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CLIPPING – 28/07/2016
Acesse: www.cncafe.com.br
Café: Conab divulga preço de abertura para leilão de amanhã dos estoques oficiais
Agência Estado
28/07/2016
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
estabeleceu os preços de abertura para o leilão de venda de
cerca de 67 mil sacas de 60 kg de café dos estoques
públicos, programado para amanhã.
O aviso de venda 106 prevê a oferta de dois lotes (11.590
sacas), safra 2009/2010, depositadas em Minas Gerais, com
preço de abertura de R$ 6,5936 o quilo, ou R$ 395,62 a
saca.
O aviso de venda 110 corresponde a oferta de 4 lotes (15.013 sacas), safra 2009/2010,
depositadas em São Paulo, com valor de abertura de R$ 6,4305 o kg ou R$ 385,83 a saca.
Já o aviso de venda 111 prevê a oferta de 128 lotes (40.463 sacas), safra 2009/10,
depositadas em Minas e Paraná, com preço de abertura de R$ 7,1828 o kg, ou R$ 430,97 a
saca (lotes 1 a 18); R$ 6,9017 o kg, ou R$ 414,10 a saca (lote 19); R$ 7,1828 (lotes 20 a 67);
R$ 6,9017 (lote 68); R$ 7,1828 (lotes 69 a 88) e R$ 6,5427 (lotes 89 a 128).
Segundo o Ministério da Agricultura, os leilões serão realizados quinzenalmente e a oferta será
dimensionada de acordo com o interesse do mercado.
Leilões devem alavancar preços do café
Diário do Comércio
28/07/2016
Michelle Valverde
Os leilões dos estoques governamentais de
café, marcados para o próximo dia 29 de
julho, não devem interferir de forma negativa
na formação dos preços internos pagos
pelos grãos aos produtores. A expectativa é
de que a decisão do governo em colocar os
estoques à venda contribua para a
valorização do grão, já que é uma
sinalização de baixa oferta de café. Os
leilões acontecem em plena colheita do grão
para atender à demanda das indústrias, que
temem o desabastecimento.
De acordo com dados da Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab), o governo retomará os leilões dos estoques públicos de
café com a venda de 67 mil sacas de 60 quilos. Os cafés a serem leiloados estão disponíveis
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nas praças de Minas Gerais (40 mil sacas), São Paulo (15 mil sacas) e Paraná (12 mil sacas).
Em nota enviada à imprensa, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, explicou que a liberação dos estoques públicos servirá
para melhorar o abastecimento interno, já que houve redução na produção em alguns estados
devido à situação climática adversa.
Os atuais preços de mercado do grão estão acima do Preço de Liberação de Estoques (PLE),
ou seja, superiores a R$ 401,39 por saca de 60 quilos. Os leilões serão realizados
quinzenalmente e a oferta será dimensionada de acordo com o interesse do mercado.
Para o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro (foto: divulgação
CNC), os leilões têm como objetivo atender a demanda proveniente da indústria, que relata
dificuldades na aquisição do café e vem pressionando para que o governo federal libere a
importação do grão. “Os estoques de passagem estão baixos e há muita pressão da indústria
no sentido do abastecimento, querendo importar o café. Somos totalmente contrários à
importação do grão, visto que a colheita da atual safra e o estoque disponível são suficientes
para abastecer o mercado interno e as exportações”, disse.
Ainda segundo Brasileiro, os estoques governamentais de café que serão leiloados são baixos
e estão ficando desmerecidos com o passar do tempo, uma vez que o volume disponibilizado é
da safra 2009/10. Ao comercializar os estoques no período de colheita, quando a oferta
normalmente é superior, o governo mostra ao mercado que a oferta está ajustada à demanda,
o que pode alavancar os preços atuais pagos pelo grão. “O volume é pequeno, tem um total
1,5 milhão de café em estoque. Então, esses leilões não provocarão nenhuma interferência
negativa com relação a preços. Pode acontecer até o contrário. Acho que em plena safra,
quando o governo coloca café a venda, significa que temos no País um estoque baixo. Não
vejo possibilidade de quedas de preços de forma nenhuma, pelo contrário, pode puxar os
preços”.
A redução do estoque, segundo Brasileiro, também pode favorecer o setor no futuro, caso
sejam necessárias ações governamentais em períodos de alta produção. “A produção de café
no Brasil é crescente e, no futuro, podemos precisar de ações governamentais. O estoque é
sempre usado como um entrave nas negociações, já que o governo sempre alega dificuldades
por ter volumes remanescentes de outras safras. Colocando o estoque no mercado, você retira,
realmente, a desculpa que o governo usa. Então, facilita em momento de necessidade de
termos apoio governamental, se for o caso de safra maior”, explicou.
