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Princípios
Básicos dos
Manuseios
Fisioterapia Aplicada em Pediatria
Posturas e Movimentos
Postura e Movimento Normal
 O movimento normal requer sempre uma postura
inicial adequada e este movimento ocorre numa
seqüência determinada com pequenas variações.
Postura e movimento primitivo
 É definido como aquele que pertence a
estágios muito precoces do desenvolvimento
normal de crianças que vão do nascimento aos
3 ou 4 meses de idade.
Posturas e Movimentos
 Postura e movimento anormal ou patológico
 O movimento anormal pode ser definido
como aquele não visto em nenhum estágio do
desenvolvimento de um bebê normal.
Posturas e Movimentos
Aspectos Sensíveis dos Manuseios
 Posicionamento das mãos
 Não existem pontos-chave específicos
 Movimentos constantes das mãos: feedback desorganizado (a
criança tem que sentir, saber para onde vão as mãos)
 Pressão
 De moderada a profunda
 Deve ser previsível
 Propriocepção
 Tomada de peso e transferência
 Velocidade do movimento
 Lento: inibitório/calmante
 Veloz: excitatório
 Ritmo do movimento
 Movimentos previsíveis repetitivos promovem organização
 Corpo do terapeuta
 Coordenação com movimentos da criança
 Ajustes posturais
Aspectos Sensíveis do Manuseio
Facilitação
 É o processo em que as mãos e o corpo do terapeuta
promovem alinhamento e direção do movimento do
paciente.
 São técnicas usadas para ajudar o paciente a se mover
com menor esforço possível.
 Ela requer do terapeuta, um bom conhecimento de
movimento normal e do desenvolvimento sensório-motor
normal.
 O aprendizado ocorre através da sensação – receptores
na pele e grandes articulações.
Escala Neuroevolutiva
 Controle cervical
 Extensão de tronco
 Rolamento em bloco
 Rolamento dissociado
 Sentar (long sitting, side sitting)
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 4 apoios
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 Ajoelhado
 Semi-ajoelhado
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 Marcha Lateral
 Marcha para frente
Pontos - chaves
 São pontos através dos quais se podem influenciar o tônus e
a postura do corpo ou segmento corporal
 Através deles realizamos os manuseios para ajudar a criança
a conseguir movimentos normais.
 Pontos-chaves
 Cabeça, pescoço e a coluna
 Cinturas escapular e pélvica
Pontos-chaves de inibição e facilitação
 Cabeça
 Extensão (facilita a extensão do corpo)
 Flexão (inibe espasticidade extensora e facilita o
controle da cabeça)
 Lateralização (em casos de hemiplegia, facilita a
extensão do lado acometido)
 Membros superiores
 Rotação Interna (inibe extensão e facilita flexão)
 Rotação Externa (inibe flexão e facilita extensão)
 Abdução horizontal (inibe espasticidade extensora dos flexores
do pescoço e músculos peitorais)
 Elevação combinada (inibe espasticidade flexora)
 Extensão em diagonal (inibe espasticidade flexora e facilita
abdução horizontal)
 Abdução do polegar com antebraço em supinação (inibe a
pronação e flexão do punho e mão)
 Dissociação de cinturas (facilita o rolamento)
Pontos-chaves de inibição e facilitação
 Membros inferiores
 Flexão do quadril (facilita abdução, rotação lateral e DF)
 Rotação lateral com extensão (facilita abdução e DF)
 DF dos 3º
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dedos (inibe espasticidade em extensão)
Pontos-chaves de inibição e facilitação
 Quando a criança está sob nossas mãos, devemos ter a
sensibilidade para percebermos as variadas mudanças de
tônus muscular sob nossas mãos.
 Devemos usar nossas mãos efetivamente e
economicamente.
 Além dos pontos-chaves, a ênfase é na simetria.
Manuseios
Manuseios
 Bebê normal:
 O controle da cabeça é a base para todos os
movimentos e atividades.
