SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
Imigração portuguesa no Brasil


Nome: Diego         2º ano
      Isabela
      Lorrany
      Lucas Silva
      Yasmin
Introdução
   Introduzimos este trabalho no intuito de mostrar para todos o que foi a
    imigração portuguesa no Brasil, tal como os motivos, incentivos, os aspectos
    culturais e algumas curiosidades.
    Os portugueses constituíram o segundo grupo que mais povoou o Brasil,
    atrás apenas dos negros africanos. Durante mais de três séculos de
    colonização, somada à imigração pós-independência, os portugueses
    deixaram profundas heranças para a cultura do Brasil e também para a
    etnicidade do povo brasileiro. Hoje, a maioria dos brasileiros têm alguma
    ancestralidade portuguesa.
   A imigração portuguesa para o Brasil, no final do século XIX, foi uma
    consequência da transição política e econômica do fim do século. O sistema
    de "remessa" de contingentes foi um recurso usado para satisfazer interesses
    duplos. De um lado, aliviava a tensão causada por grupos que queriam deixar
    Portugal; de outro, facilitava o equilíbrio interno. Neste quadro, o Brasil era
    evidenciado como lugar ideal para imigração. O fato de ser um país rico, em
    desenvolvimento, ter a língua, tradições e instituições portuguesas, facilitava
    aos interessados.
Motivos para migração
   Os primeiros dois séculos de colonização vieram para o Brasil cerca de 100 mil
    portugueses, uma média anual de 500 imigrantes. No século seguinte, esse
    número aumentou: foram registrados 600 mil e uma média anual de 10 mil
    imigrantes portugueses. O ápice do fluxo migratório ocorreu na primeira
    metade do século XX, entre 1901 e 1930: a média anual ultrapassou a
    barreira dos 25 mil.
   A proximidade entre ambas as culturas torna relativamente fácil a integração
    de portugueses no Brasil. Somando-se a isto, o corte a nível cultural, efetuado
    com a ex-metrópole após a Independência do Brasil (a cultura portuguesa
    seria diminuída em prol do nascimento e desenvolvimento da cultura
    brasileira), muitos descendentes de portugueses no Brasil, ou luso-brasileiros
    não têm ou não querem ter grande contato com a cultura de Portugal, ao
    contrário do que se sucede com outros grupos, como os nipo-brasileiros ou
    ítalo-brasileiros, que sentem ainda grande ligação com a terra de origem.
   1. Situação econômico-social em Portugal

    De forma breve, o séc. XIX em Portugal foi um período de transição. Ao lado
    do desenvolvimento do capitalismo comercial e industrial, o país conhecia a
    crise econômica com a perda do principal mercado, o Brasil, e as dificuldades
    políticas com a crise da Monarquia.

   O desenvolvimento do capitalismo português pode ser observado com a
    extinção do corporativismo da Idade Média em 1834. De fato, o sistema
    corporativista medieval impedia o desenvolvimento do próprio capitalismo
    liberal3.
   Com a separação do trabalhador e os seus meios de produção, tanto no meio
    rural como nas cidades, sobretudo Porto e Lisboa, cresce o comércio
    exportador português do vinho e desenvolve-se a indústria têxtil, papel,
    louças e vidros, entre outros.
   A introdução da mecanização na agricultura portuguesa, a exploração das
    terras incultas, a abolição dos antigos direitos sobre a livre circulaçao de
    mercadorias, geram um desenvolvimento agrícola com a expansão da
    viticultura, da criação de gado para a exportação e da cultura do arroz.
   As revoltas populares, como a Maria da Fonte e a Patuléia (1846-1848),
    refletem as alterações ocorridas nas relações sociais de podução no campo.
    A economia de subsistência é destruída, ainda que a pequena propriedade
    não integrada no comércio exportador possa persistir em Trás-os-Montes,
    Beira Alta e Beira Baixa.
   É, portanto, neste contexto econômico que observamos a formação de um
    "excedente" de mão-de-obra que se deslocará para as grandes cidades,
    Porto e Lisboa, e para o exterior.
   A perda do Brasil significou prejuízo no processo de acumulação português o
    que, em parte, foi substituído pelo desenvolvimento do comércio exportador.
   Vemos que durante os primeiros 13 anos, a emigração portuguesa para o
    Brasil atingiu 13,31%. No entanto, com relação aos 49 anos seguintes, os
    dados indicam um aumento da emigração portuguesa de 55,08%. Portanto,
    um total de 81,7% de emigrantes portugueses no Brasil durante pouco mais
    de um século. Do início do período de Salazar até 1960, o Brasil abrigou
    18,30% de imigrantes portugueses. O período de maior imigração foi,
    portanto, aquele entre 1884-1933.
   A diminuição da emigração portuguesa para o Brasil no período Salazarista
    deve-se então a um maior controle daquela devido ao estabelecimento de
    uma política de emprego que se manifesta desde o lº Plano de Fomento
    (1953-1958) e pela mudança nos destinos da emigração7.
   Na verdade a economia portuguesa se encontrava num impasse: por um
    lado, os Planos de Fomento previam sempre a expansão e a modernização
    técnica na agricultura e na indústria. Por outro, haveria um agravamento no
    equilíbrio do mercado de trabalho, com o desenvolvimento das forças
    produtivas. É assim que, a partir do 2º Plano de Fomento (1959-1964), o
    governo tentará estabelecer uma política de emprego para sair deste
    impasse: o equilíbrio do mercado de trabalho seria, portanto, encontrado no
    crescimento do emprego através da expansão das indústrias e dos serviços.
    A maior mecanização na agricultura também garantiria a mão-de-obra para o
    setor secundário e resolveria o problema do sub-emprego no campo. A
    conseqüência foi uma estimulação indireta para o êxodo rural e à emigração.
    A "paz social" seria, portanto, encontrada com o equilíbrio interno do mercado
    de trabalho e a formação de uma reserva de mão-de-obra no exterior.
   2. Importância econômica da emigração para Portugal

