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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................3
1.Objectivos................................................................................................................................4
1.1.Objectivo geral ..................................................................................................................4
1.2.Objectivos específicos .......................................................................................................4
2.Metodologia .........................................................................................................................4
3.REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................................5
4.O processo decisório.............................................................................................................5
4.1.Tomada de decisão.........................................................................................................6
4.2.Tipos de problemas e níveis de decisão ..........................................................................8
4.3.Elementos do Processo de Tomadas de Decisão .............................................................9
5.Modelos de Tomadas de Decisão ........................................................................................10
5.1.Modelo Racional..........................................................................................................10
5.2.Modelo Carnegie..........................................................................................................11
5.3.Modelo Incrementalista................................................................................................12
5.4.Modelo Desestruturado ................................................................................................12
6.Características do processo decisório ..................................................................................13
6.1.Incerteza.......................................................................................................................13
7.Estrutura de Decisão...........................................................................................................14
8.Etapas no processo decisório...............................................................................................14
9.Estilo de solução de problemas ...........................................................................................15
10.A Organização como um Sistema de Decisões ..................................................................16
11.Teoria das decisões...........................................................................................................16
Conclusão .................................................................................................................................18
Bibliografias .............................................................................................................................19
3
INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa tem como o tema „’Processo decisório nas organizações’’.
Diante do tema, mostra que o processo decisório nas organizações se converte na essência da
habilidade de gestão, em que a responsabilidade do gestor é a de decidir qual a melhor
alternativa, para cada momento que se encontra a organização, de modo a garantir os resultados
esperados. A capacidade de compreensão e escolha do administrador são desafiadas a todo
instante a tornarem-se objectivas pela necessidade da decisão racional diante do cenário de
incertezas no qual estão inseridas as organizações.
Evidencia-se que a tomada de decisão é o processo necessário para dar resposta a um problema,
em que alternativas de escolha são propostas para possíveis soluções que venham a gerar os
melhores resultados para as organizações, sendo considerado, em muitas organizações, como a
mais importante tarefa desempenhada pelos administradores.
Dai que, Diariamente milhares de decisões são tomadas dentro de uma organização, seja pelos
seus administradores, seja por seus funcionários. Decisões essas que vão desde o mais trivial até
escolhas que poderão afectar todo o andamento da organização, seu papel no mercado global, sua
sobrevivência, expansão ou estagnação.
Contudo, as decisões são tomadas por pessoas. Pessoas essas que são afectadas pelo meio onde
vivem, por suas percepções, experiências e até mesmo por suas crenças, o que torna o processo
em si extremamente delicado, pois não existe a “decisão perfeita”, o que há é a busca pela
melhor alternativa, aquela que norteará a organização rumo ao sucesso.
Na sequência disto, veremos como alguns autores vêm o processo de Tomada de Decisão, as
premissas básicas, seus pontos mais relevantes e as dificuldades mais frequentes.
4
1.Objectivos
De acordo LAKATOS (2002:113), “Objectivo é a descrição clara do que se pretende alcançar
como resultado da nossa actividade”.
Dessa ideia a pesquisa pretende alcançar o seguinte:
1.1.Objectivo geral
 O presente trabalho de pesquisa, tem por objectivo geral analisar o processo de tomadas
de decisão nas organizações.
1.2.Objectivos específicos
 Analisar a informação no processo de tomadas de decisão;
 Analisar a importância dos sistemas de informações gerenciais nas tomadas de decisões;
 Descrever os elementos no Processo de Tomadas de Decisão;
 Discutir o comportamento do decisor e as características da decisão de desenvolvimento
tecnológico por meio da cooperação organizacional.
2.Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral.
Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual,
partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é
levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos
baseia-mos.
5
3.REVISÃO DE LITERATURA
4.O processo decisório
Em 1947 Herbert Simon, no intuito de explicar o comportamento humano nas organizações,
lança o livro Comportamento Administrativo e com ele se inicia a Teoria das Decisões, onde
“cada pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando decisões individuais a
respeito de alternativas racionais de comportamento.” (CHIAVENATO, 2003, p.347).
Toda organização é um sistema de decisões, onde todos os membros estão continuamente
tomando alguma decisão, “... é impossível pensar a organização sem considerar a ocorrência
constante do processo decisório”. (FREITAS; KLADIS, 1995, p.6).
A organização é um sistema de decisões em que cada pessoa participa consciente e
racionalmente, escolhendo e decidindo entre alternativas mais ou menos racionais que são
apresentadas de acordo com sua personalidade, motivações e atitudes. Os processos de percepção
das situações e o raciocínio são básicos para a explicação do comportamento humano nas
organizações: o que uma pessoa aprecia e deseja influencia o que se vê e interpreta, assim como
o que vê e interpreta influencia o que aprecia e deseja. Em outros termos, a pessoa decide em
função de sua percepção das situações. Em resumo, as pessoas são processadores de informação,
criadoras de opinião e tomadoras de decisão
Para Robbins (2010, p.167) “A tomada de decisão ocorre em reacção a um problema. Um
problema existe quando se verifica uma discrepância entre o estado atual das coisas e seu estado
desejável [...]”. Complementando a ideia, Chiavenato (2003, p.348) ressalta que toda decisão
envolve seis elementos:
1. O tomador de decisão: é a pessoa que faz uma escolha ou opção entre várias alternativas
futuras de acção.
2. Os objectivos: são o que o tomador de decisão pretende alcançar com suas acções.
3. As preferências: são os critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha.
4. A estratégia: é o curso de acção que o tomador de decisão escolhe para atingir seus
objectivos dependendo dos recursos que pode dispor.
5. A situação: são os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, alguns deles
fora do seu controle, conhecimento ou compreensão e que afectam sua escolha.
6
6. O resultado: é a consequência ou resultado de uma estratégia.
Uma organização frequentemente se encontra diante de problemas sérios de decisão. Uma pessoa
física, geralmente um líder, poderia analisar o problema e escolher a melhor alternativa de
decisão de modo inteiramente informal. Em uma organização, os problemas são muito mais
amplos e complexos, envolvendo riscos e incertezas. Necessitam da opinião e participação de
muitas pessoas, em diversos níveis funcionais.
O processo de decisão em uma empresa ou organização deve ser estruturado e resolvido de modo
formal, detalhado, consistente e transparente. Para Herbert Simon (1997), o processo de tomada
de decisão em uma organização é complexo porque:
Uma decisão complexa é como um grande rio que traz de seus
afluentes as premissas incontáveis que constituem ou formam
um processo de decisão (...) muitos indivíduos e unidades
organizacionais contribuem em qualquer decisão importante e
a questão da centralização ou descentralização é um problema
de arranjar este sistema complexo em um esquema eficiente.
Os líderes devem mostrar-se hábeis para conduzir processos multidisciplinares e deles participar,
visto que demandam poder de abstracção, análise e síntese.
4.1.Tomada de decisão
“A informação é um recurso efectivo e inexorável para as empresas, especialmente quando
planejada e disseminada de forma personalizada, com qualidade inquestionável e
preferencialmente antecipada para facilitar as decisões.”
A tomada de decisão e a resolução de problemas podem ser abordadas de muitas maneiras
diferentes, mas geralmente seguem a dois modelos: racional e comportamental.
