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BARROCO ou SEISCENTISMO
ALEIJADINHO. Cristo carregando a Cruz
1
SEISCENTISMO/BARROCO
Barroco em Portugal: Contexto histórico
Início 1580 (domínio espanhol) -> morte de
Dom Sebastião (Alcácer Quibir)
Unificação da Península Ibérica – Felipe II
Imagem: Juan Pantoja de la Cruz / Felipe II, em agosto de 1606 /
Public Domain
SEISCENTISMO / BARROCO
Barroco em Portugal
Escritores:
Padre Antônio Vieira
Francisco Rodrigues Lobo
D. Francisco Manuel de Melo
Padre Manuel Bernardes
Sóror Mariana do Alcoforado
Imagem: José Rodrigues Nunes / Padre Antônio Vieira , antes de 1871 /
Imagem do catálogo MAB/Safra disponibilizada por Dornicke /
Public Domain
BARROCO
4
 Início: 1601 - “Prosopopeia”, de Bento Teixeira.
Barroco - deriva da palavra espanhola barueco (pérola de forma
irregular).
 Postura religiosa – concepção “medieval” X postura racional e humanista – concepção
“classicista” [CONFLITOS EXISTENCIAIS].
 Visão antropocêntrica x Visão teocêntrica
 Dualismo: propicia o surgimento de uma arte que busca conciliar visões opostas
(antíteses e paradoxos): espírito x carne, pecado x perdão, céu x terra, virtude x prazer,
etc.
SEISCENTISMO/BARROCO
Contrastes
Barroco: época (valores espirituais da Igreja x valores
burgueses - o amor carnal, o dinheiro, a posição social, etc.)
Dualismo: propicia o surgimento de uma arte que busca
conciliar visões opostas (antíteses): espírito x carne, pecado x
perdão, céu x terra, virtude x prazer, etc.
SEISCENTISMO/BARROCO
Características do estilo:
• O fusionismo e o culto do contraste;
- Na pintura: mistura entre luz e sombra;
- Na música: combinação de sons;
- Na literatura: associação entre a razão e a fé;
• O pessimismo: miséria da condição humana (aspectos cruéis,
dolorosos, repugnantes);
• O rebuscamento: jogos de palavras e figuras de linguagem;
• Dinamismo: sensação de movimento (linhas curvas);
• A transitoriedade da existência terrena.
CONTEXTO HISTÓRICO
7
 Colônia de Portugal
 Salvador (capital e sede da administração)
 Produções artísticas - moldes de Portugal (ideal da Igreja)
 Não existia imprensa
 Marco Inicial: (1601) poema épico “Prosopopeia “ – Bento Teixeira (Jorge de
Albuquerque Coelho - donatário da capitania de Pernambuco)
SEISCENTISMO/BARROCO
Contexto histórico:
A Reforma Protestante
No século XVI (1517), Martinho
Lutero (teólogo alemão ) denuncia a
prática das Indulgências.
(95 teses pregadas na porta da igreja
do Castelo de Wittenberg).
Imagem: Martinh lutero pregando suas 95 teses na porta da
igreja do Castelo de Wittenberg, em 1517 / Public Domain
SEISCENTISMO/BARROCO
João Calvino (um luterano) - defendia
a prosperidade por meio do trabalho -
> mais adeptos ao protestantismo.
Imagem:
João
Calvino,
século
XVI
/
Public
Domain
SEISCENTISMO / BARROCO (2)
Resposta da Igreja Católica
ao avanço da Reforma
Protestante
Concílio
de
Trento
Companhia
de
Jesus
Inquisição
e
Índex
SEISCENTISMO / BARROCO
Barroco no Brasil: Contexto histórico
Século XVI – XVIII
• Colônia de Portugal
• Salvador (capital e sede da administração)
• Produções artísticas - moldes de Portugal (ideal da Igreja)
• Não existia imprensa
• Marco Inicial: (1601) poema épico “Prosopopeia “ – Bento Teixeira
(Jorge de Albuquerque Coelho - donatário da capitania de Pernambuco)
SEISCENTISMO / BARROCO
Gregório de Matos: “Boca do Inferno”
Sátiras (o clero, os governantes e toda a sociedade baiana )
Exílio: Angola
Descreve o que era naquele tempo a cidade da Bahia
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um bem frequente olheiro,
Que a vida do vizinho e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça e ao terreiro.
À INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em continuas tristezas a alegrias,
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto, da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria, sinta-se triste.
Começa o Mundo enfim pela ignorância
A firmeza somente na inconstância.
