suas
histórias. Este, por sua vez, tem que permitir
que a história seja narrada.
Para Bastos (2004), baseado nos
estudos de Sacks, é necessário realizar duas
tarefas para narrar uma história. A primeira
refere-se à solicitação da interrupção
instantânea da troca ordenada de turnos,
garantindo um espaço de tempo razoável para
que se tenha a palavra numa fala mais
extensa, sem que haja um limite no número de
palavras. O importante aqui é que a narrativa
esteja completa. A segunda tarefa diz respeito
ao fato do falante prender a atenção dos
outros participantes para que sua fala não seja
suspensa da troca ordenada de turnos. O
narrador, para conseguir um turno de fala
mais extenso que o comum, exprime um
enunciado e, através deste, sinaliza sua
intenção de produzir uma fala mais extensa.
Outra ocorrência que Sacks leva em
consideração é que as histórias narradas nas
interações cotidianas podem originar outras
narrativas. Essas outras histórias terão
características próprias como, por exemplo, o
fato delas relacionarem-se ao tópico de uma
primeira história e possuírem formas distintas
de voltar nesta primeira. A partir da segunda
história, os interlocutores mostram
compreensão e uma posição a respeito da
primeira.
conversation. Oxford: Basil Blackwell, [1968] 1992.
v.1.
Karine Lôbo Castelano, Jaqueline Maria de Almeida e Eliana Crispim França Luquetti
4. ANÁLISE DO MARCADOR DISCURSIVO “AÍ” EM RELATOS DE PRÉ-ADOLESCENTES
Revista CELL - www.ichs.ufop.br/cell/ - ISSN: 2179-0221138
Segundo Bastos (2004), as histórias
narradas são colocadas na sequência
conversacional, ou seja, uma primeira história
nunca é igual a uma segunda; os diversos
tipos de prefácios vão ocasionar outras
diversas expressões e opiniões dos ouvintes e,
com certeza, a presença ou carência dessas
manifestações terão impacto nas falas do
narrador. É por esse motivo que os autores
concordam com o fato das narrativas serem
co-construídas.
Histórias narradas mais de uma vez
pela mesma pessoa a diferentes plateias são
analisadas por Norrick (1997, 1998)2
apud
Garcez (2001, p.204). Através desse estudo, o
pesquisador busca provas de composição
talhada inicialmente nas “unidades intocadas
no seu todo”, entretanto, com “subseções
móveis e ajustadas” o quanto for preciso no
que diz respeito ao assunto existente na
narração. As semelhanças mais fortes
encontradas foram nas seções de introdução e
de conclusão da história.
Goodwin (1984)3
e Mandelbaum
(1987)4
apud Garcez (2001) estudaram o uso
das narrativas em histórias recontadas entre
indivíduos que já têm o conhecimento da
história ou já viveram algo parecido. Segundo
Mandelbaum (1987) apud Garcez (2001), o
2
NORRICK, N. R. Twice-told tales: Collaborative
narration of familiar stories. Language and Society
26. p.199-220, 1997.
3
GOODWIN, C. Notes on Story Structure and the
Organization of Participation. In: ATKINSON, J. M.;
HERITAGE, J. (Orgs.). Structures of Social Action.
p.225-246. Cambridge, Cambridge University Press,
1984.
4
MANDELBAUM, J. Couples Sharing Stories.
Communication Quarterly 35, p.14-170, 1987.
co-narrar intensifica a relação entre os
mesmos participantes do grupo que narra,
confirmando assim, que o participante
realmente faz parte e expõe os valores do
grupo. Para Garcez (2001), essas funções são
coerentes ao que Sacks apresentou em seus
trabalhos, já que elas atendem aos propósitos
de intersubjetividade, trocando informações
em si perifericamente.
Por fim, Castelano e Ladeira (2009)
estudaram o uso dos marcadores discursivos
“assim”, “tipo” e “tipo assim” em narrativas
orais de estudantes universitários, mostrando
as suas diversas funções discursivo-
interacionais na sequencialidade da narrativa.
Segundo as autoras, a utilização dessas
partículas expressivas tem relação com o fato
dos interlocutores buscarem um maior grau de
entendimento na conversa.
