O documento discute a criação e dialética do conhecimento. Apresenta que o conhecimento é formado por aspectos aparentemente opostos como tácito e explícito. Discute também que a essência da criação do conhecimento está no processo de construir e administrar sínteses entre teses e antíteses. Por fim, exemplifica como a IBM utilizou processos dialéticos para se tornar uma empresa centrada no cliente.
3. paradoxo
Pensamento, proposição ou argumento que
contraria os princípios básicos e gerais que
costumam orientar o pensamento humano,
ou desafia a opinião concebida, a crença
ordinária e compartilhada pela maioria.
Obotão
vermelhoé
verdadeiro
Obotão
azulé
falso
4. Oparadoxo
Segundo Charles Handy (1994) viver com
um paradoxo não fácil e muito menos
confortável, entretanto as empresas bem
sucedidas não estão apenas enfrentando
o paradoxo, mas tirando vantagem dele.
5. A vida é formada pelos
opostos
“O teste de uma inteligência
diferenciada é a capacidade
de manter duas ideias
opostas em mente, ao
mesmo tempo, e ainda
manter a capacidade de
funcionar.”
F. Scott Fitzgerald
6. Os opostosna economia
Joseph Schumpeter postulava o
“desequilíbrio dinâmico” como o
único estado estável da economia, e
a “destruição criativa”, por parte dos
inovadores, como a força
impulsionadora da economia.
Takeuchi (2008)
7. Uma das razões para O fracasso
As empresas tendem a eliminar os
paradoxos, prendendo-se a antigas
rotinas criadas pelo seu sucesso
anterior. Isso vai de encontro ao
Taylorismo.
Takeuchi (2008)
8. Empresas dialéticas
São empresas que
entendem os paradoxos
e sabem utilizá-los.
Estão abraçando ativamente os
opostos
Estão cultivando contradições
positivamente
Estão usando os paradoxos, de
forma entusiástica
Takeuchi (2008)
9. Ondas de transformação
POSSE DA TERRA/TERRITÓRIO CAPITAL FINANCEIRO CONHECIMENTO
PARADIGMAS DO PODER POLÍTICO EECONÔMICO
ATÉ 1750 DC 1970
REVOLUÇÃO INDUSTRIALREVOLUÇÃO AGRÍCOLA REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO
10. EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE GESTÃO
Ii – eras empresariais (ambiente organizacional)
ATÉ 1750 DC 1970
REVOLUÇÃO INDUSTRIALREVOLUÇÃO AGRÍCOLA REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO
I – ondas de transformação (macroambiente socioeconômico)
Era da Produção em Massa
1920
Era da Eficiência
1950
Era da Qualidade
1970
Era da Competitividade
1990
Era do Conhecimento
2000
Modelos tradicionais de gestão Novos modelos de gestão
•Administração científica
•Administração das
relações humanas
•Administração burocrática
•Outros modelos
tradicionais
•Administração japonesa
•Administração
participativa
•Administração
empreendedora
•Administração holística
•Empresa virtual
•Gestão do
conhecimento
Modelos emergentes
11. Paradoxo e conhecimento
Na sociedade industrial
Algo a ser eliminado
Linha de montagem
O processo era divido em pequenas tarefas
ou módulos
Takeuchi (2008)
12. Paradoxo e conhecimento
Na sociedade da informação e do conhecimento
Algo a aceito e cultivado
As dicotomias e oposições não são alheios ao conhecimento
O conhecimento em si é formado por dois componentes aparentemente
opostos – tácito e explícito
Takeuchi (2008)
13. Paradoxo e conhecimento
Tipos de conhecimento
Rapidamente transmitido, formal e sistematizado.
Expresso por palavras, números, sons, documentos, produtos e manuais
CONHECIMENTO EXPLÍCITO
Não é facilmente visível ou aplicável
Altamente pessoal e difícil de formalizar
De difícil comunicação e compartilhamento
Profundamente enraizado nas ações e experiências do indivíduo
CONHECIMENTO TÁCITO
Dimensão técnica
Engloba as habilidade informais e de difícil detecção – “know-how”
Dimensão cognitiva
Consiste nas crenças, percepções, ideais, valores, emoções e modelos
mentais tão inseridos em nós que os consideramos naturais
Takeuchi (2008)
14. O conhecimento não é explícito ou tácito.
O conhecimento é tanto explícito quanto
tácito. O conhecimento é inerentemente
paradoxal, pois é formado do que aparenta
ser dois opostos.