Governo vai leiloar metade de seus estoques de café este ano
Valor Econômico
28/07/2016
Cristiano Zaia e Alda do Amaral Rocha
Preocupado com o abastecimento e com os elevados preços do café no mercado interno, o
governo vai leiloar 693,3 mil sacas de produto de seus estoques até dezembro deste ano. E,
caso seja necessário, outras 679,4 mil sacas de café dos estoques oficiais serão ofertadas em
leilões no ano que vem. A medida, no entanto, deve ter pouco impacto, avaliam fontes da
cadeia produtiva.
O primeiro leilão acontece amanhã e outros nove ocorrerão até dezembro, quinzenalmente. O
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produto a ser leiloado está estocado nos armazéns da Conab nos Estados de Minas Gerais,
São Paulo e Paraná. A maior parte dos cafés ofertados é da safra 2009/10, mas também há
produto da safra 2013/14 e uma quantidade pequena de cafés do ciclo 2002/03.
O governo decidiu vender café dos estoques oficiais – que têm um volume total de 1,489
milhão de sacas, principalmente arábica – numa tentativa de aliviar a escassez de oferta no
mercado em plena colheita da safra 2016/17. A menor disponibilidade está relacionada
sobretudo à quebra da safra 2016/17 do café conilon no país, em decorrência da seca no
Espírito Santo.
Esse cenário elevou a disputa entre os torrefadores pela matéria-prima, já que o conilon é
usado tanto pela indústria de solúvel como pelo setor de torrado e moído nos blends com
arábica. Além da menor oferta de conilon, as chuvas entre o fim de maio e início de junho
afetaram a colheita de arábica no Sudeste, atrasando a entrada de café no mercado. As
indústrias consideram ainda que os estoques privados de passagem de café no país são
baixos. Segundo a Conab, em 31 de março deste ano, eles somavam 13,589 milhões de
sacas.
Diante da menor oferta, os preços da matéria-prima subiram no último ano. Conforme
acompanhamento da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o café conilon subiu
38,8%, para R$ 458 a saca e o arábica, 43%, para R$ 455, em termos nominais, entre 1º de
julho de 2015 e 26 de julho deste ano.
A autorização para os leilões de café já havia sido dada pelo Conselho Interministerial de
Estoques Públicos de Alimentos (Ciep), em resolução de maio deste ano, que fixou o Preço de
Liberação de Estoques (PLE) em R$ 401,39 por saca. Como os preços de mercado estão
acima desse valor, o Ministério da Agricultura resolveu apressar as vendas dos estoques.
O secretário de Política
Agrícola do Ministério da
Agricultura, Neri Geller,
disse ao Valor que o
elevado patamar dos
preços dos cafés
arábica e conilon vem
preocupando o governo,
e a ideia é "derrubar um
pouco os preços". O
plano é vender grãos
"velhos", de safras
antigas do grão. "Temos
café estocado em
armazéns da Conab em
Minas Gerais há pelo menos 12 anos, por exemplo", afirma Geller. "Vamos atuar com esses
leilões até o fim do ano, quantas vezes for preciso".
Pela programação do Ministério da Agricultura, o primeiro leilão será amanhã, quando serão
ofertadas 67 mil sacas de arábica. Os preços de abertura do leilão de amanhã variam de R$
385,83 a R$ 430,97 por saca. No dia 11 de agosto, haverá oferta de 66,3 mil sacas e no dia 25,
serão leiloadas outras 70 mil sacas. A partir de setembro, a Conab deve leiloar 140 mil sacas
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de café por mês.
Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic, observou que "o governo atendeu ao pedido da
cadeia produtiva" após a "constatação evidente" de que "a indústria passa por dificuldades de
abastecimento". Mas, segundo o dirigente, os leilões "devem influenciar pouco o abastecimento
e as cotações" do café, já que o volume disponível para venda é pequeno. Ele lembrou que o
Brasil consome cerca de 4,5 milhões de sacas do grão por mês, sendo 1,5 milhão no mercado
doméstico e 3 milhões para exportação. Assim, disse, " [O volume total do estoque do governo]
representa apenas uma semana e meia de consumo".
