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Breve História da Teologia Mariana
Em largos traços, podemos dizer que o primeiro milênio do cristianismo gestou uma reflexão
sobre Maria no conjunto da fé cristã e da teologia. Ou seja, não havia mariologia como tratado
separado. Nos primeiros séculos, durante a patrística, encontramos homilias sobre Jesus nas quais
se fazem referência a Maria. Surgem histórias “piedosas” de Maria, como o Proto- evangelho de
Tiago (provavelmente, início do século III) e Vida de Maria, do monge Epifânio, que facilmente se
espalharam. A preocupação central está em Jesus, na sua humanidade e divindade. E justamente das
polêmicas cristológicas é que brotam os dogmas da maternidade da virgindade de Maria.
A idade média presencia o crescimento da piedade marial, que culmina com o Tratado da Santíssima
Virgem, de São Bernardo de Claraval (1153). Interessante notar que no grande teólogo Santo Tomás
de Aquino não há um tratado de mariologia, nem na Suma Teológica, nem em outros escritos. Na
mesma época, no Oriente, encontramos uma rica iconografia mariana e hinos litúrgicos. O
culto vai à frente da teologia. Fala-se de Maria de uma forma mais simbólica do que dogmática. No
Ocidente, muitas pinturas e esculturas marianas se multiplicam a partir do renascimento.
A mariologia sistemática surge na Idade Moderna. No século XVI, a reforma protestante, ao
centrar-se na salvação em Cristo, promove um corte radical na devoção aos santos e, sobretudo,
Maria. Em alguns lugares, destroem-se imagens e pinturas dos santos e de Maria. Em reação, a
Contra-reforma católica retoma com mais vigor a figura de Maria, em contexto polêmico. Fortalece
o culto a Maria separada da pessoa de Jesus. O primeiro tratado mariano é elaborado por Francisco
Suarez (1584). E o termo “mariologia” foi cunhado por Plácido Nígido em 1602. A partir daí criou-
se uma mariologia “dos privilégios”. Ou seja, tratava-se de mostrar o que Deus concedeu a
Maria que a fez ser melhor que os outros seres humanos. De acordo com a escolástica, usa-se
do método dedutivo e do silogismo, acrescidos de argumentos de conveniência. Eles
funcionavam assim: “Deus podia; convinha que fizesse; então fez”. Por exemplo: Deus, que é
todo-poderoso, podia criar uma filha que não fosse manchada pelo pecado
original. Ora, convinha que ele fizesse isso, em vista da obra redentora de Cristo.
Então, Deus concedeu a Maria o privilégio da Imaculada Conceição.
Contra o iluminismo e o império da razão moderna, autônoma, antirreligiosa e
antieclesiástica, cresce, nos séculos XVIII e XIX, uma mariologia devocional, de cunho
afetivo, na qual se misturam elementos simbólicos e racionais. Nesta linha, São
Luiz Maria Grignion de Montfort (1716), no Tratado da verdadeira devoção à
Santíssima Virgem, n. 76, relembra que Maria é a rainha do céu e da terra. Citando
Santo Anselmo, São Bernardo e São Boaventura, chega a dizer que “ao poder de Deus
tudo é submisso, até a Virgem; ao poder da Virgem, tudo é submisso, até Deus”. Esta
é a tendência dominante: uma mariologia triunfalista e maximalista, dizendo que
para Maria não há limites, nunca é demais exaltá-la. Em latim, De Maria nunquam satis.
A proclamação dos dogmas da Imaculada Conceição (1854) e da Assunção (1950)
aumentou ainda mais a “euforia mariana”. Já se preparava um novo dogma,
provavelmente de Maria corredentora.
Essa onda começou a baixar por volta dos anos 60 do século XX. Os movimentos
de renovação da Igreja, que culminaram no Concílio Vaticano II, vão em direção
contrária à mariologia da época. Os movimentos bíblico e patrístico, com a “volta às
fontes”, pedem uma maior centralidade na pessoa de Jesus, questionando uma visão
de Maria desvinculada da cristologia. O movimento ecumênico propõe uma
relativização de alguns elementos católicos, em favor do núcleo comum às Igrejas
cristãs. A renovação dogmática inicia uma releitura dos dogmas, a partir da Bíblia,
desmontando a mariologia armada somente sobre argumentos da tradição. A
mentalidade antropocêntrica, que coloca o ser humano no centro do pensamento,
questiona uma Maria “endeusada”, sem história e sem contexto.
O Concílio Vaticano II inseriu Maria no Capítulo VIII do documento Lumen Gentium.
