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10 dicas para melhorar o desempenho escolar do
seu filho
Construir um vínculo com a escola desde cedo e traçar paralelos
entre o conteúdo e a vida fora do colégio fazem muita diferença
Renata Losso, especial para o iG São Paulo | 08/11/2011 07:54:52
Getty Images
Cada criança tem um método de aprendizado mais eficiente e os pais devem ajudá-la a
descobri-lo
Além dos cadernos e boletins, os pais devem estar envolvidos com a vida escolar dos filhos
desdeo começo. Segundo a educadoraDaniela de Rogatis, quando os pais não acompanham
e valorizam o aprendizado, colocam a escola em xeque. “Seos pais não se importam com o
que a criança aprende, eles desvalorizam a escola. E isso leva a criança a questionar o valor
daquilo”, diz.
Leia também
7 dicas para melhorar o sono do seu filho
11 truques para seu filho comermelhor
Deixar a educação somente nas mãos da escola não é uma solução. Para Daniela, a
participação ativa dos pais na educação e no aprendizado dos filhos, além de ser um
facilitador para perceber as dificuldades e facilidades das crianças, dá mais segurança para
elas avançarem e melhorarem o desempenho.
A educadora Andrea Ramal lançou recentemente o livro “Depende de você – Como fazer de
seu filho uma história de sucesso”(LTC Editora) pensando exatamente nisto. Segundo a
autora, enquanto os pais não se aliarem às escolas, as chances do fracasso do filho na vida
escolar só aumentam. Conversamos com quatro especialistas em educação e reunimos 10
dicas para ajudar as crianças a aproveitarem a escola ao máximo.
1. Não deixe para ir à escola somente quando aparece um problema
Ir à escola somente quando você é convocado pararesolver algum problema da criança não
vai fazer tanta diferença. A psicóloga Eliana Tatit Sapienza, da Clínica Meta, especializada
na área educacional, indica aos pais manter uma parceria com a escola e os professores,
frequentando reuniões e se informando sobreo conteúdo desenvolvido em cada matéria. As
crianças, especialmente as mais novas, se sentem mais seguras e confiantes quando
percebem essa ligação entre pais e professores.
2. Crie um vínculo de comunicação
Perguntar sempre como foi o dia de aula, o que os filhos aprenderam e se passaram por
alguma dificuldade são algumas das questões iniciais para estabelecer o vínculo com as
crianças sobreo assunto. “Não é para conversar na base da pressão, mas com amizade e
afeto”, diz Andrea Ramal. Esse tipo de atitude fará com a criança se sinta, desde os primeiros
dias na escola, à vontade para contar o que ela fez no dia, do que gostoue do que não gostou.
Assim, se a conversa for mantida ao longo dos anos, os pais saberão se o filho é bom em
português, mas tem dificuldades com a matemática, porexemplo.
3. Acompanhe os deveres de casa
Às vezes, segundo Birgit Mobus, psicopedagogada Escola Suíço-Brasileira, em São Paulo,
os pais trabalham tanto que lhes sobrapouco tempo para observar os deveres de perto, mas é
importante que um dos dois realize esta função. Acompanhar o que a criança está
aprendendo na escola aumenta a motivação e relacionar aquele conhecimento a uma
lembrança real podetornar o conteúdo ainda mais significativo – ao ver as lições sobreas
vegetações típicas do país, porexemplo, vale relembrar aquela viagem feita ao cerrado ou a
excursão das férias pelas trilhas e praias da Mata Atlântica.
Leia também: não deixe a lição de casa virar um problema
4. Estabeleça uma rotina
A criança deve perceber que é muito mais proveitoso estudar um pouco pordia do que deixar
para estudar na última hora, na véspera de uma prova. De acordo comAndrea Ramal, antes
do sexto ano do Ensino Fundamental, estudar uma hora por dia está de bom tamanho.
Conforme o número de matérias vai avançando, a duração deste período também deve
aumentar. Se a criança ainda está no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, o brincar ainda
podeter um espaço maior no dia a dia dela. “Os períodosdeestudo devem ir crescendo a
partir do segundo ciclo”, comenta Daniela de Rogatis.
Leia também: os dez mandamentos do brincar
5. Organize um espaço para os estudos
Este espaço deve ser aproveitado, de preferência, em um horário fixo e nobre do dia. A
psicóloga Eliana Tatit Sapienza recomenda um lugar tranquilo, iluminado, limpo e
organizado para o momento, onde nada possatirar a concentração da criança. Televisão,
videogame ou o irmãozinho mais novo fazendo bagunça devem ficar longe. Materiais de
consulta, como livros e acesso supervisionado à internet, ficam perto.
Leia também: acerte no canto de estudos
Getty Images
Os pais devem acompanhara vida escolarda criança desde cedo, evitando assimos
problemas na adolescência
6. Leia comprazer
Se dentro de casa a leitura é estimulada e encarada como um momento de lazer e prazer, será
mais fácil para as crianças se adaptarem ao mundo dos estudos. “Os pais devem conversar
com os filhos sobreo livro, revista ou jornal que estiverem lendo, além de deixar livros ao
alcance das crianças”, comenta Eliana. Deixar bilhetes e cartinhas aos pequenos também é
benéfico. Até mesmo fazer a lista de compras do supermercado ao lado do filho menor pode
ser um estímulo.
7. Ajude seu filho a descobrira fórmula ideal de estudo
Segundo Andrea Ramal, todos temos modalidades diferentes para aprender. Umas são mais
produtivas do que outras. Algumas crianças são mais visuais e estudam sublinhando livros e
fazendo resumos. Outras podemser mais auditivas e preferem repetir o conteúdo em voz alta
para si mesmas. “Os pais precisam estimular todas as modalidades, para ver qual é melhor
para aquela criança, e tomar cuidado para não inibi-las”, diz. “Hoje em dia as pessoas não
aprendem mais sob pressão, mas por motivação”, completa.
8. Relacioneo que acontecena escola ao que aconteceemfamília
Conectar os programas de família ao conteúdo da escola amplifica o conhecimento. Se a
criança estiver estudando sobre rios e mares, ou sobre como a energia elétrica chega à casa
de cada um, viajar para Itaipu ou Foz do Iguaçu durante as férias podeser mais produtivo do
que levá-la para a Disney. “Ela agrega e amplia os horizontes”, afirma Daniela.
Passeios e brincadeiras, de acordo coma psicóloga Eliana Tatit Sapienza, também são
aliados da aprendizagem. Levar os pequenos a museus, teatros, sessões decinema,
bibliotecas, livrarias e proporjogos que incentivem a leitura, a escrita e o raciocínio são uma
mão na roda. Ao assistir um filme, Andrea Ramal recomenda aos pais pedir aos filhos para
escrever outra história comaquele personagem principal. Oportunidades de conhecimento
além da escola não faltam, e o seu filho provavelmente gostará da ideia.
9. Se interessarao seufilho, organize grupos de estudo
Tanto dentro como fora da escola, as atividades em grupo podem ser benéficas. Se os pais
perceberem que a criança sente prazer ao estudar com um ou dois amiguinhos, é uma boa
pedida. Organizar um debate sobre um assunto específico comos amiguinhos da escola,
segundo Andrea Ramal, podeser bem interessante. Levá-la a um museu com alguns
amiguinhos e sugerir um debate sobreo assunto podeajudá-la a atribuir sentido ao que viu e
conheceu.
10. Não espere seufilho virar adolescente para participar da educação dele
Uma família que sempre participou e esteve junto com as crianças durante as lições e provas
dificilmente terá um adolescente que não se esforça nos estudos. Nesta fase, os pais precisam
tomar cuidado para não pressionar os filhos ou serem invasivos. E isso só é possívelse
houver uma relação sólida construída. “As famílias que não levam a educação infantil e o
primeiro ciclo do ensino fundamental com a devida importância e, consequentemente, não
passam coma criança pelas primeiras dificuldades, não terão jeito de opinar quando o filho
fizer 15 anos, já que as dificuldades se acumularam ao longo do processoeducacional”,
explica Daniela de Rogatis.
Famílias presentes na vida escolardos filhos garantem melhor aprendizado
Paisatentos ajudam os filhos nos momentosdedificuldadee os motivam semprea
melhorar
Atitudes simples dos pais, como conversar com os filhos e acompanhar o dever de casa,
podeminfluenciar substancialmente a vida escolar de meninos e meninas. Outro fator que
conta muito é conhecer os professores,a escola, os amigos e os métodos de ensino que estão
sendo aplicados. Isso, muita vezes, faz com que aja um interesse maior do aluno em
aprender, já que sabe que os pais cobram boas notas e também um interesse maior da escola
em estar sempre aperfeiçoando o ensino.
Para a psicóloga Fábia Lima, é de suma importância o acompanhamento do desenvolvimento
dos filhos porparte dos pais. “Esse acompanhamento é uma demonstração de amor. Pais que
se interessam pelo desenvolvimento de seus filhos conseguem acompanhá-los de perto e
notar o menor sinal de dificuldade que seu pequeno possaencontrar. Pais atentos ajudam os
filhos nos momentos de dificuldade e os motivam sempre a melhorar. A criança, por ter os
pais como espelho, acaba se envolvendo mais com a escola, e o ato de estudar em si.
Crianças que sentem o interesse dos pais em sua vida escolar se esforçam mais e tendem a
ter um melhor desempenho como estudante”, afirmou
Adriana Barreto Rodrigues é mãe de Iohana e Álvaro que estudam no COC. Ela não abre
mão de acompanhar os filhos na escola, conhecer os professores e ajudá-los no que for
possível. “Tenho uma filha de 18 anos que está no cursinho se preparando para o vestibular e
acho importante conhecer os professores dela para trocarmos idéia sobre o desempenho dela
nas matérias. E meu filho de 8 anos está na terceiro ano, também conheço sua professorae
acompanho o dia a dia dele”.
Ela disse ainda que acha muito importante este acompanhamento. “Mostra que me preocupo
com a qualidade de ensino deles e desta forma contribuo para um melhor desenvolvimento
de ambos, pois os professores vendo que os pais se preocupam automaticamente se motivam
a dar aulas cadavez melhores e com as crianças acontece da mesma forma, se preocupam em
mostrar notas, letra melhor, porquesabem que a mãe está olhando, enfim a cobrançaacaba
sendo uma “ajudinha” para ambos”, esclareceu Adriana.
Além disso, Adriana esta sempre tentando ajudar seus filhos. “Ajudo nas lições de casa, do
Álvaro, pois a Iohana que está se preparando para o vestibular já faz tudo sozinha e tira
dúvidas com os professores. Jáo Álvaro tenho que estar junto todos os dias, acho que
menino a gente acaba tendo que ficar mais em cima mesmo. Além de acompanhar, invento
músiquinhas ou frases para quando ele precisar lembrar de alguma coisa. Sempre fiz isso
com a minha filha também, o bacana é que hoje ela mesma inventa, pois aprendeu essa
“fórmula” desde pequena”.
Já arquiteta Valquiria Ferrazoli, tem que conciliar o trabalho com a vida de mãe. “Procuro
estar sempre presente, acompanhando o aprendizado da Julia que está no 6º ano. Converso
com os professores, mesmo fora das datas de reuniões e procuro ir à escola, verificar a
qualidade de ensino e conhecer os métodos aplicados. Como eu trabalho a dia todo fica mais
difícil de ajudá-la nas lições de casa. Ela já está acostumada a fazer as lições, acho ela muito
responsável nessa parte porqueela já faz tudo sozinha e eu não preciso ficar muito em cima”,
afirmou.
Valquiria afirmou ainda que sua filha sabe que ela vai sempre cobrar o melhor dela, porisso
a filha procura fazer tudo certinho sempre. “Ela tem as suas responsabilidades e sabe que ela
é cobradaa fazer as tarefas. Em relação a escola, os professores e diretores são os primeiros
a pedir para que a gente esteja presente. Quando estamos preocupadoscomo que a escola
oferece, ela se preocupamais em satisfazer as expectativas dos pais”.
Para a pedagoga e diretora do Colégio Saber, Ana Laura Nicastro, a família e a escola são
duas instituições muito importantes no desenvolvimento mental, psicomotor, social e afetivo
do ser humano. “Educar não é uma tarefa solitária, uma parceria entre escola e família é de
extrema importância, pois conhecendo a rotina escolar dos filhos, os pais evitam maiores
problemas e podem ajudar dando apoio e desenvolvendo a autonomia dos seus filhos”,
afirmou. “Estudos revelam que a participação da família contribui bastante para o
aprendizado da criança. Quando isso acontece às notas aumentam em torno de 20%”,
esclareceu.
A psicóloga Fábia acredita que os pais podemcontribuir com o aprendizado dos filhos
incentivando o estudo, a leitura. Elogiando o bom desempenho do filho e sempre o
motivando a melhorar. “Muitos pais pensam que o correto é punir quando a criança vai mal
na escola e se ela vai bem, não passade sua obrigação. Mero engano. A criança quando vai
mal na escola, a nota baixa pra ela já está sendo uma punição, cabe aos pais observar o filho
e pedir ajuda á professorana investigação do que podeestar propiciando o mal desempenho
escolar. E quando o filho vai bem, nada melhor que um grande abraço, um elogio, mostrando
o contentamento dos pais com a criança. Agindo desta forma os pais vão contribuir para o
aprendizado ocorrer de forma natural, sem pressão e a criança adquire gosto pelo estudo”.
A pedagoga afirma que conhecer as pessoas quetrabalham direta ou indiretamente com os
filhos é importante. “Fazer parte da escola estando presente em determinados momentos faz
com que a criança se sinta importante e respeitada naquilo que faz. Consequentemente fará
diferença em sala de aula. Uma escola aberta, onde os pais opinam e são sempre ouvidos, faz
com que todos fiquem muito atentos para fazerem e serem sempre os melhores”, explicou
Ana Laura.
Veja algumas dicas da pedagogaAna Laura, de como os pais podem ajudar seus filhos:
v Converse comseufilho
Pergunte o que ele aprendeu no Colégio e mostre-se bastante interessado;
Pergunte se ele tem dificuldades em alguma matéria;
Converse sobreos amigos de escola, seus relacionamentos e brincadeiras.
v Cobre as obrigaçõesdo seufilho
Colabore para que seu filho seja pontual e não deixe que ele falte sem necessidade;
Ensine-o a respeitar os colegas, os professores e os funcionários;
Confira se ele anota seus compromissos na agenda e faz a lição de casa diariamente.
v Acompanhe a lição de casa
Separe um lugar da casa para fazer a lição – deve ser o mais tranquilo possível;
Combine com ele um horário para os estudos;
Ofereça sempre ajuda, mas não faça as lições porele;
Estimule-o a pesquisar e descobriras respostas porconta própria.
v Fique de olho no aprendizado
Verifique o que seu filho está aprendendo;
Confira sempre suas notas e boletins:
Se forem ruins, pergunte ao professorcomo você podeajudar;
Se forem boas, elogie-o para que continue assim.
v Incentive-o a ler
Dê livros de presente para seu filho;
Deixe livros ao seu alcance;
Faça da leitura um momento de prazer, podeaté estourar pipoca;
Estimule atividades que usem a leitura;
Ensine-o a emprestar livros e a pedir emprestado.
v Valorize a escrita
Escreva bilhetes para seu filho. Assim ele entenderá a utilidade da escrita;
Brinque de palavras cruzadas, forca, stop, etc;
Peça ajuda para escrever a lista de compras, anotações em álbuns de fotografias;
Incentive-o a não mudar as grafias das palavras ao usar o computador.
v Usufrua da tecnologia commoderação
É bom poderproporcionaras novidades tecnológicas aos filhos, mas controle o tempo que
ele fica sentado em frente ao computadorou assistindo TV.
v E o mais IMPORTANTE:dê o exemplo
Seja coerente e respeitoso:suas atitudes refletem o que você pensa;
Mostre que estudar é importante e ler é divertido. Estude e leia sempre;
Mostre que você admira e valoriza a profissão do professor;
Oriente seu filho a procurar o professorpara ajudá-lo em situações difíceis;
Respeite e ouça sempre o outro para que seu filho também o faça.
Como ajudar seu filho nos estudos?
"Se toda a família participar da educação do filho de modo que todos voltem seus olhos para
ele, apreciando e elogiando seu crescimento, se criará um clima positivo dentro de casae a
criança se desenvolverá alegre e serena."
ProfessorToruKumon - criador do método Kumon
Saiba como aproveitar ao máximo o conteúdo deste guia:
- Leia todas as sugestões e coloque-as em prática;
- Compartilhe as dicas com familiares e amigos que tenham filhos.
Quando você pensa em seu filho muitas alegrias e sonhos vem à sua mente, não é mesmo?
Mas o que você deseja para o futuro dele?
( ) que ele consiga estudar sozinho e avançar bem nos estudos;
( ) que ele possaenfrentar e vencer os desafios da vida;
( ) que ele seja feliz.