O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, afirmou que "se em plena
safra, o governo precisa fazer leilão, significa que os estoques [de café] são baixos". Pelas
estimativas do CNC, aliás, os estoques são menores do que o calculado pela Conab e estavam
entre 10 milhões e 11 milhões de sacas.
Ele também avaliou que os leilões devem ter pouco impacto no mercado. Mas apoiou a decisão
do governo de leiloar café dos estoques. "O governo não quer que a inflação suba. O CNC tem
o compromisso de garantir a remuneração do produtor [de café], mas também tem de ajudar o
governo a combater a inflação", disse.
A oferta retraída de café trouxe à tona, mais uma vez, discussões sobre a importação de
produto pela indústria nacional. Brasileiro voltou a criticar a possibilidade, pois haveria,
segundo ele, risco de a importação trazer pragas para os cafezais do país.
CEPEA: oferta limitada mantém preço do café robusta em patamar recorde
Cepea/Esalq USP
28/07/2016
Os preços do café robusta seguem em alta no mercado brasileiro. Nessa
quarta-feira, 27, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima
fechou a R$ 418,58/saca de 60 kg, aumento de 4,8% na parcial deste mês e
patamar recorde, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IGP-DI),
da série de preços mensal do Cepea, iniciada em 2011. Na semana (entre 20
e 27 de julho), o aumento foi de 1,16%.
Agentes consultados pelo Cepea indicam que não há fundamento de baixa no curto prazo,
visto que a colheita está praticamente finalizada e a oferta restrita. Mesmo com as altas nos
preços, a liquidez está baixa, com negociações ocorrendo de forma pontual e envolvendo
pequenos lotes.
Segundo colaboradores do Cepea, a oferta reduzida tem feito com que compradores de
robusta (em geral, as indústrias) tentem adquirir o grão diretamente no interior do Espírito
Santo, limitando o volume de café que chega à capital Vitória para prova. Para compor os
blends, indústrias também têm aumentado a procura por cafés arábicas mais fracos, como 600
e 800 defeitos, e pelo arábica tipo 7 (bebida rio). (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)
Procafé: desequilíbrios nas pragas em cafezais
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Fundação Procafé
28/07/2016
Por José Braz Matiello, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, Lazaro S. Pereira,
engenheiro agrônomo da Agropecuária Ouro Verde, e Leandro R. Freitas, engenheiro
agrônomo da Campo Verde Agronegócios
Ultimamente, tem havido muitas
reclamações, chegadas dos técnicos de
campo, sobre falhas ou ineficiência de
controle após aplicações de inseticidas,
usados contra as principais pragas do
cafeeiro, especialmente em relação contra o bicho mineiro.
Temos constatado pessoalmente esse problema de falta de eficiência em certos casos, em
visitas em algumas fazendas, nas quais foram empregadas as recomendações conhecidas e
atualizadas, em termos de produtos, doses e modos de aplicação de inseticidas, mas sem o
resultado desejado. As maiores falhas de controle do bicho mineiro têm sido verificadas na
cafeicultura dos cerrados, do Triângulo Mineiro, no Norte/Noroeste de MG e no Oeste da Bahia,
regiões de clima um pouco mais quente e seco.
Nessas áreas têm sido utilizados diferentes produtos, via solo ou via foliar, com
neonicotinóides, antranilamidas, spinosina, piretróides, tiocarbamatos e fisiológicos, que são,
hoje, os principais grupos inseticidas registrados para o controle do BMC.
Discutindo com os técnicos de campo e observando as condições nas lavouras, temos
verificado que o forte ataque do BM, em desequilíbrio, e a falta de controle podem estar
relacionados a:
- Ocorrência de temperaturas altas e menos chuva nas áreas, influindo sobre a melhor
condição para o ataque e, por outro lado, reduzindo a absorção/translocação dos produtos nas
plantas.
- Uso, em doses elevadas de inseticidas vários, pra o controle da broca dos frutos,
especialmente os a base de Clorpirifós. Doses maiores usadas foram devidas à menor
eficiência dos produtos em relação ao tradicional, retirado de mercado.
- Desconfiança, sem comprovação, de aumento na resistência da praga aos inseticidas,
provavelmente de forma quantitativa, exigindo aplicação de doses mais elevadas. Ressalta-se
que os fatores normais de desequilíbrio de pragas são conhecidos, como sendo a ação de
defensivos sobre inimigos naturais, a ação climática e a susceptibilidade da planta e dos
insetos, por efeito do manejo e da seleção natural.
