Maria - desvendados mensagens e misterios

MARIA
-
Desvendando mensagens e mistérios
HBG; Rebelva, 23 de janeiro de 2015

MARIA
- Desvendando mensagens e mistérios
ESTRUTURA DA PALESTRA
I. ORIGENS DE MARIA
II. MARIA NA VIDA DE JESUS
III. DEPOIS DA PARTIDA DO CRISTO
IV. SER MÃE DE UM MUNDO
V. CANTEMOS EM NOSSOS CORAÇÕES
. A solidão;
. No lar de João;
. A preparação para a tarefa espiritual;
. A missão após o desencarne.
. A virgindade de Maria;
. Início da devoção;
. Episódios da mocidade de Jesus;
. Compreensão da missão do Cristo;
. A presença na crucificação.
. Referências;
. Infância.
2

MARIA
O nome "Maria" vem do grego Μαρίας, sendi o nome original em
aramaico Maryām.
Maria, a mãe de Jesus, é chamada pelo nome cerca de vinte vezes no
Novo Testamento:
O Evangelho de Lucas menciona Maria frequentemente em relação
aos outros evangelhos, identificando-a pelo nome doze vezes, todas
elas na narrativa da infância (Lucas I:27,30,34,38,39,41,46,56 e Lucas
II:5,16,19,34);
O Evangelho de Mateus menciona seu nome por cinco vezes, quatro
delas na narrativa da infância (Mateus I:16,18,20, Mateus II:11) e
apenas uma vez fora deste período (Mateus XIII:55);
O Evangelho de Marcos cita Maria apenas uma vez (Marcos VI:3) e a
menciona como a mãe de Jesus, sem nomeá-la, em Marcos III:31.
In http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_%28m%C3%A3e_de_Jesus%29
ORIGENS DE MARIA
- Referências
3

MARIA
O Evangelho de João refere Maria duas vezes, descrevendo-a como
mãe de Jesus, mas não a menciona pelo nome. Ela é vista pela
primeira vez nas bodas de Canã da Galileia (João II:1-12), um evento
que só é mencionado neste evangelho. A segunda referência em João,
também exclusiva deste evangelho, descreve a mãe de Jesus junto à
cruz com o "discípulo amado" (João XIX:25-26);
No livro dos Atos, escrito segundo Lucas, Maria e os irmãos de Jesus
são mencionados na companhia dos onze apóstolos, que estavam
reunidos no cenáculo, depois da ascensão (Atos I:14).
No livro do Apocalipse (Apocalipse XII:1-6), João não identifica
explicitamente a "mulher vestida de sol" como Maria de Nazaré. No
entanto, alguns estudiosos fizeram essa conexão, outros interpretam a
"mulher vestida do sol" como a Igreja instituída por Deus.
ORIGENS DE MARIA
- Referências

MARIA
Maria, segundo a tradição, seria
proveniente de uma família humilde
da localidade de Nazaré, sendo seu
pai Joaquim e sua mãe Ana.
Cfr. os textos apócrifos Evangelho do
nascimento de Maria e Protoevangelho de
Tiago.
Joana (de Cuza) seria sua irmã e
Isabel (mãe de João o Batista), sua
prima.
De acordo com o costume judaico, aos três anos Maria teria sido
apresentada no Templo de Jerusalém, onde terá permanecido até os
doze anos, quando terá morrido seu pai. Mudou-se então para Nazaré,
onde morava José. Três anos depois realizar-se-iam os esponsais.
Jesus foi o filho primogénito de Maria, desconhecendo-se se os Seus
irmãos seriam também filhos de Maria, ou somente de José.
ORIGENS DE MARIA
- Infância

MARIA
O mito da virgindade de Maria, tem origem no texto profético de
Isaías (Isaías; VII:14) que é citado por Mateus (Mateus; I:23).
Na tradução do texto grego feita por Haroldo Dias, surge a seguinte
redação:
“Eis que a virgem conceberá (ou terá no ventre) e dará à luz
um filho, e o chamarão pelo nome de Emmanuel, que traduzido
é ‘Deus connosco’ ”.
Em Lucas temos a seguinte narrativa:
“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma
cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida
em casamento a um homem chamado José, da casa de David; o
nome da virgem era Maria.”
MARIA NA VIDA DE JESUS
- A virgindade de Maria

MARIA
“Dirigindo-se a ela, disse: “Alegra-te, agraciada, o Senhor está
contigo.” Ela perturbou-se intensamente com a fala, e
ponderava que espécie de saudação seria essa. Disse-lhe,
porém, o Anjo: “Não temas, Maria, pois encontraste graça junto
de Deus. Eis que conceberás no ventre e darás à luz um filho, a
quem chamarás pelo nome de Jesus.”
“Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo e o Senhor
Deus vai dar-lhe o trono de David, seu pai; reinará na casa de
Jacó para sempre e o seu reinado não terá fim. Maria, porém,
disse ao Anjo: “Como será isto, visto que não conheço homem?”
Em resposta o Anjo lhe disse: “o Espírito Santo virá sobre ti e o
poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra.” (Lucas; I: 26)

MARIA
Depreendeu-se deste texto que
Maria teria concebido de forma
não natural.
À partida, três hipóteses
podem ser levantadas:
- A narrativa é verdadeira mas
a tradução tem erros;
- A narrativa não é legítima;
- A narrativa e tradução são
válidas.

