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Bioquímica do Músculo Cardíaco:
Estrutura das Proteínas Contráteis.

        Prof. Mário – IBqM - UFRJ
Músculo: Tipos e Controle de Contração




 Esquelético      Cardíaco         Liso
Visão Geral da Contração Cardíaca
Músculo: Estrutura Muscular
Músculo Esquelético em Detalhe.
Estímulo Nervoso da Contração do Músculo
         Esquelético em Detalhe.
Acomplamento Excitação-Contração
    no Musculo Esquelético
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Estrutura da Unidade Contrátil:
         O Sarcômero
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    Contração Muscular
Miosina
• O Homohexâmero possui massa molecular total de 540 kDa.
• Consiste de
   • 4 cadeias leves (4 x 20 kDa)
   • 2 cadeias pesadas (2 x 220 kDa),
      • Cabeça globular na porção N-terminal, contendo as unidades
         menores
      • Cauda com 150 nm de comprimento que se entrelaçam para
         formar uma super hélice




                                                           20 kDa

        220 kDa
                                         Trypsin
                                               Papain
Cadeias leves em azul, 20 KDa; cadeias pesadas em rosa, 200 KDa.
• S1 = subfragmento 1 onde se dá a hidrólise da ATP.
• 2 pontos de mobilidade, braço e cabeça.
Miosina – Fragmento S1
• O domínio catalítico é o responsável pela hidrólise de ATP.
• Ligante químico: ATP e Ca2+



               Catalytic Domain



       ATP-Binding Site

                                  Actin-Binding Site
 ELC
 RLC
Filamento Grosso de Miosina

    • O conjunto formado por 200 moléculas de miosinas formam um filamento espesso que
      representa 65% do total de proteínas da fibra muscular.




•   Uma mutação genética da miosina está associado com aproximadamente 40% dos casos de
    Cardiomiopatia Hipertrófica (HCM).
Visão Geral da Miosina
Tropomiosina
  • O monômero possui 64 kDa.

  • Se extende ao longo do filamento de Actina, numa sobreposição de
    moléculas do tipo Head-to-Tail.

  • É composta de 2 -hélices antiparalelas, que se entrelaçam para formar
    complexo homodimérico.
    1         30                  190           284

NH2 -              Tropomiosina                  - COO-
                                        NH2 -              Tropomiosina                       - COO-

                                            1         30                    190           284




                                                                                         COO–
                                                                                          NH2


                                                                     COO–
                            NH2                                       NH2
                          COO–
        NH2
        COO–
                                                                                  PDB: 1C1G
Tropomiosina

 • Existem 4 genes que codificam para a tropomiosina,

   •   TPM1: Tropomiosina 1 (alpha)
   •   TPM2: Tropomiosina 2 (beta)
   •   TPM3: Tropomiosina 3
   •   TPM4: Tropomiosina 4

 • Os genes mais estudados são:

   • TPM1: Mutação nesse gene está associado com uma
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   • TPM2: Troca de aminoácidos resulta em fraqueza muscular e
     deformidades no membro distal.
   • TPM3: Mutação nesse gene resulta em miopatia autossomal
     dominante e câncer.
                                           Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol (March 18, 2004)
Troponina
Troponina
• A detecção da Troponina T e I no sangue são indicadores de
  injúria no cardiomiócito !!!!


   – Infarte do miocárdio -
   – Vasoespasmo coronariano -
   – Taquicardia severa - taquicardia supraventricular devido ao aumento na
     demanda de oxigênio ou suprimento inadequado do músculo coração.
   – Falha cardíaca - morte ou anomalias do ritmo ventricular.
   – Cardiomiopatias dilatadas ou hipertróficas.
   – E muitas outras doenças ( Troponina T no sangue = indicativo falência
     renal) confirmar
Troponina
 • Complexo heterotrimérico formado por três proteínas regulatórias com 78 kDa:
    •   Troponina T – Forma o complexo troponina-tropomiosina.
    •   Troponina C – Liga íons de Ca2+ para produzir a troca conformacional da Troponina I.
    •   Troponina I – Liga o complexo troponina-tropomiosina ao miofilamento de actina.
Troponina C
 • No músculo esquelético a Troponina C, possui 4 sítios de ligação ao Cálcio

 • No músculo cardíaco a Troponina C, possui 3 sítios de ligação ao Cálcio


                                                                                Ca2+
                                                                                       Ca2+




                           Ca2+                      Ca2+
                                                                         Troponina C
                           Ca2+



                          Ca2+
Actina
                                                                          Mg2+




                                                                                                   Mg2+




                                                                                     ATP




                                                                 Mg2+




• Proteína mais abundante nas células eucarióticas.

