COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
Adaptações à temperatura
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ESCOLA E.B.2/3 CIDADE DE CASTELO BRANCO
FACTORES ABIÓTICOS
TEMPERATURA
Prof. Teresa Condeixa Monteiro
(adaptado de vários autores anónimos)
http://www.angelfire.com/un/esmm_cn8/fact_abio.pdf
CIÊNCIAS
NATURAIS
8ºANO
2012/2013
2. 2 /25
Factores abióticos
São fatores físico-químicos que influenciam os diferentes
seres vivos de um ecossistema, podendo favorecer ou
dificultar o desenvolvimento de uma espécie.
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Temperatura é a medida da quantidade de calor
existente num dado ambiente
Varia com:
Altitude ou Latitude Estação do ano
profundidade
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Variação da taxa de crescimento de uma espécie…
Em A - a taxa de crescimento do ser
vivo aumenta com o aumento do factor
em questão.
A B
Em B - a taxa de crescimento do ser
vivo diminui com o aumento do factor
em questão.
In Escola virtual -portoeditora
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Variação da taxa de crescimento de uma espécie em
função da temperatura
Temperatura óptima valores que
levam a espécie a reagir
favoravelmente.
Temperatura letal temperaturas
que levam à morte dos seres
vivos.
Intervalo de tolerância valores
situados entre as temperaturas
óptimas e as letais. 5
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Classificação dos seres vivos de acordo com a sua
tolerância perante variações de temperatura
ESTENOTÉRMICOS - não toleram grandes variações de
temperatura
EURITÉRMICOS - toleram grandes variações de temperatura
estenotérmica
euritérmica
Temperatura
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Classificação dos seres vivos de acordo com a sua
temperatura corporal:
HOMEOTÉRMICOS
animais que mantêm a temperatura
corporal constante, independentemente da
temperatura do meio ambiente.
Ex: aves e mamíferos
POIQUILOTÉRMICOS
animais cuja temperatura corporal varia
consoante varia a temperatura do ambiente
em que estão inseridos.
Ex: peixes, répteis, anfíbios
9. 9 /25
Factores abióticos - TEMPERATURA
Dá exemplos de
adaptações dos
seres vivos a
temperaturas
desfavoráveis?
11. 11 /25
Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações dos animais às temperaturas desfavoráveis:
1 - ADAPTAÇÕES COMPORTAMENTAIS
2 - ADAPTAÇÕES CORPORAIS
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações dos animais às temperaturas desfavoráveis:
1 - ADAPTAÇÕES COMPORTAMENTAIS
a) Migração
No Inverno percorrem as mais variadas distâncias, em
busca de um local onde o clima seja mais quente, e
haja abundância de alimentos de forma a garantir a
sua sobrevivência e reprodução.
Ex: flamingos, cegonha negra, andorinhas
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações dos animais às temperaturas desfavoráveis:
1 - ADAPTAÇÕES COMPORTAMENTAIS
b) Redução das actividades vitais para
valores mínimos.
Hibernação - Se ocorrer na estação fria
Estado de sonolência e inactividade.
O ritmo respiratório e cardíaco reduzem-se e a
sua temperatura corporal baixa. Consomem
muito pouca energia.
Ex.: Ouriço-cacheiro; Urso-
pardo; Castor; Musaranho;
Marmota; Doninha; Esquilo;
Morcego; Hamster; Texugo
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações dos animais às temperaturas desfavoráveis:
1 - ADAPTAÇÕES COMPORTAMENTAIS
b) Redução das actividades vitais para
valores mínimos.
Estivação
Se ocorrer na estação quente
Ex.: caracóis; crocodilo
15. 15 /25
Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações dos animais às temperaturas desfavoráveis:
1 - ADAPTAÇÕES COMPORTAMENTAIS
c) Abrigam-se durante as horas de maior
calor.
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações dos animais às temperaturas desfavoráveis:
1 - ADAPTAÇÕES COMPORTAMENTAIS
d) …
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações dos animais às temperaturas desfavoráveis:
2 - ADAPTAÇÕES MORFOLÓGICAS
a) Quantidade de gordura subcutânea
Grande teor de gordura
subcutânea que contribui
para que a perda de
calor seja mínima,
permitindo assim a
sobrevivência em regiões
muito frias.