Situou Maria no mistério de Cristo e da Igreja, e não num tratado à parte, como
queriam os grupos conservadores. Na década de 1970, a devoção e a teologia marianas
entraram numa crise sem precedentes. Chegou-se ao extremo de um “minimalismo
mariano” ao se afirmar: “Já se falou demais sobre Maria, agora é hora de calar”. Com
a entrada do pensamento moderno na Teologia, vêm também as suspeitas sobre a
figura de Maria, de natureza psicológica, sociocultural, religiosa e política. A retomada
da mariologia acontece após essa crise.
Atualmente, a reflexão sobre Maria, que chamamos mariologia, expressa a pluralidade
do mundo e suas culturas. De um lado, há trabalhos recentes, bem fundamentados,
sobre Maria na Bíblia, que constituem um importante campo de diálogo com outras
igrejas cristãs. Pessoas egrupos desenvolvem pesquisas sobre Maria no diálogo
inter-religioso, com o islamismo, o judaísmo, os cultos afro-americanos e a
religiosidade esotérica pós-moderna. Somam-se à contribuição da Teologia da
Libertação, da teologia Feminista e da ecoteologia. Busca-se um paradigma
abrangente, um modelo de compreensão capaz de organizar, com sentido, os dados da
Bíblia, do culto e do dogma a respeito de Maria. Cresce também uma teologia mística
marial, centrada em Jesus e na Trindade, que visa a balizar a peregrinação
espiritual de homens e mulheres. De outro lado, reaviva-se a mariologia de privilégios,
o maximalismo mariano, a devoção proselitista, moralista, de caráter dogmatista. É
neste mar bravio do conflito de interpretações que o teólogo ousa elaborar sua
mariologia. Não é uma tarefa fácil.
Algumas considerações prévias:
- Jesus, o Cristo é a mensagem central do Novo Testamento;
- É preciso assumir uma atitude interpretativa, abandonando uma visão ingênua ou
uma leitura literal;
- Cada referência a Maria precisa ser contextualizada;
- O Evangelho é Boa Notícia para a atualidade; ilumina a experiência cristã
contemporânea;
- A importância de Maria foi sendo descoberta pela comunidade cristã passo a passo;
Maria no novo testamento – visão geral
“Marcos coloca Maria no meio dos familiares de Jesus, sem dizer nada sobre ela. Já
Mateus apresenta Maria como a mãe virginal do Messias, muito unida a seu filho, mas
também não cita nenhuma atitude especial dessa mulher. Cabe a Lucas e a João o
mérito de mostrar as qualidades humanas e espirituais de Maria [...]. E, por fim, o livro
do Apocalipse apresenta Maria como imagem da comunidade cristã, que experimenta
nesse mundo o sofrimento, a perseguição, mas também a glória e a vitória do
ressuscitado.” (Maria, toda de Deus e tão humana, Murad, p. 22)
Maria nos evangelhos sinóticos Primeira e perfeita discípula, tipo da fé Maria no
Evangelho segundo Marcos:
- Mc 3, 20-21.31-35 | Mc 6, 1-6; | Mc 15, 40s-16,1s
- Marcos nada diz sobre qualidades humanas e espirituais de Maria; ela está
posta entre os familiares, cujo conflito é evidenciado para ressaltar a liberdade
necessária ao serviço do Reino; em Marcos já aparece o tema dos irmãos de Jesus.
Maria no Evangelho segundo Mateus:
- Mt 1, 1-17 | - Mt 1, 18-25 | - Mt 2
- Mt 12, 46-50 | - Mt 13, 53-58
- Mateus apresenta Maria como mãe virginal de Jesus; mostra Maria como mãe
associada ao destino do filho; o conflito familiar é atenuado; Maria não diz nada, e
nada se diz de algum gesto que revele sua pessoa.
Maria no Evangelho segundo Lucas:
- Lc 1, 26-38 | Lc 1, 39-45 | Lc 1, 46-56 | Lc 2, 1-19 | Lc 2, 21-35 | Lc 2, 39-52 | Lc 8, 21;
11,
27-28; 23, 49 | At 1, 13s; 2, 1
- Lucas nos apresenta muitas características de Maria: é exemplo do discípulo e seguidor
de Jesus, que acolhe a Palavra de Deus com fé, guarda e medita no coração, pondo-
a em prática, dando bons frutos; o sim de Maria se renova muitas vezes no correr da
vida; Maria resume em si o ser humano em construção, aberto a Deus, tocado pelo
Espírito Santo, cultivando um coração solidário;
Maria nos escritos joaninos
Mãe da comunidade
Maria no Evangelho segundo João:
- Jo 2, 1-11 | Jo 19, 25-27
- Em Caná, Maria se caracteriza como a discípula-mãe, que leva os servidores a
realizar o que Jesus lhes diz. O sinal de Caná abre-nos à revelação de Jesus como o
“melhor vinho”; o sinal suscita a fé dos discípulos e, a partir de Caná, se constitui uma
comunidade reunida em torno de Jesus. Maria tem uma atuação discreta e firme. No
relato da cruz, aparentemente, não há uma ação direta de Maria. Sua presença
sinaliza o amor que persevera, que permanece. É apresentada ao discípulo amado
como a mãe da comunidade; é o momento solene de uma acolhida recíproca: a mãe
acolhe o filho, o filho acolhe a mãe.
