2. Introdução
No âmbito da disciplina de História, vamos falar
sobre as Alterações nas estruturas sociais em
Portugal no século XIX, no qual vamos desenvolver
os seguintes pontos:
A ruína dos pequenos produtores;
A emigração .
4. No século XIX, principalmente na segunda
metade, Portugal, à semelhança dos outros
países registou um aumento demográfico
acentuado. No entanto, o crescimento da
população apresentou ritmos
diferentes, variando de região para região, no
litoral e nas zonas mais industrializadas a
população cresceu mais do que nas zonas do
interior do país.
6. A fraca produtividade da economia
portuguesa impossibilitava os pequenos
produtores de competirem com os
estrangeiros e ainda investirem na
mecanização, de modo a aumentar a
população. A situação dos camponeses
agravou-se ainda mais devido às crises
agrícolas que ocorriam sucessivamente e ao
elevado número de filhos que dividiam entre
si a pequena propriedade. Muitos
camponeses devido a tudo isto resolveram
vender as suas terras à burguesia capitalista.
7. “ A febre da civilização que as estradas e os
caminhos-de-ferro levaram á província
encontrou as populações numa crise de miséria
derivada da decadência agrícola. (…) Vendo as
suas pobres vinhas com a filoxera, os seus
castanheiros murchos, os olivais doentes, as
industrias locais sem procura, a aldeia em
ruínas, lá tiveram de debandar. Os mais tímidos
vieram trabalhar, os mais ousados venderam a
casa paterna para desertarem da Pátria, a
caminho do Brasil.”
Fialho de Almeida, Os Gatos, 4º ed., Lisboa, A. M. Teixeira, 1920 -
1922
8. Todos os aspectos assinalados anteriormente
causaram o abandono dos campos e a
emigração dos camponeses na esperança de
enriquecerem e de uma vida melhor. Partiram
de todo o país mas principalmente dos
distritos com maior crescimento
populacional, nomeadamente o
Porto, Lisboa, Braga, Aveiro e Coimbra.
O destino destes emigrantes era
principalmente o Brasil, pelo facto de ser uma
antiga colónia portuguesa que falava a nossa
língua.
9. O fim da escravatura, em 1888, levou
muitos deste emigrantes a arranjar
trabalho nas plantações de algodão e café.
Também se ocupavam com as actividades
comerciais. Alguns destes emigrantes
regressaram, mais tarde, já
ricos, compravam um palacete e viviam
luxuosamente. Ficavam conhecidos como
os brasileiros de torna – viagem. No
entanto haviam outros que apenas
conseguiam enviar às suas famílias as
pobres poupanças.
10. A emigração contribuiu para superar
as dificuldades financeiras que se
fazia sentir no país. Desenvolveu a
actividade bancária, ajudou a
equilibrar o défice comercial e
diminuir ligeiramente a dependência
económica de Portugal face ao
estrangeiro.
11. “A falta de trabalho nas obras publicas e a redução dos
vencimentos ou dos quadros do pessoal burocrático são os
dois motivos que directa ou indirectamente actuam sobre a
população e a emigração. Duas causas da crise
determinantes da emigração, a ruína da viticultura e o
cerceamento das obras e empregos públicos, vêm juntar-se
como motivos excepcionais (…). Deu-se recentemente um
facto estranho a nós e do máximo alcance no sentido de
colaborar com os motivos nacionais: foi a lei brasileira de 13
de Maio de 1888, que aboliu completamente a escravidão e
compeliu desde logo os fazendeiros do ainda então império a
procurarem em braços brancos os substitutos do trabalhos
negro e escravo.”
J. P. Oliveira Martins, Portugal Contemporâneo, 3º ed., Lisboa Livraria
António Maria Pereira, 1895.
12. No mapa ao lado
verificamos A a
evolução e a B
distribuição da emigração
portuguesa na segunda
metade do século XIX
13. SÍNTESE
No século XIX já começava a haver boas
acessibilidades, no entanto, a agricultura entrou em crise
o que fez com que as pessoas procurassem nas cidades
melhores condições de vida e de trabalho (Êxodo Rural).
O facto de no Brasil terem acabado com as escravatura
fez com que muitos dos portugueses vendessem os seus
bens e emigrassem à procura de uma vida melhor.
14. Trabalho elaborado por:
Mariana Carvalho Nº18
Sara Carvalho Nº 25
8ºA