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                                   Sônia Maris Rittmann

                                         Pranchas:

    Autor da prancha          Autor da obra principal, título, dimensões, data, técnica e suporte

                           Michelangelo Buanarotti, Pietá, 1448, escultura em mármore
 Maristela Lain Cesar

                           Claudia Andújar, Série Marcados, 1981-1983, fotografia
                           (políptico)
 Neusa Loreni Vinhas

                           Cândido Portinari, Retirantes, 190cm X 180cm, 1944, painel a
 Sônia Maris Rittmann      óleo/tela

                                     Eixo operacional:
Marque o eixo escolhido:
(X ) ATELIER - O atelier de arte
( ) LUDICIDADE DA ARTE – O jogo como processo de ensino e aprendizagem
( ) ARTE E COMUNIDADE - EXPERIÊNCIA DE APRENDIZAGEM: a mediação e o espaço não
    formal de aprendizagem

                                   Conjunto de projetos

O Projeto Interdisciplinar que dará unidade ao todo é o PROJETO LER É ARTE

(Disponível   em    http://projetolerearte.blogspot.com.br/2012/05/ler-e-arte-2012sugestao-

sete-pecados.html      )   Partindo desse Projeto, os micro-projetos que deverão ser

desenvolvidos:

1- Mapa Conceitual – Objeto de Aprendizagem. Disponível em

https://picasaweb.google.com/116069337243829732128/Videos#5491591621943053762

2- Corpo e Alma: oficina de desenho e criatividade – O presente projeto tem como

objetivo principal o desenvolvimento expressivo através do desenho, partindo da

exploração de materiais e técnicas diversas, com ênfase especial na figura humana

(projeto em processo de elaboração).

3- Pintando o Sete – Oficina de pintura - O presente projeto pretende possibilitar aos

alunos a pesquisa, a apreciação e a produção da pintura a partir de diferentes materiais e
técnicas em pintura artística (óleo, acrílica, guache).

4- Fotografia: olhar que olha para dentro de Lea Miasato. O presente projeto deverá ser

adaptado à temática da figura humana, tendo por base a análise disponível em

http://plurissignificacao.blogspot.com.br/2011/04/fotografia-o-olhar-que-olha-para-

dentro.html

5- Arte Postal Disponível em http://plurissignificacao.blogspot.com.br/2011/05/plano-de-

aula-arte-postal.html A ideia é aproveitar o desenvolvimento dos projetos anteriores (2, 3

e 4) de desenho, pintura e fotografia para a confecção dos postais.

6- Atelier de Linguagens Tridimensionais O presente projeto pretende desenvolver um

trabalho de pesquisa e criação de objetos tridimensionais a partir de diferentes técnicas e

materiais. (em processo de elaboração)

7- Retratos Encenados - Trata-se de um projeto de re-criação de cenas de obras de arte

e da cultura visual em fotografia, vídeo, teatro onde os alunos representam através de

paródias dos originais. A inspiração e fonte de pesquisa parte nos Video Portraits de Bob

Wilson (que vimos no Porto Em Cena de 2010) e no vídeo da banda Hold Your Horses,

que vimos no Seminário Integrador. (em processo de elaboração). O desenvolvimento dos

projetos anteriores (2, 3, 4 e 6) servirá de suporte para o desenvolvimento desse. Mais

informações em

http://plurissignificacao.blogspot.com.br/2010/09/retratos-encenados.html




                          Nome de seu objeto de aprendizagem:

                                      Caixa de Pandora
                           Descrição da fisicalidade do objeto:
“Toda linguagem artística é um modo singular de o homem
                                             refletir – reflexão/reflexo – seu estar no mundo”.

                                                                                 (Miriam Celeste Martins)



       Pensar na criação de um Objeto de Aprendizagem, único, que possa dar conta da

diversidade de linguagens propostas a partir do eixo articulador Atelier - com a exigência de

abordar pelo menos três linguagens (desenho, pintura, escultura e fotografia) das pranchas, do

conjunto de projetos elaborados para serem desenvolvidos, parece-me uma tarefa, se não

impossível, bastante difícil de ser realizada. Difícil, não impossível.


