1. Nº 65 - Janeiro / Março de 2018
b o l e t i m d a F R A T E R N I T A S M O V I M E N T O
“Terra à Vista!”
Da História, das estórias, ou ainda de alguma película que
tenhamos visto, recordamos estas palavras salvadoras grita-
das pelo vigia da embarcação, anunciando a tão almejada
segurança em terra firme após tantos dias ou meses em mar. É
uma felicidade pisar a firmeza terrena na sequência da travessia
líquida e insegura, do mar e das pessoas…
Anossa vida é um pouco assim. É um percurso nesta terra
através dos vários elementos da natureza, consoante as nos-
sas fases existenciais;por vezes, mais no ar;outras mais na água;
outras no fogo que queima e também purifica; outras ainda na
terra, o ponto de partida e de chegada, como lembrámos há
dias no início da “quarentena pré-pascal” num horizonte que
provavelmente é o maior que imaginar podemos.
Um dia contaram-nos uma história que nos encantou. Certa
mente que, a partir daí, a nossa vida ganhou um fôlego
mais amplo, um sentido mais profundo, e também uma maior
consciência dos nossos limites. No fundo, fomos aprendendo a
ouvir e a contar narrativas criadoras de sentido e de fé.Através
delas tomámos conhecimento, sempre através de alguém (numa
dimensão comunitária) e fomos mergulhando inteiramente o
nosso ser, com um coração pequenino mas disponível para
iluminar a razão como é próprio dos tesouros.
Hoje estamos aqui porque queremos continuar a anunciar,
com narrativas (consentidas) de sentidos, o mesmo Deus a
quem Moisés perguntou como se chamava (Ex 3,14: «Eu Sou
Aquele que É») e a quem Deus respondeu dando continuidade
a uma relação sem a qual é impossível contar qualquer história
que seja.
Podemos dizer que o Deus de Moisés é Aquele que É Amor,tal
como S. João nos diz na sua boa notícia; e se Ele é Amor,
sendo o amor o elemento mais nuclear da vida, tal como nos diz
Jesus, então, o Deus de que Jesus nos fala está no íntimo mais
íntimo da existência, à maneira do que S.Agostinho nos transmitiu.
Ele é a Vida, em tudo o que a compõe, sem nada ficar de fora.
OAmor é movimento que se traduz em fraternidade. E
necessita uma grande confiança no timoneiro nesta travessia
oceânica, onde as nossas biografias estão todas. Agradeço-as,
uma a uma, recordando-as. Continuemos o caminho iniciado há
uns anos atrás, com o padre Filipe, e não tenhamos medo de
perder a nossa terra firme, as nossas seguranças. Provavelmente,
é aí que as nossas narrativas são mais fecundas…E podemos
perguntar-nos: depois de nos conhecermos, em que é que as
nossas vidas ficaram diferentes?
Luís Carlos Lourenço Salgueiro
Santarém, 6 de março de 2018
Correspondência dos leitores 2
Carta da Federação Latino-americana de
Padres Casados ao papa Francisco 3
Dossier
A lei do celibato dos padres 4
Testemunho 5-6
Sobre o caso do Padre da Madeira 7
O padre, a mãe e a filha 8
Desabafo 8
Eclesial? 8
O meu nome é José! 9
Recortes 10
In Memoriam... 11
Breves... 11
“Fazei isto...” 12
2. MUITO OBRIGADO pelo vosso Boletim
Espiral Nº 64, referente aos meses de Outubro a
Dezembro.
Votos de Fecundo Advento, Santo Natal e
abençoado Ano 2018 para toda a família
Fraternitas.
+ Francisco José Senra Coelho, Bispo Auxiliar
de Braga
[padresenra@gmail.com] (4 de Dezembro 2017)
Boa noite, meu Irmão.
Mas que prato forte, este boletim!
Faz lembrar a redação daquele miúdo (da
anedota), sobre a vaca do senhor prior:
“Da vaca do senhor prior, aproveita-se tudo:
come-se por fora e bebe-se por dentro.”
Boas notas de reportagem, as dos vossos
Associados, sobre as ações em que participaram
ou promoveram.
Assim se faz, numa boa família que partilha.
Estão no bom caminho!
Desejo a todos um Advento vigilante para um
Santo e Feliz Natal continuado em 2018.
morgadomenor
frei Lopes Morgado
[lopes.morgado@gmail.com] (4 de Dezembro 2017)
Agradeço muito reconhecido este número 64 do
boletim Espiral.
Cumprimentos e votos de Santo Natal.
M. Rocha Marques
[m.rocha.marques@sapo.pt] (5 de Dezembro 2017)
Meu caro Alberto Osório:
Agradeço o envio do boletim Espiral que muito
apreciei.
Quero igualmente agradecer a menção que nele
é feita da minha passagem pelo Encontro
Ecuménico, onde apenas pude passar com
alguma rapidez.
