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JB NEWS
Informativo Nr. 426
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era – GLSC
Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz
Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC) 29 de outubro de 2011
Índice deste sábado*
1. Almanaque
2. No REAA os Aprendizes e Companheiros podem ingressar no
Oriente? (Ir. Pedro Juk)
3. Deserção e baixa frequência em Loja (Ir. Dagoberto Ladeira
Machado)
4. Destaques JB
* Pesquisas e artigos da edição de hoje:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores –
Blogs - http:pt.wikipedia.org
Imagens: próprias e www.google.com.br
Livros Indicados
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Em Florianópolis visite o hotel da Família Maçônica
na Praia de Canasvieiras.
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Reservas: (48) 3266-0010 – 3266-0271
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1 – Almanaque
Hoje, 29 de outubro de 2011,
é o 302º. dia do calendário gregoriano.
Faltam 63 para acabar o ano.
Eventos Históricos:
 4004 a.C. - Data calculada pelo bispo irlandês James Ussher para o término da
criação.
 1810 - Fundação da Real Biblioteca, hoje Biblioteca Nacional do Brasil.
 1840 - Termina o Bloqueio francês do rio da Prata.
 1916 - Primeira vitória do clube Vasco da Gama: 2 X 1 sobre a Associação
Atlética River São Bento.
 1923 - Proclamação oficial da República da Turquia, sucessora do Império
Otomano, oficialmente extinto em 1 de novembro de 1922.
 1928 - Fundação da cidade de São Tomé no Rio Grande do Norte, Brasil.
 1929
o É considerado popularmente o início da Grande Depressão.
o Lançamento da cerveja Polar, no Brasil.
 1942 - Holocausto: protesto no Reino Unido denuncia os horrores da
perseguição aos judeus pelos alemães.
 1945 - Estado Novo: presidente Getúlio Vargas é deposto por militares de seu
próprio ministério.
 1956 - Início da Guerra do Suez: Israel invade a Península do Sinai e força as
tropas do Egito para o outro lado do Canal de Suez.
 1969 - O Hino do Estado do Pará se torna hino oficial por meio de emenda
constitucional.
 1978 - Todos os serviços de passageiros remanescentes da Canadian Pacific
Railway são transferidos para a VIA Rail.
 2004 - Osama bin Laden assume explicitamente a responsabilidade pelos
ataques de 11 de Setembro.
Feriados e Eventos cíclicos:
 Dia da República (Cumhuriyet Bayramı), feriado nacional na Turquia que
comemora a proclamação oficial da república
 Dia Nacional do Livro no Brasil
 Dia Mundial da Psoríase
Históricos maçõnicos do dia:
(Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1785:
A Loja Randolph, de Richmond, na Virgínia, USA, recebe Carta
Constitutiva. Sua sede tem sido usada para fins maçônicos, sem
interrupções, desde a construção.
1923:
O Irmão Kemal Atatürk, o Pai dos Turcos, responsável pela
modernização do seu país, é eleito primeiro presidente da Turquia.
1999:
O Soberano Grão-Mestre Geral Francisco Murilo Pinto,
reconhecendo como ilegal a expulsão de irmãos pela GLMERJ em
30 de janeiro de 1997, regulariza todos eles no Grande Oriente do
Brasil.
2 – No REAA Aprendizes e Companheiros podem
ingressar no Oriente?
Opinião - Ir Pedro Juk
Morretes – PR. - Contato: jukirm@hotmail.com
No meu ofício de ministrar palestras, seminários, cursos e outros
afins além de consultorias relativas à Maçonaria em geral e do Rito Escocês
Antigo e Aceito em particular, tenho me deparado com situações inusitadas.
Dentre algumas, um sinal de socorro das queridas cunhadas através das luvas
femininas, óbolos recolhidos em cestas como se o Hospitaleiro fosse um
vendedor de cocadas, pomba cercada (1° Diácono), erguer a bolsa de
propostas e informações e de solidariedade na altura do ombro, confundido o
verbo suspender (parar) com elevar, etc.
Há uns dias atrás chegou as minhas mãos através de um consulente
uma resposta que ele recebeu de outro consultor a respeito da possibilidade de
que no Rito Escocês Antigo e Aceito Aprendizes e Companheiros ingressem no
Oriente em Loja aberta. A resposta que ele recebera confirmava textualmente
esse procedimento, com alegações de que o Oriente fazia parte da Loja, que o
Aprendiz lá poderia receber homenagens, ser apresentado às Três Grandes
Luzes, além de outras homenagens. Tudo segundo a vontade do Venerável.
Afirmava ainda o consultor que o Aprendiz só não poderia sentar-se no Oriente.
Quanto aos Companheiros a justificativa era de que estes poderiam inclusive
assumir cargos em substituição ao Mestre Primeiro Diácono, aos Mestres Porta
Bandeira e Porta Estandarte, ou do Mestre Porta Espada, pois em sendo assim
o Companheiro teria inclusive assento no Oriente.
Como em minha opinião essa resposta está completamente
equivocada, além de desprovida de qualquer justificativa concreta e no intuído
de instigar uma reflexão a respeito do assunto, seguem os meus comentários.
Antes de explanar o texto escrito em resposta, acho
oportuno fazer um pequeno resumo do Rito Escocês Antigo e
Aceito. Um rito não pode ser considerado como propriedade desta
ou daquela Obediência, porém um Rito é universal, por conseguinte
é adotado pelas Obediências. Infelizmente o belo Rito Escocês na
adoção das diversas Obediências acabou sofrendo enxertos e
opiniões próprias num desgaste ritualístico que o fez em não em
raras vezes uma verdadeira “colcha de retalhos”.
As origens do escocesismo têm sua raiz em 1.649 na
revolução puritana de Cromwell na Inglaterra e a deposição dos reis
católicos conhecidos como “Stuarts” originários da Escócia. Dessa
contenda os perdedores buscaram refúgio na França onde
receberam asilo, mais propriamente na localidade denominada
Saint Germain en Laye. Por conta dessa situação viriam a surgir
movimentos conspiratórios para retomada do trono a exemplo dos
chamados Guardas Irlandeses que sob a capa de Lojas Maçônicas
buscariam a recondução dos reis católicos ao comando da
monarquia inglesa.
É justamente aí que teve início, em solo francês, o
desenvolvimento do germe do Rito em questão que, apesar do
nome “escocês”, rompeu a sua marcha existencial na França.
Seguem-se os acontecimentos históricos relativos ao trono
inglês, entretanto esse fato não é mote do presente escrito, assim,
apesar de importante, não merece aqui ser comentado, embora o
sistema maçônico originário desses acontecimentos acabasse se
solidificando na França.
Naquela oportunidade o aparelho distintivo do
escocesismo seria a criação dos chamados “Altos Graus”, muito
embora esse aparelho fosse não a raras vezes conveniente e, em
outras com a intenção de aristocratizar e premiar maçons com
títulos pomposos, bem ao gosto de grande parte da galante
Maçonaria Francesa da época – o Discurso de Ramsay é um
exemplo. Preocupação com a verdadeira tradição da Maçonaria
ficaria relegada ao segundo plano, tanto que o escocesismo
naquela oportunidade não possuía nenhum grau simbólico
identificado.
É relativo a esse período (Século XVIII) que surge a
catalogação dos documentos tidos como fundamentais do
escocesismo e a origem dos Altos Graus, porém não ainda como
Rito, fato esse que viria ocorrer apenas no início do Século XIX.
Dentre os principais documentos fundamentais estão o Discurso de
André Miguel de Ramsay de 1.737 e publicado em 1.738; o Capítulo
de Clermont criado em Paris no ano de 1.754, o Conselho dos
Imperadores do Oriente e do Ocidente fundado também em Paris
por Pirlet no ano de 1758 impondo um sistema de Altos Graus em
um limite de vinte e cinco graus, cuja resolução seria oficialmente
escrita nos Estatutos de 1.762 – Rito de Perfeição ou de Héredom;
a Patente de Ettiénne Morin em 1.761; os Novos Institutos Secretos
e Fundamentais que falsamente foram atribuídas a Frederico II,
originalmente constituídos em 1.786.
Obviamente isto é apenas um resumo dos fatos, já que os
mesmos carecem de judiciosa atenção na complexidade de um
mosaico histórico pertinente ao episódio.
Também não há como não se considerar os
acontecimentos maçônicos que acorreriam paralelos aos da França
a partir do primeiro quartel do Século XVII no tocante à Maçonaria
Inglesa, ou seja, a criação em 1.717 da Primeira Grande Loja em
Londres inaugurando o primeiro sistema Obediencial no mundo e
que fizera profundas alterações na prática maçônica tradicional
herdada dos chamados Antigos.