Maria no Evangelho segundo Apocalipse e em outros escritos bíblicos:
- Ap 12, 1-17 | Gl 4, 4| Gn 3, 15 | Is 7, 14-16
- Ct 6, 10 | Jd 13, 18 | Sb 8 | Sl 45, 11s
Com certeza, os textos bíblicos explicitamente escritos a respeito de Maria se encontram
nos Evangelhos. No livro do Apocalipse, pode-se atribuir uma interpretação mariana,
mas que é secundária na intenção do autor. Outros textos atribuídos a Maria são
resultado de interpretação posterior, maioria servindo-se do recurso da alegoria
(não são textos
originalmente mariais). Devemos guiar-nos com cuidado na liturgia e na catequese
para evitar um discurso exagerado sobre Maria sem a devida fundamentação na
Escritura Sagrada.
- MATERNIDADE DIVINA DE
MARIA
Concílio de Éfeso; ano 431
- VIRGINDADE PERPÉTUA
II Concílio de Constantinopla; ano
553
- IMACULADA CONCEIÇÃO
Papa Pio IX, 8.12.1854; Bula Inefabilis
Deus
- ASSUNÇÃO AOS CÉUS
Papa Pio XII, 01.11.1950;
Bula
Munificentissimus Deus
Importante iniciar percebendo uma divisão prévia no elenco dos dogmas marianos e
considerar:
- Há dois dogmas formulados nos primeiros séculos, definidos em Concílio
ecumênicos, cuja centralidade temática girava em torno da pessoa de Jesus; estes são
dogmas com fundamentação bíblica mais consistente e explícita.
- Há dois dogmas formulados mais “recentemente”, nos últimos séculos, definidos
por papas apartir de Bulas papais cuja temática aprofundam verdades sobre a vida de
Maria, sua concepção e sua consumação; estes são dogmas com fundamentação da
tradição da fé e no magistério da Igreja, apenas indiretamente fundamentados nas
Escrituras.
O dogma da maternidade divina de Maria surgiu no seio da discussão sobre a
humanidade e divindade de Jesus. A questão fundamental não estava centrada em
Maria, mas trouxe consequências para a teologia mariana.
O que está por trás do dogma?
O bispo Nestório (e os nestorianos) | escola teológica de Antioquia: a humanidade e a
divindade de jesus, embora estivessem na mesma pessoa, eram bem delimitadas; assim,
Maria só poderia ser denominada “mãe de Cristo”, e não “mãe do Filho de Deus”.
São Cirilo, bispo | escola teológica de Alexandria: “as naturezas (humana e divina) se
juntam em verdadeira unidade, e ambas resultam um só Cristo e Filho. [...] Pois não
nasceu primeiramente um homem comum da Santa Virgem, e depois desceu sobre ele
o Verbo de Deus. Mas sim, unido desde o seio materno, se diz que se submeteu a
nascimento carnal, como quem faz seu nascimento da própria carne. [...] Desta
maneira, os santos padres não tiveram receio de chamar ‘Mãe de Deus’ à Santa
Virgem Maria”
O que diz o dogma?
- Concílio de Éfeso 431 | “Deus é, segundo a verdade, o Emanuel, e por isso a Santa
Virgem é
mãe de Deus, pois deu à luz carnalmente ao Verbo de Deus feito carne”;
- Concílio de Calcedônia 451 | para evitar o erro de entender que Maria fosse Mãe da
Trindade o concílio diz que ela é “mãe de Deus segundo a humanidade”, ou seja, ela é
mãe do Filho de Deus encarnado.
Dimensões do dogma
Teologia do dogma | Qual a relação de Maria com o Deus-comunidade da Trindade?
Maria não “entra” na Trindade, não se torna deusa. Como Deus-Trindade se revela e se
põe em relação com todos nós, com Maria nesta relação ganha nuances especiais: filha
predileta de Deus-Pai, figura humana de seu amor criador; mão, educadora, discípula
e companheira de Deus-Filho; dócil eacolhedora de Deus-Espírito, ela é um templo
vivo.