A camada de gordura, no pinguim imperador, pode chegar a ter 3 cm de
espessura antes de uma época de reprodução
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações dos animais às temperaturas desfavoráveis:
2 - ADAPTAÇÕES MORFOLÓGICAS
b) Densidade das penas.
As penas do pinguim-
imperador proporcionam
de 80 a 90% do seu
isolamento térmico. Com
cerca de 100 penas a
cobrir 6,5 cm², é a
espécie de ave com maior
densidade de penas.
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações dos animais às temperaturas desfavoráveis:
2 - ADAPTAÇÕES MORFOLÓGICAS
c) Tamanho e densidade dos pêlos.
Pêlos grandes e densos criam uma camada isolante que
mantém o urso aquecido quando ele está na água.
20. 20 /25
Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações dos animais às temperaturas desfavoráveis:
2 - ADAPTAÇÕES MORFOLÓGICAS
d) Maior superfície corporal em contacto
com o exterior(orelhas grandes).
Permite um
arrefecimento do
corpo.
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações que permitem a Raposa feneco resistir
às temperaturas quentes:
• Pêlos menos densos e mais curtos
• Menos gordura
• Maior superfície corporal em
contacto com o exterior(orelhas
grandes)
• Abrigam-se durante o dia em
buracos. Raposa feneco
Estas características facilitam a perda de calor para o
meio e evitam o sobreaquecimento.
22. 22 /25
Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações das plantas às baixas temperaturas:
Plantas anuais
Plantas bienais
Plantas vivazes ou
perenes
23. 23 /25
Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações das plantas às baixas temperaturas:
• Plantas anuais
• Não conseguem suportar o frio
deixando as sementes para germinar
no ano seguinte.
Ex.: ervilheira, feijoeiro.
• Plantas bienais
• Perdem a sua parte aérea mas
mantêm a parte subterrânea.
Ex.: lírio, salsa
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Factores abióticos - TEMPERATURA
Adaptações das plantas às baixas temperaturas:
• Plantas vivazes ou perenes
• Mantêm a sua estrutura todo o ano, apesar de algumas
serem de folha caduca.
Árvores com copa em Δ, folhas pequenas Árvores que deixam cair as folhas
cobertas por uma cutícula e ficam em estado latente
Os fatores abióticos afetam a distribuição dos seres vivos (ex. distribuição dos organismos em ambiente com temperaturas e solos – deserto/floresta); influenciam o seu comportamento (ex. deslocação dos caracóis à procura de humidade); e afetam o seu desenvolvimento/crescimento (ex. a germinação e crescimento de sementas na ausência/presença de água/luz). A ação dos fatores abióticos não ocorre isoladamente mas de modo conjunto. Os fatores abióticos determinam os seres vivos que ocupam um dado habitat.
ESPÉCIES ESTENOTÉRMICAS Espécies que sobrevivem entre estreitos limites de temperatura(pequena amplitude térmica). Ex: Lagartixa ESPÉCIES EURITÉRMICAS Espécies que resistem a grandes variações de temperatura(grande amplitude térmica). Ex: Lobo, homem
Os animais poiquilotérmicos são animais de “sangue-frio ”, ou também designados por exotérmicos . Estes não têm mecanismo de controlo da temperatura interna do seu corpo, assim o seu metabolismo dependente do meio externo. Para conseguirem manter a sua temperatura corporal estável adoptam certos mecanismos de comportamento ao longo do dia. Os animais poiquilotérmicos incluem todos os animais excepto as aves e mamíferos. Alguns tipos de comportamentos demonstrados pelos animais poiquilotérmicos são: entrar e sair da água, exposição ao sol ou procura de sombra, mudança de profundidade nas águas, etc. As cobras (e lagartos) que tomam banhos de sol sobre pedras. Os peixes que se colocam a diferentes níveis de profundidade nas colunas de água, de forma a encontrar a temperatura ideal. Animais, no deserto, que se enterram debaixo da areia durante o dia. Insetos que esquentam seus músculos de vôo vibrando-os no mesmo lugar. Os animais endotérmicos são aqueles a que nós chamamos de “ sangue quente ” ou também designados por homeotérmicos . Ao contrário dos poiquilotérmicos, estes animais possuem mecanismos internos que regulam a temperatura