Mas queria sobretudo sublinhar o quanto senti a
notícia sobre a morte do P. Fernando Ribeiro
das Neves que vi pela última vez, há muitos
anos, num encontro da Fraternitas sobre o
Apocalipse em Fátima.
Dá-se é o caso de ele ter sido, enquanto jovem
sacerdote, coadjutor na minha paróquia de
Soure e por ali andei frequentemente com ele de
capela em capela, viajando no assento de trás da
sua lambreta.
Deixo para ele um pensamento de saudade e
ternura e os meus sentimentos para a sua
família, de que conheci apenas a esposa no
mesmo encontro em Fátima.
Faço votos para que a vossa Espiral possa
continuar a executar muitas e boas
"revoluções".
Um abraço.
José Augusto Ramos
[joseramos@letras.ulisboa.pt] (6 de Dezembro de 2017)
Obrigada pelo envio do boletim que li com
muita satisfação.
Maria Helena Alexandre
[jlc.alexandre@gmail.com] (8 de Dezembro de 2017)
Muito agradecido, Dr. Alberto Osório de Castro.
Feliz Advento – Natal.
Cordialmente em Cristo,
+ D. José Cordeiro
[djosecordeiro@gmail.com] (8 de Dezembro de 2017)
(texto inscrito num sugestivo cartão-
-mensagem de Advento-Natal)
Agradeço à Fraternitas a gentileza do envio de
mais um número.
Prossigam a reflexão e a interajuda, o apoio a
solidões ou a quem caminha em comunhão e
sejam sempre livres e participativos. Estou a
falar comigo, ao contrário de organizar
conselhos…
Bom Natal para todos.
+ Januário Torgal Ferreira
(14 de Dezembro de 2017)
3. AFEDERAÇÃO LATINO-AMERICANA
PARA A RENOVAÇÃO DOS MINISTÉ-
RIOS SAÚDA SUA SANTIDADE O PAPA
FRANCISCO E OS SENHORES BISPOS
DA AMÉRICA LATINA.
Os grupos e associações de
presbíteros que constituímos fa-
mília, nos países: México,
Guatemala, Colômbia, Equador,
Peru, Bolívia,Argentina, Brasil,
Uruguai, Paraguai e Chile,
fazemo-nos presentes para tor-
nar realidade a recomendação
feita pelo Papa Francisco, nos
seusdiscursosnasvisitas aocon-
tinente: que haja diálogo entre
os bispos, os irmãos de outras
religiões e os presbíteros casa-
dos.
Desde o ano 1990, o bispo
de Avellaneda, Argentina, Dom
JerónimoPodestá,junto com sua
esposa Clelia Luro, que descan-
sam na paz de Deus, e Julio
Pérez Pinillos, do Movimento
para o celibato opcional —
MOCEOP, de Espanha, apoia-
ram a constituição da Federação
Latino-americana dos Sacerdo-
tes Casados, que hoje se chama
Federação Latino-americana
para a Renovação dos Ministé-
rios.
Como membros baptizados
e consagrados da Igreja, conti-
nuamos cumprindo o mandato
de Jesus; “Ide por todo o mundo
anunciando a boa nova” e cola-
borando na construção do reino
de Deus e da Sua justiça. E, nou-
tros casos, onde se nos permite,
servindo as comunidades.
Nesta ocasião vamo-nos
reunir no VIII Encontro Latino-
-americano da Federação, de 11
a 14 de Janeiro de 2018, na ci-
dade de Quito-Equador, de acor-
do com os estatutos, para eleger
a nova Direcção e para reflectir
sobre os temas:
1. Os povos originários daAmé-
rica Latina.
2. A realidade latino-americana
em que estamos vivendo actual-
mente.
3. A função da mulher na socie-
dade e na igreja.
4. As relações com as comuni-
dades, com os sacerdotes e com
os bispos.
E, ao mesmo tempo, anali-
sar como nos devemos compro-
meter, nestes tempos, na cons-
trução do reino de Deus.
O encontro é ecuménico,
aberto, de acordo com as men-
sagens do Papa Francisco que
nos ensina que devemos unir-
nos com todas as religiões do
mundo para orar e trabalhar pela
paz, pelo meio ambiente e pelos
migrantes.
Desejamos que esta carta
chegue a vós, para que fiquem
informados sobre os nossos ob-
jectivos e propósitos e para ver
se é possível contar com a vossa
presença, ou a de um delegado:
serão sempre bem-vindos.
Queremos antecipar um as-
sunto importante que se prepara
na América Latina, o "Sínodo
Pan-Amazónico" que se celebra-
rá no ano 2019, e que enfocará
os problemas que vivem os po-
vos nessas regiões da floresta.
Que precisam da devida atenção
dosestados edas igrejas quetêm
a missão de evangelizar.
Esperamosqueo Papa Fran-
cisco e os bispos latino-ameri-
canos prestem a devida atenção
a este facto.
Confiamos que vossas ora-
ções se unam às nossas para pe-
dir a Deus e à nossa Mãe Maria,
pelo êxito deste importante
evento.