Antropologia do dogma | a dimensão humana da generatividade é marcada pela
dinâmica em que a vida em nós é gerada (cuidada, transmitida, nutrida) e em que
também nós geramos vida (damos à luz, cuidamos, ensinamos, anunciamos); trata-se de
um caminho de transformação das relações pela dialética da maternidade.
Dimensão existencial | Maria é figura da mãe amorosa, que ama sem reter, que é
educadora de
Jesus e, depois, se torna discípula d’Ele e mãe da comunidade.
O que nos ensina para o diálogo ecumênico?
Há que se partir do que se tem em comum – Maria é a theotókos, a Mãe de Deus –
a saber, amaternidade divina de Maria, para encontrar o equilíbrio quanto ao que se
chama “maternidade espiritual” dos cristãos. Preferível a falar de “mediação”, é
melhor considerar serviço ou acompanhamento materno.
Foi definido em 553 no II Concílio de Constantinopla
O Filho [...] desceu do céu e encarnou-se da (na) Santa, altamente celebrada, Mãe
de Deus (Theotókos) e sempre Virgem Maria.
O dogma da virgindade de Maria diz que:
a) Maria virgem concebeu Jesus por ação do Espírito Santo, sem ter relações
sexuais com José;
b) Maria fez uma opção celibatária por toda a vida;
c) O parto de Jesus encerra uma iniciativa gratuita e extraordinária de Deus
em gerar de modo novo.
• Entre concepções diversas, destaca-se a compreensão de que a concepção
virginal é um símbolo real, ou seja, é um fato, mas transcendo a si mesmo, possuindo
uma significação mais profunda. Sua mensagem principal não seria de cunho sexual,
mas cristológica – na encarnação do Verbo está uma realidade transformada, uma
completa novidade para a humanidade.
• A opção celibatária de Maria é sustentada pela Tradição da Igreja, ou seja,
sermões, orações, hinos litúrgicos, cartas e outros depoimentos.
• A virgindade no parto apresenta mais problemas por ter se sustentado desde o
apócrifo “Proto-Evangelho de Tiago”; este aspecto do dogma deve ser interpretado
metafórico- simbolicamente.
Sentidos diversos do dogma da virgindade de Maria
Cristológico – Jesus é um ser verdadeiramente novo
Salvífico – Deus escolhe meios pobres (o corpo de uma mulher virgem) para realizar
a salvação
Existencial – Maria consagrou sua existência total a Deus
Antropológico – diante de Deus a pessoa humana é terreno virgem, pleno de
possibilidades, onde tudo pode acontecer.
O que diz o dogma?
A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria foi preservada imune de toda
a mancha da culpa original no primeiro instante da sua concepção, por singular graça
e privilégio de Deus onipotente, em atenção aos méritos de Cristo Jesus Salvador do
gênero humano, está revelada por Deus e deve ser, portanto, firme e constantemente
crida por todos os fiéis...
Bula Inefabilis Deus, 8.12.1854
Uma convicção de compreensão paulatina
Do paralelismo da patrística entre Eva e Maria, passando pela compreensão
medieval de que Maria teria sido purificada do pecado original até a radicalização do
debate com os reformadores.
Um horizonte bíblico
[...] Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e íntegros,
diante dele, no amor (Ef 1,4)
Antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já te conhecia [...], eu te consagrei [...] (Jr 1,5)
Desde o seio materno o Senhor me chamou (Is 49,1)
Como por Adão entrou o pecado no mundo, por Cristo veio a redenção (Rm, 5)
O que diz o dogma?
“Definimos ser dogma divinamente revelado: que a Imaculada Mãe de Deus,
sempre Virgem Maria, cumprindo o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e
alma à glória celestial” Munificentissimus Deus
Quais as fundamentações?
- Ausência dos relatos sobre o fim da vida de Maria e ausência de registros
sobre sue sepultamento;
- Antiga devoção à festa do Trânsito ou Dormição de Nossa Senhora (séc IV);
- Relação com as consequências necessárias da compreensão do dogma da
Imaculada Conceição;
- Associação ao destino do Filho.
Ao final da reflexão acerca dos dogmas marianos, vale considerar uma reflexão que
articula asverdades neles contidas com aspectos mais amplos da teologia cristã:
- IMACULADA CONCEIÇÃO: em íntima relação com o Pai, uma
criatura redimida –
Teologia da Criação e Antropologia teológica
- VIRGINDADE e MATERNIDADE DIVINA: em íntima relação com o
Espírito, uma existência agraciada que colabora com a redenção, tornando-se vida
totalmente doada por amor – Pneumatologia e Teologia da missão
- ASSUNÇÃO DE MARIA: em íntima relação com o Filho, participação na
glória de sua ressurreição – Cristologia e Soteriologia
Estas são apenas menções de relações mais amplas que podem, por um lado, ser
aprofundadas e melhor explicitadas e, por outro, encontrar ressonância em outras
verdades da fé que a Igreja professa, vive e celebra.