(Takeuchi, 2008)
15. Conhecimento e dialética
Forma de raciocínio que remonta a Grécia antiga e enfatiza duas
características
Mudança Oposição Takeuchi (2008)
16. Antítese
Próximo estágio, oposição ao ponto
inicial
Conhecimento e dialética
Tese
Ponto inicial do movimento dialético
Síntese
Estágio de conciliação da tese e
antítese – Novo conceito
ANTÍTESE
ANTÍTESE
TESE
SÍNTESE
SÍNTESE
Espiral da tese-antítese-síntese
Takeuchi (2008)
17. Conhecimento e dialética
CHEGANDO EM CAS UMA HORA DESSAS
COM UMA GARRAFA VAZIA! BEBEU ELA
TODA E ESTÁ COMPLETAMENTE BÊBADO!
EU NÃO ESTOU TÃO BÊBADO ASSIM, POIS
EU NÃO BEBI A GARRAFA TODA! A CLÁUDIA
BEBEU COMIGO!
ENTÃO, ALÉM DE BÊBADO ATÉ DE
MADRUGADA, VOCÊ ESTAVA BEBENDO
COM OUTRA MULHER??
18. Conhecimento e dialética
O processo dinâmico no qual a empresa cria,
mantém e explora o conhecimento é muito
similar a espiral.
O raciocínio dialético é a chave para liderar o
processo de criação do conhecimento,
transcendendo e sintetizando essas
contradições.
Takeuchi (2008)
19. A essência da criação do conhecimento
está profundamente enraizada no
processo de construir e administrar
sínteses.
(Nonaka e Takeuchi, 1997)
20. CONVERSÃO DO CONHECIMENTO
Takeuchi (2008)
SOCIALIZAÇÃO EXTERNALIZAÇÃO COMBINAÇÃO INTERNALIZAÇÃO
Tácito para
Tácito
Compartilhar e criar
conhecimento tácito
através de
experiência direta.
Tácito para
Explícito
Articular o
conhecimento tácito
através do dialogo e
da reflexão.
Explícito para
Explícito
Sistematizar e aplicar
o conhecimento
explícito e a
informação.
Explícito para
Tácito
Aprender e adquirir
novo conhecimento
tácito na prática.
21. Espiral do conhecimento
Takeuchi (2008)
TÁCITO
EXPLÍCITO
EXPLÍCITO
TÁCITO
EXTERNALIZAÇÃOSOCIALIZAÇÃO
INTERNALIZAÇÃO COMBINAÇÃO
Articular conhecimento
tácito através do diálogo
e da reflexão
Sintetizar e aplicar o
conhecimento explícito e
a informação
Compartilhar e criar
conhecimento tácito através
de experiência direta
Aprender e adquirir
conhecimento tácito novo
na prática
23. Barreiras na conversão do conhecimento
Tácito para Tácito
(Socialização): Menor
Explícito para Explícito
(Combinação): Médio
Explícito para Tácito
(Internalização): Menor
Tácito para Explícito
(Externalização): Maior
24. IBM como empresa dialética
• Louis Gerstner (CEO), baseando-se no conhecimento tácito adquirido, tomou as
seguintes decisões:
• Manteve a IBM junta e não em segmentos individuais;
• Decidiu construir a mais influente empresa de serviços na indústria;
• Lançou a Operação Abraço de Urso - Administradores-sênior visitam os maiores clientes,
ouvem o que eles tem a dizer;
• A empresa seria construída de fora para dentro, direcionada pelos seus clientes.
Takeuchi (2008)
“Grande porém rápida, empreendedora e disciplinada;
ao mesmo tempo científica e direcionada ao
mercado; capaz de criar capital intelectual em escala
mundial e fornecê-lo a um único cliente.”
25. IBM como empresa dialética
O CEO da IBM deixou como legado mais significativo a criação de uma
empresa verdadeiramente “integrada”, já que era certa a solução de dividir
a organização em segmentos individuais. Gerstner identificou o potencial
da empresa na sinergia.
A decisão de Gerstner pode ter sido baseada em seus conhecimentos
tácitos obtidos enquanto trabalhou na American Express, cliente da IBM e
através das interações com seus clientes, já como executivo da IBM
Utilizou a visão interna (tese) quanto externa (antítese) para criar um
integrador verdadeiramente centrado no cliente (síntese).
Takeuchi (2008)
27. Referências
Takeuchi, H. Gestão do conhecimento. Porto Alegre:
Bookman, 2008. p. 17-38
Nonaka, I.; Takeuchi, H. Criação do conhecimento na
empresa. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
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