SEISCENTISMO/BARROCO
Correntes do Barroco:
1.Cultismo (Gongorismo) – predomínio na
poesia
• Intenção moralizante por meio dos
sentidos;
• Teor descritivo;
• Valorização da forma de expressão;
• Estilo opulento e suntuoso;
• Rebuscamento vocabular - neologismos,
figuras de sintaxe (hipérbatos, anacolutos),
figuras de linguagem (metáforas, antíteses,
sinestesias) (6).
Imagem: Diego Velázquez / Retrato de Don Luis de
Góngora, em 1622 / Public Domain
SEISCENTISMO / BARROCO
Brasil
Representantes e Obras :
• Gregório de Matos: (maior poeta satírico: “boca do inferno”)
Obras: Poesia lírica, satírica, filosófica e religiosa
• Padre Antônio Vieira (sermões )
Obras:
Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda
(Bahia – 1640)
Sermão da primeira dominga da Quaresma (Maranhão – 1653)
SEISCENTISMO / BARROCO
Moraliza o poeta nos ocidentes
do sol a inconstância dos
Bens do mundo
Gregório de Matos
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
depois da Luz se segue a noite escura,
em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Temática: a transitoriedade da existência humana (não dura,
sombras).
TEXTOSBARROCOS
17
A Jesus Cristo Nosso Senhor
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Porque, quanto mais tenho delinqüido,
Vós tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História,
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
MATOS
, Gregório.
SEISCENTISMO/BARROCO
Na literatura, os contrastes se apresentam através das figuras de
linguagem (antítese, paradoxo).
Ex: Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
da vossa alta clemência me despido;
porque, quanto mais tenho delinquido,
vos tenho a perdoar mais empenhado.
SEISCENTISMO / BARROCO
Desenganos da vida humana, metaforicamente
Gregório de Matos
É vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.
Estilo barroco: soneto com versos decassílabos rimados
Temática: a transitoriedade da existência terrena
Linguagem: figuras de linguagem ( Metáfora: o próprio título, a vaidade é rosa )
( Hipérbato : “É a vaidade, Fábio, nesta vida
)
( Hipérbole: “púrpuras mil”)
rebuscamento vocabular: (lisonjeada, púrpuras, airosa)
TEXTOSBARROCOS
20
Amor e tempo
Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-
se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! São as afeições como
as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado
muito. São como as linhas, que partem do centro para a circunferência, que quanto mais
continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor
menino; porque não há amor tão robusto que chegue a ser velho. De todos os
instrumentos com que o armou a natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com
que já não atira; embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos, com que vê o
que não via; e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda esta
diferença é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhe os defeitos, enfastia-
lhe o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o
uso, quanto mais o amor ?! O mesmo amar é causa de não amar e o ter amado muito, de
amar menos.
VIEIRA, Antônio.
QUESTÃO 1 [C5H15 ADAPTADA]
21
A arte colonial mineira seguia as proposições do Concílio de Trento (1545-1553),
dando visibilidade ao catolicismo reformado. O artífice deveria representar
passagens sacras. Não era, portanto, plenamente livre na definição dos traços e
temas das obras. Sua função era criar, segundo os padrões da Igreja, as peças
encomendadas pelas confrarias, grandes mecenas das artes em Minas Gerais.
(Adaptado de Camila F. G. Santiago, “Traços europeus, cores mineiras: três pinturas coloniais inspiradas em uma gravura de Joaquim Carneiro da Silva”, em Junia Furtado (org.), Sons, formas, cores e
movimentosna modernidade atlântica. Europa, Américas e África. São Paulo: Annablume, 2008, p. 385.)
. (VUNESP)
Ardor em firme coração nascido;
pranto por belos olhos derramado;
incêndio em mares de água disfarçado;
rio de neve em fogo convertido:
tu, que em um peito abrasas escondido;
tu, que em um rosto corres desatado;
quando fogo, em cristais aprisionado;
quando crista, em chamas derretido.
Se és fogo, como passas brandamente,
se és fogo, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!
Pois para temperar a tirania,
como quis que aqui fosse a neve ardente,
permitiu parecesse a chama fria.