A AC preocupa-se com os eventos de
fala na interação cotidiana por meio do uso da
linguagem, a partir de palavras, frases,
marcadores conversacionais (MC’s) - como
“né”, “então” e “aí” - e recursos não-verbais,
como as pausas, os risos e os gestos.
De acordo com a AC, marcadores
conversacionais (ou marcadores discursivos,
operadores argumentativos – não há
conformidade na literatura a respeito da
denominação) é uma expressão abrangente
que recupera construções que agem tanto no
plano textual, estabelecendo ligações coesivas
entre partes do texto, como no plano
interpessoal, sustentando a interação
falante/ouvinte e ajudando no planejamento
5. Revista Discente do CELL – nº 1 - v. 1 – 2011 (publicado no 2º sem. 2012) 139
da fala (MARCUSCHI, 1986). Contudo,
nesse trabalho, será considerado apenas o
segundo plano.
Não existe um consenso a respeito da
função dos marcadores, principalmente, em
relação à sintaxe. De acordo com Fávero et al.
(2005), até meados do século XX, a língua
falada foi comparada a um ambiente de
desordem por abranger um alto volume de
elementos pragmáticos – como os
alongamentos de vogais e consoantes, pausas,
repetições, truncamento etc. Entretanto, sob o
ponto de vista da Linguística, Sociologia e da
Antropologia, Harvey Sacks, Emanuel
Schegloff e Gail Jefferson iniciaram seus
estudos sistemáticos a respeito da conversa.
Segundo Marcuschi (1986), os MC’s
podem ser analisados como sinais produzidos
pelos falantes sob os seguintes aspectos:
sustentar o turno, preencher pausas, dar tempo
à organização do pensamento, monitorar o
ouvinte, explicitar intenções, nomear e referir
ações, marcar comunicativamente unidades
temáticas, indicar o início e o final de uma
asserção, dúvida ou indagação, avisar,
antecipar ou anunciar o que será dito, eliminar
posições anteriores, corrigir-se,
autointerpretar-se, reorganizar e reorientar o
discurso etc.
Para Koch (2003), “o texto falado não
é absolutamente caótico, desestruturado,
rudimentar. Ao contrário, ele tem uma
estruturação que lhe é próprio, ditada pelas
circunstâncias sociocognitivas de sua
produção” (p.81). Dessa forma, o importante
é pensarmos no texto como sendo um
conjunto de significados, e não uma soma de
palavras ou sentenças. Torna-se necessário
que esses significados tenham que ser
expressos, por exemplo, através de palavras e
estruturas, para que se tenha comunicação. O
interlocutor tem a necessidade de
compartilhar do conteúdo do texto para que
este tenha sentido, portanto, a noção de texto
está diretamente ligada à de discurso e de suas
manifestações – considerando que a língua é
multifuncional e social. Como afirma Koch
(2003), todos esses elementos têm funções
interligadas, já que fazem parte da produção
ou circunstância de conversação.
De acordo com Marcuschi (2007), “a
passagem do texto oral para o escrito vai
receber interferências mais ou menos
acentuadas a depender do que se tem em
vista, mas não por ser a fala insuficientemente
organizada” (p.47). Sendo assim, os dois tipos
de texto em questão não podem ser
considerados desordenados. Ao deparar-se
com uma transcrição, o leitor, que não
compartilha das informações fornecidas pelo
narrador, pode achar que este não soube
relatá-lo de maneira satisfatória – devido às
inúmeras pausas e repetições – ou não tem
domínio da norma escrita. Entretanto, se esse
mesmo leitor/interlocutor conhece a história,
o texto escrito terá sentido.
Metodologia
Karine Lôbo Castelano, Jaqueline Maria de Almeida e Eliana Crispim França Luquetti
6. ANÁLISE DO MARCADOR DISCURSIVO “AÍ” EM RELATOS DE PRÉ-ADOLESCENTES
Revista CELL - www.ichs.ufop.br/cell/ - ISSN: 2179-0221140
Este trabalho procurou analisar o uso do
marcador “aí” dentro de um contexto oral,
com base em um corpus qualitativo. Para
tanto, gravações de relatos de um filme foram
realizadas em ambiente informal e
transmitidas face a face por estudantes do 7º
ano do ensino fundamental II. A partir das
gravações em áudio, foram feitas as
transcrições dos textos orais com base na
tabela de Castilho e Preti (FÁVERO et al.
