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JB NEWS
Informativo Nr. 404
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era – GLSC
Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz
Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC) 09 de outubro de 2011
Índice deste domingo*
1. Almanaque
2. K Entre Nós – Sob o Pálio (Ir. Marco Antonio Nunes)
3. Palácio do Lavradio – Marco Histórico da Maçonaria Brasileira
(Ir. Barbosa Nunes)
4. Verbete do Vade-Mécum: Zé Rodrix (Ir. João Ivo Girardi)
5. Perguntas e Respostas (Ir. Pedro Juk)
6. Destaques JB
* Pesquisas e artigos da edição de hoje:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores –
Blogs - http:pt.wikipedia.org
Imagens: próprias e www.google.com.br
livros indicados
Livro de autoria do Ir Aquiles Garcia
Grande Instrutor Litúrgico da Grande Loja de Santa Catarina
SINOPSE:
Trata-se de estudo sobre três histórias e quatro fantasias que transitam
historicamente na Maçonaria, envolvendo-a com a Ordem dos Cavaleiros
Templários da Idade Média. Após uma incursão no panorama humano da Era
Medieval, sua educação e cultura, é descrita a pré, a proto e a história da
Maçonaria Operativa, sua transição para a Especulativa, com sua evolução
histórica. Também a proto-história e história da Cavalaria Templária. O estudo
incursiona na Arquitetura, desde recuados tempos, para chegar à Romântica e
à Gótica ligadas à envoltura dos Maçons Operativos e da Ordem Templária.
Encerra-se o estudo abordando de frente as realidades e fantasias maçônico-
templárias, inclusive sobre a
gnose hermética desses Cavaleiros que se diz fundamentando alguns dos
Altos Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito. O capítulo final trata sobre a
realidade histórica que se passou entre a Maçonaria Operativa e osTemplários.
Esta obra já está disponível no site www.editoralexia.com
Encomendas via e-mail:
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via telefone: (11) 3020 3009
VISITE O Museu Maçônico Paranaense
http://www.museumaconicoparanaense.com
RÁDIO SINTONIA 33 E jb news
UMA DOBRADINHA INCRÍVEL
ACESSE: WWW.radiosintonia33.com.br
1 – Almanaque
Hoje, 09 de outubro de 2011,
é o 282º. dia do calendário gregoriano.
Faltam 83 para acabar o ano.
Eventos Históricos:
 1000 - Leif Ericson desembarca na Vinlândia (Grande Ilha Canadense), virando
o primeiro Europeu conhecido a por o pé no Canadá. Seu pai, Erik O Vermelho,
desembarcou na Groelândia em 982.
 1075 - Dmitar Zvonimir é coroado rei da Croácia.
 1238 - O rei de Aragão, Jaime I, conquista Valência e funda o Reino de
Valência.
 1446 - O alfabeto Hangul é criado na Coréia.
 1514 - Casamento de Luís XII da França com Maria Tudor.
 1582 - Devido à implantação do calendário gregoriano, este dia não existe neste
ano na Itália, Polônia, Portugal e Espanha.
 1604 - Supernova 1604, a mais recente supernova observada na Via Láctea.
 1793 - Revolução Francesa: Lyon é retomada aos monárquicos por republicanos.
 1799 - Naufrágio do HMS Lutine com a perda de 240 homens e uma carga
avaliada em £1,200,000.
 1812 - Guerra de 1812: No Lago Erie, forças americanas capturam dois navios
britânicos; o HMS Detroit e o HMS Caledonia.
 1820 - Guayaquil declara independência da Espanha
 1831 - Criado o Corpo de Municipais Permanentes, atual Polícia Militar do
Estado do Rio de Janeiro
 1888 - Abertura do Monumento a Washington a visitação pública.
 1944 - Segunda Guerra Mundial: Primeiro-ministro britânico Winston Churchill
e o premiê da União Soviética Josef Stalin começam uma conferência de nove
dias em Moscou para discutir o futuro da Europa.
 1962 - Uganda torna-se uma República.
 1967 - Um dia depois de ser capturado, Che Guevara é executado.
 1986 - O musical O Fantasma da Ópera, de Andrew Lloyd Webber, estréia no
West End londrino.
 1988 - Lucas Moreira Neves toma posse de seu cardinalato
 1989 - Uma agência de notícias oficial da União Soviética relata a aterrissagem
de um OVNI em Voronezh.
 1989 - Em Leipzig, Alemanha Oriental, 70 000 protestantes exigem a
legalização de grupos de oposição e reformas democráticas.
 1991 - Equador entra na lista dos países da Convenção de Berna para proteção
dos direitos autorais.
 2004 - São realizadas eleições no Afeganistão
 2006 - YouTube é comprado pelo Google, no valor de U$1,65 bilhões.
Feriados e Eventos cíclicos:
 Dia Mundial dos Correios
 Dia do Pastor
 Dia do Atletismo
 Dia do Analista de Suporte
Portugal
 Feriado Municipal de Machico
Outros Países
 Dia do Hangul - Coréia do Sul, celebra a invenção do Hangul, o alfabeto
fonético coreano
 Dia de Leif Ericsson - Estados Unidos, Islândia e Noruega
 Dia de Ação de Graças no Canadá
 Dia da Independência (tornou-se independente da Inglaterra em 1962) - Uganda
Religioso
 Yom Kipur (Judaísmo)
 Dia dos Santos Irmãos Mártires de Turón, mártires e santos
 Dia de Felicitas, deusa da felicidade e da boa sorte - Roma antiga
Históricos maçõnicos do dia:
(Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1775:
Iniciado James Monroe, quinto presidente americano, na Loja St. John, uma
Loja militar.
1853:
Nasce o Ir José do Patrocínio figura máxima do abolicionismo
principalmente através do seu jornal A Gazeta da Tarde.
1894:
A Loja Andrade, de São Paulo, torna-se a primeira Loja brasileira a publicar
seus estatutos, ao fazê-lo no Diário Oficial daquele Estado.
O autor, Ir Marco Antônio Nunes – Florianópolis – SC
é MM da ARBLS “Fraternidade Catarinense” nº 9
Grande Oriente de Santa Catarina – GOSC
Escreve aos domingos o “K ENTRE NÓS”.
Contato: martoni.nunes@gmail.com
Benditas as ditas palavras escritas e lidas para todos ouvirem. Enquanto
não lidas, são mudas testemunhas da sabedoria um dia escritas para, sabe lá
quando e por quem, serem lidas e lembradas, ensejando a reflexão.
Enquanto sem pálio, encerrados no livro fechado, sua capa
servindo de berço ao esquadro e ao compasso fechado, sem nada
significarem, os salmos encerram em si toda a essência do
conhecimento humano, ali, presentes no altar entre o sul e o norte,
enquanto os obreiros adormecidos e letárgicos pelo descanso
prolongado aguardam o início dos trabalhos. No instante em que a
palavra maior anuncia o meio-dia, o movimento se estabelece, três
luzes resplandecem da escuridão de um templo até então legado ao
abstrato de um mundo repleto de entes ausentes. Transmitida a
palavra, esta parte do oriente para o norte, que segue para o sul,
fechando-se o ciclo da comunicação entre as três luzes maiores do
mundo sob a abóbada do universo do templo. Tudo certo, arma-se o
pálio com três bastões formando um vértice sobre o altar e o Livro é
aberto e dele emergem, para o testemunho de todos, a sabedoria das
benditas ditas palavras que a todos envolvem transportando-os à
reflexão: "No princípio era o Verbo...". Atentos ao Verbo, transportam-
se os pensamentos ao princípio dos tempos no momento em que a luz
predomina sobre as trevas. "... e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus." Uma homenagem a São João Batista, o Evangelista, pelas Lojas
de São João do Rito Escocês Antigo e Aceito, lembrando o Aprendiz
que veio das trevas em busca da Luz."... Ele Estava no princípio com
Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele e sem Ele nada existiria."
Absortos nas palavras pronunciadas, ninguém consegue desviar
seus pensamentos neste momento que é o mais sublime da preparação
dos trabalhos. "Nele estava a Vida e a Vida era a Luz dos homens. A Luz
resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam."
Após lido, o Livro volta ao repouso no altar, expondo às luzes a
página onde verbo lido, ainda ecoa na mente de cada um como
incentivo aos trabalhos que se iniciam. O esquadro junta-se ao
compasso aberto, com suas pontas cobertas a indicar que nem todos
têm a liberdade plena de tudo ouvir enquanto não testemunharem a
abertura de outra página do Livro que um dia lhes será lida sob o
mesmo pálio que se desfaz para a ação do início dos trabalhos que
tomam força e vigor.
E o verbo que estava com Deus, passa a emanar do Oriente para
o Ocidente, ecoando nas colunas dos bem aventurados que as possam
escutar.
3 – Palácio do Lavradio – Marco Histórico da
Maçonaria brasileira
Ir Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, delegado de polícia aposentado,
professor e Grão Mestre da Maçonaria Grande Oriente do Estado de Goiás –
Contato: barbosanunes@terra.com.br
Procurarei neste artigo aos amigos que me distinguem
com a qualificada leitura todos os sábados, descrever em
síntese o Palácio do Lavradio.
Ainda me encontro em emoção muito espiritual,
conduzindo para sempre os momentos maçônicos vividos
quando da recepção como Membro Honorário da Loja
“Comércio e Artes” n° 001, fundada em 1815, berço da
Independência do Brasil, templo histórico sediado no Palácio
do Lavradio, especificamente na Rua do Lavradio. Via da
cidade localizada no Centro do Rio de Janeiro.
Lavradio é uma freguesia do Concelho do Barreiro em
Portugal, o significado da palavra é terra arável, fértil, razão
pela qual o Brasão da Freguesia do Lavradio é um arado.
A Rua do Lavradio foi um dos pontos mais nobres no
Império e na primeira metade do século passado. Aberta em
1771 pelo Marquês do Lavradio, que assumiu o vice reinado
em 1769. Personalidades ilustres moraram no Lavradio como
o encarregado de negócios da França, Sr. M. Pontois, Duque de
Caxias, Marquês de Olinda, Marquês de Cantagallo, artista
Jesuína Monteiro, ator João Caetano, Eduardo Laemmert,
Visconde de Jaguari, André Rebouças, Vieira Souto, Antônio
Saldanha da Gama e o escritor Valentim Magalhães que se
reunia sempre com Raul
Pompéia, Olavo Bilac,
Coelho Neto e Lúcio
Mendonça.
O Marquês de
Lavradio mandou construir
a sua residência nessa rua,
cujo prédio ainda se localiza
na esquina com a Rua da
Relação, onde promovia
muitas festas e reuniões
sociais, como forma de compensar as poucas opções de lazer
da capital da Colônia. Hoje, no Centro Histórico do Rio, conta
com concorridos bares e restaurantes e nelas são promovidas
feiras de antiguidades, prestigiadas pelos mais conhecidos
antiquários da cidade.
Uma construção de grande valor histórico é o Palácio
Maçônico do Lavradio, situado no número 97, de estilo
neoclássico, cuja planta original é atribuída a Grandjean de
Montigny, sede do Grande Oriente do Brasil, fundado em
1822. O seu terreno foi comprado em 1836 pelo ator
português Vitor Porfínio Borja, nele começando a edificar um
majestoso teatro para torná-lo rival do Teatro João Caetano, e
acabou desistindo do projeto por falta de recursos.
Em 27 de outubro de 1928 foi publicado no Jornal do
Commércio, anúncio de leilão do prédio. Várias lojas
maçônicas se agregaram, formando a Companhia Glória do
Lavradio, financiando a aquisição do prédio que seria o teatro.
Percorri as dependências do Palácio do Lavradio,
juntamente com os Irmãos que me conduziram ao Rio de
Janeiro e ali bem de perto, vimos três estátuas em mármore
de Carrara, representando a Caridade, a Fé e a Esperança,
medindo a primeira 1,40m de altura, presenteada em 1844
pelo maçom Ferdinand Petrich, escultor natural da Alemanha,
iniciado na Loja Maçônica da Pensilvânia, Estados Unidos. As
estátuas da Fé e da Esperança foram colocadas no local em
1880.
Até o início da República todos os templos eram
iluminados por velas de cera, querosene ou óleo, passando a
seguir a iluminação a gás, definitivamente substituída em
1910 por iluminação elétrica.
No Palácio do Lavradio estão expostos no corredor de
acesso, quadros que retratam vários personagens da nossa
história e em outro corredor, na parte inferior, as alfaias e
aventais pertencentes a cada um deles. Saldanha Marinho,
Visconde de Inhauma, Marquês de Abrantes, D. Pedro I,
Senador José Vergueiro, Joaquim Gonçalves Ledo, General
Osório, Visconde de Sapucahy e Visconde de Rio Branco.
Este corredor é margeado por retratos em guache de
todos os maçons que ocuparam o Grão Mestrado do Grande
Oriente do Brasil. Nas paredes, placas elaboradas em
mármores e metais. O Templo Nobre do Palácio Maçônico do
Lavradio, onde com muita emoção, junto com os mais de 50
Irmãos de Goiás, totalizando 97 presentes, recebemos o título
de Membro Honorário em sessão presidida pelo Venerável
Mestre Abramo Scarlato, foi inaugurado em 13 de fevereiro de
1902, com galerias laterais e camarotes, que foram
idealizadas pelo Grão Mestre e ex-presidente da República
Nilo Peçanha, em 1918. Construídas em 1921, na gestão do
Grão Mestre Tomaz Cavalcante de Albuquerque.