7
Tabela 1 - Modelo racional e comportamental de tomada de decisão.
Modelo Racional Modelo Comportamental
O tomador de decisões tem informações
Perfeitas (relevantes e acuradas).
O tomador de decisões tem informações
imperfeitas (incompletas e possivelmente
imprecisas).
O tomador de decisões tem uma lista exaustiva
de alternativas dentre as quais pode escolher.
O tomador de decisões não tem um conjunto
completo de alternativas ou não entende
plenamente aquelas que têm à disposição.
O tomador de decisões é racional O tomador de decisões tem uma racionalidade
definida e se restringe a valores, experiência,
hábitos etc.
O tomador de decisões sempre tem em mente
os melhores interesses da organização.
O tomador de decisões escolherá a primeira
alternativa minimamente aceitável.
Fonte: Adaptado pelo autor, a partir do CARAVANTES; PANNO; KLOECKNER, 2005, p.455)
O modelo racional supõe que os tomadores de decisões tenham informações perfeitas, e que
sejam capazes de avaliar sistematicamente e logicamente cada alternativa e no final tomar uma
decisão totalmente imparcial sobre o que será melhor para a organização. O que nem sempre é
possível, pois factores como emoções, preferências individuais e política da empresa acabam por
interferir nesse processo.
Ateemo-nos ao modelo comportamental, que leva em conta que o gerente muitas vezes terá que
tomar uma decisão considerando sua percepção, experiência, informações e alternativas
limitadas.
8
4.2.Tipos de problemas e níveis de decisão
Mesmo adoptando a simplicidade imposta pela racionalidade limitada, os problemas e métodos
de decisão precisam ser classificados e analisados com detalhe. “Sob o ponto de vista da tomada
de decisão, os problemas podem ser classificados em três Categorias: problemas estruturados,
semi-estruturados e nãos estruturados” (SHIMIZU, 2001, p.29).
Um problema é considerado estruturado ou bem definido se sua definição e fases de operação
para chegar aos resultados desejados estão bem claras e sua execução repetida é sempre possível.
Temos como exemplo de problemas bem estruturados: folha de pagamento, lançamento
contabilístico e operação de processamento de dados em geral. Os problemas semi-estruturados
são problemas com operações bem conhecidas, mas que contém algum factor ou critério variável
que pode influir no resultado, como acontece com o problema de previsão de vendas ou
problema de compras.
Nos problemas não estruturados, tantos os cenários, como o critério de decisão, não estão fixados
ou conhecidos a priori. Um exemplo de problema não estruturado mencionado por Shimizu é a
operação de escolha da capa de uma revista semanal ou primeira página de um jornal de
circulação diária, na qual diversas alternativas estão previstas, mas todas podem ser substituídas,
na última hora, se algum fato importante ocorrer.
Além disso, a decisão sobre qualquer um dos três tipos de problema pode ser diferenciada por
nível de decisão:
 Estratégico – em geral, decisão para dois a cinco anos;
 Táctico – decisão para alguns meses e até dois anos;
 Operacional – alguns dias ou alguns meses; e
 Despacho ou liberação – liberação para algumas horas ou alguns dias.
Existem superposições entre os tipos de problemas e os níveis de decisão, mas a
responsabilidade de decisão cabe a grupos distintos de decisores.
9
4.3.Elementos do Processo de Tomadas de Decisão
Para Chiavenato (2004, p. 255), são vários os elementos que compõem o processo decisório. O
autor destaca os principais:
 O estado da natureza: condições de incerteza, risco, ou certeza que existem no ambiente
decisório que o tomador de decisão deve enfrentar;
 O tomador de decisão: indivíduo ou grupo que escolhe entre as várias alternativas;
 Os objectivos: fins que o decisor almeja alcançar com as suas acções;
 Preferências: critérios que o decisor utiliza para determinar sua opção;
 Situação: os aspectos ambientais que envolvem o tomador de decisão, às vezes não
controláveis, fora do alcance de seu conhecimento ou compreensão que influenciam na
sua escolha;
 Estratégia: curso de acção que o decisor escolhe no sentido de atingir os objectivos da
melhor forma, sendo esta dependente dos recursos disponíveis;
 Resultado: consequência de uma estratégia.
Segundo Oliveira (2004), no processo decisório, é estabelecida orientação em relação à
alternativa escolhida, necessitando, desse modo, de uma racionalidade objectiva dos
administradores. O autor classifica o processo decisório em fases, a saber:
 Identificação do problema: consiste em identificar o cenário em que a organização se
encontra;
 Análise do problema a partir da consolidação das informações sobre o problema, devendo
o mesmo ser tratado como um sistema, considerando as ameaças e oportunidades;
 Estabelecimento de soluções e alternativas para a resolução do problema;
 Análise e comparação das soluções alternativas através do levantamento das vantagens e
desvantagens de cada alternativa;
 Selecção de alternativas mais adequadas, conforme critérios preestabelecidos, mediante o
conhecimento das vantagens e desvantagens dessas alternativas;
 Implantação da alternativa seleccionada, incluindo o devido treinamento das pessoas
envolvidas;
10
 Avaliação da alternativa seleccionada, através de critérios aceitos pela organização, em
que a tal alternativa deverá fornecer resultados a serem avaliados. (OLIVEIRA, 2004, p.
147).
5.Modelos de Tomadas de Decisão
A modelagem teórica de processo decisório supõe que a tomada de decisão gerencial seja
racional no sentido de que os gerentes fazem escolhas consistentes, de valor maximizado dentro
de restrições especificadas (ROBBINS e DECENZO, 2004, p.119). Para estes autores, um
tomador de decisão perfeitamente racional seria plenamente objectivo e lógico. Definiria um
problema com cuidado e teria uma meta clara e específica. Além disso, as etapas nos processos
de tomada de decisão levariam consistentemente à escolha da alternativa que maximiza aquela
meta.
Os modelos de tomadas de decisão, no seu início, tratavam o processo decisório como uma
questão racional, em que as organizações deveriam, tão-somente baseadas na racionalidade,
adaptar-se aos cenários em que estavam inseridas. Posteriormente, tais modelos e sua
racionalidade passaram a ser questionados, sendo propostos modelos mais flexíveis e adaptáveis
à realidade organizacional, que permitiram aos tomadores de decisão fazerem a melhor escolha
diante dos limites de conhecimento do problema a ser resolvido no processo decisório, tais como
falta de informações.
5.1.Modelo Racional
O Modelo racional baseia-se na teoria microeconómica neoclássica, em que a racionalidade é
factor fundamental para a tomada de decisão. Trata a informação objectivamente e evidencia a
lógica no processo decisório, em que o tomador de decisão não pode deixar envolver-se por
optimismo ou pessimismo (BERNSTEIN, 1997).
Assim sendo, observa-se que as tomadas de decisão de modo racional levam os gestores a
enxergar a organização de forma sistémica, a considerar o cenário em que se insere a
organização, sua cultura, bem como uma gama de alternativas possíveis, de modo a ponderar as
consequências que podem vir a ocorrer, antes de tomarem suas decisões.
11
Para Baron (1994 apud DACORSO, 2000), as tomadas de decisão de forma racional decorrem da
utilização de métodos que levam o administrador à escolha da melhor solução para alcançar os
objectivos pretendidos, sem que, necessariamente, deva existir ausência de erros. O autor
entende que, apesar da utilização da racionalidade, o administrador poderá fazer suas escolhas
baseado em crenças que, anteriormente, foram concebidas de modo irracional.
