O aconselhamento genético é uma consulta médica especializada que fornece informações sobre doenças genéticas e hereditárias para pacientes e familiares. A consulta avalia o risco de desenvolver ou transmitir uma condição e discute opções de prevenção e tratamento. Deve ser realizada por um geneticista clínico experiente.
2. • O Aconselhamento Genético é uma consulta médica
especializada para pessoas que estão preocupadas
com a ocorrência ou a possibilidade da ocorrência de
uma doença genética em sua família. Na consulta,
o(a) paciente e/ou parentes com a doença ou com o
risco de ter doença hereditária são informados sobre
as características da condição, a probabilidade ou
risco de desenvolvê-la ou transmiti-la à próxima
geração e sobre as opções para sua prevenção ou
tratamento. Devido à sua complexidade e
importância, a consulta de Aconselhamento Genético
deve ser sempre realizada por um especialista em
Genética Clínica com experiência reconhecida.
6. Quais são os motivos mais comuns
para um Aconselhamento Genético já
no pré-natal?
* Idade materna acima de 35 anos na gestação;
• Resultados anormais de um ultra-som fetal ou de avaliação bioquímica do risco
fetal;
• História pessoal ou familiar de uma dosagem hereditária e/ou genética
desconhecida ou suspeita, má formação ao nascimento, ou anormalidade de
cromossomos;
• A gestante tem uma condição médica conhecida ou suspeita que possa afetar o
desenvolvimento fetal;
• Parentesco entre pais;
• Predisposição étnica para certas dosagens genéticas;
• Casais que tiveram exposição a teratógenos;
• Casais que tiveram filho natimorto ou neomorto sem explicação;
• Casais que tiveram filho morto e/ou tem um filho vivo com malformações ou
doença metabólica, ou retardo mental de causa inexplicada;
• Casais inférteis;
• Duas ou mais perdas na gravidez.
7. Quais os objetivos do
Aconselhamento Genético?
Ajudar o paciente e seus familiares a:
• Compreender os fatos médicos, incluindo curso provável da
doença e conduta disponível;
• Avaliar o modo pelo qual ocorre a hereditariedade para o
distúrbio;
• Compreender as alternativas para lidar com recorrência;
• Escolher a poção mais apropriada para a evolução da
gestão de acordo com suas metas de planejamento familiar,
padrões éticos, morais, religiosos, econômicos;
• Adaptar-se da melhor maneira possível ao nascimento e à
vida de um membro da família afetada.
8. Quais são as fases para realização do
exame/ o que é feito?
Um aconselhamento genético pode ser dividido em três fases:
• Preenchimento de um questionário que possui questões
relacionadas com doenças hereditárias na família, problemas
ocorridos no período pré-natal, neo -natal ou infância, histórico de
atraso mental, ocorrência de abortos. serve também para saber se
existem casos de consanguinidade na família.
• Exames Físicos, amostras sanguíneas com estudo de cromossomos,
testes de inteligência e exames que identificam infertilidade. Nesta
etapa podem ser analisadas fotos do indivíduo na infância, para a
identificação de possíveis traços de doenças genéticas.
• Elaboração das hipóteses diagnosticadas: Nesta etapa os médicos
chegarão a conclusão se a doença é de origem genética ou não. Em
caso de doença genética.
9. Que médico devo procurar?
• Um geneticista clínico, pois, é o médico
responsável pela orientação de casos
genéticos.
12. ... E se minha família já teve doenças hereditárias e não fiz o
exame? Como vou ser examinado? Por quis dos métodos
citados?
* Avaliação genética do risco de câncer:
• As síndromes de predisposição hereditária ao câncer (SPHC) ocorrem em cerca de
5% a 10% dos casos de neoplasias malignas e, portanto, é de extrema importância
sua detecção e o acompanhamento de sua evolução. Os portadores de mutações
em genes de predisposição ao câncer de alta penetração apresentam riscos
cumulativos vitais de câncer muito superiores aos da população geral.
• Alguns sinais servem de alertas e são importantes no diagnóstico da SPHC:
apresentação do tumor em idade precoce em relação à idade habitual; tumores
primários múltiplos no mesmo paciente; padrão histológico raro; apresentação no
sexo normalmente não acometido; traços dismórficos associados (às vezes sutis);
lesões cutâneas associadas (às vezes sutis); parentes de pessoas com alguma das
características supracitadas; parentes com tumor de mesmo padrão histológico.
• A partir dos dados levantados do paciente com SPHC, a avaliação genética do risco
do câncer poderá auxiliá-lo com um aconselhamento genético, tendo o núcleo
familiar como paciente, programar e revelar resultados de teste genético
e mapear estratégias de rastreamento e prevenção do câncer.
13. • Como funciona:
• Trata-se de consulta detalhada com duração aproximada de 60 a 90 minutos
durante a qual são realizados e registrados os seguintes procedimentos:
• 1. Motivo da referência (encaminhamento) da família por outros profissionais;
• 2. Anamnese, entrevista, dirigida, história da gestação e história familiar;
• 3. Construção de um heredograma, “árvore genealógica”;
• 4. Exame morfológico;
• 5. Verificação de exames já realizados e solicitação de novos, além de avaliações
complementares;
• 6. Inicio do Aconselhamento Genético e orientações iniciais.
• Posteriormente à avaliação, o médico geneticista elabora um laudo de contra
referência ao médico assistente, que deverá nortear o seguimento do caso.
• Além disso, podem ser necessários anamnese e exames físico e complementares
de familiares na primeira avaliação ou em avaliações clínicas posteriores.
• O geneticista acompanha seus pacientes sempre em conjunto com outros médicos
especialistas e, muitas vezes, com outros profissionais da área de saúde como
fisioterapeutas e fonoaudiólogos.