O templo nobre em que nos reunimos é uma réplica do
Parlamento Inglês. Recebeu o nome de Gonçalves Ledo em
1928. Homenagem ao grande mentor e articulador de nossa
Independência.
Maçons que exerceram a presidência da República
passaram pelo Palácio do Lavradio, como Deodoro da
Fonseca, Floriano Peixoto, Prudente de Morais, Campos Sales,
Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Venceslau Brás e
Washington Luís.
Duas telas pintadas em óleo em 1869, ambas de autoria
de Eduardo de Lartimo, representam a Guerra do Paraguai.
Uma denominada “Entrada da esquadra em Assunção”, a
outra “Paisagem de Humait|”, doadas pelo Visconde de Rio
Branco.
Observei com muita atenção o relógio carrilhão em
madeira entalhada com símbolos maçônicos do século XIX,
com 2,10m de altura e engrenagens. Também observei o
busto do Visconde de Rio Branco, esculpido em mármore e as
espadas pertencentes a Henrique Valadares e ao patrono do
Exército Brasileiro, Marechal Duque de Caxias.
À entrada, o busto de D. Pedro I, confeccionado em
bronze fundido em Paris, por Fontaine e modelado por Marc
Ferrez. Nesta sala do Conselho está o trono de Grão Mestre,
construído em jacarandá, com incrustações em marfim,
entalhado e folheado a ouro, classificado como “Trono de D
Pedro I”. Na biblioteca, vi um variado acervo bibliogr|fico,
com uma coleção de todas as Leis do Império, destacando
entre as várias preciosidades a “Bíblia de 1555, escrita em
aramaico e doada a D. Pedro II pelo escritor Vitor Hugo, por
ocasião de visita do Imperador { França.”
O Palácio do Lavradio foi tombado pela Divisão de
Patrimônio do antigo estado da Guanabara, em 1972.
Ao Juiz de Direito, advogado militante em Caldas Novas,
membro da Academia Tocantinense de Letras, da Academia
de Letras e Artes de Piracanjuba, Juiz do Tribunal de Justiça
Maçônico, fraterno Irmão Orimar de Bastos, cronista deste
Diário da Manhã, agradeço seu artigo do dia 04 de outubro.
Juntos tivemos a emoção de sentar no Trono do Imperador D.
Pedro I.
Palácio do Lavradio, marco histórico da maçonaria.
4 – Verbete do Vade-Mécum: Zé Rodrix
O Ir. João Ivo Girardi
da Loja Obreiros de Salomão nr. 39 (Blumenau)
dominicalmente enfoca um dos mais de 3.000 verbetes
de sua obra de 700 páginas.
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”.
Contato: joaogira@terra.com.br
VERBETE DESTE DOMINGO:
1. Zé Rodrix, nome artístico de José Rodrigues Trindade, foi um compositor,
multiinstrumentista, cantor, publicitário e escritor brasileiro. Estudou no
Conservatório Brasileiro de Música, desenvolvendo a característica da multi-
instrumentalidade: Tocava piano, violão, acordeão, flauta, bateria, saxofone e
trompete. Tornou-se conhecido em 1967, ao vencer o III Festival na TV
Record daquele ano, acompanhando Maria Medalha, Edu Lobo e o Quarteto
Novo defendendo a música Ponteio.
Na década de 1970, participou da banda Som Imaginário com Wagner Tiso,
Robertinho Silva, Tavito, Luís Alves e Laudir de Oliveira, tocando ao vivo
com Milton Nascimento e participado do LP de estréia da banda. Desligando-se
da banda em 1971, venceu o Festival da Canção de Juiz de Fora, junto a Tavito,
com a canção Casa no campo, uma de suas composições mais famosas, que se
tornaria um grande sucesso na voz de Elis Regina, e cujo trecho da letra (compor
rocks rurais) batizou o estilo de música conhecido como rock rural, com
influências regionalistas, tropicalistas, folk, country e rock, tocada pelo trio do
qual faria parte logo em seguida, com Luiz Carlos Sá e Guttemberg Guarabyra
(Sá, Rodrix e Guarabyra). Nessa época, compôs músicas como Mestre Jonas (em
parceria com Sá e Guarabyra), Ama teu vizinho (com Luiz Carlos Sá), Blue
Riviera (com Sá e Guarabyra), O pó da estrada (com Sá e Guarabyra), Os anos
1960, Pendurado no vapor (com Sá e Guarabyra), Primeira canção da Estrada
(com Luiz Carlos Sá), dentre várias outras, além de um famoso jingle criado pelo
trio, por encomenda da J. W. Thompson, para a Pepsi, notabilizado pelo verso: só
tem amor quem tem amor pra dar.
Zé Rodrix saiu do trio em 1973, para seguir em carreira solo e participações
especiais em gravações de artistas diversos, como o disco de estréia do Secos &
Molhados, no qual toca piano, ocarina e sintetizador na última faixa, chamada
Fala.
Rodrix dedilhava seu teclado moog após a orquestra e os outros instrumentos
cessarem, técnica que só pode ser ouvida nos CDs relançados do grupo já na
década de 1990, pois no vinil original esta música continha 15 minutos a menos.
Passou a se dedicar mais na área de publicidade que musical na década de 1980,
mas em 1983, o músico passou a integrar o grupo Joelho de Porco, com o qual
gravou o LP e participou do Festival dos Festivais em 1985, ganhando o prêmio
de melhor letra pela música A Última Voz do Brasil.
Entre 1989 e 1996 assinou a direção musical dos espetáculos Não fuja da Raia e
Nas Raias da loucura, de Sílvio de Abreu, e do programa Não fuja da Raia (Rede
Globo), estrelado por Cláudia Raia. Em 1993 foi contemplado com o prêmio
Kikito, no Festival de Cinema de Brasília, pela trilha sonora do filme Batman e
Robin. Em 2001 reuniu-se novamente a Sá e Guarabyra, tendo seu show de
estréia ocorrido no Rock in Rio III. Logo após o lançamento de Outra Vez Na
Estrada, com o trio, em 2001, Zé Rodrix conheceu o Clube Caiubi de
Compositores, em São Paulo, e passou a desenvolver parcerias com novos
autores da música brasileira, entre eles Sonekka e Reynaldo Bessa.
Em dezembro de 2008, Zé Rodrix lança um single ao lado de Sá e Guarabyra,
chamado Amanhece um outro dia. A canção foi tema de abertura da
novela Revelação, exibida pelo SBT. Para promover a novela, o trio chegou a se
apresentar ao vivo no programa Hebe. Zé Rodrix morreu às 0h45 minutos do dia
22 de maio de 2009, após sentir-se mal e ser levado ao Hospital das Clínicas, em
São Paulo, cidade onde residia. Foi casado com a atriz Norma Blum e com a ex-
Frenéticas Edyr de Castro. Estava casado com a escritora e produtora Julia
Rodrix. Teve seis filhos: Mayana, Joy, Mariana, Rafael, Antônio e Bárbara.
2. Biografia Maçônica:
No início da década de 2000 revelou que era maçom, chegando a lançar a trilogia
de livros denominada Trilogia do Templo sobre a Maçonaria.
A trilogia é composta dos títulos: Johaben: Diário de um Construtor do Templo;
Zorobabel: Reconstruindo o Templo e Esquin de Floyrac: O Fim do Templo Sobre
a trilogia, o escritor Luiz Eduardo Matta afirmou no prefácio do terceiro volume:
Nunca, em toda a trajetória literária brasileira, um escritor se aventurou com
tamanha obstinação por uma saga épica monumental como é o caso desta
trilogia, que se debruça sobre os primórdios da Maçonaria, uma das
fraternidades iniciáticas mais antigas do mundo, mesclando erudição e fluência,
onde realidade e ficção se confundem num incrível mosaico narrativo. Ainda de
acordo com Matta, a Trilogia do Templo foi uma das mais fantásticas obras
literárias produzidas no Brasil na primeira década do Século XXI.
Infelizmente o Zé ainda não tinha terminado de escrever o primeiro volume da
nova Trilogia que seria sobre a presença da Maçonaria no Brasil. O Cozinheiro
do Rei ficou inacabado. Zé Rodrix também traduziu o livro As Chaves de Hiram.
Despedida de um amigo: Siga em paz, Zé. Vem pra Akash você também,
vem. Você fez a diferença por aqui. Obrigado por tudo, de coração. Sua vida, se
não foi comprida, foi bem cumprida. E dê um abraço no Grande Arquiteto do
Universo.
3. Zé Rodrix Músico:
Entrevista concedida a Elias Nogueira (2005). José Rodrigues Trindade,
conhecido nacionalmente como Zé Rodrix, carioca, 60 anos, compositor,
publicitário e escritor.
Filho de um mestre-de-banda, estudou no Conservatório Brasileiro de Música e
na Escola Nacional de Música, onde aprendeu, além de teoria musical, harmonia
e contraponto, piano, acordeom, flauta, saxofone e trompete. Além de carreira
solo bem sucedida, Zé Rodrix fez parte de importantes grupos musicais.
Em 1966 integrou o conjunto Momento Quatro, com quem se apresentou no III
Festival de Música Brasileira da TV Record em 1967, acompanhando Marília
Medalha, Edu Lobo e o Quarteto Novo com Ponteio.
No início dos anos 70 foi integrante do Som Imaginário. Integrou grupos
conceituados como o trio Sá, Rodrix e Guarabyra e o grupo pré-punk Joelho de
Porco. Autor de sucessos, em sua própria interpretação, como Soy latino
americano e Mestre Jonas e na voz de outros cantores como Casa no campo,
composta em parceria com Tavito, que se tornou uma pérola na voz de Elis
Regina.
Como escritor, desenvolveu uma trilogia composta por Johaben: Diário de um
Construtor do Templo (1999), Zorobabel: Reconstruindo o Templo (2005) e
Esquin de Floyrac: O Fim do Templo (2007).
Seus livros são literatura recomendada nas Lojas Maçônicas. Fez jingles
memoráveis no mercado publicitário nacional. Em entrevista exclusiva, Zé
Rodrix, fala de carreira e outras coisas! - O que Zé Rodrix anda fazendo
profissionalmente? - Tudo que sempre fiz, e mais um pouco. Tenho um birô de
criação chamado Crianon, trabalhando para vários clientes do mercado nacional.
Faço shows com Sá e Guarabyra desde 2001, com Tavito desde 2006 e comigo
mesmo desde 2007. Além disso, já lancei os três volumes da Trilogia do Templo
(Ed. Record) que estão sendo negociados para lançamento em Portugal e
Espanha em 2009. Com o trio estamos gravando mais um CD (36 Anos de
estrada) e no fim do ano, lanço meu CD/DVD As Canções, gravado com a Jazz Big
Band da Associação dos Artistas de Santos.
Zé Rodrix: (1947-2009):
- O que dá mais prazer ao Zé Rodrix? Ser compositor, multiinstrumentista,
cantor, publicitário ou escritor? - Meu prazer é fazer tudo que sei fazer,
porque o desprazer está sempre em ter que fazer o que não sei. –
O Zé Rodrix, um dos diretores do espetáculo Rei lagarto, sobre a vida de
Jim Morrison, pediu demissão. Tomou a decisão ao saber que a peça, com
Lei Rouanet. Como foi isso? - Não acho honesto que o dinheiro de todos
(impostos) seja gasto no financiamento da aventura pessoal de alguns. Se
desejam financiadores, que busquem sócios no mercado real, como eu sempre
tenho feito. Ou então se preparem, ao usar dinheiro público, a fechar a bilheteria
de seus espetáculos e dá-lo ao publico, de graça, como forma de devolver ao
dono do dinheiro aquilo que foi usado. - Você esteve presente na grande
mídia durante muitos anos. Atualmente você anda afastado dela. - Estar na
mídia, hoje em dia, significa pagar para estar nela. Como só me aproximo da
mídia em meu próprio benefício, seja para aparecer, seja para ganhar, não estou
mais no caríssimo carrossel de tolices que passa por mídia hoje em dia entre
nós. E garanto que não me faz falta. Nunca trabalhei tanto, nunca tive tantas
oportunidades se avolumando. Nunca ganhei tanto dinheiro, que gasto comigo
mesmo, e não com a mídia.
Talvez o respeito que eu esteja colhendo daqueles que me são importantes,
estejam exatamente nisto que você chama de estar afastado da mídia. - Você fez
parte dos grupos: Momento Quatro, Som Imaginário, Sá, Rodrix e
Guarabyra e Joelho de Porco. - São grupos que serviram para formar o meu
repertório de conhecimentos musicais, e ainda tenho em todos eles inúmeros
amigos de fé e do peito. Convivemos sempre que possível, e o trio está
atualmente gravando mais um CD depois de nossa volta em 2001. - Você teve
uma carreira solo onde obteve um grande êxito, mas mesmo assim,
ingressou no Joelho de Porco. - O Joelho não era um grupo musical, era uma
terapia caríssima e divertidíssima, que colocávamos em prática cada vez que
precisávamos divulgar a nossa produtora de publicidade.