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  • 1. Breve História da Teologia Mariana Em largos traços, podemos dizer que o primeiro milênio do cristianismo gestou uma reflexão sobre Maria no conjunto da fé cristã e da teologia. Ou seja, não havia mariologia como tratado separado. Nos primeiros séculos, durante a patrística, encontramos homilias sobre Jesus nas quais se fazem referência a Maria. Surgem histórias “piedosas” de Maria, como o Proto- evangelho de Tiago (provavelmente, início do século III) e Vida de Maria, do monge Epifânio, que facilmente se espalharam. A preocupação central está em Jesus, na sua humanidade e divindade. E justamente das polêmicas cristológicas é que brotam os dogmas da maternidade da virgindade de Maria. A idade média presencia o crescimento da piedade marial, que culmina com o Tratado da Santíssima Virgem, de São Bernardo de Claraval (1153). Interessante notar que no grande teólogo Santo Tomás de Aquino não há um tratado de mariologia, nem na Suma Teológica, nem em outros escritos. Na mesma época, no Oriente, encontramos uma rica iconografia mariana e hinos litúrgicos. O culto vai à frente da teologia. Fala-se de Maria de uma forma mais simbólica do que dogmática. No Ocidente, muitas pinturas e esculturas marianas se multiplicam a partir do renascimento. A mariologia sistemática surge na Idade Moderna. No século XVI, a reforma protestante, ao centrar-se na salvação em Cristo, promove um corte radical na devoção aos santos e, sobretudo, Maria. Em alguns lugares, destroem-se imagens e pinturas dos santos e de Maria. Em reação, a Contra-reforma católica retoma com mais vigor a figura de Maria, em contexto polêmico. Fortalece o culto a Maria separada da pessoa de Jesus. O primeiro tratado mariano é elaborado por Francisco Suarez (1584). E o termo “mariologia” foi cunhado por Plácido Nígido em 1602. A partir daí criou- se uma mariologia “dos privilégios”. Ou seja, tratava-se de mostrar o que Deus concedeu a Maria que a fez ser melhor que os outros seres humanos. De acordo com a escolástica, usa-se do método dedutivo e do silogismo, acrescidos de argumentos de conveniência. Eles
  • 2. funcionavam assim: “Deus podia; convinha que fizesse; então fez”. Por exemplo: Deus, que é todo-poderoso, podia criar uma filha que não fosse manchada pelo pecado
  • 3. original. Ora, convinha que ele fizesse isso, em vista da obra redentora de Cristo. Então, Deus concedeu a Maria o privilégio da Imaculada Conceição. Contra o iluminismo e o império da razão moderna, autônoma, antirreligiosa e antieclesiástica, cresce, nos séculos XVIII e XIX, uma mariologia devocional, de cunho afetivo, na qual se misturam elementos simbólicos e racionais. Nesta linha, São Luiz Maria Grignion de Montfort (1716), no Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, n. 76, relembra que Maria é a rainha do céu e da terra. Citando Santo Anselmo, São Bernardo e São Boaventura, chega a dizer que “ao poder de Deus tudo é submisso, até a Virgem; ao poder da Virgem, tudo é submisso, até Deus”. Esta é a tendência dominante: uma mariologia triunfalista e maximalista, dizendo que para Maria não há limites, nunca é demais exaltá-la. Em latim, De Maria nunquam satis. A proclamação dos dogmas da Imaculada Conceição (1854) e da Assunção (1950) aumentou ainda mais a “euforia mariana”. Já se preparava um novo dogma, provavelmente de Maria corredentora. Essa onda começou a baixar por volta dos anos 60 do século XX. Os movimentos de renovação da Igreja, que culminaram no Concílio Vaticano II, vão em direção contrária à mariologia da época. Os movimentos bíblico e patrístico, com a “volta às fontes”, pedem uma maior centralidade na pessoa de Jesus, questionando uma visão de Maria desvinculada da cristologia. O movimento ecumênico propõe uma relativização de alguns elementos católicos, em favor do núcleo comum às Igrejas cristãs. A renovação dogmática inicia uma releitura dos dogmas, a partir da Bíblia, desmontando a mariologia armada somente sobre argumentos da tradição. A mentalidade antropocêntrica, que coloca o ser humano no centro do pensamento, questiona uma Maria “endeusada”, sem história e sem contexto.