Devido a esses acontecimentos, surgiria então no ano de
1.751 Segunda Grande Loja na Inglaterra, fundada pelo irlandês
Lawrence Dermott em oposição a Primeira Grande Loja. Das
escaramuças dessas duas Grandes Lojas apareceriam dois
sistemas ritualísticos maçônicos que ficariam conhecidos como os
“Modernos” de 1.717 e os “Antigos” de 1.751. Modernos, alcunha a
eles atribuída pela Segunda Grande Loja, devido à acusação de
terem os mesmos alterados os costumes, bem como
descristianizarem as práticas ritualísticas. Em contra partida, os
contestadores das “práticas modernas” se autodenominariam como
“Antigos”, alegando estes permanecerem, fiéis aos costumes
tradicionais.
Contendas à parte, essas duas Grandes Lojas viriam
posteriormente se fundir no que resultaria, a partir de 1.813, na
atual e conhecida Grande Loja Unida da Inglaterra.
Embora possa parecer ao leitor que houve um desvio da
intenção desse arrazoado ao se abordar fatos ocorridos nas
Grandes Lojas inglesas, ao contrário e distante do escocesismo,
essas conotações serão pertinentes para justificativa futura e uma
melhor compreensão do fato.
Dadas essas considerações, o sistema francês de
maçonaria ficaria coeso com práticas inglesas dos “Modernos” de
1.717, ou aqueles que alteraram substancialmente os costumes
ritualísticos.
É bom que se diga que a principal razão pela qual Primeira
Grande Loja em Londres (Modernos) alterou os costumes, foram as
“publicações espúrias” e as “revelações”. Estas se constituíam em
revelar o formato de trabalho maçônico, tanto nos jornais diários, ou
através de escritos formatados como é o caso da famosa “Masonry
Dissected” de Samuel Prichard e a “Ordem dos Francos Maçons
Traída” por Abade Perau. Essas revelações renderiam muito
dinheiro aos delatores, ao mesmo tempo em que causariam uma
revolução nos meios maçônicos. Poder-se-ia dizer, que esse seria o
elemento básico na alteração dos costumes pela Primeira Grande
Loja. Obviamente, não houve consenso para tanto, de tal maneira
que em breve apareceria uma Segunda Grande Loja contestando
as práticas alteradas que às denominou de “práticas modernas”.
O interessante é que nem mesmo essas duas Grandes
Lojas escapariam das “revelações”. Consonante aos Modernos
apareceria a “exposure” denominada “Jackin and Boaz” – no próprio
título aparece a modernidade na inversão das Colunas Gêmeas.
Enquanto que para os “Antigos” a revelação denominava-se “The
Three Distinct Knocks”, ou As Três Batidas Distintas. Essas
revelações eram normalmente publicadas nos diários londrinos.
Como ilustração houve um fato pitoresco naquela
oportunidade, pois foi exatamente dessas “obras espúrias”, mais
precisamente da intitulada “Jackin and Boaz” que um famoso
maçom contemporâneo dos fatos, comprava essas publicações e
criou um rito, hoje até bem conhecido aqui no Brasil, porém pouco
praticado no seu País de origem, embora alguns “manos” brasileiros
andarem querendo lhe atribuir certa antiguidade e tradição (em
respeito ao Rito, não se dará aqui o seu título).
Retomando, a Maçonaria Francesa adotaria a prática dos
Modernos, desconhecendo a outra antagonista (dos Antigos). Daí a
inversão das Colunas B e J e a eliminação de preces e orações,
dentre outros aspectos que a identificam. Assim, o aperfeiçoamento
maçônico francês tomou por base doutrinária a relação e
investigação das Leis da Natureza, cujo corolário se aproxima em
muito do conceito filosófico denominado “deísmo”, além de outras
práticas aderidas pelo regionalismo e a cultura, bem como uma
relação política própria determinada pelo Anticlericalismo, pelo
Século das Luzes, e pelo Esclarecimento.
Sob essa óptica é que a Maçonaria Francesa se
diferenciava completamente da prática dos Antigos, como dito
anteriormente. Essa vertente se apresentaria claramente pelo
próprio rótulo dado ao principal rito na França - o “Francês, ou
Moderno”. Essa vertente adotaria então três graus do franco
maçônico básico (o termo simbolismo ainda era desconhecido) e
mais quatro graus ditos superiores, ficando então conhecido o Rito
como o dos “Sete Graus”.
Alguns historiadores revelam ainda que foi pela desordem
apresentada no que tange a uma verdadeira enxurrada de Graus na
França à época é que fora imposto o limite dos sete graus.
Paralelamente aos acontecimentos se desenvolvia também em solo
francês por boa parte do Século XVIII o sistema dos Altos Graus
que posteriormente seria conhecido como o Rito de Perfeição, ou
de Héredom, com os seus decantados vinte e cinco graus.
É dentro desse preceito diferenciado na Maçonaria
Francesa, que os praticantes desse sistema ficariam conhecidos
pela alcunha de “escoceses”, cujo reflexo ainda se fazia presente
devido à origem ligada aos acontecimentos anteriores que sugeriam
a recuperação do trono inglês pelos “Stuarts” – católicos também
rotulados como “jacobitas”. A despeito dessa identificação como
“escoceses” - alcunha aos praticantes dos Altos Graus na França -
essa arte não possui qualquer elo com a Maçonaria da Escócia, ou
com a Grande Loja da Escócia. Da mesma maneira, não havia
ainda o título de rito conhecido como Escocês Antigo e Aceito.
Ainda no Século XVIII (1.761), no intuito de dispersar o
Sistema dos Altos Graus para fora da França era expedida a carta
patente conhecida como a “Patente de Morin” chegando até a
América Central (Haiti – Colônia Francesa) e dali para os Estados
Unidos da América do Norte.
Dentro desse contexto que não cabe aqui relatar todos os
fatos pela sua complexidade, apareceriam os personagens como
importantes para a criação agora do Rito Escocês. Dentre outros o
Conde Grasse Tily, Frederic Dalcho, Delarrogue, Isaac Himan Long
e John Mitchel. Dados os acontecimentos da Guerra dos Mulatos,
esses personagens rumariam para os Estados Unidos da América
do Norte que tinha acabado de conquistar a sua independência, e lá
planejaram a fundação de um Supremo Conselho como mãe do
mundo. De posse da Patente de Morin, estes forjariam, invocando o
nome de Frederico II, o Grande, Rei da Prússia (que, diga-se de
passagem, nunca teve nada com isso) como autor das
Constituições. O nome de Frederico fora usado por questões
políticas, pois o Rei era tomado por grande simpatia pelo povo
norte-americano.
A Constituição forjada alterava o Rito de Perfeição com os
seus originais vinte e cinco graus disfarçada por uma pretensa
criação dessa Constituição por Frederico II que instituía não apenas
vinte e cinco graus, todavia, trinta e três.
À bem da verdade esse embuste já foi exaustivamente
desmascarado pela história autêntica. Nesse particular Frederico II
nunca aprovou qualquer grau acima do terceiro e, quando da
redação da Constituição, o mesmo já estava em leito de morte.
Infelizmente, apesar das provas incontestáveis, muitos Irmãos ainda
teimam em propagar essa farsa relacionada à história do Rito.
Dessa maneira, fundamentado sob essa perfídia, seria
fundado em solo americano o Primeiro Supremo Conselho Mãe do
Mundo do Rito Escocês Antigo e Aceito, em 31 de maio de 1.801,
sobre o paralelo 33 da Terra, em Charleston, na Carolina do Sul.
Certamente esse acontecimento viria impactar a França
devido à perda do original sistema dos Altos Graus. É então que no
ano seguinte (1.802) seria fundado em Paris o Segundo Supremo
Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Ainda sobre o Primeiro Supremo Conselho, nos Estados
Unidos a prática do Rito Escocês Antigo e Aceito, não possuía
originalmente os graus simbólicos, já que a base maçônica era
praticada indistintamente nas Lojas Azuis norte-americanas que
praticavam, e praticam ainda hoje, o Rito de York (americano) – não
confundir com o praticado no Brasil que é o Trabalho de Emulação
(inglês). Assim, como nome de Rito, o Escocês nascia sem graus
simbólicos, sendo praticado do quarto grau até o trigésimo terceiro.
O seu simbolismo era preenchido pelo Rito de York. Esse Rito, o
York, organizado por Thomas Smith Web, embora praticado em
solo americano, ele é originário da Inglaterra, cuja prática é
referendada pelo formato dos “Antigos” - aquele da Segunda
Grande Loja da Inglaterra (1.751), anteriormente já citado.
O que ocorreria na França após a fundação do Segundo
Supremo Conselho em Paris é que o Grande Oriente da França que
praticava especialmente o Rito Moderno, ou Francês – o dos sete
graus, em dado momento encamparia primeiro o simbolismo do Rito
Escocês Antigo e Aceito e a posteriori, num futuro não muito
distante, também os ditos graus superiores até o Grau 18, ficando
sob a tutela do Segundo Supremo Conselho apenas os graus acima
deste (Kadosh e Consistório). Por ocasião desse fato, apareceriam
então as chamadas Lojas Capitulares – do Grau 01 até o Grau 18
sob o comando do Grande Oriente da França.