       Quando falamos em linguagens, devemos lembrar que o homem é um ser simbólico, e

como tal, capaz de criar símbolos, que têm a função de ordenar e interpretar o mundo em que

vive. Usamos a linguagem, verbal e não-verbal, para nos expressar e re-ordenar o mundo a nossa

volta. Dito de outra forma é através da linguagem que interagimos com o outro e com o mundo.

Nas palavras de Miriam Celeste Martins:


                         (...)nossa penetração na realidade, portanto, é sempre mediada por linguagens,
                        por sistemas simbólicos. O mundo, por sua vez, tem o significado que construímos
                        para ele. Uma construção que se realiza pela representação de objetos, ideias e
                        conceitos que, por meio dos diferentes sistemas simbólicos, diferentes linguagens,
                        a nossa consciência produz.¹



       A arte é criação das linguagens – visual, musical, cinema, dança, poesia – que se

articulam, se conectam e dão corpo ao que o homem pretende dizer. Lembremos que o homem se

utiliza das linguagens desde os remotos tempos das cavernas, manifestando seus desejos,

sonhos, ideias, medos...


       A partir dessas reflexões que surgiu a ideia de criar um Objeto de Aprendizagem que

levasse em conta parte dessa história de amor e ódio que move o homem desde os tempos mais

remotos até os dias de hoje, com uma carga simbólica que remetesse tanto a figura humana –

homem-mulher – quanto às crenças e medos que acompanham o homem desde sempre, além do

poder de sintetizar o mito do conhecimento, objeto de desejo e estudo de toda uma vida. É a partir
dessa lógica que proponho o Objeto de Aprendizagem Caixa de Pandora.


       Pandora, proveniente da mitologia Grega, possui várias versões, uma das mais difundidas

é de ser Pandora uma divindade doadora de talentos divinos e de todos os males da humanidade,

criada pelos deuses do Olimpo, por ordem de Zeus, numa trama que envolve uma vingança contra

a humanidade por esta ter recebido de Prometeu o segredo do fogo. Reza a lenda que Pandora,

ao ser enviada a Terra, recebeu uma “caixa” que não deveria ser aberta. Abriu e com isso

espalhou todo o sofrimento sobre a humanidade. Gênesis dos gregos, a semelhança com o mito

de Eva? Mito da criação do universo? Símbolo do conhecimento? Arquétipo da mulher? Modelo

de curiosidade? Muitas possibilidades de leitura, tal qual a arte, “plurissignificações”.


       Parte-se do pressuposto que toda aprendizagem deva tentar estabelecer um processo de

inferências entre os conhecimentos que se possui e os novos conhecimentos a serem construídos.

Para tanto, apresentar as obras de arte contextualizadas, como produto cultural e histórico,

situadas em tempos e locais diferentes, com formas e conteúdos distintos, possibilitará uma maior

compreensão das diferentes linguagens e códigos utilizados pelos artistas. Apreendendo esses

códigos, os alunos serão capazes de criar seus próprios trabalhos, relacionando-os ao seu mundo,

as suas concepções de vida, expressando-se através das diferentes linguagens com as quais

tiveram contato, seja através das pranchas de imagens, dos mapas conceituais construídos, dos

objetos de aprendizagem, das diversas leituras e atividades propostas no “Atelier de Artes”.

Materiais que foram pensados e criados ao longo do curso de Artes Visuais e que são

constantemente re-significados na prática pedagógica e na relação estabelecida com o Objeto de

Aprendizagem.


       A experiência estético-criativa proporcionada pelos projetos; o desenvolvimento das

diferentes linguagens, a leitura de imagens (ROSSI), a interpretação do mundo contemporâneo a

partir das relações entre arte e educação; a possibilidade de ensinar e aprender arte através da

experiência em arte, como um ser humano que produz, pensa e contextualiza arte são requisitos

indispensáveis para a realização e aprofundamento dessa temática. Nesse ir e vir do pensamento,

da criação, da pesquisa, da escuta do outro, e, por que não, do prazer em fazer arte, aprender em
conjunto, duvidando de nossas certezas, tentando entender esse mundo em que vivemos, muitas

vezes tão caótico e incompreensível, como uma possibilidade de transgressão (HERNANDÈZ), de

mudança de paradigmas, de “des-automatização”, de “des-rotinização” de nossas práticas

escolares, de ver as coisas com outros olhos, ou pelo menos, a partir de outros pontos de vista, de

forma mais poética.