Se você assinalou uma ou mais opções, compartilhamos do mesmo desejo para seu filho: que
ele tenha sucesso na escola e na vida!
É por isso que nós, do Kumon Instituto de Educação, trabalhamos há mais de 50 anos, ao
lado de pais como você.
Elaboramos este guia com algumas dicas para ajudá-lo no acompanhamento escolar de seu
filho. São sugestões simples e práticas, combase em experiências de sucesso deorientadores
do Kumon, educadores, famílias e parceiros que compartilham das mesmas aspirações de
nosso Instituto. Isto porque queremos que seu filho tenha um futuro de sucesso!Afinal de
contas, ele merece! Boa Leitura!
Prepare seu filho para o sucesso na escola e na vida!
Como ajudar seu filho nos estudos?
O apoio e o envolvimento de toda a família são fundamentais para o desenvolvimento das
crianças. Combase em sua experiência na formação dos alunos, o Kumon compartilha
algumas dicas úteis para ajudar vocês, pais, no acompanhamento escolar de seus filhos.
Você sabia?
A participação da família faz uma grande diferença no aprendizado da criança!
Segundo pesquisas internacionais, quando os pais participam da vida escolar dos filhos, as
notas na escola aumentam em médica 20%.
1 - Elogie sempre, mesmo os menores progressos. Saiba enxergar motivos para elogiar seu
filho.
2 - Estabeleça hábitos diários saudáveis para: alimentação, estudo e lazer. Faça seus filhos
cumprí-los comfirmeza e serenidade. Saber dizer 'não' também é uma prova de amor.
3 - Dê exemplos. Mostre que estudar é importante e ler, divertido. Leia sempre e presenteie
seu filho comgibis, revistas e livros.
4 - Enquanto seu filho faz as tarefas escolares, aproveite para ler um livro ou jornal ao seu
lado. Ele sentirá apoio e participação.
5 - Estimule seu filho a pesquisar e descobrir as respostas porconta própria. Se precisar,
ofereça as dicas para ajudá-lo na realização da tarefa. Demonstre interesse, mas não faça as
lições por ele!
6 - Crie um ambiente propício para o estudo. Um local iluminado, ventilado e sem ruídos
facilita o entendimento e assimilação do conteúdo estudado.
7 - Respeite o ritmo de estudo e de assimilação da matéria de seu filho. Não o compare com
os colegas, outros filhos e até mesmo com você, relembrando a épocaem que era estudante!
Todos somosdiferentes!
8 - Conheça as dificuldades de seu filho e procure soluções definitivas para elas. Buscar
socorro deútilma hora somente para tirar uma boanota na prova podecomprometer os
estudos no futuro. Prevenir é a melhor solução!
9 - Incentive seu filho a gostar de Matemática e Português inserindo atividades lúdicas com
números e leitura em seu dia a dia. Por meio de jogos, desafios, enigmas, mapas; ao sair para
fazer compras, visitar livrarias e bibliotecas, por exemplo, ele vai aprender brincando!
10 - Participe das atividades, reuniões e eventos da escola de seu filho. Conheça a proposta
pedagógica e converse com o professorperiodicamente.
11 - Capacidade de cálculo e de leitura são as bases para um estudo eficaz. Bons
conhecimentos em Matemática, Português e Idiomais garantirão um bom desempenho em
todas as outras disciplinas. Quanto antes seu filho adquirir bons conhecimentos nestas
disciplinas, melhor!
Como ajudar seu filho a não repetir de ano
É fundamental aparticipação dospaisparao bomdesempenho dacriançana escola?
Psicóloga: Com certeza. É importante que os pais estejam disponíveis para ajudar nas tarefas da escola
sempre que possível, assim, além de sanar as dúvidas que podem surgir, estarão mostrando à criança o
quanto dão importância aos estudos e a ela. O filho poderá se sentir valorizado ao ver que os pais estão ali,
ao seu lado, interessados em ajudá-lo.
Como identificarqual éa maiordificuldadedacriança?
Psicóloga: Independente da idade da criança, só é possível perceber quais as dificuldades apresentadas ao
acompanhá-la nos estudos. Quando os pais conseguem acompanhar com alguma freqüência estas atividades,
conseguirão perceber que a criança tem, por exemplo, muita facilidade na leitura mas alguma defasagem em
matemática.
É natural que a criança obtenha melhor desempenho em algumas matérias. Nestes casos, o incentivo para
que ela estude as áreas que tem mais dificuldade se mostra muito mais funcional que uma critica negativa.
Também pode ser importante um contato freqüente com a escola. Sobre o comportamento na escola,
ninguém melhor que as professoras que estão mais presentes, para dizer.
Deque formaospaispodemdar forçaaosfilhosparao melhordesempenho?
Psicóloga: Demonstrar interesse pelo que o filho aprende na escola, fazendo perguntas sobre como foi o dia,
o que de novo ele aprendeu e do que mais gostou, por exemplo, mostram à criança o quanto os pais
valorizam os estudos e se interessam por sua vida. A opinião dos pais tem uma importância enorme,
portanto, o incentivo deles pode ser um grande motivador.
A ajuda nas lições de casa também é muito importante. A companhia dos pais pode ser um bom estímulo
para que a criança queira estudar e aprender.
Se a criança vem apresentando dificuldade, vale investigar na escola o que está acontecendo: Como está seu
relacionamento com os colegas e professores? A escola ensina de forma didática e criativa?
Criartestes e chamadasoraisajudamafixara matéria?
Psicóloga: Ajudam, se feitos de forma lúdica e divertida. É importante cuidar para que a criança não se sinta
excessivamente cobrada e criticada, pois nesse caso, pode ser mais prejudicial que benéfico.
Uma conversacoma professoraéumaformapossível depegardicassobrecomo estudaremcasa?
Psicóloga: A professora, por sua formação e experiência profissional, provavelmente domina técnicas de
ensino que os pais desconhecem. Pode ser, sim, muito válido buscar dicas e informações com elas.
Qual é a importânciadedeixaraculpade lado e pararde descobriro quefoi feito de errado ese focar
apenasna solução do problema?
Psicóloga: Descobrir o que foi feito de errado é muito importante, não para achar um culpado para o
problema, mas sim para evitar que ele volte a ocorrer.
Entendeu o que houve de errado? Sem culpas. Busque modificar algumas coisas, afim de uma melhora não
só para a criança, mas também para os pais.
Percebeu que estava sendo muito crítico e duro com seu filho? Explique o que aconteceu, conte que estava
tentando ajudar, mas que notou que talvez não estivesse agindo da melhor forma, pergunte o que a criança
acha disso e busque dar mais ênfase as coisas boas, que as dificuldades da criança, por exemplo.
É necessário estabelecerhoráriosparao estudo?Porque?
Psicóloga: Sim. Poder se organizar pode ser fundamental para qualquer pessoa, independente da idade, mas
crianças precisam da ajuda de um adulto para isso. É importante que ela saiba que em dada hora terá que
estudar, mas que depois poderá fazer outra atividade.
Qual é o melhorhorário paraestudo?
Psicóloga: As crianças pequenas tendem a ser mais ativas pela manhã. Não é incomum os pais tirarem o
domingo para dormir até tarde e acabam tendo seus planos mudados pelo filho que acordou as sete da
manhã, querendo brincar. Já na pré-adolescência e adolescência, diante de tantas mudanças hormonais, o
ritmo biológico pode se modificar. Muitos jovens passam a ter sono muito tarde e sofrem na hora de sair
cedo da cama para ir a escola. Por dormirem menos horas do que o necessário, podem apresentar
dificuldades no aprendizado e até mesmo de comportamento.
É importanteficarde olho no queeleestá fazendo enquanto estuda?(Checarsenão há distrações –
como televisão,computador...)
Psicóloga: Quanto mais livre de estresse e estímulos for o ambiente, maior nossa capacidade de
concentração. Muitas vezes escutamos das crianças e jovens que eles são capazes de estudar com a televisão
ligada, trocando mensagens com amigos e escutando música. De fato a lição pode estar completa no final,
mas provavelmente o conteúdo do estudo não ficou tão fixado quanto poderia.
Converse com seu filho sobre a importância dele reservar aquele momento apenas para os estudos.
Como osirmão devemse portardiantedo filho comproblemasna escola?Ex:fazeratividadesmais
calmas, como ler,para queo estudo não vireum castigo parao filho comproblemanaescola,caso ele
ouçaseusirmãosbrincando ourindo alto.
Psicóloga: Esse momento se torna mais fácil se todos os filhos tiverem o mesmo horário reservado para os
estudos, assim ninguém estará brincando enquanto o outro estuda. Caso seja necessário que um dos filhos
tenha mais tempo para os estudos, é importante programar com os demais, atividades que não façam muito
barulho e não atrapalhem o primeiro.
Darexemplospodesereficaz?Mostraràcriançaquevocêé organizada,gostade lere escrever... Que
tipo de exemplossão fundamentaispara criançasentre5 e 9 anos?E entre 10e 14 anos?
Psicóloga: Muitas vezes os exemplos não precisam ser explicados. Pode ser difícil para uma criança
entender que ela precisa ser calma e organizada, quando seus pais agem de forma oposta. Muitas coisas são
aprendidas a partir dos modelos, daquilo que observamos. Além disso, o fato de uma mãe gostar de ler, por
exemplo, não quer dizer que sua filha necessariamente será uma grande leitora. É importante perceber quais
são os pontos fortes da criança e incentivá-los.
Jamaisnegociar!Porqueé importantenão trocar o estudo porpresentes, porexemplo?É fundamental
mostrarque estudarfaz parte dasobrigaçõesdacriança?
Psicóloga: É fundamental que a criança entenda qual a importância dos estudos e o porque ela precisa
aprender aquilo. Trocar uma tarde de estudos por presentes faz a situação parecer uma troca de favores,
quando na verdade, é uma das responsabilidades da criança.
Nunca compararacriançacom osirmãos.Porque essecomparativo podeagirdeformanegativa?
Psicóloga: As comparações, em geral, incluem um juízo de valor. Ao comparar dois filhos, automaticamente
ficará entendido que um é melhor que o outro em determinado assunto. Além disso, as comparações podem
incentivar a rivalidade entre os irmãos.
Pode ser mais interessante comprar a criança com ela mesma, dizendo coisas como: “Filho, lembra que
quando você estudou pra prova de português, você aprendeu bastante coisa e se saiu super bem?”.
Agredir,jamais.Isso desestimulaaindamaisa criança?
Psicóloga: Sem dúvidas. Agredir, seja verbal ou fisicamente, não ensina ninguém sobre a importância dos
estudos. É natural que, as vezes, os pais se sintam cansados e até irritados diante dos problemas dos filhos,
entretanto, nessas horas e importante se acalmar antes de qualquer atitude. Embora clichê, a máxima de
“uma boa conversa resolver tudo”, é verdadeira.
Não falarmal da escola.Porque é necessário escolaeprofessorseuniremao invésdeprocuraremo
culpado pelo maudesempenho dacriança?
Psicóloga: As crianças passam muito tempo na escola, muitas vezes, mais que na própria casa. Sendo assim,
trocar informações sobre os comportamentos da crianças nos dois ambientes pode ser importante para que se
tenha uma visão mais imparcial do problema.
No diada prova,porque é importantecriarum climade tranquilidadedentro decasa?
Psicóloga: Quando uma criança vem apresentando problemas com as notas, fazer uma prova pode ser
bastante ansiógeno, portanto, quanto mais tranqüila ela estiver se sentindo, menores as chances de ter os
famosos “brancos” na hora da prova.
É necessário queacriançatenha uma boanoitede sono?Porque?
Psicóloga: Sim. Uma noite mal dormida pode resultar em dificuldades de concentração, perda de memória,
cansaço e sonolência excessivos. Sendo assim, armazenar a infinidade de informações passadas numa sala
de aula pode ser uma tarefa bastante difícil.
Palavraspositivaspodemajudaro filho aalcançarao desempenho necessário?
Psicóloga: Certamente. É muito mais provável que uma criança se sinta valorizada e capaz depois de escutar
um “Muito bem! O que você acha de tentarmos fazer essa lição agora?”, do que ouvindo uma crítica ou um
xingamento. A possibilidade de ganhar uma coisa boa incentiva, a de receber uma coisa ruim, amedronta.
É necessário criarumtempo de estudo diário?
Psicóloga: A realização das lições de casa já é uma boa forma de estudo, que ajuda na fixação e
aprofundamento da matéria. É importante que haja uma rotina, para que a criança seja capaz de se organizar.
O tempo necessário para a realização dessas atividades pode variar um pouco, de acordo com os encargos
dados pela escola e com ritmo da criança, porém, para crianças mais novas, cerca de 1 hora por dia é
suficiente. A partir do oitavo ano, quando a quantidade de conteúdo ensinado aumenta, cerca de duas horas
por dia passa a ser o ideal.
Os paisdevem se manterpresentesdurante ashorasde estudo do filho?Dequeforma?Ex:fazendo
pesquisasnainternet, conferindo asrespostasdo dever...
Psicóloga: Se o filho já está bem adaptado e consegue fazer as atividades sozinho, não é necessário que os
pais estejam do lado o tempo todo. Apenas perguntar ,durante os estudos, se ele tem alguma dúvida, se
mostrando disponível para ajudar, já é o suficiente. Para algumas crianças, a presença dos pais se faz mais
importante e pode servir como um incentivo. Os pais podem auxiliar e tirar dúvidas, mas tomando sempre
cuidado para não fazer as atividades pelos filhos.
Chamarum colegaparaestudarpodeauxiliara criançacomproblemasdeaprendizado aaprender
melhora matéria?
Psicóloga: Sim, se for um colega que saiba bem a matéria e esteja disponível para ajudar. Do contrário, os
estudos podem acabar sendo substituídos por um momento de brincadeiras.
É importantemostrarà criançaporqueo estudo é importante?
Psicóloga: Sim. É mais provável que realizemos uma atividade, se soubermos qual é seu objetivo. Se a
criança não entende porque tem que estudar, porque o faria?
O elogio eo aumento da autoestimaajudamno desempenho dacriança?Isso funcionacomcriançasde
qualqueridade?
Psicóloga: Isso funciona com crianças, adolescentes, adultos, idosos. Quem não se sente bem ao ver seu
esforço reconhecido?
Motivá-ladando exemplosdepessoasqueelaadmiraequevenceramestudando,podeseruma forma
eficazde melhorarseurendimento?
O que ajuda a motivar uma pessoa, muito vezes pode não ajudar outra. As necessidades das pessoas são
diferente. É possível que isso sirva, sim, pra algumas pessoas, mas para outras, não.
Como agirno ano seguinteparaque o mesmo problemanão serepita?
Psicóloga: É importante pensar sobre a questão e entender o que levou ao problema. Conversar com a
criança e com a escola pode ajudar. Identificando a questão, fica possível solucioná-la.
*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo
Yasmin Spaolonzi Daibs - Psicóloga - CRP 06/102878
Como os pais podem ajudar na aprendizagem dos
filhos
"Alunos que leem mais têm desempenho melhor, importando pouco
o que leem: a correlação é observada para livros, jornais e revistas.
Alunos que tiveram pais que leram para eles na tenra infância têm
melhor desempenho"
As boas escolas ensinam, mas só quem podeeducar para a vida são os pais(Photoalto/Getty
Images/VEJA)
Os pais zelosos costumam fazer grandes esforços pela educação de seus filhos. Têm razão.
Há poucas áreas da vida de uma pessoaque não são direta e positivamente influenciadas pela
sua educação. Estudo aumenta a renda, reduz a criminalidade e a desigualdade de renda, tem
impactos positivos sobrea saúde e diminui até o risco de vitimização pela violência urbana.
Muitos pais, porém, concentram seus esforços no lugar errado: procuram escolas caras, com
instalações vistosas e tecnologicamente avançadas, e entopem seus filhos de atividades
extracurriculares. A pesquisa empírica, ainda que esteja longe de poderprescrever um mapa
completo de tudo aquilo que os pais podem fazer para que seus filhos cheguem a Harvard, já
identifica uma série de fatores importantes (e outros irrelevantes) para o sucesso acadêmico
das crianças.
Comecemos pelo início. Ou, aliás, antes dele: na escolha do(a) parceiro(a). As pesquisas
revelam que o fator mais importante para o aprendizado das crianças é o nível educacional
de seus pais. A escolarização dos pais é mais importante do que a escolarização dos
professores (três vezes mais, para ser exato) e do que qualquer outra variável ligada à
educação - inclusive a renda dos pais (um aumento de um ano da escolaridade dos pais tem
impacto nove vezes maior sobrea escolaridade dos filhos do que um aumento de 10% da
renda). Não é que a renda dos pais não seja importante: ela é, sim, em todo o mundo. Mas a
escolaridade é mais. Muito do que atribuímos ao nível de renda dos pais é, na verdade,
determinado por seu nível educacional, pois pessoas mais instruídas acabam ganhando mais
dinheiro.