Assinam:
Mario Mullo Sandoval -
- Rosa Leiva Valles,
presidentes (Equador)
João Tavares - Sofia Santos,
vice-presidentes (Brasil)
Óscar Varela,
secretário (Argentina)
Encarnación Madrid,
tesoureira (Argentina)
Orlando Martin,
Coordenador do cone sul
(Argentina)
Sebastián Cozar -
- Juana Hernández Aravena,
(Chile)
12 de Dezembro de 2017. Dia
de Nossa Senhora de Guadalupe
Fonte: Diretoria da Federação
Latino-Americana
Tradução: João Tavares
CARTADAFEDERAÇÃO LATINO-AMERICANADE PADRES CASADOS
AO PAPA FRANCISCO
E AOS BISPOS DA AMÉRICA LATINA
4.
DOSSIER
Há, na actualidade, dois temas eclesiais que têm sido objecto de forte controvérsia e
variadíssimos comentários vindos mesmo de espaços e ambientes não católicos que, embora
à margem da Igreja, se sentem incomodados com posições emanadas da hierarquia. Refiro-
me à questão da lei do celibato dos padres católicos e à dos “divorciados recasados”.
A um e a outro tema, subjaz, mesmo que subtilmente, a sexualidade. A Igreja parece
pretender o poder de decidir sobre o exercício do instinto sexual! Não se nega que a sexualida-
de humana é criação de Deus, porque inerente ao ser humano (“Deus, vendo toda a sua obra,
considerou-a muito boa.” [Gn 1,31]), mas não se aceita a sua bondade intrínseca, antes se
coarcta o seu exercício.
Não espanta que, numa crónica no Público (25.02.2018), frei Bento pergunte “porque será
que a Alegria do Amor dá tanta tristeza”! Acutilante, entre outras coisas, observa: “pobre dou-
trina aquela que não serve a caminhada dos cristãos que vivem em tempos, lugares e culturas
diferentes, num mundo em mudança”. E pertinentemente afirma que “a perturbação que o
Papa Francisco introduziu no discurso, nas atitudes e na prática pastoral foi a do combate às
idolatrias instaladas”. Ou seja, importa mais “salvar” as pessoas que imolá-las no altar do
dogmatismo.
Neste dossier do presente apenas se coligiram alguns textos sobre a questão da
lei do celibato eclesiástico católico, a propósito do caso do Padre Giselo, do Funchal.
Alberto Osório
Escreveu-se imenso sobre
um padre da Madeira que assu-
miu a paternidade de uma meni-
na. Também me perguntaram o
que é que eu penso.
Desconheço a situação con-
creta, mas, em princípio, ter as-
sumido a paternidade é um acto
que honra o padre. Está, aliás, na
linha do recente documento da
Conferência Episcopal Irlande-
sa, que Francisco quer estender
a toda a Igreja, estabelecendo
A lei do celibato dos padres*
que os padres devem, como
qualquer outro pai, assumir as
suas responsabilidades,colocan-
do os interesses da criança em
primeiro lugar, com todas as
consequências: afectivas, legais,
morais, financeiras. É inaceitá-
vel que os filhos dos padres con-
tinuem a ser“sobrinhos”ou “afi-
lhados”.As crianças têm direito
à sua identidade e a mãe não
pode ficar sozinha e excluída. Se
a Igreja prega os direitos huma-
nos aos outros, tem de praticá-
-los em primeiro lugar no seu
próprio seio.
Ter sido pai não deve impli-
car automaticamente o abando-
no do sacerdócio. A questão
deve ser dialogada entre o padre,
o bispo, a mãe e a comunidade a
que o padre preside. Se quiser
casar-se, deverá seguir o seu ca-
minho, abandonando.
Anselmo Borges
* Diário de Notícias (16.02.2018)
5. DOSSIER
Caríssimos Companheiros e
Amigos
Parabéns pelo vosso traba-
lho e verdade que defendem,
com coragem e solidariedade e
até AMOR.
O meu caso, como de ou-
tros, é muito diferente
do caso da Madeira.
Em Janeiro de
1965, quando pedi ao
Bispo para tentarmos
obter dispensa da San-
ta Sé para poder casar
catolicamente, pois ti-
nha e tenho fé e queria
apenas pedir dispensa
do celibato para poder
casar, pois ainda não vivia, nem
tinha qualquer compromisso de
qualquer espécie, apenas um
amor que começava a nascer en-
tre duas pessoas, fui raptado na
rua, estiveincomunicávelduran-
te 15 dias e internado em Barce-
los (Casa de Saúde) e, depois do
caso do rapto se tornar público,
por diligências do já falecido Dr.