  • 4. O Concílio Vaticano II inseriu Maria no Capítulo VIII do documento Lumen Gentium. Situou Maria no mistério de Cristo e da Igreja, e não num tratado à parte, como queriam os grupos conservadores. Na década de 1970, a devoção e a teologia marianas entraram numa crise sem precedentes. Chegou-se ao extremo de um “minimalismo mariano” ao se afirmar: “Já se falou demais sobre Maria, agora é hora de calar”. Com a entrada do pensamento moderno na Teologia, vêm também as suspeitas sobre a figura de Maria, de natureza psicológica, sociocultural, religiosa e política. A retomada da mariologia acontece após essa crise. Atualmente, a reflexão sobre Maria, que chamamos mariologia, expressa a pluralidade do mundo e suas culturas. De um lado, há trabalhos recentes, bem fundamentados, sobre Maria na Bíblia, que constituem um importante campo de diálogo com outras igrejas cristãs. Pessoas egrupos desenvolvem pesquisas sobre Maria no diálogo inter-religioso, com o islamismo, o judaísmo, os cultos afro-americanos e a religiosidade esotérica pós-moderna. Somam-se à contribuição da Teologia da Libertação, da teologia Feminista e da ecoteologia. Busca-se um paradigma abrangente, um modelo de compreensão capaz de organizar, com sentido, os dados da Bíblia, do culto e do dogma a respeito de Maria. Cresce também uma teologia mística marial, centrada em Jesus e na Trindade, que visa a balizar a peregrinação espiritual de homens e mulheres. De outro lado, reaviva-se a mariologia de privilégios, o maximalismo mariano, a devoção proselitista, moralista, de caráter dogmatista. É neste mar bravio do conflito de interpretações que o teólogo ousa elaborar sua mariologia. Não é uma tarefa fácil. Algumas considerações prévias:
  • 5. - Jesus, o Cristo é a mensagem central do Novo Testamento; - É preciso assumir uma atitude interpretativa, abandonando uma visão ingênua ou uma leitura literal; - Cada referência a Maria precisa ser contextualizada; - O Evangelho é Boa Notícia para a atualidade; ilumina a experiência cristã contemporânea; - A importância de Maria foi sendo descoberta pela comunidade cristã passo a passo;
  • 6. Maria no novo testamento – visão geral “Marcos coloca Maria no meio dos familiares de Jesus, sem dizer nada sobre ela. Já Mateus apresenta Maria como a mãe virginal do Messias, muito unida a seu filho, mas também não cita nenhuma atitude especial dessa mulher. Cabe a Lucas e a João o mérito de mostrar as qualidades humanas e espirituais de Maria [...]. E, por fim, o livro do Apocalipse apresenta Maria como imagem da comunidade cristã, que experimenta nesse mundo o sofrimento, a perseguição, mas também a glória e a vitória do ressuscitado.” (Maria, toda de Deus e tão humana, Murad, p. 22) Maria nos evangelhos sinóticos Primeira e perfeita discípula, tipo da fé Maria no Evangelho segundo Marcos: - Mc 3, 20-21.31-35 | Mc 6, 1-6; | Mc 15, 40s-16,1s - Marcos nada diz sobre qualidades humanas e espirituais de Maria; ela está posta entre os familiares, cujo conflito é evidenciado para ressaltar a liberdade necessária ao serviço do Reino; em Marcos já aparece o tema dos irmãos de Jesus. Maria no Evangelho segundo Mateus: - Mt 1, 1-17 | - Mt 1, 18-25 | - Mt 2 - Mt 12, 46-50 | - Mt 13, 53-58 - Mateus apresenta Maria como mãe virginal de Jesus; mostra Maria como mãe associada ao destino do filho; o conflito familiar é atenuado; Maria não diz nada, e nada se diz de algum gesto que revele sua pessoa. Maria no Evangelho segundo Lucas: - Lc 1, 26-38 | Lc 1, 39-45 | Lc 1, 46-56 | Lc 2, 1-19 | Lc 2, 21-35 | Lc 2, 39-52 | Lc 8, 21; 11, 27-28; 23, 49 | At 1, 13s; 2, 1