Como sempre dizíamos, “só existe uma coisa mais ridícula que levar conjuntos
de rock a sério: é (levar-se a serio) em conjuntos de rock…” Não houve nenhuma
troca. Eu enchi o saco da cena musical e resolvi me afastar dela conscientemente,
o que durou de 1982 ate 2001. - Recentemente você teve alguns de seus
discos relançados em CD? - A EMI Odeon lançou em CD meus três primeiros
discos solo, e o fez sem me avisar. Nem pediu permissão para isso. Minha
vingança é que eu já tinha conhecimento de copias piratas dos mesmos,
vendendo na galeria do Rock. Por isso fui lá e autografei todos. - Você
participou do primeiro disco dos Secos & Molhados. - Eu, junto com Luli,
quem apresentou Ney ao João Ricardo. Dai em diante, nos mantivemos em
contato, principalmente através do Moracy Doval, empresário deles.
Na época da gravação do LP, me convidaram para tocar e escrever as cordas de
Fala, última faixa do disco. Infelizmente, por algum problema, que não entendo,
minha participação foi desqualificada, porque não mencionaram nada que eu
tenha feito a não ser estas cordas. O acordeom do Vira, o solo de moog em Fala,
pianos em duas outras faixas que não me recordo. Quando foram fazer o
segundo disco, me chamaram para repetir a performance, gentilmente recusei.
Ney, ao se separar do grupo, gravou uma música minha com Sá chamada O povo
do ar. - Gostaria que comentasse sobre algumas músicas que são
emblemáticas, em minha opinião, no repertório da música brasileira.
Quando Será? - Uma mote cubano, muito utilizado em Porto Rico - quando sera
el dia de my suerte, sé que antes de my muerte este dia llegará - e que eu
coloquei em outro contexto, criticando a eterna esperança nacional, que nunca
resulta em nada, mas mantém os esperançosos vivos para sofrer mais um dia.
Mestre Jonas: - Mais uma de minhas canções com inspiração da Bíblia.
Guarabyra me chamou a atenção para este personagem, e eu, sem paciência para
esperar por ele, acabei fazendo a música sozinho, ressaltando o lado Jonas
moderno que todos nós possuímos.
Casa no Campo: - Letra feita num ônibus entre Brasília e Goiânia, em 1971, que
Tavito musicou logo que chegamos ao hotel. Só fomos lembrar dela quando nos
pediram uma música pra o Festival de Juiz de Fora de 1971, que ganhamos. Um
dos prêmios era participar do Festival da Canção da TV Globo, e a Elis ouviu a
música e quis gravá-la.
Soy Latino Americano: - Uma guajira cubana típica (três acordes que vão e
vem) e uma intenção crítica. Revelar os defeitos de caráter do brasileiro da
época. Estranhamente, todos os consideram qualidades, e este foi o motivo do
sucesso da música. A identidade entre o personagem e quem se encontrou
retratado por ele.
Devolve meus LPs: - Mais uma festa de arromba, lista de artistas que na época
estava todo mundo fazendo. Só entrou no LP para ocupar espaço, e não tem
realmente nenhuma importância. Pelo menos pra mim.
O Espigão: Feita por encomenda para a novela da TV Globo, era a abertura,
gravada com minha banda da época, a Agência de Mágicos, retratando com a
maior fidelidade possível os novos-ricos que começavam a infestar o Brasil.
Ilha deserta: Uma de minhas canções preferidas, tanto de música quanto de
letra. A idéia de que nenhum homem é uma ilha invertida como sinal de
liberdade naqueles tempos em que ela ainda era bem pouca, e acreditando que a
individualidade e a privacidade são assuntos pessoais e de interesse exclusivo de
cada um. Somente dentro de si, cada um pode ser realmente livre. Mas não creio
que nenhuma destas canções seja emblemática no repertório da música
brasileira. São apenas canções que, umas mais, outras menos, encontraram seu
espaço em gente que gosta delas, permanecendo vivas e importantes para
alguns deles. De maneira geral, não tenho nenhum interesse em música
brasileira, porque acho que a música é mais importante que nações ou línguas, e
só existe porque determinados indivíduos a reconhecem como sendo sua, por
afinidade com ela. Nosso gosto pessoal não tem ideologia, política, estética ou
partidarismo sectário. É formado por coisas que nos tocam mais profundamente,
através da emoção e dos sentimentos, e nunca pela nacionalidade ou
patriotismo. Obras são mais importantes que artistas, e se algumas delas
encontram eco em determinadas pessoas, se tornam mais ou menos imortais
para estas pessoas. O conceito de repertório da música brasileira também me
parece puramente industrial, imposto pelo sistema para com isso fazer mais
dinheiro.
Cada um de nós tem o seu próprio repertório, que toca diariamente no nosso
radinho da ilusão, e não tem nenhuma semelhança com o repertorio de outras
pessoas.
Talvez elas sejam emblemáticas para você, o que muito me alegra, porque isso
me permitiu conhecer um pouco do seu repertório pessoal, o que é sempre
agradável, mas não são nem universais nem absolutas, a não ser para aqueles em
quem se instalaram como importantes.
4. Zorobabel: Reconstruindo o Templo: Das histórias de detetive e de ficção
científica que devorou na juventude - e que até hoje lotam as prateleiras do
escritório de sua casa em São Paulo -, Zé Rodrix herdou o faro para seguir as
boas pistas e uma fértil imaginação para construir tramas e personagens.
Habilidades tais que lhe foram essenciais para pinçar, das informações
amealhadas ao longo de quatro anos de pesquisas, as que melhor funcionassem
na história que queria contar no segundo volume da trilogia sobre o Templo de
Jerusalém, Zorobabel: reconstruindo o templo.
O grande problema da pesquisa é selecionar os dados obtidos. Por isso é muito
importante ter foco, diz Zé Rodrix, que mergulhou fundo nos tempos do Império
Babilônico para contar a história de um menino de rua da Grande Babel que se
descobre ser descendente direto de Davi, rei dos judeus, e transforma-se no
principal responsável por reerguer o Templo de Jerusalém.
Nesse meio tempo, cruza com personagens históricos do porte de Cyro, o grande
imperador da Pérsia, Dario e o profeta Daniel (aquele, da cova dos leões). Os
fatos históricos narrados no livro são fatos históricos, não mudei nada. Mas, por
exemplo, o fato de ter feito Zorobabel um menino de rua na Babilônia é ficção,
mas uma ficção muito bem fundamentada, diz o autor, que afirma ter procurado
transformar os fatos históricos em pilares para então construir pontes entre
eles.
Gosto de histórias que tenham fundamento histórico real. Eu gosto de
viajar no real.
Quando se fala em livro de Zé Rodrix, muitos pensam se tratar de um livro pop,
descontraído, principalmente devido à sua irreverente atuação na música. Mas
quem lê Zorobabel, logo desfaz tal impressão, devido à elegância do texto e à
profundidade do tema. O mesmo deve ter acontecido com o primeiro livro,
Diário de um construtor do templo.
Como você reage a isso? Para mim isso é muito legal. As pessoas ainda têm de
mim essa imagem pop, que é uma imagem de 20 e poucos anos atrás, quando eu
parei com a música e fui cuidar só de publicidade. Percebo esse 'susto' em todo
mundo que lê meus livros - e acho ótimo. No primeiro livro, contei a história do
Johaben da mesma forma, com essa linguagem limpa, com um português
escorreito, porque é um português que eu adoro. Eu gosto de ler livros assim.
Escrevemos o livro que gostaríamos de ler.
Como classifica seu livro? Zorobabel é um romance histórico e também um
mergulho interno para os leitores. E para fazer com que eles possam fazer esse
mergulho interno, é preciso transportá-los para um outro lugar, fazer com que
possam mergulhar em si. O livro é escrito em primeira pessoa e quando você lê,
você acaba virando o personagem.
É um livro que nos faz divagar um bocado, muito rico em aforismos e alegorias...
Claro, você tem que divagar sobre muitas das coisas que são contadas no livro.
Esse é um processo de pensamento que a gente tem dentro da maçonaria.
Os aforismos e alegorias que começamos a analisar, tirar conclusões e a dizer o
que a gente pensa sobre elas, e aí fazemos esse trabalho pessoal interno.
Zorobabel levou quatro anos para ser escrito, bem mais que os sete meses do
primeiro. Foi por causa da extensa pesquisa? Sim, mas também porque ele é um
livro muito angustiante. Eu passei por momentos muito difíceis durante esse
período e todas as passagens angustiantes do livro, eu as vivi. A morte do pai de
Zureb no livro foi a purgação da morte do meu pai, que aconteceu em 1991. E de
certa forma, a relação conflitada de pai e filho no livro também é a minha, não
pelos mesmos motivos. Porque todo livro é isso: ao mesmo tempo que você está
contando a história do personagem, você está contando de certa forma a sua
história. O Norman Mailer diz bem isso. Ele dizia:
‘Eu nunca vou escrever a minha biografia. Se eu escrevê-la, não escrevo mais
nada’.
Porque todas as histórias que eu conto, eu as enxergo por meio da minha
biografia. Ela é a lente através da qual eu vejo todas as histórias. Para você
montar todo esse mosaico histórico, religioso e cotidiano em Zorobabel, teve que
usar uma extensa bibliografia, que, aliás, está toda registrada ao final do livro.
O que é curioso, porque não é comum romance ter bibliografia. Qual sua
intenção ao fazer isso? Faço questão disso porque é essencial compartilhar a
informação. Eu já tinha publicado no primeiro e vou publicar no terceiro livro da
trilogia também. Como é que eu posso escrever um livro desse e não revelar as
fontes desse conhecimento? Essas fontes de conhecimento não são só minhas, eu
não tenho que ocultá-las. Conhecimento só funciona se for compartilhado.
Quanto mais você espalhar o conhecimento, maior é o bem que ele faz. Reter
conhecimento é um crime.
Qual foi a importância da internet na produção do seu livro? Foi uma grande
fonte de pesquisa, muito mais do que no primeiro livro, quando ela ainda não
era tão poderosa. Entrava no Google, digitava ‘Cyro’ e caía num mundo imenso e
profundo de informação. Isso facilitou muito, mas ao mesmo tempo também
complica, porque você acaba conseguindo muita coisa. E o grande problema da
pesquisa é selecionar os dados obtidos. É preciso ter muita noção do que você
quer e fazer busca específica. Você pesquisou antes de começar a escrever ou já
durante o trabalho? Ao longo da escrita. O primeiro livro levou apenas sete
meses porque a pesquisa foi feita toda antes. Agora foi diferente, pesquisei
durante o processo de escrita. Mudei o método porque não quis parar para
pesquisar e só depois escrever, já fui escrevendo. Já estava com a história na
cabeça e como as pessoas se mostraram curiosas por saber mais, decidi dar
seqüência à trilogia. Qual a principal diferença desse segundo livro para o
primeiro? É o fato dele ser mais angustiante, com certeza. Porque é sobre um
camarada que se sente um joguete na mão de Deus. Ele está sendo levado a fazer
o que ele não quer. No primeiro livro, o personagem é um menino (Johaben) que
está perdido e acaba encontrando seu caminho dentro daquela estrutura, com a
maior dificuldade. Já em Zorobabel, o personagem também encontra seu
caminho, mas de outra forma. Ele precisa purgar uma série de coisas antes,
vencer suas paixões e submeter suas vontades, como dizemos na Maçonaria
para se tornar um cara decente. Porque se a vontade dele e a de Deus não se
tornam uma só, ele vai estar sempre em conflito com ele mesmo. Você tomou
muita liberdade com os personagens do livro, já que muitos deles - como o
próprio Zorobabel - são praticamente desconhecidos? Os fatos históricos
narrados no livro são fatos históricos, não mudei nada. Mas, por exemplo, o fato
de ter feito Zorobabel um menino de rua na Babilônia é ficção mas é uma ficção
muito bem fundamentada. E se você prestar atenção, essa Babilônia tem um
pouco de Nova York, de São Paulo, é uma grande metrópole, dessas que ficam
entre dois rios - são várias no mundo, ontem e hoje. Como você construiu o
cotidiano de personagens que só aparecem nos antigos livros de forma muito
fragmentada?
Procurei transformar esses fatos históricos em pilares e construí pontes entre
eles.
O Autran Dourado fala que é o risco do bordado. O bordado dá os pontos e você
os une. É delicioso você tentar entender como era a vida da Babilônia naquela
época. Os que tentavam manter a cultura judaica e a grande maioria que se
adaptou muito bem à vida dos conquistadores babilônicos. E ao mesmo tempo,
conforme eu ia escrevendo a história fui me dando conta de coisas interessantes,
como o início do conflito entre samaritanos e judeus por causa da construção do
Templo de Jerusalém. Aquilo ali é rigorosamente o início do conflito entre árabes
e judeus. É fato histórico. Eles são primos e têm cicatrizes profundas em suas
relações. A coisa mais terrível que acontece nesse conflito entre judeus e árabes
é que os povos árabes começam por uma rejeição paterna. Eles vão ser nômades
e guardam uma grande mágoa, que ficará com eles para sempre, não se apagará
nunca. Sua trilogia tem alguns pontos em comum com outra muito famosa, O
senhor dos anéis, de J.R.R. Tolkien, e podemos até mesmo traçar alguns paralelos
entre alguns personagens, como os mestres Feq'qesh e Gandalf, os aprendizes
Zorobabel e Frodo, os guerreiros Daruj e Aragorn, os maçons e os elfos. O que
você acha dessa possível comparação? Eu tenho que confessar que nunca li O
Senhor dos Anéis, foi um livro que não conseguiu me prender. Tentei várias
vezes, mas não aconteceu. Mas assisti aos filmes e vi como era a história. De
qualquer maneira, eu gosto mais de romances históricos e de ficção científica, e
não tanto de ficção histórica fantástica. Eu prefiro o camarada que é pesquisador
histórico mesmo, como o Mika Waltari que escreveu O egípcio, que para mim é
um padrão rigorosamente perfeito do que se pode considerar um romance
histórico. Mas têm outros muito bons também, como Gore Vidal, que escreveu
Criação, Lloyd Douglas (O Grande Pescador) e Colleen McCullough (O Primeiro
Homem de Roma). Gosto de histórias que tenham fundamento histórico real. Eu
gosto de viajar no real.