       O projeto de construção do Objeto de Aprendizagem Caixa de Pandora partiu de uma

pesquisa sobre os livros de artista e livros objetos, entendendo que o livro-objeto ”não precisa ser

um livro, bastando ser a ele referente, mesmo que remotamente” (SILVEIRA, 2001, p. 25).


                                   “O livro é uma obra no sentido pleno do termo, ou seja, é concebido
                                   de tal maneira que todos os aspectos do livro participam da
                                   significação. O livro não é ai um simples continente ou suporte para
                                   uma mensagem que seria independente dele (...)”²



Desta forma o livro-objeto, teria sua função re-significada a partir de um de um processo de

abstração, transformando-se em uma linguagem artística.


       Nessa pesquisa houve ainda a apreciação de inúmeros livros de artistas e livros-objetos,

entre eles destaque para os de Duchamp e Susan Collart. O objeto de aprendizagem Caixa de

Pandora se constituirá a partir da construção de um livro-objeto, tendo como principal referência

artística os trabalhos desenvolvidos por Susan Collart³, artista e arquiteta estadunidense, residente

em Portland, Oregon, USA.


       A ideia é construir uma “caixa” articulada como um pequeno biombo, que em que cada

“folha-página” trará alguns materiais significativos das linguagens a serem exploradas nos projetos

de ensino e aprendizagem. As dimensões do Objeto, aproximadamente 70cmX40cmX30cm,

estarão detalhadas nos desenhos, mas poderão sofrer alterações durante a construção do

mesmo, de acordo com as necessidades de espaço para cada objeto inserido na mesma. Desta

forma, o livro-objeto, Caixa de Pandora, tal qual um livro, deverá ter quatro “folhas-páginas”

tridimensionais (+/- 7cm de profundidade) com nichos individuais para os referidos materiais:

pranchas de imagens, postais, tintas, pinceis, DVD’s com os projetos detalhados e com uma
pequena biblioteca virtual de livros e revistas de arte em pdf, sugestões de atividades, os textos

produzidos no seminário integrador 7 e 8, TCC, um boneco articulado de madeira, um mini-

cavalete de pintura, máquina fotográfica, pendrive, encarte de “folhas-páginas” soltas compondo

um mini-biombo cartonado para exposição das imagens (bidimensionais), lápis de desenho

(diversos números), carvão, lápis de cor, pasteis, mostra de papeis de desenho, lupa, etc.


       Ainda não está definida como será parte externa da Caixa de Pandora, mas a principio,

penso que a mesma deva suscitar a “curiosidade” de quem se aproxime da mesma, tal qual a

caixa “famosa”. Talvez uma pintura reproduzindo uma imagem de Pandora, ou letras gregas, ou a

representação de um livro com uns arabescos em bronze e um cadeado antigo fechando o

mesmo, ou quem sabe a representação de Apolo, deus das artes e da poesia, na mitologia grega.

Ainda em processo. Segue abaixo algumas imagens do projeto da Caixa de Pandora, e das

muitas derivas que o mesmo sofreu durante esse percurso. Derivas, errâncias, devaneios,

processos...


Referências:

³Collart, Susan. Disponível em http://susancollard.com/home.html Acesso em 24/08/2012.

¹MARTINS, Miriam Celeste. Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo. São Paulo:
FTD. 2009.

SILVEIRA. Paulo A. A página Violada: da ternura à injúria na construção do livro do artista. Porto
Alegre. Ed. Universidade. UFRGS, 2001.

²SANTOS, Márcia R.P. Folheando Espaços ao Redor: experiência, tatilidade, espaço e tempo em
livros de artista. In: Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes
Plásticas, p.17., 2008, Florianópolis. Panorama da Pesquisa em Artes Visuais. Florianópolis, 2008.
p. 1875-1887.
Projeto do objeto:


  Ideias iniciais:
Errâncias...