   De acordo com os dados estatísticos, sabemos que Portugal durante anos não
    ultrapassou alguns milhões de habitantes8.
   A emigração portuguesa não foi, portanto, conseqüência de um excesso populacional.
    Sabemos ainda que o país não é assim tão pobre como se divulga. Segundo a obra de
    Gomes Percheiro, Portugal além de ter solo muito fértil, possui também minas de ouro,
    de ferro, de prata, etc.9
   Ora, o que atraía os imigrantes para o Brasil? "A ambição (de ser rico) inconsciente dos
    imigrantes" .
   Naturalmente, isto é uma razão ideológica para explicar a atração pelo Brasil. Na
    verdade, porém, a questão se coloca na crise econômica que atravessava a Monarquia
    portuguesa no final do séc. XIX e na política de emprego estabelecida por Salazar
    posteriormente.
   De fato, com a independência do Brasil, Portugal sofreu um profundo abalo no seu
    sistema mercantilista que repercutiu no seu sistema político. Assim, a emigração através
    das remessas, foi a única fonte encontrada para que o país pudesse equilibrar seu
    déficit.
   Em 1891, segundo as fontes, a remessa dos imigrantes portugueses no Brasil, atingiam
    a soma de 14.000 contos de réis por ano.
   Na mesma época, segundo Oliveira Martins, as remessas dos imigrantes podiam ser
    classificadas de três formas: primeiro, os trabalhadores repatriados voltavam com uma
    soma entre 7.000 e 8.000 contos de réis. Segundo, as rendas anuais de alguns
    repatriados atingiam 3.000 a 4.000 contos de réis. E finalmente, as remessas feitas para
    as famílias enquanto pensão, esmolas, presentes, ficavam entre 2.000 e 3.000 contos de
    réis.
   As remessas foram de tal forma importantes que chegavam mesmo a ultrapassar a soma
    das exportações portuguesas para o Brasil no final do séc. XIX. Enquanto através das
    remessas Portugal recebia 18.000 contos de réis anuais, pelo comércio exportador, a
    soma não atingia 4.000 contos de réis anuais.
   As economias dos imigrantes portugueses no Brasil tiveram, portanto, grande
    importância econômica para Portugal na medida em que puderem concorrer para o
    equilíbrio de sua balança comercial. Esta situação não se alteraria no Salazarismo.
   Haveria além disto, o interesse do governo português no final
    do século XIX e início do séc. XX, em engajar os emigrantes
    nos centros urbanos no Brasil, uma vez que o setor
    comercial, por exemplo, oferecia maiores possibilidades de
    poupança que a agricultura.
   O objetivo do governo português foi, portanto, de orientar a
    emigração para as cidades, Rio de Janeiro e São Paulo, para
    que eles pudessem desenvolver a atividade comercial em
    detrimento da atividade agrícola. Isto representaria ainda a
    possibilidade de maior consumo dos produtos portugueses
    pelos imigrantes no Brasil. Entendemos assim, porque seria
    necessário defender a ideologia de que "Portugal não é um
    país agrícola, nem nós, os portugueses, somos um povo de
    agricultores"
   3. O "Eldorado" Brasileiro

    O que atraía os imigantes portugueses para o Brasil? O que desejavam eles fazer num
    país tão longe? Seguramente a idéia de um "eldorado" brasileiro foi o que mais motivou
    os portugueses a emigrarem. Aliás, a fantasia de um enriquecimento fácil e uma vida
    mais opulenta já crescia mesmo na viagem para o Brasil.

   Secundo o depoimento de um médica da Junta de Emigração de Portugal, os emigrantes
    portugueses deixavam-se iludir sobre seu futuro imediato no Brasil devido às condições
    de vida, de alimentação e de assistência sanitária por que passavam durante três
    semanas a bordo de muitos navios que os trazia.

   Na medida em que as condições de viagem eram superiores às condições gerais de vida
    nas aldeias de origem, estes emigrantes experimentavam o sentimento de uma aventura
    bem sucedida antes mesmo de aqui chegarem. Foi este sentimento que muitas vezes
    levava os trabalhadores a se amargurarem com a precariedade da vida inicial no Brasil.
    Imaginamos que tanto a idéia de um enriquecimento no Brasil como o sofrimento
    saudosista e as dificuldades de adaptação material na chegada estimulavam os
    imigrantes portugueses a uma dedicação quase integral ao trabalho. Sobretudo se este
    trabalho era por conta própria.

   Isto também explica porque os imigrantes se dedicavam mais às atividades urbanas,
    principalmente o comércio autônomo. É que a lembrança da vida anterior dedicada na
    maioria dos casos à agricultura, sem criar a possibilidade de garantir a própria
    subsistência, os trazia ao Brasil para uma atividade que os conduziria a uma ascenção
    aos privilégios de vida.

   A escolha do "eldorado" brasileiro é explicada pela identificação, em primeiro lugar, com
    a língua e certamente pelos conhecimentos das riquezas brasileiras, que entretanto,
    foram privilégios de alguns portugueses - os colonizadores.

   No dizer de um imigrante, no Brasil "a gente não se sente estrangeiro e... todos pensam
    em voltar, mas voltar rico".
   Dentre as "causas (ideológicas) prováveis da emigração",
    segundo a publicação no I.N.E., o "desejo de melhorar de
    fortuna" era o que mais prevalecia nos 1-7.547 emigrantes de
    um total de 20.772 emigrantes do Reino em 1901.

   Para o Brasil, de um total de 14.559 emigrantes naquele ano,
    12.434 vinham com o "desejo de melhorar de fortuna". Para
    as outras causas, classificadas como "outras e
    desconhecidas", somente 2.125 emigrantes.

   Em 1901, portanto, 70,1% da emigração portuguesa vinha
    para o Brasil e 85,4% destes emigrantes visavam melhorar de
    fortuna, ou seja, ficarem ricos.
Incentivos Governamentais
   A imigração portuguesa no Brasil fez-se por fluxos. De 1891
    (Primeira Constituição Republicana) a 1929, foi um período de
    grande imigração, quando grande parte dos 362.156
    portugueses entrados no país se dirigiu para a lavoura. A crise
    econômica mundial de 1929, bem como a política migratória
    adotada pelo governo brasileiro, que assumiu o poder com a
    Revolução de 30, determinaram uma queda violenta nos
    números da imigração; de 1930 a 1950, chegaram ao Brasil
    445.863 estrangeiros, dos quais 33% eram portugueses.
   Na década de 50 a imigração estrangeira voltou a ser
    incentivada, criando oportunidades no meio urbano, para
    trabalhadores com pouca qualificação; de 1950 a 1963
    entraram no país 772.157 imigrantes, sendo 41%
    portugueses provenientes, na sua maioria, do norte de
    Portugal e das ilhas da Madeira e dos Açores.
   A partir de 1964 caíram violentamente os números da imigração
    portuguesa. Os emigrantes optavam por outros destinos,
    especialmente a França. Na década de 70, vieram aqueles que
    deixavam a África, na fase da guerra da descolonização. Hoje, a
    imigração portuguesa é diminuta e reveste-se de outro carácter -
    são agora profissionais qualificados, geralmente chamados por
    empresas multinacionais, na decorrência do processo de
    globalização.