corporal. A termorregulação é o nome a que se dá a esta capacidade de regular a temperatura interna. Nos animais poiquilotérmicos, esta termorregulação é efectuada através dos tais padrões de comportamento que permitem absorver ou perder calor, enquanto nos animais endotérmicos, esta já depende da taxa metabólica destes mesmos seres. Os mecanismos internos dos animais endotérmicos funcionam como um termóstato ou seja, o organismo vai corrigir a diferença de temperatura entre o interior e o exterior do corpo através de uma série de processos. O hipotálamo vai ser o centro deste processo, é este que vai comandar o resto do organismo a actuar de forma correcta: os nervos da pele ao sentirem uma variação da temperatura, enviam um estímulo ao hipotálamo; este ao receber o estímulo vai comandar o corpo a activar certas funções, no caso humano, quando é detectado um desvio para baixo do valor normal da temperatura do organismo, os músculos esqueléticos e os capilares sanguíneos contraem-se (daí uma pessoa tremer quando está com muito frio); quando é detectado um desvio para cima do valor normal, as glândulas sudoríparas começam a produzir suor e os capilares sanguíneos dilatam-se. Assim conclui-se que são vários os métodos utilizados para regular a temperatura corporal nos seres endotérmicos: transpiração; dilatação/contracção dos capilares sanguíneos; contracção dos músculos esqueléticos.
Há animais que hibernam durante parte ou todo o Inverno. Trata-se de um sono especial, muito profundo. A temperatura de corpo do animal cai e os seus ritmos cardíacos e respiratório baixam. Consomem muito pouca energia. Estado de sonolência e inactividade., durante o qual as actividades vitais de um organismo são reduzidas ao mínimo necessário à sua sobrevivência. a sua temperatura corporal baixa, o que lhe permite sobreviver sem se alimentar, utilizando apenas as reservas de gordura que armazenou antes da chegada da estação desfavorável. Muitos animais, como répteis, batráquios e alguns mamíferos, entram num estado de dormência profundo e prolongado, para resistirem às baixas temperaturas do Inverno. Mantêm-se imóveis, alimentando-se das reservas de gordura acumuladas durante o Verão. - Normalmente abrigam-se em tocas ou galerias onde a temperatura é mais estável. - Quando chega a Primavera, voltam à vida activa. - Ex.: Ursos, lagartos, esquilos, ouriços-cacheiros, tartarugas, caracóis. No Outono, estes animais preparam-se para o Inverno ingerindo comida extra e armazenando-a, no corpo, sob a forma de gordura e usam-na para obterem energia enquanto hibernam. Alguns também armazenam comida como nozes ou bolotas para comerem depois durante a estação fria. Exemplos de animais que hibernam são os ursos, as doninhas fedorentas, os esquilos, e alguns morcegos. Animais de sangue frio como peixes, rãs, serpentes e tartarugas não têm nenhum modo de se manterem quentes durante o Inverno. Serpentes e muitos outros répteis encontram abrigo em buracos ou covas, e passam o Inverno inactivos, ou dormentes. É um estado semelhante à hibernação. A água é um bom refúgio para muitos animais. Quando o tempo se põe frio, eles movem-se para o fundo dos lagos e lagoas. Aí, rãs, tartarugas e muitos peixes escondem-se debaixo de pedras, troncos ou folhas caídas. Até se podem enterrar mesmo na lama. Ficam dormentes. A água fria fixa mais oxigénio do que água morna, e as rãs e tartarugas podem absorvê-lo através da pele. De Inverno, os insectos procuram abrigo em buracos no solo, debaixo da casca de árvores, em troncos apodrecidos ou em qualquer pequena fenda. Muitos passam o Inverno dormentes, que é semelhante à hibernação, em que o crescimento e desenvolvimento param. Os ritmos do coração e da respiração do insecto baixam, assim como a sua temperatura. Alguns insectos passam o Inverno sob a forma de larva. Outros sob a forma de ninfa. (é nesta altura que muitos deles passam de uma forma a outra). Outros morrem, no Outono, depois de porem ovos que, na Primavera dão lugar a novos insectos e então, por todo o lado, tudo começa de novo. Hibernação Quando chega o Inverno evitamos abrir com frequência as janelas de casa, ligamos o aquecimento e vamos buscar ao fundo do armário os camisolões mais quentes. Na Natureza, a vida dos animais não está tão facilitada. Miguel Monteiro Os animais de sangue-frio (poiquilotérmicos) adoptam a temperatura ambiente e quando esta sofre reduções acentuadas vêem-se incapazes de realizar as suas funções básicas. Assim, cobras, lagartos, cágados e rãs hibernam com a chegada do Inverno. A baixas temperaturas, os animais endotérmicos - com capacidade de regular a sua temperatura - precisam de mais energia para manter o seu metabolismo. Os de menores dimensões, com uma taxa metabólica mais elevada, perdem calor corporal mais rapidamente e, em consequência, têm uma maior necessidade de ingerir alimentos. Neste grupo encontram-se, por exemplo, os insectívoros, como o ouriço, e particularmente os morcegos, que com os meses mais frios ficam privados da sua principal fonte de alimento. A hibernação é uma resposta dos indivíduos às condições adversas do ambiente. O momento de hibernar é despoletado através de indicações externas, como a falta de alimento, a temperatura ou o facto de os dias ficarem mais curtos. Ao nível interno, ciclos sazonais de hormonas, aminoácidos e neurotransmissores podem ser os responsáveis pelo despoletar do período de dormência, particularmente nos répteis. Dentro do que geralmente é catalogado de “hibernação” existem diferentes situações a considerar. Na verdadeira hibernação, o metabolismo é drasticamente diminuído. A digestão cessa, a circulação é reduzida, o sistema imunitário deixa de funcionar e as capacidades sensoriais dos indivíduos sofrem uma quebra. Em consequência, há uma diminuição dos gastos energéticos, podendo o animal sobreviver com a gordura que armazenou no período pré-hibernação. A taxa metabólica regista valores até 1% do normal, a temperatura do corpo pode ficar apenas 1ºC acima da temperatura ambiente, os batimentos cardíacos atingem os 5-10 por minuto e a respiração sofre um abrandamento, podendo existir períodos de apneia de cerca de 1 hora. Dois períodos são cruciais para os hibernantes: o “adormecer” e o acordar. O adormecimento é um processo geralmente lento, com episódios espaçados de dormência. Animais que não tenham adquirido reservas de gordura suficiente não sobreviverão ao Inverno. Por outro lado, se estiverem com problemas de saúde (doenças ou feridas), estes irão agravar-se, pois a redução do consumo de oxigénio altera o pH - levando à inactividade de algumas enzimas - e, a curto prazo, o sistema imunitário ficará inoperante. Quando acordam, a maioria dos animais necessita rapidamente de encontrar água (e de excretar). Os que pesam menos de 10 g recuperam a temperatura ao ritmo máximo de 1ºC por minuto, enquanto que os com mais de 5 kg conseguem um máximo de 0,1ºC/min.. O aumento da temperatura é feito à custa da contracção alternada de músculos antagónicos, que permite a produção de calor (e não de movimento). As mitocôndrias da gordura castanha, como não sintetizam ATP, vão dissipar a energia da oxidação sob a forma de calor, contribuindo também para o aquecimento do corpo. Em ambos os períodos o animal move-se meio adormecido, de forma mais ou menos descoordenada, encontrando-se assim mais vulnerável aos seus predadores. Alguns animais passam por um tipo de dormência que pode durar apenas um dia ou umas horas. Neste estado, a temperatura do corpo, a taxa metabólica e outras funções fisiológicas do animal decrescem, mas não atingem os valores da verdadeira hibernação. Este “sono” é despoletado em qualquer altura de escassez de alimento ou quando o nível de reservas de gordura do organismo é baixo. É comum em noitibós, algumas espécies de texugos, répteis e andorinhas. Quando as temperaturas são muito elevadas e a água é escassa, alguns animais têm forçosamente que conservar a água do corpo. Para tal, diminuem o ritmo respiratório e o metabolismo durante os meses mais quentes do Verão (por exemplo, em regiões desérticas). A este tipo de dormência chama-se “estivação” e ocorre nalguns insectos, anfíbios, répteis e gastrópodes. O urso, ao contrário do