5. Trilogia do Templo: Entrevista concedida em 21/12/2005 ao Clubeonline:
Como anda sua atividade como escritor de livros? Eu lancei o segundo livro
de uma trilogia que completarei mais para frente. Chama-se Zorobabel:
Reconstruindo o Templo. A primeira das três partes é a Johaben: Diário de um
Construtor do Templo e está na oitava edição. Esses livros foram e são até hoje
muito bem recebidos pelo público, não só no meio maçônico, como já era
esperado. No lançamento do Zorobabel eu consegui juntar todas as minhas
tribos. Tinha gente de teatro, publicidade, cinema, música, jornalistas, escritores,
mais o pessoal da Maçonaria.
A trilogia sempre esteve pronta na sua cabeça? - Não. Tudo começou com o
primeiro livro, que conta a história da construção do Templo de Jerusalém, que
foi erguido por Salomão no ano 1000 a.C. Quando entrei para a Maçonaria, eu
vim saber que essa história seria o eixo da trilogia. Não apenas o aspecto
histórico simplesmente, mas sim o que ela tem de alegoria e simbologia para o
teu trabalho interno e pessoal. As pessoas constroem templos durante sua vida,
que podem ser destruídos e reconstruídos. Na Maçonaria a gente conhece esses
fatos de maneira fragmentada. Na medida em que eu fui avançando nos graus
maçônicos, fui pensando em contar essa história inteira. Levei três anos
pensando, pesquisando e escrevi o livro em sete meses.
O que conta a segunda parte? - A história do Zorobabel se passa no século VI
a.C. e conta a reconstrução do templo, que foi destruído pelos babilônios. Eu já
estou escrevendo a parte final da trilogia, que se chamará Esquin de Floyrac: O
Fim do Templo e se passa entre os séculos XIII e XIV d.C. O interessante de
contar uma história que se passa há tanto tempo é que você consegue perceber
que tudo é muito similar ao que vivemos hoje, pois os sentimentos humanos não
mudam. O final da trilogia conta uma história, que está na moda atualmente, que
é a da Ordem dos Cavaleiros Templários. Também vou terminar um livro que eu
já comecei a escrever, chamado O Cozinheiro do Rei, que se passa no Brasil e vai
ser muito interessante.
6. Letra da sua mais famosa música: Casa no Campo: Composição: Zé
Rodrix/Tavito: Eu quero uma casa no campo/ Onde eu possa compor muitos
rocks rurais/ E tenha somente a certeza/ Dos amigos do peito e nada mais/ Eu
quero uma casa no campo/ Onde eu possa ficar do tamanho da paz/ E tenha
somente a certeza/ Dos limites do corpo e nada mais/ Eu quero carneiros e
cabras pastando/ Solenes no meu jardim/ Eu quero o silêncio das línguas
cansadas/ Eu quero a esperança de óculos/ E um filho de cuca legal/ Eu quero
plantar e colher com a mão,/ A pimenta e o sal/ Eu quero uma casa no campo/
Do tamanho ideal, pau a pique e sapê/ Onde eu possa plantar meus amigos/
Meus discos e livros e nada mais.
7. Máximas de Zé Rodrix: Quando o discípulo está pronto, o mestre desaparece.
- Cada um acredita naquilo que quer, pode e consegue. - Irmão, não se
esqueça: Os deuses das coincidências prestam muita atenção em quem presta
atenção neles.
Livros: Trilogia do Templo:
ZÉ RODRIX. Johaben - Diário de Um Construtor do Templo. Ed. Record, 1999.
Coleção: Trilogia do Templo, V.1. Comentário I: Sim, Zé Rodrix é o mesmo grande
compositor, maestro, arranjador, professor que conhecemos. É nosso Irmão.
Trata-se de um excelente romance, cuja narrativa permite um encontro
inesquecível com o Rei dos Hebreus e a revelação dos segredos mais íntimos do
Grande Mestre Arquiteto, Hiram Abif, que permite a compreensão do verdadeiro
significado da palavra Mestre. Lendo-o, participaremos da construção do
Templo que o Rei Salomão mandou erigir para Yahweh, conhecendo a história
do personagem Joab e seu destino cheio de transformações. Os primórdios da
Maçonaria, seus códigos, juramentos, sua existência em sigilo e suas senhas
secretas. A irmandade esotérica dos pedreiros e construtores, cuja iniciação
consistia em por meio da devoção ao trabalho, do apuro da técnica e da
habilidade no ofício, descobrir para si a magia e o espírito da pedra.
É um romance que evoca poderosos mistérios; a Pedra, a Palavra, o Cinzel e o
Esquadro. Comentário II: O ponto central dos rituais da Maçonaria é a
construção do Templo de Yahweh, erguido durante o reinado de Salomão, filho
de David, no ano 1000 a.C. É lá que o jovem Joab, órfão de um soldado fenício, é
surpreendentemente guindado por seu tio Jubal, o coxo, a uma posição invejável
entre os comerciantes de Tiro. Buscando um deus que possa chamar de seu, se
vê enredado numa armadilha e acaba por encontrar como único refúgio a cidade
de Jerusalém, onde vai trabalhar como operário na construção do lendário
Templo de Salomão. É neste lugar que ele toma conhecimento da existência de
uma sociedade secreta, que une todos os envolvidos na construção: desde o mais
humilde dos escravos cananitas até o próprio rei Salomão. Diário de um
construtor do templo livro de estréia de Zé Rodrix, é um romance histórico que
tem seu foco central no Templo de Yahweh em Jerusalém, cuja construção se
tornou o símbolo essencial de todo o esoterismo ocidental. Os personagens
históricos e bíblicos se sucedem, à medida que a história avança, em uma
narrativa tão cheia de aventura quanto de densidade. 448p.
Zé Rodrix. Zorobabel - Reconstruindo o Templo. Ed. Record, 2005. Coleção:
Trilogia do Templo, V.2. Comentário: A aventura, iniciada em Johaben - Diário de
um construtor do Templo, prossegue neste Zorobabel - Reconstruindo o Templo,
segundo volume da Trilogia do Templo. Nele, os leitores conhecerão Zorobabel,
um jovem da Grande Baab'el, movido por sua missão, seus desejos e sua arte,
dividido entre um Império Babilônio rico e poderoso e uma Jerusalém decadente
e esquecida até mesmo pelo Grande Arquiteto do Universo. Neste segundo
volume da Trilogia, conheceremos não apenas os grandes senhores da época,
como Cyro e Darius, mas também nos aprofundaremos mais ainda nos segredos
dos pedreiros e nas ricas e antigas tradições da Maçonaria, como eram
praticadas em seus primórdios. 642p.
Zé Rodrix. Esquin de Floyrac – O Fim do Templo. Ed. Record, 2007. Coleção:
Trilogia do Templo, V.3. Comentário: Após o sucesso dos dois primeiros livros -
Johaben - Diário de um Construtor do Templo e Zorobabel – Reconstruindo o
Templo -, Esquin Floyrac encerra a Trilogia do Templo com um assunto
polêmico - a ligação entre Templários e a Maçonaria. A Trilogia do Templo
chega ao seu final com um dos momentos mais terríveis da história da
Humanidade: a destruição da Ordem do Templo pelo Reinado da França e pela
Igreja de Roma. O violento conflito só se torna possível por haver um traidor na
Ordem e é desse homem a narrativa deste terceiro volume Esquin de Floyrac: O
Fim do Templo. Aqui ele nos conta como se tornou sapateiro, pedreiro, Cavaleiro
do Templo, espião, mendigo e finalmente traidor de seus Irmãos, revelando-nos
os verdadeiros motivos por trás de seus atos. 658p.
Questão apresentada pelo Respeitável
Irmão Jocely Xavier de Araújo, Mestre
Instalado da Loja Hermann Blumenau,
Rito Escocês Antigo e Aceito, GOB-SC,
Oriente de Blumenau, Estado de Santa
Catarina. –
jxa@tpa.com.br
Por gentileza, poderia nos responder se existe a figura
do Irmão Adormecido? Se for correto tratar o Maçom que pediu
o Quite Placet e ou aquele que o recebeu ex-ofício de Irmão
adormecido? Ele continua ou não sendo maçom?
RESPOSTA:
O termo “Maçom Adormecido” em maçonaria é figurado e significa
em linhas gerais aquele que se encontra afastado da Ordem de
modo que não esteja mais filiada a nenhuma Loja, ou seja, não
exercendo os seus direitos e obrigações. Um Irmão nessas
condições é considerado irregular e para “acordar” precisa solicitar
a sua regularização conforme preceituam as regras e leis da
Obediência que ele tenha pertencido. Um portador de Quite Placet
que não esteja vencido pode pedir a sua filiação em uma Loja. O
que por ventura estiver vencido, acordará pedindo a sua
regularização. O portador de um Placet ex-ofício, poderá readquirir
os seus direitos resolvendo de forma legal o motivo pelo qual o
levou a ser placetado ex-ofício.
Quanto à questão de ser ou não maçom conforme vosso
apontamento leva-se a uma reflexão sob o ponto de vista iniciático.
Todo aquele que foi iniciado na Maçonaria, será sempre um
Maçom, mesmo estando ele placetado. A condição é iniciática, daí
a atenção deve ser tomada antes da iniciação para que não se
venha amargar uma decepção mais tarde. É bem verdade, que
cada caso é um caso e, por exemplo, um Quite Placet é direito e
não há como menosprezar ninguém por ser portador desse
documento maçônico.
Pode ser questionável o portador o ex-ofício, entretanto uma análise
justa deve ser considerada. Em assim sendo, tanto em um caso
quanto o outro, prevalece o caráter iniciático, ou seja, o Irmão que
foi iniciado na Maçonaria é Maçom. O que difere é o direito do
obreiro que ficará suspenso, talvez por vontade própria dele, ou a
ele imposta pelo seu não cumprimento com o dever.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com - OUT/2011
NA DÚVIDA,
envie suas perguntas para jbnews@floripa.com.br
mencionando nome completo, Loja,
Oriente, Rito praticado e Obediência.
O Irmão receberá a resposta diretamente do Ir Pedro
Juk, e através do JB News.
5 – Destaques JB
Loja Fraternidade Alcantarense
A Loja Fraternidade Alcantarense nr. 3393, de São Pedro de
Alcântara (Grande Florianópolis), realizou em seu belíssimo Templo
localizado na Fazenda Paraíso da Serra, Sessão de Aprendiz-Maçom,
posteriormente transformada em Grau de CM, tendo sido telhados oito
Companheiros-Maçons que foram avaliados pela Comissão de
Admissão e Graus, para aumento de seus Salários.
Seminário da Região Sul de Santa Catarina da
Ordem Internacional das Filhas de Jó.
Na próxima quarta-feira (12) o Bethel 03 Florianópolis sediará o VI
Seminário da Região Sul, nas dependências do Templo da Loja Ordem e
Trabalho, em Florianópolis, com a seguinte programação, cujo repasse
das informações foi enviado pelo Ir. Paulo Vitorino.
(08:30) – Recepção dos Bethéis
(09:00) – Sessão Ritualística c/ Posse do novo Conselho Jurisdicional:
Guardiã Jurisdicional - Cassandra Moreira
GAJ - Nelson Moreira
G Secretária - Cristiane do Rocio Tissot de Sousa
G Tesoureira - Jaciara Nunes Costa Vitorino
Comitê de finanças- Margarete Bornelli e Marcela Bornelli PHR
Comitê de Concurso - Bruna Carolina de Oliveira - PHR
Comitê de Promoções e Filantropia- Tia Enoeh Peixoto e Karoline
Bartelt PHR
Comitê de Relações Fraternais - Paulo Roberto Vitorino
o Conselho Jurisdicional
(10:30) – Palestra explicativa Tia Marta
(12:00) – Almoço
(13:30) – Dinâmica Ritualística – Reunião Conselhos
(17:00) – Coffee Break
A maravilha de domingo. Veja a Ponte
Hercílio Luz de Florianópolis em 360
graus.
ACESSE OS TRÊS SITES
http://www.thiagoeriksson.com.br/360/ponte2
http://www.thiagoeriksson.com.br/360/ponte3
http://www.thiagoeriksson.com.br/360/ponte4
Monumento evidenciando a ligação da Maçonaria,
Rotary e Lions sob o insinuante slogan:
"Ninguém é forte sozinho"
Ir Sinval Santos da Silveira*
O CAMINHO DE VOLTA
Hoje, retorno a estes caminhos.
Não imaginava, por aqui, tornar a voltar.
Cada ponto que olho, fortes lembranças me traz de ti.
Até o perfume destes campos, somente aqui é exalado.
Aquela pedra, lá no alto da montanha, é a mesma que
tantas vezes observei, quando ia ao teu encontro.
Estas árvores, parecem me dar s boas vindas,
estendendo as suas folhas e belas flores, nos caminhos
por onde passo.
Escuto o canto dos mesmos pássaros, parecendo
comigo falar.
Os lagos e o mar, nunca estiveram tão coloridos, como
hoje.