Nascido o filho, uma boa notícia: não há, que eu saiba, comprovação deque os métodos de
aceleração de desenvolvimento cognitivo para bebês, sejam eles quais forem, tenham
qualquer impacto. Alguns, como a linha de produtos Baby Einstein, porexemplo, foram
recentemente identificados como tendo inclusive uma relação negativa com o
desenvolvimento vocabular. As pesquisas também vêm demonstrando que não há correlação
do QI de uma criança em idade pré-escolar comseu desempenho futuro (a relação começa a
aparecer lá pelos 8 ou 9 anos), de forma que não há razão para desespero se o seu filho não
estiver fazendo cálculo infinitesimal antes de abandonar as fraldas.
Não há, igualmente, impactos positivos para os bebês que frequentam creches. Há, sim,
impactos significativos e bastante relevantes para as crianças que frequentam a pré-escola.
Falaremos mais sobre ela no próximo mês, mas quem puder colocaro filho na pré-escola
estará dando um importante empurrão ao desenvolvimento do filho, que perdura a vida toda.
Finda a pré-escola, os pais que têm a sortede podercolocar seus filhos em escolas
particulares deparam com a decisão que parece ser a definitiva: em que escola matricular o
rebento? A boa notícia é que essa decisão é bem menos importante do que parece. A má é
que o trabalho dos pais não termina depois da decisão de onde colocaro filho. Pelo
contrário: a pesquisa mostra que aquilo que acontece dentro de casa é mais importante do
que a escolha da escola. Um estudo recente, porexemplo, decompôs adiferença de
performance entre escolas públicas e particulares no Saeb, teste educacional do MEC, e
encontrou o seguinte: nos resultados brutos, a escola particular tem desempenho 50% acima
da pública. Porém, quando inserimos na equação o nível de renda dos pais dos alunos, essa
diferença cai para 16%. Dois terços da diferença entre escolas públicas e privadas se devem,
portanto, não a fatores da escola, mas do alunado. (Esse estudo e todos os outros
mencionados neste artigo estão disponíveis em twitter.com/gustavoioschpe.)
Isso não quer dizer que a escola não importa, obviamente. Ela importa, e muito. Mas as
diferenças mais importantes são entre sistemas escolares de países ou regiões diferentes.
Dentro do mesmo sistema, em termos de aprendizagem, as diferenças são menos importantes
do que a maioria imagina. Para os pais preocupadosem escolher a melhor escola possível
para o sucesso acadêmico do seu filho, o Enem é um bom sinalizador. Não é uma ferramenta
definitiva, já que a participação no exame é opcional, produzindo uma amostra não aleatória,
mas é um bom começo. Para escolas com resultados parecidos no Enem, usaria, como
critério de "desempate", as práticas consagradas de sala de aula e os critérios de formação de
professores e gestores detalhados na trilogia publicada neste espaço nos últimos meses.
O mais importante que os pais podem fazer, porém, está dentro de casa, diuturnamente. O
acesso e o apreço a bens culturais, especialmente livros, são fundamentais. A quantidade de
livros que o aluno tem em casa é apontada, em diversos estudos, como uma das mais
importantes variáveis explicativas para seu desempenho. É claro que não basta ter livros: é
preciso lê-los, e viver em um ambiente em que o conhecimento é valorizado. Alunos que
leem mais têm desempenho melhor, importando pouco o que leem: a correlação é observada
para livros, jornais e revistas. Alunos que tiveram pais que leram para eles na tenra infância
têm melhor desempenho. Pais envolvidos com a vida escolar dos filhos e que os incentivam
a fazer o dever de casa têm impacto positivo (curiosamente, o envolvimento dos pais no
ambiente escolar tem se mostrado irrelevante). Porém, pais que fazem o dever de casa com
(ou pelo) seu filho provocampiora no desempenho acadêmico, por melhores que sejam as
intenções.
Morar perto da escola ajuda. Em uma resenha de oito estudos sobreo tema, os oito indicaram
relação negativa entre distância casa-escolae aprendizado dos alunos. Talvez essa relação
influencie outro detrator do aprendizado: o absenteísmo. Aluno que falta à aula é, em geral,
aluno que aprende menos. Outro fator negativo é o trabalho: alunos que trabalham além de
estudar aprendem menos. Infelizmente não conheço estudos sobreo impacto do trabalho nos
alunos universitários, mas aposto que parte da enorme diferença de qualidade entre as
universidades brasileiras e as americanas se deve ao ambiente de dedicação exclusiva que
estas conseguem impor aos seus alunos.
Ter computadorem casa também tem resultados mensuráveis sobreo aprendizado. Quem
podecomprar um que o faça.
Finalmente, falemos sobreaspectos psicológicos. Um dos grandes esforços dos pais
modernos é aumentar a autoestima de seus filhos. Na educação, seu impacto é incerto: de
catorze estudos analisando o assunto, só em metade se viu relação positiva entre autoestima e
aprendizado. Em outro estudo, descobriu-seque o impacto do desempenho acadêmico é três
vezes mais importante que a autoestima do jovem do ensino médio para a determinação do
seu salário quando adulto.
Os fatores que têm impacto sobreo aprendizado são outros:gostar de estudar, ter maior
motivação, aspirações de futuro mais ambiciosas, persistência e consistência são todas
variáveis que estão correlacionadas a melhores notas. Os pais não podem incutir em seus
filhos todas essas virtudes (e a interessante discussão sobrequanto controle os pais têm sobre
o destino de seus filhos é tema para artigo futuro), mas há muito que podem fazer para criar
ambientes domésticos mais propícios ao surgimento ou fortalecimento dessas características.
Por fim, duas ressalvas. Ser bom aluno não significa ser feliz ou bom cidadão ou quaisquer
outras virtudes que são tão ou mais desejadas pelos pais que o sucesso acadêmico dos filhos.
Elas simplesmente não estão mencionadas aqui porquenão constituem minha área de estudo.
Segundo, talvez falte nessa lista - porser simplesmente imensurável - aquilo que de mais
importante um pai podedar a seu filho: amor.
Criança precisa falar de emoções: saiba como
incentivar isso em casa
Expressar as próprias emoções já é difícil para alguns adultos, então imagina para as crianças
que ainda nem conhecem cada uma delas porinteiro? Mas esse é um desafio que vale a pena
comprar: ajudar nossos filhos a entender o que está se passando pordentro e, acima de tudo,
ensiná-los o que fazer com esses sentimentos, é uma forma de prepará-los para a vida. Uma
psicóloga e uma famosa mamãe da internet ensinam como iniciar essepapo em casa e
sugerem algumas atividades que a gente podefazer, confira!
Novas emoçõessãodescobertaspela criança a cada ano
É com o tempo que os nossos pequenos aprendem a falar, andar e também a sentir. Pensando
em crianças e emoções, as coisas mudam muito rápido: literalmente, de um ano para o outro.
“No primeiro ano de vida de nossos bebês,apenas 3 das principais emoções são
demonstradas e compreendidas por eles: alegria, medo e raiva. A partir dos 2 anos, novas e
mais complexas emoções começam a surgir, quando a criança começaa se ver como um ser
real, autônomo”, conta a psicóloga Mariana Massari.
Incentive a criança a falar sobre as emoçõese dê nome a elas
Quando as crianças começam a experimentar determinadas emoções, é normal que os pais
tentem adivinhar, continuar a tendência de “interpretar” sons e movimentos, como era feito
na época em que a criança só podia chorar. Mariana Massari, porém, diz que é interessante
pedir que a criança explique com sua própria língua o que está sentindo: “isso é bom para
que ela mesma comecea identificar em si o que são esses impulsos e comportamentos”,
revela. Uma criança menor podeexplicar seu acesso de raiva dizendo que quer o brinquedo
X, ou apenas apontarficar bravo com o responsável; “é nessa hora que o nome da emoção
deve ser dada e apontada pelo adulto”, diz nossaespecialista. Diga algo como “eu entendo
que você esteja com raiva pornão querer parar de brincar, mas agora precisamos ir dormir” –
essa é uma forma de identificar a emoção e dizer o que a criança deve fazer com ela.
Segundo a psicóloga, identificar e compreender uma emoção não significa, necessariamente,
permitir qualquer comportamento: “os pais devem apontar o melhor caminho, esclarecer,
explicar porquês, mostrar as regras, insistir em “bons comportamentos”, conta. Mariana
Massari também diz que cabe aos pais dar o bom e velho exemplo: “seo pai tiver acessos de
raiva frequentes, esse padrão podeser repetido pelo seu filho. Manter coerência na disciplina
ajuda a fortalecer a ideia de obediência”, diz.
Ensinar a se preocupar com as emoçõesdos outros também é importante
Saber identificar e reagir às emoções não vale apenas para a criança se entender, mas
também para ela compreender e ajudar as pessoas asua volta. Nossaespecialista diz que, nos
primeiros meses de vida, as crianças são extremamente autocentradas, mas que isso muda
quando a socialização se inicia: “passaa ser possívelcomeçar a entender a importância do
outro. Mais uma vez as regras e disciplinas impostas pelos adultos tem fundamental
consequência aqui. A criança aprende que existe fila, que ela precisa dividir, que ela precisa
respeitar os sentimentos dos outros através das ‘chamadas’ que recebem de seus pais”,
explica a psicóloga.
Além dessas ‘chamadas’ também existem exercícios, jogos e brincadeiras que podemser
feitas para fortalecer a ideia da importância do outro. Teste em casa essas duas opções
indicadas pela psicóloga Mariana Massari:
– Em um jogo como o “cara-a-cara”, onde rostos desenhados representam uma emoção
característica, pode-sepedir que a criança identifique o que a pessoaestá sentindo, dizendo
se ela está feliz ou triste.
– Em filmes pode-setentar identificar, junto à criança, o que o personagem estava sentindo
em uma determinada cena ou quando faz uma careta específica. Nomear reações, dar
significado para o comportamento do outro é um exercício do reconhecimento e interação
com o momento alheio, tornando a criança sensível a outros seres e seus sentimentos.
Milene Massucato,do blog “Diiirce”, revela como explora as emoçõesem casa
Mamãe em tempo integral, a autora do blog “Diiirce” diz que inventa muitas brincadeiras
com os pequenos e que, uma de suas preocupações, étrabalhar a questão das emoções:“teve
uma épocaque tínhamos na geladeira um ímã para expressar como estávamos nos sentindo.
Meu menino adorava!”, conta a blogueira, que é mãe de três pimpolhos. Milene Massucato
também diz que existem opções mais simples para explorar o assunto:“a gente brinca
bastante com bonecos, faz de conta, e acho que não tem coisa melhor para representar
emoções do que isso”, conta.
Outro fator que ajuda bastante é que na escola do seu filho mais velho, hoje com seis anos de
idade, existe um projeto de educação emocional que sempre provocaassuntos para serem
conversados em casa. “São personagens que passampor experiências comuns às crianças
como medo, insegurança, bullying, violência, separação dos pais, perdas… Durante o ano as
crianças vão vivenciando as histórias, ajudando os personagens a resolver os conflitos,
encenam e brincam”, revela a mamãe, que também alerta: “é ótimo que exista isso na escola,
mas é fundamental que a família também se envolva”.
Educadora infantil cria projeto com brincadeiras que trabalham as emoções
A professorade educação infantil Amanda Previato, do blog “Todo mundo gosta de brincar”,
criou com seus alunos de 4 anos de idade um projeto chamado “Quando me sinto…”. São
brincadeiras e atividades que ajudam a criança a se conhecer e saber identificar as emoções
do próximo. Confira algumas dessas ideias que são bem fáceis de fazer em casa:
Observaçãono espelho
Experimentar expressões no espelho é uma atividade divertida que qualquer criança vai
adorar fazer. Eles podembrincar de maneira espontânea ou serem direcionados direcionados
pelos pais para fazerem a careta correspondentea cada emoção.
Desafiando o medo do escuro!
Depois de ouvir dos alunos que vários deles tinham medo do escuro, a professoraresolveu
ouvir histórias à luz de lanternas para desafiar o medo. Depois disso, ainda à meia luz, as
crianças puderam fazer desenhos sobrecoisas que espantam o medo.
Fazendo o amiguinho de modelo
Uma boa forma de treinar o olhar da criança para compreender as emoções alheias é colocá-
la para desenhar a expressão de outro pimpolho. Sopreuma emoção no ouvido daquele que
vai ser modelo e deixe que o outro desenhe baseado em suas percepções.
Mímica para descobriros sentimentos
Para deixar esse reconhecimento de emoções ainda mais divertido, basta confeccionar um
dado em que cada lado tenha colado um rostinho com uma expressão. Depois de jogar o
objeto para o alto, a criança da vez deve representar a emoção para que as outras descubram.
Mariana Massarié Psicóloga pela Universidadedo Estadodo Rio de Janeiro (UERJ) com
formação em Terapia Cognitivo Comportamentalpela ATC-Rio
Milene Massucatoé psicopedagoga, mãede três crianças e, como ela gosta de se definir,
CEO em atividades materno-domésticas. Autora do blog “diiirce.com.br”, a mamãejá
reúne mais de 20 mil fãs no Facebook.
Amanda Previato é professora de EducaçãoInfantile EducaçãoEspecial, especialista em
Arte, Educaçãoe Movimento.
Hiperatividade: que podem fazer os pais?
O tema Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) foiabordado nesta
rubrica, nos artigos "A polémica ritalina" e "Geração ritalina". A sua leitura poderá, de
alguma forma, completar o que irei referir de seguida.
A minha experiência profissionaltem-me sensibilizado bastantepara a difícil missão que os
pais têm de enfrentar ao conviveremdiariamente com um filho permanentemente "ligado
à corrente". Uma criança hiperativa não é uma criançacom temperamento difícil ou com
um comportamento mais irrequieto, mas sim um ser humano que apresenta uma
constelação de problemas relacionados com falta de atenção, hiperatividade e
impulsividade, manifestando-seestes em diferentes contextos e de uma forma prolongada
no tempo.
A intervenção junto destas crianças deve implicar a colaboração estreita entre pais,
professores, pediatra, médico de família, psicólogo e, eventualmente, neurologista. A
criança deverá também ser uma participante ativa no seu tratamento, devendo ser
informada de todo o processo que a envolve.
Os pais têm efetivamente um papel muito importante em todo o processo de tratamento,
pois crianças com esta perturbação exigem a modificação do funcionamento familiar, de
forma a poder responder às suas necessidades deacompanhamento, que são muito
particulares. Tal como todas as outras, estas crianças precisamde regras, que devem ser
simples, claras e curtas. Além do estabelecimento de regras, deveser explicitado, de forma
muito clara, o que acontecerá como consequência do seu cumprimento ou transgressão. A
transgressão deveser acompanhada de uma penalização, que deverá ser justa, rápida e
consistente. A recompensa é também muito importante e deverá ser atribuída
regularmente por qualquer comportamento que seja ajustado. Não nos podemos esquecer
de que estas crianças são alvo de muitas críticas negativas e, por isso, é fundamental serem
elogiadas pelas pequenas coisas que, ao longo do seu dia a dia, façam corretamente.
Mesmo que a criançaseja apenas parcialmente eficaz, isso deve ser reconhecido com apoio
e elogios.
A existência de rotinas estruturadas facilita também o melhor desempenho da criança. Por
esta razão, os pais deverão fazer um registo escrito, ao qual a criançatenha acesso, comas
horas para acordar, comer, brincar, fazer os trabalhos de casa e todas as outras tarefas que
ela terá necessariamentede realizar. A modificação da rotina deverá ser comunicada à
criança comantecedência, de forma que esta se possa adaptar.
Um aspeto que é importante sublinhar é que estas crianças necessitam de uma maior
vigilância relativamente às outras, uma vez que, devido à sua impulsividade, se colocam
muitas vezes em situações de risco. A criança deve, por isso, ser vigiada por adultos durante
todo o dia e os pais deverão certificar-sede que tal acontece.
Para mais informações sobreesta temática existem sites na Internet onde é possívelobter,
para além de mais dados, ajuda e, eventualmente, entrar em contacto com pais que
estejam a viver situações familiares semelhantes. Um desses sites é: ddah.planetaclix.pt.
Para terminar, gostaria de sublinhar que, quando a criança é alvo de uma intervenção
multidisciplinar na sequência de uma identificação precoce do problema, e de um
tratamento adequado, aumentam as probabilidades de ela demonstrar as suas
potencialidades e de se tornar futuramente numadulto ajustado.
PAIS E HIPERATIVIDADE
Li, outro dia, um artigo que achei extremamente importante para ser compartilhado
com pais de crianças com TDAH.
O autor, Patrick Kilcarr *, comentaque, de todos os artigos que escreveu, é o que
tem provocado a respostamais emocionalpor parte de casais, principalmente dos
pais. Em suas palavras, “criar uma criança portadora de TDAH é extremamente
difícil,um desafio que, às vezes, provoca um fogo no fundo do plexo solar que
sentimos só será extinguido através de uma raiva purificadora. Mas, como bem
sabemos,isso só faz com que a criança se sinta vazia, inadequada e diminuída.”