   Também, neste mesmo período, Portugal incentivou a migração
    internacional forçada, o degredo, para suprir as deficiências do
    povoamento. Calcula-se que durante os dois primeiros séculos de
    povoamento, nas regiões centrais da colônia, como Bahia e
    Pernambuco, os degredados correspondiam a cerca de 10 ou 20
    % da população. Mas em áreas periféricas, como é o caso do
    Maranhão, essa cifra representava, aproximadamente, de 80% a
    90% do total de portugueses da região. Nesse mesmo período,
    também vieram para o Brasil cristãos-novos e ciganos, ambos
    fugindo de perseguições religiosas.
Aspectos Culturais
   A origem sócio-econômica do português imigrante é muito
    diversificada: de uma próspera elite nos primeiros séculos de
    colonização, passou-se a um fluxo crescente de imigrantes pobres a
    partir da segunda metade do século XIX. Estes últimos foram alvo de
    um anedotário pouco condizente com a rica herança cultural que nos
    deixou o português.
   Entre os primeiros portugueses a chegarem no Brasil estavam
    os imigrantes mais abastados que aqui se fixaram
    principalmente em Pernambuco e na Bahia. Vieram para
    explorar a produção de açúcar, a atividade mais rentável da
    colônia nos séculos XVI e XVII. Estavam em busca de
    investimentos lucrativos.
   A partir de meados do século XIX o perfil do imigrante
    português sofreu uma radical transformação: entre os que
    chegavam predominavam os de origem pobre; as mulheres
    passaram a representar parcelas cada vez maiores dos grupos
    de emigrantes, e as crianças menores de 14 anos pobres,
    órfãs ou abandonadas, chegaram a representar 20% do total
    de emigrados.

   Alguns acontecimentos contribuíram para a mudança:
    - o aumento expressivo da população portuguesa: a taxa de
    crescimento que em 1835 foi 0,08% pulou para 0,75% em
    1854 e para 0,94% em 1878.
    - a mecanização de algumas atividades agrícolas produzindo
    um excedente de trabalhadores no campo.
    - o empobrecimento dos pequenos proprietários rurais que se
    multiplicaram e engrossaram as fileiras dos candidatos à
    emigração. O aumento deles foi de tal ordem que permitiu um
    significativo fluxo de emigrantes não apenas para o Brasil,
    mas também rumo aos Estados Unidos e, posteriormente, em
    direção à África.
Regiões Alvo
     Historicamente, os portugueses que partiam para o Brasil eram
      majoritariamente oriundos da região norte de Portugal. No século XVI, quase
      metade dos portugueses processados pela Inquisição em Pernambuco e na
      Bahia eram originários do Minho e 15% de Lisboa. Em 1801, em São Paulo,
      45% dos homens portugueses provinham do Minho,
      20% dos Açores e 16% de Lisboa. Analisando a                        origem
      dos comerciantes portugueses radicados em
     Minas Gerais no século XVIII, a historiadora Júnia
     Furtado constatou que 74,4% eram oriundos do
     Norte português. Iraci del Nero, ao levantar dados
     sobre a população portuguesa radicada em Vila Rica
     (atual Ouro Preto), constatou que 68,1% provinha
     do Norte de Portugal. Analisando a população
     inventariada em Minas entre 1750 e 1779,
     Carla Almeida descobriu que 89% dos homens
     portugueses eram naturais das províncias do norte
    e 11% provenientes da região central do país e
    nenhum do sul. Além dos nortenhos, um fluxo
    notável de colonos provinham das ilhas atlânticas
    da Madeira e dos Açores.
   O Noroeste português foi o que mais forneceu imigrantes para o
    Brasil, em especial o Minho (que corresponde aos actuais distritos
    de Braga e Viana do Castelo). O Sul de Portugal era dominado por
    latifúndios e grandes propriedades rurais. No Norte, por sua vez,
    predominavam pequenas propriedades agrícolas. Portanto, quem
    não adquiria um pedaço de terra estava fadado à pobreza. Sendo
    a região do Minho a mais densamente povoada de Portugal,
    formou com o Brasil-colônia - e sucessivamente com o Brasil
    Imperial e com a República - uma ampla rede de migrações.
    Sucessivas gerações de portugueses nascidos no Minho emigraram
    para o Brasil. Isso servia para se ter um equilíbrio entre a escassez
    de recursos, o crescimento constante da população e a falta de
    terras. Assim, famílias minhotas incentivavam a emigração
    períodica de seus filhos para o Brasil como forma de não
    sobrecarregar a economia baseada na pequena propriedade rural.
    Esses portugueses encaminhados para o Brasil tinham um perfil
    típico: do sexo masculino, bastante jovens, muitos deles quase
    crianças, enviados para o Brasil pelas mãos de algum parente ou
    padrinho. Além de ajudar a economia local, a emigração desses
    jovens para o Brasil também lhes era benéfica para os fazer
    escapar de "uma existência limitada por padrões de vida numa
    sociedade empobrecida, mesquinha e conservadora", nas palavras
    da historiadora Ana Silvia Scott.
   As regiões alvo da imigração no Brasil, localizava-se
    em primeiro lugar, no Distrito Federal, no Estado do
    Rio de Janeiro e outras cidades do norte do Brasil
    (Bahia, Manaus, etc.). Posteriormente, aumentará o
    fluxo imigratório para São Paulo.
   Cidade de Porto e Villa Nova do Gaia. Século XIX. Foto de M. J. S. Ferreira
    Biblioteca Nacional
Conclusão
   O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura brasileira.
    Esta, foi, ao longo dos anos, incorporando características dos quatro cantos do mundo.
    Basta pararmos para pensar nas influências trazidas pelos imigrantes, que teremos um
    leque enorme de resultados: o idioma português, a culinária italiana, as técnicas
    agrícolas alemãs, as batidas musicais africanas e muito mais. Graças a todos eles, temos
    um país de múltiplas cores e sabores. Um povo lindo com uma cultura diversificada e de
    grande valor histórico.
   Vimos que a emigração portuguesa para o Brasil no final do séc. XIX é consequência da
    transição econômica e política por que passava Portugal naquele período, que a
    emigração, através das remessas, era o único recurso econômico para o governo
    português de equilibrar sua balança comercial.
   As remessas dos imigrantes portugueses no Brasil eram a principal fonte de recursos
    para o governo português.A maioria dos imigrantes portugueses, sobretudo no final do
    séc. XIX e início do séc. XX, desejavam "melhorar de fortuna". Daí, a razão pela qual se
    dirigiam para o Brasil, "terra de muitas riquezas", constituindo assim no país do
    "eldorado".
   A principal atividade econômica dos emigrantes portugueses era a agricultura, seguida
    pelo comércio, construção civil e outras atividades do setor secundário. No Brasil, os
    imigrantes portugueses vão dedicar-se às atividades urbanas, entre elas o comércio, em
    detrimento da atividade agrícola.
   O maior contingente imigratório localizava-se em primeiro lugar, no Distrito Federal, no
    Estado do Rio de Janeiro e outras cidades do norte do Brasil (Bahia, Manaus, etc.).
    Posteriormente, aumentará o fluxo imigratório para São Paulo.
Bibliografia
   http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/geografia/geografia_do_br

   http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090402064728AAWxTM3
     Resposta de: Jussara Paola C
   http://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_portuguesa_no_Brasil
    #Regi.C3.B5es_de_origem_dos_imigrantes
   http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/geo10/index9.htm
   http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S0034-83091991000100004&script
   http://www.suapesquisa.com/historia/imigracao/

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

COLONIZAÇÃO ALEMÃ NO RS
COLONIZAÇÃO ALEMÃ NO RS COLONIZAÇÃO ALEMÃ NO RS
COLONIZAÇÃO ALEMÃ NO RS tiara alves
 
001 deutsch a1 - alemães no brasil
001   deutsch a1 - alemães no brasil001   deutsch a1 - alemães no brasil
001 deutsch a1 - alemães no brasilcellinho
 
Imigrantes
ImigrantesImigrantes
Imigranteseloifc
 
Formação do povo brasileiro
Formação do povo brasileiroFormação do povo brasileiro
Formação do povo brasileiroferaps
 
História do brasil ppt aula colonia
História do brasil ppt   aula coloniaHistória do brasil ppt   aula colonia
História do brasil ppt aula coloniaCicero Julio
 
Imigrantes no RS
Imigrantes no RSImigrantes no RS
Imigrantes no RSvintecinco
 
Sociedade, cultura e cotidiano no brasil imperial
Sociedade, cultura e cotidiano no brasil imperialSociedade, cultura e cotidiano no brasil imperial
Sociedade, cultura e cotidiano no brasil imperialEdenilson Morais
 
EscravidãO Av 70 Maio 2009
EscravidãO Av 70 Maio 2009EscravidãO Av 70 Maio 2009
EscravidãO Av 70 Maio 2009Nelson Silva
 
Texto boris fausto jacó anderle
Texto boris fausto  jacó anderleTexto boris fausto  jacó anderle
Texto boris fausto jacó anderlejacoanderle
 
Portugal na segunda metade do século xix
Portugal na segunda metade do século xixPortugal na segunda metade do século xix
Portugal na segunda metade do século xixsilvagaiodcsh
 
Brasil síntese histórica
Brasil síntese históricaBrasil síntese histórica
Brasil síntese históricaAEDFL
 
O povo brasileiro imigação
O povo brasileiro   imigaçãoO povo brasileiro   imigação
O povo brasileiro imigaçãoAndré Moraes
 
Identidade, diferença e desigualdades no brasil
Identidade, diferença e desigualdades no brasilIdentidade, diferença e desigualdades no brasil
Identidade, diferença e desigualdades no brasilferaps
 
Exercícios imperialismo e neocolonialismo - terceiro ano
Exercícios imperialismo e neocolonialismo - terceiro anoExercícios imperialismo e neocolonialismo - terceiro ano
Exercícios imperialismo e neocolonialismo - terceiro anojacoanderle
 

Mais procurados (20)

COLONIZAÇÃO ALEMÃ NO RS
COLONIZAÇÃO ALEMÃ NO RS COLONIZAÇÃO ALEMÃ NO RS
COLONIZAÇÃO ALEMÃ NO RS
 
001 deutsch a1 - alemães no brasil
001   deutsch a1 - alemães no brasil001   deutsch a1 - alemães no brasil
001 deutsch a1 - alemães no brasil
 
Imigrantes
ImigrantesImigrantes
Imigrantes
 
Formação do povo brasileiro
Formação do povo brasileiroFormação do povo brasileiro
Formação do povo brasileiro
 
Portugal no sec xix
Portugal no sec xixPortugal no sec xix
Portugal no sec xix
 
Fluxos Migratorios Clc 6
Fluxos Migratorios Clc 6Fluxos Migratorios Clc 6
Fluxos Migratorios Clc 6
 
Imigracao Italiana Para O Brasil
Imigracao Italiana Para O BrasilImigracao Italiana Para O Brasil
Imigracao Italiana Para O Brasil
 
História do brasil ppt aula colonia
História do brasil ppt   aula coloniaHistória do brasil ppt   aula colonia
História do brasil ppt aula colonia
 
Imigrantes no RS
Imigrantes no RSImigrantes no RS
Imigrantes no RS
 
Sociedade Colonial Brasileira
Sociedade Colonial BrasileiraSociedade Colonial Brasileira
Sociedade Colonial Brasileira
 
Sociedade, cultura e cotidiano no brasil imperial
Sociedade, cultura e cotidiano no brasil imperialSociedade, cultura e cotidiano no brasil imperial
Sociedade, cultura e cotidiano no brasil imperial
 
EscravidãO Av 70 Maio 2009
EscravidãO Av 70 Maio 2009EscravidãO Av 70 Maio 2009
EscravidãO Av 70 Maio 2009
 
Texto boris fausto jacó anderle
Texto boris fausto  jacó anderleTexto boris fausto  jacó anderle
Texto boris fausto jacó anderle
 
Portugal na segunda metade do século xix
Portugal na segunda metade do século xixPortugal na segunda metade do século xix
Portugal na segunda metade do século xix
 
Brasil síntese histórica
Brasil síntese históricaBrasil síntese histórica
Brasil síntese histórica
 
O povo brasileiro imigação
O povo brasileiro   imigaçãoO povo brasileiro   imigação
O povo brasileiro imigação
 
Identidade, diferença e desigualdades no brasil
Identidade, diferença e desigualdades no brasilIdentidade, diferença e desigualdades no brasil
Identidade, diferença e desigualdades no brasil
 
Brasil Colonial
Brasil ColonialBrasil Colonial
Brasil Colonial
 
Exercícios imperialismo e neocolonialismo - terceiro ano
Exercícios imperialismo e neocolonialismo - terceiro anoExercícios imperialismo e neocolonialismo - terceiro ano
Exercícios imperialismo e neocolonialismo - terceiro ano
 