Parece que o céu se debruçou nestas águas, pintando-as
de azul, verde e branco, apenas para me saudar.
Em cada casa, por onde passo, te vejo à frente, sorrindo de
braços abertos, me pedindo para ficar.
Agora, chego a tua rua.
A mesma, que tantas vezes me acolheu. Nem sei porque
parti.
Mas voltei. E tu estás aqui, no mesmo lugar. por mim a
esperar.
Na mão direita, o perdão. Na esquerda, por inteiro, um belo
coração...
Veja mais poemas do autor:
Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/
* Sinval Santos da Silveira
Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes
Registrado sob o nº 20 da M.·. R.·. Grande Loja de Santa Catarina
Os presentes versos foram extraídos do site da Loja Alferes Tiradentes: http://www.alferes20.org
Criado e mantido pelo Ir. Juarez de Oliveira Castro

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  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 404 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era – GLSC Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz Praia de Canasvieiras Florianópolis (SC) 09 de outubro de 2011 Índice deste domingo* 1. Almanaque 2. K Entre Nós – Sob o Pálio (Ir. Marco Antonio Nunes) 3. Palácio do Lavradio – Marco Histórico da Maçonaria Brasileira (Ir. Barbosa Nunes) 4. Verbete do Vade-Mécum: Zé Rodrix (Ir. João Ivo Girardi) 5. Perguntas e Respostas (Ir. Pedro Juk) 6. Destaques JB * Pesquisas e artigos da edição de hoje: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org Imagens: próprias e www.google.com.br
  • 2. livros indicados Livro de autoria do Ir Aquiles Garcia Grande Instrutor Litúrgico da Grande Loja de Santa Catarina SINOPSE: Trata-se de estudo sobre três histórias e quatro fantasias que transitam historicamente na Maçonaria, envolvendo-a com a Ordem dos Cavaleiros Templários da Idade Média. Após uma incursão no panorama humano da Era Medieval, sua educação e cultura, é descrita a pré, a proto e a história da Maçonaria Operativa, sua transição para a Especulativa, com sua evolução histórica. Também a proto-história e história da Cavalaria Templária. O estudo incursiona na Arquitetura, desde recuados tempos, para chegar à Romântica e à Gótica ligadas à envoltura dos Maçons Operativos e da Ordem Templária. Encerra-se o estudo abordando de frente as realidades e fantasias maçônico- templárias, inclusive sobre a gnose hermética desses Cavaleiros que se diz fundamentando alguns dos Altos Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito. O capítulo final trata sobre a realidade histórica que se passou entre a Maçonaria Operativa e osTemplários. Esta obra já está disponível no site www.editoralexia.com Encomendas via e-mail: fabio@editoralexia.com alexandra@editoralexia.com via telefone: (11) 3020 3009
  • 3. VISITE O Museu Maçônico Paranaense http://www.museumaconicoparanaense.com RÁDIO SINTONIA 33 E jb news UMA DOBRADINHA INCRÍVEL ACESSE: WWW.radiosintonia33.com.br 1 – Almanaque Hoje, 09 de outubro de 2011, é o 282º. dia do calendário gregoriano. Faltam 83 para acabar o ano. Eventos Históricos:  1000 - Leif Ericson desembarca na Vinlândia (Grande Ilha Canadense), virando o primeiro Europeu conhecido a por o pé no Canadá. Seu pai, Erik O Vermelho, desembarcou na Groelândia em 982.  1075 - Dmitar Zvonimir é coroado rei da Croácia.  1238 - O rei de Aragão, Jaime I, conquista Valência e funda o Reino de Valência.  1446 - O alfabeto Hangul é criado na Coréia.  1514 - Casamento de Luís XII da França com Maria Tudor.  1582 - Devido à implantação do calendário gregoriano, este dia não existe neste ano na Itália, Polônia, Portugal e Espanha.  1604 - Supernova 1604, a mais recente supernova observada na Via Láctea.  1793 - Revolução Francesa: Lyon é retomada aos monárquicos por republicanos.  1799 - Naufrágio do HMS Lutine com a perda de 240 homens e uma carga avaliada em £1,200,000.
  • 4.  1812 - Guerra de 1812: No Lago Erie, forças americanas capturam dois navios britânicos; o HMS Detroit e o HMS Caledonia.  1820 - Guayaquil declara independência da Espanha  1831 - Criado o Corpo de Municipais Permanentes, atual Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro  1888 - Abertura do Monumento a Washington a visitação pública.  1944 - Segunda Guerra Mundial: Primeiro-ministro britânico Winston Churchill e o premiê da União Soviética Josef Stalin começam uma conferência de nove dias em Moscou para discutir o futuro da Europa.  1962 - Uganda torna-se uma República.  1967 - Um dia depois de ser capturado, Che Guevara é executado.  1986 - O musical O Fantasma da Ópera, de Andrew Lloyd Webber, estréia no West End londrino.  1988 - Lucas Moreira Neves toma posse de seu cardinalato  1989 - Uma agência de notícias oficial da União Soviética relata a aterrissagem de um OVNI em Voronezh.  1989 - Em Leipzig, Alemanha Oriental, 70 000 protestantes exigem a legalização de grupos de oposição e reformas democráticas.  1991 - Equador entra na lista dos países da Convenção de Berna para proteção dos direitos autorais.  2004 - São realizadas eleições no Afeganistão  2006 - YouTube é comprado pelo Google, no valor de U$1,65 bilhões. Feriados e Eventos cíclicos:  Dia Mundial dos Correios  Dia do Pastor  Dia do Atletismo  Dia do Analista de Suporte Portugal  Feriado Municipal de Machico Outros Países  Dia do Hangul - Coréia do Sul, celebra a invenção do Hangul, o alfabeto fonético coreano  Dia de Leif Ericsson - Estados Unidos, Islândia e Noruega  Dia de Ação de Graças no Canadá  Dia da Independência (tornou-se independente da Inglaterra em 1962) - Uganda Religioso  Yom Kipur (Judaísmo)  Dia dos Santos Irmãos Mártires de Turón, mártires e santos  Dia de Felicitas, deusa da felicidade e da boa sorte - Roma antiga
  • 5. Históricos maçõnicos do dia: (Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1775: Iniciado James Monroe, quinto presidente americano, na Loja St. John, uma Loja militar. 1853: Nasce o Ir José do Patrocínio figura máxima do abolicionismo principalmente através do seu jornal A Gazeta da Tarde. 1894: A Loja Andrade, de São Paulo, torna-se a primeira Loja brasileira a publicar seus estatutos, ao fazê-lo no Diário Oficial daquele Estado.
  • 6. O autor, Ir Marco Antônio Nunes – Florianópolis – SC é MM da ARBLS “Fraternidade Catarinense” nº 9 Grande Oriente de Santa Catarina – GOSC Escreve aos domingos o “K ENTRE NÓS”. Contato: martoni.nunes@gmail.com Benditas as ditas palavras escritas e lidas para todos ouvirem. Enquanto não lidas, são mudas testemunhas da sabedoria um dia escritas para, sabe lá quando e por quem, serem lidas e lembradas, ensejando a reflexão. Enquanto sem pálio, encerrados no livro fechado, sua capa servindo de berço ao esquadro e ao compasso fechado, sem nada significarem, os salmos encerram em si toda a essência do conhecimento humano, ali, presentes no altar entre o sul e o norte, enquanto os obreiros adormecidos e letárgicos pelo descanso prolongado aguardam o início dos trabalhos. No instante em que a palavra maior anuncia o meio-dia, o movimento se estabelece, três luzes resplandecem da escuridão de um templo até então legado ao abstrato de um mundo repleto de entes ausentes. Transmitida a
  • 7. palavra, esta parte do oriente para o norte, que segue para o sul, fechando-se o ciclo da comunicação entre as três luzes maiores do mundo sob a abóbada do universo do templo. Tudo certo, arma-se o pálio com três bastões formando um vértice sobre o altar e o Livro é aberto e dele emergem, para o testemunho de todos, a sabedoria das benditas ditas palavras que a todos envolvem transportando-os à reflexão: "No princípio era o Verbo...". Atentos ao Verbo, transportam- se os pensamentos ao princípio dos tempos no momento em que a luz predomina sobre as trevas. "... e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." Uma homenagem a São João Batista, o Evangelista, pelas Lojas de São João do Rito Escocês Antigo e Aceito, lembrando o Aprendiz que veio das trevas em busca da Luz."... Ele Estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele e sem Ele nada existiria." Absortos nas palavras pronunciadas, ninguém consegue desviar seus pensamentos neste momento que é o mais sublime da preparação dos trabalhos. "Nele estava a Vida e a Vida era a Luz dos homens. A Luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam." Após lido, o Livro volta ao repouso no altar, expondo às luzes a página onde verbo lido, ainda ecoa na mente de cada um como incentivo aos trabalhos que se iniciam. O esquadro junta-se ao compasso aberto, com suas pontas cobertas a indicar que nem todos têm a liberdade plena de tudo ouvir enquanto não testemunharem a abertura de outra página do Livro que um dia lhes será lida sob o mesmo pálio que se desfaz para a ação do início dos trabalhos que tomam força e vigor. E o verbo que estava com Deus, passa a emanar do Oriente para o Ocidente, ecoando nas colunas dos bem aventurados que as possam escutar.
  • 8. 3 – Palácio do Lavradio – Marco Histórico da Maçonaria brasileira Ir Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, delegado de polícia aposentado, professor e Grão Mestre da Maçonaria Grande Oriente do Estado de Goiás – Contato: barbosanunes@terra.com.br Procurarei neste artigo aos amigos que me distinguem com a qualificada leitura todos os sábados, descrever em síntese o Palácio do Lavradio. Ainda me encontro em emoção muito espiritual, conduzindo para sempre os momentos maçônicos vividos quando da recepção como Membro Honorário da Loja “Comércio e Artes” n° 001, fundada em 1815, berço da Independência do Brasil, templo histórico sediado no Palácio do Lavradio, especificamente na Rua do Lavradio. Via da cidade localizada no Centro do Rio de Janeiro. Lavradio é uma freguesia do Concelho do Barreiro em Portugal, o significado da palavra é terra arável, fértil, razão pela qual o Brasão da Freguesia do Lavradio é um arado. A Rua do Lavradio foi um dos pontos mais nobres no Império e na primeira metade do século passado. Aberta em 1771 pelo Marquês do Lavradio, que assumiu o vice reinado em 1769. Personalidades ilustres moraram no Lavradio como o encarregado de negócios da França, Sr. M. Pontois, Duque de Caxias, Marquês de Olinda, Marquês de Cantagallo, artista Jesuína Monteiro, ator João Caetano, Eduardo Laemmert, Visconde de Jaguari, André Rebouças, Vieira Souto, Antônio Saldanha da Gama e o escritor Valentim Magalhães que se
  • 9. reunia sempre com Raul Pompéia, Olavo Bilac, Coelho Neto e Lúcio Mendonça. O Marquês de Lavradio mandou construir a sua residência nessa rua, cujo prédio ainda se localiza na esquina com a Rua da Relação, onde promovia muitas festas e reuniões sociais, como forma de compensar as poucas opções de lazer da capital da Colônia. Hoje, no Centro Histórico do Rio, conta com concorridos bares e restaurantes e nelas são promovidas feiras de antiguidades, prestigiadas pelos mais conhecidos antiquários da cidade. Uma construção de grande valor histórico é o Palácio Maçônico do Lavradio, situado no número 97, de estilo neoclássico, cuja planta original é atribuída a Grandjean de Montigny, sede do Grande Oriente do Brasil, fundado em 1822. O seu terreno foi comprado em 1836 pelo ator português Vitor Porfínio Borja, nele começando a edificar um majestoso teatro para torná-lo rival do Teatro João Caetano, e acabou desistindo do projeto por falta de recursos. Em 27 de outubro de 1928 foi publicado no Jornal do Commércio, anúncio de leilão do prédio. Várias lojas maçônicas se agregaram, formando a Companhia Glória do Lavradio, financiando a aquisição do prédio que seria o teatro. Percorri as dependências do Palácio do Lavradio, juntamente com os Irmãos que me conduziram ao Rio de Janeiro e ali bem de perto, vimos três estátuas em mármore de Carrara, representando a Caridade, a Fé e a Esperança, medindo a primeira 1,40m de altura, presenteada em 1844 pelo maçom Ferdinand Petrich, escultor natural da Alemanha, iniciado na Loja Maçônica da Pensilvânia, Estados Unidos. As estátuas da Fé e da Esperança foram colocadas no local em 1880.