Deste modo, considera-se que a racionalidade do processo decisório nasce conforme a escolha do
administrador, a partir de alternativas viáveis. O processo de escolha racional, entretanto,
demonstra as limitações do ser humano que conduz o tomador de decisão a não mais fazer
escolhas que o levem à rigorosidade nos resultados, mais a resultados aceitáveis, dentro das
metas organizacionais.
5.2.Modelo Carnegie
O Modelo Carnegie ou Modelo da Racionalidade Limitada, preconizado por Simon, trata da
impossibilidade do administrador ter acesso a todas as possibilidades de acção, de modo a
conseguir avaliar todas as alternativas, visto que é impossível, fisicamente, ter acesso e processar
todas as informações referentes à decisão a ser tomada (AIDAR, 2006).
Nessa perspectiva, a organização é vista como uma aliança entre os diversos interesses que a
envolvem, em que o processo decisório advém de acordos entre os decisores, conforme suas
preferências.
As informações, bem como as alternativas, estão disponibilizadas de maneira limitada, sendo que
as soluções são escolhidas através do processo de estabelecimento de regras, conforme os
interesses e objectivos dos envolvidos nesse processo. Assim, a escolha da decisão se faz a partir
da opção considerada satisfatória para a organização (RASKIN, 2006). Desta maneira, percebe-
se nesse modelo que, apesar do administrador desejar agir com racionalidade nas organizações,
suas acções são limitadas pela reduzida gama de informações necessárias para o processo
decisorial. Tampouco possui a capacidade de processamento necessária para assimilar todas as
informações no devido momento, sendo também limitado pelas várias interposições causadas
entre as partes que irão determinar a escolha.
12
5.3.Modelo Incrementalista
O Modelo Incremental de Lindblom e Quinn retrata as impossibilidades do racionalismo e a
necessidade de focalização das informações. Nesse modelo, não existe apenas uma decisão
correcta, mas uma série de tentativas seleccionadas por análises e avaliações, em que as acções
são tratadas de maneira flexível, até atingir o grau almejado (GIRÃO; VILLAS BOAS FILHO;
SILVA JUNIOR, 2006).
Entende-se que no processo de tomadas de decisão, as acções diferem das anteriormente
utilizadas, de forma a corrigir ou evitar erros pelas sucessivas mudanças incrementais, levando a
organização a um novo curso de acção. Durante o processo, o curso de acção e os objectivos
organizacionais podem mudar, todavia, essas mudanças, segundo Raskin (2006), serão
efectuadas de forma amena, de maneira tal que a acção correctiva possa ser tomada, no momento
da percepção do erro.
5.4.Modelo Desestruturado
O Modelo Desestruturado foi proposto por Mintzberg, que denominou as decisões não-
programadas de decisões estratégicas desestruturadas. Segundo esse modelo, no início do
processo decisório, o administrador possui pouco conhecimento do problema, das alternativas e
das possíveis soluções. Nesse modelo, o processo decisório é caracterizado como dinâmico e
com interferências. (CORNÉLIO, 1999).
Esse modelo se aplica quando o nível de incerteza é alto. O processo decisório não é linear e
desenvolve-se de forma desestruturada e não previsível. Ao se depararem com quaisquer
dificuldades, as organizações reavaliam as alternativas, voltando atrás até que seja possível tomar
a decisão final. Esse modelo é caracterizado como desestruturado, em função das constantes
mudanças (RASKIN, 2006).
Conforme Mintzberg (1995), nesse modelo, as fases que compõem o processo decisório são:
Identificação, Desenvolvimento e Selecção. Na fase de Identificação, é efectuado o
reconhecimento da situação e o diagnóstico; na fase do Desenvolvimento, existem as rotinas e
pesquisa de soluções alternativas e de delineamento ou projecto da solução; e a fase da Selecção
pode ser dividida em três etapas: pré-selecção; avaliação/escolha; autorização.
13
Segundo o autor citado, ao final das três fases da tomada de decisão surgem as rotinas de apoio
ao processo decisório: rotina de controlo, que conduz o processo; rotina de comunicação, que
fornece informações e elabora relatórios; e rotina de políticas, que permite ao tomador de decisão
procurar uma solução própria em um ambiente cheio de influências.
6.Características do processo decisório
A decisão pode ser caracterizada de diversas formas, e muitos são os estudos que buscaram
desmistificar o processo decisório e a estrutura de decisão organizacional. No entanto pesquisas
sobre a decisão a respeito da realização da cooperação entre universidades e empresas não são
tão frequentes, sendo o foco de poucos estudos, como os de Chen (1997) e National Research
Council (1999). Por essa razão, destacam-se a seguir alguns dos elementos que surgem com
frequência, quando se estuda a decisão empresarial e a sua interface com o decisor de um modo
geral, elementos que nortearam a realização da pesquisa empírica.
6.1.Incerteza
O decisor, sob condições de incerteza, torna-se mais dependente das informações existentes
sobre a situação problema, o que pode levar a um contexto de medo e insegurança psicológica
em escolher alternativa que não se encontre dentro da tendência média de suas informações.
Dessa forma, o decisor, segundo Grosh e Crain (1995), deverá estar consciente do poder da
informação, que é mais bem capturada utilizando simultaneamente tantos instrumentos mais
amplos, que indicam a tendência média dos acontecimentos, quanto levantamentos específicos,
que descrevem a incerteza da situação específica.
Sob condições de incerteza, as informações sobre as alternativas possíveis e os seus resultados
são restritos. A incerteza pode resultar de condições externas que estejam em parte ou totalmente
fora do controle do executivo, ou simplesmente da falta de acesso a informações fundamentais.
Isso torna a incerteza uma restrição para a tomada de decisão, em que o decisor deverá deliberar
sobre situações externas imprevisíveis ou sobre as quais não possui as informações necessárias
para estabelecer a probabilidade de determinados eventos.
14
7.Estrutura de Decisão
A identificação e análise do nível hierárquico, em que as decisões podem acontecer, colaboram
para o entendimento da amplitude da decisão. Quanto mais alto o nível hierárquico em que as
decisões ocorrem, mais ampla pode vir a ser a sua abrangência, enquanto os níveis operacionais
se preocupam com decisões bem mais específicas.
De acordo com Huber e McDaniel (1986), o desenho dos procedimentos relacionados às
unidades de decisão é resultante das características organizacionais de centralização,
especialização e flexibilidade e da sua optimização. Ainda segundo Huber e McDaniel (1986), é
relevante para alcançar um bom desempenho organizacional "designar a autoridade do processo
decisório para níveis hierárquicos que minimizam a combinação entre custos e falta de
informação sobre:
 Situação problema;
 A situação global da organização, e
 Políticas organizacionais apropriadas".
Enquanto na estrutura centralizada as decisões são tomadas pelo alto escalão ou mesmo por um
dos dirigentes, na estrutura descentralizada o poder de decisão está disperso em diferentes níveis
organizacionais.
A natureza dos processos decisórios, vinculada ao tipo de decisão, e as informações disponíveis
sobre a situação que está exigindo uma decisão determinam a qualidade da decisão. A
informação, em termos da sua disponibilidade e qualidade, é que vai permitir ao decisor realizar
a escolha mais apropriada, tanto na decisão individual quanto em grupo.
