O documento descreve a formação econômica do Brasil desde o período colonial até o século XX, destacando os principais ciclos econômicos como a cana-de-açúcar, o ouro, o café e a borracha. Também aborda o modelo agroexportador da economia brasileira e sua vulnerabilidade, além dos impactos da Grande Depressão de 1929.
4. FORMAÇÃO ECONÔMICA
BRASILEIRA
Brasil – Período Colonial
Período da história entre a chegada dos primeiros
portugueses em 1500 e 1822, quando o Brasil estava
sob domínio socioeconômico e político de Portugal.
Ciclo da cana-de-açúcar;
Ciclo do ouro.
5. Um sistema pelo qual os países europeus que
possuíam colônias americanas mantinham o
exclusividade:
importações;
O PACTO COLONIAL
exportação.
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
6. As colônias européias deveriam fazer comércio
apenas com suas metrópoles.
O PACTO COLONIAL
Os europeus vendiam caro e compravam
barato, obtendo ainda produtos não encontrados
na Europa.
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
7. Ciclo da Cana-de-Açúcar
• Teve início no Brasil colônia, na
época em que foram criadas as
capitanias hereditárias.
• A empresa açucareira brasileira foi
durante os séculos XVI ao XVIII, a
maior empresa agrícola do mundo
ocidental.
8. Ciclo da Cana-de-Açúcar
• Foi no nordeste do país, que a
empresa atingiu seu grau maior
de desenvolvimento.
• A área em que se desenvolveu a
cana-de- açúcar foi na Zona da
Mata, que se estende numa
faixa litorânea, do Rio Grande
do Norte ao Recôncavo Baiano.
9. Ciclo da Cana-de-Açúcar
• Com o crescimento da produção açucareira, notadamente em Pernambuco e na
Bahia, o nordeste tornou-se o centro dinâmico da vida social, política e econômica
do Brasil.
• Portugal já tinha experiência no cultivo de cana, na produção e comércio de açúcar.
• Por volta de 1440, as colônias portuguesas de Açores, Madeira e Cabo Verde
tinham uma produção que abastecia não só a metrópole mas ainda a Inglaterra,
portos de Flandres e algumas cidades da Itália.
11. Sociedade açucareira
• A sociedade da região açucareira dos séculos XVI e XVII era composta, basicamente,
por dois grupos. O dos proprietários de escravos e de terras compreendia os senhores
de engenho e os plantadores independentes de cana.
• O outro grupo era formado pelos escravos, numericamente muito maior, porém quase
sem direito algum.
• Entre esses dois grupos existia uma faixa intermediária: pessoas que serviam aos
interesses dos senhores como os trabalhadores assalariados (feitores, mestres-de-
açúcar, artesãos) e os agregados (moradores do engenho que prestavam serviços em
troca de proteção e auxílio).
• Os chamados “senhores de engenho” foram os protagonistas da economia e da
política no Brasil durante a época colonial, o império e parte da república.
13. Declínio da cultura açucareira
• O declínio da cultura açucareira
tem entre seus principais
elementos a concorrência do
açúcar brasileiro com o açúcar
produzido nas Antilhas pelos
holandeses.
• Sobre a presença dos holandeses
no Brasil acompanhe a vídeo
aula sobre o assunto.
14. O Ciclo do Ouro no Brasil
• A atividade mineradora começou no fim do
século XVII, quando o açúcar já não era tão
importante devido o seu investimento que
estava sendo feito na América Central.
• Foi necessário buscar uma outra forma de
economia e descobriram as primeiras minas
de ouro em solo brasileiro, nas regiões onde
ficam Minas Gerais e Goiás.
• No litoral do Paraná foram descobertos os
primeiros registros de ouro no Brasil (1570),
no entanto
era em pouca quantidade e logo foi
suplantado pela região das Minas.
15. O Ciclo do Ouro no Brasil
• A exploração do ouro era tão importante que o
governo português decidiu mudar a capital de
Salvador para o Rio de Janeiro.
• Foram criadas as Casas de Fundição, que
cobravam altos impostos de quem extraía o
minério e os principais impostos eram:
• O Quinto (20% da produção do ouro deveriam ir para o rei de
Portugal);
• a Derrama (a colônia tinha que arrecadar
1.500kg de ouro por ano).
