2. O que é infarto
• Um ataque cardíaco ocorre quando o fluxo de sangue que leva ao
miocárdio (músculo cardíaco) é bloqueado por um tempo
prolongado, de modo que parte do músculo cardíaco seja danificado
ou morra. Os médicos chamam isso de infarto do miocárdio.
• Também chamado de infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco,
o infarto pode ser fatal. Com tratamento adequado, é possível evitar
danos significativos no músculo cardíaco e isso é primordial para que
o paciente possa viver muitos anos sentindo-se bem. Por isso, é
crucial chamar a emergência ou correr para o hospital nos primeiros
sinais do problema.
• As doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo
responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. Dentre estas, o
infarto é uma das principais causas.
3.
4. causas
• O infarto ocorre quando uma ou mais artérias que levam oxigênio ao coração (chamadas
artérias coronárias) são obstruídas abruptamente por um coágulo de sangue formado em
cima de uma placa de gordura (ateroma) existente na parede interna da artéria.
• A presença de placas de gordura no sangue é chamada de aterosclerose (placa de colesterol).
O paciente que possui placas de aterosclerose com algum grau de obstrução na luz de uma
artéria tem a chamada DAC – doença arterial coronariana. Conforme a placa de gordura
(ateroma) cresce, ela leva à obstrução cada vez maior da coronária e pode levar ao sintoma
de dor no peito aos esforços (angina). Em geral, uma pessoa tem sintoma de dor no peito aos
esforços quando a obstrução é maior que 70%.
• Antigamente acreditava-se que o infarto agudo do miocárdio ocorria quando estas placas
cresciam progressivamente até fechar completamente o vaso. Hoje sabemos que não é isso
que ocorre. O fechamento do vaso ocorre devido a uma ruptura na parede da placa de
gordura, levando à formação de um coágulo que obstrui abruptamente a artéria e ocasiona o
infarto agudo do miocárdio.
• Outra descoberta importante foi que esta ruptura, formação de coágulo e fechamento do vaso
pode ocorrer em placas de aterosclerose pequenas que causavam 20% a 30% de obstrução e,
por isso, eram assintomáticas.
5. • Então, é possível que alguém que não sinta nada em caminhadas ou
até em corridas possa sofrer um infarto agudo do miocárdio? A
resposta é sim! Cerca de 50% a 60% dos infartos ocorrem em pessoas
previamente assintomáticas. Por conta disso, o check-up é tão
importante.
• Outra causa comum de infarto são espasmos de uma artéria
coronária, que podem ser capazes de interromper o fluxo de sangue a
uma parte do músculo cardíaco. Drogas, como a cocaína, podem
causar tal espasmo. Um ataque cardíaco também pode ocorrer devido
a uma ruptura na artéria do coração, ou tumores que viajaram de
outras partes do corpo pelo sangue. Infarto também pode ocorrer se o
fluxo sanguíneo para o coração é severamente diminuído, em
situações como a pressão arterial muito baixa (choque).
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7. Fatores de risco
• Idade: homens acima dos 45 anos e mulheres com 55 anos ou mais
tem maior propensão ao infarto
• Tabagismo
• Hipertensão
• Colesterol elevado
• Diabetes
• Histórico familiar de infarto
• Sedentarismo
• Obesidade
• Estresse
• Alcoolismo
• Uso de drogas ilegais estimulantes, como cocaína.
8. Sintomas
• A dor do infarto pode ser típica ou atípica. Casos de dor atípica podem ser mais difíceis de caracterizar. Em
geral se diz que a dor do infarto pode se alojar em qualquer local entre o lábio inferior e a cicatriz
umbilical. A dor típica tem como características ser no meio do peito, em aperto, espalhando para o braço
esquerdo, acompanhada de sudorese, náusea e palidez cutânea. As características do infarto em mulheres
são muito menos típicas, com queixas de queimação ou agulhadas no peito ou ainda falta de ar sem dor.
Qualquer dor nessas regiões que se mantêm por mais de 20 minutos deve ser investigada e considerada
doença grave, especialmente se associada aos seguintes sintomas:
• Vômitos
• Suor frio
• Fraqueza Intensa
• Palpitações
• Falta de ar
• Sensação de ansiedade
• Fadiga
• Sonolência
• Tontura ou vertigem.
