3. Definição
⎖ Qualidade de quem é maledicente
(Que ou quem costuma falar mal
dos outros)
⎖ Acto de dizer mal = difamação,
murmuração
https://www.priberam.pt/dlpo/
4. Conceitos
⎖ A maledicência é um tóxico sutil que pode conduzir […] a imensos
disparates.
⎖ Quem sorva semelhante veneno
é, acima de tudo, servo da tolice,
mas sabemos, igualmente, que
muitos desses tolos estão a um
passo de grandes desventuras
íntimas.
Fonte Viva | cap. 151
5. Conceitos
⎖ É a cultura de inutilidade em solo apodrecido
⎖ Maldizer significa destruir
⎖ O maledicente é o atormentado que se debate nas lavas da
própria inferioridade
Lampadário Espírita | Cap. 30
6. “Irmãos, não faleis mal uns dos outros.
Quem fala mal de um irmão, fala mal da lei e julga a lei e,
se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.”
(Tiago, 4:11)
7. Maledicente
⎖ Deixam escapar todo o fel envenenado que lhes transborda do
íntimo
⎖ Enxergam apenas os defeitos, os pontos frágeis e as zonas
enfermiças das pessoas de boa-vontade
⎖ Tecem longos comentários no exame de úlceras alheias, ao
invés de curá-las
⎖ Eliminam precioso tempo em palestras compridas e ferinas,
enegrecendo as intenções dos outros
Fonte Viva | cap. 51
8. Maledicente
⎖ Sobrecarregam a imaginação de quadros deprimentes, nos
domínios da suspeita e da intemperança mental
⎖ Queixam-se de tudo e de todos
⎖ Projetam emanações entorpecentes de má-fé, estendendo o
desânimo e a desconfiança contra a prosperidade da
santificação, por onde passam, crestando as flores da esperança
e aniquilando os frutos imaturos da caridade
Fonte Viva | cap. 51
9. “… Porque a sua boca fala o de que está cheio o coração”
(Lucas, 6:45 / Mateus, 12:34)
10. A palavra
⎖ Instrumento valioso é a palavra, doação divina, para o
elevado ministério do intercâmbio entre os homens
⎖ A palavra, não poucas vezes, se converte em:
⎖ estilete da impiedade,
⎖ em lâmina da maledicência,
⎖ em bisturi da revolta e
⎖ golpeia às cegas ao império das torpes paixões
Convites da Vida | cap. 35
11. A palavra
⎖ A palavra útil […] será sempre uma luz no quadro que vives.
Fonte Viva | cap. 151
⎖ Palavra delituosa → fermento de incompreensão → epidemia
de maledicência → apontamentos ingratos → calúnia →
observações impróprias → discórdia, perturbação, desânimo e
enfermidade → conflitos e desvarios → aflição e ruína, guerra
e morte. Instruções Psicofónicas| cap. 9
12. “O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem
mau do mau tesouro tira coisas más.
Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de
dar conta no dia do juízo.
Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás
condenado.”
(Mateus, 12:35-37)
13. Onde começa?
⎖ A maledicência começa na palavra do reproche inoportuno.
Convites da Vida | cap. 35
14. É repreensível notar as
imperfeições dos outros?
⎖ Tudo depende da intenção. [...] O erro está no fazer-se que a
observação redunde em detrimento do próximo,
desacreditando-o, sem necessidade, na opinião geral
⎖ Dá-se inteiramente o contrário quando, estendendo sobre o mal
um véu, para que o público não o veja, aquele que note os
defeitos do próximo o faça em seu proveito pessoal, isto é, para
se exercitar em evitar o que reprova nos outros
O Evangelho Segundo o Espiritismo | cap. 10
15. ⎖ Incorrerá em grande culpa, se o fizer para os criticar e divulgar, porque será
faltar com a caridade
⎖ Se o fizer, para tirar daí proveito, para evitá-los, tal estudo poderá ser-lhe de
alguma utilidade. Importa, porém, não esquecer que a indulgência para
com os defeitos de outrem é uma das virtudes contidas na caridade
⎖ Antes de censurardes as imperfeições dos outros, vede se de vós não poderão
dizer o mesmo. Tratai, pois, de possuir as qualidades opostas aos defeitos que
criticais no vosso semelhante
O Livro dos Espíritos | Q903
É repreensível notar as
imperfeições dos outros?
16. “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe,
mas só a que for boa para promover a edificação,
para que dê graça aos que a ouvem.”
(Efésios, 4:29)
17. É permitido repreender
os outros?
⎖ [...] cada um de vós deve trabalhar pelo progresso de todos e,
sobretudo, daqueles cuja tutela vos foi confiada. Mas, por isso
mesmo, deveis fazê-lo (a repreensão) com moderação, para um
fim útil, e não, como as mais das vezes, pelo prazer de denegrir.
⎖ Neste último caso, a repreensão é uma maldade; no primeiro, é
um dever que a caridade manda seja cumprido com todo o
cuidado possível.
O Evangelho Segundo o Espiritismo | cap. 10
18. “Se teu irmão pecar, vai repreendê-lo entre tu e ele só.
Se ele te ouvir, salvaste a teu irmão.”
(Mateus, 18:15)
19. E divulgar o mal de
alguém?
⎖ É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se
torna apelar para a caridade bem compreendida.
⎖ Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam,
nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la.
⎖ Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se
atender de preferência ao interesse do maior número.
⎖ Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a
mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um
homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso,
deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes.
O Evangelho Segundo o Espiritismo | cap. 10
20. Maledicência como
vingança
⎖ Quando o ódio, ataca na honra e nas afeições; e não recua diante da
calúnia e suas pérfidas insinuações, habilmente são espalhadas a
todos os ventos, e se vão avolumando pelo caminho
⎖ Em consequência, quando o perseguido se apresenta nos lugares por
onde passou o sopro do perseguidor, espanta-se de dar com
semblantes frios, em vez de fisionomias amigas e benevolentes que
outrora o acolhiam
⎖ Fica estupefato quando mãos que se lhe estendiam, agora se recusam
a apertar as suas. Enfim, sente-se aniquilado, ao verificar que os seus
mais caros amigos e parentes se afastam e o evitam
⎖ Covarde que se vinga assim é cem vezes mais culpado do que o que
enfrenta o seu inimigo e o insulta em plena face.
O Evangelho Segundo o Espiritismo | cap. 12
21. “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos
odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam”
(Mateus, 5:20)
22. Consequências
⎖ Todas as manifestações de sentimento aviltado quais sejam a calúnia e
a maledicência, a cólera e o ciúme, a censura e o sarcasmo, a
intemperança e a licenciosidade, estabelecem a comunicação
espontânea com os poderes que os representa, nos círculos
inferiores da natureza, criando distonias e enfermidades, em que se
levantam fobias e fixações, desequilíbrios e psicoses, a evoluírem
para a alienação mental declarada.
Leis de Amor | cap. 5
23. ⎖ O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos
processos patogênicos que flagelam a Humanidade
⎖ A palavra deprimente é sarna invisível, complicando os problemas,
enegrecendo o destino, retardando o progresso, desfazendo a paz,
golpeando a fé e anulando a alegria
⎖ Se buscamos no mundo selecionar alimentos sadios, na segurança e aprumo
do corpo, é indispensável escolher conversações edificantes, capazes de
preservar a beleza e a harmonia de nossas almas
Instruções Psicofónicas | Cap. 9
Consequências
24. “O que contamina o homem não é o que entra na boca,
mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.”
(Mateus, 15:11)
25. ⎖ Se nos empenhamos em delitos de
maledicência e calúnia,
atravessamos vastos períodos de
surdez ou mudez, precedidas ou
seguidas por distonias correlatas.
Leis de Amor, cap. 6
Consequências
26. Como evitar?
⎖ Desculpa a fragilidade alheia, lembrando-te das próprias fraquezas
⎖ Evita a censura
⎖ Se desejas educar, reparar erros, não os abordes estando o responsável
ausente
Convites da Vida | cap. 35
27. Como evitar?
⎖ Atendamos ao silêncio, onde não seja possível o concurso
fraterno
⎖ Não converta seus ouvidos num paiol de boatos. A intriga é
uma víbora que se aninhará em sua alma
⎖ Não transforme seus olhos em óculos da maledicência. As
imagens que você corromper viverão corruptas na tela de
sua mente
Instruções Psicofónicas | cap. 9
Agenda Cristã | cap. 41
28. Como evitar?
⎖ Caridade é bênção sublime a desdobrar-se em silencioso
socorro. Volta as armas da tua oração e vigilância contra a praga da
maledicência aparentemente ingênua, mas que destrói toda a região
por onde prolifera.
⎖ Recusa a taça venenosa que a observação da impiedade coloca à tua
frente
⎖ Desculpa o erro dos outros
⎖ É muito mais fácil informar-se erradamente do que atingir-se o fulcro
da observação exata
Lampadário Espírita | cap. 30
29. Como evitar?
⎖ As aparências não expressam realidades
⎖ A forma oculta o conteúdo. Ninguém pode julgar pelo exterior
⎖ Quando vier a tentação de acusar e apontar defeitos, lembra-te
das próprias necessidades e limitações e, fazendo todo o bem
possível ao teu alcance, avança na firme resolução de amar, e
despertarás, além das sombras da carne por onde segues, num
roteiro abençoado onde os corações felizes e livres buscam a
Vida Verdadeira
Lampadário Espírita | cap. 30
31. Certa feita, um homem esbaforido
achegou-se a Sócrates e
sussurrou-lhe aos ouvidos:
32. — Escuta, na condição de teu amigo,
tenho alguma coisa muito grave para
dizer-te, em particular...
33. — Espera!... – ajuntou o sábio prudente. Já
passaste o que me vais dizer pelos três crivos?
— Três crivos? – perguntou o visitante,
espantado.
34. — Sim, meu caro amigo, três crivos.
Observemos se tua confidência passou por
eles. O primeiro, é o crivo da verdade.
Guardas absoluta certeza, quanto aquilo que
pretendes comunicar?
35. — Bem, ponderou o interlocutor, -
assegurar mesmo, não posso... Mas ouvi
dizer e... então...
36. — Exato. Decerto peneiraste o assunto pelo segundo
crivo, o da bondade. Ainda que não seja real o que
julga saber, será pelo menos bom o que me queres
contar? Hesitando, o homem replicou:
— Isso não... Muito pelo contrário...
37. — Ah! – tornou o sábio – então recorramos ao terceiro
crivo, o da utilidade, e notemos o proveito do que
tanto te aflige.
— Útil?!... – aduziu o visitante ainda agitado. –
Útil não é...
38. — Bem – rematou o filósofo num sorriso, – se o que
tens a confiar não é verdadeiro, nem bom e nem
útil, esqueçamos o problema e não te preocupes com
ele, já que nada valem casos sem edificação para
nós...
39. “Toda palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se
hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de
quem com isso se compraz.
Enriquece o coração de amor e banha o cérebro com as luzes da
misericórdia divina e da sabedoria, a fim de que fales, e fales muito,
“o de que está cheio o coração”
Convites da Vida | cap. 35
40. Bibliografia
⎖ O Livros dos Espíritos – Allan Kardec
⎖ O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
⎖ Fonte Viva – Chico Xavier | Emmanuel
⎖ Leis de Amor – Chico Xavier | Emmanuel
⎖ Aulas da Vida – Chico Xavier | Irmão X
⎖ Instruções Psicofónicas – Chico Xavier | André Luiz
⎖ Agenda Cristã – Chico Xavier | André Luiz
⎖ Convites da Vida – Divaldo Franco | Joanna de
Ângelis
⎖ Lampadário Espírita – Divaldo Franco | Joanna de
Ângelis
Notas do Editor
Iniciar relembrando que, dentre os vícios humanos, existem os de ordem material – em cujo rol inserem-se os estudados nas últimas semanas (álcool, drogas e gula) – e os morais, onde se enquadra a maledicência.
IMAGEM: retratando como a fofoca funciona (acaba voltando para si)...
A famigerada maledicência, também conhecida popularmente como fofoca, é um dos problemas interpessoais e relacionais mais antigos que se tem conhecimento.
lembre-se que entre os dez mandamentos está o ”não dirás falso testemunho contra o teu próximo.”(Ex 20:16), indicando que este pecado está no mesmo nível do roubar, adulterar, cobiçar, etc.