• Importante papel na motilidade, regulação e forma da célula.

• Defeitos neste gene tem sido associado com com cardiomiopatia dilatada idiopática (IDC) e cardiomiopatia
  hipertrofica familiar (FHC).
Actina
• O Monômero, a G-Actina, possui 42 kDa de massa molecular.
• A F-Actina, o polímero, representa de 20-25% da estrutura muscular.
• Exerce sua função pela polimerização em filamento de F-actina.
• Ligantes químicos: ATP e Mg2+



                                          Increase [Mg2+]




                                          Decrease [Mg2+]




                                      Hydrolysis of ATP occurs yielding
                                     ADP/Pi/G-Actin Subunits in filament




                                                                           ATP   ATP
                                                                                        ATP/G-Actin
                                                                                       subunits added
                                                                                         5-10X faster
Mecanismo de Ação do Complexo Troponina-
Tropomiosina-Actina
Arranjo Estrutural do Complexo
Troponina-Tropomiosina-Actina
Arranjo Estrutural do Complexo Troponina-
      Tropomiosina-Actina-Miosina
Efeito bloqueador da interação Actina-
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ATP e a Contração Muscular: Fases 1 e 2
• Fase 1:

   • Em repouso a cabeça de miosina está ligada a uma molécula
     de ATP em configuração de baixa energia e incapaz de                                         ADP
                                                                            Fase 1   ATP
     acessar a actina.                                                                                  Pi



   • Neste estado a miosina pode hidrolizar o ATP em ADP + Pi.

   • A energia liberada modifica a estrutura da miosina e
     promove uma configuração de alta energia.

• Fase 2:

   • Quando a miosina se liga a actina, libera o ADP + Pi.

   • A liberação do ADP + Pi, altera a configuração da miosina
     para uma de baixa energia.                                  ADP


   • A nova conformação da cabeça da miosina,a faz caminhar                                ADP

     sobre o filamento de actina, aproximando as duas bandas Z                                   Pi          Fase 2
     e encurtando o sarcomêro.                                         Pi
ATP e a Contração Muscular:Fases 2 e 3.
                                                                                     Fase 3
Fase 3:

                                                            ATP

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Fase 4:


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                                                                   ATP
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Titina
               4 MDa

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         “Scaffold” Molecular

             Teleotonina
Titina
•   Titina interage com muitas proteinas sarcoméricas incluíndo:
     –   Região Linha Z : Teletonina e Alfa-Actina
     –   Região Banda I: Calpaina-3 e Obscurina
     –   Região Linha M: Proteina C ligada à Myosin, Calmodulina 1, CAPN3, e MURF1




•   A mutação neste gene está associada com:
     –   Cardiomiopatia Hipertrófica Familiar,
     –   Distrofia Múscular Tibial.
Contração do Músculo Cardíaco

           SEMELHANÇA PRINCIPAL


            Força contrátil é gerado por miofilamentos sarcoméricos controladas
             por Ca + + por meio de um s istema de troponina-tropomiosina.

           DIFERENÇAS MAIS IMPORTANTES


            Celulas Uninucleares

            Neurogênico x Miogênico

            Isolamento Elétrico x Acoplamento Elétrico

            Potencial de ação de miócitos cardíacos é maior !
Acomplamento Excitação-Contração
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 Familiares:Genes Afetados
Cardiomiopatias Hipertróficas Familiares:
                    Proteínas Afetadas
  β-MyHc             MLCs                TnI   TnT    TM




220 kDa
Hipertrofia do Ventrículo Esquerdo
Cardiomiopatia Hipertrófica

   α-Tropomyosin Mutation D175N in Familial Hypertrophic Cardiomyopathy




                                         20 μm                                          20 μm


A, area of normal histological structure of      B, area with myocyte disarray of the
the left ventricular free wall.                  ventricular septum.
Figure 2. Effect of specific sports training on LV cavity dimension or wall thickness in elite
                    athletes, representing 27 different sporting disciplines.




    Maron B J , Pelliccia A Circulation 2006;114:1633-1644



Copyright © American Heart Association
• O QUE LEVA À FADIGA MUSCULAR?