Dados esses acontecimentos, o Rito Escocês Antigo e
Aceito na França carecia de um ritual simbólico, dada a diferença
do que acontecia com o Rito na América do Norte, cuja prática
simbólica era feita através das Lojas Azuis.
Maçons franceses de volta à França se depararam com
esse problema, sobretudo porque a Maçonaria Francesa
desconhecia quase que por completo essa prática “Antiga” do Rito
de York. Então em 1.804 seria criado o “primeiro ritual” simbólico do
Rito Escocês Antigo e Aceito, sendo que esse viria sofrer uma forte
influência da prática americana. É dessa época que aparece o
vocábulo distintivo de “simbolismo”, razão pela qual que até então o
“franco maçônico básico” era somente conhecido como “maçonaria
azul”. Esse primeiro ritual, por influência dos maçons egressos do
solo americano, acompanhava em grande parte a prática “antiga”
do Rito de York o que daria ao cerimonial, segundo alguns
historiadores, uma feição “anglo-saxônica”.
Fazendo um aparte no raciocínio, o termo “maçonaria azul”
nada tem a ver com a cor específica de um rito, senão a prática dos
três graus simbólicos que eram assim conhecidos até aquela
oportunidade.
Ainda sobre a questão relativa ao primeiro ritual simbólico
do Rito Escocês, houve também a necessidade de se fazerem
adaptações que pudessem vir ao encontro da estrutura doutrinária
do Rito, já que o sistema francês de ensinamento como comentado
anteriormente, embora com o mesmo objetivo especulativo, era - e
ainda é - diferente do outro princípio, o inglês, cujo Rito, o de York
(americano) é também filho espiritual. Nesse sentido a topografia do
Templo inerente ao primeiro ritual simbólico do Rito Escocês,
acabaria por adquirir características próprias. Seguem alguns dos
principais exemplos: as Colunas J e B invertidas na França em
atenção aos “Modernos”, no Rito Escocês ficaram mantidas na
forma antiga – B a esquerda de quem entra e J à direita; a porta da
Sala da Loja ficou no centro da parede ocidental, agora diferente do
sistema “antigo”; adotou-se um eixo imaginário que divide o espaço
em dois hemisférios – Coluna do Norte e do Sul (conceito francês);
devido à posição da porta de entrada o Primeiro e Segundo
Vigilantes ficariam posicionados no Ocidente, um ao Norte e outro
ao Sul (formato francês); não existia a identificação do Oriente por
balaustrada (formato antigo); o piso do Templo era todo no mesmo
nível, reservando-se o desnível apenas para o sólio por três
degraus (formato antigo); o Painel do Grau no centro da Loja. Com
relação aos cargos e particularidades dos seus integrantes – dentre
os mais importantes - aparecem às figuras do Orador, e dos
Expertos (inexistentes no sistema antigo); os Diáconos não portam
bastão (no formato antigo estes portam varas); ficaria então
sacramentado o cargo de Mestre de Cerimônias (também
inexistente no sistema dos Antigos); além de outras particularidades
não menos importantes, porém que não cabem aqui considerações.
É sempre bom citar que essas alterações e adaptações,
além de possuírem um cunho cultural e político-social, asseveram,
sobretudo, a qualificação para cumprir o sistema doutrinário do Rito
que se alicerça na transformação do Homem comparando essa tese
ao processo investigativo da Natureza e os seus ciclos imutáveis.
Em 1.810 apareceria uma Grande Loja denominada Mãe
Escocesa que ordenaria a conjuntura inerente ao Rito Escocês.
Essa Grande Loja teve vida efêmera, a despeito de que houve
anteriormente e, portanto, faze parte do contexto histórico, uma Loja
Mãe Escocesa em Avinhão, e outra em Marselha. O fato merece
ser citado para salientar que não era novidade essa preocupação
como o Rito e a sua prática diferenciada do sistema Moderno tão
bem conhecido em solo francês.
Segue outro apontamento não menos importante que faz
parte da equação inerente às considerações sobre o mote dessa
questão. Anteriormente já exposto o Grande Oriente da França,
conforme o andamento dos acontecimentos teve naquela
oportunidade sob a sua tutela o Rito Escocês Antigo e Aceito até o
Grau 18, fato que o obrigou a criar as “Lojas Capitulares” na
intenção de acomodar o sistema escocês até o último Grau
Capitular. Essa particularidade faria com que no primeiro quartel do
Século XIX ocorressem outras alterações para suprir a prática
ritualística capitular. Nesse sentido, aparecem no Templo do Rito o
Oriente elevado e a Balaustrada que passa, a partir daí, fazer uma
divisão de quadrante no espaço da Sala da Loja.
Assim é que as concepções litúrgicas dos portadores do
Grau Capitular viriam atingir diretamente o simbolismo (o sistema
inglês rechaça veementemente esse tipo de interferência no Franco
Maçônico Básico).
Dadas essas explanações as Lojas Escocesas, não
obstante sua origem católica (a cor vermelha do cardeal) viria se
reforçar ainda mais no tocante a decoração “encarnada”, agora bem
definida na prática Capitular. Todavia, não só no aspecto
decorativo, também ficariam adaptados alguns posicionamentos
relativos aos cargos na Loja. Em linhas gerais, é a partir daí que os
Templos do Rito Escocês Antigo e Aceito passam a tomar esse
formato, rotulado por alguns exegetas como a sua vertente latina.
É desse conjunto contextual histórico que o simbolismo do
Rito em questão se associa com o feitio doutrinário francês
adotando na sua conjuntura eclética, dentre outras, certa posição
deísta no tocante a prática investida de um ideário comparativo com
as Leis da Natureza e que, em linhas gerais, associa o Homem
como elemento primário do Canteiro (Loja).
Segue aqui então uma última consideração que faz parte
desse contexto histórico alusiva aos primórdios do simbolismo do
Rito Escocês Antigo e Aceito.
A tutela do Grande Oriente da França sobre o sistema
escocês Capitular não seria eterno. Assim, o Segundo Supremo
Conselho, o da França, não tardaria a reivindicar para si o governo
dos Altos Graus no tocante àqueles que lhe haviam escapados.
Fato esse que viria acontecer de modo irremediável já a partir do
segundo quartel do Século XIX. Como que se as coisas voltassem
ao seu devido lugar, o simbolismo do Rito Escocês ficou sob o
governo do Grande Oriente da França, enquanto que o Supremo
Conselho passou a ter sob a sua responsabilidade os graus de
Perfeição, Capitulares, Kadosh e Consistório (do Grau Quatro até o
Grau Trinta e Três). Terminariam assim as então conhecidas Lojas
Capitulares.
Com o fim dessas Lojas, uma disposição topográfica,
ainda Capitular, no Templo acabaria por permanecer
consuetudinariamente no simbolismo do Rito e que se tornaria
então a raiz de uma anomalia que tem dado interpretações
equivocadas, principalmente no tocante à senda iniciática que
envolve os graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre e a relação
entre o Oriente e o Ocidente da Loja – o Oriente elevado e a
balaustrada divisória. Mesmo com a extinção das Lojas Capitulares
a divisão e desnível do Oriente acabariam por ficarem inertes nos
Templos do simbolismo até os dias atuais.
Ainda dentro dessa recomposição, o Rito Escocês na sua
vertente “antiga” (de Antigo no título), manteve as Colunas B e J na
forma tradicional. Assim também o Segundo Vigilante em respeito a
essa tradição voltava a ocupar o meridiano do Meio-Dia, bem como
a dialética ritualística ficaria mantida com base nos “Antigos” (é a
que conhecemos ainda hoje na abertura e fechamento da Loja).
Também no tocante à tradição “dos Antigos”, Apareceria a
transmissão da Palavra como alegoria relativa aos Canteiros
Medievais, os seus ancestrais oficiais de chão (Diáconos) e a
verificação da Obra.
No tocante ao simbolismo do Rito Escocês e o
cumprimento do sistema doutrinário alusivo aos ciclos imutáveis da
Natureza (nascimento, vida e morte) são introduzidas no Rito e, por
conseguinte na topografia do Templo as doze Colunas Zodiacais,
cujo objetivo é o de associar as relações cíclicas da Lei Natural no
espaço de um ano (Primavera, Verão, Outono e Inverno). É dessa
alegoria simbólica que se dá às bandas definidas pela divisão
longitudinal e abstrata da Sala da Loja (equador) o título de Colunas
do Norte e do Sul. Não menos importantes dentro desse contexto
as Colunas Solsticiais (B e J) marcam os trópicos de Câncer ao
Norte e Capricórnio ao Sul. As relações solsticiais e equinociais
estão presentes nas provas iniciáticas da Terra, Ar, Água e Fogo e
na Câmara de Reflexão como elemento terreno e ponto de partida
para o apólogo da transformação e do nascimento de uma nova
vida. É a senda iniciática dos três graus – Aprendizes no Topo da
Coluna do Norte, Companheiros no Topo do Sul, e os Mestres que,
além de lugar reservado (Oriente) estão dispersos por toda a face
da Terra.