Com as aplicações indiscriminadas e de forma quase desesperadora de inseticidas, buscando
contornar os problemas, houve desequilíbrio para outras pragas, secundárias. Assim, verificam-
se ataques anormais de ácaros, de cochonilhas e de lagartas.
Agora, para que se possa ter mais segurança no controle, deve-se voltar à normalidade, assim:
- Cuidar para não exagerar no uso de produtos inseticidas;
- Fazer aplicações sequenciais, visando reduzir a população da praga, com combinação ou
alternância de ativos;
- Sempre aplicar doses adequadas, agora devendo ser mais altas (não sub-doses) e com
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menor frequência, buscando quebrar o ciclo da praga. Buscar combinação de ativos que
atuem, também, contra adultos;
- Ativar a liberação/registro de ativos novos;
- Ativar estudos para verificação de eventuais populações resistentes a inseticidas;
- Estudar as condições de absorção/translocação de alguns ativos, quanto a pH da água,
condição de plantas estressadas, efeito de temperatura etc;
- Acelerar a introdução de variedades resistentes ao BM.
Desequilíbrio e forte ataque de ácaro vermelho em cafeeiros – Bocaiuva (MG)
Ataque forte, em desequilíbrio, de bicho mineiro -Bocaiuva (MG)
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Cochonilha de escamas em folhas de cafeeiros, por efeito de desequilíbrio, climático e de
defensivos - Pirapora (MG)
Ataque da lagarta mede-palmas (Oxidia sp) e folhas já com furos. Ataque aumentou muito
desde o uso de Clorpirifós
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Café: produção de robusta começa a se recuperar na África
Agência Estado
28/07/2016
A produção de café robusta está aumentando na África, num momento em que cafeicultores na
América do Sul e na Ásia enfrentam dificuldades por causa de estiagens associadas ao El
Niño.
Uganda, o maior produtor africano de robusta - uma variedade normalmente usada em blends
e café instantâneo -, colheu uma safra recorde de 4,8 milhões de sacas em 2015/16, com a
melhora da produtividade das lavouras. A produção também está aumentando na Costa do
Marfim e alcançou 2,2 milhões de sacas, o maior nível em seis anos.
Isso pode sinalizar uma reviravolta para os agricultores na África, cuja participação na
produção global de café vem diminuindo desde os anos 1970s, quando o continente era
responsável por cerca de 30% do volume produzido mundialmente.
Segundo analistas, a produção de robusta deve se recuperar consideravelmente, graças a
novas plantações e métodos aprimorados de cultivo. "Mais cafeicultores estão adotando
tecnologias modernas. Isso está fazendo uma enorme diferença", disse Rick Peyser, da
Luthern World Relief, uma das entidades beneficentes que trabalham com agricultores
africanos para melhorar a produtividade. "Agricultores estão prestando mais atenção às suas
plantações."
A produção africana de robusta despencou nos anos 1990s e no início dos 2000s, prejudicada
por pestes e doenças. Guerras civis e preços globais em queda contribuíram para o declínio.
Em 2001, mais de 50% dos pés de robusta de Uganda tinha sido destruídos. Agricultores na
Costa do Marfim, no Sudão do Sul e no Congo também não tinham condições de cuidar de
suas lavouras por causa de conflitos nesses países.
Mas alguns produtores, apoiados por entidades beneficentes e grandes companhias do setor,
persistiram. Agora, a produção está aumentando. Atualmente, a variedade robusta representa
40% da produção total da África, em comparação a 30% três anos atrás.
Entidades como a Lutheran World Relief continuam orientando produtores sobre como
melhorar o rendimento por meio da adoção de melhores práticas agrícolas. Gigantes do setor
como Starbucks, Nestlé e Keurig formaram parcerias com pequenos produtores desde a
Etiópia até a Costa do Marfim, para garantir grãos de qualidade superior. No ano passado, a
Nespresso começou a comprar grãos de robusta do Sudão do Sul pela primeira vez. Essas
iniciativas estão gerando resultados tanto em termos de qualidade quanto de volume, de
acordo com o analista George Edwards, do Ecobank.
Com o aumento da produtividade, agricultores estão ganhando mais com essa variedade, cujo
preço é mais baixo que o do arábica. Os preços do robusta acumulam ganho de 5,8% em
2016, refletindo estiagens em importantes regiões produtoras no Brasil, na Colômbia e no
Vietnã, além de atrasos na produção da Indonésia.
Enquanto isso, o fenômeno El Niño, que provocou estiagens nessas regiões, trouxe fortes
chuvas para países como Uganda, Congo e Sudão do Sul, beneficiando as lavouras de café.