Santos Silva é que me liberta-
ram... Depois tive de ir para o
Curso de Oficiais do Exército,
ainda como Padre, sem dispen-
sa e abrangido pela Concordata,
pois queriam que fosse para o
Ultramar, para lá morrer, mas a
minha classificação obrigou-os
a mandar-mepara outrocurso da
Força Aérea em Tancos e, como
fui o melhor classificado, fiquei
na Secretaria-geral, como Che-
fe da Secretaria Geral da Força
Aérea. E não conseguiram man-
dar-me para o Ultramar...Depois
disto tudo, com a ajuda do Dou-
tor e Padre Januário (ainda não
era Bispo) consegui a dispensa
das obrigações sacerdotais e
pude casar catolicamente na
Igreja de Cedofeita, pelo Secre-
tário do próprio Bispo.
A minha vida levou-me à
Faculdade de Letras do Porto,
onde tirei o Curso de Filosofia e
depois, para além de percorrer
todas as categorias de Profissio-
nal de Seguros até Presidente do
Conselho de Administração de
uma Companhia de Seguros, fui
também Presidente do Sindica-
to de Seguros, da Federação de
Seguros de Portugal, do Clube
de Executivo de Seguros, Pro-
fessor Universitário Auxiliar
convidado, Professor de Econo-
mia Social de uma Escola Pro-
fissional, onde continuo como
um dos Directores, quase trinta
e dois anos comoAutarca, Vere-
ador da Câmara do Porto (dois
mandatos), Presidente de uma
Junta de Freguesia do Porto (3
mandatos), Deputado daAssem-
bleia Municipal do Porto
(16 anos),Vereador da Câ-
mara de Gondomar (na
Oposição, um mandato),
Jogador de Hóquei em Pa-
tins do F.C.P. e membro do
seu Conselho Superior e,
agora, do Conselho Cultu-
ral, Irmão da Misericórdia
do Porto e, agora, membro
do Definitório, etc, etc.
Isto apenas para vos dizer
que para além de ter sido tam-
bém um dos fundadores da
"ATEAR em ACÇÃO RENO-
VADORA", uma Associação
que antecedeu a Fraternitas
nunca me senti marginalizado
pela Igreja, ou pelos Colegas e
nunca me senti mal, ou isolado
na Sociedade que muito bem
compreendeu o meu gesto e me
deu apoio para ser útil e procu-
rar, dentro das minhas possibili-
dades, contribuir para o seu de-
senvolvimento, em diversas áre-
as, pondo em prática aquilo que
recebi do Seminário do qual me
orgulho. Tanto Bispos, como
Testemunho
(continua na pág. 6)
6. página oficial na Internet: http://fraternitasmovimento.blogspot.com NIF: 504 602 136 IBAN: PT50 0033 0000 4521 8426 660 05 fraternitasmovim
DOSSIER
Padres, foram e são meus ami-
gos e ainda agora sou Leitor na
Missa de uma Igreja do Porto,
para além de contribuir, dentro
do possível, para a solução de
problemas que vão surgindo…
Minha primeira mulher que
foi Professora Universitária e
Escritora já faleceu em 2004 e
estou de novo casado, tendo do
primeiro casamento dois filhos
e dois netos e do segundo casa-
mento dois filhos que têm sido
Acólitostambém numa Igreja do
Porto.
Desculpem de ter feito um
resumo da minha vida, com fa-
lhas e com limitações de muito
género, que me envergonham,
quando vejo leigos a fazerem
muito mais do que eu poderia e
devia fazer...
Creio que podemos e deve-
mos lutar para que possamos fa-
zer mais pela Igreja, onde conti-
nuamos integrados e também
pelos homens e mulheres que
lutam pela justiça social e por
uma vida mais digna e mais de
acordo com a mensagem de
CRISTO.
Ainda não perdi a esperan-
ça de voltar a exercer o Sacer-
dócio por inteiro, com a abertu-
ra destepapa Francisco esua mi-
(continuação da pág.5)
Testemunho sericórdia que muito bem apre-
goa..., mas casado e com filhos
e netos dos meus casamentos.
Enquanto isso não for possível,
tentarei ser sacerdote na Socie-
dade, isto é "ponte entre os que
podem e os que nada podem e
não têm voz".
Felicito-os, mais uma vez,
pelo vosso trabalho e luta, sem
medos e sem complexos. Somos
quem somos, com orgulho...
A minha solidariedade e
amizade.
Com votos de muitas felici-
dades e da melhor compreensão.
Um abraço fraterno do co-
lega, sempre junto de vós, como
o mais pequeno de todos.
Justino Santos
43º ENCONTRO NACIONAL
Data: 27 a 29 de Abril de 2017
Local: Casa Nª Srª do Carmo – Fátima
Tema: Laudato Si’
Orientadores: Dr. Francisco Ferreira | frei Lopes Morgado, OFM Cap
Inscrições: Secretariado da Fraternitas até ao dia 12 de Abril
A temática escolhida é de grande actualidade e pertinência: que mundo vamos deixar
às gerações seguintes? como podemos (e devemos) cuidar da Casa Comum? Por outro
lado, aos orientadores é sobejamente reconhecida competência e qualidade, de que
todos podemos largamente aproveitar.
Lembramos que, durante este Encontro, terá lugar a Assembleia Geral da FRATERNITAS
Movimento, no Domingo de manhã.