É dentro dessa conjuntura que o Rito Escocês Antigo e
Aceito mantém a sua espinha dorsal até a atualidade, muito embora
ainda sofra indiscutivelmente influências e enxertos de outros ritos e
sistemas, sobretudo aqui no Brasil onde lamentavelmente foram
editadas centenas de rituais que em não raras vezes vieram com o
objetivo maior de suprir mais os anseios dos regulamentos e
constituições das Obediências nacionais do que atender as
propostas intrínsecas emanadas da pureza do Rito.
Essa questão embora pareça secundária, é muito mais
séria do que possa parecer, até porque muitos Irmãos ainda têm
nesses escritos uma fonte equivocada do que é “justo, belo e
verdadeiro”. Talvez assim pensem alguns apenas e tão somente
pelo fato de terem sido esses rituais um dia, oficiais nas
Obediências que os aprovaram. A questão é que em termos de
história da origem do Rito, ela é uma e única só, pois não foram
criados, digamos, vários ritos escoceses, para este ou aquele
Grande Oriente, ou Grande Loja. Infelizmente e ao contrário é que
ao longo dos tempos as Obediências Maçônicas ao adotarem o Rito
Escocês o desfiguraram tanto a tal ponto dele, às vezes, ser
rotulado como uma verdadeira “colcha de retalhos”.
Obviamente essa referência não é feita ao belo Rito
Escocês, porém aos rituais ultrapassados e descompromissados
com a História que ainda campeiam o fértil solo maçônico como
verdadeiras carcaças dos dinossauros de antanho.
Dadas essas considerações, segue agora um resumo do
significado e da proposta doutrinária da vertente francesa pela qual
faz parte o Rito Escocês Antigo e Aceito.
A doutrina iniciática dessa vertente associa o Homem
dentro da Maçonaria Especulativa como a “pedra” nas construções
do passado. A pedra bruta tal qual aquela retirada da jazida, em
linhas gerais era o elemento primário, ou o material básico para a
elevação da construção (assim são os tijolos de hoje em dia). Na
comparação entre a Pedra Bruta e a Esquadrejada há uma
sugestão entre o elemento tosco e o elemento trabalhado com as
verdadeiras obras de arte que sempre se destacaram pela sua
beleza e estabilidade o que, em resumo, destaca a sabedoria do
Artífice na arte de construir. É exatamente dessa Maçonaria
Operativa que somos herdeiros especulativos, de tal maneira que
os instrumentos de trabalho, o canteiro (Loja atual), os
compromissos legais, políticos e culturais de acordo com as
latitudes terrenas são relembrados nos detalhes alegóricos e
iniciáticos na Moderna Maçonaria.
É sob essa óptica a que viriam aparecer a partir do Século XVIII os
Ritos Maçônicos e Trabalhos no “Craft” 1
.
Na Maçonaria Francesa, de onde o Rito Escocês Antigo e
Aceito é filho espiritual, essa linha de aperfeiçoamento da “pedra”
que na Moderna Maçonaria é o próprio Homem, está bastante
conectada com o Século das Luzes, com o Iluminismo, com os
Enciclopedistas, com o Positivismo, com os ideais libertários dos
Pensadores e Filósofos, além das manifestações dos seguidores do
Hermetismo, Rosa-Cruzes, da Alquimia Mística e até mesmo
Mitráica (do Mitraísmo persa) e os Cultos Solares da antiguidade -
base da grande maioria das religiões conhecidas. Por fim da forte
influência no Rito da cultura hebraica.
Por esse conjunto doutrinário maçônico, ao contrário do
que muitos ainda pesam, não se prega o agnosticismo, entretanto,
sem dogmas, uma relação estreita como o deísmo. Esse fato
conduz essa vertente a uma estrutura doutrinária de edificação
especulativa, portanto maçônica, enveredada para uma forte
relação com a Natureza e a sua investigação (o Criador e a Obra
Universal).
Dentro dessa conjuntura o Rito Escocês Antigo e Aceito no
seu simbolismo revive alegoricamente esse “teatro natural”
1
Trabalhos no Craft – Na Inglaterra não se reconhecem “ritos”, porém “trabalhos”. Daí seria impróprio à
definição do nome de um rito na cultura maçônica inglesa. O Craft corresponde à Associação, ou o
Grêmio. Daí é errado, por exemplo, o uso do termo Rito de Emulação, senão o correto que seria o
Working, ou o Trabalho de Emulação.
induzindo o Iniciando de maneira figurada à observação dos
acontecimentos produzidos pelas etapas da Natureza,
considerando o Homem como parte integrante desse imutável
processo de transformação. Esse elemento alegórico se apresenta
com evolução do Maçom através dos Graus de Aprendiz (infância e
adolescência), de Companheiro (a juventude) e do Mestre (a
maturidade).
O resumo figurado dessa senda está em que o elemento
morra (a semente) na escuridão lúgubre da Câmara de Reflexão
(seio da Terra) para renascer um dia na Luz. Essa seria a tese do
primeiro ciclo de transformação, daí a riqueza da simbologia
exposta na Câmara que, dentre outras, alerta para a efemeridade
da vida, sua transmutação e a purificação pelos elementos. As
frases nela contida soam como alerta para efemeridade da vida
terrena. Nesse simbólico teatro iniciático o Candidato se faz
apresente como uma espécie de ator principal.
A Câmara que também simboliza uma masmorra
preconiza o local onde devem ficar presas as manifestações de
exterioridade humana.
À bem da verdade a semente é depositada no seio da
Terra que um dia ficará viúva do Sol na esperança de se perpetuar
a vida e a produção dos bons frutos. Nessa alegoria é que se
justifica o vocábulo “neófito” (do latim: neóphytos = plantado
recentemente). Há que se notar que esse preparo simbólico
antecede os próximos ciclos, pois na Natureza é a planta que
produz a flor e dela se reproduz o fruto. Deste sai à semente para
morrer e renascer dando reinício ao novo ciclo. É impossível
inverter esse ciclo.
Na série alegórica comparativa o Candidato representa os
ciclos da vida humana – a geração na Câmara de Reflexão, a
infância na primeira viagem, a juventude na segunda e a
maturidade na terceira. Todo esse teatro alegórico representa a
síntese da marcha do Obreiro na busca do aperfeiçoamento, cujos
espaços temporais estão simbolicamente ligados sequencialmente
aos três graus.
Na Luz tênue que ilumina o Norte, o Iniciado começa então
representar esses ciclos apresentados durante o ato da Cerimônia
de Iniciação. Enfim, começa uma caminhada que sugere a busca da
Luz (Sabedoria), cuja plenitude um dia será alcançada, contudo se
cumprida à jornada passando sequencialmente pelos outros dois
graus iniciáticos – a Elevação e a Exaltação.
É imperiosa a regra de cumprimento das etapas, o que
sugere que para alcançar a plenitude da Luz, ou a Sabedoria, o
artífice especulativo (Aprendiz) no seu exercício dentro do Canteiro
terá que ser forte (a Força). Essa força exprime a vontade e o apoio
pelo seu aprendizado merecido na sua passagem pela Coluna do
Norte (1º Vigilante). Em sendo ele forte estará possibilitado para
ultrapassar os obstáculos surgidos da inexperiência daqueles que
passam pelo começo da vida.
Se bem compreendia a “arte” o artífice, agora qualificado
será capaz de elevar a Obra na Luz do Meio-Dia (a passagem do
Sol pelo meridiano). Agora Companheiro, já senhor das suas
obrigações terá como pragmática a juventude, a ação e o trabalho
para concluir a Obra que certamente será bela e duradoura em todo
o seu esplendor (Beleza – 2º Vigilante).
Passado o ciclo da “juventude” e a produção dos bons
frutos, deles restará por fim a experiência da vida - a maturidade
prenuncia a morte (Meia-Noite) para renascer na plenitude da Luz -
a Sabedoria adquirida ao longo da efêmera vida (Exaltação do
Mestre e a Lenda do Terceiro Grau).