2005, p.118-119).
Foram utilizadas transcrições de três
narrativas de estudantes do Centro
Educacional Rainha da Paz com idade entre
11 e 12 anos. Para desenvolver esse trabalho,
optou-se por textos orais, já que se trata de
uma manifestação linguística informal onde
há maior recorrência do marcador discursivo
de nosso interesse. As análises foram feitas
por meio de gravações em áudio dos relatos
do filme “A chave do universo”, de Robert
Shaye (2007).
De acordo com Fávero et al. (2005),
um evento comunicativo constitui-se de certos
aspectos significativos que interferem nas
condições de produção do texto oral. Tendo
isso em vista, os participantes das narrativas
contidas na presente pesquisa foram
escolhidos de acordo com os seguintes
aspectos: a) situação discursiva informal; b)
evento de fala casual; c) prévio tópico do
evento; d) prévio objetivo do evento; e) pouco
preparo necessário para efetivação do evento;
f) participantes pré-adolescentes; e g) evento
transmitido face a face.
A análise das narrativas produzidas
pelos estudantes permitiu encontrar
acontecimentos sociais altamente
organizados, já que foi possível entender que
o filme conta a história de um casal de irmãos
que descobre uma caixa com uma série de
objetos que lhes atribui algumas habilidades
e, enquanto tentam entender o que está
acontecendo, eles percebem que estão diante
de um mistério que pode significar a salvação
do planeta Terra.
Resultados e discussão
Conforme Marcuschi (1986), quando
excluído, o marcador discursivo “aí” é
totalmente dispensável, ou seja, não faz falta e
nem dá prejuízo de significado ao relato.
Contudo, foram analisados os diversos usos
do marcador “aí” com a intenção de observar,
qualitativamente, sua função comunicativa em
narrativas de pré-adolescentes, tendo em
mente que, na língua falada, as expressões
podem mudar o significado de acordo com o
contexto em que são empregadas.
Por meio da análise foi possível
perceber que a expressão “aí” atua
diretamente na organização da fala. Nessa
perspectiva, as propostas de Marcuschi (1986)
e Fávero et al. (2005) foram adotadas como
base para identificar as funções
desempenhadas pela partícula em estudo
dentro do corpus (Tabela 1).
7. Revista Discente do CELL – nº 1 - v. 1 – 2011 (publicado no 2º sem. 2012) 141
Tabela 1 – Ocorrências e funções das expressões
Ocorrências
Função comunicativa
Falante 1 Falante 2 Falante 3
Introduzir um novo tópico X X X
Preencher pausa X X
Indicar incerteza seguida de afirmação X X X
Fonte: dados da pesquisa.
Conforme os dados da Tabela 1, pôde-
se observar que a expressão “aí” exerceu
todas as funções categorizadas. Porém, o
Falante 3 empregou o marcador apenas para
exercer duas funções comunicativas.
Fonte: dados da pesquisa.
Figura 1 – Número de ocorrências das expressões.
De acordo com os dados da Figura 1, a
função mais utilizada da partícula em estudo,
considerando todos os relatos analisados, foi a
de Introduzir um novo tópico. O Falante 1,
por exemplo, a empregou 5 (cinco) vezes em
seu relato. Por outro lado, a função menos
observada foi a de Preencher pausa,
totalizando apenas 2 (duas) ocorrências. Além
disso, o marcador foi empregado para
Introduzir um novo tópico e Indicar incerteza
seguida de afirmação em todas as narrativas.
Karine Lôbo Castelano, Jaqueline Maria de Almeida e Eliana Crispim França Luquetti
8. ANÁLISE DO MARCADOR DISCURSIVO “AÍ” EM RELATOS DE PRÉ-ADOLESCENTES
Revista CELL - www.ichs.ufop.br/cell/ - ISSN: 2179-0221142
Marcuschi (1986), em seus estudos
sobre os MC’s, propõe a categorização destes
em dois grupos: sinais produzidos pelos
falantes e sinais produzidos pelo ouvinte.