• Deficiência de ATP

• incapacidade de propagação do estímulo nervoso através da
  membrana celular

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Rigor mortis
 • O que é?
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 • Quando ocorre?
   Na média, começa entre 3 e 4 horas post mortem, com total efeito
   do rigor em + ou – 12 horas e finalmente, relaxamento em + ou – 36
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1 estrutura e funcao das proteinas contrateis

  • 1. Bioquímica do Músculo Cardíaco: Estrutura das Proteínas Contráteis. Prof. Mário – IBqM - UFRJ
  • 2. Músculo: Tipos e Controle de Contração Esquelético Cardíaco Liso
  • 3. Visão Geral da Contração Cardíaca
  • 6. Estímulo Nervoso da Contração do Músculo Esquelético em Detalhe.
  • 7. Acomplamento Excitação-Contração no Musculo Esquelético
  • 9. Estrutura da Unidade Contrátil: O Sarcômero
  • 10. Interação Proteína-Proteína: Contração Muscular
  • 11.
  • 12. Miosina • O Homohexâmero possui massa molecular total de 540 kDa. • Consiste de • 4 cadeias leves (4 x 20 kDa) • 2 cadeias pesadas (2 x 220 kDa), • Cabeça globular na porção N-terminal, contendo as unidades menores • Cauda com 150 nm de comprimento que se entrelaçam para formar uma super hélice 20 kDa 220 kDa Trypsin Papain
  • 13. Cadeias leves em azul, 20 KDa; cadeias pesadas em rosa, 200 KDa.
  • 14.
  • 15. • S1 = subfragmento 1 onde se dá a hidrólise da ATP. • 2 pontos de mobilidade, braço e cabeça.
  • 16. Miosina – Fragmento S1 • O domínio catalítico é o responsável pela hidrólise de ATP. • Ligante químico: ATP e Ca2+ Catalytic Domain ATP-Binding Site Actin-Binding Site ELC RLC
  • 17. Filamento Grosso de Miosina • O conjunto formado por 200 moléculas de miosinas formam um filamento espesso que representa 65% do total de proteínas da fibra muscular. • Uma mutação genética da miosina está associado com aproximadamente 40% dos casos de Cardiomiopatia Hipertrófica (HCM).
  • 18. Visão Geral da Miosina
  • 19. Tropomiosina • O monômero possui 64 kDa. • Se extende ao longo do filamento de Actina, numa sobreposição de moléculas do tipo Head-to-Tail. • É composta de 2 -hélices antiparalelas, que se entrelaçam para formar complexo homodimérico. 1 30 190 284 NH2 - Tropomiosina - COO- NH2 - Tropomiosina - COO- 1 30 190 284 COO– NH2 COO– NH2 NH2 COO– NH2 COO– PDB: 1C1G
  • 20. Tropomiosina • Existem 4 genes que codificam para a tropomiosina, • TPM1: Tropomiosina 1 (alpha) • TPM2: Tropomiosina 2 (beta) • TPM3: Tropomiosina 3 • TPM4: Tropomiosina 4 • Os genes mais estudados são: • TPM1: Mutação nesse gene está associado com uma cardiomiopatia hipertrófica familiar do tipo 3. • TPM2: Troca de aminoácidos resulta em fraqueza muscular e deformidades no membro distal. • TPM3: Mutação nesse gene resulta em miopatia autossomal dominante e câncer. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol (March 18, 2004)
  • 22. Troponina • A detecção da Troponina T e I no sangue são indicadores de injúria no cardiomiócito !!!! – Infarte do miocárdio - – Vasoespasmo coronariano - – Taquicardia severa - taquicardia supraventricular devido ao aumento na demanda de oxigênio ou suprimento inadequado do músculo coração. – Falha cardíaca - morte ou anomalias do ritmo ventricular. – Cardiomiopatias dilatadas ou hipertróficas. – E muitas outras doenças ( Troponina T no sangue = indicativo falência renal) confirmar
  • 23. Troponina • Complexo heterotrimérico formado por três proteínas regulatórias com 78 kDa: • Troponina T – Forma o complexo troponina-tropomiosina. • Troponina C – Liga íons de Ca2+ para produzir a troca conformacional da Troponina I. • Troponina I – Liga o complexo troponina-tropomiosina ao miofilamento de actina.
  • 24. Troponina C • No músculo esquelético a Troponina C, possui 4 sítios de ligação ao Cálcio • No músculo cardíaco a Troponina C, possui 3 sítios de ligação ao Cálcio Ca2+ Ca2+ Ca2+ Ca2+ Troponina C Ca2+ Ca2+