     ...
Derivas...




    ...
Alguns materiais...
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01 objeto de aprendizagem nome_fisicalidade_agosto_2012

  • 1. Nome completo do aluno: Sônia Maris Rittmann Pranchas: Autor da prancha Autor da obra principal, título, dimensões, data, técnica e suporte Michelangelo Buanarotti, Pietá, 1448, escultura em mármore Maristela Lain Cesar Claudia Andújar, Série Marcados, 1981-1983, fotografia (políptico) Neusa Loreni Vinhas Cândido Portinari, Retirantes, 190cm X 180cm, 1944, painel a Sônia Maris Rittmann óleo/tela Eixo operacional: Marque o eixo escolhido: (X ) ATELIER - O atelier de arte ( ) LUDICIDADE DA ARTE – O jogo como processo de ensino e aprendizagem ( ) ARTE E COMUNIDADE - EXPERIÊNCIA DE APRENDIZAGEM: a mediação e o espaço não formal de aprendizagem Conjunto de projetos O Projeto Interdisciplinar que dará unidade ao todo é o PROJETO LER É ARTE (Disponível em http://projetolerearte.blogspot.com.br/2012/05/ler-e-arte-2012sugestao- sete-pecados.html ) Partindo desse Projeto, os micro-projetos que deverão ser desenvolvidos: 1- Mapa Conceitual – Objeto de Aprendizagem. Disponível em https://picasaweb.google.com/116069337243829732128/Videos#5491591621943053762 2- Corpo e Alma: oficina de desenho e criatividade – O presente projeto tem como objetivo principal o desenvolvimento expressivo através do desenho, partindo da exploração de materiais e técnicas diversas, com ênfase especial na figura humana (projeto em processo de elaboração). 3- Pintando o Sete – Oficina de pintura - O presente projeto pretende possibilitar aos alunos a pesquisa, a apreciação e a produção da pintura a partir de diferentes materiais e
  • 2. técnicas em pintura artística (óleo, acrílica, guache). 4- Fotografia: olhar que olha para dentro de Lea Miasato. O presente projeto deverá ser adaptado à temática da figura humana, tendo por base a análise disponível em http://plurissignificacao.blogspot.com.br/2011/04/fotografia-o-olhar-que-olha-para- dentro.html 5- Arte Postal Disponível em http://plurissignificacao.blogspot.com.br/2011/05/plano-de- aula-arte-postal.html A ideia é aproveitar o desenvolvimento dos projetos anteriores (2, 3 e 4) de desenho, pintura e fotografia para a confecção dos postais. 6- Atelier de Linguagens Tridimensionais O presente projeto pretende desenvolver um trabalho de pesquisa e criação de objetos tridimensionais a partir de diferentes técnicas e materiais. (em processo de elaboração) 7- Retratos Encenados - Trata-se de um projeto de re-criação de cenas de obras de arte e da cultura visual em fotografia, vídeo, teatro onde os alunos representam através de paródias dos originais. A inspiração e fonte de pesquisa parte nos Video Portraits de Bob Wilson (que vimos no Porto Em Cena de 2010) e no vídeo da banda Hold Your Horses, que vimos no Seminário Integrador. (em processo de elaboração). O desenvolvimento dos projetos anteriores (2, 3, 4 e 6) servirá de suporte para o desenvolvimento desse. Mais informações em http://plurissignificacao.blogspot.com.br/2010/09/retratos-encenados.html Nome de seu objeto de aprendizagem: Caixa de Pandora Descrição da fisicalidade do objeto:
  • 3. “Toda linguagem artística é um modo singular de o homem refletir – reflexão/reflexo – seu estar no mundo”. (Miriam Celeste Martins) Pensar na criação de um Objeto de Aprendizagem, único, que possa dar conta da diversidade de linguagens propostas a partir do eixo articulador Atelier - com a exigência de abordar pelo menos três linguagens (desenho, pintura, escultura e fotografia) das pranchas, do conjunto de projetos elaborados para serem desenvolvidos, parece-me uma tarefa, se não impossível, bastante difícil de ser realizada. Difícil, não impossível. Quando falamos em linguagens, devemos lembrar que o homem é um ser simbólico, e como tal, capaz de criar símbolos, que