[1] O documento apresenta aspectos introdutórios sobre o estudo de plantas medicinais e fitoterápicos, abordando a história do uso de plantas medicinais, as estratégias da OMS para implementação da medicina tradicional nos sistemas de saúde e o desenvolvimento de políticas públicas sobre práticas integrativas e fitoterápicos no Brasil.
[2] A OMS incentiva os países-membros a integrar a medicina tradicional aos sistemas nacionais de saúde por meio do desenvolvimento de polí
2. Nesta apresentação serão abordados aspectos introdutórios
importantes para a compreensão do estudo de plantas medicinais e
fitoterápicos, estudo este que será complementado em outras etapas.
Você conhecerá um breve percurso do uso de plantas medicinais na
história do ocidente; as estratégias da Organização Mundial da Saúde
(OMS) para implementação da medicina tradicional e medicina
complementar/alternativa (MT/MCA) para os Estados-membros; a
implantação das políticas públicas no Brasil sobre Práticas Integrativas
e Plantas Medicinais e Fitoterápicos; bem como os principais conceitos
e termos técnicos utilizados para a introdução ao estudo de
fitoterápicos e plantas medicinais.
APRESENTAÇÃO
ETAPA 1
3. Observe a linha do tempo a seguir que retrata uma breve história
da terapêutica ocidental e o retorno ao uso de plantas medicinais.
ETAPA 1
PARA COMEÇAR: “EU TENHO
UMA DOR DE OUVIDO..."
Sobre a linha do tempo do desenvolvimento de políticas de plantas medicinais e fitoterápicos
no Infográfico da Etapa1.
4. Conforme a linha do tempo, percebe-se um retorno ao uso de
plantas medicinais no tratamento de enfermidades, na história do
ocidente.
De acordo com a OMS (2011), de 70% a 90% da população nos
países em desenvolvimento depende das plantas medicinais no que
se refere à Atenção Primária à Saúde.
ETAPA 1
PARA COMEÇAR: “EU TENHO
UMA DOR DE OUVIDO..."
5. Há um reconhecimento dos saberes populares e tradicionais
relacionados ao cuidado com a saúde pela incorporação das práticas
integrativas e complementares orientada pelos princípios e diretrizes
do Sistema Único de Saúde no Brasil.
ETAPA 1
PARA COMEÇAR: “EU TENHO
UMA DOR DE OUVIDO..."
Sobre o desenvolvimento das práticas integrativas e complementares no SUS no texto-base
da Etapa1.
7. Os sistemas terapêuticos e medicamentos
correspondentes – segundo Hipócrates
Sistema Terapia Medicamento Matéria-prima
Homeopatia Homeoterapia Homeoterápico Vegetal, animal e mineral
Alopatia Inorgânica Quimioterapia Quimioterápico Inorgânica natural e sintética
Alopatia
Quimioterapia
Orgânica
Quimioterapia Quimioterápico Orgânica sintética e natural
Alopatia Opoterapia Opoterápicos Opoterápico
Animal e derivados deles
obtidos
Alopatia Fitoterapia Fitoterapia Fitoterápico
Vegetal, drogas e
preparados deles obtidos
ETAPA 1
8. O que é a FITOTERAPIA?
Fitoterapia é um ramo da terapêutica alopata que utiliza plantas medicinais,
drogas vegetais e preparados delas obtidos, para o tratamento de enfermidades.
ETAPA 1
AS PLANTAS MEDICINAIS
E A FITOTERAPIA
9. Observações importantes sobre a Fitoterapia:
A adoção da Fitoterapia não implica, necessariamente, no
abandono de outras práticas de cuidado. Nesse sentido, as plantas
medicinais, os produtos biológicos e os produtos sintéticos podem ser
utilizados de forma complementar.
No estágio atual da farmacoterapia, não cabe substituir, pelas
plantas medicinais, os medicamentos eficientes de que se dispõe para
o tratamento de muitas doenças.
AS PLANTAS MEDICINAIS
E A FITOTERAPIA
ETAPA 1
10. É na China e no Egito que surgem as mais antigas obras sobre
medicina e plantas medicinais.
No livro de PenT’Sao-Ching (2700 a.C.), nos Papiros (1500 a.C.),
bem como na Bíblia escrita pelos hebreus, encontram-se milhares de
citações sobre o emprego de plantas medicinais e preparações à base
de produtos do reino vegetal.
ETAPA 1
HISTÓRIA DA FITOTERAPIA
E USO DE PLANTAS MEDICINAIS
11. Hipócrates (460-361 a.C.) catalogou e empregou centenas de
drogas de origem vegetal.Teofrasto (225 a.C.) e Dioscórides (20 d.C.),
que por mais de 1.500 anos influenciaram a Farmácia, foram autores
de vários e valiosos volumes sobre vegetais usados na cura de
enfermidades.
HISTÓRIA DA FITOTERAPIA
E USO DE PLANTAS MEDICINAIS
Sobre a história da Fitoterapia e uso de plantas medicinais no texto-base da Etapa1.
ETAPA 1
12. No Brasil, nos séculos da colonização, a utilização de plantas
medicinais para o tratamento dos agravos da saúde era de domínio
dos indígenas, reais detentores desse conhecimento tradicional.
Os medicamentos de origem sintética eram importados,
principalmente da Europa.
Muito tempo foi necessário para que as plantas medicinais usadas
no Brasil fossem conhecidas no mundo.
HISTÓRIA DA FITOTERAPIA
E USO DE PLANTAS MEDICINAIS
ETAPA 1
13. Em 1979, em atendimento às orientações da Declaração da
Conferência de Alma-Ata, Rússia, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) criou o Programa de MedicinaTradicional, segundo o qual o uso
integrado da medicina tradicional e de plantas medicinais passaria a
ser objeto de implantação de políticas públicas, visando à introdução
dessas práticas na atenção primária à saúde.
Para a OMS, a introdução da Fitoterapia no sistema de saúde
amplia e melhora a assistência, tendo em vista o amplo uso de plantas
medicinais pela população mundial.
Perspectivas da OMS para o emprego
de plantas medicinais e fitoterápicos
ETAPA 1
14. Dois documentos publicados pela OMS expressam o seu compromisso em
incentivar os Estados-membros na formulação e implementação de políticas
públicas e no desenvolvimento de estudos científicos para o uso racional e
integrado da medicina tradicional, complementar e alternativa (MT/MCA)
nos sistemas nacionais de atenção à saúde, incluindo a Fitoterapia:
Estrategia de laOMS sobre medicina tradicional 2002-2005 (OMS, 2012).
Estrategia de laOMS sobre medicina tradicional 2014-2023 (OMS,2014).
Perspectivas da OMS para o emprego
de plantas medicinais e fitoterápicos
Sobre o papel da OMS para o fortalecimento da Fitoterapia nos sistemas de saúde no texto-
base e no infográfico da Etapa1.
ETAPA 1
15. A OMS esclarece os seguintes termos utilizados em seus documentos:
MEDICINATRADICIONAL (MT): a MT tem uma longa história. É a
soma de todos os conhecimentos, habilidades e práticas baseadas em
teorias, crenças e experiências indígenas de diferentes culturas,
podendo esta ser aplicada ou não, usada para manutenção da saúde,
bem como na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças físicas
e mentais.
Fonte: OMS, 2014, p. 15.
ETAPA 1
Perspectivas da OMS para o emprego
de plantas medicinais e fitoterápicos
16. MEDICINACOMPLEMENTAR ou ALTERNATIVA (MCA): o termo
refere-se a um amplo conhecimento de práticas de cuidados com a
saúde que não fazem parte dos sistemas médicos convencionais dos
países e não são totalmente incorporadas ao sistema de saúde
dominante. Essas práticas são utilizadas invariavelmente, em alguns
países, como medicina tradicional.
MEDICINATRADICIONAL E COMPLEMENTAR (MT/MCA): surge
dos termos MedicinaTradicional e Medicina Complementar, de acordo
com as práticas, produtos e praticantes.
ETAPA 1
Fonte: OMS, 2014, p. 15.
Perspectivas da OMS para o emprego
de plantas medicinais e fitoterápicos
17. Critérios básicos estabelecidos:
Político: sempre que possível, integrar a MT/MCA aos sistemas
nacionais de saúde, através do desenvolvimento e implementação de
políticas e programas sobre medicina tradicional nacionais.
Segurança, eficácia e qualidade: promover a segurança, eficácia
e qualidade da MT/MCA por meio da expansão da base
de conhecimentos e conselhos de regulamentação e garantia de
qualidade.
Uso racional: promover o uso racional da MT/MCA entre os
profissionais e usuários.
ETAPA 1
Estratégias para a implementação da
MT/MCA nos países membros da OMS
18. Critérios básicos estabelecidos:
Acesso: promover a cobertura de saúde universal por meio da
integração da MT/MCA à prestação de serviços aos autocuidados de
saúde, aproveitando o seu potencial para ajudar a melhorar os serviços
e os resultados de saúde, assim como assegurar que os usuários
possam tomar decisões e escolhas informadas em relação ao cuidado
de sua própria saúde.
Estratégias para a implementação da
MT/MCA nos países membros da OMS
ETAPA 1
19. Dois pontos fundamentais se destacam dentro das estratégias de
implantação da MT/MCA em âmbito mundial que são de suma
importância para o nosso estudo:
A integração da MT/MCA aos sistemas de saúde em âmbito
nacional com o desenvolvimento e implantação de políticas e
programas nacionais de MT/MCA.
A organização de programas de formação básica em MT/MCA
permitindo aquisição de conhecimentos e titulação para o exercício
da prática dessas terapêuticas, incluindo a Fitoterapia.
ETAPA 1
Estratégias para a implementação da
MT/MCA nos países membros da OMS
20. No Brasil, foram criadas resoluções e realizadas Conferências Nacionais
de Saúde, a partir da recomendação da Declaração de Alma-Ata,
Rússia/OMS 1978, na qual se recomendava a introdução de práticas
tradicionais e Fitoterapia no sistema de saúde. Dentre elas, citamos:
8ª Conferência Nacional de Saúde - 1986 - impulsionada pela
Reforma Sanitária, deliberou em seu relatório final pela introdução de
práticas alternativas de assistência à saúde no âmbito dos serviços de
saúde.
Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares
ETAPA 1
21. Comissão Interministerial de Planejamento (CIPLAN) - 1988 -
resoluções nº 4, 5, 6, 7 e 8/ 1988, que fixaram normas e diretrizes para
o atendimento em homeopatia, acupuntura, termalismo, técnicas
alternativas de saúde mental e Fitoterapia no sistema de saúde.
10ª Conferência Nacional de Saúde - 1996 - aprovou, em seu
relatório final, a incorporação ao Sistema Único de Saúde de práticas
como a Fitoterapia, acupuntura e homeopatia, contemplando as
terapias complementares e práticas populares.
ETAPA 1
Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares
22. Em junho de 2003, foi organizado um grupo de trabalho formado
por representantes de vários segmentos ligados às práticas
complementares, entre as quais a Fitoterapia, para organização do
documento da Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares.
O documento foi elaborado por CâmarasTécnicas dos Conselhos
Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde e pactuado
na Comissão IntergestoresTripartite, no dia 17 de fevereiro de 2005.
Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares
ETAPA 1
23. Em fevereiro de 2006, o documento final da política foi aprovado
por unanimidade pelo Conselho Nacional de Saúde e consolidou-se a
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS
(PNPIC), publicada na forma das Portarias Ministeriais nº. 971, de 03
de maio de 2006, e nº. 1.600, de 17 de julho de 2006.
ETAPA 1
Sobre a implantação da PNPIC no texto-base e no infográfico da Etapa 1 e no texto-base
da Etapa 5.
Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares
24. A PNPIC, aprovada em 2006, veio atender à
demanda da OMS e da população brasileira, assim
como à necessidade de normatização e
harmonização dessas práticas na rede pública de
saúde.
Essa política traz diretrizes e ações para a
inserção de serviços e produtos relacionados à
MedicinaTradicionalChinesa/Acupuntura,
Homeopatia e Plantas Medicinais e Fitoterapia,
assim como para observatório de saúde do
Termalismo Social e da MedicinaAntroposófica
(BRASIL, 2012, p.37).
Imagem 02 Capa
Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares
ETAPA 1
25. Em 17 de fevereiro de 2005, foi constituído, por Decreto
Presidencial, o Grupo deTrabalho Interministerial, para elaboração
da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF).
A implantação de políticas, programas e projetos em plantas
medicinais demandaram ações intersetoriais, por parte do governo
brasileiro, com representantes de nove Ministérios, dentre eles Saúde;
DesenvolvimentoAgrário; Ciência eTecnologia; MeioAmbiente;
Agricultura, Pecuária e Abastecimento; além de representantes da
Agência Nacional deVigilância Sanitária e da Fundação Oswaldo Cruz.
ETAPA 1
Política Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos
26. A PNPMF foi aprovada pelo Decreto Presidencial
nº 5.813, de 22 de junho de 2006, com diretrizes e
ações para a cadeia produtiva de plantas medicinais
e fitoterápicos.
A política traz como objetivo garantir à
população brasileira o acesso seguro e uso racional
de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo
o uso sustentável da biodiversidade, o
desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria
nacional (BRASIL, 2006).
Política Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos
Imagem 03 Capa
ETAPA 1
27. A PNPMF contempla diretrizes e decisões de caráter geral, as
quais orientam legislação, programas, atividades e projetos para o
desenvolvimento econômico e social do país.
Em conformidade com essas diretrizes, o Programa Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) traz ações, gestores,
órgãos envolvidos, prazos e origem dos recursos, com a abrangência
de toda a cadeia produtiva.
Política Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos
Sobre a PNPMF nos textos-base da Etapa 1 e da Etapa 5.
ETAPA 1
28. O Programa foi aprovado pela Portaria
Interministerial nº 2960, de 09 de dezembro de
2008.
Foi instituído também o Comitê Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápicos, formado por
representantes de órgãos governamentais e não
governamentais (BRASIL, 2008).
Programa Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos
Imagem 04 Capa
ETAPA 1
29. “O Programa Nacional é o principal instrumento para orientação
dos gestores federais na implantação das diretrizes da política
nacional, assim como subsidia o trabalho do Comitê Nacional no
monitoramento e avaliação das ações. Cabe ressaltar que, enquanto a
Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos é documento de
Estado, o Programa Nacional é instrumento de governo para a
implantação das ações, com definição de prazos e responsabilidades,
necessitando, portanto, de revisão e atualização a cada gestão do
governo federal” (BRASIL, 2012, p. 47).
Programa Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos
ETAPA 1
30. Estados brasileiros que possuem política e/ou programa em plantas
medicinais e Fitoterapia:
Implantação de políticas
e programas no Brasil
ETAPA 1
31. Uso de plantas medicinais e da Fitoterapia nos sistemas públicos de
saúde:
Vantagens:
- Baixo risco de intoxicação
- Fácil administração
- Baixo custo
- Fácil disponibilidade
- Efeitos colaterais mínimos
- Novos mecanismos de ação
Desafios:
- Complexidade dos princípios ativos
- Controle de qualidade nas etapas
de produção
- O efeito terapêutico costuma ser
mais demorado em relação aos
ativos sintéticos
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O USO
DE PLANTAS MEDICINAIS NO SUS
ETAPA 1
32. Imagem 05 Spilanthes acmella (SW)
Cass. (jambu) [2]
Planta medicinal: segundo a OMS é toda e
qualquer planta que, quando aplicada sob
determinada forma e por alguma via ao homem, é
capaz de provocar um efeito farmacológico. Pode
ser aplicada diretamente na terapêutica ou
processada para obtenção de um fitoterápico
(WHO, 1978).
PLANTAS MEDICINAIS E
FITOTERÁPICOS-CONCEITOS BÁSICOS
ETAPA 1
33. Fitoterápicos ou medicamentos fitoterápicos:
são considerados medicamentos fitoterápicos
aqueles obtidos com emprego exclusivo de
matérias primas ativas vegetais. Não se considera
medicamento fitoterápico aquele que inclui na sua
composição substâncias ativas isoladas, sintéticas
ou naturais, nem as associações dessas com
extratos vegetais (ANVISA RDC 26, 2014).
ETAPA 1
PLANTAS MEDICINAIS E
FITOTERÁPICOS-CONCEITOS BÁSICOS
Imagem 06 Comprimidos de
Spilanthes acmella [3]
34. Fitoterápico: produto final apresenta uma Forma farmacêutica
e uma Fórmula farmacêutica.
Matéria-prima vegetal: é a planta medicinal, a droga vegetal ou
o derivado vegetal.
Droga vegetal: é a planta medicinal ou suas partes que
contenham as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, após
processos de coleta/colheita, estabilização (quando aplicável) e
secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou
pulverizada (ANVISA RDC 26, 2014).
ETAPA 1
PLANTAS MEDICINAIS E
FITOTERÁPICOS-CONCEITOS BÁSICOS
35. Preparado fitoterápico intermediário: é o produto vegetal
(triturado, pulverizado, rasurado, extrato, tintura, óleo fixo ou volátil,
cera, suco, etc.) obtido de plantas frescas e de drogas vegetais (através
de operações - extração, purificação, fracionamento e concentração) e
utilizado na preparação do produto fitoterápico (CARVALHO, 2004).
Fármaco: denominação empregada a uma substância química,
droga, insumo farmacêutico ou matéria prima utilizada para modificar
ou explorar sistemas fisiológicos dos estados patológicos em benefício
da pessoa à qual se administra (BRASIL, 2011).
ETAPA 1
PLANTAS MEDICINAIS E
FITOTERÁPICOS-CONCEITOS BÁSICOS
36. Fitofármaco = Princípio ativo natural (P.A.N.): princípios ativos,
as substâncias ou grupo delas, quimicamente caracterizados, cuja
ação farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente,
pelos efeitos terapêuticos do produto fitoterápico (CARVALHO, 2004).
ETAPA 1
PLANTAS MEDICINAIS E
FITOTERÁPICOS-CONCEITOS BÁSICOS
38. O território brasileiro possui a flora mais rica do mundo, com 15%
a 20% de toda a biodiversidade do planeta, o que o coloca em
primeiro lugar entre os 17 países considerados mega diversos por
conterem 70% da biodiversidade mundial.
O país possui grande incidência de endemismo, com vasta
quantidade de espécies endêmicas, sobretudo na região amazônica
(entre 25.000 a 30.000), cerrado (cerca de 6.000 plantas) e mata
atlântica (cerca de 8.000).
ETAPA 1
POTENCIAL DO BRASIL NO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS
MEDICAMENTOS
39. Biodiversidade: de acordo com a Convenção sobre Diversidade Biológica de
1992, a biodiversidade é “a variabilidade de organismos vivos de todas as
origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e
outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte”.
Endemismo: comum à Botânica, Biologia e Zoologia, o conceito de endemismo
se refere basicamente a grupos taxonômicos que se desenvolveram numa
região restrita. O endemismo pode ser causado por quaisquer barreiras físicas,
climáticas e biológicas que delimitem com eficácia a distribuição de uma
espécie ou provoquem a sua separação do grupo original. Uma espécie é
endêmica, portanto, quando é restrita a uma determinada área geográfica.
ETAPA 1
POTENCIAL DO BRASIL NO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS
MEDICAMENTOS
41. Vários estudos farmacológicos foram realizados evidenciando o
potencial terapêutico das plantas presentes no território nacional,
embora as angiospermas sejam as mais estudadas em virtude da sua
rica composição química, marcada pela presença dos metabólitos
secundários.
ETAPA 1
POTENCIAL DO BRASIL NO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS
MEDICAMENTOS
42. Angiospermas: são plantas que produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto
e representam o grupo mais variado em número de espécies entre os
componentes do reino Plantae ou Metaphyta.
Metabólito secundário: o metabolismo primário das plantas representa um
conjunto de processos que desempenha funções essenciais ao crescimento,
desenvolvimento e reprodução das plantas (fotossíntese, respiração e transporte
de solutos). Alguns dos metabólitos primários são as proteínas, lipídeos e
carboidratos. Enquanto isso, os metabólitos secundários (alcaloides, taninos,
flavonoides, óleos essenciais, entre outros) são compostos orgânicos envolvidos,
sobretudo na defesa e fecundação das plantas, estando restritos a certos grupos
de plantas e não de forma universal como os metabólitos primários.
1
POTENCIAL DO BRASIL NO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS
MEDICAMENTOS
ETAPA
43. As espécies vegetais estão
distribuídas em seis principais biomas:
floresta amazônica, caatinga, mata
atlântica, cerrado, pantanal-
matogrossense e pampa.
1
POTENCIAL DO BRASIL NO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS
MEDICAMENTOS
Sobre os biomas brasileiros no texto-base e
em um vídeo de animação da Etapa 2.
ETAPA
44. Nesses diversos biomas, encontram-se 242
etnias indígenas e 2.600 comunidades de
quilombolas certificadas, onde residem
afrodescendentes, além de populações resultantes
da miscigenação entre indígenas, negros e europeus
(comunidades de caboclos, caiçaras, jangadeiros,
sertanejos). Imagem 07 Indígenas Waiãpi - Estado
do Amapá [4]
ETAPA 1
POTENCIAL DO BRASIL NO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS
MEDICAMENTOS
45. As múltiplas possibilidades resultantes desse dueto bioma versus
grupo humano conferem a riqueza e a complexidade do conhecimento
sobre a flora brasileira e justificam projetos de pesquisa em
Etnobotânica e Etnofarmacologia.
ETAPA 1
POTENCIAL DO BRASIL NO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS
MEDICAMENTOS
Sobre Etnobotânica e Etnofarmacologia em um vídeo da Etapa 1.
47. BRASIL. Ministério da Saúde.Agência Nacional deVigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos
Farmacopeia Brasileira. 1. ed. Brasília: Anvisa, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde.Agência Nacional deVigilância Sanitária. RDC n. 26 de 13 de maio de
2014. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos
tradicionais fitoterápicos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 14 mai. 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia naAtenção
Básica/Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento deAtenção Básica. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série A. Normas e ManuaisTécnicos / Cadernos de Atenção
Básica; n. 31).
ETAPA 1
REFERÊNCIAS E
BIBLIOGRAFIACONSULTADA
48. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência,Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Departamento de Assistência Farmacêutica. Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos /
Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência,Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de
Assistência Farmacêutica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. (Série B.Textos Básicos de Saúde).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência,Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Programa Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência,Tecnologia e Insumos
Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2009. (Série C. Projetos, Programas e Relatórios).
BRUNING, M. C. R.; MOSEGUI, G. B. G.;VIANNA, C. M. M. A utilização da fitoterapia e de plantas
medicinais em unidades básicas de saúde nos municípios de Cascavel e Foz do Iguaçu – Paraná: a
visão dos profissionais de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro , v. 17, n. 10, p. 2675-2685,
Out. 2012.
ETAPA 1
REFERÊNCIAS E
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49. CARVALHO, J. C.T. Fitoterápicos anti-inflamatórios: aspectos químicos, farmacológicos e
aplicações terapêuticas. São Paulo:Tecmedd, 2004.
FUNDAÇÃOCULTURAL PALMARES (MINISTÉRIO DA CULTURA) . Disponível em:
<http://www.palmares.gov.br/>. Acesso em: 2 out. 2015.
INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL (ISA-Povos indígenas no Brasil). Disponível em:
<http://pib.socioambiental.org/pt/c/no-brasil-atual/quantos-sao/introducao>.Acesso em: 2 out. 2015.
MATTA,G. C.; PONTES,A. L. de M. (Orgs.). Políticas de Saúde: organização e operacionalização do
Sistema Único de Saúde. Rio de Janeiro: EPSJV / Fiocruz, 2007. Disponível em:
<http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/l25.pdf>. Acesso em: 08 jul. 2016.
ETAPA 1
REFERÊNCIAS E
BIBLIOGRAFIACONSULTADA
50. ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Estrategia de la OMS sobre medicina tradicional 2002-
2005. Genebra: OMS, 2002. Disponível em:
<http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/67314/1/WHO_EDM_TRM_2002.1_spa.pdf>. Acesso em: 08
jul. 2016.
ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Estrategia de la OMS sobre medicina tradicional 2014-
2023. Genebra: OMS, 2014. Disponível em:
<http://apps.who.int/medicinedocs/documents/s21201es/s21201es.pdf>.Acesso em: 08 jul. 2016.
WORLD HEALTHORGANIZATION. Meetings on selection and characterization of medicinal plants
(vegetable drugs). Document, nº DPM/79.1, 1978.
WORLD HEALTHORGANIZATION. The world medicines situation 2011 - traditional medicines:
global situation, issues and challenges. Geneva: WHO, 2011.
ETAPA 1
REFERÊNCIAS E
BIBLIOGRAFIACONSULTADA
51. ETAPA 1
Estes slides integram os recursos didáticos elaborados para o Curso de Qualificação em Plantas
Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Básica, concebido, desenvolvido e ofertado pela parceria entre
o Ministério da Saúde, a FundaçãoOswaldo Cruz e a Universidade Federal do Pará.
O curso completo pode ser acessado em: www.avasus.ufrn.br
CRÉDITOS DO CURSO
52. ETAPA 1
Concepção e Desenvolvimento
Departamento de Atenção Básica - Ministério da Saúde
Vice-Presidência de Ambiente,Atenção e Promoção da Saúde - FundaçãoOswaldo Cruz
Assessoria de Educação a Distância - Universidade Federal do Pará
CRÉDITOS DO CURSO
53. ETAPA 1
Coordenação Geral
Daniel Mieli Amado - DAB | MS
Joseane Carvalho Costa -VPAAPS | Fiocruz
José Miguel MartinsVeloso - AEDi | UFPA
Coordenação Administrativa
Lairton Bueno Martins
Paulo Roberto Sousa Rocha
Coordenação de Conteúdo
Silvana Cappelleti Nagai
Coordenação Pedagógica
AndreaCristina Lovato Ribeiro
Nilva Lúcia Rech Stedile
Coordenação Pedagógica em EaD
Maria Ataide Malcher
Marianne Kogut Eliasquevici
Sônia Nazaré Fernandes Resque
Concepção e Avaliação de Recursos Multimídia em EaD
FernandaChocron Miranda
Suzana Cunha Lopes
Concepção e ComunicaçãoVisual
Rose Pepe
Roberto Eliasquevici
CRÉDITOS DO CURSO
54. ETAPA 1
Consultoria e Produção de Conteúdo
Daniel Miele Amado
José CarlosTavaresCarvalho
Lairton Bueno Martins
Paulo Roberto Sousa Rocha
Silvana Cappelleti Nagai
Revisão de Conteúdo
AndreaCristina Lovato Ribeiro
Daniel Miele Amado
Joseane Carvalho Costa
Lairton Bueno Martins
Paulo Roberto Sousa Rocha
Silvana Cappelleti Nagai
Consultoria e Revisão em EaD
Maria Ataide Malcher
Marianne Kogut Eliasquevici
Sônia Nazaré Fernandes Resque
Suzana Cunha Lopes
Direção de Arte
Acquerello Design
Ilustração e Grafismos
Andreza Jackson de Vasconcelos
Douglas Cavendish
Weverton Raiol Gomes de Souza
Diagramação e Editoração Eletrônica
Andreza Jackson de Vasconcelos
Weverton Raiol Gomes de Souza
William Teixeira Gonçalves
CRÉDITOS DESTE RECURSO DIDÁTICO
55. ETAPA 1
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica
Coordenação Geral de ÁreasTécnicas
Secretaria de Gestão deTrabalho e da Educação na Saúde
Departamento de Gestão da Educação na Saúde
CRÉDITOS DO CURSO
56. ETAPA 1
CRÉDITOS DO CURSO
FUNDAÇÃOOSWALDO CRUZ
Presidência
Paulo Ernani GadelhaVieira
Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde
Valcler Rangel Fernandes
Assessoria de Promoção da Saúde
Annibal Coelho de Amorim
Coordenação Geral
Joseane Carvalho Costa
57. ETAPA 1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Reitoria
Emmanuel ZaguryTourinho
Vice-Reitoria
Gilmar Pereira da Silva
Pró-Reitoria de Extensão
Nelson José de Souza Júnior
Assessoria de Educação a Distância
José Miguel MartinsVeloso
Coordenação Administrativa
Ivanete Guedes Pampolha
Coordenação Pedagógica
Marianne Kogut Eliasquevici
Coordenação de Meios e Ambientes de Aprendizagem
Dionne Cavalcante Monteiro
Laboratório de Pesquisa e Experimentação em Multimídia
Maria Ataide Malcher
Editora
Presidência
José Miguel MartinsVeloso
Diretoria
Cristina Lúcia DiasVaz
Conselho Editorial
Ana LygiaAlmeidaCunha
Dionne Cavalcante Monteiro
Maria Ataide Malcher
CRÉDITOS DO CURSO
58. ETAPA 1
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria deAtenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica
Edifício Premium, SAF Sul, Quadra 2
Lotes 5/6, Bloco II, Subsolo
CEP: 70070-600 – Brasília/DF
Fone: (61) 3315-9034/3315-9030
Site: http://dab.saude.gov.br
E-mail: pics@saude.gov.br
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www.bvsms.saude.gov.br
FUNDAÇÃOOSWALDO CRUZ
Vice-Presidência de Ambiente,
Atenção e Promoção da Saúde
Av. Brasil 4365, Castelo Mourisco,
sala 18, Manguinhos
CEP: 21040-900 – Rio de Janeiro/RJ
Fone: (21) 3885-1838
Site: http://portal.fiocruz.br/pt-
br/vpaaps
E-mail: vpaaps@fiocruz.br
Este conteúdo está disponível em:
www.retisfito.org.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Assessoria de Educação a Distância
Av.Augusto Corrêa, 01, Guamá
CEP: 66075-110 – Belém/PA
Fone: (91) 3201-8699/3201-8700
Site: www.aedi.ufpa.br
E-mail:
labmultimidia.aedi@gmail.com
Este conteúdo está disponível em:
www.multimidia.ufpa.br
DISTRIBUIÇÃO DIGITAL
CRÉDITOS DO CURSO
59. ETAPA 1
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Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida
a reprodução parcial ou total desta obra em qualquer suporte ou formato, desde que
citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde [www.bvsms.saude.gov.br]. Todo o
material do curso também está disponível na RetisFito [www.retisfito.org.br] e no
repositório institucional UFPA Multimídia [www.multimidia.ufpa.br].