"Nesta temporada, eu ganhei mais dinheiro do que costumo ganhar com cerca de duas
colheitas", disse Imelda Muwonge, que lidera um grupo de produtores em Uganda. "Os preços
estão melhores e estamos colhendo mais grãos de café." Fonte: Dow Jones Newswires.

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  • 1. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck CLIPPING – 28/07/2016 Acesse: www.cncafe.com.br Café: Conab divulga preço de abertura para leilão de amanhã dos estoques oficiais Agência Estado 28/07/2016 A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estabeleceu os preços de abertura para o leilão de venda de cerca de 67 mil sacas de 60 kg de café dos estoques públicos, programado para amanhã. O aviso de venda 106 prevê a oferta de dois lotes (11.590 sacas), safra 2009/2010, depositadas em Minas Gerais, com preço de abertura de R$ 6,5936 o quilo, ou R$ 395,62 a saca. O aviso de venda 110 corresponde a oferta de 4 lotes (15.013 sacas), safra 2009/2010, depositadas em São Paulo, com valor de abertura de R$ 6,4305 o kg ou R$ 385,83 a saca. Já o aviso de venda 111 prevê a oferta de 128 lotes (40.463 sacas), safra 2009/10, depositadas em Minas e Paraná, com preço de abertura de R$ 7,1828 o kg, ou R$ 430,97 a saca (lotes 1 a 18); R$ 6,9017 o kg, ou R$ 414,10 a saca (lote 19); R$ 7,1828 (lotes 20 a 67); R$ 6,9017 (lote 68); R$ 7,1828 (lotes 69 a 88) e R$ 6,5427 (lotes 89 a 128). Segundo o Ministério da Agricultura, os leilões serão realizados quinzenalmente e a oferta será dimensionada de acordo com o interesse do mercado. Leilões devem alavancar preços do café Diário do Comércio 28/07/2016 Michelle Valverde Os leilões dos estoques governamentais de café, marcados para o próximo dia 29 de julho, não devem interferir de forma negativa na formação dos preços internos pagos pelos grãos aos produtores. A expectativa é de que a decisão do governo em colocar os estoques à venda contribua para a valorização do grão, já que é uma sinalização de baixa oferta de café. Os leilões acontecem em plena colheita do grão para atender à demanda das indústrias, que temem o desabastecimento. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o governo retomará os leilões dos estoques públicos de café com a venda de 67 mil sacas de 60 quilos. Os cafés a serem leiloados estão disponíveis
  • 2. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck nas praças de Minas Gerais (40 mil sacas), São Paulo (15 mil sacas) e Paraná (12 mil sacas). Em nota enviada à imprensa, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, explicou que a liberação dos estoques públicos servirá para melhorar o abastecimento interno, já que houve redução na produção em alguns estados devido à situação climática adversa. Os atuais preços de mercado do grão estão acima do Preço de Liberação de Estoques (PLE), ou seja, superiores a R$ 401,39 por saca de 60 quilos. Os leilões serão realizados quinzenalmente e a oferta será dimensionada de acordo com o interesse do mercado. Para o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro (foto: divulgação CNC), os leilões têm como objetivo atender a demanda proveniente da indústria, que relata dificuldades na aquisição do café e vem pressionando para que o governo federal libere a importação do grão. “Os estoques de passagem estão baixos e há muita pressão da indústria no sentido do abastecimento, querendo importar o café. Somos totalmente contrários à importação do grão, visto que a colheita da atual safra e o estoque disponível são suficientes para abastecer o mercado interno e as exportações”, disse. Ainda segundo Brasileiro, os estoques governamentais de café que serão leiloados são baixos e estão ficando desmerecidos com o passar do tempo, uma vez que o volume disponibilizado é da safra 2009/10. Ao comercializar os estoques no período de colheita, quando a oferta normalmente é superior, o governo mostra ao mercado que a oferta está ajustada à demanda, o que pode alavancar os preços atuais pagos pelo grão. “O volume é pequeno, tem um total 1,5 milhão de café em estoque. Então, esses leilões não provocarão nenhuma interferência negativa com relação a preços. Pode acontecer até o contrário. Acho que em plena safra, quando o governo coloca café a venda, significa que temos no País um estoque baixo. Não vejo possibilidade de quedas de preços de forma nenhuma, pelo contrário, pode puxar os preços”. A redução do estoque, segundo Brasileiro, também pode favorecer o setor no futuro, caso sejam necessárias ações governamentais em períodos de alta produção. “A produção de café