Contando com todos, pedimos o favor de também irem divulgando e motivando para
esta iniciativa do nosso Movimento que está aberta a não Associados.
7. mento@gmail.com página oficial na Internet: http://fraternitasmovimento.blogspot.com NIF: 504 602 136 IBAN: PT50 0033 0000 4521 8426 660 05
DOSSIER
Assumiu publicamente que
tem uma filha e não quer aban-
donar o exercício pastoral.
Ouvi o que disse o seu bis-
po, D. António Carrilho. Penso
que foi sensato e não alardeou
poder especial em querer
condená-lo. Concordo plena-
mente com ele. “Quem nunca
pecou que atire a primeira pe-
dra”. O povo de Deus, a que to-
dos pertencemos, perdoou-lhe,
porque precisa dele e tem por ele
muita estima. É um sacerdote
novo com muito para dar à Igre-
ja de Deus. O Direito Canónico
todos sabemos o que diz. Cum-
pri-lo por vezes torna-se proble-
mático. As coisas acontecem e
a carne é fraca e está sujeita a
tentações de todo o género. Foi
o queaconteceu com o nosso co-
lega. Assumir a paternidade é
uma obrigação e esta tem de es-
tar em ligação com a mãe, que
vai ser, com toda a certeza,quem
vai assumir com a maior respon-
sabilidade a educação daquela
criança. Esta não vai chamar ao
pai, como antigamente aconte-
cia,padrinho.Jáassumiu,tem de
assumir até ao fim.
A minha opinião era o Bis-
po falar com o Papa, sempre
aberto à compreensão e miseri-
córdia, como autêntico servo de
Cristo Jesus, de Quem é o maior
representante na terra. Por outro
lado é o Bispo de Roma, neste
caso igual ao Bispo Carrilho, do
Funchal. O Papa é o PRIMUS
INTER PARES.Todos os bispos
devem obediência ao Papa. En-
tão era dar um grande passo em
frente e autorizar que ele, se qui-
ser, possa celebrar o Matrimó-
nio com a mãe da criança. O Bis-
po precisa dele, a igreja militan-
te aceita e compreende e o San-
to Padre que tanto fala na mise-
ricórdia divina, quem somos nós
para duvidar, e abria-se desta
maneira a primeira porta para a
abolição do celibato obrigatório,
que como tal não é nada superi-
or a ser um pai afetivo e carinho-
so a tratar duma criança que por
amor foi gerada.
Temos de estar abertos a
novas experiências, a Igreja tem
de crescer em amor, compreen-
são, bondade e misericórdia. É
tempo deir em frente efazermos
alguma coisa. O celibato é um
carisma, mas, como tal, não é
mais que qualquer sacramento.
Concordo com as declarações
que ouvi do Sr. Cardeal Patriar-
ca de Lisboa, mas os tempos são
outros, as coisas mudam e nós
Povo de Deus misericordioso
temos necessidade de fazer pro-
gressos e não estarmos agarra-
dosa tradições obsoletas e indig-
nas de uma sociedade livre e
consciente. Dentro das igrejas
cristãs somos a única a manter o
celibato obrigatório. Já não faz
sentido...
Haja alguma coragem e as
coisas poderão mudar para bem
de todos os que pensam livre-
mente.
Serafim de Sousa,
sacerdote casado.
(17/11/2017)
Sobre o caso do Padre da Madeira
8. Mesa da 2ª Sessão: Jorge Wemans, Francisco S. Monteiro e
Serafim Sousa (da esquerda para a direita).
DOSSIER
O meu pequeno texto não
passadeum desabafo. Estou far-
to e agoniado.
Agoniou-me, ultimamente,
a participação em duas entrevis-
tas de alguns clérigos, bem iden-
tificados pelo seu colarinho
branco, defensores acérrimos da
lei do celibato obrigatório. Ad-
mirei o "padre" que, ao reconhe-
cer a paternidade da sua filha
recém-nascida, deixou de ser
"padre" e se tornou verdadeira-
mente padre (pai).
Os profissionais de colari-
nho branco deixaram a Bíblia e
os Direitos do Homem nas es-
tantes e acenaram com o Códi-
go do Direito Canónico e o Ca-
tecismo da Igreja Católica.
Agoniou-me a sua prestação
quer beata quer falsamente joco-
sa, sem graça nenhuma. Tenho
de tomar alka seltzer depois de
ver ou ouvir estes clérigos cuja
Teologia não foi "abensonhada"
(segundo Mia Couto) pelo Vati-
cano II. Jorge Ribeiro teve mo-
mentos altos (quando corrigiu
linguagem teológica ou falou da
importânciadafamília: pai/mãe/
filho). Isto não passa realmente
de um desabafo. Talvez escreva
mais.