que se possa pensar, não é um verdadeiro hibernante. A temperatura do corpo desce apenas 5 a 9 ºC em relação ao normal e os batimentos cardíacos descem de 60-90 bpm (batimentos por minuto) para 8-40 bpm. Para resistir ao frio, tem que procurar um abrigo (e.g. buracos em árvores ou cavernas) com temperatura mais amena, dormindo enrolado de forma a conservar o calor. A cabeça e o torso são mantidos a temperaturas altas, de modo a que o animal possa reagir a eventuais perigos e, no caso das fêmeas, permite-lhes inclusive cuidar das crias. Durante a hibernação os ursos podem perder entre 15 e 40% do peso do seu corpo. Outros animais (como o esquilo), que não sofrem as alterações profundas dos verdadeiros hibernantes, além das reservas de gordura que adquirem, acumulam igualmente alimentos no seu abrigo. Estes serão consumidos nos períodos em que o animal desperta, por exemplo, para excretar ou devido a uma subida pontual da temperatura ambiente. Entre os animais de companhia que hibernam, os mais comuns são as tartarugas e os cágados. Depois de confirmada a origem da espécie e que de facto é uma tartaruga hibernante, antes da entrada no período de dormência deve-se examinar os indivíduos e certificar-se que: o nariz está seco; os olhos estão limpos e as pálpebras não estão inchadas; há acumulação de gordura nos ombros e patas; não existem feridas recentes nas patas, cabeça ou pescoço; não há áreas descoloradas ou moles na carapaça nem manchas de outras cores na pele. Caso não se verifique uma destas situações é provável que o animal não esteja em condições de hibernar.
Há animais que hibernam durante parte ou todo o Inverno. Trata-se de um sono especial, muito profundo. A temperatura de corpo do animal cai e os seus ritmos cardíacos e respiratório baixam. Consomem muito pouca energia. Estado de sonolência e inactividade., durante o qual as actividades vitais de um organismo são reduzidas ao mínimo necessário à sua sobrevivência. a sua temperatura corporal baixa, o que lhe permite sobreviver sem se alimentar, utilizando apenas as reservas de gordura que armazenou antes da chegada da estação desfavorável No Outono, estes animais preparam-se para o Inverno ingerindo comida extra e armazenando-a, no corpo, sob a forma de gordura e usam-na para obterem energia enquanto hibernam. Alguns também armazenam comida como nozes ou bolotas para comerem depois durante a estação fria. Exemplos de animais que hibernam são os ursos, as doninhas fedorentas, os esquilos, e alguns morcegos. Animais de sangue frio como peixes, rãs, serpentes e tartarugas não têm nenhum modo de se manterem quentes durante o Inverno. Serpentes e muitos outros répteis encontram abrigo em buracos ou covas, e passam o Inverno inactivos, ou dormentes. É um estado semelhante à hibernação. A água é um bom refúgio para muitos animais. Quando o tempo se põe frio, eles movem-se para o fundo dos lagos e lagoas. Aí, rãs, tartarugas e muitos peixes escondem-se debaixo de pedras, troncos ou folhas caídas. Até se podem enterrar mesmo na lama. Ficam dormentes. A água fria fixa mais oxigénio do que água morna, e as rãs e tartarugas podem absorvê-lo através da pele. De Inverno, os insectos procuram abrigo em buracos no solo, debaixo da casca de árvores, em troncos apodrecidos ou em qualquer pequena fenda. Muitos passam o Inverno dormentes, que é semelhante à hibernação, em que o crescimento e desenvolvimento param. Os ritmos do coração e da respiração do insecto baixam, assim como a sua temperatura. Alguns insectos passam o Inverno sob a forma de larva. Outros sob a forma de ninfa. (é nesta altura que muitos deles passam de uma forma a outra). Outros morrem, no Outono, depois de porem ovos que, na Primavera dão lugar a novos insectos e então, por todo o lado, tudo começa de novo. Hibernação Quando chega o Inverno evitamos abrir com frequência as janelas de casa, ligamos o aquecimento e vamos buscar ao fundo do armário os camisolões mais quentes. Na Natureza, a vida dos animais não está tão facilitada. Miguel Monteiro Os animais de sangue-frio (poiquilotérmicos) adoptam a temperatura ambiente e quando