9. • Nem todas as pessoas que tem um infarto sofrem os mesmo sintomas
ou os mesmos danos ao coração. Muito infarto não são graves nem
dramáticos, podendo não apresentar sintomas ou sinais pouco
específicos, como dor no queixo. O infarto pode ocorrer a qualquer
momento – no trabalho, praticando exercícios ou mesmo
descansando. Algumas vezes ele é súbito, em outras leva horas para a
pessoa perceber que está com algum problema. Em alguns casos,
pode levar dias até que o paciente note uma dor ou alteração.
• É muito comum confundir o infarto com uma parada cardíaca – ou
seja, dizer que o infarto só acontece quando o coração subitamente
para de bater. Parada cardíaca súbita ocorre quando um distúrbio
elétrico no coração interrompe sua ação de bombeamento e faz o
sangue parar de fluir para o resto do seu corpo. Um infarto pode
levar a uma parada cardíaca, mas não são sinônimos.
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11. Diagnósticos e exames
• Na presença dessas sensações, é de extrema importância procurar ajuda no pronto socorro
mais próximo imediatamente. Conforme o tempo passa a dor pode até diminuir, mas o dano
torna-se mais extenso e irreversível. Caso você desconfie de um infarto:
• Ligue para emergência e peça ajuda. Se você suspeita que está sofrendo um infarto, não
hesite em ligar para o SAMU ou outro número de emergência. Se você não tiver como fazer
essa ligação, peça para alguém levá-lo até o hospital mais próximo – vá dirigindo apenas em
último caso.
• Caso você tenha comprimidos de ácido acetilsalicílico infantil em lugar de fácil acesso, é
importante tomar o medicamento. Ele ajuda a dissolver o coágulo de sangue que, junto com
placas de gordura, estão obstruindo a artéria. Devem ser administrados três comprimidos de
100mg o mais rápido possível, mastigando antes de engolir, para acelerar a absorção da
medicação. No entanto, faça isso depois de ligar para a emergência, de forma a não atrasar
sua chegada ao hospital.
• Tome nitroglicerina, se prescrito. Se o médico receitou-lhe nitroglicerina, ministrá-la
conforme as instruções, enquanto aguarda a chegada da equipe médica.
12. Se você vê alguém tendo
um infarto.....
• Chame a emergência
• Deixe a pessoa confortável
• Dê ácido acetilsalicílico
• Cheque o nível de consciência da pessoa constantemente
• Verifique se alguém próximo tem treinamento de
atendimento básico de emergência e sabe usar um DEA
(desfibrilador automático externo) e verifique se há um
disponível. Este aparelho é capaz de salvar vidas durante
um episódio de parada cardíaca.
13. Massagem cardíaca
• Caso a pessoa esteja desacordada e irresponsiva e não tenha ninguém
habilitado que saiba usar um desfibrilador automático externo, inicie
os procedimentos de reanimação cardíaca enquanto a emergência não
chega. Muitas pessoas deixam de atender pessoas em parada cardíaca
pois não querem realizar respiração boca a boca, no entanto, desde
2010 a American Heart Association afirma que socorristas leigos não
precisam realizar tal procedimento. Dessa forma, a reanimação
cardíaca envolve apenas compressões no peito. Siga o passo a passo:
• Com as mãos espalmadas e cruzadas, pressione o tórax exatamente
no centro do peito, entre os dois mamilos
• É preciso comprimir forte (5 centímetros de profundidade
aproximadamente), rápido e deixar o tórax relaxar entre as
compressões.
14. Diagnóstico de infarto
• Se você está tendo um ataque cardíaco, ele normalmente será diagnosticado em um cenário
de emergência e não em uma consulta médica. Caso você esteja acordado, será solicitado a
descrever seus sintomas e vai ter a sua pressão arterial, pulso e temperatura marcada. Você
vai ser ligado a um monitor cardíaco e vai começar quase que imediatamente fazer testes
para confirmar o infarto.
• A equipe médica vai ouvir o seu coração e pulmão usando um estetoscópio. Você será
questionado sobre seu histórico de saúde e histórico familiar de doença cardíaca. Os testes
vão ajudar a verificar se os seus sinais e sintomas, como dor no peito, são sinal de um ataque
cardíaco ou outra condição. Estes exames incluem:
• Eletrocardiograma (ECG)
• Exames de sangue.
• Você também pode passar por esses exames adicionais:
• Radiografia do tórax
• Ecocardiograma
• Cateterização coronariana (angiografia)
• Teste ergométrico, após o quadro estar estabilizado
• Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética.