O documento discute os impactos dos agrotóxicos no meio ambiente e na saúde humana, além de alternativas para reduzir seu uso. Ele explica que agrotóxicos são usados para controlar pragas agrícolas, mas também poluem o solo, água e ar, levando a problemas de saúde como câncer. O documento aponta a necessidade de regular melhor seu uso e incentivar alternativas como biopesticidas para tornar a agricultura mais sustentável.
2. Objetivo:
refletir sobre o impacto do
uso de agrotóxico ao meio
ambiente e a saúde
humana. Além disso ,avaliar
alternativas para tentar
reverter /amenizar tal
4. Segundo a legislação vigente,
agrotóxicos são produtos e
agentes de processos físicos,
químicos ou biológicos, utilizados
nos setores de produção,
armazenamento e beneficiamento
de produtos agrícolas, pastagens,
proteção de florestas, nativas ou
plantadas, e de outros
5. Para que serve?
O agrotóxico visa alterar a
composição da flora ou da fauna, a
fim de preservá-las da ação danosa
de seres vivos considerados
nocivos.Também são
considerados agrotóxicos as
substâncias e produtos
empregados como desfolhantes,
dessecantes, estimuladores e
6.
7. Tipos :
Inseticidas: Destinados ao controle de insetos, ácaros,
nematóides e moluscos.
formam 3 grandes grupos, os organoclorados, os
organofosforados e carbamatos e as piretrinas.
Fungicidas: Usados no controle de doenças causadas por
fungos, bactérias e vírus.
Herbicidas: Destinados ao controle de plantas daninhas.
Têm como grupos mais importantes Paraquat,
dinitrofenóis.
Dentre eles os organoclorados são os que mais persistem no
ambiente, chegando a permanecer por até 30 anos. São
por via oral, respiratória e dérmica, e atingem o sistema
central e periférico. Provocando câncer e por isso foram
vários países.
9. Estes produtos foram desenvolvidos durante a
Primeira Guerra Mundial e extremamente
utilizados na Segunda Guerra Mundial, como
arma química.Após o término da guerra, estes
passaram a ser usados como defensivo agrícola.
O primeiro composto dessa classe, denominado
DDT, foi fabricado em 1874 por Othomar
Zeidler; contudo, foi apenas em 1939 que Paul
Muller evidenciou suas propriedades inseticidas.
A partir de então, o DDT era a principal arma no
combate contra o mosquito disseminador da
malária, até descobrir-se que ele, assim como
todos os organoclorados, é um composto
cancerígeno, teratogênico e cumulativo no
10. No período pós-guerra, os vencedores programavam uma
ampliação dos seus negócios, partindo das indústrias que
se desenvolveram durante a guerra, sendo encontrada
dentre elas, a indústria química. Havia fome na Europa,
surgindo então a “revolução verde”, que tinha como
objetivo Foi então que surgiu a “revolução verde“, que
visava promover a agricultura, gerando comida para os
famintos do mundo.
Esta política levou a uma grande contaminação
ambiental, sem que a fome fosse extinta. Hoje, 1/5 das
das crianças não ingerem a quantidade suficiente de
calorias e proteínas que necessitam. E cerca de 2 bilhões de
pessoas terceira parte de humanidade sofrem de anemia. A
cada ano 30 milhões de pessoas morrem de fome no
mundo e 800 milhões sofrem de subalimentação crônica.
12. A “revolução verde” chegou ao Brasil
em meados da década de 60. Foi
implantada através de imposição das
indústrias de agrotóxicos e do governo
brasileiro: o financiamento bancário para
a compra de semente só saia se o
agricultor comprasse também o adubo e
o agrotóxico.
Desde 2008, o Brasil ocupa o primeiro
lugar no ranking mundial de consumo de
agrotóxicos. Enquanto nos últimos dez
anos o mercado mundial desse setor
cresceu 93%, no Brasil, esse crescimento
14. A saúde humana é afetada pelos
agrotóxicos de três maneiras: durante sua
fabricação, no momento da aplicação e ao
consumir um produto contaminado.
Independentemente da forma de contato,
os efeitos são extremamente perigosos.
Problemas neurológicos, como o Mal de
Alzheimer, estão associados à exposição a
inseticidas organofosforados, assim como o
desenvolvimento de transtorno do déficit de
atenção com hiperatividade em crianças. A
Agência de Proteção Ambiental dos EUA
15.
16. A EPA afirma que o efeito do pesticida depende
do principio ativo nele presente. Os sintomas
podem variar, desde irritação da pele, até
problemas hormonais e o desenvolvimento de
câncer.
Em 2007, pesquisadores descobriram, depois de
realizarem um levantamento, que a maioria dos
estudos revela a associação entre a exposição a
agrotóxicos e o desenvolvimento de linfoma não-
Hodgkin e leucemia.
Para as grávidas, o risco é dobrado.