esta sofre reduções acentuadas vêem-se incapazes de realizar as suas funções básicas. Assim, cobras, lagartos, cágados e rãs hibernam com a chegada do Inverno. A baixas temperaturas, os animais endotérmicos - com capacidade de regular a sua temperatura - precisam de mais energia para manter o seu metabolismo. Os de menores dimensões, com uma taxa metabólica mais elevada, perdem calor corporal mais rapidamente e, em consequência, têm uma maior necessidade de ingerir alimentos. Neste grupo encontram-se, por exemplo, os insectívoros, como o ouriço, e particularmente os morcegos, que com os meses mais frios ficam privados da sua principal fonte de alimento. A hibernação é uma resposta dos indivíduos às condições adversas do ambiente. O momento de hibernar é despoletado através de indicações externas, como a falta de alimento, a temperatura ou o facto de os dias ficarem mais curtos. Ao nível interno, ciclos sazonais de hormonas, aminoácidos e neurotransmissores podem ser os responsáveis pelo despoletar do período de dormência, particularmente nos répteis. Dentro do que geralmente é catalogado de “hibernação” existem diferentes situações a considerar. Na verdadeira hibernação, o metabolismo é drasticamente diminuído. A digestão cessa, a circulação é reduzida, o sistema imunitário deixa de funcionar e as capacidades sensoriais dos indivíduos sofrem uma quebra. Em consequência, há uma diminuição dos gastos energéticos, podendo o animal sobreviver com a gordura que armazenou no período pré-hibernação. A taxa metabólica regista valores até 1% do normal, a temperatura do corpo pode ficar apenas 1ºC acima da temperatura ambiente, os batimentos cardíacos atingem os 5-10 por minuto e a respiração sofre um abrandamento, podendo existir períodos de apneia de cerca de 1 hora. Dois períodos são cruciais para os hibernantes: o “adormecer” e o acordar. O adormecimento é um processo geralmente lento, com episódios espaçados de dormência. Animais que não tenham adquirido reservas de gordura suficiente não sobreviverão ao Inverno. Por outro lado, se estiverem com problemas de saúde (doenças ou feridas), estes irão agravar-se, pois a redução do consumo de oxigénio altera o pH - levando à inactividade de algumas enzimas - e, a curto prazo, o sistema imunitário ficará inoperante. Quando acordam, a maioria dos animais necessita rapidamente de encontrar água (e de excretar). Os que pesam menos de 10 g recuperam a temperatura ao ritmo máximo de 1ºC por minuto, enquanto que os com mais de 5 kg conseguem um máximo de 0,1ºC/min.. O aumento da temperatura é feito à custa da contracção alternada de músculos antagónicos, que permite a produção de calor (e não de movimento). As mitocôndrias da gordura castanha, como não sintetizam ATP, vão dissipar a energia da oxidação sob a forma de calor, contribuindo também para o aquecimento do corpo. Em ambos os períodos o animal move-se meio adormecido, de forma mais ou menos descoordenada, encontrando-se assim mais vulnerável aos seus predadores. Alguns animais passam por um tipo de dormência que pode durar apenas um dia ou umas horas. Neste estado, a temperatura do corpo, a taxa metabólica e outras funções fisiológicas do animal decrescem, mas não atingem os valores da verdadeira hibernação. Este “sono” é despoletado em qualquer altura de escassez de alimento ou quando o nível de reservas de gordura do organismo é baixo. É comum em noitibós, algumas espécies de texugos, répteis e andorinhas. Quando as temperaturas são muito elevadas e a água é escassa, alguns animais têm forçosamente que conservar a água do corpo. Para tal, diminuem o ritmo respiratório e o metabolismo durante os meses mais quentes do Verão (por exemplo, em regiões desérticas). A este tipo de dormência chama-se “estivação” e ocorre nalguns insectos, anfíbios, répteis e gastrópodes. O urso, ao contrário do que se possa pensar, não é um verdadeiro hibernante. A temperatura do corpo desce apenas 5 a 9 ºC em relação ao normal e os batimentos cardíacos descem de 60-90 bpm (batimentos por minuto) para 8-40 bpm. Para resistir ao frio, tem que procurar um abrigo (e.g. buracos