2. Povoamento litorâneo
Fim do séc. XVI
População colonial da América portuguesa,
espalhava-se de forma descontínua pela extensa
costa, desde Natal até Cananeia.
Com exceção da vila de São Paulo de Piratininga
que situava-se no interior do território.
3.
4. Interiorização do Povoamento
Meados do século XVII povoamento avança ao interior e ao
litoral norte (do atual estado do Rio Grande do Norte até o
atual Amapá).
Resultantes das ações de diferentes grupos:
Exploradores em expedições militares;
Bandeirantes;
Jesuítas missionários;
Criadores de gado.
5. Interiorização do Povoamento
Exploradores em expedições militares - Foram patrocinados pelo
governo para expulsar estrangeiros que ocupavam partes do território;
Bandeirantes - Percorreram o sertão aprisionando indígenas e
escravos fugidos ou procurando metais preciosos;
Jesuítas missionários - Fundaram aldeamentos para catequizar os
indígenas e explorar economicamente as riquezas naturais do sertão;
Criadores de gado - Tiveram seus rebanhos e fazendas
“empurrados” para o interior do território em função de interesses
socioeconômicos.
6. Tipos de Bandeiras:
de apresamento: Captura de indígenas para vendê-los
como escravos;
Sertanismo de contrato: Combate de rebeliões
indígenas e à captura de escravos negros fugitivos.
Prestava serviços à classe dominante das colônias.
de prospecção: Dedicava-se à procura de metais
preciosos.
7. Bandeirismo
Expedições patrocinadas apenas
por particulares. A maioria partiu da
Vila de São Paulo em direção ao
interior do território.
Composição: Brancos, mestiços e
índios.
Responsável por sua organização:
Armador
8.
9.
10. Houveram ainda as Monções: expedições de comércio
“Bandeiras de comércio” que tinham o objetivo de fornecer
alimentos, roupas e outros produtos àquelas regiões.
Navegando pelos rios de São Paulo, Mato Grosso e Goiás,
as monções serviam também de meios de comunicação e
transporte.
Almeida Júnior
11. Pecuária:
O povoamento do sertão nordestino e do sul
A pecuária atendia basicamente ao mercado interno. Com
exceção da exportação de parte da produção de couro
produzido desde o Maranhão até a Bahia.
Em 1701 a administração portuguesa chegou a proibir a criação
de gado em uma faixa de 80 km a partir da costa. Obrigando
assim aos pecuaristas a instalar suas fazendas de gado no
interior, desenvolvendo-se principalmente em duas grandes
zonas criatórias: a caatinga no nordeste e as campinas do sul.
12. Pecuária Nordestina
Fornecia: Couro, carne fresca e também carne-seca;
Houve resistência índigena à invasão de suas terras
pelos colonos, lutas e dizimação de de povos indígenas;
Entra em declínio a partir do século XVIII, devido a
concorrência da criação de gado bovino em Minas
Gerais, que passou a abastecer as zonas mineradoras;
O golpe final é dado pelas secas de 1791 e 1793.
13. Pelota: embarcação feita de couro (sendo rebocada por
um nadador), era usada para a travessia dos rios da
província de Campo Grande.
14. Pecuária sulina
Atividade mais importante de todo o período colonial na
região;
Sociedade tipicamente pastoril;
Trabalho nas estâncias: realizado na maioria das vezes por
brancos, indígenas e mestiços assalariados. O trabalho
pecuário era geralmente administrado diretamente pelo dono
e sua família.
Final do século XVIII: principal finalidade, produção de couro.
15. “De couro era a porta das cabanas, o rude leito aplicado ao
chão duro e mais tarde a cama para os partos; de couro
todas as cordas, a borracha para carregar a água, mocó ou
alforge, para levar a comida, a maca para guardar a roupa, a
mochila para milhar o cavalo, a peia para prendê-lo em
viagem, as bainhas da faca, [...] surrões, a roupa de entrar no
mato [...]”
Abreu, Capistrano (1853-1927)
Pecuária sulina
16. Pecuária sulina
Por volta de 1780 surge a indústria do charque;
A produção de leite era pouco desenvolvida e não rivalizava
com Minas Gerais;
Única região produtora e consumidora de manteiga;
Muito significativa a produção de cavalos e principalmente de
mulas. Muito exportadas para Minas Gerais, as mulas
tornaram-se importantes meios de transporte nos terrenos
acidentados e montanhosos das áreas mineradoras.
19. Contexto:
Crise econômica portuguesa (final do domínio
espanhol em 1640);
Queda do preço do açúcar devido ao aumento de
sua oferta no mercado internacional;
Achados de ouro de aluvião, nos vales dos rios da
Morte e Doce, na região de Minas Gerais (1693-
1695).
21. Consequências:
● Migração para a região das minhas (ocupação do sertão);
● Emigração do reino para a colônia, em 1720 o governo
lançou um decreto restringindo a emigração para ao Brasil;
● Surgimento em poucos anos de vilas e cidades: Vila Rica
(atual Ouro Preto), Ribeirão do Carmo (atual Mariana),
São João del Rei e Sabará.
● Crescimento populacional de Minas Gerais (século do
ouro, 1701-1800).Calcula-se que em 1786, haviam 394 mil
habitantes (15% da população da colônia)
25. Intendência das Minas (1702)
● Distribuição de datas (lotes) para a exploração do ouro;
● Fiscalização da atividade mineradora;
● Julgamento de questões referentes ao desenvolvimento
dessa atividade;
● Cobrança de impostos pela exploração das jazidas,
principalmente.
31. Intendência dos Diamantes
Foram encontradas jazidas de diamante em 1729 na atual cidade de
Diamantina;
Contudo a Coroa tinha dificuldades do governo português em controlar
a cobrança de impostos sobres essas pedras preciosas;
Em 1739 o governo entrega a extração das pedras preciosas a
particulares (contratado de exploração), responsabilização sobre a
exploração das minas e também de parte da produção à Coroa;
Em 1771 a Coroa portuguesa assumiu diretamente a extração
diamantina e criou a Intendência dos Diamantes;
Amplos poderes sobre a população do Distrito Diamantino.
32. Sociedade do ouro
Ascensão social e pobreza
Possibilidade de ascensão social (enriquecimento através da
extração do ouro, diamantes, com comércio e o artesanato);
Concentração de riqueza já que a maior parte das lavras importantes
pertencia aos ricos senhores;
Predomínio da pobreza;
Mesmo no auge da economia do ouro (1733-1748), grande parte da
população livre de Minas Gerais era constituída de gente pobre, que
desempenhava funções de comerciantes, artesãos etc.
33. Crise da mineração: O declínio da produção aurífera
Devido a intensa exploração aurífera no século XVIII, as
jazidas foram esgotando, e na segunda metade do século a
produção de ouro caiu brutalmente;
Governo aumenta as formas de controle sobre os
mineradores (1750: cota mínima anual e 1765: derrama)
Disseminando um clima de revolta em diferentes setores da
sociedade mineira (ex. Conjuração mineira)
34. MUDANÇAS TRAZIDAS COM A MINERAÇÃO (SÉCULO XVIII)
Profundas transformações trazidas pela exploração do ouro e diamantes:
- Aumento populacional;
- Migrações – “corrida pela ouro” (1º grande onda migratória);
- Aumento do mercado interno = + demanda por produtos;
- Fomento do comércio interprovincial;
- Integração econômica;
- Deslocamento do eixo econômico (Nordeste Centro –Sul);
- Mudança da capital da colônia (Salvador Rio de Janeiro);
- Interiorização e urbanização (+ cidades);
- Surgimento da classe média urbana;
- Aumento da escravidão = + demanda por escravos;
- -Apogeu do ouro (1730-1750)
- Revoltas coloniais na região mineradora:
(Emboabas; Revolta de Vila Rica e Conjuração Mineira).
- Desenvolvimento das artes;
35. Com quem ficou o ouro brasileiro?
Nos primeiros 60 anos do século XVIII, calcula-se que a
quantidade de ouro explorada no Brasil tenha sido maior que em
toda a América espanhola em quatro séculos. A quantidade do
metal extraída na colônia portuguesa correspondeu a cerca de
50% de toda a produção mundial entre os séculos XV e XVIII.
Embora portugal tenha se beneficiado e em menor parte a região
das minas, a maior parte escoou pela europa, servindo de
enriquecimento para outras nações. Com destaque também para a
Inglaterra, por conta de diversos acordos e déficit na balança
comercial com esse país por exemplo.
36.
37.
38. Crise Colonial
● Principal causa de natureza externa: capitalismo
industrial;
● Crises internas abalaram as relações sociais, políticas e
econômicas entre a colônia e a metrópole portuguesa,
culminando no processo de independência do Brasil.
39. Sociedade colonial
Final do século XVIII: Ocupação populacional: 1/20 do
território.
População aprox. 3,25 milhão de habitantes,
majoritariamente concentrada na faixa litorânea. (apesar da
formação de núcleos urbanos no interior);
Capitanias mais povoadas: Pernambuco, Bahia, Rio de
janeiro, Pará, Maranhão, São Paulo, Minas Gerais.