Todo esse palco teatral emblemático está correlacionado
com misticismo da parábola da Natureza, não obstante de que dela
o Homem também é importante parte integrante. Essa
representação está aparelhada por símbolos e alegorias dispostas e
fixas no canteiro de trabalho (a Loja) como elementos estáveis para
a compreensão do artífice. Dentre estas, a trilha e as etapas na
jornada percorrida pelo Obreiro está representada pelas doze
Colunas Zodiacais. Ciclo a ciclo é relatado através dos sítios a
serem percorridos. Aliás, essas Colunas têm sido por muitos
tratados com relativo desdém, isso se acredita que é pela mera falta
de compreensão da sua verdadeira existência no Templo do Rito
Escocês Antigo e Aceito. É comum se ver Irmãos deliberando a
respeito e tratando do assunto como se as mesmas fossem meros
elementos decorativos. Outros ainda, mais afoitos, às definem como
elementos estruturais de sustentação da abóbada – pura falta de
conhecimento.
À bem da verdade as Colunas Zodiacais representam os
Ciclos da Natureza no Hemisfério Norte (neste fora criado o Rito).
Conforme as suas posições, partindo da parede ocidental pelo topo
da Coluna Boreal às três primeiras representam a Primavera
(ressurreição, renascimento), enquanto que as outras três, o Verão.
Cabe aqui uma pequena explicação sobre o vocábulo topo nessa
resenha. Topo do Norte é toda a parede boreal que começa a partir
do canto com a parede ocidental até a grade (balaustrada) do
Oriente. Quanto ao Topo do Sul esse compreende toda a parede
austral que começa na balaustrada do Oriente e vai até o outro
canto formado com a parede ocidental.
Dadas essas assertivas, a passagem do Aprendiz pela
Coluna do Norte implica simbolicamente que os ciclos da vida
humana estão correlatos ao simbolismo das estações do ano. Ao
Norte, as três primeiras alusivas às constelações de Áries, Touro e
Gêmeos determinam a Primavera, ou o renascimento da Natureza
após o ciclo invernal. Esse passo é o início da jornada e simula a
infância - Primeira Viagem. As outras três seguintes indicam às
constelações de Câncer, Leão e Virgem – os meses que compõem
o Verão. Esse ciclo sugere o fogo da adolescência e o final da
primeira etapa da vida. Aproxima-se a porta da juventude – ainda a
Primeira Viagem e o fim da passagem pelo topo da Coluna do
Norte.
A jornada seguinte menciona agora o topo da Coluna do
Sul. As três primeiras Colunas, partindo da grade do Oriente,
relacionam-se com as constelações de Libra, Escorpião e Sagitário.
Esse ciclo natural compreende o Outono e arrola o Grau de
Companheiro (Juventude). Desbastada a pedra o obreiro trabalhará
agora na elevação da obra, o que sugere a produção, a ação e o
trabalho. É a passagem da teoria para a prática – Segunda Viagem.
Fechando a passagem pelo topo do Sul, as últimas três
Colunas representam as constelações de Capricórnio, Aquário e
Peixes – o Inverno, ou o final do trabalho e a experiência adquirida.
O tempo frio cai sobre a mãe Terra e esta fica viúva do Sol. Os dias
serão curtos e as noites longas. Alude esse ciclo à Meia-Noite e a
morte da Natureza que em um futuro não muito distante reviverá
novamente, afinal, quanto mais escura é à noite, mais perto está o
raiar de um novo dia. Essa é última etapa e está representada na
Terceira Viagem – a maturidade e a colheita dos bons frutos. Nesse
teatro alegórico o Obreiro pelas suas boas obras e conhecimento
apurado carece morrer para renascer em cumprimento à Lei
imutável da marcha do Sol. Será o ingresso no Oriente, lugar
simbólico de onde nasce a Luz para romper um novo dia. Vai o
Homem, ficam as suas obras que serão eternas na mente dos
pósteros. O Mestre ingressa no Oriente e dali, tal como o Sol,
espargirá as suas Luzes pelos quatro quadrantes da Terra – razão
pela qual o Mestre além de ocupar especificamente o Oriente,
ocupa também qualquer espaço na Loja (plenitude).
Em linhas gerais esse é o teatro imutável da Natureza.
Com os seus equinócios e solstícios produzidos pelo vai e vem do
Sol a partir do ponto de vista da Terra - dias longos e noites curtas
(o Verão); dias iguais em sua duração (a Primavera e o Outono);
dias curtos e as noites longas (o Inverno).
Assim, no Canteiro (Loja) estão dispostas às nove luzes,
acesas em número de acordo com o Grau. Isso significa que de
acordo com a evolução do Obreiro, a Oficina ficará mais iluminada
(daí o termo Luzes da Loja). Essa disposição alude à razão de que
dos doze meses, em três às trevas são mais intensas. Daí o sentido
alegórico de que o Inverno golpeia a Sabedoria (Luz), a despeito de
que, mesmo assim, sempre haverá prevalência da Luz sobre as
trevas, pois tão certa está a regra de que posteriormente à vida virá
à morte, certo também é que ao fim do inverno a vida ressurgirá (a
Lenda de Hiram).
Neste conceito místico associa-se o sistema doutrinário
simbólico do Rito Escocês Antigo e Aceito – O Aprendiz aprende o
ofício na Coluna do Norte; o Companheiro exercita as ferramentas
no trabalho ao Meio-Dia; o Mestre expressa a experiência
(Sabedoria) cumprindo o itinerário final ao passar pelo eixo do
Templo para adentrar no Oriente. Resume-se aí a perfeição
imutável da Lei Natural.
Ilustrando, disse uma vez o Irmão Voltaire ao se referir à
Natureza: “Para este relógio, deve existir um relojoeiro”.
Nesse sentido, a Lenda do Terceiro Grau na aquisição da
plenitude maçônica deixa belíssimas lições de Sociologia, Moral e
Ética. Primeiro: a divisão dos construtores em três classes sugere
ao Maçom a possibilidade de progresso, tanto pessoal quanto
social, todavia a regra é que antes da prática, vem o aprendizado –
sempre haverá um Mestre para ensinar (consciência). Segundo: a
fé de cada um deve ser respeitada. Mesmo assassinado o Homem,
a fé é imortal. Terceiro: nunca se deve pensar no progresso pessoal
sem que antes estejam irrestritamente cumpridas todas as etapas
sequenciais do aprendizado. O Homem deve fazer apenas aquilo
que ele sabe, deixando para os que sabem aquilo que ele ainda não
sabe fazer.
Por essas considerações é que existe essa estrutura
doutrinária, ritualística e litúrgica concernente à mensagem de
aperfeiçoamento proposta no simbolismo do Rito em questão, daí
um Aprendiz ingressar no Oriente em Loja aberta fere
completamente esses princípios, mesmo sob a alegação de que o
Oriente faz parte da Loja.
É certo que o Oriente dela faz parte, todavia nele deve
ingressar apenas aquele que conquistou a plenitude maçônica, ou
seja, aquele que viveu simbolicamente a Lenda de Hiram.
Procedimentos contrários a essa regra são equivocados e
antagônicos à razão proposta pelo Rito. A não observação desse
princípio colocaria a infância após a maturidade. Da mesma forma
um Companheiro tendo acesso ao Oriente significaria a maturação
antes da puberdade. Ora, é racional que a juventude antecede a
maturidade, porém nunca ao contrário. Afinal, antes do fruto virá a
flor. Da mesma maneira quem antecede a tarde é o período
matutino, assim como a tarde antecede a noite, a madrugada o
alvorecer, a primavera o verão, o Aprendiz o Companheiro e o
Companheiro o Mestre – os ciclos são imutáveis. Daí a razão, no
Rito, de que Aprendizes e Companheiros não adentrem no Oriente
em Loja aberta, ficando esse restrito àquele que já tiver passado
completamente pela senda iniciática. Sistematicamente, primeiro
nascer, passar pela infância, pela adolescência, pela juventude e
finalmente pela maturidade.
Dentro desse princípio é que os cargos em Loja são
restritos aos Mestres, já que os mesmos podem ocupar qualquer
espaço do Canteiro. Daí Aprendizes e Companheiros serem
impedidos de exercerem o ofício dessas funções. Agrava-se ainda
mais se os cargos forem exercidos no Oriente.
Qualificações que indiquem cargos ocupados por
Aprendizes e Companheiros nunca estiveram previstos
verdadeiramente no Rito. Se por ventura possa existir algum ritual
que equivocamente assim exare, certamente o mesmo não é
confiável. Da mesma forma, ele não deve mais estar em vigor.
Tocando no assunto de ritual em vigor, especificamente
nos do Grande Oriente do Brasil, nele os Aprendizes ocupam o topo
da Coluna do Norte, Companheiros o topo da Coluna do Sul e o
Mestres, o Oriente e o Ocidente. Isso está bem claro no tocante ao
item “Planta do Templo” inserido nos três rituais inerentes aos
respectivos Graus.