Antonino Mendonça
[antonino.mendonca@gmail.com]
(18.12.2017)
Desabafo
Quando se discute apenas o
que deve fazer o padre que re-
conheceu a paternidade da sua
filha, há o perigo de cedermos
ao clericalismo, pondo o padre,
sempre o padre, no centro das
opiniões. Não é apenas o padre
que está em questão. É também
a mulher a quem engravidou e,
sobretudo, a criança de quem é
pai. Não quero julgar o padre
nem o seu celibato. Quem se jul-
gue inocente atire a primeira pe-
dra, previne Jesus. O que quero
é que quem tenha opinião pen-
se, mesmo que seja cardeal, na
mãe e na filha, que não perde-
ram o direito ao seu bem-estar.
São tão pessoas como o padre-
pai, celebre ou não missa.
Rui Osório
[in: https://www.facebook.com/
rui.osorio.33/posts/]
O padre, a mãe
e a filha
O aspecto do clericalismo
por oposição ao eclesial já o pu-
semosem destaque na nossacar-
ta ao Papa Francisco.
Quando, no programa IN-
TERESSE PÚBLICO, na RTP
Madeira, do dia 15 de Novem-
bro passado, citei o episódio da
adúltera e o Nem eu te conde-
no,salienteio que unsversículos
adiante (Jo 8:15) Jesus diz: Eu
não julgo ninguém. Muitos di-
zem que Deus perdoa, a Igreja
também e que eles também, mas
continuam a atirar as pedras da
vida dupla, etc. No entanto es-
quecem-se de:
“O que quero é que quem tenha
opinião pense, mesmo que seja
cardeal, na mãe e na filha, que
não perderam o direito ao seu
bem-estar.Sãotão pessoas como
o padre-pai, celebre ou não mis-
sa.”
ODireitoCanónico também
esquece. O Direito Canónico
prevalece aos Evangelhos.
É interessante o que é dito:
que o problema deve ser resol-
vido entre o Bispo do Funchal e
o Padre.Excelente monopólio!!!
Muito eclesial???
Jorge Ribeiro
Eclesial?
9. Mas a omissão é também o
grande pecado contra os pobres.
Como poderemos então, concre-
tamente agradar a Deus? Os gos-
tos do Senhor, encontramo-los,
logo a seguir no Evangelho:
"Sempre que fizestes isto a um
destes meus irmãos mais
pequeninos a Mim o fizestes"
(Mt 25,40). Estes irmãos mais
pequeninos, seus predilectos,
são o faminto e o doente, o es-
trangeiro e o recluso, o pobre e
o abandonado, o doente semaju-
da e o necessitado descartado.
Nos seus rostos, podemos ima-
ginar impresso o rosto d'Ele; nos
seus lábios, mesmo se fechados
pela dor, as palavras d'Ele: "Isto
é o meu Corpo" (Mt 26, 26). No
pobre, Jesus bate à porta do nos-
so coração e sedento, pede-nos
amor. Quando vencemos a indi-
ferençae, emnome de Jesus, nos
gastamospelosseus irmãosmais
pequeninos somos seus amigos
bons e fieis, com quem ele gos-
ta de Se demorar. Deus tem isso
em grandeapreço.Para nósé um
dever evangélico cuidar dos po-
bres que são a nossa verdadeira
riqueza. O que investimos em
amor permanece, o resto desa-
parece. Podemos perguntar-nos:
"Para mim, o que conta na vida?
Onde invisto? Diante de nós está
esta escolha: viver para ter na
terra ou dar para ganhar o Céu?
Com efeito, para o Céu não vale
o que se tem, mas o que se dá e
"quemamontoaparasinãoérico
em relação a Deus" (cf. Lc 12,
21). O Senhor, que tem compai-
xão das nossas pobrezas e nos
reveste dos seus talentos, nos
concede a sabedoria de procurar
o quecontae a coragem deamar,
não com palavras, mas com
obras.
Asabedoriapopularlembra-
-nos:
Tenho uma viagem marcada,
Mas quando parto não sei.
Do que tenho não levo nada;
Só levo aquilo que dei.
E, assim, chegamos à nossa
opção pelo atendimento dos pre-
sos quesão "dosmais pobres dos
pobres", a quem visitamos regu-
larmente e apoiamos através da
"CONFIAR - Associação de
Fraternidade Prisional - P.F./
PORTUGAL", fundada em 28
de Outubro de 1999.
Regra geral, o preso é mais
conhecido pelo número que lhe
foi atribuído na prisão do que
pelo seu próprio nome, o que se
transforma com o tempo, numa
verdadeira indignidade, haven-
do casos tanto no país como no
estrangeiro, de reclusos que se
esqueceram do seu nome e não
reagiramquando oouviram.Tra-
ta-se de uma perda que revela a
falta de um tratamento de recu-
peração da personalidade com
vista à desejável futura inclusão
social. Importa que o preso seja
reabilitado em todo o sentido da
palavra, para voltar à sociedade
e ao seu agregado familiar que
tanto sofre com a sua ausência e
evitar a reincidência no crime. É
neste mundo difícil que a CON-
FIAR está trabalhando há quase
20 anos, com fé e esforço, sem
nunca perder a esperança de um
resultado feliz e continuado.