Aula 7º (cap.3)
Aula 7º (cap.3)Aula 7º (cap.3)
Aula 7º (cap.3)
 

Semelhante a Imigração portuguesa no brasil

Alterações nas estruturas sociais
Alterações nas estruturas sociaisAlterações nas estruturas sociais
Alterações nas estruturas sociaismaria40
 
Portugal do seculo_xviii_ao_seculo_xix
Portugal do seculo_xviii_ao_seculo_xixPortugal do seculo_xviii_ao_seculo_xix
Portugal do seculo_xviii_ao_seculo_xixcattonia
 
ARTIGO MARQUES DE POMBAL E A REFORMA EDUCACIONAL BRASILEIRA TEXTO 2 MARLIA.pdf
ARTIGO MARQUES DE POMBAL E A REFORMA EDUCACIONAL BRASILEIRA TEXTO 2 MARLIA.pdfARTIGO MARQUES DE POMBAL E A REFORMA EDUCACIONAL BRASILEIRA TEXTO 2 MARLIA.pdf
ARTIGO MARQUES DE POMBAL E A REFORMA EDUCACIONAL BRASILEIRA TEXTO 2 MARLIA.pdfFrancoPereira21
 
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974Laboratório de História
 
H2 o caso português
H2 o caso portuguêsH2 o caso português
H2 o caso portuguêsVítor Santos
 
A EMIGRAÇÃO DO DISTRITO DE AVEIRO ATRAVÉS DOS LIVROS DE REGISTO DOS PASSAPORT...
A EMIGRAÇÃO DO DISTRITO DE AVEIRO ATRAVÉS DOS LIVROS DE REGISTO DOS PASSAPORT...A EMIGRAÇÃO DO DISTRITO DE AVEIRO ATRAVÉS DOS LIVROS DE REGISTO DOS PASSAPORT...
A EMIGRAÇÃO DO DISTRITO DE AVEIRO ATRAVÉS DOS LIVROS DE REGISTO DOS PASSAPORT...Rui De Moreira Pires
 
Desenvolvimento do Capitalismo X Escravidão
Desenvolvimento do Capitalismo X EscravidãoDesenvolvimento do Capitalismo X Escravidão
Desenvolvimento do Capitalismo X EscravidãoJean Oliveira
 
Modulo 18 - A população brasileira - os brancos (apostila Anglo)
Modulo 18 - A população brasileira - os brancos (apostila Anglo)Modulo 18 - A população brasileira - os brancos (apostila Anglo)
Modulo 18 - A população brasileira - os brancos (apostila Anglo)Claudio Henrique Ramos Sales
 
Portugal no sec.xix
Portugal no sec.xixPortugal no sec.xix
Portugal no sec.xixcattonia
 
4.evolucao economia brasilera
4.evolucao economia brasilera4.evolucao economia brasilera
4.evolucao economia brasileraPuc Campinas
 

Semelhante a Imigração portuguesa no brasil (20)

Alterações nas estruturas sociais
Alterações nas estruturas sociaisAlterações nas estruturas sociais
Alterações nas estruturas sociais
 
Portugal do seculo_xviii_ao_seculo_xix
Portugal do seculo_xviii_ao_seculo_xixPortugal do seculo_xviii_ao_seculo_xix
Portugal do seculo_xviii_ao_seculo_xix
 
ARTIGO MARQUES DE POMBAL E A REFORMA EDUCACIONAL BRASILEIRA TEXTO 2 MARLIA.pdf
ARTIGO MARQUES DE POMBAL E A REFORMA EDUCACIONAL BRASILEIRA TEXTO 2 MARLIA.pdfARTIGO MARQUES DE POMBAL E A REFORMA EDUCACIONAL BRASILEIRA TEXTO 2 MARLIA.pdf
ARTIGO MARQUES DE POMBAL E A REFORMA EDUCACIONAL BRASILEIRA TEXTO 2 MARLIA.pdf
 
Ebook de historia1
Ebook de historia1Ebook de historia1
Ebook de historia1
 
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
 
H2 o caso português
H2 o caso portuguêsH2 o caso português
H2 o caso português
 
A EMIGRAÇÃO DO DISTRITO DE AVEIRO ATRAVÉS DOS LIVROS DE REGISTO DOS PASSAPORT...
A EMIGRAÇÃO DO DISTRITO DE AVEIRO ATRAVÉS DOS LIVROS DE REGISTO DOS PASSAPORT...A EMIGRAÇÃO DO DISTRITO DE AVEIRO ATRAVÉS DOS LIVROS DE REGISTO DOS PASSAPORT...
A EMIGRAÇÃO DO DISTRITO DE AVEIRO ATRAVÉS DOS LIVROS DE REGISTO DOS PASSAPORT...
 
Geoloteria migrações
Geoloteria migraçõesGeoloteria migrações
Geoloteria migrações
 
B-i boletim informativo n.90 ACIDI
B-i boletim informativo n.90 ACIDIB-i boletim informativo n.90 ACIDI
B-i boletim informativo n.90 ACIDI
 
B-i boletim informativo n.90 ACIDI
B-i boletim informativo n.90 ACIDIB-i boletim informativo n.90 ACIDI
B-i boletim informativo n.90 ACIDI
 
Desenvolvimento do Capitalismo X Escravidão
Desenvolvimento do Capitalismo X EscravidãoDesenvolvimento do Capitalismo X Escravidão
Desenvolvimento do Capitalismo X Escravidão
 
Modulo 18 - A população brasileira - os brancos (apostila Anglo)
Modulo 18 - A população brasileira - os brancos (apostila Anglo)Modulo 18 - A população brasileira - os brancos (apostila Anglo)
Modulo 18 - A população brasileira - os brancos (apostila Anglo)
 
Emigração
EmigraçãoEmigração
Emigração
 
Emigração
EmigraçãoEmigração
Emigração
 
Portugal no sec.xix
Portugal no sec.xixPortugal no sec.xix
Portugal no sec.xix
 
4.evolucao economia brasilera
4.evolucao economia brasilera4.evolucao economia brasilera
4.evolucao economia brasilera
 
Portugal no sec xix
Portugal no sec xixPortugal no sec xix
Portugal no sec xix
 
Portugal no sec xix
Portugal no sec xixPortugal no sec xix
Portugal no sec xix
 
cap20e21.ppt
cap20e21.pptcap20e21.ppt
cap20e21.ppt
 
Sociedade e politica
Sociedade e politicaSociedade e politica
Sociedade e politica
 

Último

PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfLuizaAbaAba
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 

Último (20)

PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 

Imigração portuguesa no brasil

  • 1. Imigração portuguesa no Brasil Nome: Diego 2º ano Isabela Lorrany Lucas Silva Yasmin
  • 2. Introdução  Introduzimos este trabalho no intuito de mostrar para todos o que foi a imigração portuguesa no Brasil, tal como os motivos, incentivos, os aspectos culturais e algumas curiosidades.  Os portugueses constituíram o segundo grupo que mais povoou o Brasil, atrás apenas dos negros africanos. Durante mais de três séculos de colonização, somada à imigração pós-independência, os portugueses deixaram profundas heranças para a cultura do Brasil e também para a etnicidade do povo brasileiro. Hoje, a maioria dos brasileiros têm alguma ancestralidade portuguesa.  A imigração portuguesa para o Brasil, no final do século XIX, foi uma consequência da transição política e econômica do fim do século. O sistema de "remessa" de contingentes foi um recurso usado para satisfazer interesses duplos. De um lado, aliviava a tensão causada por grupos que queriam deixar Portugal; de outro, facilitava o equilíbrio interno. Neste quadro, o Brasil era evidenciado como lugar ideal para imigração. O fato de ser um país rico, em desenvolvimento, ter a língua, tradições e instituições portuguesas, facilitava aos interessados.
  • 3. Motivos para migração  Os primeiros dois séculos de colonização vieram para o Brasil cerca de 100 mil portugueses, uma média anual de 500 imigrantes. No século seguinte, esse número aumentou: foram registrados 600 mil e uma média anual de 10 mil imigrantes portugueses. O ápice do fluxo migratório ocorreu na primeira metade do século XX, entre 1901 e 1930: a média anual ultrapassou a barreira dos 25 mil.  A proximidade entre ambas as culturas torna relativamente fácil a integração de portugueses no Brasil. Somando-se a isto, o corte a nível cultural, efetuado com a ex-metrópole após a Independência do Brasil (a cultura portuguesa seria diminuída em prol do nascimento e desenvolvimento da cultura brasileira), muitos descendentes de portugueses no Brasil, ou luso-brasileiros não têm ou não querem ter grande contato com a cultura de Portugal, ao contrário do que se sucede com outros grupos, como os nipo-brasileiros ou ítalo-brasileiros, que sentem ainda grande ligação com a terra de origem.
  • 4. 1. Situação econômico-social em Portugal De forma breve, o séc. XIX em Portugal foi um período de transição. Ao lado do desenvolvimento do capitalismo comercial e industrial, o país conhecia a crise econômica com a perda do principal mercado, o Brasil, e as dificuldades políticas com a crise da Monarquia.  O desenvolvimento do capitalismo português pode ser observado com a extinção do corporativismo da Idade Média em 1834. De fato, o sistema corporativista medieval impedia o desenvolvimento do próprio capitalismo liberal3.  Com a separação do trabalhador e os seus meios de produção, tanto no meio rural como nas cidades, sobretudo Porto e Lisboa, cresce o comércio exportador português do vinho e desenvolve-se a indústria têxtil, papel, louças e vidros, entre outros.  A introdução da mecanização na agricultura portuguesa, a exploração das terras incultas, a abolição dos antigos direitos sobre a livre circulaçao de mercadorias, geram um desenvolvimento agrícola com a expansão da viticultura, da criação de gado para a exportação e da cultura do arroz.  As revoltas populares, como a Maria da Fonte e a Patuléia (1846-1848), refletem as alterações ocorridas nas relações sociais de podução no campo. A economia de subsistência é destruída, ainda que a pequena propriedade não integrada no comércio exportador possa persistir em Trás-os-Montes, Beira Alta e Beira Baixa.  É, portanto, neste contexto econômico que observamos a formação de um "excedente" de mão-de-obra que se deslocará para as grandes cidades, Porto e Lisboa, e para o exterior.  A perda do Brasil significou prejuízo no processo de acumulação português o que, em parte, foi substituído pelo desenvolvimento do comércio exportador.
  • 5. Vemos que durante os primeiros 13 anos, a emigração portuguesa para o Brasil atingiu 13,31%. No entanto, com relação aos 49 anos seguintes, os dados indicam um aumento da emigração portuguesa de 55,08%. Portanto, um total de 81,7% de emigrantes portugueses no Brasil durante pouco mais de um século. Do início do período de Salazar até 1960, o Brasil abrigou 18,30% de imigrantes portugueses. O período de maior imigração foi, portanto, aquele entre 1884-1933.  A diminuição da emigração portuguesa para o Brasil no período Salazarista deve-se então a um maior controle daquela devido ao estabelecimento de uma política de emprego que se manifesta desde o lº Plano de Fomento (1953-1958) e pela mudança nos destinos da emigração7.  Na verdade a economia portuguesa se encontrava num impasse: por um lado, os Planos de Fomento previam sempre a expansão e a modernização técnica na agricultura e na indústria. Por outro, haveria um agravamento no equilíbrio do mercado de trabalho, com o desenvolvimento das forças produtivas. É assim que, a partir do 2º Plano de Fomento (1959-1964), o governo tentará estabelecer uma política de emprego para sair deste impasse: o equilíbrio do mercado de trabalho seria, portanto, encontrado no crescimento do emprego através da expansão das indústrias e dos serviços. A maior mecanização na agricultura também garantiria a mão-de-obra para o setor secundário e resolveria o problema do sub-emprego no campo. A conseqüência foi uma estimulação indireta para o êxodo rural e à emigração. A "paz social" seria, portanto, encontrada com o equilíbrio interno do mercado de trabalho e a formação de uma reserva de mão-de-obra no exterior.