Entretanto, nessa pesquisa, a expressão “aí”
foi encontrada apenas no primeiro grupo, uma
vez que o ouvinte não interagiu com o falante.
Para o autor, esses sinais são pré-posicionados
no início de unidade comunicativa e orientam
o ouvinte, já que auxiliam na sustentação do
turno, preenchem pausas, dão tempo à
organização do pensamento, explicitam
intenções, indicam início e final de uma
afirmação ou dúvida.
Segundo Fávero et al. (2005), os
marcadores discursivos caracterizam-se como
tal por introduzirem períodos ou parágrafos
que se relacionam com outro que lhes precede
normalmente. São, pois, elementos que
mantêm a relação entre ideias expressas nos
períodos e enquadres distintos, garantindo a
coesão entre eles. Os autores ressaltam, ainda,
que os marcadores “agem como elementos de
segmentação ao mesmo tempo em que
suprem, em certa medida, o papel de
pontuação na fala” (p. 46). Sendo assim, os
marcadores são expressões que auxiliam a
narrativa.
Nas subseções seguintes, as
ocorrências serão explicadas individualmente,
com exemplos de todas as ocorrências
presentes nos relatos. O critério escolhido
para a categorização das expressões foi a
observação das funções pragmáticas ou
comunicativas no contexto das sequências
discursivas.
Introduzir um novo tópico
Grande ocorrência do marcador
discursivo “aí” apareceu na introdução de um
novo tópico, que é um dos aspectos
analisados por Marcuschi (1986) como sinal
produzido pelo falante.
O texto tem início com uma abertura
de um domínio de relato cuja construção é
guiada a partir da expressão “começa com”,
que ativa um modelo cognitivo não idealizado
de narrativa. Como o ouvinte presenciou os
fatos reproduzidos, nota-se que os falantes
omitem alguns dados importantes por saber
que seu ouvinte compartilha das informações
narradas.
Nos trechos seguintes, o marcador “aí”
assinala novas etapas do relato; logo,
introduzem um novo tópico, porque guiam a
abertura de espaços mentais que
contextualizam a entrada de novos
participantes da narrativa ou mesmo novas
ações executadas por eles no domínio do
relato.
Falante 1:
começa com... com... um menino ino pra
esco::::la pra fazê a última prova... pra
entrar de férias... férias... (1) aí na hora que
ele vai ele tava fazeno a prova ele não sabia
muito (2) aí ele pega a cola só que ele não
conseguiu colá... (3) aí ele foi com a irmã
9. Revista Discente do CELL – nº 1 - v. 1 – 2011 (publicado no 2º sem. 2012) 143
dele... aí ele foi pra ca::sa e::... foi pra casa
de::... do pai dele né? Uma chácara que o pai
dele tinha...
Falante 2:
(...) a mãe da garota jogou o coelho no lixo o
garoto pegou o coelho de novo... e depois eles
foram... (4) aí eles foram preso... todos foram
presos por causa::: por causa disso... por
causa do apagão e:: depois eles foram e
voltaram sozinhos o garoto dirigindo o
ônibus com a garotinha pra pega:: o:: resto
das pedras que tavam na casa deles (5) aí
eles viraram no:: no quintal e::: (6) aí a mão
da garotinha ficou agarrada lá dentro... (7) aí
o irmão dela conseguiu tirar e::: e eu não sei
o resto...
Falante 3:
(...) o coelhinho dizia à menininha que ela
falava tudo que ia ia acontecer pra ele e a
menininha falou (8) aí ela falou que que o
coelhinho ele tava ele tava falando que ele
tinha que voltar pro país pro mundo dele
porque ele não tava podendo ir pro futuro
porque ele não tava conseguindo mais ficar lá
(9) aí eles foram e fugiram do local onde o fbi
deixaram os pais e eles e foi pra casa dele
arrumou um esquema lá com as pedras do
baú que ele achou e pôs o coelhinho de volta
pro futuro...