Muitos dos homens que comparecem aseminários sobre TDAH, para aprenderem
sobre seu filhos, também são portadores.No entanto, ao contrário dos filhos,
cresceram recebendo raiva e abandono da sociedade.Foram rotulados de
preguiçosos,maus, desmotivados oulevados a crer que nunca conseguiriam
desenvolverseu potencial. Kicarr diz a esses homens que seus filhos podem usá-
los como guia. Ser esse guia exige esforçoe vontade de mudar conceitos
preestabelecidossobre si próprio e sobre a criança.
Segundo ele, os olhos dessespais expressam a dor que sentem quando pensam
no que os filhos têm que enfrentar. A dor é aumentada quando sabem que são a
última defesaemocional da criança e, às vezes, a deixam sozinha, desprotegidae
vulnerável. Também é possíveltestemunhar a profunda diferençaque o toque
compreensivo e o abraço de um pai pode fazer no sentido de reafirmar para o filho
que ele é amado, exatamente como é.
Uma criança sabe instintivamente que a mãe a amará sempre - não importa o que
aconteça. Os pais, no entanto, devem mostrar esse amor todos os dias para
assegurar aos filhos que não serão abandonados físicaou emocionalmente.Um
pouquinho de amor e carinho por dia faz toda a diferençaentre uma criança que
acredita em suas próprias habilidades e outra que só enxerga as própria falhas.
Os pais de crianças com TDAH receberam um chamado especial:estar ao lado de
seus filhos nas horas das dificuldade emocionais ou comportamentais,dar a seus
filhos esperançae coragem,e propiciar oportunidades que os levem a se mostrar
através de suas qualidades e não de seus defeitos.Para isso,é preciso reconhecer
as experiências e as lutas que essas crianças enfrentam a cada dia e criar um
ambiente familiar positivo que permita superar tais dificuldades.Criar e manter um
ambiente positivo ao enfrentar o TDAH e as ocorrências concomitantes requeruma
mudança consciente e consistente na maneira que um pai encara a si próprio e à
sua criança.
Compreender a Frustração Mútua
Como pai, lembrar que, nas ocasiões defrustração pelo comportamento do filho,
ele, provavelmente, está sentindo a mesmafrustração. Nesse momento,o filho ou a
filha pode estar momentaneamente congelado/ano tempo,como um animal
paralisado por faróis de carro. O desejo natural da criança de agradar e seguir as
regras é suplantado por um estado emocionalmuito além do seu controle. A cada
ordem de "pare com isso" ou a cada indicação de que é um desapontamento para
os pais, a dor aumenta e os faróis ficam mais brilhantes.
Não é fácil reverter essa espiral que puxa para baixo, é tarefa que exige mudança
da parte do pai na vivência da situação. Os pais sabem que há ocasiões em que a
criança perde o controle. Essafalta de controle não é proposital - está diretamente
relacionada à falta de habilidade em manter o controle interno. Antecipar essa
espiral possibilitaidentificar com tempo como se desejareagir às bruscas
mudanças emocionais.Isto exige passar conscientemente pelos passosque se
desejadar. Este exercício é especialmente importante para pais que costumam
enfrentar a agressividade e a falta de controle do filho de formasemelhante.
Compreendero que a criança pode e o que não pode controlar é o primeiro passo
no treinamento de ignorar um comportamento impulsivo ou inadequado. Se houver
reforço nos movimentos positivos em direção ao sucesso,o filho começaráa se ver
como um sucesso!
Criar uma Criança Auto-disciplinada
Qual é a relação entre disciplinar uma criança e a criança aprender auto-disciplina?
Há uma conexão direta entre a maneira que a criança é disciplinada e o grau em
que assume responsabilidadepor suas próprias ações e comportamento.
Disciplinar uma criança, especialmente uma criança com TDAH, torna-se muito
mais complicadopela própria reação emocional ao que consideramosmal
comportamento ou outras falhas sociais.Quanto mais consumidosemocionalmente
com o comportamento dos filhos,mais os pais ficam propensosa usar estratégias
disciplinadoras ineficientes ou inadequadas, como bater, gritar, ameaçar, incomodar
ou não demonstrar amor e atenção. Quando a emoção toma conta, o resultado é
tipicamente inferior ao desejado,talvez até passívelde arrependimento.
Escolhera maneira de disciplinar é um dos aspectos mais importantes ao educar
uma criança com TDAH. Kicarr lembra de um pai falando sobre sua própria
experiência:
"Eu costumavasermuito mais severo com meu filho.Eu o tratava de maneira
normal,querdizer,eu realmente não levava em consideração o fato dele ter
dificuldadeem processarinformaçãoou seguirinstruções.
Ficavapegandono pé dele e tentando fazê-loagircomoqualqueroutro garoto da
sua idade.Aprendique ele não é assim,que não é como a maioria dos seus
amigos.Em alguns pontos,já mostra maiscontrole.Acho que issose deve ao
esforço que estamos fazendoem casa para ser maisconsistentese para reduzira
carga emocionalrelacionada com as questõesproblemáticas.Não é que ele não
queira fazeras coisas,é só que ele nem sempre conseguefazeras coisas da
maneira que os outros querem ouesperam."
Um aspecto essencialao aprender como disciplinar um filho de maneira eficiente é
compreendero que ele é capaz de fazer e quando está mais preparado para fazê-
lo. Uma criança com TDAH precisa se apoiar em seu pai nas ocasiões em que não
consegue se controlar. Se ele ficar zangado, aborrecido ou fora de controle,não vai
poderpropiciar o tipo de apoio emocional e disciplinar necessáriospara resolver o
problema.
Uma criança com TDAH precisado apoio do pai da mesmamaneira que uma
pessoacom o pé quebrado necessitade muleta. A muleta não é permanente. No
entanto, para se sentir confortável na continuação da rotina, é preciso que o pé
quebrado e a muleta trabalhem juntos para minimizar o desconforto.À medidaque
a criança com TDAH amadurece, precisa menos do apoio do pai e mais da sua
experiência e de seus recursos.Crianças portadoras de TDAH anseiam por
soluções de uma maneira saudável, principalmente quando se vêem como a fonte
do problema.
Exercer uma Disciplina Calma
Permanecercalmo com os filhos portadores de TDAH e estabelecerhábitos
eficientes de disciplina são duas atitudes inseparáveis. Ficar calmo e disciplinar
com consistênciatraz como resultado uma criança que compreende e assume
responsabilidadepor suas próprias ações e comportamento.O pai de um garoto de
9 anos traz um exemplo claro:
"Acho que a maneira que trato Marty agora não é nem um poucosemelhante à que
tratava antes.Costumava pensarque ele era apenasuma criançamimada,que não
se controlavaenquantonão conseguia o que queria.Se não conseguia,dizia coisas
do tipo "Odeio você",ou murmurava coisasdesagradáveis a meu respeito.Eu
literalmente corria atrásdele pelacasa para poderextravazarminha raiva.
Depoisque foi diagnosticado com TDAH e que começamoscom a medicação,
penseique ele iria parar um pouco com aquele comportamento(horrível)que tanto
incomodava a minha esposa e a mim.Naquelaépoca,não entendi que uma
mudança dele estava ligada à uma mudança nossa,especialmente minha,porque
minha esposaera muito maistolerante e compreensiva com seu comportamento.O
fato dele estar tomandoremédio e continuarfazendoo que não deviame deixava
mais zangadoainda.
Não sabia comofazê-loagirda maneiracerta.Apesarde minha esposa dizerque
eu devia prestaratenção à maneira como reagia a Pete,isso tinha pouao influência
na maneira comoeu o tratava.Acredite se quiser,as coisascomeçaram a mudar
depoisque li um artigo de revista sobre como disciplinaruma criança.Ao acabarde
lê-lo,fiquei chocadoao perceberque,basicamente,fazia tudopara garantirque
Pete não desenvolvesse autocontrole e autodisciplina.Os gritos e puniçõesque
usava somente faziam com que ele se sentisse maisdesamparado e fora de
controle.
Logo depois desse episódio,li outro artigo sobre TDAH. Compreendimelhoro que
se passa dentro do corpo e da mente de Pete.Suponhoque me tornei mais
sensível ao que ele está passando.Comeceia ler mais a respeito de como ajudá-lo
quando fica fora de controle.
Hoje em dia,raramentegrito.Deixo ele sabero que se espera dele e o que é
precisoacontecerpara conseguiro que quer. Acho que o fato de não gritar e
permanecercalmo teve um efeito positivo.Vejo que ele está bem mais responsável
e capaz de ouvir.
Esse era o ponto principaldo artigo:não ficarirritado com o que seu filho faz, ser
claro a respeito do que se espera,ser claro quanto às regras da família e quanto
aos limitesda família em relaçãoa determinadoscomportamentose escolhas.A
coisa maiscontra-producente que se pode fazer é gritar ou bater em um filho.
Definitivamente,isto faz a criançaevitarassumiro que fez."
O Paradoxo dos Pais
Quando um pai começaa aceitar o comportamento do filho, acontece um
interessante paradoxo: o comportamento problemático diminui de freqüência,
intensidade e duração. Isto não significaque o comportamento inadequado é
aceito. Na realidade, a criança é aceita pelo que é e pelo que pode ou não fazer em
determinado momento.Também não quer dizer que o TDAH pode ser usado como
desculpapara um comportamento inadequado ou desrespeitoso.Podemose
devemos responsabilizar nossos filhos pelo que fazem, mantendo uma posição de
amor e apoio.
Este outro exemplo mostra como a mudança de atitude do pai para com o filho
mudou a relação entre ambos:
Quando Paulnão está tomando remédio e suas emoções estão soltas,se digo
algumacoisaque o irrita, o que não é difícil,ele imediatamentediz alguma coisa do
tipo "Cala a boca" ou "Não enche".Leveium tempopara aceitaro fato que é seu
lado impulsivo aparecendo.Nesse momento,ele realmente não consegue controlar
o que está dizendo.
Quando está tomando remédio,esse tipo de resposta é muito raro. Também reajo
de maneira diferenteagora,de modo que ele não fica muitotempo nos sentimento
negativos.Possosentirque ele quer dizerou fazer algo diferente,mas surge a
necessidade e ele acaba soltando o que não deve.Depoisque minhaatitude
mudou,os impulsosmais intensamente negativosacontecem com menos
freqüência.
Este outro exemplo sugere como até mesmo o mais difícilTDAH pode responder
positivamente a uma estrutura familiar sólida e apoio constante.
"Tenho vistoQuintusarmuitas das técnicas e estratégias que minhaesposa e eu
usamos com ele durante os últimos anos.Se está ficando muito zangadoe
agressivo,sai temporariamente da situaçãopara se acalmar,focalizare descobrir
exatamente o que está acontecendoe como ele está contribuindopara o problema.
Estamos começando a vero resultado de anos de trabalho,em que mostrávamos
como fazeras coisas e o apoiávamos.Aos 4 anos,quandofoi diagnosticado,ele
era agressivo,agitado e difícilde controlar.Agora,aos 8 anos,ainda tem suas
dificuldades,masnão é nada comparado ao que era antes.Vejo que Quinté um
meninofeliz e seguro.Teria sido fácilficarzangado ou frustrado quandoele era
uma criança difícil.Mas,com orientação,troca de experiênciascom outros paise
ajuda profissional,Quintestá bem e vai continuarassim.Cada dia ele aprendea
lidarmelhorcom o seu TDAH."
Ser pai conduz a um nível de responsabilidadesem paralelos em qualquer outra
área da vida. Filhos são mais do que uma extensão: representam todo o potencial e
as possibilidadesque o mundo pode oferecer.Têm a oportunidade de ultrapassar
nossas expectativas e de apresentar uma excelêncianunca antes demonstrada.
Enorme responsabilidade é colocadaem seus ombros,para que sejam bem
sucedidos,para que façam boas escolhas,vivam valores sólidos e sejam bons
cidadãos.Freqüentemente,espera-se que aproveitem oportunidades perdidas
pelos pais ou que construam uma escada magníficaque os leve e, por extensão,
aos pais, em direção de um sucessoindividual. Espera-se que curem feridas
históricas. Entretanto, os pais devem, na realidade, enfrentar as mesmas batalhas
que enfrentaram, sentir os mesmos desapontamentos que eles sentiram e
aprender, da mesma maneira que eles aprenderam, a encontrar sentido num
mundo imprevisível
Quando um filho tem o pai como guia, não precisa enfrentar o mundo sozinho. Ao
mesmo tempo que os filhos podem ofereceruma oportunidade para a cura, o que
realmente oferecemé a chance de viver honestamente, demonstrar integridade, dar
o exemplo do perdão e da compaixão. Pais podem dar aos filhos o que não tiveram
físicae emocionalmente.No entanto, como muitos pais aprenderam com o tempo,
é muito mais fácil proporcionarconforto físico do que o emocionalque não
receberam.Pais, mais do que as mães, têm que superar preconceitossociais e de
gênero para poderem oferecera seus filhos, especialmente aos meninos com
TDAH, o nível de apoio emocional que eles necessitam.
Educar umacriança resiliente
Crianças com TDAH são incrivelmente resilientes,criativas e determinadas.Mesmo
tendo que lidar com pais frustrados e professoresdesiludidos,essas crianças
tentam continuar e "fazer melhor na próxima vez". Crianças que não recebem o
necessário apoio, empatia e cuidado, eventualmente sucumbem ao peso dos anos
de crítica negativa e falham na tentativa de melhorar. Esta é a maneira que um pai
descreve o desejo de seu filho de se integrar ao grupo e ser bem sucedido:
"Sei que Brent quer se controlare ser parte do grupo.Sei disso.Mas,assim que as
coisascomeçam a não dar certo, ele fica cada vez maisfrustrado e tudo fica mais
difícil.Ele não desiste.Sei que está tentando melhorar,e ele sabe que eu o apoio
por estar fazendo o melhorque pode neste momento.Às vezes,penso em mim
mesmocomoseu "airbag" emocional.Sei que a maneira que lido com ele o faz
sentirmaisseguro e mais capaz de melhoraras coisas.Quero que ele saia de um
episódio ruim sabendoque está bem,e que é capaz de dominara frustração e não
ser dominadopor ela."
O texto que segue pode ser visto como uma metáfora para a resiliência pessoale a
fortaleza emocional:
Um dia, uma mula caiu num poço seco.Não havia jeito de se tirar a mula do poço,
então o fazendeiro mandou os filhos enterrarem a mula nele. Mas a mula se
recusava a ser enterrada. À medidaque os meninos jogavam a terra, a mula
simplesmente andava por cima dela. Logo,tanta terra foijogada que a mula
conseguiusair do poço Aquilo que era destinado a enterrar a mula foi exatamente o
instrumento que a fez subir para sair do poço..
Esta história fala tanto da experiência de pais de crianças com TDAH como das
próprias crianças. Algumas vezes, os pais sentem que estão sendo "enterrados
vivos" por todos os problemas resultantes do TDAH. Não é que os filhos pretendam
sufocá-los;na verdade, os sintomas do TDAH é que são sufocantes,tanto para os
pais como para os filhos.
Como a mula, um número surpreendente de crianças com TDAH se recusa a ser
enterrado emocionalmente por críticas negativas, desaprovação dos pais,
isolamento sociale dificuldades acadêmicas.De alguma maneira, essas crianças
se tornam adultos levando uma contribuição significativa para suas comunidades e
para a vocação que escolheram.Acredita-se que essas crianças freqüentemente
tiveram pelo menos uma pessoaque acreditou incondicionalmente nelas e que
apoiou o lado capaz e competente de suas personalidades.É surpreendente o que
uma pessoa,especialmente um pai, pode fazer para garantir o sucesso de uma
criança.
A história que segue demonstra bem esse ponto.
"Antes de Chris serdiagnosticado e medicado,eu ficava malucose ele
desobedecia,respondia oucausavaalgum problema.Chegouno ponto que eu
simplesmenteperdia a cabeça.Por sua vez, isso só o fazia ficarmaisdesafiador.
Quanto maisalto ele falava,maiseu gritava,e assim pordiante.
Havia um enorme stress e muita tensãona casa.Depoisque aprendium pouco
mais sobre TDAH e percebi que a minha maneira anteriorde lidarcom Chrisera, no
mínimo,ineficiente,comecei a agir de maneiradiferente.Se ele começaa perdero
controle,reduzo a reação negativa e encaro sua intensidade com calmae razão.A
mudança de comportamento diante da minha nova atitude é impressionante.Não
há mais tensão na casa e, se ele faz alguma coisa inadequada,calmamentemando
que vá para outro lugarpara se acalmar.A noite,agora,é diferente e produtiva,
principalmente quandoele se sente dominadoporsuas emoções."