  • 10. Até o início da República todos os templos eram iluminados por velas de cera, querosene ou óleo, passando a seguir a iluminação a gás, definitivamente substituída em 1910 por iluminação elétrica. No Palácio do Lavradio estão expostos no corredor de acesso, quadros que retratam vários personagens da nossa história e em outro corredor, na parte inferior, as alfaias e aventais pertencentes a cada um deles. Saldanha Marinho, Visconde de Inhauma, Marquês de Abrantes, D. Pedro I, Senador José Vergueiro, Joaquim Gonçalves Ledo, General Osório, Visconde de Sapucahy e Visconde de Rio Branco. Este corredor é margeado por retratos em guache de todos os maçons que ocuparam o Grão Mestrado do Grande Oriente do Brasil. Nas paredes, placas elaboradas em mármores e metais. O Templo Nobre do Palácio Maçônico do Lavradio, onde com muita emoção, junto com os mais de 50 Irmãos de Goiás, totalizando 97 presentes, recebemos o título de Membro Honorário em sessão presidida pelo Venerável Mestre Abramo Scarlato, foi inaugurado em 13 de fevereiro de 1902, com galerias laterais e camarotes, que foram idealizadas pelo Grão Mestre e ex-presidente da República Nilo Peçanha, em 1918. Construídas em 1921, na gestão do Grão Mestre Tomaz Cavalcante de Albuquerque. O templo nobre em que nos reunimos é uma réplica do Parlamento Inglês. Recebeu o nome de Gonçalves Ledo em 1928. Homenagem ao grande mentor e articulador de nossa Independência. Maçons que exerceram a presidência da República passaram pelo Palácio do Lavradio, como Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Prudente de Morais, Campos Sales, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Venceslau Brás e Washington Luís. Duas telas pintadas em óleo em 1869, ambas de autoria de Eduardo de Lartimo, representam a Guerra do Paraguai. Uma denominada “Entrada da esquadra em Assunção”, a outra “Paisagem de Humait|”, doadas pelo Visconde de Rio Branco.
  • 11. Observei com muita atenção o relógio carrilhão em madeira entalhada com símbolos maçônicos do século XIX, com 2,10m de altura e engrenagens. Também observei o busto do Visconde de Rio Branco, esculpido em mármore e as espadas pertencentes a Henrique Valadares e ao patrono do Exército Brasileiro, Marechal Duque de Caxias. À entrada, o busto de D. Pedro I, confeccionado em bronze fundido em Paris, por Fontaine e modelado por Marc Ferrez. Nesta sala do Conselho está o trono de Grão Mestre, construído em jacarandá, com incrustações em marfim, entalhado e folheado a ouro, classificado como “Trono de D Pedro I”. Na biblioteca, vi um variado acervo bibliogr|fico, com uma coleção de todas as Leis do Império, destacando entre as várias preciosidades a “Bíblia de 1555, escrita em aramaico e doada a D. Pedro II pelo escritor Vitor Hugo, por ocasião de visita do Imperador { França.” O Palácio do Lavradio foi tombado pela Divisão de Patrimônio do antigo estado da Guanabara, em 1972. Ao Juiz de Direito, advogado militante em Caldas Novas, membro da Academia Tocantinense de Letras, da Academia de Letras e Artes de Piracanjuba, Juiz do Tribunal de Justiça Maçônico, fraterno Irmão Orimar de Bastos, cronista deste Diário da Manhã, agradeço seu artigo do dia 04 de outubro. Juntos tivemos a emoção de sentar no Trono do Imperador D. Pedro I. Palácio do Lavradio, marco histórico da maçonaria.
  • 12. 4 – Verbete do Vade-Mécum: Zé Rodrix O Ir. João Ivo Girardi da Loja Obreiros de Salomão nr. 39 (Blumenau) dominicalmente enfoca um dos mais de 3.000 verbetes de sua obra de 700 páginas. “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”. Contato: joaogira@terra.com.br VERBETE DESTE DOMINGO: 1. Zé Rodrix, nome artístico de José Rodrigues Trindade, foi um compositor, multiinstrumentista, cantor, publicitário e escritor brasileiro. Estudou no Conservatório Brasileiro de Música, desenvolvendo a característica da multi- instrumentalidade: Tocava piano, violão, acordeão, flauta, bateria, saxofone e trompete. Tornou-se conhecido em 1967, ao vencer o III Festival na TV Record daquele ano, acompanhando Maria Medalha, Edu Lobo e o Quarteto Novo defendendo a música Ponteio. Na década de 1970, participou da banda Som Imaginário com Wagner Tiso, Robertinho Silva, Tavito, Luís Alves e Laudir de Oliveira, tocando ao vivo com Milton Nascimento e participado do LP de estréia da banda. Desligando-se da banda em 1971, venceu o Festival da Canção de Juiz de Fora, junto a Tavito, com a canção Casa no campo, uma de suas composições mais famosas, que se tornaria um grande sucesso na voz de Elis Regina, e cujo trecho da letra (compor
  • 13. rocks rurais) batizou o estilo de música conhecido como rock rural, com influências regionalistas, tropicalistas, folk, country e rock, tocada pelo trio do qual faria parte logo em seguida, com Luiz Carlos Sá e Guttemberg Guarabyra (Sá, Rodrix e Guarabyra). Nessa época, compôs músicas como Mestre Jonas (em parceria com Sá e Guarabyra), Ama teu vizinho (com Luiz Carlos Sá), Blue Riviera (com Sá e Guarabyra), O pó da estrada (com Sá e Guarabyra), Os anos 1960, Pendurado no vapor (com Sá e Guarabyra), Primeira canção da Estrada (com Luiz Carlos Sá), dentre várias outras, além de um famoso jingle criado pelo trio, por encomenda da J. W. Thompson, para a Pepsi, notabilizado pelo verso: só tem amor quem tem amor pra dar. Zé Rodrix saiu do trio em 1973, para seguir em carreira solo e participações especiais em gravações de artistas diversos, como o disco de estréia do Secos & Molhados, no qual toca piano, ocarina e sintetizador na última faixa, chamada Fala. Rodrix dedilhava seu teclado moog após a orquestra e os outros instrumentos cessarem, técnica que só pode ser ouvida nos CDs relançados do grupo já na década de 1990, pois no vinil original esta música continha 15 minutos a menos. Passou a se dedicar mais na área de publicidade que musical na década de 1980, mas em 1983, o músico passou a integrar o grupo Joelho de Porco, com o qual gravou o LP e participou do Festival dos Festivais em 1985, ganhando o prêmio de melhor letra pela música A Última Voz do Brasil. Entre 1989 e 1996 assinou a direção musical dos espetáculos Não fuja da Raia e Nas Raias da loucura, de Sílvio de Abreu, e do programa Não fuja da Raia (Rede Globo), estrelado por Cláudia Raia. Em 1993 foi contemplado com o prêmio Kikito, no Festival de Cinema de Brasília, pela trilha sonora do filme Batman e Robin. Em 2001 reuniu-se novamente a Sá e Guarabyra, tendo seu show de estréia ocorrido no Rock in Rio III. Logo após o lançamento de Outra Vez Na Estrada, com o trio, em 2001, Zé Rodrix conheceu o Clube Caiubi de Compositores, em São Paulo, e passou a desenvolver parcerias com novos autores da música brasileira, entre eles Sonekka e Reynaldo Bessa. Em dezembro de 2008, Zé Rodrix lança um single ao lado de Sá e Guarabyra, chamado Amanhece um outro dia. A canção foi tema de abertura da novela Revelação, exibida pelo SBT. Para promover a novela, o trio chegou a se apresentar ao vivo no programa Hebe. Zé Rodrix morreu às 0h45 minutos do dia 22 de maio de 2009, após sentir-se mal e ser levado ao Hospital das Clínicas, em São Paulo, cidade onde residia. Foi casado com a atriz Norma Blum e com a ex- Frenéticas Edyr de Castro. Estava casado com a escritora e produtora Julia Rodrix. Teve seis filhos: Mayana, Joy, Mariana, Rafael, Antônio e Bárbara.
  • 14. 2. Biografia Maçônica: No início da década de 2000 revelou que era maçom, chegando a lançar a trilogia de livros denominada Trilogia do Templo sobre a Maçonaria. A trilogia é composta dos títulos: Johaben: Diário de um Construtor do Templo; Zorobabel: Reconstruindo o Templo e Esquin de Floyrac: O Fim do Templo Sobre a trilogia, o escritor Luiz Eduardo Matta afirmou no prefácio do terceiro volume: Nunca, em toda a trajetória literária brasileira, um escritor se aventurou com tamanha obstinação por uma saga épica monumental como é o caso desta trilogia, que se debruça sobre os primórdios da Maçonaria, uma das fraternidades iniciáticas mais antigas do mundo, mesclando erudição e fluência, onde realidade e ficção se confundem num incrível mosaico narrativo. Ainda de acordo com Matta, a Trilogia do Templo foi uma das mais fantásticas obras literárias produzidas no Brasil na primeira década do Século XXI. Infelizmente o Zé ainda não tinha terminado de escrever o primeiro volume da nova Trilogia que seria sobre a presença da Maçonaria no Brasil. O Cozinheiro do Rei ficou inacabado. Zé Rodrix também traduziu o livro As Chaves de Hiram. Despedida de um amigo: Siga em paz, Zé. Vem pra Akash você também, vem. Você fez a diferença por aqui. Obrigado por tudo, de coração. Sua vida, se não foi comprida, foi bem cumprida. E dê um abraço no Grande Arquiteto do Universo. 3. Zé Rodrix Músico: Entrevista concedida a Elias Nogueira (2005). José Rodrigues Trindade, conhecido nacionalmente como Zé Rodrix, carioca, 60 anos, compositor, publicitário e escritor. Filho de um mestre-de-banda, estudou no Conservatório Brasileiro de Música e na Escola Nacional de Música, onde aprendeu, além de teoria musical, harmonia e contraponto, piano, acordeom, flauta, saxofone e trompete. Além de carreira solo bem sucedida, Zé Rodrix fez parte de importantes grupos musicais. Em 1966 integrou o conjunto Momento Quatro, com quem se apresentou no III Festival de Música Brasileira da TV Record em 1967, acompanhando Marília Medalha, Edu Lobo e o Quarteto Novo com Ponteio. No início dos anos 70 foi integrante do Som Imaginário. Integrou grupos conceituados como o trio Sá, Rodrix e Guarabyra e o grupo pré-punk Joelho de Porco. Autor de sucessos, em sua própria interpretação, como Soy latino americano e Mestre Jonas e na voz de outros cantores como Casa no campo, composta em parceria com Tavito, que se tornou uma pérola na voz de Elis Regina. Como escritor, desenvolveu uma trilogia composta por Johaben: Diário de um Construtor do Templo (1999), Zorobabel: Reconstruindo o Templo (2005) e Esquin de Floyrac: O Fim do Templo (2007).
  • 15. Seus livros são literatura recomendada nas Lojas Maçônicas. Fez jingles memoráveis no mercado publicitário nacional. Em entrevista exclusiva, Zé Rodrix, fala de carreira e outras coisas! - O que Zé Rodrix anda fazendo profissionalmente? - Tudo que sempre fiz, e mais um pouco. Tenho um birô de criação chamado Crianon, trabalhando para vários clientes do mercado nacional. Faço shows com Sá e Guarabyra desde 2001, com Tavito desde 2006 e comigo mesmo desde 2007. Além disso, já lancei os três volumes da Trilogia do Templo (Ed. Record) que estão sendo negociados para lançamento em Portugal e Espanha em 2009. Com o trio estamos gravando mais um CD (36 Anos de estrada) e no fim do ano, lanço meu CD/DVD As Canções, gravado com a Jazz Big Band da Associação dos Artistas de Santos. Zé Rodrix: (1947-2009): - O que dá mais prazer ao Zé Rodrix? Ser compositor, multiinstrumentista, cantor, publicitário ou escritor? - Meu prazer é fazer tudo que sei fazer, porque o desprazer está sempre em ter que fazer o que não sei. – O Zé Rodrix, um dos diretores do espetáculo Rei lagarto, sobre a vida de Jim Morrison, pediu demissão. Tomou a decisão ao saber que a peça, com Lei Rouanet. Como foi isso? - Não acho honesto que o dinheiro de todos (impostos) seja gasto no financiamento da aventura pessoal de alguns. Se desejam financiadores, que busquem sócios no mercado real, como eu sempre tenho feito. Ou então se preparem, ao usar dinheiro público, a fechar a bilheteria de seus espetáculos e dá-lo ao publico, de graça, como forma de devolver ao dono do dinheiro aquilo que foi usado. - Você esteve presente na grande mídia durante muitos anos. Atualmente você anda afastado dela. - Estar na mídia, hoje em dia, significa pagar para estar nela. Como só me aproximo da mídia em meu próprio benefício, seja para aparecer, seja para ganhar, não estou mais no caríssimo carrossel de tolices que passa por mídia hoje em dia entre nós. E garanto que não me faz falta. Nunca trabalhei tanto, nunca tive tantas oportunidades se avolumando. Nunca ganhei tanto dinheiro, que gasto comigo mesmo, e não com a mídia. Talvez o respeito que eu esteja colhendo daqueles que me são importantes, estejam exatamente nisto que você chama de estar afastado da mídia. - Você fez
  • 16. parte dos grupos: Momento Quatro, Som Imaginário, Sá, Rodrix e Guarabyra e Joelho de Porco. - São grupos que serviram para formar o meu repertório de conhecimentos musicais, e ainda tenho em todos eles inúmeros amigos de fé e do peito. Convivemos sempre que possível, e o trio está atualmente gravando mais um CD depois de nossa volta em 2001. - Você teve uma carreira solo onde obteve um grande êxito, mas mesmo assim, ingressou no Joelho de Porco. - O Joelho não era um grupo musical, era uma terapia caríssima e divertidíssima, que colocávamos em prática cada vez que precisávamos divulgar a nossa produtora de publicidade. Como sempre dizíamos, “só existe uma coisa mais ridícula que levar conjuntos de rock a sério: é (levar-se a serio) em conjuntos de rock…” Não houve nenhuma troca. Eu enchi o saco da cena musical e resolvi me afastar dela conscientemente, o que durou de 1982 ate 2001. - Recentemente você teve alguns de seus discos relançados em CD? - A EMI Odeon lançou em CD meus três primeiros discos solo, e o fez sem me avisar. Nem pediu permissão para isso. Minha vingança é que eu já tinha conhecimento de copias piratas dos mesmos, vendendo na galeria do Rock. Por isso fui lá e autografei todos. - Você participou do primeiro disco dos Secos & Molhados. - Eu, junto com Luli, quem apresentou Ney ao João Ricardo. Dai em diante, nos mantivemos em contato, principalmente através do Moracy Doval, empresário deles. Na época da gravação do LP, me convidaram para tocar e escrever as cordas de Fala, última faixa do disco. Infelizmente, por algum problema, que não entendo, minha participação foi desqualificada, porque não mencionaram nada que eu tenha feito a não ser estas cordas. O acordeom do Vira, o solo de moog em Fala, pianos em duas outras faixas que não me recordo. Quando foram fazer o segundo disco, me chamaram para repetir a performance, gentilmente recusei. Ney, ao se separar do grupo, gravou uma música minha com Sá chamada O povo do ar. - Gostaria que comentasse sobre algumas músicas que são emblemáticas, em minha opinião, no repertório da música brasileira. Quando Será? - Uma mote cubano, muito utilizado em Porto Rico - quando sera el dia de my suerte, sé que antes de my muerte este dia llegará - e que eu coloquei em outro contexto, criticando a eterna esperança nacional, que nunca resulta em nada, mas mantém os esperançosos vivos para sofrer mais um dia. Mestre Jonas: - Mais uma de minhas canções com inspiração da Bíblia. Guarabyra me chamou a atenção para este personagem, e eu, sem paciência para esperar por ele, acabei fazendo a música sozinho, ressaltando o lado Jonas moderno que todos nós possuímos. Casa no Campo: - Letra feita num ônibus entre Brasília e Goiânia, em 1971, que Tavito musicou logo que chegamos ao hotel. Só fomos lembrar dela quando nos pediram uma música pra o Festival de Juiz de Fora de 1971, que ganhamos. Um dos prêmios era participar do Festival da Canção da TV Globo, e a Elis ouviu a música e quis gravá-la.