• a Capitação (era cobrado imposto
sobre cada escravo que trabalhava
nas minas).
17. Os diamantes
• DIAMANTES – A exploração de diamantes toma corpo por volta de 1729,
nas vilas de Diamantina e Serra do Frio, no norte de Minas Gerais.
• A produção atinge grandes volumes e chega a causar pânico no mercado
joalheiro europeu, provocando a queda nos preços das pedras.
• Em 1734 é instituída uma intendência para administrar as lavras. A
extração passa a ser controlada por medidas severas que incluem confisco,
proibição da entrada de forasteiros e expulsão de escravos.
18. Diversificação agrícola
• A agricultura de subsistência e a pecuária desenvolvem-se ao longo dos caminhos para as minas e nas
proximidades das lavras.
• O crescimento demográfico aumenta rapidamente os lucros dessas atividades.
• Sesmarias são doadas na região a quem queira cultivá-las.
• Novas culturas surgem em outras áreas da colônia:
• Tabaco
• Cacau
• Retorno do açúcar
• Introdução do Café
(desenvolvimento apenas no séc. XIX)
• Pecuária
19. O período da história do Brasil que
se estende da independência, em
1822 , até a proclamação da
república, em 1889.
Brasil Império
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
20. Favoreceu o crescimento econômico foi
a solução do problema da mão-de-obra
através da imigração européia;
Brasil Império
A expansão do crédito, através de uma
reforma bancária, a qual forneceu recursos
para a formação de novas lavouras cafeeiras;
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
21. O MODELO AGROEXPORTADOR BASEADO
NO CAFÉ
O deslocamento do eixo dinâmico da
economia brasileira para o café provocou um
forte impulso ao crescimento econômico do
país: da década 1840 a 1890;
A renda gerada pelo setor exportador brasileiro
cresceu 396%;
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
22. Brasil Império: Ciclo da borracha (1879 a 1912)
O Ciclo da borracha
constituiu uma parte importante
da história econômica e social
do Brasil;
O ciclo da borracha viveu seu auge entre 1879 a
1912, tendo depois experimentado uma sobrevida
entre 1942 e 1945. (II Guerra Mundial 1939-1945).
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
23. OS CICLOS E A ECONOMIA AGROEXPORTADORA
A época Colonial (1500-1822);
Período Imperial (1822-1889);
A República Velha (1889-1930).
A ECONOMIA BRASILEIRA DEPENDEU QUASE QUE EXCLUSIVAMENTE DE
SUAS EXPORTAÇÕES.
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
24.
25. A PAUTA DE IMPORTAÇÕES ERA BASTANTE
DIVERSIFICADA, CONTENDO MUITOS PRODUTOS
MANUFATURADOS E CORRESPONDENDO
PRATICAMENTE À ESTRUTURA DE CONSUMO DA
ECONOMIA BRASILEIRA DE ENTÃO
Problema na balança de pagamentos;
Uma queda nas importações (guerra) afeta diretamente as
condições de consumo da economia.
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
26. A PAUTA DE IMPORTAÇÕES ERA BASTANTE DIVERSIFICADA,
CONTENDO PRODUTOS MANUFATURADOS E DE CONSUMO
Problema na balança de pagamentos;
Uma queda nas importações (guerra) afeta
diretamente as condições de consumo da
economia.
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
27.
28. O MODELO AGROEXPORTADOR BASEADO
NO CAFÉ
Contribuiu fortemente para a transição do
trabalho escravo para o assalariado e transferiu
para o Centro-Sul o núcleo central do
desenvolvimento econômico do país.
O modelo agroexportador baseado no café se
esgotou ao longo dos anos 1920.
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
29. VUNERABILIDADE DO MODELO
Depender da exportação de praticamente um
único produto primário;
Subordinação a financiamento externo;
Abastecimento do mercado interno por
produtos importados.