em árvores ou cavernas) com temperatura mais amena, dormindo enrolado de forma a conservar o calor. A cabeça e o torso são mantidos a temperaturas altas, de modo a que o animal possa reagir a eventuais perigos e, no caso das fêmeas, permite-lhes inclusive cuidar das crias. Durante a hibernação os ursos podem perder entre 15 e 40% do peso do seu corpo. Outros animais (como o esquilo), que não sofrem as alterações profundas dos verdadeiros hibernantes, além das reservas de gordura que adquirem, acumulam igualmente alimentos no seu abrigo. Estes serão consumidos nos períodos em que o animal desperta, por exemplo, para excretar ou devido a uma subida pontual da temperatura ambiente. Entre os animais de companhia que hibernam, os mais comuns são as tartarugas e os cágados. Depois de confirmada a origem da espécie e que de facto é uma tartaruga hibernante, antes da entrada no período de dormência deve-se examinar os indivíduos e certificar-se que: o nariz está seco; os olhos estão limpos e as pálpebras não estão inchadas; há acumulação de gordura nos ombros e patas; não existem feridas recentes nas patas, cabeça ou pescoço; não há áreas descoloradas ou moles na carapaça nem manchas de outras cores na pele. Caso não se verifique uma destas situações é provável que o animal não esteja em condições de hibernar.
O pinguim-imperador é a espécie de ave que se reproduz no ambiente mais frio. As temperaturas do ar podem chegar aos 40 °C negativos, e a velocidade do vento pode atingir os 144 km/h. A temperatura da água é próxima do ponto de congelamento, com cerca de 1,8 °C negativos, que é muito inferior à temperatura média corporal do pinguim-imperador, que é de 39 °C. A espécie adaptou-se de várias formas para evitar a perda de calor.[17] As penas proporcionam de 80 a 90% do seu isolamento térmico, e possuem uma camada subdérmica de gordura que pode chegar a ter 3 cm de espessura antes de uma época de reprodução.[18] As suas penas rígidas são curtas, lanceoladas e formam um conjunto denso ao longo de toda a superfície da pele. Com cerca de 100 penas a cobrir 6,5 cm², é a espécie de ave com maior densidade de penas.[19] Uma camada extra de isolamento é formado por tufos de primeira plumagem, entre as penas e a pele. Os músculos permitem que as penas permaneçam erectas quando as aves estão em terra, reduzindo a perda de calor ao fixarem uma camada de ar junto à pele. Inversamente, a plumagem ajusta-se junto à pele quando a ave está na água, provocando a impermeabilização da pele e da camada de plumagem adjacente.[20] A limpeza das penas é vital para garantir o correcto isolamento térmico e para manter a plumagem oleosa e repelente de água.[21] O pinguim-imperador tem a capacidade de fazer termorregulação (manter constante a sua temperatura corporal) sem alterar o seu metabolismo, num intervalo grande de temperaturas. Conhecido como o intervalo termoneutro, pode estender-se dos –10 aos 20 °C. Abaixo deste intervalo de temperatura, a sua taxa metabólica aumenta significativamente, apesar de o indivíduo poder manter a sua temperatura corporal entre os 37,6 e os 38,0 °C até aos -47 °C de temperatura ambiente.[22] Para aumentarem o metabolismo, podem fazer um conjunto de movimentos: nadar, andar e tremer. Um quarto processo envolve a quebra metabólica de gorduras por enzimas, acção induzida pela hormona glucagon.[23] A temperaturas acima de 20 °C, o pinguim-imperador pode exibir agitação, isto porque o aumento de temperatura e de taxa metabólica leva a um aumento da perda de calor. Levantando as suas asas e expondo a parte inferior do corpo, aumenta a exposição da superfície corporal ao ar em cerca de 16%, facilitando uma maior perda de calor.[24] Nas regiões de climas frios, os animais apresentam pelo comprido e muito espesso; possuem várias camadas de gordura que servem de isolante térmico (razão pela qual os animais que habitam nestas regiões são maiores do que os seus parentes que vivem em zonas temperadas ou zonas quentes); possuem extremidades curtas (evitando-se as perdas de calor e a possibilidade de congelamento)e possuem orelhas e focinho curto.