42. Insatisfação dos colonos
O Choque de interesses entre as elites coloniais e a metrópole,
gerava dificuldades para a expansão econômica colonial:
Em 1751, proibição aos colonos de exercer o ofício de ourives na
região de Minas Gerais e em 1766 na Bahia, Pernambuco e Rio de
Janeiro;
1785 - Proibição de manter manufatura têxteis na colônia,
favorecendo o comércio metropolitano com a colônia;
1795 - Proibição aos colonos de instalar indústrias de ferro;
Essas e outras medidas provocaram ao longo do tempo, o acúmulo
de tensões e conflitos entre colonos e colonizadores.
44. Contexto:
Pobreza de grande parte da população mineradora, ainda
mais agravada a partir da segunda metade do século XIX;
Cobrança de altos impostos aos mineradores;
Clima de tensão e revolta dos proprietários de minas de ouro
com o anúncio do governador da capitania, de uma nova
derrama.
45. A Conjuração ou Inconfidência
Membros da elite colonial se reuniram e planejaram um
movimento contra as autoridades portuguesas e a
cobrança da derrama.
Conjuração: Movimento conspiratório ou rebelião
contra as autoridades ou governantes estabelecidos.
47. Quem eram os inconfidentes:
Cláudio Manoel da Costa (fazendeiro e poeta, formado em
Portugal na Universidade de Coimbra);
Inácio de Alvarenga Peixoto (minerador e latifundiário);
Tomaz Antônio Gonzaga (poeta e jurista);
Toledo e Melo (padre e minerador);
Abreu Vieira e Oliveira Lopes (coronéis).
Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes).
49. Planos dos inconfidentes:
● Separar a região de Portugal;
● Adoção de uma bandeira (com um triângulo no centro com a
frase: Libertas quae sera tamen);
● Implantar indústrias na região;
● Criar uma universidade em Vila Rica;
● Criar um serviço militar obrigatório;
● Incentivar a natalidade.
OBS. Não teve caráter popular. Visava basicamente o fim da
opressão portuguesa que prejudicava a elite mineira.
50. Repressão ao movimento
Os inconfidentes foram denunciados ao governador de Minas
Gerais (dentre os delatores: Joaquim Silvério dos Reis);
O governador suspendeu a derrama e organizou tropas para
prender os envolvidos. que foram presos julgados e
condenados.
D. Maria I mudou a condenação para degredo perpétuo em
colônias da África e Tiradentes teve sua pena de morte
mantida.
51.
52. As Faces da Inconfidência mineira
Visão inicial dos colonizadores no Final do século XIX até a
independência: de Infidelidade, traição e desobediência ao
soberano;
Permanecendo um incômodo ainda durante o período imperial;
No período republicano o movimento passou a ser visto como o
primeiro a lutar pela independência. Tiradentes virou herói nacional.
21 de abril (execução de Tiradentes) Feriado Nacional.
Em 1936 o governo rblubicano tomou medidas para conferir à
Inconfidência uma memória oficial e em 1965, Tiradentes foi
considerado por lei, o “patrono cívico da nação brasileira”.
53.
54. Conjuração Baiana (1798)
Inicialmente alguns homens ricos e letrados participaram do
movimento, mas se afastaram quando perceberam seu alcance
popular.
Atores: negros livres e escravizados, soldados e profissionais
como pedreiros e alfaiates (Também conhecido como Revolta
dos alfaiates) e Revolta dos Búzios.
55. Planos dos Revoltosos
● Fim da dominação portuguesa na região;
● proclamação de uma república democrática;
● Abolição da escravidão;
● Aumento da remuneração dos soldados;
● abertura dos portos brasileiros e navios de todas as
nações;
● Melhoria das condições de vida da população.
56. Inspiração
Revolução Francesa;
Através de panfletos e cartazes, os revoltosos conclamaram
o povo a participar do movimento.
“Está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade. O tempo
em que todos seremos irmãos. O tempo em que todos
seremos iguais”
57. Violenta repressão
O então governador da Bahia procurou saber quem eram os autores dos
cartazes e panfletos.
Mais de 30 participantes da Revolta dos Alfaiates foram presos e
processados.
As penas mais severas recaíram sobre os líderes mais pobres.
Em novembro de 1799, quatro líderes mulatos foram enforcados e
esquartejados: os alfaiates João de Deus e Manoel Faustino e os
soldados Lucas Dantas e Luiz Gonzaga.
Tais métodos violentos de repressão tinham o objetivo de espalhar o
pânico entre possíveis opositores do sistema colonial.