Cronologicamente, o domínio do
relato é anterior ao da conversa, da realidade
dos falantes na época da interação; etapas
marcadas linguisticamente pelo marcador
“aí”. Embora sejam falas pronunciadas por
outras pessoas, o conteúdo proferido é
marcado pela interpretação do falante, pois é
a sua perspectiva que está sendo considerada.
Outro fator a ser analisado é a
mudança de entonação do falante:
Falante 1:
Uma chácara que o pai dele tinha... (10) aí
ele chegô lá:: eles acharo uma caxa... (11) aí
eles pegaro a caxa e levaram pra casa
escondido da mãe deles... aquela caxa era a
chave do uniVERso que tinha::... que era um
tempo atrás era o futuro... era... era o
futuro... da humanidade
A vivacidade ou o baixo tom de voz
ocorre de acordo com a importância dada ao
fato, ou seja, há um contínuo
comprometimento do falante em relação ao
conteúdo reproduzido.
Além disso, observou-se que, dos onze
marcadores exemplificados acima, sete deles
(nº. 1, 3, 4, 6, 7, 10 e 11) são precedidos de
pausas. Essas pausas servem para dar tempo
para o falante organizar e reconstruir falas.
Em todos os casos tem-se uma
sequência que, à primeira vista, seria
classificada sempre como introdução de
novos personagens ou fatos. Contudo, numa
análise mais atenta, percebeu-se uma sutil
Karine Lôbo Castelano, Jaqueline Maria de Almeida e Eliana Crispim França Luquetti
10. ANÁLISE DO MARCADOR DISCURSIVO “AÍ” EM RELATOS DE PRÉ-ADOLESCENTES
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presença de outras manifestações que não
apenas a introdução de novos tópicos.
Preencher pausa
Observou-se que, além de Introduzir
um novo tópico, no exemplo (12), o marcador
“aí” também teve a função de preencher
pausa. Ao possibilitar uma pausa na
conversação para a organização da fala, o
marcador dá auxílio para que novas
informações sejam relatadas. Observe:
Falante 2:
(...) ela escondia tudo do:: pai dela... dos pais
deles (12) aí... aí tem o professor do::: do
garoto que foi lá ver o quê que era né? que
ele tava desconfiado (...)
Nesse caso, a expressão “aí” não
possui função sintática na estrutura oracional
e, portanto, tem a característica de marcador
conversacional proposta por Marcuschi
(1986).
Fávero et al. (2005) caracteriza este
marcador como prosódico. Ao usar a
expressão “aí” para proporcionar uma pausa
na conversação, o Falante 2 teve tempo para
organizar o pensamento no momento da fala e
dar continuidade à sua narrativa. Veja outro
exemplo:
Falante 1:
(...) aquela caxa era a chave do uniVERso
que tinha::... que era um tempo atrás era o
futuro... era... era o futuro... da humanidade
(13) aí... tinha várias coisas e deu o maior
poBREma que eles mexiam com aqueles
negócio era tipo::... magia...
Nesse trecho, pode-se notar ainda que
o discurso direto ao longo do relato confere
dramaticidade aos comentários do Falante 1
sobre os fatos que poderiam ser suprimidos
sem prejuízo para a compreensão da narrativa
– “várias coisas”, “maior problema”, “aqueles
negócios”. O falante não se preocupou em ser
específico porque sabia que o ouvinte havia
visto o filme.
Indicar incerteza seguida de afirmação
A última função analisada foi a do
marcador em estudo indicando incerteza
seguida de afirmação. Nesse momento, há
uma mudança de foco e de entonação na fala.
Algumas vezes há aumento da vivacidade ao
fazer a afirmação e, em outras, há confusão na
organização da fala. Como nos exemplos:
Falante 2:
(...) (16) aí foi o::: ela escondia tudo do:: pai
dela... dos pais deles aí... (17) aí tem o
professor do::: do garoto que foi lá ver o quê
que era né? que ele tava desconfiado e:::...
tava desconfiado e:: a mãe tava tipo
escondendo que o garoto não sabia que a
mãe dos dois ainda não tinha contado pra pra
família o quê que era... a mãe da garota
11. Revista Discente do CELL – nº 1 - v. 1 – 2011 (publicado no 2º sem. 2012) 145
jogou o coelho no lixo o garoto pegou o
coelho de novo... e depois eles foram... (...)