Concluindo, Kicarr lembra que as crianças que têm deficiências,sejam emocionais
ou físicas,freqüentemente podem superarenormes desvantagens se sabem que os
pais acreditam nelas. Como um camaleão, que toma a cor do ambiente como forma
de proteção contra o perigo, crianças com TDAH freqüentemente assumem atitudes
e crenças dos pais; vêem a si próprias como são vistas pelos outros. Se percebem
que são consideradas "más","um desperdício","sem valor" ou se sentem apenas
toleradas, começam a viver esses rótulos buscando experiências negativas. Por
outro lado, quando uma criança se sente amada, mesmo quando não é
particularmente amável, experimenta uma sensação de redenção e esperança.
*Doutor em Psicologia do Desenvolvimentoe da Organização.O Dr. Kilcarr é
Diretordo Centro de Desenvolvimento Pessoalda Universidade Georgetown,em
Washington,USA.

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10 dicas para melhorar o desempenho escolar do seu filho

  • 1. 10 dicas para melhorar o desempenho escolar do seu filho Construir um vínculo com a escola desde cedo e traçar paralelos entre o conteúdo e a vida fora do colégio fazem muita diferença Renata Losso, especial para o iG São Paulo | 08/11/2011 07:54:52 Getty Images Cada criança tem um método de aprendizado mais eficiente e os pais devem ajudá-la a descobri-lo Além dos cadernos e boletins, os pais devem estar envolvidos com a vida escolar dos filhos desdeo começo. Segundo a educadoraDaniela de Rogatis, quando os pais não acompanham e valorizam o aprendizado, colocam a escola em xeque. “Seos pais não se importam com o que a criança aprende, eles desvalorizam a escola. E isso leva a criança a questionar o valor daquilo”, diz. Leia também 7 dicas para melhorar o sono do seu filho 11 truques para seu filho comermelhor Deixar a educação somente nas mãos da escola não é uma solução. Para Daniela, a participação ativa dos pais na educação e no aprendizado dos filhos, além de ser um facilitador para perceber as dificuldades e facilidades das crianças, dá mais segurança para elas avançarem e melhorarem o desempenho. A educadora Andrea Ramal lançou recentemente o livro “Depende de você – Como fazer de seu filho uma história de sucesso”(LTC Editora) pensando exatamente nisto. Segundo a autora, enquanto os pais não se aliarem às escolas, as chances do fracasso do filho na vida escolar só aumentam. Conversamos com quatro especialistas em educação e reunimos 10 dicas para ajudar as crianças a aproveitarem a escola ao máximo. 1. Não deixe para ir à escola somente quando aparece um problema Ir à escola somente quando você é convocado pararesolver algum problema da criança não vai fazer tanta diferença. A psicóloga Eliana Tatit Sapienza, da Clínica Meta, especializada
  • 2. na área educacional, indica aos pais manter uma parceria com a escola e os professores, frequentando reuniões e se informando sobreo conteúdo desenvolvido em cada matéria. As crianças, especialmente as mais novas, se sentem mais seguras e confiantes quando percebem essa ligação entre pais e professores. 2. Crie um vínculo de comunicação Perguntar sempre como foi o dia de aula, o que os filhos aprenderam e se passaram por alguma dificuldade são algumas das questões iniciais para estabelecer o vínculo com as crianças sobreo assunto. “Não é para conversar na base da pressão, mas com amizade e afeto”, diz Andrea Ramal. Esse tipo de atitude fará com a criança se sinta, desde os primeiros dias na escola, à vontade para contar o que ela fez no dia, do que gostoue do que não gostou. Assim, se a conversa for mantida ao longo dos anos, os pais saberão se o filho é bom em português, mas tem dificuldades com a matemática, porexemplo. 3. Acompanhe os deveres de casa Às vezes, segundo Birgit Mobus, psicopedagogada Escola Suíço-Brasileira, em São Paulo, os pais trabalham tanto que lhes sobrapouco tempo para observar os deveres de perto, mas é importante que um dos dois realize esta função. Acompanhar o que a criança está aprendendo na escola aumenta a motivação e relacionar aquele conhecimento a uma lembrança real podetornar o conteúdo ainda mais significativo – ao ver as lições sobreas vegetações típicas do país, porexemplo, vale relembrar aquela viagem feita ao cerrado ou a excursão das férias pelas trilhas e praias da Mata Atlântica. Leia também: não deixe a lição de casa virar um problema 4. Estabeleça uma rotina A criança deve perceber que é muito mais proveitoso estudar um pouco pordia do que deixar para estudar na última hora, na véspera de uma prova. De acordo comAndrea Ramal, antes do sexto ano do Ensino Fundamental, estudar uma hora por dia está de bom tamanho. Conforme o número de matérias vai avançando, a duração deste período também deve aumentar. Se a criança ainda está no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, o brincar ainda podeter um espaço maior no dia a dia dela. “Os períodosdeestudo devem ir crescendo a partir do segundo ciclo”, comenta Daniela de Rogatis. Leia também: os dez mandamentos do brincar 5. Organize um espaço para os estudos Este espaço deve ser aproveitado, de preferência, em um horário fixo e nobre do dia. A psicóloga Eliana Tatit Sapienza recomenda um lugar tranquilo, iluminado, limpo e organizado para o momento, onde nada possatirar a concentração da criança. Televisão, videogame ou o irmãozinho mais novo fazendo bagunça devem ficar longe. Materiais de consulta, como livros e acesso supervisionado à internet, ficam perto.
  • 3. Leia também: acerte no canto de estudos Getty Images Os pais devem acompanhara vida escolarda criança desde cedo, evitando assimos problemas na adolescência 6. Leia comprazer Se dentro de casa a leitura é estimulada e encarada como um momento de lazer e prazer, será mais fácil para as crianças se adaptarem ao mundo dos estudos. “Os pais devem conversar com os filhos sobreo livro, revista ou jornal que estiverem lendo, além de deixar livros ao alcance das crianças”, comenta Eliana. Deixar bilhetes e cartinhas aos pequenos também é benéfico. Até mesmo fazer a lista de compras do supermercado ao lado do filho menor pode ser um estímulo. 7. Ajude seu filho a descobrira fórmula ideal de estudo Segundo Andrea Ramal, todos temos modalidades diferentes para aprender. Umas são mais produtivas do que outras. Algumas crianças são mais visuais e estudam sublinhando livros e fazendo resumos. Outras podemser mais auditivas e preferem repetir o conteúdo em voz alta para si mesmas. “Os pais precisam estimular todas as modalidades, para ver qual é melhor para aquela criança, e tomar cuidado para não inibi-las”, diz. “Hoje em dia as pessoas não aprendem mais sob pressão, mas por motivação”, completa. 8. Relacioneo que acontecena escola ao que aconteceemfamília Conectar os programas de família ao conteúdo da escola amplifica o conhecimento. Se a criança estiver estudando sobre rios e mares, ou sobre como a energia elétrica chega à casa de cada um, viajar para Itaipu ou Foz do Iguaçu durante as férias podeser mais produtivo do que levá-la para a Disney. “Ela agrega e amplia os horizontes”, afirma Daniela. Passeios e brincadeiras, de acordo coma psicóloga Eliana Tatit Sapienza, também são aliados da aprendizagem. Levar os pequenos a museus, teatros, sessões decinema, bibliotecas, livrarias e proporjogos que incentivem a leitura, a escrita e o raciocínio são uma mão na roda. Ao assistir um filme, Andrea Ramal recomenda aos pais pedir aos filhos para escrever outra história comaquele personagem principal. Oportunidades de conhecimento além da escola não faltam, e o seu filho provavelmente gostará da ideia.
  • 4. 9. Se interessarao seufilho, organize grupos de estudo Tanto dentro como fora da escola, as atividades em grupo podem ser benéficas. Se os pais perceberem que a criança sente prazer ao estudar com um ou dois amiguinhos, é uma boa pedida. Organizar um debate sobre um assunto específico comos amiguinhos da escola, segundo Andrea Ramal, podeser bem interessante. Levá-la a um museu com alguns amiguinhos e sugerir um debate sobreo assunto podeajudá-la a atribuir sentido ao que viu e conheceu. 10. Não espere seufilho virar adolescente para participar da educação dele Uma família que sempre participou e esteve junto com as crianças durante as lições e provas dificilmente terá um adolescente que não se esforça nos estudos. Nesta fase, os pais precisam tomar cuidado para não pressionar os filhos ou serem invasivos. E isso só é possívelse houver uma relação sólida construída. “As famílias que não levam a educação infantil e o primeiro ciclo do ensino fundamental com a devida importância e, consequentemente, não passam coma criança pelas primeiras dificuldades, não terão jeito de opinar quando o filho fizer 15 anos, já que as dificuldades se acumularam ao longo do processoeducacional”, explica Daniela de Rogatis.
  • 5. Famílias presentes na vida escolardos filhos garantem melhor aprendizado Paisatentos ajudam os filhos nos momentosdedificuldadee os motivam semprea melhorar Atitudes simples dos pais, como conversar com os filhos e acompanhar o dever de casa, podeminfluenciar substancialmente a vida escolar de meninos e meninas. Outro fator que conta muito é conhecer os professores,a escola, os amigos e os métodos de ensino que estão sendo aplicados. Isso, muita vezes, faz com que aja um interesse maior do aluno em aprender, já que sabe que os pais cobram boas notas e também um interesse maior da escola em estar sempre aperfeiçoando o ensino. Para a psicóloga Fábia Lima, é de suma importância o acompanhamento do desenvolvimento dos filhos porparte dos pais. “Esse acompanhamento é uma demonstração de amor. Pais que se interessam pelo desenvolvimento de seus filhos conseguem acompanhá-los de perto e notar o menor sinal de dificuldade que seu pequeno possaencontrar. Pais atentos ajudam os filhos nos momentos de dificuldade e os motivam sempre a melhorar. A criança, por ter os pais como espelho, acaba se envolvendo mais com a escola, e o ato de estudar em si.
  • 6. Crianças que sentem o interesse dos pais em sua vida escolar se esforçam mais e tendem a ter um melhor desempenho como estudante”, afirmou Adriana Barreto Rodrigues é mãe de Iohana e Álvaro que estudam no COC. Ela não abre mão de acompanhar os filhos na escola, conhecer os professores e ajudá-los no que for possível. “Tenho uma filha de 18 anos que está no cursinho se preparando para o vestibular e acho importante conhecer os professores dela para trocarmos idéia sobre o desempenho dela nas matérias. E meu filho de 8 anos está na terceiro ano, também conheço sua professorae acompanho o dia a dia dele”. Ela disse ainda que acha muito importante este acompanhamento. “Mostra que me preocupo com a qualidade de ensino deles e desta forma contribuo para um melhor desenvolvimento de ambos, pois os professores vendo que os pais se preocupam automaticamente se motivam a dar aulas cadavez melhores e com as crianças acontece da mesma forma, se preocupam em mostrar notas, letra melhor, porquesabem que a mãe está olhando, enfim a cobrançaacaba sendo uma “ajudinha” para ambos”, esclareceu Adriana. Além disso, Adriana esta sempre tentando ajudar seus filhos. “Ajudo nas lições de casa, do Álvaro, pois a Iohana que está se preparando para o vestibular já faz tudo sozinha e tira dúvidas com os professores. Jáo Álvaro tenho que estar junto todos os dias, acho que menino a gente acaba tendo que ficar mais em cima mesmo. Além de acompanhar, invento músiquinhas ou frases para quando ele precisar lembrar de alguma coisa. Sempre fiz isso com a minha filha também, o bacana é que hoje ela mesma inventa, pois aprendeu essa “fórmula” desde pequena”. Já arquiteta Valquiria Ferrazoli, tem que conciliar o trabalho com a vida de mãe. “Procuro estar sempre presente, acompanhando o aprendizado da Julia que está no 6º ano. Converso com os professores, mesmo fora das datas de reuniões e procuro ir à escola, verificar a qualidade de ensino e conhecer os métodos aplicados. Como eu trabalho a dia todo fica mais difícil de ajudá-la nas lições de casa. Ela já está acostumada a fazer as lições, acho ela muito responsável nessa parte porqueela já faz tudo sozinha e eu não preciso ficar muito em cima”, afirmou. Valquiria afirmou ainda que sua filha sabe que ela vai sempre cobrar o melhor dela, porisso a filha procura fazer tudo certinho sempre. “Ela tem as suas responsabilidades e sabe que ela é cobradaa fazer as tarefas. Em relação a escola, os professores e diretores são os primeiros a pedir para que a gente esteja presente. Quando estamos preocupadoscomo que a escola oferece, ela se preocupamais em satisfazer as expectativas dos pais”. Para a pedagoga e diretora do Colégio Saber, Ana Laura Nicastro, a família e a escola são duas instituições muito importantes no desenvolvimento mental, psicomotor, social e afetivo do ser humano. “Educar não é uma tarefa solitária, uma parceria entre escola e família é de extrema importância, pois conhecendo a rotina escolar dos filhos, os pais evitam maiores problemas e podem ajudar dando apoio e desenvolvendo a autonomia dos seus filhos”, afirmou. “Estudos revelam que a participação da família contribui bastante para o aprendizado da criança. Quando isso acontece às notas aumentam em torno de 20%”, esclareceu.
  • 7. A psicóloga Fábia acredita que os pais podemcontribuir com o aprendizado dos filhos incentivando o estudo, a leitura. Elogiando o bom desempenho do filho e sempre o motivando a melhorar. “Muitos pais pensam que o correto é punir quando a criança vai mal na escola e se ela vai bem, não passade sua obrigação. Mero engano. A criança quando vai mal na escola, a nota baixa pra ela já está sendo uma punição, cabe aos pais observar o filho e pedir ajuda á professorana investigação do que podeestar propiciando o mal desempenho escolar. E quando o filho vai bem, nada melhor que um grande abraço, um elogio, mostrando o contentamento dos pais com a criança. Agindo desta forma os pais vão contribuir para o aprendizado ocorrer de forma natural, sem pressão e a criança adquire gosto pelo estudo”. A pedagoga afirma que conhecer as pessoas quetrabalham direta ou indiretamente com os filhos é importante. “Fazer parte da escola estando presente em determinados momentos faz com que a criança se sinta importante e respeitada naquilo que faz. Consequentemente fará diferença em sala de aula. Uma escola aberta, onde os pais opinam e são sempre ouvidos, faz com que todos fiquem muito atentos para fazerem e serem sempre os melhores”, explicou Ana Laura. Veja algumas dicas da pedagogaAna Laura, de como os pais podem ajudar seus filhos: v Converse comseufilho Pergunte o que ele aprendeu no Colégio e mostre-se bastante interessado; Pergunte se ele tem dificuldades em alguma matéria; Converse sobreos amigos de escola, seus relacionamentos e brincadeiras. v Cobre as obrigaçõesdo seufilho Colabore para que seu filho seja pontual e não deixe que ele falte sem necessidade; Ensine-o a respeitar os colegas, os professores e os funcionários; Confira se ele anota seus compromissos na agenda e faz a lição de casa diariamente. v Acompanhe a lição de casa Separe um lugar da casa para fazer a lição – deve ser o mais tranquilo possível; Combine com ele um horário para os estudos; Ofereça sempre ajuda, mas não faça as lições porele; Estimule-o a pesquisar e descobriras respostas porconta própria. v Fique de olho no aprendizado Verifique o que seu filho está aprendendo;
  • 8. Confira sempre suas notas e boletins: Se forem ruins, pergunte ao professorcomo você podeajudar; Se forem boas, elogie-o para que continue assim. v Incentive-o a ler Dê livros de presente para seu filho; Deixe livros ao seu alcance; Faça da leitura um momento de prazer, podeaté estourar pipoca; Estimule atividades que usem a leitura; Ensine-o a emprestar livros e a pedir emprestado. v Valorize a escrita Escreva bilhetes para seu filho. Assim ele entenderá a utilidade da escrita; Brinque de palavras cruzadas, forca, stop, etc; Peça ajuda para escrever a lista de compras, anotações em álbuns de fotografias; Incentive-o a não mudar as grafias das palavras ao usar o computador. v Usufrua da tecnologia commoderação É bom poderproporcionaras novidades tecnológicas aos filhos, mas controle o tempo que ele fica sentado em frente ao computadorou assistindo TV. v E o mais IMPORTANTE:dê o exemplo Seja coerente e respeitoso:suas atitudes refletem o que você pensa; Mostre que estudar é importante e ler é divertido. Estude e leia sempre; Mostre que você admira e valoriza a profissão do professor; Oriente seu filho a procurar o professorpara ajudá-lo em situações difíceis; Respeite e ouça sempre o outro para que seu filho também o faça.