MARIA
A narrativa é verdadeira mas a tradução tem erros?
No texto de Mateus a palavra hebraica utilizada é ‘almah. Os judeus
esclarecem que a tradução por “virgem”, conforme está em Isaías (VII:
14), não é a ideia original do versículo. Eles esclarecem que o sentido
da palavra é de “juventude” e não “virgindade”.
(Cfr. Theological Dictionary of the New Testament).
Será razoável que Lucas reafirme várias vezes a virgindade sexual de
Maria, ou simplesmente a tratava no texto como “a jovem Maria”?
Concluamos que, no mínimo, existem dúvidas acerca da tradução do
hebraico para o grego.

MARIA
A narrativa não é legítima?
Acerca deste facto extraordinário,
absolutamente sobrenatural, para
além das passagens de Mateus e
Lucas, cujas traduções
apresentam dúvidas, que
informação podemos colher dos
textos de Marcos, João ou das
cartas de Paulo?
- Nada! Absolutamente nada!
Numa época em que os sinais eram fundamentais para se afirmar o
poder dos profetas, este não seria relevante?
- Se não consta em outros textos, devemos questionar a sua
veracidade.

MARIA
A narrativa foi adulterada?
As comunicações espirituais de carácter fidedigno (Emmanuel,
Humberto de Campos ou Amélia Rodrigues), nunca comentaram tal
passagem.
Kardec, sobre esta questão, também nunca teceu qualquer reflexão.
Se não existe tal comprovação nas demais narrativas, ou a tradução
está errada, ou o texto original foi adulterado.
Interroguemo-nos porque existiria tal adulteração.

MARIA
A narrativa foi adulterada?
No Concílio de Niceia, ficou
estabelecido que:
- Jesus é simultaneamente
divino e humano; e
- Jesus foi concebido de forma
virginal.
O debate entre o pensamento
docético (defendia que o corpo
de Jesus Cristo era uma ilusão
- materialização) e os seus
opositores, obrigou a uma
solução de compromisso.
Só a manutenção do dogma da virgindade de Maria, permitia à doutrina
católica livrá-la do pecado original, transversal a todas as mulheres.

MARIA
A devoção cristã a Maria mostra sinais
evidentes no início do século II e antecede
o surgimento de um sistema específico
litúrgico mariano no século V. No Credo de
Niceia (constituído no Primeiro Concílio de
Niceia, em 325) a Igreja referia-se a Jesus
como o próprio Deus.
No Egito, a veneração a Maria começou no
século III e o termo Theotokos (Mãe de
Deus) foi usado por Orígenes (o pai da
Igreja de Alexandria).
ORIGENS DE MARIA
- Início da devoção
Posteriormente, no Primeiro Concílio de Éfeso, realizado na Igreja de
Maria (edifício com 100 anos) em 431, o dogma Theotokos foi
proclamado. Esta doutrina é aceite por algumas das principais tradições
cristãs.

MARIA
Maria e o Profeta – Catacumba de Priscila em
Roma (Século III)
Essa é a imagem mais antiga preservada de
Maria, retratada numa pintura no cemitério de
Priscila na Via Salaria. Datado da primeira
metade do século III, mostra Maria de joelhos
com Jesus diante de um profeta, apontando
para uma estrela para se referir a previsão
messiânica. Acredita-se que antes do Concílio
de Éfeso todas essas representações tiveram
um significado cristológico.
In
http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apolo
getica/imagens/541-o-uso-das-imagens-no-cristianismo-
primitivo
ORIGENS DE MARIA
- Início da devoção

MARIA
Jesus, sabemo-lo, desde a sua infância
que ofertava a todos carinho fraterno.
Desde viajantes miseráveis até
criminosos publicamente conhecidos, a
todos já o Cristo, em tenra idade, trazia
ao lar para lhes providenciar os
recursos necessários.
Sempre de extrema correção para com
seus pais, somente os surpreendia
MARIA ACOMPANHANDO A VIDA DE JESUS
- Episódios da mocidade de Jesus
pelo excesso de saber e de bondade, pela caridade lúcida e
fundamentada nas tradições religiosas, e nunca por atos de rebeldia
irrefletida.
Tais cenas são recordadas por Maria, na derradeira hora do Salvador.