  • 7. - Lucas nos apresenta muitas características de Maria: é exemplo do discípulo e seguidor de Jesus, que acolhe a Palavra de Deus com fé, guarda e medita no coração, pondo- a em prática, dando bons frutos; o sim de Maria se renova muitas vezes no correr da vida; Maria resume em si o ser humano em construção, aberto a Deus, tocado pelo Espírito Santo, cultivando um coração solidário; Maria nos escritos joaninos Mãe da comunidade Maria no Evangelho segundo João: - Jo 2, 1-11 | Jo 19, 25-27 - Em Caná, Maria se caracteriza como a discípula-mãe, que leva os servidores a realizar o que Jesus lhes diz. O sinal de Caná abre-nos à revelação de Jesus como o “melhor vinho”; o sinal suscita a fé dos discípulos e, a partir de Caná, se constitui uma comunidade reunida em torno de Jesus. Maria tem uma atuação discreta e firme. No relato da cruz, aparentemente, não há uma ação direta de Maria. Sua presença sinaliza o amor que persevera, que permanece. É apresentada ao discípulo amado como a mãe da comunidade; é o momento solene de uma acolhida recíproca: a mãe acolhe o filho, o filho acolhe a mãe. Maria no Evangelho segundo Apocalipse e em outros escritos bíblicos: - Ap 12, 1-17 | Gl 4, 4| Gn 3, 15 | Is 7, 14-16 - Ct 6, 10 | Jd 13, 18 | Sb 8 | Sl 45, 11s Com certeza, os textos bíblicos explicitamente escritos a respeito de Maria se encontram nos Evangelhos. No livro do Apocalipse, pode-se atribuir uma interpretação mariana, mas que é secundária na intenção do autor. Outros textos atribuídos a Maria são
  • 8. resultado de interpretação posterior, maioria servindo-se do recurso da alegoria (não são textos
  • 9. originalmente mariais). Devemos guiar-nos com cuidado na liturgia e na catequese para evitar um discurso exagerado sobre Maria sem a devida fundamentação na Escritura Sagrada. - MATERNIDADE DIVINA DE MARIA Concílio de Éfeso; ano 431 - VIRGINDADE PERPÉTUA II Concílio de Constantinopla; ano 553 - IMACULADA CONCEIÇÃO Papa Pio IX, 8.12.1854; Bula Inefabilis Deus - ASSUNÇÃO AOS CÉUS Papa Pio XII, 01.11.1950; Bula Munificentissimus Deus Importante iniciar percebendo uma divisão prévia no elenco dos dogmas marianos e considerar: - Há dois dogmas formulados nos primeiros séculos, definidos em Concílio ecumênicos, cuja centralidade temática girava em torno da pessoa de Jesus; estes são dogmas com fundamentação bíblica mais consistente e explícita. - Há dois dogmas formulados mais “recentemente”, nos últimos séculos, definidos por papas apartir de Bulas papais cuja temática aprofundam verdades sobre a vida de Maria, sua concepção e sua consumação; estes são dogmas com fundamentação da
  • 10. tradição da fé e no magistério da Igreja, apenas indiretamente fundamentados nas Escrituras. O dogma da maternidade divina de Maria surgiu no seio da discussão sobre a humanidade e divindade de Jesus. A questão fundamental não estava centrada em Maria, mas trouxe consequências para a teologia mariana. O que está por trás do dogma? O bispo Nestório (e os nestorianos) | escola teológica de Antioquia: a humanidade e a divindade de jesus, embora estivessem na mesma pessoa, eram bem delimitadas; assim, Maria só poderia ser denominada “mãe de Cristo”, e não “mãe do Filho de Deus”. São Cirilo, bispo | escola teológica de Alexandria: “as naturezas (humana e divina) se juntam em verdadeira unidade, e ambas resultam um só Cristo e Filho. [...] Pois não nasceu primeiramente um homem comum da Santa Virgem, e depois desceu sobre ele o Verbo de Deus. Mas sim, unido desde o seio materno, se diz que se submeteu a nascimento carnal, como quem faz seu nascimento da própria carne. [...] Desta maneira, os santos padres não tiveram receio de chamar ‘Mãe de Deus’ à Santa Virgem Maria” O que diz o dogma? - Concílio de Éfeso 431 | “Deus é, segundo a verdade, o Emanuel, e por isso a Santa Virgem é mãe de Deus, pois deu à luz carnalmente ao Verbo de Deus feito carne”;
  • 11. - Concílio de Calcedônia 451 | para evitar o erro de entender que Maria fosse Mãe da Trindade o concílio diz que ela é “mãe de Deus segundo a humanidade”, ou seja, ela é mãe do Filho de Deus encarnado. Dimensões do dogma Teologia do dogma | Qual a relação de Maria com o Deus-comunidade da Trindade? Maria não “entra” na Trindade, não se torna deusa. Como Deus-Trindade se revela e se põe em relação com todos nós, com Maria nesta relação ganha nuances especiais: filha predileta de Deus-Pai, figura humana de seu amor criador; mão, educadora, discípula e companheira de Deus-Filho; dócil eacolhedora de Deus-Espírito, ela é um templo vivo.