Falante 3:
(...) (18) aí quando eles tavam mexendo no::
mexendo nessas coisas é a a fbi né? ela
percebeu que a luz que ele tinha acabado a
luz de toda a cidade todo o estado e:: e foi
vindo da da casa deles (19) aí eles e a família
foi e foi preso né? junto com a junto com a
família dele que foi presa foi um coelhinho e
o coelhinho dizia a menininha que ela falava
tudo que ia ia acontecer pra ele e a
menininha falou (...)
No trecho seguinte, tem-se uma nova
situação. O Falante 1 tem uma sequência de
introdução de tópico, pausa para organização
de fala, seguida de uma afirmação. Observe
no exemplo (15):
Falante 1:
(...) (14) aí ele foi pra ca::sa e::... foi pra
casa de::... do pai dele né? Uma chácara que
o pai dele tinha... (...)(15) aí eles foram no
mar... pra::::... ver o mar né? Lógico (...)
Foi possível notar que, como afirma
Bastos (2004), as narrativas em estudo foram
co-construídas, pois cada falante contou a
história a partir de seu ponto de vista; ou seja,
narrou os acontecimentos que mais lhe
chamaram a atenção no filme.
Considerações finais
A presente pesquisa buscou investigar
o uso do marcador “aí” em narrativas orais de
pré-adolescentes, com o intuito de mostrar
suas funções discursivas para a continuidade
da conversa. A partir dos dados do corpus
analisado, percebeu-se que a partícula
expressiva em estudo assumiu 3 (três) funções
comunicativas: i) Introduzir um novo tópico;
ii) Preencher pausa; e iii) Indicar incerteza
seguida de afirmação.
Dessa forma, os resultados mostraram
que a expressão “aí” exerceu todas as funções
categorizadas. Entretanto, o Falante 3
empregou o marcador apenas para exercer
duas funções comunicativas.
A função comunicativa mais utilizada
do marcador “aí”, tendo em vista todas as
narrativas analisadas, foi a de Introdução de
um novo assunto. O Falante 1, por exemplo, a
empregou 5 (cinco) vezes em seu relato. Por
outro lado, a função menos observada foi a de
Preencher pausa, totalizando apenas 2 (duas)
ocorrências. Além disso, notou-se a ocorrência
do marcador com a função de Introduzir um novo
tópico e Indicar incerteza seguida de afirmação
em todas os relatos.
Pode-se afirmar que a análise das
narrativas produzidas pelos estudantes
permitiu encontrar acontecimentos sociais
altamente organizados, já que foi possível
entender a síntese do filme. Portanto, a
utilização da expressão “aí” pelo falante
orienta o ouvinte, tornando o discurso mais
Karine Lôbo Castelano, Jaqueline Maria de Almeida e Eliana Crispim França Luquetti
12. ANÁLISE DO MARCADOR DISCURSIVO “AÍ” EM RELATOS DE PRÉ-ADOLESCENTES
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claro e contribuindo para a organização do
mesmo.
Referências Bibliográficas
1. CASTELANO, Karine Lôbo; LADEIRA,
Wânia Terezinha. Funções discursivo-
interacionais das expressões “assim”, “tipo” e
“tipo assim” em narrativas orais. Revista
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semestre de 2010. Disponível em:
<http://www.letramagna.com/artigo24_XII.pd
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3. FÁVERO, Leonor Lopes; ANDRADE,
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G. O. Oralidade e escrita: perspectivas para o
ensino de língua materna. 5. ed. São Paulo:
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4. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. O texto
e a construção dos sentidos. 7. ed. São Paulo:
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5. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Análise da
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6. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para
a escrita: atividades de retextualização. São
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Gramática Funcional. São Paulo: Ed. Martins
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8. PEDRO, Emília Ribeiro. Interação verbal.
In: FARIA, Isabel Hub; PEDRO, Emília
Ribeiro; DUARTE, Inês; GOUVEIA, Carlos
A. M. (Org.). Introdução à Linguística Geral
e Portuguesa. Lisboa: Editorial Caminho,
1996. p.449-475.