  • 9. Como ajudar seu filho nos estudos? "Se toda a família participar da educação do filho de modo que todos voltem seus olhos para ele, apreciando e elogiando seu crescimento, se criará um clima positivo dentro de casae a criança se desenvolverá alegre e serena." ProfessorToruKumon - criador do método Kumon Saiba como aproveitar ao máximo o conteúdo deste guia: - Leia todas as sugestões e coloque-as em prática; - Compartilhe as dicas com familiares e amigos que tenham filhos. Quando você pensa em seu filho muitas alegrias e sonhos vem à sua mente, não é mesmo? Mas o que você deseja para o futuro dele? ( ) que ele consiga estudar sozinho e avançar bem nos estudos; ( ) que ele possaenfrentar e vencer os desafios da vida; ( ) que ele seja feliz. Se você assinalou uma ou mais opções, compartilhamos do mesmo desejo para seu filho: que ele tenha sucesso na escola e na vida! É por isso que nós, do Kumon Instituto de Educação, trabalhamos há mais de 50 anos, ao lado de pais como você. Elaboramos este guia com algumas dicas para ajudá-lo no acompanhamento escolar de seu filho. São sugestões simples e práticas, combase em experiências de sucesso deorientadores do Kumon, educadores, famílias e parceiros que compartilham das mesmas aspirações de nosso Instituto. Isto porque queremos que seu filho tenha um futuro de sucesso!Afinal de contas, ele merece! Boa Leitura! Prepare seu filho para o sucesso na escola e na vida! Como ajudar seu filho nos estudos? O apoio e o envolvimento de toda a família são fundamentais para o desenvolvimento das crianças. Combase em sua experiência na formação dos alunos, o Kumon compartilha algumas dicas úteis para ajudar vocês, pais, no acompanhamento escolar de seus filhos. Você sabia? A participação da família faz uma grande diferença no aprendizado da criança! Segundo pesquisas internacionais, quando os pais participam da vida escolar dos filhos, as notas na escola aumentam em médica 20%. 1 - Elogie sempre, mesmo os menores progressos. Saiba enxergar motivos para elogiar seu filho. 2 - Estabeleça hábitos diários saudáveis para: alimentação, estudo e lazer. Faça seus filhos cumprí-los comfirmeza e serenidade. Saber dizer 'não' também é uma prova de amor.
  • 10. 3 - Dê exemplos. Mostre que estudar é importante e ler, divertido. Leia sempre e presenteie seu filho comgibis, revistas e livros. 4 - Enquanto seu filho faz as tarefas escolares, aproveite para ler um livro ou jornal ao seu lado. Ele sentirá apoio e participação. 5 - Estimule seu filho a pesquisar e descobrir as respostas porconta própria. Se precisar, ofereça as dicas para ajudá-lo na realização da tarefa. Demonstre interesse, mas não faça as lições por ele! 6 - Crie um ambiente propício para o estudo. Um local iluminado, ventilado e sem ruídos facilita o entendimento e assimilação do conteúdo estudado. 7 - Respeite o ritmo de estudo e de assimilação da matéria de seu filho. Não o compare com os colegas, outros filhos e até mesmo com você, relembrando a épocaem que era estudante! Todos somosdiferentes! 8 - Conheça as dificuldades de seu filho e procure soluções definitivas para elas. Buscar socorro deútilma hora somente para tirar uma boanota na prova podecomprometer os estudos no futuro. Prevenir é a melhor solução! 9 - Incentive seu filho a gostar de Matemática e Português inserindo atividades lúdicas com números e leitura em seu dia a dia. Por meio de jogos, desafios, enigmas, mapas; ao sair para fazer compras, visitar livrarias e bibliotecas, por exemplo, ele vai aprender brincando! 10 - Participe das atividades, reuniões e eventos da escola de seu filho. Conheça a proposta pedagógica e converse com o professorperiodicamente. 11 - Capacidade de cálculo e de leitura são as bases para um estudo eficaz. Bons conhecimentos em Matemática, Português e Idiomais garantirão um bom desempenho em todas as outras disciplinas. Quanto antes seu filho adquirir bons conhecimentos nestas disciplinas, melhor!
  • 11. Como ajudar seu filho a não repetir de ano É fundamental aparticipação dospaisparao bomdesempenho dacriançana escola? Psicóloga: Com certeza. É importante que os pais estejam disponíveis para ajudar nas tarefas da escola sempre que possível, assim, além de sanar as dúvidas que podem surgir, estarão mostrando à criança o quanto dão importância aos estudos e a ela. O filho poderá se sentir valorizado ao ver que os pais estão ali, ao seu lado, interessados em ajudá-lo. Como identificarqual éa maiordificuldadedacriança? Psicóloga: Independente da idade da criança, só é possível perceber quais as dificuldades apresentadas ao acompanhá-la nos estudos. Quando os pais conseguem acompanhar com alguma freqüência estas atividades, conseguirão perceber que a criança tem, por exemplo, muita facilidade na leitura mas alguma defasagem em matemática. É natural que a criança obtenha melhor desempenho em algumas matérias. Nestes casos, o incentivo para que ela estude as áreas que tem mais dificuldade se mostra muito mais funcional que uma critica negativa. Também pode ser importante um contato freqüente com a escola. Sobre o comportamento na escola, ninguém melhor que as professoras que estão mais presentes, para dizer. Deque formaospaispodemdar forçaaosfilhosparao melhordesempenho? Psicóloga: Demonstrar interesse pelo que o filho aprende na escola, fazendo perguntas sobre como foi o dia, o que de novo ele aprendeu e do que mais gostou, por exemplo, mostram à criança o quanto os pais valorizam os estudos e se interessam por sua vida. A opinião dos pais tem uma importância enorme, portanto, o incentivo deles pode ser um grande motivador. A ajuda nas lições de casa também é muito importante. A companhia dos pais pode ser um bom estímulo para que a criança queira estudar e aprender. Se a criança vem apresentando dificuldade, vale investigar na escola o que está acontecendo: Como está seu relacionamento com os colegas e professores? A escola ensina de forma didática e criativa? Criartestes e chamadasoraisajudamafixara matéria? Psicóloga: Ajudam, se feitos de forma lúdica e divertida. É importante cuidar para que a criança não se sinta excessivamente cobrada e criticada, pois nesse caso, pode ser mais prejudicial que benéfico. Uma conversacoma professoraéumaformapossível depegardicassobrecomo estudaremcasa? Psicóloga: A professora, por sua formação e experiência profissional, provavelmente domina técnicas de ensino que os pais desconhecem. Pode ser, sim, muito válido buscar dicas e informações com elas. Qual é a importânciadedeixaraculpade lado e pararde descobriro quefoi feito de errado ese focar apenasna solução do problema? Psicóloga: Descobrir o que foi feito de errado é muito importante, não para achar um culpado para o problema, mas sim para evitar que ele volte a ocorrer. Entendeu o que houve de errado? Sem culpas. Busque modificar algumas coisas, afim de uma melhora não só para a criança, mas também para os pais. Percebeu que estava sendo muito crítico e duro com seu filho? Explique o que aconteceu, conte que estava tentando ajudar, mas que notou que talvez não estivesse agindo da melhor forma, pergunte o que a criança acha disso e busque dar mais ênfase as coisas boas, que as dificuldades da criança, por exemplo. É necessário estabelecerhoráriosparao estudo?Porque? Psicóloga: Sim. Poder se organizar pode ser fundamental para qualquer pessoa, independente da idade, mas crianças precisam da ajuda de um adulto para isso. É importante que ela saiba que em dada hora terá que estudar, mas que depois poderá fazer outra atividade. Qual é o melhorhorário paraestudo? Psicóloga: As crianças pequenas tendem a ser mais ativas pela manhã. Não é incomum os pais tirarem o domingo para dormir até tarde e acabam tendo seus planos mudados pelo filho que acordou as sete da manhã, querendo brincar. Já na pré-adolescência e adolescência, diante de tantas mudanças hormonais, o
  • 12. ritmo biológico pode se modificar. Muitos jovens passam a ter sono muito tarde e sofrem na hora de sair cedo da cama para ir a escola. Por dormirem menos horas do que o necessário, podem apresentar dificuldades no aprendizado e até mesmo de comportamento. É importanteficarde olho no queeleestá fazendo enquanto estuda?(Checarsenão há distrações – como televisão,computador...) Psicóloga: Quanto mais livre de estresse e estímulos for o ambiente, maior nossa capacidade de concentração. Muitas vezes escutamos das crianças e jovens que eles são capazes de estudar com a televisão ligada, trocando mensagens com amigos e escutando música. De fato a lição pode estar completa no final, mas provavelmente o conteúdo do estudo não ficou tão fixado quanto poderia. Converse com seu filho sobre a importância dele reservar aquele momento apenas para os estudos. Como osirmão devemse portardiantedo filho comproblemasna escola?Ex:fazeratividadesmais calmas, como ler,para queo estudo não vireum castigo parao filho comproblemanaescola,caso ele ouçaseusirmãosbrincando ourindo alto. Psicóloga: Esse momento se torna mais fácil se todos os filhos tiverem o mesmo horário reservado para os estudos, assim ninguém estará brincando enquanto o outro estuda. Caso seja necessário que um dos filhos tenha mais tempo para os estudos, é importante programar com os demais, atividades que não façam muito barulho e não atrapalhem o primeiro. Darexemplospodesereficaz?Mostraràcriançaquevocêé organizada,gostade lere escrever... Que tipo de exemplossão fundamentaispara criançasentre5 e 9 anos?E entre 10e 14 anos? Psicóloga: Muitas vezes os exemplos não precisam ser explicados. Pode ser difícil para uma criança entender que ela precisa ser calma e organizada, quando seus pais agem de forma oposta. Muitas coisas são aprendidas a partir dos modelos, daquilo que observamos. Além disso, o fato de uma mãe gostar de ler, por exemplo, não quer dizer que sua filha necessariamente será uma grande leitora. É importante perceber quais são os pontos fortes da criança e incentivá-los. Jamaisnegociar!Porqueé importantenão trocar o estudo porpresentes, porexemplo?É fundamental mostrarque estudarfaz parte dasobrigaçõesdacriança? Psicóloga: É fundamental que a criança entenda qual a importância dos estudos e o porque ela precisa aprender aquilo. Trocar uma tarde de estudos por presentes faz a situação parecer uma troca de favores, quando na verdade, é uma das responsabilidades da criança. Nunca compararacriançacom osirmãos.Porque essecomparativo podeagirdeformanegativa? Psicóloga: As comparações, em geral, incluem um juízo de valor. Ao comparar dois filhos, automaticamente ficará entendido que um é melhor que o outro em determinado assunto. Além disso, as comparações podem incentivar a rivalidade entre os irmãos. Pode ser mais interessante comprar a criança com ela mesma, dizendo coisas como: “Filho, lembra que quando você estudou pra prova de português, você aprendeu bastante coisa e se saiu super bem?”. Agredir,jamais.Isso desestimulaaindamaisa criança? Psicóloga: Sem dúvidas. Agredir, seja verbal ou fisicamente, não ensina ninguém sobre a importância dos estudos. É natural que, as vezes, os pais se sintam cansados e até irritados diante dos problemas dos filhos, entretanto, nessas horas e importante se acalmar antes de qualquer atitude. Embora clichê, a máxima de “uma boa conversa resolver tudo”, é verdadeira. Não falarmal da escola.Porque é necessário escolaeprofessorseuniremao invésdeprocuraremo culpado pelo maudesempenho dacriança? Psicóloga: As crianças passam muito tempo na escola, muitas vezes, mais que na própria casa. Sendo assim, trocar informações sobre os comportamentos da crianças nos dois ambientes pode ser importante para que se tenha uma visão mais imparcial do problema.
  • 13. No diada prova,porque é importantecriarum climade tranquilidadedentro decasa? Psicóloga: Quando uma criança vem apresentando problemas com as notas, fazer uma prova pode ser bastante ansiógeno, portanto, quanto mais tranqüila ela estiver se sentindo, menores as chances de ter os famosos “brancos” na hora da prova. É necessário queacriançatenha uma boanoitede sono?Porque? Psicóloga: Sim. Uma noite mal dormida pode resultar em dificuldades de concentração, perda de memória, cansaço e sonolência excessivos. Sendo assim, armazenar a infinidade de informações passadas numa sala de aula pode ser uma tarefa bastante difícil. Palavraspositivaspodemajudaro filho aalcançarao desempenho necessário? Psicóloga: Certamente. É muito mais provável que uma criança se sinta valorizada e capaz depois de escutar um “Muito bem! O que você acha de tentarmos fazer essa lição agora?”, do que ouvindo uma crítica ou um xingamento. A possibilidade de ganhar uma coisa boa incentiva, a de receber uma coisa ruim, amedronta. É necessário criarumtempo de estudo diário? Psicóloga: A realização das lições de casa já é uma boa forma de estudo, que ajuda na fixação e aprofundamento da matéria. É importante que haja uma rotina, para que a criança seja capaz de se organizar. O tempo necessário para a realização dessas atividades pode variar um pouco, de acordo com os encargos dados pela escola e com ritmo da criança, porém, para crianças mais novas, cerca de 1 hora por dia é suficiente. A partir do oitavo ano, quando a quantidade de conteúdo ensinado aumenta, cerca de duas horas por dia passa a ser o ideal. Os paisdevem se manterpresentesdurante ashorasde estudo do filho?Dequeforma?Ex:fazendo pesquisasnainternet, conferindo asrespostasdo dever... Psicóloga: Se o filho já está bem adaptado e consegue fazer as atividades sozinho, não é necessário que os pais estejam do lado o tempo todo. Apenas perguntar ,durante os estudos, se ele tem alguma dúvida, se mostrando disponível para ajudar, já é o suficiente. Para algumas crianças, a presença dos pais se faz mais importante e pode servir como um incentivo. Os pais podem auxiliar e tirar dúvidas, mas tomando sempre cuidado para não fazer as atividades pelos filhos. Chamarum colegaparaestudarpodeauxiliara criançacomproblemasdeaprendizado aaprender melhora matéria? Psicóloga: Sim, se for um colega que saiba bem a matéria e esteja disponível para ajudar. Do contrário, os estudos podem acabar sendo substituídos por um momento de brincadeiras. É importantemostrarà criançaporqueo estudo é importante? Psicóloga: Sim. É mais provável que realizemos uma atividade, se soubermos qual é seu objetivo. Se a criança não entende porque tem que estudar, porque o faria? O elogio eo aumento da autoestimaajudamno desempenho dacriança?Isso funcionacomcriançasde qualqueridade? Psicóloga: Isso funciona com crianças, adolescentes, adultos, idosos. Quem não se sente bem ao ver seu esforço reconhecido? Motivá-ladando exemplosdepessoasqueelaadmiraequevenceramestudando,podeseruma forma eficazde melhorarseurendimento? O que ajuda a motivar uma pessoa, muito vezes pode não ajudar outra. As necessidades das pessoas são diferente. É possível que isso sirva, sim, pra algumas pessoas, mas para outras, não. Como agirno ano seguinteparaque o mesmo problemanão serepita? Psicóloga: É importante pensar sobre a questão e entender o que levou ao problema. Conversar com a criança e com a escola pode ajudar. Identificando a questão, fica possível solucioná-la. *O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo Yasmin Spaolonzi Daibs - Psicóloga - CRP 06/102878
  • 14. Como os pais podem ajudar na aprendizagem dos filhos "Alunos que leem mais têm desempenho melhor, importando pouco o que leem: a correlação é observada para livros, jornais e revistas. Alunos que tiveram pais que leram para eles na tenra infância têm melhor desempenho" As boas escolas ensinam, mas só quem podeeducar para a vida são os pais(Photoalto/Getty Images/VEJA) Os pais zelosos costumam fazer grandes esforços pela educação de seus filhos. Têm razão. Há poucas áreas da vida de uma pessoaque não são direta e positivamente influenciadas pela sua educação. Estudo aumenta a renda, reduz a criminalidade e a desigualdade de renda, tem impactos positivos sobrea saúde e diminui até o risco de vitimização pela violência urbana. Muitos pais, porém, concentram seus esforços no lugar errado: procuram escolas caras, com instalações vistosas e tecnologicamente avançadas, e entopem seus filhos de atividades extracurriculares. A pesquisa empírica, ainda que esteja longe de poderprescrever um mapa completo de tudo aquilo que os pais podem fazer para que seus filhos cheguem a Harvard, já identifica uma série de fatores importantes (e outros irrelevantes) para o sucesso acadêmico das crianças. Comecemos pelo início. Ou, aliás, antes dele: na escolha do(a) parceiro(a). As pesquisas revelam que o fator mais importante para o aprendizado das crianças é o nível educacional de seus pais. A escolarização dos pais é mais importante do que a escolarização dos professores (três vezes mais, para ser exato) e do que qualquer outra variável ligada à educação - inclusive a renda dos pais (um aumento de um ano da escolaridade dos pais tem impacto nove vezes maior sobrea escolaridade dos filhos do que um aumento de 10% da renda). Não é que a renda dos pais não seja importante: ela é, sim, em todo o mundo. Mas a escolaridade é mais. Muito do que atribuímos ao nível de renda dos pais é, na verdade, determinado por seu nível educacional, pois pessoas mais instruídas acabam ganhando mais dinheiro. Nascido o filho, uma boa notícia: não há, que eu saiba, comprovação deque os métodos de aceleração de desenvolvimento cognitivo para bebês, sejam eles quais forem, tenham qualquer impacto. Alguns, como a linha de produtos Baby Einstein, porexemplo, foram recentemente identificados como tendo inclusive uma relação negativa com o desenvolvimento vocabular. As pesquisas também vêm demonstrando que não há correlação do QI de uma criança em idade pré-escolar comseu desempenho futuro (a relação começa a aparecer lá pelos 8 ou 9 anos), de forma que não há razão para desespero se o seu filho não estiver fazendo cálculo infinitesimal antes de abandonar as fraldas. Não há, igualmente, impactos positivos para os bebês que frequentam creches. Há, sim, impactos significativos e bastante relevantes para as crianças que frequentam a pré-escola. Falaremos mais sobre ela no próximo mês, mas quem puder colocaro filho na pré-escola estará dando um importante empurrão ao desenvolvimento do filho, que perdura a vida toda.