8.Etapas no processo decisório
Tomar decisões pode ser entendido com um sinónimo para administrar. Para se tomar uma
decisão deve se avaliar duas ou mais alternativas caso o contrário não haverá o que decidir e isso
deve ser feito com racionalidade e consciência para que se escolha a opção que apresente o
resultado desejado ou mais próximo dele.
Como sabemos que o papel de todo gestor é tomar decisões que busquem as melhores
alternativas para que a empresa continue a crescer, é que muitos administradores são voltados
15
paras as práticas do processo decisório, pois desta forma, os objectivos traçados pela empresa são
discutidos. Acessado em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/etapas-para-uma-
boa-tomada-de-decisao/20906/. 19 de Abril pelas 16horas.
O processo decisório é complexo e depende das características pessoais do tomador de decisões,
da situação em que está envolvido e da maneira como percebe a situação. O processo decisório
exige sete etapas, segundo Chiavenato (2004, p. 349). A saber:
1) Percepção da situação que envolve algum problema;
2) Análise e definição do problema;
3) Definição dos objectivos;
4) Procura de alternativas de solução ou de cursos de acção;
5) Escolha (selecção) da alternativa mais adequada ao alcance dos objectivos;
6) Avaliação e comparação das alternativas;
7) Implementação da alternativa escolhida;
Cada etapa influencia as outras e todo o processo. Nem sempre as etapas são seguidas à risca. Se
a pressão for muito forte para uma solução imediata, as etapas “3”, “5” e “7”, podem ser
abreviadas ou suprimidas. Quando não há pressão, algumas etapas podem ser ampliadas ou
estendidas no tempo.
9.Estilo de solução de problemas
A tomada de decisão é uma das actividades essenciais no contexto gerencial, pois tudo o que o
gerente vier a realizar recairá sobre qual o melhor caminho a seguir, portanto eles necessitam de
determinadas aptidões para obter êxito na função de gerenciar. “A tomada de decisão é o
processo de identificar os problemas e as oportunidades e em seguida solucioná-los. A tomada de
decisão envolve esforços antes e depois da escolha real.” (DAFT, 2005, p.196).
As pessoas geralmente diferem na maneira que procedem para solucionar problemas. Jung
identificou quatro funções relativas a esse processo: sensação, intuição, pensamento e
16
sentimento. Daft esclarece que colectar informações e avaliar informações são actividades
separadas, sendo que a colecta pode ocorrer por meio da sensação ou da intuição. Já a avaliação
é realizada através do pensamento ou do sentimento. Jung ainda completa que somente uma das
quatro funções, sensação, intuição, pensamento e sentimento, é dominante em uma pessoa.
Porém, as funções de colecta de informações normalmente são combinadas com as funções de
análise das informações (DAFT, 2005 p. 196).
10.A Organização como um Sistema de Decisões
Segundo Chiavenato (2004, p. 348), o comportamento humano nas organizações é visualizado de
maneira diferente pelas várias teorias da Administração. Segundo ele, são:
 Teoria Clássica da Administração: Considera os indivíduos participantes da
organização como instrumentos passivos, cuja produtividade varia e pode ser elevada
mediante incentivos financeiros (remuneração de acordo com a produção) condições
físicas ambientais de trabalho favoráveis. É uma posição simplista e mecanicista.
 Teoria das Relações Humanas: Considera os indivíduos participantes da organização
como possuidores de necessidades, atitudes, valores e objectivos pessoais que precisam
ser identificados, estimulados e compreendidos para obter sua participação na
organização, condição básica para sua eficiência. É uma posição limitada.
 Teoria Comportamental: Os indivíduos participantes da organização percebem,
raciocinam, agem racionalmente e decidem a sua participação ou não participação na
organização como tomadores de opinião e decisão e seleccionadores de problemas.
11.Teoria das decisões
Decisão é o processo de análise e escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de ação que
a pessoa deverá seguir. Toda decisão, segundo Chiavenato (2004, p. 348), envolve seis
elementos. A saber:
1) Tomador de decisão: É a pessoa que faz uma escolha ou opção entre várias alternativas
futuras de acção;
2) Objectivos: São os objectivos que o tomador de decisão pretende alcançar com suas
acções;
3) Preferências: São os critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha;
17
4) Estratégica: é o curso de acção que o tomador de decisão escolhe para atingir seus
objectivos; O curso de acção é o caminho escolhido e depende dos recursos de que pode
dispor;
5) Situação: São os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, alguns deles
fora do seu controle, conhecimento ou compreensão e que afectam sua escolha;
6) Resultado: É a consequência ou resultante de uma dada estratégia
18
Conclusão
Chegando o fim deste trabalho, fica evidente que o processo decisório nas organizações é um
processo responsável pela escolha da melhor solução para um problema ou oportunidade.
Dependendo do contexto, o processo decisório é considerado difícil e uma vez feito poderá
ocasionar em consequências positivas ou negativas.
Dai que, a tomada de decisões está relacionada, muitas vezes, com os nossos valores e, também,
com parte daquilo que conhecemos ou do que experimentamos. Sempre, o ser humano teve que
decidir, ora por questões complexas, ora mais simples. E, conforme o contexto, dar a devida
importância ou não para saber qual medida tomar.
Como se pode ver, durante muito tempo, o processo decisório tem recebido definições de
diversos autores e parte desses conceitos têm obedecido aspectos racionais, políticos,
organizacionais, psicológicos e intuitivos. Na Escola Clássica ou Racional (1910 a 1950) esse
processo recebeu mais atenção com relação ao seu estudo. Apesar do processo decisório, na
Teoria Clássica da Administração, no início do século XX, não ter sido tão expressivo, mais
tarde, uma revolução nas comunicações permitiu que a tomada de decisão fosse feita de forma
rápida e valorizada.
19
Bibliografias
LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Andrade. Como elaborar projectos de pesquisa, 4ª Ed.,
Atlas, São Paulo, 2002
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2 ed, Rio de Janeiro: Elsevier,
2004.
MINTZBERG, H. Criando organizações eficazes: estruturas em cinco configurações. Tradução:
Cyrus Bernardes. São Paulo: Atlas, 1995.
OLIVEIRA, D de P. R. de. Sistemas de informações gerenciais: estratégicas, táticas e
operacionais. 9 ed São Paulo: Atlas, 2004.
CORNÉLIO, Renata Reis. A formulação da decisão no nível estratégico de uma organização
pública: Dissertação de Mestrado. 131 f. Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde
Pública, 1999.
AIDAR, Marcelo Marinho. Racionalidade ilimitada: a difusão do modelo do balanced
scorecard nas organizações. In: 2003, FGV-EAESP, São Paulo, SP, Brazil, 2003. Disponivel em
http://www.fgvsp.br/iberoamerican/Papers/0464_RacionalidadeIlimitadamarceloaidar.pdf.
Capturado em 19/04/2017.
CARAVANTES, Geraldo; PANNO, Cláudia; KLOECKNER, Mônica. Administração: teorias e
processo. São Paulo: Pearson, 2005. 572.