 Qualquer que seja o movimento, a posição da cabeça é
ajustada, mantendo-a firme na linha média do corpo.
 Bebê com alteração:
 O controle da cabeça está atrasado e inadequado.
 Os padrões anormais do corpo provêm da cabeça, do
pescoço e da coluna.
 Bebê com alteração:
 Em razão da presença de tônus postural anormal, seus
movimentos são iniciados de uma postura assimétrica,
instável, que perturba o alinhamento da cabeça, do
pescoço e do tronco, resultando em distribuição do
peso irregular.
 Reações posturais automáticas, tais como equilíbrio,
podem ser ausentes, retardadas ou exageradas.
Manuseios
 Objetivo:
 cessar qualquer atividade indesejada e estabelecer tônus
postural mais normal,
 facilitar reações posturais mais normais e movimentos
voluntários guiados, levando à participação ativa da
própria criança.
 O manuseio de uma criança nesses “pontos- chaves” será
baseado na avaliação do tônus postural, padrões posturais e de
movimento e habilidades funcionais em relação à idade.
Manuseios
 Hipertonia
 Inibir as reações anormais a partir dos “pontos-chaves”,
ajudando a criança a ajustar as mudanças na postura.
 Facilitar os padrões de movimento mais normais e reações
posturais automáticas.
 Hipotonia
 Estabilizaremos os pontos-chaves, dando à criança um ponto
de estabilidade (fixação), permitindo que ela mantenha sua
postura contra a gravidade e organize, gradue e melhore a
qualidade de seus movimentos
Manuseios
É importante nos Manuseios
 Conhecer as razões das dificuldades da criança p/ mover-se e
como elas variam
 Verificar como seus padrões de postura e de mov. Anormais
afetam todo o corpo e quais técnicas de manuseios podem
minimizar ou mudar essas reações
 Ser sensível às mudanças no tônus
 Permitir à criança que pratique qualquer habilidade nova
adquirida
 Lembrar-se de que habilidades físicas, de comunicação e
intelectuais não podem ser consideradas isoladamente.
PRINCÍPIOS DE
TRATAMENTO
QUADRIPLEGIA ESPÁSTICA
 Neuromotor
 Tratar dinamicamente a criança como um todo
 Usar grandes amplitudes de movimento e aumentar a
mobilidade geral
 Trabalhar com estabilidade para o controle gradual nas
tomadas de peso.
 Guiar o movimento inicial para reduzir o esforço inicial
 Ajudar a criança a ter controle sobre seus movimentos
 Utilizar a rotação de tronco para reduzir o tônus
 Estrutura/alinhamento/ amplitude
 Trabalhar para simetria
 Atividades para alongar e fortalecer músculos
 Tônus muscular
 Usar o manuseio para inibir ou diminuir o tônus e
simultaneamente facilitar o controle ativo
 Usar técnicas de propriocepção com balanceio, vibração e
tração para reduzir tônus
 Sensorial
 Dar oportunidade à criança para fazer transições de
movimento dentro de seu ambiente
QUADRIPLEGIA ESPÁSTICA
DIPLEGIA ESPÁSTICA
 Neuromotor
 Tratar a criança como um todo
 Trabalhar atividades de jogos funcionais para desenvolver
controle em rotação
 Ênfase em melhorar controle de tronco para desenvolver
reações posturais e aumentar a dissociação das diferentes
partes do corpo
 Acentuar as tomadas de peso lateral e diagonal e
componentes de movimento nas transições funcionais
 Tônus muscular
 Mesmo das quadriplegias
 Neuromotor
 Tratar a criança como um todo: propriocepção e tátil,
compressão, pressão profunda, aproximação articular
 Ensinar a criança a se manter na linha média e graduar os
movimentos fora dela, primeiramente em planos sem rotação
e depois introduzindo rotação
 Use fixações distais, apoiando numa mesa, segurando um
objeto, etc, para ajudar na sustentação da atividade muscular
 Usar posturas altas: sentada ou em pé.
ATETOSE
 Tônus Muscular
 Compressão , pressão profunda e manuseio firme
 Dar estímulo proprioceptivo e tátil para ajudar o bebê a
manter a atividade muscular e estabilidade postural
 Biomecânica/ Muscular/ Esqueleto
 Desenvolver controle na linha média
 Acrescentar a rotação depois de obter o controle na linha
média
 Melhorar o alinhamento biomecânico
 Estabilidade da cintura escapular e pélvica
ATETOSE
 Sensorial
 Graduar o input sensorial e observar os resultados
 Não mudar mãos constantemente, manter uma pressão firme e
profunda
 Movimento inicialmente deverá ser fora dos seus padrões
conhecidos de movimento.
ATETOSE
HEMIPLEGIA
 Neuromotor
 Tratar a criança como um todo
 Melhorar habilidades na linha média
 Trabalhar para controle do lado mais envolvido. Ênfase para melhorar base
de apoio e descarga de peso
 Trabalhar com atividades de tomada de peso com o corpo sobre os
membros para melhorar controle proximal e função distal.
 Há risco de desenvolver escoliose secundária aos movimentos assimétricos
 Sensorial
 Trabalhar estímulos proprioceptivos e táteis variados
ATAXIA
 O tratamento precisa ser realizado com bastante suporte
emocional, para ajudar a criança a perder o medo de se
movimentar.
 Saber esperar a criança responder ao input recebido, se
adaptar e dar resposta
 Ajudar a criança a desenvolver sequência de movimento
através da repetição
 Fazer atividades para aumentar a consciência corporal
 Input de sustentação ajuda a criança a sentir a base de
suporte e reduz a flutuação corporal. Pressão profunda
ajuda a criança a definir a propriocepção corporal
 Sustentar a compressão articular, através de tomada de
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 Trabalhar em superfícies móveis,ajuda a ampliar as
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Princípios básicos da fisioterapia aplicada em pediatria

  • 2. Posturas e Movimentos Postura e Movimento Normal  O movimento normal requer sempre uma postura inicial adequada e este movimento ocorre numa seqüência determinada com pequenas variações.
  • 3. Postura e movimento primitivo  É definido como aquele que pertence a estágios muito precoces do desenvolvimento normal de crianças que vão do nascimento aos 3 ou 4 meses de idade. Posturas e Movimentos
  • 4.  Postura e movimento anormal ou patológico  O movimento anormal pode ser definido como aquele não visto em nenhum estágio do desenvolvimento de um bebê normal. Posturas e Movimentos
  • 5. Aspectos Sensíveis dos Manuseios  Posicionamento das mãos  Não existem pontos-chave específicos  Movimentos constantes das mãos: feedback desorganizado (a criança tem que sentir, saber para onde vão as mãos)  Pressão  De moderada a profunda  Deve ser previsível  Propriocepção  Tomada de peso e transferência
  • 6.  Velocidade do movimento  Lento: inibitório/calmante  Veloz: excitatório  Ritmo do movimento  Movimentos previsíveis repetitivos promovem organização  Corpo do terapeuta  Coordenação com movimentos da criança  Ajustes posturais Aspectos Sensíveis do Manuseio
  • 7. Facilitação  É o processo em que as mãos e o corpo do terapeuta promovem alinhamento e direção do movimento do paciente.  São técnicas usadas para ajudar o paciente a se mover com menor esforço possível.  Ela requer do terapeuta, um bom conhecimento de movimento normal e do desenvolvimento sensório-motor normal.  O aprendizado ocorre através da sensação – receptores na pele e grandes articulações.
  • 8. Escala Neuroevolutiva  Controle cervical  Extensão de tronco  Rolamento em bloco  Rolamento dissociado  Sentar (long sitting, side sitting)  Arrasta  4 apoios  Engatinha  Ajoelhado  Semi-ajoelhado  De pé  Marcha Lateral  Marcha para frente
  • 9. Pontos - chaves  São pontos através dos quais se podem influenciar o tônus e a postura do corpo ou segmento corporal  Através deles realizamos os manuseios para ajudar a criança a conseguir movimentos normais.  Pontos-chaves  Cabeça, pescoço e a coluna  Cinturas escapular e pélvica
  • 10. Pontos-chaves de inibição e facilitação  Cabeça  Extensão (facilita a extensão do corpo)  Flexão (inibe espasticidade extensora e facilita o controle da cabeça)  Lateralização (em casos de hemiplegia, facilita a extensão do lado acometido)
  • 11.  Membros superiores  Rotação Interna (inibe extensão e facilita flexão)  Rotação Externa (inibe flexão e facilita extensão)  Abdução horizontal (inibe espasticidade extensora dos flexores do pescoço e músculos peitorais)  Elevação combinada (inibe espasticidade flexora)  Extensão em diagonal (inibe espasticidade flexora e facilita abdução horizontal)  Abdução do polegar com antebraço em supinação (inibe a pronação e flexão do punho e mão)  Dissociação de cinturas (facilita o rolamento) Pontos-chaves de inibição e facilitação
  • 12.  Membros inferiores  Flexão do quadril (facilita abdução, rotação lateral e DF)  Rotação lateral com extensão (facilita abdução e DF)  DF dos 3º e 4º dedos (inibe espasticidade em extensão) Pontos-chaves de inibição e facilitação
  • 13.  Quando a criança está sob nossas mãos, devemos ter a sensibilidade para percebermos as variadas mudanças de tônus muscular sob nossas mãos.  Devemos usar nossas mãos efetivamente e economicamente.  Além dos pontos-chaves, a ênfase é na simetria. Manuseios
  • 14. Manuseios  Bebê normal:  O controle da cabeça é a base para todos os movimentos e atividades.  Qualquer que seja o movimento, a posição da cabeça é ajustada, mantendo-a firme na linha média do corpo.  Bebê com alteração:  O controle da cabeça está atrasado e inadequado.  Os padrões anormais do corpo provêm da cabeça, do pescoço e da coluna.
  • 15.  Bebê com alteração:  Em razão da presença de tônus postural anormal, seus movimentos são iniciados de uma postura assimétrica, instável, que perturba o alinhamento da cabeça, do pescoço e do tronco, resultando em distribuição do peso irregular.  Reações posturais automáticas, tais como equilíbrio, podem ser ausentes, retardadas ou exageradas. Manuseios
  • 16.  Objetivo:  cessar qualquer atividade indesejada e estabelecer tônus postural mais normal,  facilitar reações posturais mais normais e movimentos voluntários guiados, levando à participação ativa da própria criança.  O manuseio de uma criança nesses “pontos- chaves” será baseado na avaliação do tônus postural, padrões posturais e de movimento e habilidades funcionais em relação à idade. Manuseios
  • 17.  Hipertonia  Inibir as reações anormais a partir dos “pontos-chaves”, ajudando a criança a ajustar as mudanças na postura.  Facilitar os padrões de movimento mais normais e reações posturais automáticas.  Hipotonia  Estabilizaremos os pontos-chaves, dando à criança um ponto de estabilidade (fixação), permitindo que ela mantenha sua postura contra a gravidade e organize, gradue e melhore a qualidade de seus movimentos Manuseios
  • 18. É importante nos Manuseios  Conhecer as razões das dificuldades da criança p/ mover-se e como elas variam  Verificar como seus padrões de postura e de mov. Anormais afetam todo o corpo e quais técnicas de manuseios podem minimizar ou mudar essas reações  Ser sensível às mudanças no tônus  Permitir à criança que pratique qualquer habilidade nova adquirida  Lembrar-se de que habilidades físicas, de comunicação e intelectuais não podem ser consideradas isoladamente.