  • 17. Soy Latino Americano: - Uma guajira cubana típica (três acordes que vão e vem) e uma intenção crítica. Revelar os defeitos de caráter do brasileiro da época. Estranhamente, todos os consideram qualidades, e este foi o motivo do sucesso da música. A identidade entre o personagem e quem se encontrou retratado por ele. Devolve meus LPs: - Mais uma festa de arromba, lista de artistas que na época estava todo mundo fazendo. Só entrou no LP para ocupar espaço, e não tem realmente nenhuma importância. Pelo menos pra mim. O Espigão: Feita por encomenda para a novela da TV Globo, era a abertura, gravada com minha banda da época, a Agência de Mágicos, retratando com a maior fidelidade possível os novos-ricos que começavam a infestar o Brasil. Ilha deserta: Uma de minhas canções preferidas, tanto de música quanto de letra. A idéia de que nenhum homem é uma ilha invertida como sinal de liberdade naqueles tempos em que ela ainda era bem pouca, e acreditando que a individualidade e a privacidade são assuntos pessoais e de interesse exclusivo de cada um. Somente dentro de si, cada um pode ser realmente livre. Mas não creio que nenhuma destas canções seja emblemática no repertório da música brasileira. São apenas canções que, umas mais, outras menos, encontraram seu espaço em gente que gosta delas, permanecendo vivas e importantes para alguns deles. De maneira geral, não tenho nenhum interesse em música brasileira, porque acho que a música é mais importante que nações ou línguas, e só existe porque determinados indivíduos a reconhecem como sendo sua, por afinidade com ela. Nosso gosto pessoal não tem ideologia, política, estética ou partidarismo sectário. É formado por coisas que nos tocam mais profundamente, através da emoção e dos sentimentos, e nunca pela nacionalidade ou patriotismo. Obras são mais importantes que artistas, e se algumas delas encontram eco em determinadas pessoas, se tornam mais ou menos imortais para estas pessoas. O conceito de repertório da música brasileira também me parece puramente industrial, imposto pelo sistema para com isso fazer mais dinheiro. Cada um de nós tem o seu próprio repertório, que toca diariamente no nosso radinho da ilusão, e não tem nenhuma semelhança com o repertorio de outras pessoas. Talvez elas sejam emblemáticas para você, o que muito me alegra, porque isso me permitiu conhecer um pouco do seu repertório pessoal, o que é sempre agradável, mas não são nem universais nem absolutas, a não ser para aqueles em quem se instalaram como importantes. 4. Zorobabel: Reconstruindo o Templo: Das histórias de detetive e de ficção científica que devorou na juventude - e que até hoje lotam as prateleiras do escritório de sua casa em São Paulo -, Zé Rodrix herdou o faro para seguir as boas pistas e uma fértil imaginação para construir tramas e personagens.
  • 18. Habilidades tais que lhe foram essenciais para pinçar, das informações amealhadas ao longo de quatro anos de pesquisas, as que melhor funcionassem na história que queria contar no segundo volume da trilogia sobre o Templo de Jerusalém, Zorobabel: reconstruindo o templo. O grande problema da pesquisa é selecionar os dados obtidos. Por isso é muito importante ter foco, diz Zé Rodrix, que mergulhou fundo nos tempos do Império Babilônico para contar a história de um menino de rua da Grande Babel que se descobre ser descendente direto de Davi, rei dos judeus, e transforma-se no principal responsável por reerguer o Templo de Jerusalém. Nesse meio tempo, cruza com personagens históricos do porte de Cyro, o grande imperador da Pérsia, Dario e o profeta Daniel (aquele, da cova dos leões). Os fatos históricos narrados no livro são fatos históricos, não mudei nada. Mas, por exemplo, o fato de ter feito Zorobabel um menino de rua na Babilônia é ficção, mas uma ficção muito bem fundamentada, diz o autor, que afirma ter procurado transformar os fatos históricos em pilares para então construir pontes entre eles. Gosto de histórias que tenham fundamento histórico real. Eu gosto de viajar no real. Quando se fala em livro de Zé Rodrix, muitos pensam se tratar de um livro pop, descontraído, principalmente devido à sua irreverente atuação na música. Mas quem lê Zorobabel, logo desfaz tal impressão, devido à elegância do texto e à profundidade do tema. O mesmo deve ter acontecido com o primeiro livro, Diário de um construtor do templo. Como você reage a isso? Para mim isso é muito legal. As pessoas ainda têm de mim essa imagem pop, que é uma imagem de 20 e poucos anos atrás, quando eu parei com a música e fui cuidar só de publicidade. Percebo esse 'susto' em todo mundo que lê meus livros - e acho ótimo. No primeiro livro, contei a história do Johaben da mesma forma, com essa linguagem limpa, com um português escorreito, porque é um português que eu adoro. Eu gosto de ler livros assim. Escrevemos o livro que gostaríamos de ler. Como classifica seu livro? Zorobabel é um romance histórico e também um mergulho interno para os leitores. E para fazer com que eles possam fazer esse mergulho interno, é preciso transportá-los para um outro lugar, fazer com que possam mergulhar em si. O livro é escrito em primeira pessoa e quando você lê, você acaba virando o personagem. É um livro que nos faz divagar um bocado, muito rico em aforismos e alegorias... Claro, você tem que divagar sobre muitas das coisas que são contadas no livro. Esse é um processo de pensamento que a gente tem dentro da maçonaria. Os aforismos e alegorias que começamos a analisar, tirar conclusões e a dizer o que a gente pensa sobre elas, e aí fazemos esse trabalho pessoal interno. Zorobabel levou quatro anos para ser escrito, bem mais que os sete meses do primeiro. Foi por causa da extensa pesquisa? Sim, mas também porque ele é um
  • 19. livro muito angustiante. Eu passei por momentos muito difíceis durante esse período e todas as passagens angustiantes do livro, eu as vivi. A morte do pai de Zureb no livro foi a purgação da morte do meu pai, que aconteceu em 1991. E de certa forma, a relação conflitada de pai e filho no livro também é a minha, não pelos mesmos motivos. Porque todo livro é isso: ao mesmo tempo que você está contando a história do personagem, você está contando de certa forma a sua história. O Norman Mailer diz bem isso. Ele dizia: ‘Eu nunca vou escrever a minha biografia. Se eu escrevê-la, não escrevo mais nada’. Porque todas as histórias que eu conto, eu as enxergo por meio da minha biografia. Ela é a lente através da qual eu vejo todas as histórias. Para você montar todo esse mosaico histórico, religioso e cotidiano em Zorobabel, teve que usar uma extensa bibliografia, que, aliás, está toda registrada ao final do livro. O que é curioso, porque não é comum romance ter bibliografia. Qual sua intenção ao fazer isso? Faço questão disso porque é essencial compartilhar a informação. Eu já tinha publicado no primeiro e vou publicar no terceiro livro da trilogia também. Como é que eu posso escrever um livro desse e não revelar as fontes desse conhecimento? Essas fontes de conhecimento não são só minhas, eu não tenho que ocultá-las. Conhecimento só funciona se for compartilhado. Quanto mais você espalhar o conhecimento, maior é o bem que ele faz. Reter conhecimento é um crime. Qual foi a importância da internet na produção do seu livro? Foi uma grande fonte de pesquisa, muito mais do que no primeiro livro, quando ela ainda não era tão poderosa. Entrava no Google, digitava ‘Cyro’ e caía num mundo imenso e profundo de informação. Isso facilitou muito, mas ao mesmo tempo também complica, porque você acaba conseguindo muita coisa. E o grande problema da pesquisa é selecionar os dados obtidos. É preciso ter muita noção do que você quer e fazer busca específica. Você pesquisou antes de começar a escrever ou já durante o trabalho? Ao longo da escrita. O primeiro livro levou apenas sete meses porque a pesquisa foi feita toda antes. Agora foi diferente, pesquisei durante o processo de escrita. Mudei o método porque não quis parar para pesquisar e só depois escrever, já fui escrevendo. Já estava com a história na cabeça e como as pessoas se mostraram curiosas por saber mais, decidi dar seqüência à trilogia. Qual a principal diferença desse segundo livro para o primeiro? É o fato dele ser mais angustiante, com certeza. Porque é sobre um camarada que se sente um joguete na mão de Deus. Ele está sendo levado a fazer o que ele não quer. No primeiro livro, o personagem é um menino (Johaben) que está perdido e acaba encontrando seu caminho dentro daquela estrutura, com a maior dificuldade. Já em Zorobabel, o personagem também encontra seu caminho, mas de outra forma. Ele precisa purgar uma série de coisas antes, vencer suas paixões e submeter suas vontades, como dizemos na Maçonaria para se tornar um cara decente. Porque se a vontade dele e a de Deus não se
  • 20. tornam uma só, ele vai estar sempre em conflito com ele mesmo. Você tomou muita liberdade com os personagens do livro, já que muitos deles - como o próprio Zorobabel - são praticamente desconhecidos? Os fatos históricos narrados no livro são fatos históricos, não mudei nada. Mas, por exemplo, o fato de ter feito Zorobabel um menino de rua na Babilônia é ficção mas é uma ficção muito bem fundamentada. E se você prestar atenção, essa Babilônia tem um pouco de Nova York, de São Paulo, é uma grande metrópole, dessas que ficam entre dois rios - são várias no mundo, ontem e hoje. Como você construiu o cotidiano de personagens que só aparecem nos antigos livros de forma muito fragmentada? Procurei transformar esses fatos históricos em pilares e construí pontes entre eles. O Autran Dourado fala que é o risco do bordado. O bordado dá os pontos e você os une. É delicioso você tentar entender como era a vida da Babilônia naquela época. Os que tentavam manter a cultura judaica e a grande maioria que se adaptou muito bem à vida dos conquistadores babilônicos. E ao mesmo tempo, conforme eu ia escrevendo a história fui me dando conta de coisas interessantes, como o início do conflito entre samaritanos e judeus por causa da construção do Templo de Jerusalém. Aquilo ali é rigorosamente o início do conflito entre árabes e judeus. É fato histórico. Eles são primos e têm cicatrizes profundas em suas relações. A coisa mais terrível que acontece nesse conflito entre judeus e árabes é que os povos árabes começam por uma rejeição paterna. Eles vão ser nômades e guardam uma grande mágoa, que ficará com eles para sempre, não se apagará nunca. Sua trilogia tem alguns pontos em comum com outra muito famosa, O senhor dos anéis, de J.R.R. Tolkien, e podemos até mesmo traçar alguns paralelos entre alguns personagens, como os mestres Feq'qesh e Gandalf, os aprendizes Zorobabel e Frodo, os guerreiros Daruj e Aragorn, os maçons e os elfos. O que você acha dessa possível comparação? Eu tenho que confessar que nunca li O Senhor dos Anéis, foi um livro que não conseguiu me prender. Tentei várias vezes, mas não aconteceu. Mas assisti aos filmes e vi como era a história. De qualquer maneira, eu gosto mais de romances históricos e de ficção científica, e não tanto de ficção histórica fantástica. Eu prefiro o camarada que é pesquisador histórico mesmo, como o Mika Waltari que escreveu O egípcio, que para mim é um padrão rigorosamente perfeito do que se pode considerar um romance histórico. Mas têm outros muito bons também, como Gore Vidal, que escreveu Criação, Lloyd Douglas (O Grande Pescador) e Colleen McCullough (O Primeiro Homem de Roma). Gosto de histórias que tenham fundamento histórico real. Eu gosto de viajar no real. 5. Trilogia do Templo: Entrevista concedida em 21/12/2005 ao Clubeonline: Como anda sua atividade como escritor de livros? Eu lancei o segundo livro de uma trilogia que completarei mais para frente. Chama-se Zorobabel:
  • 21. Reconstruindo o Templo. A primeira das três partes é a Johaben: Diário de um Construtor do Templo e está na oitava edição. Esses livros foram e são até hoje muito bem recebidos pelo público, não só no meio maçônico, como já era esperado. No lançamento do Zorobabel eu consegui juntar todas as minhas tribos. Tinha gente de teatro, publicidade, cinema, música, jornalistas, escritores, mais o pessoal da Maçonaria. A trilogia sempre esteve pronta na sua cabeça? - Não. Tudo começou com o primeiro livro, que conta a história da construção do Templo de Jerusalém, que foi erguido por Salomão no ano 1000 a.C. Quando entrei para a Maçonaria, eu vim saber que essa história seria o eixo da trilogia. Não apenas o aspecto histórico simplesmente, mas sim o que ela tem de alegoria e simbologia para o teu trabalho interno e pessoal. As pessoas constroem templos durante sua vida, que podem ser destruídos e reconstruídos. Na Maçonaria a gente conhece esses fatos de maneira fragmentada. Na medida em que eu fui avançando nos graus maçônicos, fui pensando em contar essa história inteira. Levei três anos pensando, pesquisando e escrevi o livro em sete meses. O que conta a segunda parte? - A história do Zorobabel se passa no século VI a.C. e conta a reconstrução do templo, que foi destruído pelos babilônios. Eu já estou escrevendo a parte final da trilogia, que se chamará Esquin de Floyrac: O Fim do Templo e se passa entre os séculos XIII e XIV d.C. O interessante de contar uma história que se passa há tanto tempo é que você consegue perceber que tudo é muito similar ao que vivemos hoje, pois os sentimentos humanos não mudam. O final da trilogia conta uma história, que está na moda atualmente, que é a da Ordem dos Cavaleiros Templários. Também vou terminar um livro que eu já comecei a escrever, chamado O Cozinheiro do Rei, que se passa no Brasil e vai ser muito interessante. 6. Letra da sua mais famosa música: Casa no Campo: Composição: Zé Rodrix/Tavito: Eu quero uma casa no campo/ Onde eu possa compor muitos rocks rurais/ E tenha somente a certeza/ Dos amigos do peito e nada mais/ Eu quero uma casa no campo/ Onde eu possa ficar do tamanho da paz/ E tenha somente a certeza/ Dos limites do corpo e nada mais/ Eu quero carneiros e cabras pastando/ Solenes no meu jardim/ Eu quero o silêncio das línguas cansadas/ Eu quero a esperança de óculos/ E um filho de cuca legal/ Eu quero plantar e colher com a mão,/ A pimenta e o sal/ Eu quero uma casa no campo/ Do tamanho ideal, pau a pique e sapê/ Onde eu possa plantar meus amigos/ Meus discos e livros e nada mais. 7. Máximas de Zé Rodrix: Quando o discípulo está pronto, o mestre desaparece. - Cada um acredita naquilo que quer, pode e consegue. - Irmão, não se esqueça: Os deuses das coincidências prestam muita atenção em quem presta atenção neles.