MARIA
Maria nem sempre terá tido lucidez
absoluta acerca da missão do Cristo. Ela
confessa a sua inquietação a Isabel, sua
prima, por temer pelo excesso de bondade
e ingenuidade que seu filho aparenta
durante a infância. Exemplo disto é o
episódio do desaparecimento de Jesus
durante a Páscoa do seu 13.ºaniversário,
quando ele se detem com os doutores da
lei em debates extensos nos templos.
- Compreensão da missão do Cristo
Encontramo-la, por fim, a questionar-se, por amor e não por rebeldia,
acerca das causas do sofrimento de seu Filho na hora extrema da cruz.
Ele que tantos havia socorrido sem nada receber em troca, e agora, por
esses mesmos, era injustamente atraiçoado.

MARIA
Enquanto Maria relembrava todos
estes episódios ao velar por Jesus já
crucificado, surge João. É após
receber um abraço deste que o
Cristo, no auge das suas forças,
responde a um último apelo
maternal:
-“Mãe, eis aí teu filho!... e dirigindo-
se, de modo especial, com um leve
- A presença na crucificação
-aceno, ao apóstolo, disse:
- Filho, eis aí tua mãe!”
Com esta lição o Mestre ensinava o amor universal como sublime
coroamento de sua obra.
Maria seria a Mãe de todos os Homens, e todos os Homens deveriam
ser seus filhos e, por isso, irmãos.

MARIA
DEPOIS DA PARTIDA DO CRISTO
- A solidão
Após a separação dos discípulos, depois
das aparições do Cristo, Maria regressa
para Bethania onde é acolhida por
parentes. Os anos seguintes não são
felizes:
-Em Jerusalém os cristãos digladiam-se
entre si, na definição do próximo líder e
do caminho a propor para os adeptos
vindouros, para além das contendas
incessantes e perigosas com os Judeus.
-Na Galileia os antigos cenáculos por onde Jesus tinha espalhado a sua
mensagem de tolerância, humildade e amor, estavam agora abandonados;
-E na própria localidade de Bethania, uma tola pretensão à aristocracia
espiritual, por ali estarem as raízes de José e da própria Maria, conduzia
às mesmas discussões entre os seguidores do Evangelho do Amor.

MARIA
- A solidão
A sua vida era então passada a
relembrar com imensa saudade
e minúcia o passado feliz:
- Seu filho pequenino a ser
recebido nos braços maternais;
Seu coração sensível e
generoso já na infância, sempre
disposto a auxiliar no próprio
lar, encerrado em paredes
simples mas de um ambiente de
luz abençoada.
E ocasionalmente recordava-se de receber, em sonhos de esperança, a
promessa de felicidade trazida por seu Filho.

MARIA
Anos volvidos, João O Evangelista
viaja a Bethania para reencontrar
Maria de Nazaré, propondo-lhe o
regresso de ambos para o seu retiro
em Éfeso, dando cumprimento à
vontade de Jesus.
João tinha estado a divulgar o
Evangelho por terras da atual Turquia,
até que um dos membros da família
real lhe havia ofertado uma casa
pobre a 15 quilómetros a sul de Éfeso.
- No lar de João
O apóstolo propõe a Maria que tornem este lar num refúgio para os
desamparados, ofertando-lhes o pão da fé através do ensino das
verdades do Evangelho. Maria aceita a proposta.

MARIA
A casa de João em Éfeso, volvidas
algumas semanas, tinha-se
transformado em local de
assembleias adoráveis, onde as
recordações do Messias eram
cultivadas por espíritos humildes e
sinceros, aproveitando Maria para
exteriorizar as lembranças que
durante tanto tempo tinha
guardado para si, e que agora tão
bem faziam a tantos.
- No lar de João
A presença de Maria por aquelas paragens, mais até do que do próprio
João, proporcionava a todos os sofredores um clarão de esperança
impar. Boa Nova: 30

MARIA
Maria retoma novamente a preparação para a tarefa espiritual que
todos lhe reconhecemos hoje, abraçando, em grande parte só, a
tarefa de consolo e socorro aos necessitados.
João deslocava-se para a cidade, pregando nos templos locais a
verdade cristã; a Maria cabia permanecer no lar atendendo a quem a
visitava com úlceras e necessidades.
A “Casa da Santíssima”, designação atribuída à residência de João e
Maria por um leproso que ali tinha encontrado o alívio de suas
feridas, proporcionava o carinho maternal que aquela mãe universal
se proponha a ofertar em contínuo, e ao mesmo tempo o
esclarecimento dos conceitos religiosos trazido por João.
- A preparação para a tarefa espiritual

MARIA
Doentes, idosos e mães
infortunadas, todos lhe
chamavam de Mãe, o que
proporcionava a Maria uma
imensa alegria, acompanhada
que se sentia sempre pelas
reminiscências de seu Filho.
O tempo foi passando
sereno, até que lhe chegam
as notícias das primeiras
perseguições de que os
cristãos são alvo na capital
romana.