no Brasil é crescente e, no futuro, podemos precisar de ações governamentais. O estoque é sempre usado como um entrave nas negociações, já que o governo sempre alega dificuldades por ter volumes remanescentes de outras safras. Colocando o estoque no mercado, você retira, realmente, a desculpa que o governo usa. Então, facilita em momento de necessidade de termos apoio governamental, se for o caso de safra maior”, explicou. Governo vai leiloar metade de seus estoques de café este ano Valor Econômico 28/07/2016 Cristiano Zaia e Alda do Amaral Rocha Preocupado com o abastecimento e com os elevados preços do café no mercado interno, o governo vai leiloar 693,3 mil sacas de produto de seus estoques até dezembro deste ano. E, caso seja necessário, outras 679,4 mil sacas de café dos estoques oficiais serão ofertadas em leilões no ano que vem. A medida, no entanto, deve ter pouco impacto, avaliam fontes da cadeia produtiva. O primeiro leilão acontece amanhã e outros nove ocorrerão até dezembro, quinzenalmente. O
  • 3. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck produto a ser leiloado está estocado nos armazéns da Conab nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. A maior parte dos cafés ofertados é da safra 2009/10, mas também há produto da safra 2013/14 e uma quantidade pequena de cafés do ciclo 2002/03. O governo decidiu vender café dos estoques oficiais – que têm um volume total de 1,489 milhão de sacas, principalmente arábica – numa tentativa de aliviar a escassez de oferta no mercado em plena colheita da safra 2016/17. A menor disponibilidade está relacionada sobretudo à quebra da safra 2016/17 do café conilon no país, em decorrência da seca no Espírito Santo. Esse cenário elevou a disputa entre os torrefadores pela matéria-prima, já que o conilon é usado tanto pela indústria de solúvel como pelo setor de torrado e moído nos blends com arábica. Além da menor oferta de conilon, as chuvas entre o fim de maio e início de junho afetaram a colheita de arábica no Sudeste, atrasando a entrada de café no mercado. As indústrias consideram ainda que os estoques privados de passagem de café no país são baixos. Segundo a Conab, em 31 de março deste ano, eles somavam 13,589 milhões de sacas. Diante da menor oferta, os preços da matéria-prima subiram no último ano. Conforme acompanhamento da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o café conilon subiu 38,8%, para R$ 458 a saca e o arábica, 43%, para R$ 455, em termos nominais, entre 1º de julho de 2015 e 26 de julho deste ano. A autorização para os leilões de café já havia sido dada pelo Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep), em resolução de maio deste ano, que fixou o Preço de Liberação de Estoques (PLE) em R$ 401,39 por saca. Como os preços de mercado estão acima desse valor, o Ministério da Agricultura resolveu apressar as vendas dos estoques. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, disse ao Valor que o elevado patamar dos preços dos cafés arábica e conilon vem preocupando o governo, e a ideia é "derrubar um pouco os preços". O plano é vender grãos "velhos", de safras antigas do grão. "Temos café estocado em armazéns da Conab em Minas Gerais há pelo menos 12 anos, por exemplo", afirma Geller. "Vamos atuar com esses leilões até o fim do ano, quantas vezes for preciso". Pela programação do Ministério da Agricultura, o primeiro leilão será amanhã, quando serão ofertadas 67 mil sacas de arábica. Os preços de abertura do leilão de amanhã variam de R$ 385,83 a R$ 430,97 por saca. No dia 11 de agosto, haverá oferta de 66,3 mil sacas e no dia 25, serão leiloadas outras 70 mil sacas. A partir de setembro, a Conab deve leiloar 140 mil sacas
  • 4. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck de café por mês. Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic, observou que "o governo atendeu ao pedido da cadeia produtiva" após a "constatação evidente" de que "a indústria passa por dificuldades de abastecimento". Mas, segundo o dirigente, os leilões "devem influenciar pouco o abastecimento e as cotações" do café, já que o volume disponível para venda é pequeno. Ele lembrou que o Brasil consome cerca de 4,5 milhões de sacas do grão por mês, sendo 1,5 milhão no mercado doméstico e 3 milhões para exportação. Assim, disse, " [O volume total do estoque do governo] representa apenas uma semana e meia de consumo". O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, afirmou que "se em plena safra, o governo precisa fazer leilão, significa que os estoques [de café] são baixos". Pelas estimativas