Está tão impregnada que já se perdeu a noção da sua maldade. E, como é bom lembrar, a fofoca, mesmo que seja leviana, dita sem grandes pretensões, provoca um grande mal.
é um vício tão pernicioso quanto os demais de ordem material (tabaco, drogas, etc.). Nessa mensagem, Emmanuel compara a maledicência a um tóxico, um veneno, que confere ao seu usuário danos graves equivalentes.
Semear inutilidade
Lacuna existencial.. Mecanismo de defesa pra nossas fragilidades e inseguranças.
Há só um legislador que pode salvar e destruir. Que é a perfeição em plenitude… e nós? Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?
Temos a postura de um juiz, na verdade somos falsos moralistas
RANCOR, ODIOS, SITUACOES MAL RESOLVIDAS, INSEGURANÇAS, MALDADE
MUITAS VEZES FALAMOS E NEM TEMOS CERTEZA DA VERDADE, SÓ SUSPEITAMOS
Crestando = queimando
Considerem: uma árvore boa dá bom fruto; uma árvore ruim, dá fruto ruim, pois uma árvore é conhecida por seu fruto.
Já sabemos a força que tem o pensamento, imagina então materializamos ainda mais… quando falamos.
Sendo que nem sempre utilizamos este instrumento da melhor forma, de modo a construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas de segurança.
Fala-se muito por falar, para matar o tempo.
No entanto, a palavra pode modificar estruturas morais, quando falamos com amor fraterno. Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirimem conflitos, equacionam incognitas, resolvem problemas.
A palavra pode deixar estes golpes.
Ocioso = inutil
REPROCHE: censura.
De fato a maledicência se verifica quando transportamos o mal pensamento sobre outrem no veículo da PALAVRA. Se calamos o mal pensamento, se não compartilhamos com ninguém, não há maledicência, embora estejamos ainda sujeitos às consequências da atitude infeliz de movimentar tais energias negativas.
“Será repreensível notarem-se as imperfeições dos outros, quando daí nenhum proveito possa resultar para eles, uma vez que não sejam divulgadas?”
Igualmente repreensivel notar as imperfeicoes apenas para dar expansao a um sentimento de malevolencia e à satisfcacao de apanhar os outros em falta.
Por isso, ver os erros não é mal… como poderiamos melhorar se não conseguimos identificar o que não queremos ser/fazer.
“Ninguém sendo perfeito, seguir-se-á que ninguém tem o direito de repreender o seu próximo?”
Importante ressaltar que a utilidade a ser identificada com a repreensão do outro é a para este mesmo e não para o repreensor, caso contrário faltaremos com a caridade.
Jesus assim mostra que devemos conversar com a pessoa em suspeita, e não com outros, com o fim de ajudá-la, salvá-la. Espalhar a notícia lançará a pessoa ainda mais na cova sem antes apurar o ocorrido com ela mesma, buscando a verdade.
“Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem?”
Agir com caridade pressupõe agir para com os outros como gostaríamos que estes agissem conosco. Tanto do ponto de vista do que praticou o mal, quanto do de quem possa ser lesado, sempre ponderando as vantagens e os inconvenientes.
Bom senso
A vingança é uma inspiração tanto mais funesta, quanto tem por companheiras assíduas a falsidade e a baixeza
Esses “poderes”, representantes da calúnia e da maledicência, podem ser espíritos obsessores, bacilos psíquicos, larvas mentais, gosmas fluídicas, etc. Ressalte-se que as consequências, portanto, são tanto materiais (doenças, transtornos psíquicos, etc.) quanto espirituais.
Aviltado = degradado
Licenciosidade = libertinagem
Energia que criamos em torno de nós
Sob o aspecto espiritual, as consequências podem ser ainda mais graves, rompendo os limites de uma única existência física, convertidas em amargas expiações.
Distonias : pertubação dos musculos
Coloquemo-nos no lugar do outro: será que estaríamos isentos de cometer a falta que notamos no irmão?
Devemos, portanto, praticar a indulgência.
Observar que quando abordamos o irmão em falta diretamente, já não incorremos em maledicência (pois não falamos do assunto em sua ausência, “pelas costas”), entretanto não podemos jamais esquecer de agir com caridade.
Lucas
A LINGUA FALA COM OS HOMENS E DE O CORAÇÃO FALA COM DEUS