II O meu nomeO
é José!O
Concluimos, neste número, o testemunho iniciado no boletim
anterior que o autor teve a gentileza de nos remeter, a propósito
da sua participação e temática no II Encontro Ecuménico,
realizado em Novembro de 2017.
José Sousa Mendes
03/12/2017
10. TESOURARIA
Pagamento de quotas
O Movimento tem, como fonte financeira, exclusivamente a quotização dos seus Associados.
Por isso, pedimos o favor de cada Associado pagar a sua quota, se possível, no 1º trimestre
de cada ano.
Recordamos os valores em vigor: CASAL (30,00€); SINGULAR (20,00€); VIÚVA (5,00€). Claro que à
generosidade de cada um ninguém deve pôr limites. E o FUNDO DE PARTILHA agradece.
Todos os assuntos de tesouraria devem ser endereçados para o tesoureiro José Alves
Rodrigues
Rua Campinho Verde, 15 = 4505-249 FIÃES VFR | Telf: 220 815 616 / Tlmv: 966 404 997
Conta para depósitos ou transferências bancárias:
IBAN PT50 0033 0000 4521 8426 660 05 (Millennium BCP)
Durante o longo mandato do
cardeal Ratzinger, manifes-
tou-se [a Congregação para a
Doutrina da Fé], em nome de
Deus, uma instituição esteri-
lizante do pensamento livre
na Igreja. Terá de ser substi-
tuída por uma instância que
estimule a criatividade
cultural da fé cristã, em
diálogo com as expressões
do pensamento laico e inter-
religioso. A fé católica dá
muito que pensar e realizar
como liturgia, estética e ética
no respeito e apreço pela
investigação científica. Tem
de ser uma fé em processo
permanente de inculturação.
Isto não significa que vale
tudo. Significa que os cris-
tãos têm de desenvolver uma
atitude de mútua escuta e
mútua interpelação. A Igreja,
hoje, conta, a nível local e
global, com competências
em todos os ramos de vida
humana e de inteligência da
fé, que precisam de ser
activadas.
É lamentável o desemprego
eclesial dos cristãos, mulhe-
res e homens.
Bento Domingues
in Público (09-07-2017)
O desemprego eclesial dos cristãos
Quiseram fazer do Vaticano
e das suas Cúrias o lugar do
depósito da Fé. Esta não é
um depósito, é o caminho do
mundo, como Evangelho da
Alegria. É sintomático que o
Papa Francisco surja, simul-
taneamente, com um progra-
ma de reforma da Cúria e
com um programa de Igreja
de saída, para todas as
periferias. Talvez seja o
mesmo.
Bento Domingues
in Público (04-06-2017)
O Espírito sopra
onde quer
11. In Memoriam...
JOSÉ ALVES CARNEIRO
1930 - 2017
18 de Dezembro
cio ao Pai. Vemos, com verdade,
completar-se em nós “o que falta
à paixão de Cristo”.
Entre outros, importa referir:
· O João Simão voltou a ter ne-
cessidade de internamento hos-
pitalar, situação em queainda se
mantém, com agravamento ge-
ral.
b r e v e s . . .
EM PROVAÇÃO:
A doença vai-nos acompanhan-
do. Neste tempo quaresmal, de
caminhadapara aPáscoa, faz-nos
certamentesentir maisunidos aos
que sofrem e a Jesus Cristo, que
por nós Se ofereceu em sacrifí-
Foi com tristeza que recebe-
mos esta notícia nas vésperas de
Natal.
Este nosso colega e amigo
foi um dos fundadores do Movi-
mento Fraternitas. Trabalhou
incansavelmente na elaboração
dos Estatutos que haviam de dar
origem a esta causa, onde mui-
tos sacerdotes casados de Portu-
gal se haviam de inscrever, jun-
tamente com suas esposas eami-
gos. Este movimento foi apro-
vado canonicamente pela CEP.
Desde então saímos da clandes-
tinidade, para não dizer mesmo
marginalização quase completa
por parte da hierarquia eclesiás-
tica. Ainda bem que há pessoas
de coragem e valor.
Pois bem este nosso amigo
era natural do Cando da fregue-
sia de Valdanta, concelho de
Chaves,distritoe diocese deVila
Dr. José Alves Carneiro partiu para junto do Pai
principalmente nas festas de Ve-
rão. Era homem de uma imagi-
nação fora do comum, tinha um
discurso brilhante e encantava
todos quantos tinham oportuni-
dade de o ouvir. Foi meu paro-
quiano esemprenos entendemos
muito bem,masnunca tive opor-
tunidade de o escutar, a não ser
nas aulas que me deu e de que
gostei muito. Quis o destino que
nos encontrássemos mais tarde
no movimento Fraternitas.Dei-
xou-nos muita saudade e senti-
mos a sua perda como algo de
insubstituível.
Paz à tua alma e lembra-te
de nós junto do Pai.
José SerafimSousa
(Associado nº 11)
Real. Nasceu em 25-08-1930 e
veio a falecer em 18-12-2017.
Casou com a Dra. Margarida, de
Oliveira do Hospital, do distrito
de Aveiro, em 1977. Formou-se
em Direito Canónico em Roma
e em Direito Civil pela Univer-
sidadedeLisboa.Na diocesedeu
algumas aulas, nomeadamente
deAção Católica e veio para Lis-
boa bastante cedo, porque a
diocese nunca foi capaz de o
aproveitar muito bem. Em Lis-
boa, e já depois de casado, deu
aulas de Filosofia e Direito nos
Liceus de Passos Manuel,
Queluz e Amadora. Tinha ainda
um escritório de advocacia na
cidadedeAmadora.Tiveramtrês
filhos e eram um casal feliz.
Enquanto esteve na diocese
deVilaReal,tornou-semuito co-
nhecido pelas pregações que fa-
zia, um pouco por todo o lado,
Perseverantes e unidos na ora-
ção por todos.
NETO:
O Joaquim Soares está feliz com
onascimento, em Novembropas-
sado, de mais um neto, o Hugo
Filipe.
Parabéns aos pais e muitas feli-
cidades para o pimpolho.
12. Rua Dr. Sá Carneiro, 182 - 1º Dtº
3700-254 S. JOÃO DA MADEIRA
e-mail: espiral.fraternitas@gmail.com
boletim de
fr a t er n it a s m o v im en t o
Responsável: Alberto Osório de Castro
Nº 65 - Janeiro/Março de 2018
Ainda perdura o encontro de Gaia… Reminis-
cências, em balanço... Gostei! Já o disse e repito.
Houve novidade!
Teve pontos altos. Luz nova nas bodas de
Caná (Jo 2,1 e ss.) Há muito, aquela passagem
me deixava interrogações insuperáveis. “O que
tem isso a ver contigo…” Sempre nos disseram
que foi o primeiro milagre de Jesus e acentuavam
que foi por intervenção de Maria. Esta interpreta-
ção, embora certa, não colhia totalmente o meu
assentimento. Achava aquela frase uma resposta
fria!...
Pois encontrei paz! Afinal, “Mulher, ainda não
chegou aminhahora” pode ser umdistanciamento
deJesus.Ele afirma-se como Salvador.Tem cons-
ciência do que quer e do que O espera. Distancia-
se de Maria! Jesus intervém segundo os seus cri-
tériose no momento que jul-
ga oportuno. E Maria deve
esperar: intervém, mas não
interfere. Jesus tem uma
missão. Maria tem de des-
cobrir esse Jesus, o Salva-
dor, e de se converter, inte-
grando-se nessa missão. É
talvez o primeiro passo para se tornar a Mãe de
todos os crentes.
Surpreendente! Outro momento de abertura
foi “Fazei isto em memória de mim!” É uma frase-
-chave. É o centro da Eucaristia. Só que a frase
não pode nem deve ser desligada de todo o con-
texto. “Fazei isto…” não é um gesto, uma atitude,
mas um comportamento. É o resumo de toda a
vida de Jesus: Seu nascimento, milagres, Sua Pa-
lavra — tudo está resumido em “Fazei isto…” Je-
sus não faz magia. O pão testemunha a partilha,
que foitoda a vidade Jesus. Emvida, naSua vida,
Jesus foi um homem comido. Comeram-n’O os ju-
deus nas diversas situações que O procuraram,
todas e todos que com Ele se cruzaram: pastores,
Nicodemos, Apóstolos, discípulos, miraculados,
soldados, políticos... Desde o nascimento até ao
Calvário, Jesusé homemcomido!. Portanto, oepi-
sódio da última ceia é apenas a ocasião de con-
sumar, de forma plena, o que foi partido e reparti-
do ao longo da vida.
Em Emaús, os discípulos reconheceram-n’O
na fração do pão. Como
foi isso? Apenas temos a
certeza do comportamen-
to dos discípulos: pés a
caminho e voltam a Jeru-
salém. Descanso? For-
ças? Que energia! “Não
nos ardia o coração…?”
(Lc 24, 32) — testemunham.
Refontalizar… é a palavra adequada. Temos
de voltar às fontes. Descobrir como foi o procedi-
mentodosqueconviveramcomJesus.OSeucom-
portamento é chave! Corremos o risco de fazer-
mos uma leitura conceituosa, esquecendo que o
Evangelho é Boa Nova, é vida testemunhada, par-
tilhada. Uma leitura da "Amoris Laetitia" preci-
sa-se…
J. Soares
(Associado Nº 72)
“Fazei isto…”
Páscoa!Ressurreição!Vidanova!
Novoolhar,esperançarenovada!
A Direcção da Fraternitas Movi-
mento augura a todos os
Associados(as),respectivasfamí-
lias e amigos, e a todos os leito-
resdo ,umaviênciades-
te tempo ao ritmo do Deus vivo,
SenhordaHistória,AlfaeOmega
dacriação,paraQuemtudocon-
verge.