Infelizmente certas anomalias acabam se instalando
devido à quantidade de Irmãos presentes numa Sessão. Não em
raras vezes, ou por falta de número suficiente obreiros, ou sob a
alegação de instrução, a Loja acaba fazendo uso do elemento
humano disponível para o complemento dos cargos que por ventura
estejam vagos. Uma Loja para ser aberta carece da presença
mínima de “sete Mestres”. Com estes, Aprendizes e Companheiros
nem por precariedade, necessitam ingressar no Oriente. O Primeiro
Diácono, por exemplo, pode ser substituído temporariamente pelo
Secretário, enquanto que o Segundo, pelo Mestre de Cerimônias.
Antes que alguém possa questionar sobre a formação do pálio
nessa oportunidade, lamento informar que no Rito Escocês Antigo e
Aceito este verdadeiramente não existe.
Cabe também aqui uma última explicação relativa às
constelações do Zodíaco. Esse tema místico, não envolve
astrologia no sentido de ocultismo e adivinhações. Essa referência
em Maçonaria somente é feita para salientar o alinhamento da
Terra com o Sol e as respectivas constelações no movimento de
translação do nosso Planeta. Sob o ponto de vista terreno
aparentemente é o Sol se desloca no espaço, Isso devido à
inclinação do eixo terrestre e o seu plano de órbita. Desse
movimento aparente é que resultam as estações do ano opostas
conforme o hemisfério terrestre.
Desde as mais antigas civilizações o Homem observou a
eclíptica do Sol na esfera celeste, o que fez dele para o observador
uma espécie de divindade associada com a vida e a morte da
Natureza. Foi através dessa observação que o ser humano traduziu
os tempos propícios dividindo os ciclos em espaços que mais tarde
viriam a se traduzir em meses e destes cada qual com um número
certo de dias (calendário).
Para os Canteiros ou Construtores da Idade Média,
precursores da Moderna Maçonaria, reservada essa ressalva ao
Hemisfério Norte, onde nasceu a Maçonaria, os equinócios e os
solstícios se tornariam datas importantes sob o ponto de vista das
construções, das reuniões semestrais ou anuais, nos planos para
corte da pedra calcária, nos planos da obra, etc. O inverno sempre
foi impróprio para a atividade construtora. É por influência da Igreja
que as datas comemorativas a João, o Batista e o Evangelista são
coincidentes com os períodos solsticiais.
Resultante dessa relação com a alegoria das Leis
imutáveis da Natureza está à existência da circulação horária nos
ritos que a adotam, arrolada à tese com a “Marcha do Sol” em cujos
Templos Maçônicos se dão ênfase ao nascimento do Sol no Oriente
e o seu ocaso no Ocidente.
Sob o ponto de vista do Hemisfério Norte e a marcha do
Astro Rei, esse movimento aparente traz o imaginário de que
pareça existir pouca Luz no extremo norte do Hemisfério Boreal,
enquanto que no Sul a aparência é de mais iluminação (Meio-Dia).
Com base nesse deslocamento aparente é que no Painel da Loja
de Aprendiz e Companheiro aparece a alegoria de três janelas, uma
ao Oriente, outra ao Sul e outra no Ocidente. Por ser a banda mais
escura, no Norte simbolicamente não existe janela o que indica ser
lá o início da jornada dos Aprendizes (a Pedra Bruta, o Maço e o
Cinzel).
Finalizando o presente escrito, seguem as últimas
considerações.
Quando comentada a situação das Lojas Capitulares, sua
extinção e a permanência consuetudinária da balaustrada e o
Oriente mais elevado, foi com o propósito de mencionar uma
contradição com o escopo doutrinário do Rito Escocês. Infelizmente
essa anomalia traz até hoje uma incongruência ritualística durante
as cerimônias de Iniciação e Elevação no tocante ao juramento do
Aprendiz e do Companheiro. Essa situação topográfica induziu a
uma prática contraditória devido ao limite imposto ao espaço na
situação de outrora e permanente na atualidade. Isso fez com que
ficasse tolerado, embora equivocado, a presença no Oriente da Loja
do Aprendiz ou do Companheiro em apenas um momento
específico – no juramento. Piorando um pouco mais a situação,
muitos rituais ainda preconizam a entrega de paramentos,
instruções e preleções nesse momento iniciático sobre o Oriente.
Talvez com base nessas aleivosias contra o arcabouço doutrinário
do Rito é que alguns Irmãos “achem” que indiscriminadamente
Aprendizes e Companheiros possam adentrar o Oriente.
Obviamente que esse parágrafo não é justificativo para tal. Melhor
mesmo seria eliminar esse limite e voltar aos idos do ritual de 1.804,
entretanto se sabe perfeitamente que isso é meramente impossível.
Pelo menos por enquanto. Como dizem que a boca se entorta
conforme o hábito do cachimbo, que fique o Oriente demarcado e
nele a presença do Aprendiz e Companheiro seja apenas restrita ao
juramento. A título de esclarecimento e antes que alguém propor a
colocação do Altar dos Juramentos no centro do Ocidente para
resolver a questão, é imperioso se saber que o Altar dos
Juramentos fica originariamente colocado bem próximo e em frente
do Altar ocupado pelo Venerável Mestre (atual Oriente).
As afirmativas e negativas do “sim” e do “não” ocupam no
papel escrito apenas o espaço de três letras no idioma vernáculo.
Todavia antes dessas objetividades conclusivas, ponderações
acuradas e embasadas na solidez da verdadeira história serão
cuidadosamente observadas. Palmilhar o mosaico da pesquisa
maçônica é cansativo e depende muito de senso crítico, pois nada
está escrito claramente. Desvendar a mensagem do símbolo e da
alegoria colocada pelo autor não é prática fácil. Sob essa óptica,
centenas e centenas de rituais foram escritos ao longo dos anos,
desvendar o que neles está certo tem sido o mais difícil, até porque
destes, a imensa e grande maioria está repleta de opiniões
pessoais do tipo: “faça o que eu mando e não faça o que eu faço”.
A construção desse arrazoado tem o escopo único de
induzir o leitor à reflexão.
Pedro Juk
jukirm@hotmail.com
OUT/2011
3 – Deserção e baixa freqüência em Loja
Ir.'. Dagoberto Ladeira Machado
Venerável Mestre da A.'. R.'. L.'. S.'. Cavaleiros da Luz Nº 18 – Or.'. de
Itapoã – Vila Velha-ES
Repasse: Ir José Robson Gouveia Freire (Brasília)
DESERÇÃO E BAIXA FREQÜÊNCIA EM LOJA
(e por que não nos Altos Corpos?, acrescentaria!)
Os principais problemas de todas as Lojas são sempre os mesmos
de toda a Maçonaria: deserção e baixa freqüência dos IIr.'..
Entendo que o iniciado abandona a Ordem, porque teria sido
atingido por três males que, para simplificar, os identifico como: dois
de nascimento e um de crescimento.
De nascimento: o mal escolhido (o candidato foi indicado por ser
amigo do proponente e não por ter vocação; segue-se uma
sindicância imperfeita); e o mal iniciado (cerimônia com passagens
bisonhas; gracejos; visita a lugares estranhos e até exóticos).
De crescimento: o mal instruído (pobreza didática dos instrutores;
falta de leitura dos clássicos maçônicos; acesso a invencionices e
achismos). Este último item se agrava com a pressa na concessão
de “aumento de salário”. Ensinar “é transmitir conhecimento”.
Dispensar interstício é, assim, por demais prejudicial à formação do
iniciado maçom.
Em relação à freqüência, ela tem uma forte vertente: as motivações.
O maçom deve ir à Loja por amor e não por obrigação. O Venerável
tem que ser um líder, que entusiasma seus obreiros.
A loja tem que ter projetos (metas e meios) que não só tenham a
ver com a formação de seus quadros, mas também se refiram à sua
ação filantrópica e social, em cuja execução todos se envolvam.
A monotonia é cansativa e estressante. Mas a reinvenção é
animadora e cativante. A maçonaria não é o ócio. É o fascínio da
lapidação do principal produto do Criador – o homem, tornando-o
um “construtor social”.
A recomendação das sagradas escrituras é de que, em cada dia,
precisamos renascer. Pois a vida é ação. É trabalho. Quem se
entranhou de maçonaria sabe o quanto ela é superior dentre todas
as organizações humanas.
Lutar pela permanência dos irmãos, freqüentes e em atividade, no
seio da Fraternidade, é uma missão relevante do maçom. Deixar de
fazê-lo, é “mais do que uma infidelidade. É um perjúrio”.
As realizações maçônicas não foram e não serão medidas pelo
número dos seus membros e sim pela capacidade que eles tiveram
ou venham a ter no domínio de forças fenomênicas, nem sempre
visíveis ou sensíveis. Se uma escada fosse composta pelas três
formas do Conhecimento Humano, o degrau de cima seria o da
Filosofia, o do meio, o da Ciência e o primeiro, o da Tradição.