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
30. AS RAZÕES QUE BLOQUEAVAM A
INDUSTRIALIZAÇÃO:
A prática do livre comércio com a Inglaterra abria
nossas fronteiras para os produtos ingleses,
inviabilizando a implantação de indústrias no país;
A política de valorização do café garantia enorme
rentabilidade para esse setor, deslocando para ele
quase todos os capitais e recursos do governo.
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
31. A GRANDE DEPRESSÃO E O ESTRANGULAMENTO EXTERNO 1929
A economia brasileira já se encontrava em
situação bastante fragilizada;
Dependia de praticamente um único produto de
exportação (CAFÉ), para viabilizar a aquisição
externa de produtos industriais e pagamento dos
encargos da crescente dívida externa;
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
32. A CRISE MUNDIAL PROVOCOU DOIS EFEITOS IMEDIATOS SOBRE A
ECONOMIA BRASILEIRA:
Caíram violentamente os preços dos produtos
primários (22,5 para 8 centavos de dólar);
As exportações reduziram de 445,9 para 180,6
milhões.
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
33. A crise mundial provocou dois efeitos
imediatos sobre a economia brasileira:
Tornaram-se escassos os créditos externos;
Forte crise cambial;
A ECONOMIA FOI ENCOLHENDO, E OCORREU DEFINITIVAMENTE O
ESGOTAMENTO DO MODELO AGROEXPORTADOR BASEADO NO CAFÉ.
CICLOS ECONÔMICOS
DO BRASIL
34. A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA
Nos anos de 1930 a 1954,O NACIONALISMO
passou a ser um elemento importante nos debates
sobre problemas políticos e econômicos brasileiros;
Getulio Vargas;
35.
36. DE 1500 AO SÉCULO XX
• Período Colonial: Pacto Colonial;
• 1808: Surto de industrialização:
Permissão para a instalação de industrias de tecido;
Importação de matérias-primas industriais, isentos de impostos.
• Pequeno mercado interno não favoreceu esse incipiente
processo.
37. ECONOMIA CAFEEIRA E A “REVOLUÇÃO INDUSTRIAL” BRASILEIRA
Século XIX, O ponta pé inicial:
• Início do processo de urbanização;
• Capital excedente para investimento na atividade industrial
• Imigração: mdo experimentada na indústria; conhecimento técnico;
consumidores
• Abolição mercado consumidor
• Industrias de bens de consumo duráveis e não duráveis para mercado interno.
• Economia estruturada ainda na agroexportação, sob sistema de plantation
Mercado
consumidor
38. ECONOMIA CAFEEIRA E A “REVOLUÇÃO INDUSTRIAL” BRASILEIRA
Século XX, o desenvolvimento industrial
“1ª Revolução Industrial”
• Crise de 1929: redução das importações e das exportações
• Era Vargas: Necessária Substituição de Importações, estímulo e favorecimento dos
empresariado nacional que investia no setor industrial:
importação de máquinas e equipamentos industriais;
taxação sob produtos importados;
Estabelecimento de Infraestrutura industrial: mp; energia, transporte e comunicação.
• Industrias de bens de consumo duráveis e Industria de Bens de Produção.
• Crescente urbanização
39. ECONOMIA CAFEEIRA E A “REVOLUÇÃO INDUSTRIAL” BRASILEIRA
Século XX, o desenvolvimento industrial
“2ª Revolução Industrial”
• 2ª Guerra Mundial: redução das importações e das exportações
• Era JK: Necessária Modernização, estímulo e favorecimento dos empresariado estrangeiros
multinacionais estrangeiras
Investimento estatal em infraestrutura para atender as necessidades das
multinacionais que passaram a se instalar no país: mp industrial; energia, transporte (viário)
Incentivo ao êxodo rural: mdo e mercado consumidor Urbanização rápida e sem
planejamento
40. ECONOMIA CAFEEIRA E A “REVOLUÇÃO INDUSTRIAL” BRASILEIRA
bancarrota das industrias nacionais de
bens de consumo;
• Capital Nacional: Construção civil;
hidrelétricas; bens de produção;
• Capital estrangeiro: Bens de Capital e
Bens de Consumo
• São Paulo: Polo Industrial brasileiro -
ABCD / Santos-Cubatão
41. OS ANOS DO “MILAGRE”
1960 -1970:
• Conjuntura externa favorável: recursos financeiros disponíveis grandes empréstimos
externos
• Política de arrocho salarial atração de IED;
• Intensa urbanização mercado interno em expansão
• Aumento das exportações de diversos produtos;
• Capital Nacional: indústrias extrativas, energia, comunicação, de bens de produção e bens de
capital;
• Capital Estrangeiro: Bens de Capital e Bens de Consumo
• Desenvolvimento Industrial baseado em grandes empréstimos internacionais...