  • 6. 2. Importância econômica da emigração para Portugal  De acordo com os dados estatísticos, sabemos que Portugal durante anos não ultrapassou alguns milhões de habitantes8.  A emigração portuguesa não foi, portanto, conseqüência de um excesso populacional. Sabemos ainda que o país não é assim tão pobre como se divulga. Segundo a obra de Gomes Percheiro, Portugal além de ter solo muito fértil, possui também minas de ouro, de ferro, de prata, etc.9  Ora, o que atraía os imigrantes para o Brasil? "A ambição (de ser rico) inconsciente dos imigrantes" .  Naturalmente, isto é uma razão ideológica para explicar a atração pelo Brasil. Na verdade, porém, a questão se coloca na crise econômica que atravessava a Monarquia portuguesa no final do séc. XIX e na política de emprego estabelecida por Salazar posteriormente.  De fato, com a independência do Brasil, Portugal sofreu um profundo abalo no seu sistema mercantilista que repercutiu no seu sistema político. Assim, a emigração através das remessas, foi a única fonte encontrada para que o país pudesse equilibrar seu déficit.  Em 1891, segundo as fontes, a remessa dos imigrantes portugueses no Brasil, atingiam a soma de 14.000 contos de réis por ano.  Na mesma época, segundo Oliveira Martins, as remessas dos imigrantes podiam ser classificadas de três formas: primeiro, os trabalhadores repatriados voltavam com uma soma entre 7.000 e 8.000 contos de réis. Segundo, as rendas anuais de alguns repatriados atingiam 3.000 a 4.000 contos de réis. E finalmente, as remessas feitas para as famílias enquanto pensão, esmolas, presentes, ficavam entre 2.000 e 3.000 contos de réis.  As remessas foram de tal forma importantes que chegavam mesmo a ultrapassar a soma das exportações portuguesas para o Brasil no final do séc. XIX. Enquanto através das remessas Portugal recebia 18.000 contos de réis anuais, pelo comércio exportador, a soma não atingia 4.000 contos de réis anuais.  As economias dos imigrantes portugueses no Brasil tiveram, portanto, grande importância econômica para Portugal na medida em que puderem concorrer para o equilíbrio de sua balança comercial. Esta situação não se alteraria no Salazarismo.
  • 7. Haveria além disto, o interesse do governo português no final do século XIX e início do séc. XX, em engajar os emigrantes nos centros urbanos no Brasil, uma vez que o setor comercial, por exemplo, oferecia maiores possibilidades de poupança que a agricultura.  O objetivo do governo português foi, portanto, de orientar a emigração para as cidades, Rio de Janeiro e São Paulo, para que eles pudessem desenvolver a atividade comercial em detrimento da atividade agrícola. Isto representaria ainda a possibilidade de maior consumo dos produtos portugueses pelos imigrantes no Brasil. Entendemos assim, porque seria necessário defender a ideologia de que "Portugal não é um país agrícola, nem nós, os portugueses, somos um povo de agricultores"
  • 8. 3. O "Eldorado" Brasileiro  O que atraía os imigantes portugueses para o Brasil? O que desejavam eles fazer num país tão longe? Seguramente a idéia de um "eldorado" brasileiro foi o que mais motivou os portugueses a emigrarem. Aliás, a fantasia de um enriquecimento fácil e uma vida mais opulenta já crescia mesmo na viagem para o Brasil.  Secundo o depoimento de um médica da Junta de Emigração de Portugal, os emigrantes portugueses deixavam-se iludir sobre seu futuro imediato no Brasil devido às condições de vida, de alimentação e de assistência sanitária por que passavam durante três semanas a bordo de muitos navios que os trazia.  Na medida em que as condições de viagem eram superiores às condições gerais de vida nas aldeias de origem, estes emigrantes experimentavam o sentimento de uma aventura bem sucedida antes mesmo de aqui chegarem. Foi este sentimento que muitas vezes levava os trabalhadores a se amargurarem com a precariedade da vida inicial no Brasil. Imaginamos que tanto a idéia de um enriquecimento no Brasil como o sofrimento saudosista e as dificuldades de adaptação material na chegada estimulavam os imigrantes portugueses a uma dedicação quase integral ao trabalho. Sobretudo se este trabalho era por conta própria.  Isto também explica porque os imigrantes se dedicavam mais às atividades urbanas, principalmente o comércio autônomo. É que a lembrança da vida anterior dedicada na maioria dos casos à agricultura, sem criar a possibilidade de garantir a própria subsistência, os trazia ao Brasil para uma atividade que os conduziria a uma ascenção aos privilégios de vida.  A escolha do "eldorado" brasileiro é explicada pela identificação, em primeiro lugar, com a língua e certamente pelos conhecimentos das riquezas brasileiras, que entretanto, foram privilégios de alguns portugueses - os colonizadores.  No dizer de um imigrante, no Brasil "a gente não se sente estrangeiro e... todos pensam em voltar, mas voltar rico".
  • 9. Dentre as "causas (ideológicas) prováveis da emigração", segundo a publicação no I.N.E., o "desejo de melhorar de fortuna" era o que mais prevalecia nos 1-7.547 emigrantes de um total de 20.772 emigrantes do Reino em 1901.  Para o Brasil, de um total de 14.559 emigrantes naquele ano, 12.434 vinham com o "desejo de melhorar de fortuna". Para as outras causas, classificadas como "outras e desconhecidas", somente 2.125 emigrantes.  Em 1901, portanto, 70,1% da emigração portuguesa vinha para o Brasil e 85,4% destes emigrantes visavam melhorar de fortuna, ou seja, ficarem ricos.
  • 10. Incentivos Governamentais  A imigração portuguesa no Brasil fez-se por fluxos. De 1891 (Primeira Constituição Republicana) a 1929, foi um período de grande imigração, quando grande parte dos 362.156 portugueses entrados no país se dirigiu para a lavoura. A crise econômica mundial de 1929, bem como a política migratória adotada pelo governo brasileiro, que assumiu o poder com a Revolução de 30, determinaram uma queda violenta nos números da imigração; de 1930 a 1950, chegaram ao Brasil 445.863 estrangeiros, dos quais 33% eram portugueses.  Na década de 50 a imigração estrangeira voltou a ser incentivada, criando oportunidades no meio urbano, para trabalhadores com pouca qualificação; de 1950 a 1963 entraram no país 772.157 imigrantes, sendo 41% portugueses provenientes, na sua maioria, do norte de Portugal e das ilhas da Madeira e dos Açores.
  • 11. A partir de 1964 caíram violentamente os números da imigração portuguesa. Os emigrantes optavam por outros destinos, especialmente a França. Na década de 70, vieram aqueles que deixavam a África, na fase da guerra da descolonização. Hoje, a imigração portuguesa é diminuta e reveste-se de outro carácter - são agora profissionais qualificados, geralmente chamados por empresas multinacionais, na decorrência do processo de globalização.  Também, neste mesmo período, Portugal incentivou a migração internacional forçada, o degredo, para suprir as deficiências do povoamento. Calcula-se que durante os dois primeiros séculos de povoamento, nas regiões centrais da colônia, como Bahia e Pernambuco, os degredados correspondiam a cerca de 10 ou 20 % da população. Mas em áreas periféricas, como é o caso do Maranhão, essa cifra representava, aproximadamente, de 80% a 90% do total de portugueses da região. Nesse mesmo período, também vieram para o Brasil cristãos-novos e ciganos, ambos fugindo de perseguições religiosas.