20
Nome do Autor: Sérgio Alfredo Macore
Nickname: Helldriver Rapper
Licenciatura: Gestão de Empresas / Gestão Financeira
E-mail: Sergio.macore@gmail.com
Contactos: +258846458829 ou +258826677547
Cidade: Pemba – Cabo Delgado
NOTA: Estou disposto para qualquer esclarecimento. Caso tenha duvida, contacte a mim!

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Processo decisório nas organizações

  • 1. 2 ÍNDICE INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................3 1.Objectivos................................................................................................................................4 1.1.Objectivo geral ..................................................................................................................4 1.2.Objectivos específicos .......................................................................................................4 2.Metodologia .........................................................................................................................4 3.REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................................5 4.O processo decisório.............................................................................................................5 4.1.Tomada de decisão.........................................................................................................6 4.2.Tipos de problemas e níveis de decisão ..........................................................................8 4.3.Elementos do Processo de Tomadas de Decisão .............................................................9 5.Modelos de Tomadas de Decisão ........................................................................................10 5.1.Modelo Racional..........................................................................................................10 5.2.Modelo Carnegie..........................................................................................................11 5.3.Modelo Incrementalista................................................................................................12 5.4.Modelo Desestruturado ................................................................................................12 6.Características do processo decisório ..................................................................................13 6.1.Incerteza.......................................................................................................................13 7.Estrutura de Decisão...........................................................................................................14 8.Etapas no processo decisório...............................................................................................14 9.Estilo de solução de problemas ...........................................................................................15 10.A Organização como um Sistema de Decisões ..................................................................16 11.Teoria das decisões...........................................................................................................16 Conclusão .................................................................................................................................18 Bibliografias .............................................................................................................................19
  • 2. 3 INTRODUÇÃO O presente trabalho de pesquisa tem como o tema „’Processo decisório nas organizações’’. Diante do tema, mostra que o processo decisório nas organizações se converte na essência da habilidade de gestão, em que a responsabilidade do gestor é a de decidir qual a melhor alternativa, para cada momento que se encontra a organização, de modo a garantir os resultados esperados. A capacidade de compreensão e escolha do administrador são desafiadas a todo instante a tornarem-se objectivas pela necessidade da decisão racional diante do cenário de incertezas no qual estão inseridas as organizações. Evidencia-se que a tomada de decisão é o processo necessário para dar resposta a um problema, em que alternativas de escolha são propostas para possíveis soluções que venham a gerar os melhores resultados para as organizações, sendo considerado, em muitas organizações, como a mais importante tarefa desempenhada pelos administradores. Dai que, Diariamente milhares de decisões são tomadas dentro de uma organização, seja pelos seus administradores, seja por seus funcionários. Decisões essas que vão desde o mais trivial até escolhas que poderão afectar todo o andamento da organização, seu papel no mercado global, sua sobrevivência, expansão ou estagnação. Contudo, as decisões são tomadas por pessoas. Pessoas essas que são afectadas pelo meio onde vivem, por suas percepções, experiências e até mesmo por suas crenças, o que torna o processo em si extremamente delicado, pois não existe a “decisão perfeita”, o que há é a busca pela melhor alternativa, aquela que norteará a organização rumo ao sucesso. Na sequência disto, veremos como alguns autores vêm o processo de Tomada de Decisão, as premissas básicas, seus pontos mais relevantes e as dificuldades mais frequentes.
  • 3. 4 1.Objectivos De acordo LAKATOS (2002:113), “Objectivo é a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa actividade”. Dessa ideia a pesquisa pretende alcançar o seguinte: 1.1.Objectivo geral  O presente trabalho de pesquisa, tem por objectivo geral analisar o processo de tomadas de decisão nas organizações. 1.2.Objectivos específicos  Analisar a informação no processo de tomadas de decisão;  Analisar a importância dos sistemas de informações gerenciais nas tomadas de decisões;  Descrever os elementos no Processo de Tomadas de Decisão;  Discutir o comportamento do decisor e as características da decisão de desenvolvimento tecnológico por meio da cooperação organizacional. 2.Metodologia Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos baseia-mos.
  • 4. 5 3.REVISÃO DE LITERATURA 4.O processo decisório Em 1947 Herbert Simon, no intuito de explicar o comportamento humano nas organizações, lança o livro Comportamento Administrativo e com ele se inicia a Teoria das Decisões, onde “cada pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando decisões individuais a respeito de alternativas racionais de comportamento.” (CHIAVENATO, 2003, p.347). Toda organização é um sistema de decisões, onde todos os membros estão continuamente tomando alguma decisão, “... é impossível pensar a organização sem considerar a ocorrência constante do processo decisório”. (FREITAS; KLADIS, 1995, p.6). A organização é um sistema de decisões em que cada pessoa participa consciente e racionalmente, escolhendo e decidindo entre alternativas mais ou menos racionais que são apresentadas de acordo com sua personalidade, motivações e atitudes. Os processos de percepção das situações e o raciocínio são básicos para a explicação do comportamento humano nas organizações: o que uma pessoa aprecia e deseja influencia o que se vê e interpreta, assim como o que vê e interpreta influencia o que aprecia e deseja. Em outros termos, a pessoa decide em função de sua percepção das situações. Em resumo, as pessoas são processadores de informação, criadoras de opinião e tomadoras de decisão Para Robbins (2010, p.167) “A tomada de decisão ocorre em reacção a um problema. Um problema existe quando se verifica uma discrepância entre o estado atual das coisas e seu estado desejável [...]”. Complementando a ideia, Chiavenato (2003, p.348) ressalta que toda decisão envolve seis elementos: 1. O tomador de decisão: é a pessoa que faz uma escolha ou opção entre várias alternativas futuras de acção. 2. Os objectivos: são o que o tomador de decisão pretende alcançar com suas acções. 3. As preferências: são os critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha. 4. A estratégia: é o curso de acção que o tomador de decisão escolhe para atingir seus objectivos dependendo dos recursos que pode dispor. 5. A situação: são os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, alguns deles fora do seu controle, conhecimento ou compreensão e que afectam sua escolha.
  • 5. 6 6. O resultado: é a consequência ou resultado de uma estratégia. Uma organização frequentemente se encontra diante de problemas sérios de decisão. Uma pessoa física, geralmente um líder, poderia analisar o problema e escolher a melhor alternativa de decisão de modo inteiramente informal. Em uma organização, os problemas são muito mais amplos e complexos, envolvendo riscos e incertezas. Necessitam da opinião e participação de muitas pessoas, em diversos níveis funcionais. O processo de decisão em uma empresa ou organização deve ser estruturado e resolvido de modo formal, detalhado, consistente e transparente. Para Herbert Simon (1997), o processo de tomada de decisão em uma organização é complexo porque: Uma decisão complexa é como um grande rio que traz de seus afluentes as premissas incontáveis que constituem ou formam um processo de decisão (...) muitos indivíduos e unidades organizacionais contribuem em qualquer decisão importante e a questão da centralização ou descentralização é um problema de arranjar este sistema complexo em um esquema eficiente. Os líderes devem mostrar-se hábeis para conduzir processos multidisciplinares e deles participar, visto que demandam poder de abstracção, análise e síntese. 4.1.Tomada de decisão “A informação é um recurso efectivo e inexorável para as empresas, especialmente quando planejada e disseminada de forma personalizada, com qualidade inquestionável e preferencialmente antecipada para facilitar as decisões.” A tomada de decisão e a resolução de problemas podem ser abordadas de muitas maneiras diferentes, mas geralmente seguem a dois modelos: racional e comportamental.
  • 6. 7 Tabela 1 - Modelo racional e comportamental de tomada de decisão. Modelo Racional Modelo Comportamental O tomador de decisões tem informações Perfeitas (relevantes e acuradas). O tomador de decisões tem informações imperfeitas (incompletas e possivelmente imprecisas). O tomador de decisões tem uma lista exaustiva de alternativas dentre as quais pode escolher. O tomador de decisões não tem um conjunto completo de alternativas ou não entende plenamente aquelas que têm à disposição. O tomador de decisões é racional O tomador de decisões tem uma racionalidade definida e se restringe a valores, experiência, hábitos etc. O tomador de decisões sempre tem em mente os melhores interesses da organização. O tomador de decisões escolherá a primeira alternativa minimamente aceitável. Fonte: Adaptado pelo autor, a partir do CARAVANTES; PANNO; KLOECKNER, 2005, p.455) O modelo racional supõe que os tomadores de decisões tenham informações perfeitas, e que sejam capazes de avaliar sistematicamente e logicamente cada alternativa e no final tomar uma decisão totalmente imparcial sobre o que será melhor para a organização. O que nem sempre é possível, pois factores como emoções, preferências individuais e política da empresa acabam por interferir nesse processo. Ateemo-nos ao modelo comportamental, que leva em conta que o gerente muitas vezes terá que tomar uma decisão considerando sua percepção, experiência, informações e alternativas limitadas.
  • 7. 8 4.2.Tipos de problemas e níveis de decisão Mesmo adoptando a simplicidade imposta pela racionalidade limitada, os problemas e métodos de decisão precisam ser classificados e analisados com detalhe. “Sob o ponto de vista da tomada de decisão, os problemas podem ser classificados em três Categorias: problemas estruturados, semi-estruturados e nãos estruturados” (SHIMIZU, 2001, p.29). Um problema é considerado estruturado ou bem definido se sua definição e fases de operação para chegar aos resultados desejados estão bem claras e sua execução repetida é sempre possível. Temos como exemplo de problemas bem estruturados: folha de pagamento, lançamento contabilístico e operação de processamento de dados em geral. Os problemas semi-estruturados são problemas com operações bem conhecidas, mas que contém algum factor ou critério variável que pode influir no resultado, como acontece com o problema de previsão de vendas ou problema de compras. Nos problemas não estruturados, tantos os cenários, como o critério de decisão, não estão fixados ou conhecidos a priori. Um exemplo de problema não estruturado mencionado por Shimizu é a operação de escolha da capa de uma revista semanal ou primeira página de um jornal de circulação diária, na qual diversas alternativas estão previstas, mas todas podem ser substituídas, na última hora, se algum fato importante ocorrer. Além disso, a decisão sobre qualquer um dos três tipos de problema pode ser diferenciada por nível de decisão:  Estratégico – em geral, decisão para dois a cinco anos;  Táctico – decisão para alguns meses e até dois anos;  Operacional – alguns dias ou alguns meses; e  Despacho ou liberação – liberação para algumas horas ou alguns dias. Existem superposições entre os tipos de problemas e os níveis de decisão, mas a responsabilidade de decisão cabe a grupos distintos de decisores.
  • 8. 9 4.3.Elementos do Processo de Tomadas de Decisão Para Chiavenato (2004, p. 255), são vários os elementos que compõem o processo decisório. O autor destaca os principais:  O estado da natureza: condições de incerteza, risco, ou certeza que existem no ambiente decisório que o tomador de decisão deve enfrentar;  O tomador de decisão: indivíduo ou grupo que escolhe entre as várias alternativas;  Os objectivos: fins que o decisor almeja alcançar com as suas acções;  Preferências: critérios que o decisor utiliza para determinar sua opção;  Situação: os aspectos ambientais que envolvem o tomador de decisão, às vezes não controláveis, fora do alcance de seu conhecimento ou compreensão que influenciam na sua escolha;  Estratégia: curso de acção que o decisor escolhe no sentido de atingir os objectivos da melhor forma, sendo esta dependente dos recursos disponíveis;  Resultado: consequência de uma estratégia. Segundo Oliveira (2004), no processo decisório, é estabelecida orientação em relação à alternativa escolhida, necessitando, desse modo, de uma racionalidade objectiva dos administradores. O autor classifica o processo decisório em fases, a saber:  Identificação do problema: consiste em identificar o cenário em que a organização se encontra;  Análise do problema a partir da consolidação das informações sobre o problema, devendo o mesmo ser tratado como um sistema, considerando as ameaças e oportunidades;  Estabelecimento de soluções e alternativas para a resolução do problema;  Análise e comparação das soluções alternativas através do levantamento das vantagens e desvantagens de cada alternativa;  Selecção de alternativas mais adequadas, conforme critérios preestabelecidos, mediante o conhecimento das vantagens e desvantagens dessas alternativas;  Implantação da alternativa seleccionada, incluindo o devido treinamento das pessoas envolvidas;
  • 9. 10  Avaliação da alternativa seleccionada, através de critérios aceitos pela organização, em que a tal alternativa deverá fornecer resultados a serem avaliados. (OLIVEIRA, 2004, p. 147). 5.Modelos de Tomadas de Decisão A modelagem teórica de processo decisório supõe que a tomada de decisão gerencial seja racional no sentido de que os gerentes fazem escolhas consistentes, de valor maximizado dentro de restrições especificadas (ROBBINS e DECENZO, 2004, p.119). Para estes autores, um tomador de decisão perfeitamente racional seria plenamente objectivo e lógico. Definiria um problema com cuidado e teria uma meta clara e específica. Além disso, as etapas nos processos de tomada de decisão levariam consistentemente à escolha da alternativa que maximiza aquela meta. Os modelos de tomadas de decisão, no seu início, tratavam o processo decisório como uma questão racional, em que as organizações deveriam, tão-somente baseadas na racionalidade, adaptar-se aos cenários em que estavam inseridas. Posteriormente, tais modelos e sua racionalidade passaram a ser questionados, sendo propostos modelos mais flexíveis e adaptáveis à realidade organizacional, que permitiram aos tomadores de decisão fazerem a melhor escolha diante dos limites de conhecimento do problema a ser resolvido no processo decisório, tais como falta de informações. 5.1.Modelo Racional O Modelo racional baseia-se na teoria microeconómica neoclássica, em que a racionalidade é factor fundamental para a tomada de decisão. Trata a informação objectivamente e evidencia a lógica no processo decisório, em que o tomador de decisão não pode deixar envolver-se por optimismo ou pessimismo (BERNSTEIN, 1997). Assim sendo, observa-se que as tomadas de decisão de modo racional levam os gestores a enxergar a organização de forma sistémica, a considerar o cenário em que se insere a organização, sua cultura, bem como uma gama de alternativas possíveis, de modo a ponderar as consequências que podem vir a ocorrer, antes de tomarem suas decisões.