  • 25. Actina Mg2+ Mg2+ ATP Mg2+ • Proteína mais abundante nas células eucarióticas. • Importante papel na motilidade, regulação e forma da célula. • Defeitos neste gene tem sido associado com com cardiomiopatia dilatada idiopática (IDC) e cardiomiopatia hipertrofica familiar (FHC).
  • 26. Actina • O Monômero, a G-Actina, possui 42 kDa de massa molecular. • A F-Actina, o polímero, representa de 20-25% da estrutura muscular. • Exerce sua função pela polimerização em filamento de F-actina. • Ligantes químicos: ATP e Mg2+ Increase [Mg2+] Decrease [Mg2+] Hydrolysis of ATP occurs yielding ADP/Pi/G-Actin Subunits in filament ATP ATP ATP/G-Actin subunits added 5-10X faster
  • 27. Mecanismo de Ação do Complexo Troponina- Tropomiosina-Actina
  • 28. Arranjo Estrutural do Complexo Troponina-Tropomiosina-Actina
  • 29. Arranjo Estrutural do Complexo Troponina- Tropomiosina-Actina-Miosina
  • 30. Efeito bloqueador da interação Actina- Miosina
  • 31. ATP e a Contração Muscular: Fases 1 e 2 • Fase 1: • Em repouso a cabeça de miosina está ligada a uma molécula de ATP em configuração de baixa energia e incapaz de ADP Fase 1 ATP acessar a actina. Pi • Neste estado a miosina pode hidrolizar o ATP em ADP + Pi. • A energia liberada modifica a estrutura da miosina e promove uma configuração de alta energia. • Fase 2: • Quando a miosina se liga a actina, libera o ADP + Pi. • A liberação do ADP + Pi, altera a configuração da miosina para uma de baixa energia. ADP • A nova conformação da cabeça da miosina,a faz caminhar ADP sobre o filamento de actina, aproximando as duas bandas Z Pi Fase 2 e encurtando o sarcomêro. Pi
  • 32. ATP e a Contração Muscular:Fases 2 e 3. Fase 3 Fase 3: ATP A miosina se mantém ligada a actina num estado ATP conhecido como rigor até que uma nova molécula de ATP se ligue a miosina. Fase 4: A ligação com o ATP desliga a miosina da actina. Fase 4 ATP ATP O ATP associado está pronto para um novo ciclo de hidrólise.
  • 33. Interação Proteína-Proteína: Contração Muscular
  • 34. Titina 4 MDa Função Integradora “Scaffold” Molecular Teleotonina
  • 35. Titina • Titina interage com muitas proteinas sarcoméricas incluíndo: – Região Linha Z : Teletonina e Alfa-Actina – Região Banda I: Calpaina-3 e Obscurina – Região Linha M: Proteina C ligada à Myosin, Calmodulina 1, CAPN3, e MURF1 • A mutação neste gene está associada com: – Cardiomiopatia Hipertrófica Familiar, – Distrofia Múscular Tibial.
  • 36. Contração do Músculo Cardíaco SEMELHANÇA PRINCIPAL  Força contrátil é gerado por miofilamentos sarcoméricos controladas por Ca + + por meio de um s istema de troponina-tropomiosina. DIFERENÇAS MAIS IMPORTANTES  Celulas Uninucleares  Neurogênico x Miogênico  Isolamento Elétrico x Acoplamento Elétrico  Potencial de ação de miócitos cardíacos é maior !
  • 39. Cardiomiopatias Hipertróficas Familiares: Proteínas Afetadas β-MyHc MLCs TnI TnT TM 220 kDa
  • 41. Cardiomiopatia Hipertrófica α-Tropomyosin Mutation D175N in Familial Hypertrophic Cardiomyopathy 20 μm 20 μm A, area of normal histological structure of B, area with myocyte disarray of the the left ventricular free wall. ventricular septum.
  • 42. Figure 2. Effect of specific sports training on LV cavity dimension or wall thickness in elite athletes, representing 27 different sporting disciplines. Maron B J , Pelliccia A Circulation 2006;114:1633-1644 Copyright © American Heart Association
  • 43. • O QUE LEVA À FADIGA MUSCULAR? • Deficiência de ATP • incapacidade de propagação do estímulo nervoso através da membrana celular • acúmulo de ácido lático
  • 44. Rigor mortis • O que é? Sinal reconhecível de morte o qual causa um endurecimento (“rigor”) aos membros do cadáver • Quando ocorre? Na média, começa entre 3 e 4 horas post mortem, com total efeito do rigor em + ou – 12 horas e finalmente, relaxamento em + ou – 36 horas
  • 45.
  • 46. Mecanismo de Ação das Toxinas Botulínica e Tetânica.
  • 47. • O lado bom da toxina: Em pequenas doses, a toxina vem sendo usada para tratar doenças relacionadas a contrações musculares indesejadas