  • 15. Finda a pré-escola, os pais que têm a sortede podercolocar seus filhos em escolas particulares deparam com a decisão que parece ser a definitiva: em que escola matricular o rebento? A boa notícia é que essa decisão é bem menos importante do que parece. A má é que o trabalho dos pais não termina depois da decisão de onde colocaro filho. Pelo contrário: a pesquisa mostra que aquilo que acontece dentro de casa é mais importante do que a escolha da escola. Um estudo recente, porexemplo, decompôs adiferença de performance entre escolas públicas e particulares no Saeb, teste educacional do MEC, e encontrou o seguinte: nos resultados brutos, a escola particular tem desempenho 50% acima da pública. Porém, quando inserimos na equação o nível de renda dos pais dos alunos, essa diferença cai para 16%. Dois terços da diferença entre escolas públicas e privadas se devem, portanto, não a fatores da escola, mas do alunado. (Esse estudo e todos os outros mencionados neste artigo estão disponíveis em twitter.com/gustavoioschpe.) Isso não quer dizer que a escola não importa, obviamente. Ela importa, e muito. Mas as diferenças mais importantes são entre sistemas escolares de países ou regiões diferentes. Dentro do mesmo sistema, em termos de aprendizagem, as diferenças são menos importantes do que a maioria imagina. Para os pais preocupadosem escolher a melhor escola possível para o sucesso acadêmico do seu filho, o Enem é um bom sinalizador. Não é uma ferramenta definitiva, já que a participação no exame é opcional, produzindo uma amostra não aleatória, mas é um bom começo. Para escolas com resultados parecidos no Enem, usaria, como critério de "desempate", as práticas consagradas de sala de aula e os critérios de formação de professores e gestores detalhados na trilogia publicada neste espaço nos últimos meses. O mais importante que os pais podem fazer, porém, está dentro de casa, diuturnamente. O acesso e o apreço a bens culturais, especialmente livros, são fundamentais. A quantidade de livros que o aluno tem em casa é apontada, em diversos estudos, como uma das mais importantes variáveis explicativas para seu desempenho. É claro que não basta ter livros: é preciso lê-los, e viver em um ambiente em que o conhecimento é valorizado. Alunos que leem mais têm desempenho melhor, importando pouco o que leem: a correlação é observada para livros, jornais e revistas. Alunos que tiveram pais que leram para eles na tenra infância têm melhor desempenho. Pais envolvidos com a vida escolar dos filhos e que os incentivam a fazer o dever de casa têm impacto positivo (curiosamente, o envolvimento dos pais no ambiente escolar tem se mostrado irrelevante). Porém, pais que fazem o dever de casa com (ou pelo) seu filho provocampiora no desempenho acadêmico, por melhores que sejam as intenções. Morar perto da escola ajuda. Em uma resenha de oito estudos sobreo tema, os oito indicaram relação negativa entre distância casa-escolae aprendizado dos alunos. Talvez essa relação influencie outro detrator do aprendizado: o absenteísmo. Aluno que falta à aula é, em geral, aluno que aprende menos. Outro fator negativo é o trabalho: alunos que trabalham além de estudar aprendem menos. Infelizmente não conheço estudos sobreo impacto do trabalho nos alunos universitários, mas aposto que parte da enorme diferença de qualidade entre as universidades brasileiras e as americanas se deve ao ambiente de dedicação exclusiva que estas conseguem impor aos seus alunos. Ter computadorem casa também tem resultados mensuráveis sobreo aprendizado. Quem podecomprar um que o faça.
  • 16. Finalmente, falemos sobreaspectos psicológicos. Um dos grandes esforços dos pais modernos é aumentar a autoestima de seus filhos. Na educação, seu impacto é incerto: de catorze estudos analisando o assunto, só em metade se viu relação positiva entre autoestima e aprendizado. Em outro estudo, descobriu-seque o impacto do desempenho acadêmico é três vezes mais importante que a autoestima do jovem do ensino médio para a determinação do seu salário quando adulto. Os fatores que têm impacto sobreo aprendizado são outros:gostar de estudar, ter maior motivação, aspirações de futuro mais ambiciosas, persistência e consistência são todas variáveis que estão correlacionadas a melhores notas. Os pais não podem incutir em seus filhos todas essas virtudes (e a interessante discussão sobrequanto controle os pais têm sobre o destino de seus filhos é tema para artigo futuro), mas há muito que podem fazer para criar ambientes domésticos mais propícios ao surgimento ou fortalecimento dessas características. Por fim, duas ressalvas. Ser bom aluno não significa ser feliz ou bom cidadão ou quaisquer outras virtudes que são tão ou mais desejadas pelos pais que o sucesso acadêmico dos filhos. Elas simplesmente não estão mencionadas aqui porquenão constituem minha área de estudo. Segundo, talvez falte nessa lista - porser simplesmente imensurável - aquilo que de mais importante um pai podedar a seu filho: amor.
  • 17. Criança precisa falar de emoções: saiba como incentivar isso em casa Expressar as próprias emoções já é difícil para alguns adultos, então imagina para as crianças que ainda nem conhecem cada uma delas porinteiro? Mas esse é um desafio que vale a pena comprar: ajudar nossos filhos a entender o que está se passando pordentro e, acima de tudo, ensiná-los o que fazer com esses sentimentos, é uma forma de prepará-los para a vida. Uma psicóloga e uma famosa mamãe da internet ensinam como iniciar essepapo em casa e sugerem algumas atividades que a gente podefazer, confira! Novas emoçõessãodescobertaspela criança a cada ano É com o tempo que os nossos pequenos aprendem a falar, andar e também a sentir. Pensando em crianças e emoções, as coisas mudam muito rápido: literalmente, de um ano para o outro. “No primeiro ano de vida de nossos bebês,apenas 3 das principais emoções são demonstradas e compreendidas por eles: alegria, medo e raiva. A partir dos 2 anos, novas e mais complexas emoções começam a surgir, quando a criança começaa se ver como um ser real, autônomo”, conta a psicóloga Mariana Massari. Incentive a criança a falar sobre as emoçõese dê nome a elas Quando as crianças começam a experimentar determinadas emoções, é normal que os pais tentem adivinhar, continuar a tendência de “interpretar” sons e movimentos, como era feito na época em que a criança só podia chorar. Mariana Massari, porém, diz que é interessante pedir que a criança explique com sua própria língua o que está sentindo: “isso é bom para que ela mesma comecea identificar em si o que são esses impulsos e comportamentos”, revela. Uma criança menor podeexplicar seu acesso de raiva dizendo que quer o brinquedo X, ou apenas apontarficar bravo com o responsável; “é nessa hora que o nome da emoção deve ser dada e apontada pelo adulto”, diz nossaespecialista. Diga algo como “eu entendo que você esteja com raiva pornão querer parar de brincar, mas agora precisamos ir dormir” – essa é uma forma de identificar a emoção e dizer o que a criança deve fazer com ela. Segundo a psicóloga, identificar e compreender uma emoção não significa, necessariamente, permitir qualquer comportamento: “os pais devem apontar o melhor caminho, esclarecer, explicar porquês, mostrar as regras, insistir em “bons comportamentos”, conta. Mariana Massari também diz que cabe aos pais dar o bom e velho exemplo: “seo pai tiver acessos de raiva frequentes, esse padrão podeser repetido pelo seu filho. Manter coerência na disciplina ajuda a fortalecer a ideia de obediência”, diz. Ensinar a se preocupar com as emoçõesdos outros também é importante Saber identificar e reagir às emoções não vale apenas para a criança se entender, mas também para ela compreender e ajudar as pessoas asua volta. Nossaespecialista diz que, nos primeiros meses de vida, as crianças são extremamente autocentradas, mas que isso muda quando a socialização se inicia: “passaa ser possívelcomeçar a entender a importância do outro. Mais uma vez as regras e disciplinas impostas pelos adultos tem fundamental consequência aqui. A criança aprende que existe fila, que ela precisa dividir, que ela precisa respeitar os sentimentos dos outros através das ‘chamadas’ que recebem de seus pais”, explica a psicóloga.
  • 18. Além dessas ‘chamadas’ também existem exercícios, jogos e brincadeiras que podemser feitas para fortalecer a ideia da importância do outro. Teste em casa essas duas opções indicadas pela psicóloga Mariana Massari: – Em um jogo como o “cara-a-cara”, onde rostos desenhados representam uma emoção característica, pode-sepedir que a criança identifique o que a pessoaestá sentindo, dizendo se ela está feliz ou triste. – Em filmes pode-setentar identificar, junto à criança, o que o personagem estava sentindo em uma determinada cena ou quando faz uma careta específica. Nomear reações, dar significado para o comportamento do outro é um exercício do reconhecimento e interação com o momento alheio, tornando a criança sensível a outros seres e seus sentimentos. Milene Massucato,do blog “Diiirce”, revela como explora as emoçõesem casa Mamãe em tempo integral, a autora do blog “Diiirce” diz que inventa muitas brincadeiras com os pequenos e que, uma de suas preocupações, étrabalhar a questão das emoções:“teve uma épocaque tínhamos na geladeira um ímã para expressar como estávamos nos sentindo. Meu menino adorava!”, conta a blogueira, que é mãe de três pimpolhos. Milene Massucato também diz que existem opções mais simples para explorar o assunto:“a gente brinca bastante com bonecos, faz de conta, e acho que não tem coisa melhor para representar emoções do que isso”, conta. Outro fator que ajuda bastante é que na escola do seu filho mais velho, hoje com seis anos de idade, existe um projeto de educação emocional que sempre provocaassuntos para serem conversados em casa. “São personagens que passampor experiências comuns às crianças como medo, insegurança, bullying, violência, separação dos pais, perdas… Durante o ano as crianças vão vivenciando as histórias, ajudando os personagens a resolver os conflitos, encenam e brincam”, revela a mamãe, que também alerta: “é ótimo que exista isso na escola, mas é fundamental que a família também se envolva”. Educadora infantil cria projeto com brincadeiras que trabalham as emoções A professorade educação infantil Amanda Previato, do blog “Todo mundo gosta de brincar”, criou com seus alunos de 4 anos de idade um projeto chamado “Quando me sinto…”. São brincadeiras e atividades que ajudam a criança a se conhecer e saber identificar as emoções do próximo. Confira algumas dessas ideias que são bem fáceis de fazer em casa: Observaçãono espelho Experimentar expressões no espelho é uma atividade divertida que qualquer criança vai adorar fazer. Eles podembrincar de maneira espontânea ou serem direcionados direcionados pelos pais para fazerem a careta correspondentea cada emoção. Desafiando o medo do escuro! Depois de ouvir dos alunos que vários deles tinham medo do escuro, a professoraresolveu ouvir histórias à luz de lanternas para desafiar o medo. Depois disso, ainda à meia luz, as crianças puderam fazer desenhos sobrecoisas que espantam o medo. Fazendo o amiguinho de modelo Uma boa forma de treinar o olhar da criança para compreender as emoções alheias é colocá- la para desenhar a expressão de outro pimpolho. Sopreuma emoção no ouvido daquele que vai ser modelo e deixe que o outro desenhe baseado em suas percepções. Mímica para descobriros sentimentos Para deixar esse reconhecimento de emoções ainda mais divertido, basta confeccionar um dado em que cada lado tenha colado um rostinho com uma expressão. Depois de jogar o objeto para o alto, a criança da vez deve representar a emoção para que as outras descubram.
  • 19. Mariana Massarié Psicóloga pela Universidadedo Estadodo Rio de Janeiro (UERJ) com formação em Terapia Cognitivo Comportamentalpela ATC-Rio Milene Massucatoé psicopedagoga, mãede três crianças e, como ela gosta de se definir, CEO em atividades materno-domésticas. Autora do blog “diiirce.com.br”, a mamãejá reúne mais de 20 mil fãs no Facebook. Amanda Previato é professora de EducaçãoInfantile EducaçãoEspecial, especialista em Arte, Educaçãoe Movimento.
  • 20. Hiperatividade: que podem fazer os pais? O tema Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) foiabordado nesta rubrica, nos artigos "A polémica ritalina" e "Geração ritalina". A sua leitura poderá, de alguma forma, completar o que irei referir de seguida. A minha experiência profissionaltem-me sensibilizado bastantepara a difícil missão que os pais têm de enfrentar ao conviveremdiariamente com um filho permanentemente "ligado à corrente". Uma criança hiperativa não é uma criançacom temperamento difícil ou com um comportamento mais irrequieto, mas sim um ser humano que apresenta uma constelação de problemas relacionados com falta de atenção, hiperatividade e impulsividade, manifestando-seestes em diferentes contextos e de uma forma prolongada no tempo. A intervenção junto destas crianças deve implicar a colaboração estreita entre pais, professores, pediatra, médico de família, psicólogo e, eventualmente, neurologista. A criança deverá também ser uma participante ativa no seu tratamento, devendo ser informada de todo o processo que a envolve. Os pais têm efetivamente um papel muito importante em todo o processo de tratamento, pois crianças com esta perturbação exigem a modificação do funcionamento familiar, de forma a poder responder às suas necessidades deacompanhamento, que são muito particulares. Tal como todas as outras, estas crianças precisamde regras, que devem ser simples, claras e curtas. Além do estabelecimento de regras, deveser explicitado, de forma muito clara, o que acontecerá como consequência do seu cumprimento ou transgressão. A transgressão deveser acompanhada de uma penalização, que deverá ser justa, rápida e consistente. A recompensa é também muito importante e deverá ser atribuída regularmente por qualquer comportamento que seja ajustado. Não nos podemos esquecer de que estas crianças são alvo de muitas críticas negativas e, por isso, é fundamental serem elogiadas pelas pequenas coisas que, ao longo do seu dia a dia, façam corretamente. Mesmo que a criançaseja apenas parcialmente eficaz, isso deve ser reconhecido com apoio e elogios. A existência de rotinas estruturadas facilita também o melhor desempenho da criança. Por esta razão, os pais deverão fazer um registo escrito, ao qual a criançatenha acesso, comas horas para acordar, comer, brincar, fazer os trabalhos de casa e todas as outras tarefas que ela terá necessariamentede realizar. A modificação da rotina deverá ser comunicada à criança comantecedência, de forma que esta se possa adaptar.
  • 21. Um aspeto que é importante sublinhar é que estas crianças necessitam de uma maior vigilância relativamente às outras, uma vez que, devido à sua impulsividade, se colocam muitas vezes em situações de risco. A criança deve, por isso, ser vigiada por adultos durante todo o dia e os pais deverão certificar-sede que tal acontece. Para mais informações sobreesta temática existem sites na Internet onde é possívelobter, para além de mais dados, ajuda e, eventualmente, entrar em contacto com pais que estejam a viver situações familiares semelhantes. Um desses sites é: ddah.planetaclix.pt. Para terminar, gostaria de sublinhar que, quando a criança é alvo de uma intervenção multidisciplinar na sequência de uma identificação precoce do problema, e de um tratamento adequado, aumentam as probabilidades de ela demonstrar as suas potencialidades e de se tornar futuramente numadulto ajustado.