  • 12. Antropologia do dogma | a dimensão humana da generatividade é marcada pela dinâmica em que a vida em nós é gerada (cuidada, transmitida, nutrida) e em que também nós geramos vida (damos à luz, cuidamos, ensinamos, anunciamos); trata-se de um caminho de transformação das relações pela dialética da maternidade. Dimensão existencial | Maria é figura da mãe amorosa, que ama sem reter, que é educadora de Jesus e, depois, se torna discípula d’Ele e mãe da comunidade. O que nos ensina para o diálogo ecumênico? Há que se partir do que se tem em comum – Maria é a theotókos, a Mãe de Deus – a saber, amaternidade divina de Maria, para encontrar o equilíbrio quanto ao que se chama “maternidade espiritual” dos cristãos. Preferível a falar de “mediação”, é melhor considerar serviço ou acompanhamento materno. Foi definido em 553 no II Concílio de Constantinopla O Filho [...] desceu do céu e encarnou-se da (na) Santa, altamente celebrada, Mãe de Deus (Theotókos) e sempre Virgem Maria. O dogma da virgindade de Maria diz que: a) Maria virgem concebeu Jesus por ação do Espírito Santo, sem ter relações sexuais com José; b) Maria fez uma opção celibatária por toda a vida; c) O parto de Jesus encerra uma iniciativa gratuita e extraordinária de Deus em gerar de modo novo.
  • 13. • Entre concepções diversas, destaca-se a compreensão de que a concepção virginal é um símbolo real, ou seja, é um fato, mas transcendo a si mesmo, possuindo uma significação mais profunda. Sua mensagem principal não seria de cunho sexual, mas cristológica – na encarnação do Verbo está uma realidade transformada, uma completa novidade para a humanidade. • A opção celibatária de Maria é sustentada pela Tradição da Igreja, ou seja, sermões, orações, hinos litúrgicos, cartas e outros depoimentos. • A virgindade no parto apresenta mais problemas por ter se sustentado desde o apócrifo “Proto-Evangelho de Tiago”; este aspecto do dogma deve ser interpretado metafórico- simbolicamente. Sentidos diversos do dogma da virgindade de Maria Cristológico – Jesus é um ser verdadeiramente novo Salvífico – Deus escolhe meios pobres (o corpo de uma mulher virgem) para realizar a salvação Existencial – Maria consagrou sua existência total a Deus Antropológico – diante de Deus a pessoa humana é terreno virgem, pleno de possibilidades, onde tudo pode acontecer. O que diz o dogma? A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria foi preservada imune de toda a mancha da culpa original no primeiro instante da sua concepção, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em atenção aos méritos de Cristo Jesus Salvador do
  • 14. gênero humano, está revelada por Deus e deve ser, portanto, firme e constantemente crida por todos os fiéis... Bula Inefabilis Deus, 8.12.1854
  • 15. Uma convicção de compreensão paulatina Do paralelismo da patrística entre Eva e Maria, passando pela compreensão medieval de que Maria teria sido purificada do pecado original até a radicalização do debate com os reformadores. Um horizonte bíblico [...] Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e íntegros, diante dele, no amor (Ef 1,4) Antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já te conhecia [...], eu te consagrei [...] (Jr 1,5) Desde o seio materno o Senhor me chamou (Is 49,1) Como por Adão entrou o pecado no mundo, por Cristo veio a redenção (Rm, 5) O que diz o dogma? “Definimos ser dogma divinamente revelado: que a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, cumprindo o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial” Munificentissimus Deus Quais as fundamentações? - Ausência dos relatos sobre o fim da vida de Maria e ausência de registros sobre sue sepultamento; - Antiga devoção à festa do Trânsito ou Dormição de Nossa Senhora (séc IV); - Relação com as consequências necessárias da compreensão do dogma da Imaculada Conceição; - Associação ao destino do Filho.
  • 16. Ao final da reflexão acerca dos dogmas marianos, vale considerar uma reflexão que articula asverdades neles contidas com aspectos mais amplos da teologia cristã: - IMACULADA CONCEIÇÃO: em íntima relação com o Pai, uma criatura redimida – Teologia da Criação e Antropologia teológica - VIRGINDADE e MATERNIDADE DIVINA: em íntima relação com o Espírito, uma existência agraciada que colabora com a redenção, tornando-se vida totalmente doada por amor – Pneumatologia e Teologia da missão - ASSUNÇÃO DE MARIA: em íntima relação com o Filho, participação na glória de sua ressurreição – Cristologia e Soteriologia Estas são apenas menções de relações mais amplas que podem, por um lado, ser aprofundadas e melhor explicitadas e, por outro, encontrar ressonância em outras verdades da fé que a Igreja professa, vive e celebra.