MARIA
Perante tais narrações, Maria de Nazaré entrega-se à oração,
rogando a Deus por todos quantos se deparassem em tal angústia,
apenas porque não renunciavam ao amor de seu Filho.
Durante tais meditações chega a seu lar um pedinte que, através
dos comentários que com ela troca acerca das bem-aventuranças e
da saudade do passado, a surpreende profundamente.
Esse pedinte descobre-se e revela-se Jesus, endereçando-lhe
prontamente o convite:
-“Minha mãe, vem a meus braços”.

MARIA
Maria comove-se ainda mais profundamente ao
perceber os ferimentos que ainda estavam
patentes nas mãos e pés do Cristo e, quando
se prepara para se ajoelhar perante Ele para O
confortar, é Jesus quem se ajoelha a seus pés e
lhe confessa:
- “Sim, minha mãe, sou eu! ... Venho buscar-te
pois meu Pai quer que sejas no meu reino a
Rainha dos Anjos...”
- Maria terá cambaleado, e ainda que seu
espírito pretendesse exprimir a enorme
felicidade e profundo agradecimento por
tamanho testemunho, seu corpo começava a
paralisar, escutando quase que somente os
ecos suaves da saudação dos anjos.

MARIA
João foi chamado por dois emissários à
cidade de Éfeso, mas à sua chegada Maria
já não falava, desencarnando horas
depois.
Nos instantes seguintes, seu espírito
encontra-se cercado por extensas
multidões de entidades evangélicas,
brindando-a com hinos de glorificação.
Desejou visitar os locais na Galiléia onde
havia partilhado a infância e mocidade de
seu Filho, e quando toda a caravana
espiritual se propunha a partir,
- A missão após o desencarne
Maria lembrou-se dos discípulos perseguidos, e desejou abraçar
aqueles ainda demorados na Terra no cumprimento de suas tarefas
reencarnatórias, e que naquele instante atravessavam por momentos
de imensa provação e temor.

MARIA
Através deste pensamento, um novo
impulso é imprimido às multidões
espirituais que a cercavam, e em poucos
instantes toda a comitiva pairava sobre
os mármores romanos, seus patrícios,
escravos e, finalmente, sobre as centenas
de cristãos que se encontravam
aprisionados nos escuros calabouços, a
quem sofrimentos atrozes eram infligidos.
- A missão após o desencarne
Maria aproxima-se e, um a um, partilhando de suas angústias e
endereçando-lhes suas preces, inunda seus corações de confiança.
Consciente de que tornar o jugo de cada um mais leve, era contrariar a
Lei de Deus, inspira ao ouvido de uma jovem encarcerada para que
cante com bom ânimo, convertendo “as nossas dores da Terra em
alegrias para o Céu.”

MARIA
SER MÃE DE UM MUNDO
Sem que a prisioneira suspeitasse o que acontecia, de olhos extasiados
contemplando o céu, dá voz a rimas de júbilo e esperança, envoltas
em canto melodioso que inexplicavelmente passa a ser acompanhado
por centenas de outras vozes encarceradas.
A caravana de Maria seguiu então para junto de Jesus, e desde esse
dia, nos momentos mais duros, os discípulos do Messias cantam na
Terra como forma de exprimirem o seu bom ânimo e a sua alegria,
suave herança da “Mãe Santíssima”.

MARIA
SER MÃE DE UM MUNDO
Maria, sabe-se, chamou a si a
tarefa de socorro dos mais
necessitados, os prisioneiros dos
vales das sombras em geral e os
suicidas em particular.
São várias as instituições com
seu nome como a “Legião dos
Servos de Maria”, que empreende
expedições às regiões umbralinas
a fim de resgatar espíritos em
condições de serem assistidos em outro local, ou o “Hospital Maria de
Nazaré”, que procede à referida assistência.

HBG; Rebelva, 23 de Janeiro de 2015
“... irmãos meus, quando ouvirdes o cântico nos templos das diversas famílias
religiosas do Cristianismo, não vos esqueçais de fazer, no coração, um brando
silêncio, para que a Rosa Mística de Nazaré espalhe aí o seu perfume!”
Boa Nova: 30
CANTEMOS COM NOSSOS CORAÇÕES

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