1970-1980: redução dos investimentos; aumento dos gastos com petróleo; queda dos preços de
mp crise.
43. GLOBALIZAÇÃO, NEOLIBERALISMO E ATUAL INDUSTRIALIZAÇÃO
1990:
• Política de privatizações, recomendadas pelos FMI/Banco Mundial (Consenso de
Washington)
“Os neoliberais argumentavam que as empresas estatais davam prejuízos, eram ineficientes e
pouco competitivas; que a venda dessas empresas diminuiria os gastos do governo, traria receita
para ser aplicada [na estruturação dos IED e na redução da dívida pública]; que a presença de
mais empresas privadas aumentaria a competição no mercado, forçando a diminuição dos
preços de produtos e serviços, beneficiando toda a população.”
• Consequências: redução das receitas; dependência tecnológica e social; redução de
patrimônio; desemprego; perda de garantias sociais;
• Cerca de 165 empresas estatais foram privatizadas nesse período.
44. GLOBALIZAÇÃO, NEOLIBERALISMO E ATUAL INDUSTRIALIZAÇÃO
1990:
• Abertura irrestrita a IED Falência de diversas indústrias nacionais; venda de outras e/ou
associações/fusões com capital externo.
• Plano real: falsa valorização da moeda frente ao dólar, o que acabou facilitando as
importações; aumentando o consumo, reduzindo a inflação; elevação dos juros, garantindo a
lucratividade empresarial e os investimentos especulativos.x
Porém, aumentou as dívidas (interna e externa), dificultou as exportações, intensificou a
desnacionalização industrial, provocou déficit crescente na balança comercial, ...
(http://resistir.info/brasil/plano_real_20_anos.html)
45. GLOBALIZAÇÃO, NEOLIBERALISMO E ATUAL INDUSTRIALIZAÇÃO
“Apesar da barragem avassaladora dos meios de comunicação enaltecendo o Plano Real, muitos críticos
já alertavam, desde o início, sobre as fragilidade e consequências desastrosas do Plano: a artificialidade da
paridade cambial poderia levar à vulnerabilidade externa e a déficits na balança comercial, em
consequência da valorização do real; a abertura da economia, realizada abruptamente, levaria à falência e
desestruturação de vários setores da economia, por não terem tempo de se adaptar à nova conjuntura; e a
elevação exagerada das taxas de juros, também levaria ao aumento do endividamento interno e do
pagamento de juros, com impactos negativos no orçamento nacional. Esse conjunto de medidas
certamente conduziria o País ao desemprego, à redução dos investimentos produtivos e,
consequentemente, à queda no ritmo de crescimento da economia, como de fato aconteceu.”
Edmilson Costa, Doutorado em economia pela Unicamp, com pós-doutorado no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da mesma instituição.
46. GLOBALIZAÇÃO, NEOLIBERALISMO E ATUAL INDUSTRIALIZAÇÃO
Anos 2000:
• PPP’s: Parcerias Público-Privadas: aeroportos, estradas, portos, ferrovias...
47. Referências
• Celso Furtado: História Econômica do Brasil
• Slideshare:
• https://pt.slideshare.net/PauoSousa/economia-brasileira-75774116?qid=27f2ddb8-abc8-
48e4-9fcd-f3beca1444e0&v=&b=&from_search=9
• https://pt.slideshare.net/eduardhenry/brasil-colnia-ii-economia?qid=27f2ddb8-abc8-
48e4-9fcd-f3beca1444e0&v=&b=&from_search=4
• https://pt.slideshare.net/Veronica_Santos/industrializao-brasileira-
67312236?qid=80af35d0-1416-421c-8e62-3663b2a1837c&v=&b=&from_search=11