O pinguim-imperador é a espécie de ave que se reproduz no ambiente mais frio. As temperaturas do ar podem chegar aos 40 °C negativos, e a velocidade do vento pode atingir os 144 km/h. A temperatura da água é próxima do ponto de congelamento, com cerca de 1,8 °C negativos, que é muito inferior à temperatura média corporal do pinguim-imperador, que é de 39 °C. A espécie adaptou-se de várias formas para evitar a perda de calor.[17] As penas proporcionam de 80 a 90% do seu isolamento térmico, e possuem uma camada subdérmica de gordura que pode chegar a ter 3 cm de espessura antes de uma época de reprodução.[18] As suas penas rígidas são curtas, lanceoladas e formam um conjunto denso ao longo de toda a superfície da pele. Com cerca de 100 penas a cobrir 6,5 cm², é a espécie de ave com maior densidade de penas.[19] Uma camada extra de isolamento é formado por tufos de primeira plumagem, entre as penas e a pele. Os músculos permitem que as penas permaneçam erectas quando as aves estão em terra, reduzindo a perda de calor ao fixarem uma camada de ar junto à pele. Inversamente, a plumagem ajusta-se junto à pele quando a ave está na água, provocando a impermeabilização da pele e da camada de plumagem adjacente.[20] A limpeza das penas é vital para garantir o correcto isolamento térmico e para manter a plumagem oleosa e repelente de água.[21] O pinguim-imperador tem a capacidade de fazer termorregulação (manter constante a sua temperatura corporal) sem alterar o seu metabolismo, num intervalo grande de temperaturas. Conhecido como o intervalo termoneutro, pode estender-se dos –10 aos 20 °C. Abaixo deste intervalo de temperatura, a sua taxa metabólica aumenta significativamente, apesar de o indivíduo poder manter a sua temperatura corporal entre os 37,6 e os 38,0 °C até aos -47 °C de temperatura ambiente.[22] Para aumentarem o metabolismo, podem fazer um conjunto de movimentos: nadar, andar e tremer. Um quarto processo envolve a quebra metabólica de gorduras por enzimas, acção induzida pela hormona glucagon.[23] A temperaturas acima de 20 °C, o pinguim-imperador pode exibir agitação, isto porque o aumento de temperatura e de taxa metabólica leva a um aumento da perda de calor. Levantando as suas asas e expondo a parte inferior do corpo, aumenta a exposição da superfície corporal ao ar em cerca de 16%, facilitando uma maior perda de calor.[24]
A VIDA EM UM CLIMA FRIO Em média, a temperatura do inverno no Ártico cai para --34°C (-29°F). Para um urso polar conseguir sobreviver, ele precisa ser capaz de manter o calor. A ponta negra de seu nariz dá uma pista de uma de suas principais adaptações. Por baixo do denso pelo brancoamarelado, a pele do urso polar é negra. Essa cor escura ajuda a absorver o calor do sol. Assim como está adaptado para absorver calor, ele também está adaptado a não deixar o frio entrar em seu organismo. Por baixo da pele, o urso polar tem uma camada adiposa. Essa camada de gordura age como isolante térmico, mantendo a temperatura do corpo e os níveis metabólicos mesmo que a temperatura externa chegue a -34°C (-29°F). O pelo do urso também mantém o frio do lado de fora. O pelo cria uma camada isolante que mantém o urso aquecido quando ele está na água. A raposa ártica é um animal que se adaptou perfeitamente a condições extremas de frio. Seu focinho é curto, suas orelhas são pequenas e arredondadas, o corpo é rechonchudo, possui pêlos longos e lanosos que lhe dão uma aparência pesada de um animal típico do Pólo Norte.
Exemplos de plantas anuais são o milho, a alface, o alho-porro, a couve-flor, o melão, a ervilha, a zínia, a margarida ou o malmequer.
Exemplos de plantas anuais são o milho, a alface, o alho-porro, a couve-flor, o melão, a ervilha, a zínia, a margarida ou o malmequer.