têm a função de ordenar e interpretar o mundo em que vive. Usamos a linguagem, verbal e não-verbal, para nos expressar e re-ordenar o mundo a nossa volta. Dito de outra forma é através da linguagem que interagimos com o outro e com o mundo. Nas palavras de Miriam Celeste Martins: (...)nossa penetração na realidade, portanto, é sempre mediada por linguagens, por sistemas simbólicos. O mundo, por sua vez, tem o significado que construímos para ele. Uma construção que se realiza pela representação de objetos, ideias e conceitos que, por meio dos diferentes sistemas simbólicos, diferentes linguagens, a nossa consciência produz.¹ A arte é criação das linguagens – visual, musical, cinema, dança, poesia – que se articulam, se conectam e dão corpo ao que o homem pretende dizer. Lembremos que o homem se utiliza das linguagens desde os remotos tempos das cavernas, manifestando seus desejos, sonhos, ideias, medos... A partir dessas reflexões que surgiu a ideia de criar um Objeto de Aprendizagem que levasse em conta parte dessa história de amor e ódio que move o homem desde os tempos mais remotos até os dias de hoje, com uma carga simbólica que remetesse tanto a figura humana – homem-mulher – quanto às crenças e medos que acompanham o homem desde sempre, além do poder de sintetizar o mito do conhecimento, objeto de desejo e estudo de toda uma vida. É a partir
  • 4. dessa lógica que proponho o Objeto de Aprendizagem Caixa de Pandora. Pandora, proveniente da mitologia Grega, possui várias versões, uma das mais difundidas é de ser Pandora uma divindade doadora de talentos divinos e de todos os males da humanidade, criada pelos deuses do Olimpo, por ordem de Zeus, numa trama que envolve uma vingança contra a humanidade por esta ter recebido de Prometeu o segredo do fogo. Reza a lenda que Pandora, ao ser enviada a Terra, recebeu uma “caixa” que não deveria ser aberta. Abriu e com isso espalhou todo o sofrimento sobre a humanidade. Gênesis dos gregos, a semelhança com o mito de Eva? Mito da criação do universo? Símbolo do conhecimento? Arquétipo da mulher? Modelo de curiosidade? Muitas possibilidades de leitura, tal qual a arte, “plurissignificações”. Parte-se do pressuposto que toda aprendizagem deva tentar estabelecer um processo de inferências entre os conhecimentos que se possui e os novos conhecimentos a serem construídos. Para tanto, apresentar as obras de arte contextualizadas, como produto cultural e histórico, situadas em tempos e locais diferentes, com formas e conteúdos distintos, possibilitará uma maior compreensão das diferentes linguagens e códigos utilizados pelos artistas. Apreendendo esses códigos, os alunos serão capazes de criar seus próprios trabalhos, relacionando-os ao seu mundo, as suas concepções de vida, expressando-se através das diferentes linguagens com as quais tiveram contato, seja através das pranchas de imagens, dos mapas conceituais construídos, dos objetos de aprendizagem, das diversas leituras e atividades propostas no “Atelier de Artes”. Materiais que foram pensados e criados ao longo do curso de Artes Visuais e que são constantemente re-significados na prática pedagógica e na relação estabelecida com o Objeto de Aprendizagem. A experiência estético-criativa proporcionada pelos projetos; o desenvolvimento das diferentes linguagens, a leitura de imagens (ROSSI), a interpretação do mundo contemporâneo a partir das relações entre arte e educação; a possibilidade de ensinar e aprender arte através da experiência em arte, como um ser humano que produz, pensa e contextualiza arte são requisitos indispensáveis para a realização e aprofundamento dessa temática. Nesse ir e vir do pensamento, da criação, da pesquisa, da escuta do outro, e, por que não, do prazer em fazer arte, aprender em