  • 12. Aspectos Culturais  A origem sócio-econômica do português imigrante é muito diversificada: de uma próspera elite nos primeiros séculos de colonização, passou-se a um fluxo crescente de imigrantes pobres a partir da segunda metade do século XIX. Estes últimos foram alvo de um anedotário pouco condizente com a rica herança cultural que nos deixou o português.  Entre os primeiros portugueses a chegarem no Brasil estavam os imigrantes mais abastados que aqui se fixaram principalmente em Pernambuco e na Bahia. Vieram para explorar a produção de açúcar, a atividade mais rentável da colônia nos séculos XVI e XVII. Estavam em busca de investimentos lucrativos.
  • 13. A partir de meados do século XIX o perfil do imigrante português sofreu uma radical transformação: entre os que chegavam predominavam os de origem pobre; as mulheres passaram a representar parcelas cada vez maiores dos grupos de emigrantes, e as crianças menores de 14 anos pobres, órfãs ou abandonadas, chegaram a representar 20% do total de emigrados.  Alguns acontecimentos contribuíram para a mudança: - o aumento expressivo da população portuguesa: a taxa de crescimento que em 1835 foi 0,08% pulou para 0,75% em 1854 e para 0,94% em 1878. - a mecanização de algumas atividades agrícolas produzindo um excedente de trabalhadores no campo. - o empobrecimento dos pequenos proprietários rurais que se multiplicaram e engrossaram as fileiras dos candidatos à emigração. O aumento deles foi de tal ordem que permitiu um significativo fluxo de emigrantes não apenas para o Brasil, mas também rumo aos Estados Unidos e, posteriormente, em direção à África.
  • 14. Regiões Alvo  Historicamente, os portugueses que partiam para o Brasil eram majoritariamente oriundos da região norte de Portugal. No século XVI, quase metade dos portugueses processados pela Inquisição em Pernambuco e na Bahia eram originários do Minho e 15% de Lisboa. Em 1801, em São Paulo, 45% dos homens portugueses provinham do Minho, 20% dos Açores e 16% de Lisboa. Analisando a origem dos comerciantes portugueses radicados em Minas Gerais no século XVIII, a historiadora Júnia Furtado constatou que 74,4% eram oriundos do Norte português. Iraci del Nero, ao levantar dados sobre a população portuguesa radicada em Vila Rica (atual Ouro Preto), constatou que 68,1% provinha do Norte de Portugal. Analisando a população inventariada em Minas entre 1750 e 1779, Carla Almeida descobriu que 89% dos homens portugueses eram naturais das províncias do norte e 11% provenientes da região central do país e nenhum do sul. Além dos nortenhos, um fluxo notável de colonos provinham das ilhas atlânticas da Madeira e dos Açores.
  • 15. O Noroeste português foi o que mais forneceu imigrantes para o Brasil, em especial o Minho (que corresponde aos actuais distritos de Braga e Viana do Castelo). O Sul de Portugal era dominado por latifúndios e grandes propriedades rurais. No Norte, por sua vez, predominavam pequenas propriedades agrícolas. Portanto, quem não adquiria um pedaço de terra estava fadado à pobreza. Sendo a região do Minho a mais densamente povoada de Portugal, formou com o Brasil-colônia - e sucessivamente com o Brasil Imperial e com a República - uma ampla rede de migrações. Sucessivas gerações de portugueses nascidos no Minho emigraram para o Brasil. Isso servia para se ter um equilíbrio entre a escassez de recursos, o crescimento constante da população e a falta de terras. Assim, famílias minhotas incentivavam a emigração períodica de seus filhos para o Brasil como forma de não sobrecarregar a economia baseada na pequena propriedade rural. Esses portugueses encaminhados para o Brasil tinham um perfil típico: do sexo masculino, bastante jovens, muitos deles quase crianças, enviados para o Brasil pelas mãos de algum parente ou padrinho. Além de ajudar a economia local, a emigração desses jovens para o Brasil também lhes era benéfica para os fazer escapar de "uma existência limitada por padrões de vida numa sociedade empobrecida, mesquinha e conservadora", nas palavras da historiadora Ana Silvia Scott.
  • 16.
  • 17. As regiões alvo da imigração no Brasil, localizava-se em primeiro lugar, no Distrito Federal, no Estado do Rio de Janeiro e outras cidades do norte do Brasil (Bahia, Manaus, etc.). Posteriormente, aumentará o fluxo imigratório para São Paulo.
  • 18. Cidade de Porto e Villa Nova do Gaia. Século XIX. Foto de M. J. S. Ferreira Biblioteca Nacional
  • 19. Conclusão  O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura brasileira. Esta, foi, ao longo dos anos, incorporando características dos quatro cantos do mundo. Basta pararmos para pensar nas influências trazidas pelos imigrantes, que teremos um leque enorme de resultados: o idioma português, a culinária italiana, as técnicas agrícolas alemãs, as batidas musicais africanas e muito mais. Graças a todos eles, temos um país de múltiplas cores e sabores. Um povo lindo com uma cultura diversificada e de grande valor histórico.  Vimos que a emigração portuguesa para o Brasil no final do séc. XIX é consequência da transição econômica e política por que passava Portugal naquele período, que a emigração, através das remessas, era o único recurso econômico para o governo português de equilibrar sua balança comercial.  As remessas dos imigrantes portugueses no Brasil eram a principal fonte de recursos para o governo português.A maioria dos imigrantes portugueses, sobretudo no final do séc. XIX e início do séc. XX, desejavam "melhorar de fortuna". Daí, a razão pela qual se dirigiam para o Brasil, "terra de muitas riquezas", constituindo assim no país do "eldorado".  A principal atividade econômica dos emigrantes portugueses era a agricultura, seguida pelo comércio, construção civil e outras atividades do setor secundário. No Brasil, os imigrantes portugueses vão dedicar-se às atividades urbanas, entre elas o comércio, em detrimento da atividade agrícola.  O maior contingente imigratório localizava-se em primeiro lugar, no Distrito Federal, no Estado do Rio de Janeiro e outras cidades do norte do Brasil (Bahia, Manaus, etc.). Posteriormente, aumentará o fluxo imigratório para São Paulo.
  • 20. Bibliografia  http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/geografia/geografia_do_br  http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090402064728AAWxTM3 Resposta de: Jussara Paola C  http://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_portuguesa_no_Brasil #Regi.C3.B5es_de_origem_dos_imigrantes  http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/geo10/index9.htm  http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S0034-83091991000100004&script  http://www.suapesquisa.com/historia/imigracao/