  • 22. Livros: Trilogia do Templo: ZÉ RODRIX. Johaben - Diário de Um Construtor do Templo. Ed. Record, 1999. Coleção: Trilogia do Templo, V.1. Comentário I: Sim, Zé Rodrix é o mesmo grande compositor, maestro, arranjador, professor que conhecemos. É nosso Irmão. Trata-se de um excelente romance, cuja narrativa permite um encontro inesquecível com o Rei dos Hebreus e a revelação dos segredos mais íntimos do Grande Mestre Arquiteto, Hiram Abif, que permite a compreensão do verdadeiro significado da palavra Mestre. Lendo-o, participaremos da construção do Templo que o Rei Salomão mandou erigir para Yahweh, conhecendo a história do personagem Joab e seu destino cheio de transformações. Os primórdios da Maçonaria, seus códigos, juramentos, sua existência em sigilo e suas senhas secretas. A irmandade esotérica dos pedreiros e construtores, cuja iniciação consistia em por meio da devoção ao trabalho, do apuro da técnica e da habilidade no ofício, descobrir para si a magia e o espírito da pedra. É um romance que evoca poderosos mistérios; a Pedra, a Palavra, o Cinzel e o Esquadro. Comentário II: O ponto central dos rituais da Maçonaria é a construção do Templo de Yahweh, erguido durante o reinado de Salomão, filho de David, no ano 1000 a.C. É lá que o jovem Joab, órfão de um soldado fenício, é surpreendentemente guindado por seu tio Jubal, o coxo, a uma posição invejável entre os comerciantes de Tiro. Buscando um deus que possa chamar de seu, se vê enredado numa armadilha e acaba por encontrar como único refúgio a cidade de Jerusalém, onde vai trabalhar como operário na construção do lendário Templo de Salomão. É neste lugar que ele toma conhecimento da existência de uma sociedade secreta, que une todos os envolvidos na construção: desde o mais humilde dos escravos cananitas até o próprio rei Salomão. Diário de um construtor do templo livro de estréia de Zé Rodrix, é um romance histórico que tem seu foco central no Templo de Yahweh em Jerusalém, cuja construção se tornou o símbolo essencial de todo o esoterismo ocidental. Os personagens históricos e bíblicos se sucedem, à medida que a história avança, em uma narrativa tão cheia de aventura quanto de densidade. 448p.
  • 23. Zé Rodrix. Zorobabel - Reconstruindo o Templo. Ed. Record, 2005. Coleção: Trilogia do Templo, V.2. Comentário: A aventura, iniciada em Johaben - Diário de um construtor do Templo, prossegue neste Zorobabel - Reconstruindo o Templo, segundo volume da Trilogia do Templo. Nele, os leitores conhecerão Zorobabel, um jovem da Grande Baab'el, movido por sua missão, seus desejos e sua arte, dividido entre um Império Babilônio rico e poderoso e uma Jerusalém decadente e esquecida até mesmo pelo Grande Arquiteto do Universo. Neste segundo volume da Trilogia, conheceremos não apenas os grandes senhores da época, como Cyro e Darius, mas também nos aprofundaremos mais ainda nos segredos dos pedreiros e nas ricas e antigas tradições da Maçonaria, como eram praticadas em seus primórdios. 642p. Zé Rodrix. Esquin de Floyrac – O Fim do Templo. Ed. Record, 2007. Coleção: Trilogia do Templo, V.3. Comentário: Após o sucesso dos dois primeiros livros - Johaben - Diário de um Construtor do Templo e Zorobabel – Reconstruindo o Templo -, Esquin Floyrac encerra a Trilogia do Templo com um assunto polêmico - a ligação entre Templários e a Maçonaria. A Trilogia do Templo chega ao seu final com um dos momentos mais terríveis da história da Humanidade: a destruição da Ordem do Templo pelo Reinado da França e pela Igreja de Roma. O violento conflito só se torna possível por haver um traidor na Ordem e é desse homem a narrativa deste terceiro volume Esquin de Floyrac: O Fim do Templo. Aqui ele nos conta como se tornou sapateiro, pedreiro, Cavaleiro do Templo, espião, mendigo e finalmente traidor de seus Irmãos, revelando-nos os verdadeiros motivos por trás de seus atos. 658p.
  • 24. Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Jocely Xavier de Araújo, Mestre Instalado da Loja Hermann Blumenau, Rito Escocês Antigo e Aceito, GOB-SC, Oriente de Blumenau, Estado de Santa Catarina. – jxa@tpa.com.br Por gentileza, poderia nos responder se existe a figura do Irmão Adormecido? Se for correto tratar o Maçom que pediu o Quite Placet e ou aquele que o recebeu ex-ofício de Irmão adormecido? Ele continua ou não sendo maçom? RESPOSTA: O termo “Maçom Adormecido” em maçonaria é figurado e significa em linhas gerais aquele que se encontra afastado da Ordem de modo que não esteja mais filiada a nenhuma Loja, ou seja, não exercendo os seus direitos e obrigações. Um Irmão nessas condições é considerado irregular e para “acordar” precisa solicitar a sua regularização conforme preceituam as regras e leis da Obediência que ele tenha pertencido. Um portador de Quite Placet que não esteja vencido pode pedir a sua filiação em uma Loja. O que por ventura estiver vencido, acordará pedindo a sua
  • 25. regularização. O portador de um Placet ex-ofício, poderá readquirir os seus direitos resolvendo de forma legal o motivo pelo qual o levou a ser placetado ex-ofício. Quanto à questão de ser ou não maçom conforme vosso apontamento leva-se a uma reflexão sob o ponto de vista iniciático. Todo aquele que foi iniciado na Maçonaria, será sempre um Maçom, mesmo estando ele placetado. A condição é iniciática, daí a atenção deve ser tomada antes da iniciação para que não se venha amargar uma decepção mais tarde. É bem verdade, que cada caso é um caso e, por exemplo, um Quite Placet é direito e não há como menosprezar ninguém por ser portador desse documento maçônico. Pode ser questionável o portador o ex-ofício, entretanto uma análise justa deve ser considerada. Em assim sendo, tanto em um caso quanto o outro, prevalece o caráter iniciático, ou seja, o Irmão que foi iniciado na Maçonaria é Maçom. O que difere é o direito do obreiro que ficará suspenso, talvez por vontade própria dele, ou a ele imposta pelo seu não cumprimento com o dever. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com - OUT/2011 NA DÚVIDA, envie suas perguntas para jbnews@floripa.com.br mencionando nome completo, Loja, Oriente, Rito praticado e Obediência. O Irmão receberá a resposta diretamente do Ir Pedro Juk, e através do JB News.
  • 26. 5 – Destaques JB Loja Fraternidade Alcantarense A Loja Fraternidade Alcantarense nr. 3393, de São Pedro de Alcântara (Grande Florianópolis), realizou em seu belíssimo Templo localizado na Fazenda Paraíso da Serra, Sessão de Aprendiz-Maçom, posteriormente transformada em Grau de CM, tendo sido telhados oito Companheiros-Maçons que foram avaliados pela Comissão de Admissão e Graus, para aumento de seus Salários.
  • 27. Seminário da Região Sul de Santa Catarina da Ordem Internacional das Filhas de Jó. Na próxima quarta-feira (12) o Bethel 03 Florianópolis sediará o VI Seminário da Região Sul, nas dependências do Templo da Loja Ordem e Trabalho, em Florianópolis, com a seguinte programação, cujo repasse das informações foi enviado pelo Ir. Paulo Vitorino. (08:30) – Recepção dos Bethéis (09:00) – Sessão Ritualística c/ Posse do novo Conselho Jurisdicional: Guardiã Jurisdicional - Cassandra Moreira GAJ - Nelson Moreira G Secretária - Cristiane do Rocio Tissot de Sousa G Tesoureira - Jaciara Nunes Costa Vitorino Comitê de finanças- Margarete Bornelli e Marcela Bornelli PHR Comitê de Concurso - Bruna Carolina de Oliveira - PHR Comitê de Promoções e Filantropia- Tia Enoeh Peixoto e Karoline Bartelt PHR Comitê de Relações Fraternais - Paulo Roberto Vitorino o Conselho Jurisdicional (10:30) – Palestra explicativa Tia Marta (12:00) – Almoço (13:30) – Dinâmica Ritualística – Reunião Conselhos (17:00) – Coffee Break A maravilha de domingo. Veja a Ponte Hercílio Luz de Florianópolis em 360 graus. ACESSE OS TRÊS SITES http://www.thiagoeriksson.com.br/360/ponte2 http://www.thiagoeriksson.com.br/360/ponte3 http://www.thiagoeriksson.com.br/360/ponte4
  • 28.
  • 29. Monumento evidenciando a ligação da Maçonaria, Rotary e Lions sob o insinuante slogan: "Ninguém é forte sozinho"
  • 30. Ir Sinval Santos da Silveira* O CAMINHO DE VOLTA
  • 31. Hoje, retorno a estes caminhos. Não imaginava, por aqui, tornar a voltar. Cada ponto que olho, fortes lembranças me traz de ti. Até o perfume destes campos, somente aqui é exalado. Aquela pedra, lá no alto da montanha, é a mesma que tantas vezes observei, quando ia ao teu encontro. Estas árvores, parecem me dar s boas vindas, estendendo as suas folhas e belas flores, nos caminhos por onde passo. Escuto o canto dos mesmos pássaros, parecendo comigo falar. Os lagos e o mar, nunca estiveram tão coloridos, como hoje. Parece que o céu se debruçou nestas águas, pintando-as de azul, verde e branco, apenas para me saudar. Em cada casa, por onde passo, te vejo à frente, sorrindo de braços abertos, me pedindo para ficar. Agora, chego a tua rua. A mesma, que tantas vezes me acolheu. Nem sei porque parti. Mas voltei. E tu estás aqui, no mesmo lugar. por mim a esperar. Na mão direita, o perdão. Na esquerda, por inteiro, um belo coração...
  • 32. Veja mais poemas do autor: Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/ * Sinval Santos da Silveira Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes Registrado sob o nº 20 da M.·. R.·. Grande Loja de Santa Catarina Os presentes versos foram extraídos do site da Loja Alferes Tiradentes: http://www.alferes20.org Criado e mantido pelo Ir. Juarez de Oliveira Castro