  • 5. conjunto, duvidando de nossas certezas, tentando entender esse mundo em que vivemos, muitas vezes tão caótico e incompreensível, como uma possibilidade de transgressão (HERNANDÈZ), de mudança de paradigmas, de “des-automatização”, de “des-rotinização” de nossas práticas escolares, de ver as coisas com outros olhos, ou pelo menos, a partir de outros pontos de vista, de forma mais poética. O projeto de construção do Objeto de Aprendizagem Caixa de Pandora partiu de uma pesquisa sobre os livros de artista e livros objetos, entendendo que o livro-objeto ”não precisa ser um livro, bastando ser a ele referente, mesmo que remotamente” (SILVEIRA, 2001, p. 25). “O livro é uma obra no sentido pleno do termo, ou seja, é concebido de tal maneira que todos os aspectos do livro participam da significação. O livro não é ai um simples continente ou suporte para uma mensagem que seria independente dele (...)”² Desta forma o livro-objeto, teria sua função re-significada a partir de um de um processo de abstração, transformando-se em uma linguagem artística. Nessa pesquisa houve ainda a apreciação de inúmeros livros de artistas e livros-objetos, entre eles destaque para os de Duchamp e Susan Collart. O objeto de aprendizagem Caixa de Pandora se constituirá a partir da construção de um livro-objeto, tendo como principal referência artística os trabalhos desenvolvidos por Susan Collart³, artista e arquiteta estadunidense, residente em Portland, Oregon, USA. A ideia é construir uma “caixa” articulada como um pequeno biombo, que em que cada “folha-página” trará alguns materiais significativos das linguagens a serem exploradas nos projetos de ensino e aprendizagem. As dimensões do Objeto, aproximadamente 70cmX40cmX30cm, estarão detalhadas nos desenhos, mas poderão sofrer alterações durante a construção do mesmo, de acordo com as necessidades de espaço para cada objeto inserido na mesma. Desta forma, o livro-objeto, Caixa de Pandora, tal qual um livro, deverá ter quatro “folhas-páginas” tridimensionais (+/- 7cm de profundidade) com nichos individuais para os referidos materiais: pranchas de imagens, postais, tintas, pinceis, DVD’s com os projetos detalhados e com uma
  • 6. pequena biblioteca virtual de livros e revistas de arte em pdf, sugestões de atividades, os textos produzidos no seminário integrador 7 e 8, TCC, um boneco articulado de madeira, um mini- cavalete de pintura, máquina fotográfica, pendrive, encarte de “folhas-páginas” soltas compondo um mini-biombo cartonado para exposição das imagens (bidimensionais), lápis de desenho (diversos números), carvão, lápis de cor, pasteis, mostra de papeis de desenho, lupa, etc. Ainda não está definida como será parte externa da Caixa de Pandora, mas a principio, penso que a mesma deva suscitar a “curiosidade” de quem se aproxime da mesma, tal qual a caixa “famosa”. Talvez uma pintura reproduzindo uma imagem de Pandora, ou letras gregas, ou a representação de um livro com uns arabescos em bronze e um cadeado antigo fechando o mesmo, ou quem sabe a representação de Apolo, deus das artes e da poesia, na mitologia grega. Ainda em processo. Segue abaixo algumas imagens do projeto da Caixa de Pandora, e das muitas derivas que o mesmo sofreu durante esse percurso. Derivas, errâncias, devaneios, processos... Referências: ³Collart, Susan. Disponível em http://susancollard.com/home.html Acesso em 24/08/2012. ¹MARTINS, Miriam Celeste. Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo. São Paulo: FTD. 2009. SILVEIRA. Paulo A. A página Violada: da ternura à injúria na construção do livro do artista. Porto Alegre. Ed. Universidade. UFRGS, 2001. ²SANTOS, Márcia R.P. Folheando Espaços ao Redor: experiência, tatilidade, espaço e tempo em livros de artista. In: Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas, p.17., 2008, Florianópolis. Panorama da Pesquisa em Artes Visuais. Florianópolis, 2008. p. 1875-1887.
  • 7. Projeto do objeto: Ideias iniciais: