O documento discute os conceitos de empresa criadora de conhecimento e gestão do conhecimento. Apresenta a espiral do conhecimento de Nonaka que descreve como o conhecimento tácito se transforma em explícito através da socialização, combinação, externalização e internalização. Também destaca as características chaves para a criação de conhecimento como insight, analogia, metáfora e modelos mentais.
3. Em uma economia onde a única certeza é
a incerteza, a fonte certa de vantagem
competitiva duradoura é o conhecimento.
Takeuchi (2008)
4. Empresa criadora do conhecimento
Takeuchi (2008)
As características básicas de empresas bem sucedidas são...
Criar constantemente
novos conhecimentos
Disseminar o
conhecimento gerado
amplamente pela
organização
Incorporar rapidamente
o conhecimento
disseminado em
produtos e tecnologias
5. Mesmo assim...
Poucos administradores absorvem a
verdadeira natureza da empresa
criadora do conhecimento e muito
menos sabem como administrá-la.
Não compreendem o
que é o conhecimento
e o que fazer para
explorá-lo!
Takeuchi (2008)
6. Ocidente vs oriente
Modelo de Frederick
Taylor e Herbet Simon
onde o único
conhecimento
verdadeiramente útil é o
formal e sistemático
Respondem rapidamente
aos clientes, criam novos
mercados, desenvolvem
agilmente novos produtos
e dominam tecnologias
emergentes
Takeuchi (2008)
7. Visão orientaldo conhecimento
O cerne da abordagem japonesa é o
reconhecimento de que a criação do
novo conhecimento não se refere
simplesmente ao “processamento”
da informação objetiva.
... O processo é o compromisso
pessoal, a sensação de identidade
dos empregados com o
empreendimento e com sua
missão... A empresa não é uma
máquina, mas um organismo vivo. Takeuchi (2008)
8. Assim...
Como os fabricantes do mundo
aprenderam as técnicas fabris
japonesas, qualquer um que deseje
competir utilizando o
conhecimento, deve aprender as
técnicas japonesas de criação do
conhecimento.
Takeuchi (2008)
9. Espiral do conhecimento
Takeuchi (2008)
TÁCITO
EXPLÍCITO
EXPLÍCITO
TÁCITO
EXTERNALIZAÇÃOSOCIALIZAÇÃO
INTERNALIZAÇÃO COMBINAÇÃO
Articular conhecimento
tácito através do diálogo
e da reflexão
Sintetizar e aplicar o
conhecimento explícito e
a informação
Compartilhar e criar
conhecimento tácito através
de experiência direta
Aprender e adquirir
conhecimento tácito novo
na prática
10. Socialização
• É o compartilhamento do conhecimento entre os indivíduos de
forma direta;
• O conhecimento transmitido torna-se base de conhecimento tácito
daquele que o recebeu;
• Forma bastante limitada de criação do conhecimento;
• O Aprendiz aprende a habilidade do mestre, mas nem um nem
outro ganham insight.
• O conhecimento não se tornará explícito, pois não pode ser
disseminado pela organização.
Takeuchi (2008)
11. combinação
• Combinação de partes distintas do conhecimento explícito em um
novo;
• Não se amplia a base de conhecimentos já existentes na empresa
apenas com a união simples de conhecimento. É preciso haver
troca entre o conhecimento tácito e explícito para que haja
verdadeiramente a criação do conhecimento, como nas empresas
japonesas;
• O conhecimento, por ser explícito, pode ser disseminado mais
facilmente pela organização
Takeuchi (2008)
12. externalização
• Quando conseguimos articular os fundamentos de nosso
conhecimento tácito, convertemos este conhecimento em
explícito;
• Isso permite que este conhecimento, agora explícito, seja
compartilhado e disseminado por toda a organização
Takeuchi (2008)
13. internalização
• A medida que o novo conhecimento explícito é compartilhado pela
organização, outros empregados começam a internalizá-lo, isto é,
o utilizam para ampliar, estender e reformular seu próprio
conhecimento tácito.
Takeuchi (2008)
15. Converter o conhecimento tácito em
conhecimento explícito significa
encontrar uma forma de expressar o
inexpressável.
Takeuchi (2008)
16. Características chaves para a criação do conhecimento
INSIGHT ANALOGIA METÁFORA
MODELOS
(ARQUÉTIPOS)
MODELOS
MENTAIS
Takeuchi (2008)
17. Insight
É a súbita percepção da
solução de um problema
ou dificuldade. Uma
capacidade de sentir o
âmago das coisas ou
situações. Uma iluminação,
um estalo, o ato de ver na
mente com clareza uma
alternativa ao pensamento
lógico ou racional.
18. Analogia
Método em seu se confrontam duas ideias ou objetos para examinar semelhanças
ou diferenças, auxiliando a mente na concretização de uma ideia ou objeto
desconhecido. Faz a ponte entre a imaginação e o raciocínio lógico, sendo assim um
método de indução.
19. Metáfora
A mente humana é “projetada” para pensar em
metáforas em um nível inconsciente.
“um método diferenciado de percepção. [...]
maneira de fazer com que indivíduos
habituados a diferentes
contextos e com experiências distintas
compreendam algo intuitivamente através da
imaginação e dos símbolos, sem a necessidade
de análise ou de generalizações.”
Takeuchi (2008)
20. Modelo Mental
Nonaka e Takeuchi (1997)
O conhecimento tácito inclui os
elementos cognitivos que
Johnson-Laird (1983) chama de
modelos mentais – forma com que
cada um faz a representação do
mundo. São esquemas,
paradigmas, perspectivas, crenças
e pontos de vista. Para tanto,
utiliza-se no processo de
ferramentas como a analogia e as
metáforas
21. Insight
Os pássaros tem medo dos homens
Modelo mental
Mas não é possível estar todo tempo na plantação
Analogia
Precisamos que os pássaros pensem estar em
diante de um homem
Modelo
Criamos um espantalho
22. Entender a criação do conhecimento como um
processo de transformar o conhecimento tácito
em explícito... tem implicação direta em como a
empresa delineia sua organização e define seus
papéis e responsabilidades administrativas.
Takeuchi (2008)
23. O design organizacional das empresas japonesas
• Utilizam a redundância como princípio fundamental
• Existe a sobreposição consciente de informação empresarial, atividades
de negócios e reponsabilidades administrativas
• Segundo o conceito apresentado por NONAKA (1991), a constituição de
uma empresa redundante é o primeiro passo na administração da
empresa criadora do conhecimento.
• As equipes podem ser organizadas:
• Segundo o princípio da competição interna;
• Rotação estratégica interna – torna o conhecimento mais fluído e fácil de colocá-
lo em prática
Takeuchi (2008)
24. A responsabilidade
ESTRATÉGICO
Dar voz ao futuro da empresa articulando metáforas, símbolos e
conceitos que orientam as atividades criadoras de conhecimento.
TÁTICO
Orientar o caos em direção à criação proposital de conhecimento.
Devem fornecer estrutura para divulgação de informações e ideias.
OPERACIONAL
Imersos no dia a dia da empresa, os mais especializados nos
negócios da empresa. Consideram difícil transformar informação
em conhecimento. Apesar dos insights tem dificuldade em
propaga-los pela organização
Nenhum departamento ou grupo de especialistas tem a responsabilidade exclusiva pela
criação do conhecimento na empresa criadora do conhecimento
26. Referências
Takeuchi, H. Gestão do conhecimento. Porto Alegre:
Bookman, 2008. p. 39-53
Nonaka, I.; Takeuchi, H. Criação do conhecimento na
empresa. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
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