  • 22. PAIS E HIPERATIVIDADE Li, outro dia, um artigo que achei extremamente importante para ser compartilhado com pais de crianças com TDAH. O autor, Patrick Kilcarr *, comentaque, de todos os artigos que escreveu, é o que tem provocado a respostamais emocionalpor parte de casais, principalmente dos pais. Em suas palavras, “criar uma criança portadora de TDAH é extremamente difícil,um desafio que, às vezes, provoca um fogo no fundo do plexo solar que sentimos só será extinguido através de uma raiva purificadora. Mas, como bem sabemos,isso só faz com que a criança se sinta vazia, inadequada e diminuída.” Muitos dos homens que comparecem aseminários sobre TDAH, para aprenderem sobre seu filhos, também são portadores.No entanto, ao contrário dos filhos, cresceram recebendo raiva e abandono da sociedade.Foram rotulados de preguiçosos,maus, desmotivados oulevados a crer que nunca conseguiriam desenvolverseu potencial. Kicarr diz a esses homens que seus filhos podem usá- los como guia. Ser esse guia exige esforçoe vontade de mudar conceitos preestabelecidossobre si próprio e sobre a criança. Segundo ele, os olhos dessespais expressam a dor que sentem quando pensam no que os filhos têm que enfrentar. A dor é aumentada quando sabem que são a última defesaemocional da criança e, às vezes, a deixam sozinha, desprotegidae vulnerável. Também é possíveltestemunhar a profunda diferençaque o toque compreensivo e o abraço de um pai pode fazer no sentido de reafirmar para o filho que ele é amado, exatamente como é. Uma criança sabe instintivamente que a mãe a amará sempre - não importa o que aconteça. Os pais, no entanto, devem mostrar esse amor todos os dias para assegurar aos filhos que não serão abandonados físicaou emocionalmente.Um pouquinho de amor e carinho por dia faz toda a diferençaentre uma criança que acredita em suas próprias habilidades e outra que só enxerga as própria falhas. Os pais de crianças com TDAH receberam um chamado especial:estar ao lado de seus filhos nas horas das dificuldade emocionais ou comportamentais,dar a seus filhos esperançae coragem,e propiciar oportunidades que os levem a se mostrar através de suas qualidades e não de seus defeitos.Para isso,é preciso reconhecer as experiências e as lutas que essas crianças enfrentam a cada dia e criar um ambiente familiar positivo que permita superar tais dificuldades.Criar e manter um ambiente positivo ao enfrentar o TDAH e as ocorrências concomitantes requeruma mudança consciente e consistente na maneira que um pai encara a si próprio e à sua criança. Compreender a Frustração Mútua Como pai, lembrar que, nas ocasiões defrustração pelo comportamento do filho, ele, provavelmente, está sentindo a mesmafrustração. Nesse momento,o filho ou a filha pode estar momentaneamente congelado/ano tempo,como um animal
  • 23. paralisado por faróis de carro. O desejo natural da criança de agradar e seguir as regras é suplantado por um estado emocionalmuito além do seu controle. A cada ordem de "pare com isso" ou a cada indicação de que é um desapontamento para os pais, a dor aumenta e os faróis ficam mais brilhantes. Não é fácil reverter essa espiral que puxa para baixo, é tarefa que exige mudança da parte do pai na vivência da situação. Os pais sabem que há ocasiões em que a criança perde o controle. Essafalta de controle não é proposital - está diretamente relacionada à falta de habilidade em manter o controle interno. Antecipar essa espiral possibilitaidentificar com tempo como se desejareagir às bruscas mudanças emocionais.Isto exige passar conscientemente pelos passosque se desejadar. Este exercício é especialmente importante para pais que costumam enfrentar a agressividade e a falta de controle do filho de formasemelhante. Compreendero que a criança pode e o que não pode controlar é o primeiro passo no treinamento de ignorar um comportamento impulsivo ou inadequado. Se houver reforço nos movimentos positivos em direção ao sucesso,o filho começaráa se ver como um sucesso! Criar uma Criança Auto-disciplinada Qual é a relação entre disciplinar uma criança e a criança aprender auto-disciplina? Há uma conexão direta entre a maneira que a criança é disciplinada e o grau em que assume responsabilidadepor suas próprias ações e comportamento. Disciplinar uma criança, especialmente uma criança com TDAH, torna-se muito mais complicadopela própria reação emocional ao que consideramosmal comportamento ou outras falhas sociais.Quanto mais consumidosemocionalmente com o comportamento dos filhos,mais os pais ficam propensosa usar estratégias disciplinadoras ineficientes ou inadequadas, como bater, gritar, ameaçar, incomodar ou não demonstrar amor e atenção. Quando a emoção toma conta, o resultado é tipicamente inferior ao desejado,talvez até passívelde arrependimento. Escolhera maneira de disciplinar é um dos aspectos mais importantes ao educar uma criança com TDAH. Kicarr lembra de um pai falando sobre sua própria experiência: "Eu costumavasermuito mais severo com meu filho.Eu o tratava de maneira normal,querdizer,eu realmente não levava em consideração o fato dele ter dificuldadeem processarinformaçãoou seguirinstruções. Ficavapegandono pé dele e tentando fazê-loagircomoqualqueroutro garoto da sua idade.Aprendique ele não é assim,que não é como a maioria dos seus amigos.Em alguns pontos,já mostra maiscontrole.Acho que issose deve ao esforço que estamos fazendoem casa para ser maisconsistentese para reduzira carga emocionalrelacionada com as questõesproblemáticas.Não é que ele não queira fazeras coisas,é só que ele nem sempre conseguefazeras coisas da maneira que os outros querem ouesperam."
  • 24. Um aspecto essencialao aprender como disciplinar um filho de maneira eficiente é compreendero que ele é capaz de fazer e quando está mais preparado para fazê- lo. Uma criança com TDAH precisa se apoiar em seu pai nas ocasiões em que não consegue se controlar. Se ele ficar zangado, aborrecido ou fora de controle,não vai poderpropiciar o tipo de apoio emocional e disciplinar necessáriospara resolver o problema. Uma criança com TDAH precisado apoio do pai da mesmamaneira que uma pessoacom o pé quebrado necessitade muleta. A muleta não é permanente. No entanto, para se sentir confortável na continuação da rotina, é preciso que o pé quebrado e a muleta trabalhem juntos para minimizar o desconforto.À medidaque a criança com TDAH amadurece, precisa menos do apoio do pai e mais da sua experiência e de seus recursos.Crianças portadoras de TDAH anseiam por soluções de uma maneira saudável, principalmente quando se vêem como a fonte do problema. Exercer uma Disciplina Calma Permanecercalmo com os filhos portadores de TDAH e estabelecerhábitos eficientes de disciplina são duas atitudes inseparáveis. Ficar calmo e disciplinar com consistênciatraz como resultado uma criança que compreende e assume responsabilidadepor suas próprias ações e comportamento.O pai de um garoto de 9 anos traz um exemplo claro: "Acho que a maneira que trato Marty agora não é nem um poucosemelhante à que tratava antes.Costumava pensarque ele era apenasuma criançamimada,que não se controlavaenquantonão conseguia o que queria.Se não conseguia,dizia coisas do tipo "Odeio você",ou murmurava coisasdesagradáveis a meu respeito.Eu literalmente corria atrásdele pelacasa para poderextravazarminha raiva. Depoisque foi diagnosticado com TDAH e que começamoscom a medicação, penseique ele iria parar um pouco com aquele comportamento(horrível)que tanto incomodava a minha esposa e a mim.Naquelaépoca,não entendi que uma mudança dele estava ligada à uma mudança nossa,especialmente minha,porque minha esposaera muito maistolerante e compreensiva com seu comportamento.O fato dele estar tomandoremédio e continuarfazendoo que não deviame deixava mais zangadoainda. Não sabia comofazê-loagirda maneiracerta.Apesarde minha esposa dizerque eu devia prestaratenção à maneira como reagia a Pete,isso tinha pouao influência na maneira comoeu o tratava.Acredite se quiser,as coisascomeçaram a mudar depoisque li um artigo de revista sobre como disciplinaruma criança.Ao acabarde lê-lo,fiquei chocadoao perceberque,basicamente,fazia tudopara garantirque Pete não desenvolvesse autocontrole e autodisciplina.Os gritos e puniçõesque usava somente faziam com que ele se sentisse maisdesamparado e fora de controle. Logo depois desse episódio,li outro artigo sobre TDAH. Compreendimelhoro que se passa dentro do corpo e da mente de Pete.Suponhoque me tornei mais sensível ao que ele está passando.Comeceia ler mais a respeito de como ajudá-lo quando fica fora de controle.
  • 25. Hoje em dia,raramentegrito.Deixo ele sabero que se espera dele e o que é precisoacontecerpara conseguiro que quer. Acho que o fato de não gritar e permanecercalmo teve um efeito positivo.Vejo que ele está bem mais responsável e capaz de ouvir. Esse era o ponto principaldo artigo:não ficarirritado com o que seu filho faz, ser claro a respeito do que se espera,ser claro quanto às regras da família e quanto aos limitesda família em relaçãoa determinadoscomportamentose escolhas.A coisa maiscontra-producente que se pode fazer é gritar ou bater em um filho. Definitivamente,isto faz a criançaevitarassumiro que fez." O Paradoxo dos Pais Quando um pai começaa aceitar o comportamento do filho, acontece um interessante paradoxo: o comportamento problemático diminui de freqüência, intensidade e duração. Isto não significaque o comportamento inadequado é aceito. Na realidade, a criança é aceita pelo que é e pelo que pode ou não fazer em determinado momento.Também não quer dizer que o TDAH pode ser usado como desculpapara um comportamento inadequado ou desrespeitoso.Podemose devemos responsabilizar nossos filhos pelo que fazem, mantendo uma posição de amor e apoio. Este outro exemplo mostra como a mudança de atitude do pai para com o filho mudou a relação entre ambos: Quando Paulnão está tomando remédio e suas emoções estão soltas,se digo algumacoisaque o irrita, o que não é difícil,ele imediatamentediz alguma coisa do tipo "Cala a boca" ou "Não enche".Leveium tempopara aceitaro fato que é seu lado impulsivo aparecendo.Nesse momento,ele realmente não consegue controlar o que está dizendo. Quando está tomando remédio,esse tipo de resposta é muito raro. Também reajo de maneira diferenteagora,de modo que ele não fica muitotempo nos sentimento negativos.Possosentirque ele quer dizerou fazer algo diferente,mas surge a necessidade e ele acaba soltando o que não deve.Depoisque minhaatitude mudou,os impulsosmais intensamente negativosacontecem com menos freqüência. Este outro exemplo sugere como até mesmo o mais difícilTDAH pode responder positivamente a uma estrutura familiar sólida e apoio constante. "Tenho vistoQuintusarmuitas das técnicas e estratégias que minhaesposa e eu usamos com ele durante os últimos anos.Se está ficando muito zangadoe agressivo,sai temporariamente da situaçãopara se acalmar,focalizare descobrir exatamente o que está acontecendoe como ele está contribuindopara o problema. Estamos começando a vero resultado de anos de trabalho,em que mostrávamos como fazeras coisas e o apoiávamos.Aos 4 anos,quandofoi diagnosticado,ele era agressivo,agitado e difícilde controlar.Agora,aos 8 anos,ainda tem suas
  • 26. dificuldades,masnão é nada comparado ao que era antes.Vejo que Quinté um meninofeliz e seguro.Teria sido fácilficarzangado ou frustrado quandoele era uma criança difícil.Mas,com orientação,troca de experiênciascom outros paise ajuda profissional,Quintestá bem e vai continuarassim.Cada dia ele aprendea lidarmelhorcom o seu TDAH." Ser pai conduz a um nível de responsabilidadesem paralelos em qualquer outra área da vida. Filhos são mais do que uma extensão: representam todo o potencial e as possibilidadesque o mundo pode oferecer.Têm a oportunidade de ultrapassar nossas expectativas e de apresentar uma excelêncianunca antes demonstrada. Enorme responsabilidade é colocadaem seus ombros,para que sejam bem sucedidos,para que façam boas escolhas,vivam valores sólidos e sejam bons cidadãos.Freqüentemente,espera-se que aproveitem oportunidades perdidas pelos pais ou que construam uma escada magníficaque os leve e, por extensão, aos pais, em direção de um sucessoindividual. Espera-se que curem feridas históricas. Entretanto, os pais devem, na realidade, enfrentar as mesmas batalhas que enfrentaram, sentir os mesmos desapontamentos que eles sentiram e aprender, da mesma maneira que eles aprenderam, a encontrar sentido num mundo imprevisível Quando um filho tem o pai como guia, não precisa enfrentar o mundo sozinho. Ao mesmo tempo que os filhos podem ofereceruma oportunidade para a cura, o que realmente oferecemé a chance de viver honestamente, demonstrar integridade, dar o exemplo do perdão e da compaixão. Pais podem dar aos filhos o que não tiveram físicae emocionalmente.No entanto, como muitos pais aprenderam com o tempo, é muito mais fácil proporcionarconforto físico do que o emocionalque não receberam.Pais, mais do que as mães, têm que superar preconceitossociais e de gênero para poderem oferecera seus filhos, especialmente aos meninos com TDAH, o nível de apoio emocional que eles necessitam. Educar umacriança resiliente Crianças com TDAH são incrivelmente resilientes,criativas e determinadas.Mesmo tendo que lidar com pais frustrados e professoresdesiludidos,essas crianças tentam continuar e "fazer melhor na próxima vez". Crianças que não recebem o necessário apoio, empatia e cuidado, eventualmente sucumbem ao peso dos anos de crítica negativa e falham na tentativa de melhorar. Esta é a maneira que um pai descreve o desejo de seu filho de se integrar ao grupo e ser bem sucedido: "Sei que Brent quer se controlare ser parte do grupo.Sei disso.Mas,assim que as coisascomeçam a não dar certo, ele fica cada vez maisfrustrado e tudo fica mais difícil.Ele não desiste.Sei que está tentando melhorar,e ele sabe que eu o apoio por estar fazendo o melhorque pode neste momento.Às vezes,penso em mim mesmocomoseu "airbag" emocional.Sei que a maneira que lido com ele o faz sentirmaisseguro e mais capaz de melhoraras coisas.Quero que ele saia de um episódio ruim sabendoque está bem,e que é capaz de dominara frustração e não ser dominadopor ela."
  • 27. O texto que segue pode ser visto como uma metáfora para a resiliência pessoale a fortaleza emocional: Um dia, uma mula caiu num poço seco.Não havia jeito de se tirar a mula do poço, então o fazendeiro mandou os filhos enterrarem a mula nele. Mas a mula se recusava a ser enterrada. À medidaque os meninos jogavam a terra, a mula simplesmente andava por cima dela. Logo,tanta terra foijogada que a mula conseguiusair do poço Aquilo que era destinado a enterrar a mula foi exatamente o instrumento que a fez subir para sair do poço.. Esta história fala tanto da experiência de pais de crianças com TDAH como das próprias crianças. Algumas vezes, os pais sentem que estão sendo "enterrados vivos" por todos os problemas resultantes do TDAH. Não é que os filhos pretendam sufocá-los;na verdade, os sintomas do TDAH é que são sufocantes,tanto para os pais como para os filhos. Como a mula, um número surpreendente de crianças com TDAH se recusa a ser enterrado emocionalmente por críticas negativas, desaprovação dos pais, isolamento sociale dificuldades acadêmicas.De alguma maneira, essas crianças se tornam adultos levando uma contribuição significativa para suas comunidades e para a vocação que escolheram.Acredita-se que essas crianças freqüentemente tiveram pelo menos uma pessoaque acreditou incondicionalmente nelas e que apoiou o lado capaz e competente de suas personalidades.É surpreendente o que uma pessoa,especialmente um pai, pode fazer para garantir o sucesso de uma criança. A história que segue demonstra bem esse ponto. "Antes de Chris serdiagnosticado e medicado,eu ficava malucose ele desobedecia,respondia oucausavaalgum problema.Chegouno ponto que eu simplesmenteperdia a cabeça.Por sua vez, isso só o fazia ficarmaisdesafiador. Quanto maisalto ele falava,maiseu gritava,e assim pordiante. Havia um enorme stress e muita tensãona casa.Depoisque aprendium pouco mais sobre TDAH e percebi que a minha maneira anteriorde lidarcom Chrisera, no mínimo,ineficiente,comecei a agir de maneiradiferente.Se ele começaa perdero controle,reduzo a reação negativa e encaro sua intensidade com calmae razão.A mudança de comportamento diante da minha nova atitude é impressionante.Não há mais tensão na casa e, se ele faz alguma coisa inadequada,calmamentemando que vá para outro lugarpara se acalmar.A noite,agora,é diferente e produtiva, principalmente quandoele se sente dominadoporsuas emoções." Concluindo, Kicarr lembra que as crianças que têm deficiências,sejam emocionais ou físicas,freqüentemente podem superarenormes desvantagens se sabem que os pais acreditam nelas. Como um camaleão, que toma a cor do ambiente como forma de proteção contra o perigo, crianças com TDAH freqüentemente assumem atitudes e crenças dos pais; vêem a si próprias como são vistas pelos outros. Se percebem que são consideradas "más","um desperdício","sem valor" ou se sentem apenas toleradas, começam a viver esses rótulos buscando experiências negativas. Por outro lado, quando uma criança se sente amada, mesmo quando não é particularmente amável, experimenta uma sensação de redenção e esperança.
  • 28. *Doutor em Psicologia do Desenvolvimentoe da Organização.O Dr. Kilcarr é Diretordo Centro de Desenvolvimento Pessoalda Universidade Georgetown,em Washington,USA.