  • 10. 11 Para Baron (1994 apud DACORSO, 2000), as tomadas de decisão de forma racional decorrem da utilização de métodos que levam o administrador à escolha da melhor solução para alcançar os objectivos pretendidos, sem que, necessariamente, deva existir ausência de erros. O autor entende que, apesar da utilização da racionalidade, o administrador poderá fazer suas escolhas baseado em crenças que, anteriormente, foram concebidas de modo irracional. Deste modo, considera-se que a racionalidade do processo decisório nasce conforme a escolha do administrador, a partir de alternativas viáveis. O processo de escolha racional, entretanto, demonstra as limitações do ser humano que conduz o tomador de decisão a não mais fazer escolhas que o levem à rigorosidade nos resultados, mais a resultados aceitáveis, dentro das metas organizacionais. 5.2.Modelo Carnegie O Modelo Carnegie ou Modelo da Racionalidade Limitada, preconizado por Simon, trata da impossibilidade do administrador ter acesso a todas as possibilidades de acção, de modo a conseguir avaliar todas as alternativas, visto que é impossível, fisicamente, ter acesso e processar todas as informações referentes à decisão a ser tomada (AIDAR, 2006). Nessa perspectiva, a organização é vista como uma aliança entre os diversos interesses que a envolvem, em que o processo decisório advém de acordos entre os decisores, conforme suas preferências. As informações, bem como as alternativas, estão disponibilizadas de maneira limitada, sendo que as soluções são escolhidas através do processo de estabelecimento de regras, conforme os interesses e objectivos dos envolvidos nesse processo. Assim, a escolha da decisão se faz a partir da opção considerada satisfatória para a organização (RASKIN, 2006). Desta maneira, percebe- se nesse modelo que, apesar do administrador desejar agir com racionalidade nas organizações, suas acções são limitadas pela reduzida gama de informações necessárias para o processo decisorial. Tampouco possui a capacidade de processamento necessária para assimilar todas as informações no devido momento, sendo também limitado pelas várias interposições causadas entre as partes que irão determinar a escolha.
  • 11. 12 5.3.Modelo Incrementalista O Modelo Incremental de Lindblom e Quinn retrata as impossibilidades do racionalismo e a necessidade de focalização das informações. Nesse modelo, não existe apenas uma decisão correcta, mas uma série de tentativas seleccionadas por análises e avaliações, em que as acções são tratadas de maneira flexível, até atingir o grau almejado (GIRÃO; VILLAS BOAS FILHO; SILVA JUNIOR, 2006). Entende-se que no processo de tomadas de decisão, as acções diferem das anteriormente utilizadas, de forma a corrigir ou evitar erros pelas sucessivas mudanças incrementais, levando a organização a um novo curso de acção. Durante o processo, o curso de acção e os objectivos organizacionais podem mudar, todavia, essas mudanças, segundo Raskin (2006), serão efectuadas de forma amena, de maneira tal que a acção correctiva possa ser tomada, no momento da percepção do erro. 5.4.Modelo Desestruturado O Modelo Desestruturado foi proposto por Mintzberg, que denominou as decisões não- programadas de decisões estratégicas desestruturadas. Segundo esse modelo, no início do processo decisório, o administrador possui pouco conhecimento do problema, das alternativas e das possíveis soluções. Nesse modelo, o processo decisório é caracterizado como dinâmico e com interferências. (CORNÉLIO, 1999). Esse modelo se aplica quando o nível de incerteza é alto. O processo decisório não é linear e desenvolve-se de forma desestruturada e não previsível. Ao se depararem com quaisquer dificuldades, as organizações reavaliam as alternativas, voltando atrás até que seja possível tomar a decisão final. Esse modelo é caracterizado como desestruturado, em função das constantes mudanças (RASKIN, 2006). Conforme Mintzberg (1995), nesse modelo, as fases que compõem o processo decisório são: Identificação, Desenvolvimento e Selecção. Na fase de Identificação, é efectuado o reconhecimento da situação e o diagnóstico; na fase do Desenvolvimento, existem as rotinas e pesquisa de soluções alternativas e de delineamento ou projecto da solução; e a fase da Selecção pode ser dividida em três etapas: pré-selecção; avaliação/escolha; autorização.
  • 12. 13 Segundo o autor citado, ao final das três fases da tomada de decisão surgem as rotinas de apoio ao processo decisório: rotina de controlo, que conduz o processo; rotina de comunicação, que fornece informações e elabora relatórios; e rotina de políticas, que permite ao tomador de decisão procurar uma solução própria em um ambiente cheio de influências. 6.Características do processo decisório A decisão pode ser caracterizada de diversas formas, e muitos são os estudos que buscaram desmistificar o processo decisório e a estrutura de decisão organizacional. No entanto pesquisas sobre a decisão a respeito da realização da cooperação entre universidades e empresas não são tão frequentes, sendo o foco de poucos estudos, como os de Chen (1997) e National Research Council (1999). Por essa razão, destacam-se a seguir alguns dos elementos que surgem com frequência, quando se estuda a decisão empresarial e a sua interface com o decisor de um modo geral, elementos que nortearam a realização da pesquisa empírica. 6.1.Incerteza O decisor, sob condições de incerteza, torna-se mais dependente das informações existentes sobre a situação problema, o que pode levar a um contexto de medo e insegurança psicológica em escolher alternativa que não se encontre dentro da tendência média de suas informações. Dessa forma, o decisor, segundo Grosh e Crain (1995), deverá estar consciente do poder da informação, que é mais bem capturada utilizando simultaneamente tantos instrumentos mais amplos, que indicam a tendência média dos acontecimentos, quanto levantamentos específicos, que descrevem a incerteza da situação específica. Sob condições de incerteza, as informações sobre as alternativas possíveis e os seus resultados são restritos. A incerteza pode resultar de condições externas que estejam em parte ou totalmente fora do controle do executivo, ou simplesmente da falta de acesso a informações fundamentais. Isso torna a incerteza uma restrição para a tomada de decisão, em que o decisor deverá deliberar sobre situações externas imprevisíveis ou sobre as quais não possui as informações necessárias para estabelecer a probabilidade de determinados eventos.
  • 13. 14 7.Estrutura de Decisão A identificação e análise do nível hierárquico, em que as decisões podem acontecer, colaboram para o entendimento da amplitude da decisão. Quanto mais alto o nível hierárquico em que as decisões ocorrem, mais ampla pode vir a ser a sua abrangência, enquanto os níveis operacionais se preocupam com decisões bem mais específicas. De acordo com Huber e McDaniel (1986), o desenho dos procedimentos relacionados às unidades de decisão é resultante das características organizacionais de centralização, especialização e flexibilidade e da sua optimização. Ainda segundo Huber e McDaniel (1986), é relevante para alcançar um bom desempenho organizacional "designar a autoridade do processo decisório para níveis hierárquicos que minimizam a combinação entre custos e falta de informação sobre:  Situação problema;  A situação global da organização, e  Políticas organizacionais apropriadas". Enquanto na estrutura centralizada as decisões são tomadas pelo alto escalão ou mesmo por um dos dirigentes, na estrutura descentralizada o poder de decisão está disperso em diferentes níveis organizacionais. A natureza dos processos decisórios, vinculada ao tipo de decisão, e as informações disponíveis sobre a situação que está exigindo uma decisão determinam a qualidade da decisão. A informação, em termos da sua disponibilidade e qualidade, é que vai permitir ao decisor realizar a escolha mais apropriada, tanto na decisão individual quanto em grupo. 8.Etapas no processo decisório Tomar decisões pode ser entendido com um sinónimo para administrar. Para se tomar uma decisão deve se avaliar duas ou mais alternativas caso o contrário não haverá o que decidir e isso deve ser feito com racionalidade e consciência para que se escolha a opção que apresente o resultado desejado ou mais próximo dele. Como sabemos que o papel de todo gestor é tomar decisões que busquem as melhores alternativas para que a empresa continue a crescer, é que muitos administradores são voltados
  • 14. 15 paras as práticas do processo decisório, pois desta forma, os objectivos traçados pela empresa são discutidos. Acessado em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/etapas-para-uma- boa-tomada-de-decisao/20906/. 19 de Abril pelas 16horas. O processo decisório é complexo e depende das características pessoais do tomador de decisões, da situação em que está envolvido e da maneira como percebe a situação. O processo decisório exige sete etapas, segundo Chiavenato (2004, p. 349). A saber: 1) Percepção da situação que envolve algum problema; 2) Análise e definição do problema; 3) Definição dos objectivos; 4) Procura de alternativas de solução ou de cursos de acção; 5) Escolha (selecção) da alternativa mais adequada ao alcance dos objectivos; 6) Avaliação e comparação das alternativas; 7) Implementação da alternativa escolhida; Cada etapa influencia as outras e todo o processo. Nem sempre as etapas são seguidas à risca. Se a pressão for muito forte para uma solução imediata, as etapas “3”, “5” e “7”, podem ser abreviadas ou suprimidas. Quando não há pressão, algumas etapas podem ser ampliadas ou estendidas no tempo. 9.Estilo de solução de problemas A tomada de decisão é uma das actividades essenciais no contexto gerencial, pois tudo o que o gerente vier a realizar recairá sobre qual o melhor caminho a seguir, portanto eles necessitam de determinadas aptidões para obter êxito na função de gerenciar. “A tomada de decisão é o processo de identificar os problemas e as oportunidades e em seguida solucioná-los. A tomada de decisão envolve esforços antes e depois da escolha real.” (DAFT, 2005, p.196). As pessoas geralmente diferem na maneira que procedem para solucionar problemas. Jung identificou quatro funções relativas a esse processo: sensação, intuição, pensamento e
  • 15. 16 sentimento. Daft esclarece que colectar informações e avaliar informações são actividades separadas, sendo que a colecta pode ocorrer por meio da sensação ou da intuição. Já a avaliação é realizada através do pensamento ou do sentimento. Jung ainda completa que somente uma das quatro funções, sensação, intuição, pensamento e sentimento, é dominante em uma pessoa. Porém, as funções de colecta de informações normalmente são combinadas com as funções de análise das informações (DAFT, 2005 p. 196). 10.A Organização como um Sistema de Decisões Segundo Chiavenato (2004, p. 348), o comportamento humano nas organizações é visualizado de maneira diferente pelas várias teorias da Administração. Segundo ele, são:  Teoria Clássica da Administração: Considera os indivíduos participantes da organização como instrumentos passivos, cuja produtividade varia e pode ser elevada mediante incentivos financeiros (remuneração de acordo com a produção) condições físicas ambientais de trabalho favoráveis. É uma posição simplista e mecanicista.  Teoria das Relações Humanas: Considera os indivíduos participantes da organização como possuidores de necessidades, atitudes, valores e objectivos pessoais que precisam ser identificados, estimulados e compreendidos para obter sua participação na organização, condição básica para sua eficiência. É uma posição limitada.  Teoria Comportamental: Os indivíduos participantes da organização percebem, raciocinam, agem racionalmente e decidem a sua participação ou não participação na organização como tomadores de opinião e decisão e seleccionadores de problemas. 11.Teoria das decisões Decisão é o processo de análise e escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de ação que a pessoa deverá seguir. Toda decisão, segundo Chiavenato (2004, p. 348), envolve seis elementos. A saber: 1) Tomador de decisão: É a pessoa que faz uma escolha ou opção entre várias alternativas futuras de acção; 2) Objectivos: São os objectivos que o tomador de decisão pretende alcançar com suas acções; 3) Preferências: São os critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha;
  • 16. 17 4) Estratégica: é o curso de acção que o tomador de decisão escolhe para atingir seus objectivos; O curso de acção é o caminho escolhido e depende dos recursos de que pode dispor; 5) Situação: São os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, alguns deles fora do seu controle, conhecimento ou compreensão e que afectam sua escolha; 6) Resultado: É a consequência ou resultante de uma dada estratégia
  • 17. 18 Conclusão Chegando o fim deste trabalho, fica evidente que o processo decisório nas organizações é um processo responsável pela escolha da melhor solução para um problema ou oportunidade. Dependendo do contexto, o processo decisório é considerado difícil e uma vez feito poderá ocasionar em consequências positivas ou negativas. Dai que, a tomada de decisões está relacionada, muitas vezes, com os nossos valores e, também, com parte daquilo que conhecemos ou do que experimentamos. Sempre, o ser humano teve que decidir, ora por questões complexas, ora mais simples. E, conforme o contexto, dar a devida importância ou não para saber qual medida tomar. Como se pode ver, durante muito tempo, o processo decisório tem recebido definições de diversos autores e parte desses conceitos têm obedecido aspectos racionais, políticos, organizacionais, psicológicos e intuitivos. Na Escola Clássica ou Racional (1910 a 1950) esse processo recebeu mais atenção com relação ao seu estudo. Apesar do processo decisório, na Teoria Clássica da Administração, no início do século XX, não ter sido tão expressivo, mais tarde, uma revolução nas comunicações permitiu que a tomada de decisão fosse feita de forma rápida e valorizada.
  • 18. 19 Bibliografias LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Andrade. Como elaborar projectos de pesquisa, 4ª Ed., Atlas, São Paulo, 2002 CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2 ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. MINTZBERG, H. Criando organizações eficazes: estruturas em cinco configurações. Tradução: Cyrus Bernardes. São Paulo: Atlas, 1995. OLIVEIRA, D de P. R. de. Sistemas de informações gerenciais: estratégicas, táticas e operacionais. 9 ed São Paulo: Atlas, 2004. CORNÉLIO, Renata Reis. A formulação da decisão no nível estratégico de uma organização pública: Dissertação de Mestrado. 131 f. Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública, 1999. AIDAR, Marcelo Marinho. Racionalidade ilimitada: a difusão do modelo do balanced scorecard nas organizações. In: 2003, FGV-EAESP, São Paulo, SP, Brazil, 2003. Disponivel em http://www.fgvsp.br/iberoamerican/Papers/0464_RacionalidadeIlimitadamarceloaidar.pdf. Capturado em 19/04/2017. CARAVANTES, Geraldo; PANNO, Cláudia; KLOECKNER, Mônica. Administração: teorias e processo. São Paulo: Pearson, 2005. 572.
  • 19. 20 Nome do Autor: Sérgio Alfredo Macore Nickname: Helldriver Rapper Licenciatura: Gestão de Empresas / Gestão Financeira E-mail: Sergio.macore@gmail.com Contactos: +258846458829 ou +258826677547 Cidade: Pemba – Cabo Delgado NOTA: Estou disposto para qualquer esclarecimento. Caso tenha duvida, contacte a mim!