A Maçonaria independente do número de obreiros evoluiu por essa
escada e se perpetuou como tem evoluído e se perpetuado no
tempo. Exatamente porque exaltando a Tradição como a sua força
propulsora, ganhou um conhecimento maior e também um maior
domínio das demais forças da Mãe Natureza, possibilitadas que
foram pelo Saber em todas as suas formas de Conhecimento.
A Tradição é o primeiro degrau a ser escalado. Foi assim no
começo com uns poucos e também poderá e deverá sê-lo por todo
o sempre com qualquer número, nada havendo, pois a temer em
razão de vazios, desde que os antigos costumes sejam respeitados
e preservados.
4 – Destaques JB
SEMINÁRIO DE RITUALÍSTICA
DO RITO ESCOCÊS
O Secretário Estadual de Orientação Ritualística, Tochió Iwace e o Secretário
Adjunto para o Rito Escocês Antigo e Aceito, Antônio Almeida dos Santos,
do Grande Oriente do Estado de Goiás (GOEG) convidam para o
“SEMINÁRIO DE RITUALÍSTICA DO RITO ESCOCÊS”, a se realizar em
Goiânia no dia 29 de outubro de 2011 – sábado, das 08:00 às 16:00 horas.
O Seminário será ministrado pelo Irmão PEDRO JUK
.
Encerra-se hoje o 5º. Encontro de
Confraternização e do 1º. Encontro
Internacional de Cultura Maçônica
A Loja Alferes Tiradentes (Florianópolis) deu sequência ontem,
ao 5º. Encontro de Confraternização com a Loja Unión Y
Progresso nr. 9, de Encarnación, do Paraguai, iniciando com um
belíssimo passeio de escuna até a ilha de Anhatomirim, almoço
no Município de Governador Celso Ramos passando antes pela
baia dos golfinhos. O retorno ao trapiche da Praia de Canasvieiras
foi por volta das 16h00, sob encanto dos “hermanos”.
Às 20hoo na Associação da CIDASC, houve a excelente palestra
“Jerusalém, minha viagem, minha visão” ministrada pelo Ir
Almir El Haje, observando-se passagens históricas e misteriosas
pelos remotos tempos, tendo ao final o Ir. Amir sido aplaudido de
pé. A programação foi encerrada com jantar de confraternização
no mesmo local, havendo troca de lembranças entre as
venerabilidades paraguaia e brasileira. O deputado do Grão-
Mestre, Ir. João Eduardo Noal Berbigier, que atualmente responde
pelo Grão-Mestrado da GLSC foi agraciado com uma bela peça
arquitetônica de metal pela delegação paraguaia.
Hoje, sábado, será a vez do 1º. Encontro Internacional de
Cultura Maçônica, com a seguinte programação:
1º Encontro Internacional de Cultura Maçônica – ACADEPOOL
(Canasvieiras)
Dia 29/10/11 – Sabado::
Das 14h00 às 15h00:
Palestra: "História da Maçonaria em Santa Catarina":
Palestrante: Ir.·. Sigfrido Maus (ARLS.·. Alferes Tiradentes nº 20);
Das 15h00 às 16h00:
Palestra: "História de la Masoneria en Paraguay y Encarnación";
Palestrante: H.·. Carlos Aguero (ARLS.·. Unión y Progreso nº 9);
Das 16h00 às 16h30min.:
Intervalo para o café;
Das 16h30min. às 17h30min.:
Palestra: "Rito Escocês Antigo e Aceito";
Palestrante: Ir.·. Eleutério Nicolau da Conceição (ARLS.·. Alferes Tiradentes nº
20);
Das 17h30min às 18h30min.:
Palestra: "El Rito Escoces Antiguo y Aceptado en el Paraguay";
Palestrante: H.·. Isabelino Ruiz Diaz (ARLS.·. Unión y Progreso nº 9);
Das 18h30min. às 19h00 - Debates.
A partir das 20h00 - jantar de confraternização na Associação dos Funcionários do
DEINFRA, em Cacupé: Churrasco
Encerramento: às 23h00.
Traje: Esporte chic.
A cobertura do passeio de barco sairá na edição de amanhã,
acompanhada do Encontro Internacional de Cultura Maçônica.
Brasileiros e paraguaios chegando ao trapiche
da Praia de Canasvieiras.
Veja algumas fotos da palestra acessando o link picasa.
Se surgirem três faixas de segurança, clique na do meio para abrir as fotos.
https://picasaweb.google.com/111861652713235439847/LojaAlferesTirade
ntes5oEncontroConfrE1oInternacionalDeCultura?authkey=Gv1sRgCIPwo
ovCjtyJrQE#
Missa de Sétimo Dia
A família do Sereníssimo Irmão José Domingos Rodrigues
agradece as manifestações de solidariedade e pêsames por
seu falecimento, e convida parentes e amigos para a Missa de
Sétimo Dia, a ser celebrada às 18 horas deste dia
29.10.2011 (sábado), na Capela do Divino Espírito Santo,
na Praça Getúlio Vargas(Praça dos Bombeiros), nº 212 -
Florianópolis SC.
Agora, silêncio, por favor, eu estou ouvindo a
www.radiosintonia33.com.br
Rádio Sintonia 33 e JB News.
Uma dobradinha incrível.
Rede Catarinense de Informações Maçônicas
Do Ir Waldemar Henrique Dias, de Florianópolis:
PELA ENÉZIMA VEZ, NÃO VENHAM ME DIZER QUE ÊLES SÃO
IRRACIONAIS ..................
Assunto: Olha só que curtição!
SÓ VENDO!!!
Clica na imagem!
--
Templo Maçônico no centro de Dublin - Escócia
Não vale chorar!
Esta é realmente para fechar a cortina.
E nós muita vezes reclamamos da vida....
(a colaboração veio do Ir. Pantanali, de Joinville)
http://youtu.be/s6FxGEOeKUk

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  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 426 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era – GLSC Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz Praia de Canasvieiras Florianópolis (SC) 29 de outubro de 2011 Índice deste sábado* 1. Almanaque 2. No REAA os Aprendizes e Companheiros podem ingressar no Oriente? (Ir. Pedro Juk) 3. Deserção e baixa frequência em Loja (Ir. Dagoberto Ladeira Machado) 4. Destaques JB * Pesquisas e artigos da edição de hoje: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org Imagens: próprias e www.google.com.br
  • 2. Livros Indicados MARINA’S PALACE HOTEL Em Florianópolis visite o hotel da Família Maçônica na Praia de Canasvieiras. Rua Manoel Mancellos Moura esquina com Rua Madre Maria Vilac Reservas: (48) 3266-0010 – 3266-0271 Descontos especiais para os Irmãos:
  • 3. 1 – Almanaque Hoje, 29 de outubro de 2011, é o 302º. dia do calendário gregoriano. Faltam 63 para acabar o ano. Eventos Históricos:  4004 a.C. - Data calculada pelo bispo irlandês James Ussher para o término da criação.  1810 - Fundação da Real Biblioteca, hoje Biblioteca Nacional do Brasil.  1840 - Termina o Bloqueio francês do rio da Prata.  1916 - Primeira vitória do clube Vasco da Gama: 2 X 1 sobre a Associação Atlética River São Bento.  1923 - Proclamação oficial da República da Turquia, sucessora do Império Otomano, oficialmente extinto em 1 de novembro de 1922.  1928 - Fundação da cidade de São Tomé no Rio Grande do Norte, Brasil.  1929 o É considerado popularmente o início da Grande Depressão. o Lançamento da cerveja Polar, no Brasil.  1942 - Holocausto: protesto no Reino Unido denuncia os horrores da perseguição aos judeus pelos alemães.  1945 - Estado Novo: presidente Getúlio Vargas é deposto por militares de seu próprio ministério.  1956 - Início da Guerra do Suez: Israel invade a Península do Sinai e força as tropas do Egito para o outro lado do Canal de Suez.  1969 - O Hino do Estado do Pará se torna hino oficial por meio de emenda constitucional.  1978 - Todos os serviços de passageiros remanescentes da Canadian Pacific Railway são transferidos para a VIA Rail.  2004 - Osama bin Laden assume explicitamente a responsabilidade pelos ataques de 11 de Setembro. Feriados e Eventos cíclicos:  Dia da República (Cumhuriyet Bayramı), feriado nacional na Turquia que comemora a proclamação oficial da república  Dia Nacional do Livro no Brasil  Dia Mundial da Psoríase
  • 4. Históricos maçõnicos do dia: (Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1785: A Loja Randolph, de Richmond, na Virgínia, USA, recebe Carta Constitutiva. Sua sede tem sido usada para fins maçônicos, sem interrupções, desde a construção. 1923: O Irmão Kemal Atatürk, o Pai dos Turcos, responsável pela modernização do seu país, é eleito primeiro presidente da Turquia. 1999: O Soberano Grão-Mestre Geral Francisco Murilo Pinto, reconhecendo como ilegal a expulsão de irmãos pela GLMERJ em 30 de janeiro de 1997, regulariza todos eles no Grande Oriente do Brasil.