Pesquisadores apontam para as fortes evidências
que ligam o contato com pesticidas a problemas
17.
18. Contudo, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
assegura que apenas 1/6 dos acidentes são
oficialmente registrados e que,
aproximadamente, 70% dos casos acontece em
países em desenvolvimento, com os
organofosforados representando 70% das
intoxicações agudas.
Os agrotóxicos têm feito vítimas fatais, além de
provocar aborto, malformação fetal, suicídios,
câncer, dermatose, entre outras doenças. De
acordo com a OMS, ocorrem 20.000 óbitos/ano
devido à manipulação, inalação e consumo
19.
20. Estudos estimam que aproximadamente 25
milhões de trabalhadores agrícolas de países
pobres sofram com algum tipo de intoxicação
causada por exposição a agrotóxicos. Há diversas
situações comprovadas como no caso de que duas
grandes empresas multinacionais que firmaram
acordo em 2013 para indenização da ordem de R$
200 milhões envolvendo cerca de mil trabalhadores
contaminados por substâncias cancerígenas, entre
1974 e 2002, numa fábrica de pesticidas em
Paulínia, no interior de São Paulo.
Uma pesquisa feita pela Organização Pan-
Americana de Saúde (OPAS), em 12 países latino-
americanos, revelou que o envenenamento por
produtos químicos, especialmente o chumbo e os
pesticidas, simbolizam cerca de 15% de todas as
22. De maneira geral, os pesticidas são tóxicos,
independentemente de qual composto é usado, sendo
uns menos, e outros mais danosos à saúde humana e
ao meio ambiente.
Um dos problemas mais comuns é a contaminação do
solo, de lençóis freáticos e de rios e lagos. Quando o
agrotóxico é utilizado, ele chega ao solo e a chuva, ou o
próprio sistema de irrigação da plantação, facilita a
chegada dos pesticidas aos corpos de água, poluindo-
os e intoxicando toda vida lá presente.
Um bom exemplo de como esse tipo de produto tóxico
funciona pode ser observado em inseticidas, como os
organoclorados e organofosforados. Ambos são
bioacumulativos, o que significa que o composto
permanece no corpo do inseto ou de um peixe após sua
morte. Se algum outro animal se alimentar de um ser
23.
24. O uso de pesticidas, inclusive, contribui com o
empobrecimento do solo. Estudos mostram que
a utilização de pesticidas reduz a eficiência da
fixação de nitrogênio realizada por micro-
organismos, o que faz com que o uso de
fertilizantes seja cada vez mais necessário.
Os pesticidas também favorecem o surgimento
de pragas progressivamente mais fortes,
através de um processo de “seleção natural”,
em que os animais mais resistentes aos
agrotóxicos tomam o lugar das espécies mais
suscetíveis. Esse processo também acaba
25.
26. Outros problemas que já foram percebidos
por estudos são a diminuição do número
de abelhas polinizadoras e a destruição do
habitat de pássaros em ambientes onde
pesticidas são utilizados.
A degradação do meio ambiente tem
consequências a longo prazo e seus efeitos
podem ser irreversíveis. Em escala
planetárias, existem mais de 2 trilhões de
toneladas de resíduos industriais sólidos e
cerca de 350 milhões de toneladas de
28. Atualmente, cabe ao Ministério da Saúde o controle de
agrotóxicos, enquanto que o controle ambiental cabe ao
Ibama. O governo transmite todos os dados ao
Ministério da Agricultura.
No ano de 2002, a Agência Nacional deVigilância
Sanitária (ANVISA) criou o programa de Análise de
Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), visando
monitorar o comprimento da legislação sobre o nível
permitido de resíduos agrotóxicos nos alimentos, o uso
de quais produtos é permitido em cada colheita, e
garantir que produtos como frutas, verduras e legumes
cheguem à mesa do consumidor brasileiro com
qualidade e segurança.
Em casos de uso de agrotóxicos acima do permitido pela
ANVISA, os órgãos responsáveis pelas áreas da
agricultura e meio ambiente, são acionados para
30. agrotóxicos.
Uma das possíveis alternativas para a substituição de
agrotóxicos são os biopesticidas.
De acordo com a EPA, o termo se refere a produtos feitos
a partir de micro-organismos, substâncias naturais ou
derivados de plantas geneticamente modificadas, que
façam controle de pestes.
Para o consumidor final, a situação é mais complexa, já
que é difícil saber se o produtor utilizou ou não
biopesticidas na sua lavoura. A opção é escolher,
preferencialmente, alimentos orgânicos e sempre lavar
frutas, legumes e verduras, independentemente da sua
procedência.
31. A pressão popular também é importante. A Campanha
Permanente Contra os Agrotóxicos e PelaVida é uma
organização que trata do assunto.
maiores informação no Site da campanha ;
http://www.contraosagrotoxicos.org/
DICA:
assista o documentário :O veneno esta na mesa , criado
por esta campanha.