2. Realizar atividades paralelas
enquanto escuta
Revela má educação e demonstra, de
forma inequívoca para o subordinado, o
que ele representa para o duperior.
3. Permitir interrupções por terceiros
Aceitar que outras pessoas interrompam o diálogo.
Interrupções demonstram o grau de importância que as
pessoas possuem para o interlocutor.
Muitas vezes, destroem uma tentativa feita pelo
subordinado, cultivada com esforço e até sofrimento, de
manifestar sua emoção.
Ao ser interrompido, o subordinado fica sujeito ao
afloramento de mecanismos de defesa – racionalização
(``é, eu sou uma pessoa como todas as outras´´),
negação (``foi azar, tenho certeza de que ele dá
importância a esse assunto´´), isolamento (``o negócio é
deixar como está e cuidar do meu trabalho´´).
4. Escolher locais inadequados ao
relacionamento interpessoal
Pode ser real ou imaginária, relacionada
ao tipo de assunto ou estilo do
interlocutor.
Gerente na posição central facilita a
observação do grupo.
Criar espaços para conversas
particulares.
5. Interromper em momentos
inadequados
Quando uma pessoa se dispõe a falar sobre um
problema, busca estabelecer uma linha de raciocínio
que a liberte do labirinto emocional em que se encontra.
Qualquer interrupção nessa linha provocará reações na
pessoa que fala.
A interrupção pode ser interpretada como falta de
atenção (``se estivesse concentrado no que eu estava
dizendo, teria entendido´´), desinteresse (``em vez de
ficar me apresentando ele deveria tentar me entender´´),
mecanismo de defesa (``ele fica me interrompendo para
evitar que eu fale o que tenho em mente´´).
A interrupção inteligente clarifica, aprofunda o
entendimento do assunto e estreita o vínculo com a
pessoa que fala. Seu uso requer sensibilidade e
atenção.
6. Atender em momento ou situação
inadequada para quem escuta
Observar momentos de crises nas pessoas.
Quando alguém está mergulhado em problemas
pessoais ou de trabalho, não escuta (véspera de
assinatura de um contrato, paralisação por falhas graves
de sistemas, vazamento de substâncias perigosas, etc.).
A franqueza produz os melhores resultados neste tipo
de situação, reconhecer a impossibilidade da escuta, da
atenção. Explicar isso ao subordinado e marcar outra
hora ou data para a conversa.
Eventuais prejuízos na postergação tendem a ser
menores do que insistir na data inadequada.
7. Preocupar-se mais em julgar do
que em escutar
Existe o momento adequado para expressar a
opinião sobre o que foi falado. Manifestar-se
durante a fala do liderado, incorre-se no erro da
interrupção e constrói-se barreiras à livre
expressão.
À medida que julga e manifesta sua opinião,
quem escuta estabelece algum tipo de censura.
Assim, inibe e transmite ao que fala suas
próprias ideias, conceitos e preconceitos, o que,
em princípio, não está em análise.
8. Sócrates, através da maiêutica, dava
excelente lição de liderança – ele
utilizava o raciocínio do discípulo como
parte do fio condutor do aprendizado,
empregando as ideias expostas por ele
para construção da ``verdade´´.
Com isso, o resultado era uma
conclusão conjunta, habilmente obtida
pela sábia condução do líder.