  • 20. QUADRIPLEGIA ESPÁSTICA  Neuromotor  Tratar dinamicamente a criança como um todo  Usar grandes amplitudes de movimento e aumentar a mobilidade geral  Trabalhar com estabilidade para o controle gradual nas tomadas de peso.  Guiar o movimento inicial para reduzir o esforço inicial  Ajudar a criança a ter controle sobre seus movimentos  Utilizar a rotação de tronco para reduzir o tônus
  • 21.  Estrutura/alinhamento/ amplitude  Trabalhar para simetria  Atividades para alongar e fortalecer músculos  Tônus muscular  Usar o manuseio para inibir ou diminuir o tônus e simultaneamente facilitar o controle ativo  Usar técnicas de propriocepção com balanceio, vibração e tração para reduzir tônus  Sensorial  Dar oportunidade à criança para fazer transições de movimento dentro de seu ambiente QUADRIPLEGIA ESPÁSTICA
  • 22. DIPLEGIA ESPÁSTICA  Neuromotor  Tratar a criança como um todo  Trabalhar atividades de jogos funcionais para desenvolver controle em rotação  Ênfase em melhorar controle de tronco para desenvolver reações posturais e aumentar a dissociação das diferentes partes do corpo  Acentuar as tomadas de peso lateral e diagonal e componentes de movimento nas transições funcionais  Tônus muscular  Mesmo das quadriplegias
  • 23.  Neuromotor  Tratar a criança como um todo: propriocepção e tátil, compressão, pressão profunda, aproximação articular  Ensinar a criança a se manter na linha média e graduar os movimentos fora dela, primeiramente em planos sem rotação e depois introduzindo rotação  Use fixações distais, apoiando numa mesa, segurando um objeto, etc, para ajudar na sustentação da atividade muscular  Usar posturas altas: sentada ou em pé. ATETOSE
  • 24.  Tônus Muscular  Compressão , pressão profunda e manuseio firme  Dar estímulo proprioceptivo e tátil para ajudar o bebê a manter a atividade muscular e estabilidade postural  Biomecânica/ Muscular/ Esqueleto  Desenvolver controle na linha média  Acrescentar a rotação depois de obter o controle na linha média  Melhorar o alinhamento biomecânico  Estabilidade da cintura escapular e pélvica ATETOSE
  • 25.  Sensorial  Graduar o input sensorial e observar os resultados  Não mudar mãos constantemente, manter uma pressão firme e profunda  Movimento inicialmente deverá ser fora dos seus padrões conhecidos de movimento. ATETOSE
  • 26. HEMIPLEGIA  Neuromotor  Tratar a criança como um todo  Melhorar habilidades na linha média  Trabalhar para controle do lado mais envolvido. Ênfase para melhorar base de apoio e descarga de peso  Trabalhar com atividades de tomada de peso com o corpo sobre os membros para melhorar controle proximal e função distal.  Há risco de desenvolver escoliose secundária aos movimentos assimétricos  Sensorial  Trabalhar estímulos proprioceptivos e táteis variados
  • 27. ATAXIA  O tratamento precisa ser realizado com bastante suporte emocional, para ajudar a criança a perder o medo de se movimentar.  Saber esperar a criança responder ao input recebido, se adaptar e dar resposta  Ajudar a criança a desenvolver sequência de movimento através da repetição  Fazer atividades para aumentar a consciência corporal
  • 28.  Input de sustentação ajuda a criança a sentir a base de suporte e reduz a flutuação corporal. Pressão profunda ajuda a criança a definir a propriocepção corporal  Sustentar a compressão articular, através de tomada de peso na base de apoio  Trabalhar em superfícies móveis,ajuda a ampliar as reações de balanço  Movimentos em grandes arcos de movimento ATAXIA