O texto pertencente a Gregório de Matos e apresenta todas seguintes
características:
a) Trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade
temática da sensualidade e do refreamento, antíteses claras dispostas
em ordem direta.
b) Sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo, a qual o autor
buscava imitar, predomínio das metáforas e das antíteses, temática da
fugacidade do tempo e da vida.
c) Dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção
sintática por simétrica por simetrias sucessivas, predomínio figurativo das
metáforas e pares antitéticos que tendem para o paradoxo.
d) Temática naturalista, assimetria total de construção, ordem direta
predominando sobre a ordem inversa, imagens que prenunciam o
Considerando as informações do enunciado, a arte colonial mineira pode ser definida
como
A) renascentista, pois criava na colônia uma arte sacra própria do catolicismo reformado,
resgatando os ideais clássicos, segundo os padrões do Concílio de Trento.
B)barroca, já que seguia os preceitos da Contrarreforma. Era financiada e encomendada
pelas confrarias e criada pelos artífices locais.
C)escolástica, porque seguia as proposições do Concílio de Trento. Os artífices locais,
financiados pela Igreja, apenas reproduziam as obras de arte sacra europeias.
D)popular, por ser criada por artífices locais, que incluíam escravos, libertos, mulatos e
brancos pobres que se colocavam sob a proteção das confrarias.
E) romântica, por ser exaustivamente sentimental, desconectada da realidade histórico-
social da época e por reproduzir as tendências europeias.
24
QUESTÃO 2 [C5H16]
“Em tristes sombras morre a formosura,
em contínuas tristezas a alegria”
Atenção!
Em textos literários, as palavras ou
25
expressões com sentido contrário equivalem
à figura de linguagem chamada de
ANTÍTESE.
Nos versos citados, Gregório de Matos empregou uma figura de linguagem que consiste em
aproximar termos de significados opostos, como “tristezas” e “alegria”. O nome desta figura
de linguagem é
A) metáfora.
B) aliteração.
C) eufemismo.
D) antítese.
E) sinédoque.
QUESTÃO 3 [C5H16]
26
A CRISTO N. S. CRUCIFICADO, estando o poeta na
última hora de sua vida
1 Meu Deus, que estais pendente de um madeiro,
2 Em cuja lei protesto de viver,
3 Em cuja santa lei hei de morrer,
4 Animoso, constante, firme e inteiro:
5Neste lance, por ser o derradeiro,
6 Pois vejo a minha vida anoitecer;
7 É, meu Jesus, a hora de se ver
8 A brandura de um Pai, manso Cordeiro.
9 Mui grande é o vosso amor e o meu delito;
10 Porém pode ter fim todo o pecar,
11 E não o vosso amor que é infinito.
12 Esta razão me obriga a confiar,
13 Que, por mais que pequei, neste conflito
14 Espero em vosso amor de me salvar.
MATOS, G. de. Antologia Poética. In: A Cristo S. N.
Crucificado, estando o poeta na última hora de sua vida. SP:
Nova Fronteira (fragmento).
A leitura do texto é reveladora de uma tendência poética, que (,)
A) expressa livremente, ou seja, de maneira espontânea a ideologia da igreja.
B) elide de um contexto de afirmação dos feitos humanos e de liberdade de pensamento.
C) articula indiscriminadamente palavras e ideias seguindo a lógica espanhola numa clara
demonstração de servilismo aos padrões estéticos europeus.
D) de maneira sintética e com sintaxe direta, louva a Deus como reflexo da contrarreforma.
E) contrita e resignada confessa a sua inclinação para o pecado e espera a devida punição,
fazendo uso de cultismo e de conceptismo, revelando obediência ao pensamento
dominante.
27
QUESTÃO 3 [C5H16]
O Barroco foi um período do século XVI marcado pela crise dos valores Renascentistas,
gerando uma nova visão de mundo através de lutas religiosas e dualismos entre espírito e
razão. O movimento envolve novas formas de literatura, arte e até filosofia. No campo
religioso, a Reforma (1517) contestou as práticas da Igreja Católica e propôs uma nova
relação entre Deus e os homens. (...)
As primeiras manifestações da literatura barroca brasileira ocorreram na Bahia, centro
político e comercial da colônia durante o ciclo da cana-de-açúcar. Para muitos especialistas,
os primórdios da literatura brasileira remontam a esse período. A justificativa é que, no
século XVII, os escritores já nascidos na colônia teriam adaptado pela primeira vez uma
estética europeia à realidade brasileira, colocando em prática uma espécie de
“abrasileiramento” da linguagem literária.
Disponível em http://educacao.globo.com/literatura/assunto/movimentos-literarios/barroco.html. Acesso em: 10 dez. 2016.
28
QUESTÃO 4 [C5H15]
O Barroco foi um período do século XVI marcado pela crise dos valores Renascentistas,
gerando uma nova visão de mundo através de lutas religiosas e dualismos entre espírito e
razão. O movimento envolve novas formas de literatura, arte e até filosofia. No campo
religioso, a Reforma (1517) contestou as práticas da Igreja Católica e propôs uma nova
relação entre Deus e os homens. (...)
As primeiras manifestações da literatura barroca brasileira ocorreram na Bahia, centro
político e comercial da colônia durante o ciclo da cana-de-açúcar. Para muitos especialistas,
os primórdios da literatura brasileira remontam a esse período. A justificativa é que, no
século XVII, os escritores já nascidos na colônia teriam adaptado pela primeira vez uma
estética europeia à realidade brasileira, colocando em prática uma espécie de
“abrasileiramento” da linguagem literária.
Disponível em http://educacao.globo.com/literatura/assunto/movimentos-literarios/barroco.html. Acesso em: 10 dez. 2016.
29
QUESTÃO 4 [C5H15]
QUESTÃO 4 [C5H15]
30
A respeito das concepções artísticas e do contexto histórico-social do Barroco brasileiro, entende-se
que
A) teve como marco introdutório o declínio da cultura clássica no Brasil em 1640, ano em que
Portugal e consequentemente o Brasil voltam a se tornar autônomos em relação à dominação
espanhola.
B) a poesia barroca de Gregório de Matos e os sermões do Padre Antônio Vieira são distintos, pois
Vieira não consegue vivenciar o sentimento barroco como o fez Gregório de Matos.
C) tanto a poesia satírica de Gregório de Matos quanto os sermões do Padre Vieira revelam o
envolvimento de ambos os autores com acontecimentos da época, sofrendo, ambos, sanções
políticas ou sociais.
D) um texto da época bem caracterizado é aquele que reflete os anseios de um homem equilibrado,
dominado pela razão, facilmente identificado tanto na poesia conceptista de Gregório como nos
sermões cultistas do Padre Vieira.
E) tal movimento reproduzido no Brasil não se restringiu às personalidades de Gregório de Matos e
Padre Vieira, destacando-se Bento Teixeira como autor épico com sua Prosopopeia, de 1601.
À INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
31
Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
(Gregório de Matos Guerra)
QUESTÃO 5 [C5H15 - ADAPTADA]
QUESTÃO 5 [C5H15 - ADAPTADA]
32
Sobre o tema central do soneto, infere-se que que
A) o eu-lírico aborda a superficialidade sobre as aparências.
B) há uma visão dicotômica entre a grandeza divina e a pequenez do homem.
C) há a preocupação com a efemeridade da vida.
D) o eu-lírico expõe sobre o sofrimento amoroso em função do sentimento de culpa.
E) o eu lírico expõe a dualidade dos sentimentos do homem barroco.
ESTILOSDO BARROCO
33
 Cultismo: preocupação com a forma (jogo de palavras e estrutura). [G. de Matos]
" Ofendi-vos, Meu Deus, é bem verdade,
É verdade, Senhor, que hei, delinquido
Delinquido vos tenho...”
Gregório de Matos
 Conceptismo: preocupação com o conteúdo (jogo de ideias). [Pe. Antônio Vieira]
“Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três coisas: olhos, espelho e
luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e
olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister
espelho e há mister olhos.”
Pe. Vieira
QUESTÃO 6 [C5H16 - ADAPTADA]
34
A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é que comeis uns aos outros.
Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos
outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário era menos mal.
Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas
como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só
grande [...]. Os homens, com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que
se comem uns aos outros. Tão alheia cousa é não só da razão, mas da mesma natureza,
que, sendo criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria, e todos
finalmente irmãos, vivais de vos comer.
VIEIRA, Antônio. "Obras completas do padre Antônio Vieira: sermões". Prefaciados e revistos pelo Pe. Gonçalo Alves. Porto: Lello e Irmão - Editores, 1993. v. III, p. 264-265.
QUESTÃO 6 [C5H16 - ADAPTADA]
35
As marcas da estética barroca encontram-se no texto de Vieira, a exemplo de
A) conceptismo, ou seja, o predomínio das ideias, da lógica, do raciocínio.
B) intenção religiosa e moralizante dirigida ao ouvinte, prática comum entre os escritores
gongóricos.
C) cultismo da linguagem com o intuito de convencer o ouvinte e por isto cria um jogo de
imagens.
D) preciosismo da linguagem, isto é, através de fatos corriqueiros, cotidianos, procura
converter o ouvinte.
E) culto do contraste, sugerindo a oposição bem x mal, em linguagem simples, concisa,
direta e expressiva da intenção barroca de resgatar os valores greco-latinos.