do CNC, aliás, os estoques são menores do que o calculado pela Conab e estavam entre 10 milhões e 11 milhões de sacas. Ele também avaliou que os leilões devem ter pouco impacto no mercado. Mas apoiou a decisão do governo de leiloar café dos estoques. "O governo não quer que a inflação suba. O CNC tem o compromisso de garantir a remuneração do produtor [de café], mas também tem de ajudar o governo a combater a inflação", disse. A oferta retraída de café trouxe à tona, mais uma vez, discussões sobre a importação de produto pela indústria nacional. Brasileiro voltou a criticar a possibilidade, pois haveria, segundo ele, risco de a importação trazer pragas para os cafezais do país. CEPEA: oferta limitada mantém preço do café robusta em patamar recorde Cepea/Esalq USP 28/07/2016 Os preços do café robusta seguem em alta no mercado brasileiro. Nessa quarta-feira, 27, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 418,58/saca de 60 kg, aumento de 4,8% na parcial deste mês e patamar recorde, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IGP-DI), da série de preços mensal do Cepea, iniciada em 2011. Na semana (entre 20 e 27 de julho), o aumento foi de 1,16%. Agentes consultados pelo Cepea indicam que não há fundamento de baixa no curto prazo, visto que a colheita está praticamente finalizada e a oferta restrita. Mesmo com as altas nos preços, a liquidez está baixa, com negociações ocorrendo de forma pontual e envolvendo pequenos lotes. Segundo colaboradores do Cepea, a oferta reduzida tem feito com que compradores de robusta (em geral, as indústrias) tentem adquirir o grão diretamente no interior do Espírito Santo, limitando o volume de café que chega à capital Vitória para prova. Para compor os blends, indústrias também têm aumentado a procura por cafés arábicas mais fracos, como 600 e 800 defeitos, e pelo arábica tipo 7 (bebida rio). (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br) Procafé: desequilíbrios nas pragas em cafezais
  • 5. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Fundação Procafé 28/07/2016 Por José Braz Matiello, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, Lazaro S. Pereira, engenheiro agrônomo da Agropecuária Ouro Verde, e Leandro R. Freitas, engenheiro agrônomo da Campo Verde Agronegócios Ultimamente, tem havido muitas reclamações, chegadas dos técnicos de campo, sobre falhas ou ineficiência de controle após aplicações de inseticidas, usados contra as principais pragas do cafeeiro, especialmente em relação contra o bicho mineiro. Temos constatado pessoalmente esse problema de falta de eficiência em certos casos, em visitas em algumas fazendas, nas quais foram empregadas as recomendações conhecidas e atualizadas, em termos de produtos, doses e modos de aplicação de inseticidas, mas sem o resultado desejado. As maiores falhas de controle do bicho mineiro têm sido verificadas na cafeicultura dos cerrados, do Triângulo Mineiro, no Norte/Noroeste de MG e no Oeste da Bahia, regiões de clima um pouco mais quente e seco. Nessas áreas têm sido utilizados diferentes produtos, via solo ou via foliar, com neonicotinóides, antranilamidas, spinosina, piretróides, tiocarbamatos e fisiológicos, que são, hoje, os principais grupos inseticidas registrados para o controle do BMC. Discutindo com os técnicos de campo e observando as condições nas lavouras, temos verificado que o forte ataque do BM, em desequilíbrio, e a falta de controle podem estar relacionados a: - Ocorrência de temperaturas altas e menos chuva nas áreas, influindo sobre a melhor condição para o ataque e, por outro lado, reduzindo a absorção/translocação dos produtos nas plantas. - Uso, em doses elevadas de inseticidas vários, pra o controle da broca dos frutos, especialmente os a base de Clorpirifós. Doses maiores usadas foram devidas à menor eficiência dos produtos em relação ao tradicional, retirado de mercado. - Desconfiança, sem comprovação, de aumento na resistência da praga aos inseticidas, provavelmente de forma quantitativa, exigindo aplicação de doses mais elevadas. Ressalta-se que os fatores normais de desequilíbrio de pragas são conhecidos, como sendo a ação de defensivos sobre inimigos naturais, a ação climática e a susceptibilidade da planta e dos insetos, por efeito do manejo e da seleção natural. Com as aplicações indiscriminadas e de forma quase desesperadora de inseticidas, buscando contornar os problemas, houve desequilíbrio para outras pragas, secundárias. Assim, verificam- se ataques anormais de ácaros, de cochonilhas e de lagartas. Agora, para que se possa ter mais segurança no controle, deve-se voltar à normalidade, assim: - Cuidar para não exagerar no uso de produtos inseticidas; - Fazer aplicações sequenciais, visando reduzir a população da praga, com combinação ou alternância de ativos; - Sempre aplicar doses adequadas, agora devendo ser mais altas (não sub-doses) e com
