1. Uma reflexão para nossas queridas famílias.
Com carinho, da equipe Maxime!
Crianças bem sucedidas.
O maior desejo dos pais e educadores em relação a suas crianças é que elas sejam felizes e bem
sucedidas. Para alcançar este alvo as crianças precisam de algo simples que foi tirado de muitas delas: elas
precisam de pais. Pais presentes, que se dediquem a elas. Pais que amam e educam dando liberdade e limites
com equilíbrio. Pais que lhes peguem pela mão e lhes ensinem o caminho em que devem andar, lembrando que
o caminho se faz caminhando, e não apenas falando.
Pesquisadores sobre aprendizagem reafirmam que o bom desempenho dos alunos nos estudos está
ligado ao apoio dos pais. Cláudio de Moura Castro afirma que pesquisas “sobre o sucesso dos países do Leste
Asiático em matéria de educação, mostram que tudo começa com o desvelo da família e com sua crença
inabalável de que a educação é o segredo do sucesso. Países como Coréia, Cingapura e Taiwan não gastam
muito mais do que nós em educação. A diferença está no empenho da família, que turbina o esforço dos filhos e
força o governo a fazer sua parte.
“Muitos pais brasileiros de classe média achincalham nossa educação. Mas seu esforço e sacrifício
pessoal tendem a ser ínfimos. Quantos deixam de ver TV para assegurar-se de que seus pimpolhos estão
estudando? Quantos conversam freqüentemente com os filhos? As pesquisas mostram que tais gestos têm
impacto enorme sobre o desempenho dos filhos.” (9) Revista Veja, Ed. Abril, novembro de 2004.
Conheço mães e pais que chegam em casa cansados do trabalho e separam tempo de qualidade para
olhar os cadernos dos filhos, conversar ou brincar com eles; ou seja, eles estão educando, influenciando seus
filhotes. Trabalhei com uma psicóloga que tinha que se desdobrar como mãe e pai, e ela fazia isto com a maior
competência. Ela chegava em casa após um dia inteiro de trabalho, e se dedicava a seu filho: olhava o para
casa, os cadernos, ajudava seu filho preparar o material e passavam um tempo juntos.
Sucesso nos estudos e na vida de uma maneira geral está ligado a uma educação presencial, não dá para
ser pai e mãe à distância, como dizia um comercial da TV: “não basta ser pai, tem que participar.” A saúde
emocional, espiritual e física depende dos cuidados de pais amorosos e prontos a cumprir os princípios divinos
em suas famílias.
Sendo pai ou professor, você pode sim, minimizar os problemas que o tempo longe das crianças podem
trazer: conversando pelo telefone, dando atenção de qualidade a eles quando estiverem juntos, sendo amigos,
elogiando, corrigindo sempre que necessário - sem deixar que a culpa por estar pouco tempo com elas lhe
impeça de discipliná-las. Não deixe de estabelecer limites para suas crianças só porque você passa pouco tempo
com elas. Mas por outro lado, não use seu tempo todo brigando e xingando seus pequenos. Eduque
conversando, influenciando, estando ao lado. Façam alguma atividade juntos, como fazer um bolo ou
simplesmente escovar os dentes e arrumar as camas. Podemos tornar essas ocasiões juntos agradáveis e
preciosas, conversando sobre as coisas que aconteceram durante o dia que passaram, falando das tristezas e
alegrias de cada um, sabendo que por meio destes simples momento estamos ensinando através de nosso estilo
de vida, pois o seu exemplo é o maior ensino.
A maior força da educação está nas pequenas coisas, nos gestos e nas
palavras do dia a dia, onde às vezes não percebemos, pois educar é se relacionar
com o outro, e isto acontece na maioria das vezes de maneira informal. Aproveite
cada minuto na presença de suas crianças e das pessoas que são preciosas para
você! Ame-as e demonstre esse amor. Já que nosso tempo é tão curto e tão
precioso aproveite cada minuto da vida para amar mais e se deleitar em seu jardim,
pois um jardineiro cuida de seu jardim pelo prazer que tem de estar nele, de ver
seus frutos e flores por vir, de sentir os perfumes que ele exala...
Texto de Alexandra Guerra extraído de seu livro "Infância, o Melhor Tempo para Semear."
Editora Betânia. Blog: alexaguerra.blogspot.com