Saudade imensa
de vocês!!!!
Sucesso sempre,
Bbs!!!!
RECADINHO DO
36

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Barroco seicentismo

  • 1. BARROCO ou SEISCENTISMO ALEIJADINHO. Cristo carregando a Cruz 1
  • 2. SEISCENTISMO/BARROCO Barroco em Portugal: Contexto histórico Início 1580 (domínio espanhol) -> morte de Dom Sebastião (Alcácer Quibir) Unificação da Península Ibérica – Felipe II Imagem: Juan Pantoja de la Cruz / Felipe II, em agosto de 1606 / Public Domain
  • 3. SEISCENTISMO / BARROCO Barroco em Portugal Escritores: Padre Antônio Vieira Francisco Rodrigues Lobo D. Francisco Manuel de Melo Padre Manuel Bernardes Sóror Mariana do Alcoforado Imagem: José Rodrigues Nunes / Padre Antônio Vieira , antes de 1871 / Imagem do catálogo MAB/Safra disponibilizada por Dornicke / Public Domain
  • 4. BARROCO 4  Início: 1601 - “Prosopopeia”, de Bento Teixeira. Barroco - deriva da palavra espanhola barueco (pérola de forma irregular).  Postura religiosa – concepção “medieval” X postura racional e humanista – concepção “classicista” [CONFLITOS EXISTENCIAIS].  Visão antropocêntrica x Visão teocêntrica  Dualismo: propicia o surgimento de uma arte que busca conciliar visões opostas (antíteses e paradoxos): espírito x carne, pecado x perdão, céu x terra, virtude x prazer, etc.
  • 5. SEISCENTISMO/BARROCO Contrastes Barroco: época (valores espirituais da Igreja x valores burgueses - o amor carnal, o dinheiro, a posição social, etc.) Dualismo: propicia o surgimento de uma arte que busca conciliar visões opostas (antíteses): espírito x carne, pecado x perdão, céu x terra, virtude x prazer, etc.
  • 6. SEISCENTISMO/BARROCO Características do estilo: • O fusionismo e o culto do contraste; - Na pintura: mistura entre luz e sombra; - Na música: combinação de sons; - Na literatura: associação entre a razão e a fé; • O pessimismo: miséria da condição humana (aspectos cruéis, dolorosos, repugnantes); • O rebuscamento: jogos de palavras e figuras de linguagem; • Dinamismo: sensação de movimento (linhas curvas); • A transitoriedade da existência terrena.
  • 7. CONTEXTO HISTÓRICO 7  Colônia de Portugal  Salvador (capital e sede da administração)  Produções artísticas - moldes de Portugal (ideal da Igreja)  Não existia imprensa  Marco Inicial: (1601) poema épico “Prosopopeia “ – Bento Teixeira (Jorge de Albuquerque Coelho - donatário da capitania de Pernambuco)
  • 8. SEISCENTISMO/BARROCO Contexto histórico: A Reforma Protestante No século XVI (1517), Martinho Lutero (teólogo alemão ) denuncia a prática das Indulgências. (95 teses pregadas na porta da igreja do Castelo de Wittenberg). Imagem: Martinh lutero pregando suas 95 teses na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, em 1517 / Public Domain
  • 9. SEISCENTISMO/BARROCO João Calvino (um luterano) - defendia a prosperidade por meio do trabalho - > mais adeptos ao protestantismo. Imagem: João Calvino, século XVI / Public Domain
  • 10. SEISCENTISMO / BARROCO (2) Resposta da Igreja Católica ao avanço da Reforma Protestante Concílio de Trento Companhia de Jesus Inquisição e Índex
  • 11. SEISCENTISMO / BARROCO Barroco no Brasil: Contexto histórico Século XVI – XVIII • Colônia de Portugal • Salvador (capital e sede da administração) • Produções artísticas - moldes de Portugal (ideal da Igreja) • Não existia imprensa • Marco Inicial: (1601) poema épico “Prosopopeia “ – Bento Teixeira (Jorge de Albuquerque Coelho - donatário da capitania de Pernambuco)
  • 12. SEISCENTISMO / BARROCO Gregório de Matos: “Boca do Inferno” Sátiras (o clero, os governantes e toda a sociedade baiana ) Exílio: Angola Descreve o que era naquele tempo a cidade da Bahia A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana e vinha; Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um bem frequente olheiro, Que a vida do vizinho e da vizinha Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha, Para o levar à praça e ao terreiro.
  • 13. À INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em continuas tristezas a alegrias, Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto, da pena assim se fia? Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria, sinta-se triste. Começa o Mundo enfim pela ignorância A firmeza somente na inconstância.
  • 14. SEISCENTISMO/BARROCO Correntes do Barroco: 1.Cultismo (Gongorismo) – predomínio na poesia • Intenção moralizante por meio dos sentidos; • Teor descritivo; • Valorização da forma de expressão; • Estilo opulento e suntuoso; • Rebuscamento vocabular - neologismos, figuras de sintaxe (hipérbatos, anacolutos), figuras de linguagem (metáforas, antíteses, sinestesias) (6). Imagem: Diego Velázquez / Retrato de Don Luis de Góngora, em 1622 / Public Domain
  • 15. SEISCENTISMO / BARROCO Brasil Representantes e Obras : • Gregório de Matos: (maior poeta satírico: “boca do inferno”) Obras: Poesia lírica, satírica, filosófica e religiosa • Padre Antônio Vieira (sermões ) Obras: Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda (Bahia – 1640) Sermão da primeira dominga da Quaresma (Maranhão – 1653)
  • 16. SEISCENTISMO / BARROCO Moraliza o poeta nos ocidentes do sol a inconstância dos Bens do mundo Gregório de Matos Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, depois da Luz se segue a noite escura, em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Temática: a transitoriedade da existência humana (não dura, sombras).
  • 17. TEXTOSBARROCOS 17 A Jesus Cristo Nosso Senhor Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa alta clemência me despido; Porque, quanto mais tenho delinqüido, Vós tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na Sacra História, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória. MATOS , Gregório.
  • 18. SEISCENTISMO/BARROCO Na literatura, os contrastes se apresentam através das figuras de linguagem (antítese, paradoxo). Ex: Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, da vossa alta clemência me despido; porque, quanto mais tenho delinquido, vos tenho a perdoar mais empenhado.
  • 19. SEISCENTISMO / BARROCO Desenganos da vida humana, metaforicamente Gregório de Matos É vaidade, Fábio, nesta vida, Rosa, que da manhã lisonjeada, Púrpuras mil, com ambição dourada, Airosa rompe, arrasta presumida. Estilo barroco: soneto com versos decassílabos rimados Temática: a transitoriedade da existência terrena Linguagem: figuras de linguagem ( Metáfora: o próprio título, a vaidade é rosa ) ( Hipérbato : “É a vaidade, Fábio, nesta vida ) ( Hipérbole: “púrpuras mil”) rebuscamento vocabular: (lisonjeada, púrpuras, airosa)
  • 20. TEXTOSBARROCOS 20 Amor e tempo Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve- se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas, que partem do centro para a circunferência, que quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino; porque não há amor tão robusto que chegue a ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que já não atira; embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos, com que vê o que não via; e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda esta diferença é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhe os defeitos, enfastia- lhe o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor ?! O mesmo amar é causa de não amar e o ter amado muito, de amar menos. VIEIRA, Antônio.
  • 21. QUESTÃO 1 [C5H15 ADAPTADA] 21 A arte colonial mineira seguia as proposições do Concílio de Trento (1545-1553), dando visibilidade ao catolicismo reformado. O artífice deveria representar passagens sacras. Não era, portanto, plenamente livre na definição dos traços e temas das obras. Sua função era criar, segundo os padrões da Igreja, as peças encomendadas pelas confrarias, grandes mecenas das artes em Minas Gerais. (Adaptado de Camila F. G. Santiago, “Traços europeus, cores mineiras: três pinturas coloniais inspiradas em uma gravura de Joaquim Carneiro da Silva”, em Junia Furtado (org.), Sons, formas, cores e movimentosna modernidade atlântica. Europa, Américas e África. São Paulo: Annablume, 2008, p. 385.)
  • 22. . (VUNESP) Ardor em firme coração nascido; pranto por belos olhos derramado; incêndio em mares de água disfarçado; rio de neve em fogo convertido: tu, que em um peito abrasas escondido; tu, que em um rosto corres desatado; quando fogo, em cristais aprisionado; quando crista, em chamas derretido. Se és fogo, como passas brandamente, se és fogo, como queimas com porfia? Mas ai, que andou Amor em ti prudente! Pois para temperar a tirania, como quis que aqui fosse a neve ardente, permitiu parecesse a chama fria.
  • 23. O texto pertencente a Gregório de Matos e apresenta todas seguintes características: a) Trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade temática da sensualidade e do refreamento, antíteses claras dispostas em ordem direta. b) Sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo, a qual o autor buscava imitar, predomínio das metáforas e das antíteses, temática da fugacidade do tempo e da vida. c) Dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção sintática por simétrica por simetrias sucessivas, predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que tendem para o paradoxo. d) Temática naturalista, assimetria total de construção, ordem direta predominando sobre a ordem inversa, imagens que prenunciam o
  • 24. Considerando as informações do enunciado, a arte colonial mineira pode ser definida como A) renascentista, pois criava na colônia uma arte sacra própria do catolicismo reformado, resgatando os ideais clássicos, segundo os padrões do Concílio de Trento. B)barroca, já que seguia os preceitos da Contrarreforma. Era financiada e encomendada pelas confrarias e criada pelos artífices locais. C)escolástica, porque seguia as proposições do Concílio de Trento. Os artífices locais, financiados pela Igreja, apenas reproduziam as obras de arte sacra europeias. D)popular, por ser criada por artífices locais, que incluíam escravos, libertos, mulatos e brancos pobres que se colocavam sob a proteção das confrarias. E) romântica, por ser exaustivamente sentimental, desconectada da realidade histórico- social da época e por reproduzir as tendências europeias. 24
  • 25. QUESTÃO 2 [C5H16] “Em tristes sombras morre a formosura, em contínuas tristezas a alegria” Atenção! Em textos literários, as palavras ou 25 expressões com sentido contrário equivalem à figura de linguagem chamada de ANTÍTESE. Nos versos citados, Gregório de Matos empregou uma figura de linguagem que consiste em aproximar termos de significados opostos, como “tristezas” e “alegria”. O nome desta figura de linguagem é A) metáfora. B) aliteração. C) eufemismo. D) antítese. E) sinédoque.
  • 26. QUESTÃO 3 [C5H16] 26 A CRISTO N. S. CRUCIFICADO, estando o poeta na última hora de sua vida 1 Meu Deus, que estais pendente de um madeiro, 2 Em cuja lei protesto de viver, 3 Em cuja santa lei hei de morrer, 4 Animoso, constante, firme e inteiro: 5Neste lance, por ser o derradeiro, 6 Pois vejo a minha vida anoitecer; 7 É, meu Jesus, a hora de se ver 8 A brandura de um Pai, manso Cordeiro. 9 Mui grande é o vosso amor e o meu delito; 10 Porém pode ter fim todo o pecar, 11 E não o vosso amor que é infinito. 12 Esta razão me obriga a confiar, 13 Que, por mais que pequei, neste conflito 14 Espero em vosso amor de me salvar. MATOS, G. de. Antologia Poética. In: A Cristo S. N. Crucificado, estando o poeta na última hora de sua vida. SP: Nova Fronteira (fragmento).
  • 27. A leitura do texto é reveladora de uma tendência poética, que (,) A) expressa livremente, ou seja, de maneira espontânea a ideologia da igreja. B) elide de um contexto de afirmação dos feitos humanos e de liberdade de pensamento. C) articula indiscriminadamente palavras e ideias seguindo a lógica espanhola numa clara demonstração de servilismo aos padrões estéticos europeus. D) de maneira sintética e com sintaxe direta, louva a Deus como reflexo da contrarreforma. E) contrita e resignada confessa a sua inclinação para o pecado e espera a devida punição, fazendo uso de cultismo e de conceptismo, revelando obediência ao pensamento dominante. 27 QUESTÃO 3 [C5H16]
  • 28. O Barroco foi um período do século XVI marcado pela crise dos valores Renascentistas, gerando uma nova visão de mundo através de lutas religiosas e dualismos entre espírito e razão. O movimento envolve novas formas de literatura, arte e até filosofia. No campo religioso, a Reforma (1517) contestou as práticas da Igreja Católica e propôs uma nova relação entre Deus e os homens. (...) As primeiras manifestações da literatura barroca brasileira ocorreram na Bahia, centro político e comercial da colônia durante o ciclo da cana-de-açúcar. Para muitos especialistas, os primórdios da literatura brasileira remontam a esse período. A justificativa é que, no século XVII, os escritores já nascidos na colônia teriam adaptado pela primeira vez uma estética europeia à realidade brasileira, colocando em prática uma espécie de “abrasileiramento” da linguagem literária. Disponível em http://educacao.globo.com/literatura/assunto/movimentos-literarios/barroco.html. Acesso em: 10 dez. 2016. 28 QUESTÃO 4 [C5H15]
  • 29. O Barroco foi um período do século XVI marcado pela crise dos valores Renascentistas, gerando uma nova visão de mundo através de lutas religiosas e dualismos entre espírito e razão. O movimento envolve novas formas de literatura, arte e até filosofia. No campo religioso, a Reforma (1517) contestou as práticas da Igreja Católica e propôs uma nova relação entre Deus e os homens. (...) As primeiras manifestações da literatura barroca brasileira ocorreram na Bahia, centro político e comercial da colônia durante o ciclo da cana-de-açúcar. Para muitos especialistas, os primórdios da literatura brasileira remontam a esse período. A justificativa é que, no século XVII, os escritores já nascidos na colônia teriam adaptado pela primeira vez uma estética europeia à realidade brasileira, colocando em prática uma espécie de “abrasileiramento” da linguagem literária. Disponível em http://educacao.globo.com/literatura/assunto/movimentos-literarios/barroco.html. Acesso em: 10 dez. 2016. 29 QUESTÃO 4 [C5H15]
  • 30. QUESTÃO 4 [C5H15] 30 A respeito das concepções artísticas e do contexto histórico-social do Barroco brasileiro, entende-se que A) teve como marco introdutório o declínio da cultura clássica no Brasil em 1640, ano em que Portugal e consequentemente o Brasil voltam a se tornar autônomos em relação à dominação espanhola. B) a poesia barroca de Gregório de Matos e os sermões do Padre Antônio Vieira são distintos, pois Vieira não consegue vivenciar o sentimento barroco como o fez Gregório de Matos. C) tanto a poesia satírica de Gregório de Matos quanto os sermões do Padre Vieira revelam o envolvimento de ambos os autores com acontecimentos da época, sofrendo, ambos, sanções políticas ou sociais. D) um texto da época bem caracterizado é aquele que reflete os anseios de um homem equilibrado, dominado pela razão, facilmente identificado tanto na poesia conceptista de Gregório como nos sermões cultistas do Padre Vieira. E) tal movimento reproduzido no Brasil não se restringiu às personalidades de Gregório de Matos e Padre Vieira, destacando-se Bento Teixeira como autor épico com sua Prosopopeia, de 1601.
  • 31. À INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Porém se acaba o Sol, por que nascia? Se formosa a Luz é, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? 31 Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância. (Gregório de Matos Guerra) QUESTÃO 5 [C5H15 - ADAPTADA]
  • 32. QUESTÃO 5 [C5H15 - ADAPTADA] 32 Sobre o tema central do soneto, infere-se que que A) o eu-lírico aborda a superficialidade sobre as aparências. B) há uma visão dicotômica entre a grandeza divina e a pequenez do homem. C) há a preocupação com a efemeridade da vida. D) o eu-lírico expõe sobre o sofrimento amoroso em função do sentimento de culpa. E) o eu lírico expõe a dualidade dos sentimentos do homem barroco.
  • 33. ESTILOSDO BARROCO 33  Cultismo: preocupação com a forma (jogo de palavras e estrutura). [G. de Matos] " Ofendi-vos, Meu Deus, é bem verdade, É verdade, Senhor, que hei, delinquido Delinquido vos tenho...” Gregório de Matos  Conceptismo: preocupação com o conteúdo (jogo de ideias). [Pe. Antônio Vieira] “Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos.” Pe. Vieira
  • 34. QUESTÃO 6 [C5H16 - ADAPTADA] 34 A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é que comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande [...]. Os homens, com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se comem uns aos outros. Tão alheia cousa é não só da razão, mas da mesma natureza, que, sendo criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria, e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer. VIEIRA, Antônio. "Obras completas do padre Antônio Vieira: sermões". Prefaciados e revistos pelo Pe. Gonçalo Alves. Porto: Lello e Irmão - Editores, 1993. v. III, p. 264-265.
  • 35. QUESTÃO 6 [C5H16 - ADAPTADA] 35 As marcas da estética barroca encontram-se no texto de Vieira, a exemplo de A) conceptismo, ou seja, o predomínio das ideias, da lógica, do raciocínio. B) intenção religiosa e moralizante dirigida ao ouvinte, prática comum entre os escritores gongóricos. C) cultismo da linguagem com o intuito de convencer o ouvinte e por isto cria um jogo de imagens. D) preciosismo da linguagem, isto é, através de fatos corriqueiros, cotidianos, procura converter o ouvinte. E) culto do contraste, sugerindo a oposição bem x mal, em linguagem simples, concisa, direta e expressiva da intenção barroca de resgatar os valores greco-latinos.
  • 36. Saudade imensa de vocês!!!! Sucesso sempre, Bbs!!!! RECADINHO DO 36