  • 6. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck menor frequência, buscando quebrar o ciclo da praga. Buscar combinação de ativos que atuem, também, contra adultos; - Ativar a liberação/registro de ativos novos; - Ativar estudos para verificação de eventuais populações resistentes a inseticidas; - Estudar as condições de absorção/translocação de alguns ativos, quanto a pH da água, condição de plantas estressadas, efeito de temperatura etc; - Acelerar a introdução de variedades resistentes ao BM. Desequilíbrio e forte ataque de ácaro vermelho em cafeeiros – Bocaiuva (MG) Ataque forte, em desequilíbrio, de bicho mineiro -Bocaiuva (MG)
  • 7. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Cochonilha de escamas em folhas de cafeeiros, por efeito de desequilíbrio, climático e de defensivos - Pirapora (MG) Ataque da lagarta mede-palmas (Oxidia sp) e folhas já com furos. Ataque aumentou muito desde o uso de Clorpirifós
  • 8. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Café: produção de robusta começa a se recuperar na África Agência Estado 28/07/2016 A produção de café robusta está aumentando na África, num momento em que cafeicultores na América do Sul e na Ásia enfrentam dificuldades por causa de estiagens associadas ao El Niño. Uganda, o maior produtor africano de robusta - uma variedade normalmente usada em blends e café instantâneo -, colheu uma safra recorde de 4,8 milhões de sacas em 2015/16, com a melhora da produtividade das lavouras. A produção também está aumentando na Costa do Marfim e alcançou 2,2 milhões de sacas, o maior nível em seis anos. Isso pode sinalizar uma reviravolta para os agricultores na África, cuja participação na produção global de café vem diminuindo desde os anos 1970s, quando o continente era responsável por cerca de 30% do volume produzido mundialmente. Segundo analistas, a produção de robusta deve se recuperar consideravelmente, graças a novas plantações e métodos aprimorados de cultivo. "Mais cafeicultores estão adotando tecnologias modernas. Isso está fazendo uma enorme diferença", disse Rick Peyser, da Luthern World Relief, uma das entidades beneficentes que trabalham com agricultores africanos para melhorar a produtividade. "Agricultores estão prestando mais atenção às suas plantações." A produção africana de robusta despencou nos anos 1990s e no início dos 2000s, prejudicada por pestes e doenças. Guerras civis e preços globais em queda contribuíram para o declínio. Em 2001, mais de 50% dos pés de robusta de Uganda tinha sido destruídos. Agricultores na Costa do Marfim, no Sudão do Sul e no Congo também não tinham condições de cuidar de suas lavouras por causa de conflitos nesses países. Mas alguns produtores, apoiados por entidades beneficentes e grandes companhias do setor, persistiram. Agora, a produção está aumentando. Atualmente, a variedade robusta representa 40% da produção total da África, em comparação a 30% três anos atrás. Entidades como a Lutheran World Relief continuam orientando produtores sobre como melhorar o rendimento por meio da adoção de melhores práticas agrícolas. Gigantes do setor como Starbucks, Nestlé e Keurig formaram parcerias com pequenos produtores desde a Etiópia até a Costa do Marfim, para garantir grãos de qualidade superior. No ano passado, a Nespresso começou a comprar grãos de robusta do Sudão do Sul pela primeira vez. Essas iniciativas estão gerando resultados tanto em termos de qualidade quanto de volume, de acordo com o analista George Edwards, do Ecobank. Com o aumento da produtividade, agricultores estão ganhando mais com essa variedade, cujo preço é mais baixo que o do arábica. Os preços do robusta acumulam ganho de 5,8% em 2016, refletindo estiagens em importantes regiões produtoras no Brasil, na Colômbia e no Vietnã, além de atrasos na produção da Indonésia. Enquanto isso, o fenômeno El Niño, que provocou estiagens nessas regiões, trouxe fortes chuvas para países como Uganda, Congo e Sudão do Sul, beneficiando as lavouras de café. "Nesta temporada, eu ganhei mais dinheiro do que costumo ganhar com cerca de duas colheitas", disse Imelda Muwonge, que lidera um grupo de produtores em Uganda. "Os preços estão melhores e estamos colhendo mais grãos de café." Fonte: Dow Jones Newswires.