  • 5. 2 – No REAA Aprendizes e Companheiros podem ingressar no Oriente? Opinião - Ir Pedro Juk Morretes – PR. - Contato: jukirm@hotmail.com No meu ofício de ministrar palestras, seminários, cursos e outros afins além de consultorias relativas à Maçonaria em geral e do Rito Escocês Antigo e Aceito em particular, tenho me deparado com situações inusitadas. Dentre algumas, um sinal de socorro das queridas cunhadas através das luvas femininas, óbolos recolhidos em cestas como se o Hospitaleiro fosse um vendedor de cocadas, pomba cercada (1° Diácono), erguer a bolsa de propostas e informações e de solidariedade na altura do ombro, confundido o verbo suspender (parar) com elevar, etc. Há uns dias atrás chegou as minhas mãos através de um consulente uma resposta que ele recebeu de outro consultor a respeito da possibilidade de que no Rito Escocês Antigo e Aceito Aprendizes e Companheiros ingressem no Oriente em Loja aberta. A resposta que ele recebera confirmava textualmente esse procedimento, com alegações de que o Oriente fazia parte da Loja, que o Aprendiz lá poderia receber homenagens, ser apresentado às Três Grandes Luzes, além de outras homenagens. Tudo segundo a vontade do Venerável. Afirmava ainda o consultor que o Aprendiz só não poderia sentar-se no Oriente. Quanto aos Companheiros a justificativa era de que estes poderiam inclusive assumir cargos em substituição ao Mestre Primeiro Diácono, aos Mestres Porta Bandeira e Porta Estandarte, ou do Mestre Porta Espada, pois em sendo assim o Companheiro teria inclusive assento no Oriente. Como em minha opinião essa resposta está completamente equivocada, além de desprovida de qualquer justificativa concreta e no intuído de instigar uma reflexão a respeito do assunto, seguem os meus comentários.
  • 6. Antes de explanar o texto escrito em resposta, acho oportuno fazer um pequeno resumo do Rito Escocês Antigo e Aceito. Um rito não pode ser considerado como propriedade desta ou daquela Obediência, porém um Rito é universal, por conseguinte é adotado pelas Obediências. Infelizmente o belo Rito Escocês na adoção das diversas Obediências acabou sofrendo enxertos e opiniões próprias num desgaste ritualístico que o fez em não em raras vezes uma verdadeira “colcha de retalhos”. As origens do escocesismo têm sua raiz em 1.649 na revolução puritana de Cromwell na Inglaterra e a deposição dos reis católicos conhecidos como “Stuarts” originários da Escócia. Dessa contenda os perdedores buscaram refúgio na França onde receberam asilo, mais propriamente na localidade denominada Saint Germain en Laye. Por conta dessa situação viriam a surgir movimentos conspiratórios para retomada do trono a exemplo dos chamados Guardas Irlandeses que sob a capa de Lojas Maçônicas buscariam a recondução dos reis católicos ao comando da monarquia inglesa. É justamente aí que teve início, em solo francês, o desenvolvimento do germe do Rito em questão que, apesar do nome “escocês”, rompeu a sua marcha existencial na França. Seguem-se os acontecimentos históricos relativos ao trono inglês, entretanto esse fato não é mote do presente escrito, assim, apesar de importante, não merece aqui ser comentado, embora o sistema maçônico originário desses acontecimentos acabasse se solidificando na França. Naquela oportunidade o aparelho distintivo do escocesismo seria a criação dos chamados “Altos Graus”, muito embora esse aparelho fosse não a raras vezes conveniente e, em outras com a intenção de aristocratizar e premiar maçons com títulos pomposos, bem ao gosto de grande parte da galante Maçonaria Francesa da época – o Discurso de Ramsay é um exemplo. Preocupação com a verdadeira tradição da Maçonaria ficaria relegada ao segundo plano, tanto que o escocesismo naquela oportunidade não possuía nenhum grau simbólico identificado. É relativo a esse período (Século XVIII) que surge a catalogação dos documentos tidos como fundamentais do
  • 7. escocesismo e a origem dos Altos Graus, porém não ainda como Rito, fato esse que viria ocorrer apenas no início do Século XIX. Dentre os principais documentos fundamentais estão o Discurso de André Miguel de Ramsay de 1.737 e publicado em 1.738; o Capítulo de Clermont criado em Paris no ano de 1.754, o Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente fundado também em Paris por Pirlet no ano de 1758 impondo um sistema de Altos Graus em um limite de vinte e cinco graus, cuja resolução seria oficialmente escrita nos Estatutos de 1.762 – Rito de Perfeição ou de Héredom; a Patente de Ettiénne Morin em 1.761; os Novos Institutos Secretos e Fundamentais que falsamente foram atribuídas a Frederico II, originalmente constituídos em 1.786. Obviamente isto é apenas um resumo dos fatos, já que os mesmos carecem de judiciosa atenção na complexidade de um mosaico histórico pertinente ao episódio. Também não há como não se considerar os acontecimentos maçônicos que acorreriam paralelos aos da França a partir do primeiro quartel do Século XVII no tocante à Maçonaria Inglesa, ou seja, a criação em 1.717 da Primeira Grande Loja em Londres inaugurando o primeiro sistema Obediencial no mundo e que fizera profundas alterações na prática maçônica tradicional herdada dos chamados Antigos. Devido a esses acontecimentos, surgiria então no ano de 1.751 Segunda Grande Loja na Inglaterra, fundada pelo irlandês Lawrence Dermott em oposição a Primeira Grande Loja. Das escaramuças dessas duas Grandes Lojas apareceriam dois sistemas ritualísticos maçônicos que ficariam conhecidos como os “Modernos” de 1.717 e os “Antigos” de 1.751. Modernos, alcunha a eles atribuída pela Segunda Grande Loja, devido à acusação de terem os mesmos alterados os costumes, bem como descristianizarem as práticas ritualísticas. Em contra partida, os contestadores das “práticas modernas” se autodenominariam como “Antigos”, alegando estes permanecerem, fiéis aos costumes tradicionais. Contendas à parte, essas duas Grandes Lojas viriam posteriormente se fundir no que resultaria, a partir de 1.813, na atual e conhecida Grande Loja Unida da Inglaterra.
  • 8. Embora possa parecer ao leitor que houve um desvio da intenção desse arrazoado ao se abordar fatos ocorridos nas Grandes Lojas inglesas, ao contrário e distante do escocesismo, essas conotações serão pertinentes para justificativa futura e uma melhor compreensão do fato. Dadas essas considerações, o sistema francês de maçonaria ficaria coeso com práticas inglesas dos “Modernos” de 1.717, ou aqueles que alteraram substancialmente os costumes ritualísticos. É bom que se diga que a principal razão pela qual Primeira Grande Loja em Londres (Modernos) alterou os costumes, foram as “publicações espúrias” e as “revelações”. Estas se constituíam em revelar o formato de trabalho maçônico, tanto nos jornais diários, ou através de escritos formatados como é o caso da famosa “Masonry Dissected” de Samuel Prichard e a “Ordem dos Francos Maçons Traída” por Abade Perau. Essas revelações renderiam muito dinheiro aos delatores, ao mesmo tempo em que causariam uma revolução nos meios maçônicos. Poder-se-ia dizer, que esse seria o elemento básico na alteração dos costumes pela Primeira Grande Loja. Obviamente, não houve consenso para tanto, de tal maneira que em breve apareceria uma Segunda Grande Loja contestando as práticas alteradas que às denominou de “práticas modernas”. O interessante é que nem mesmo essas duas Grandes Lojas escapariam das “revelações”. Consonante aos Modernos apareceria a “exposure” denominada “Jackin and Boaz” – no próprio título aparece a modernidade na inversão das Colunas Gêmeas. Enquanto que para os “Antigos” a revelação denominava-se “The Three Distinct Knocks”, ou As Três Batidas Distintas. Essas revelações eram normalmente publicadas nos diários londrinos. Como ilustração houve um fato pitoresco naquela oportunidade, pois foi exatamente dessas “obras espúrias”, mais precisamente da intitulada “Jackin and Boaz” que um famoso maçom contemporâneo dos fatos, comprava essas publicações e criou um rito, hoje até bem conhecido aqui no Brasil, porém pouco praticado no seu País de origem, embora alguns “manos” brasileiros andarem querendo lhe atribuir certa antiguidade e tradição (em respeito ao Rito, não se dará aqui o seu título).
  • 9. Retomando, a Maçonaria Francesa adotaria a prática dos Modernos, desconhecendo a outra antagonista (dos Antigos). Daí a inversão das Colunas B e J e a eliminação de preces e orações, dentre outros aspectos que a identificam. Assim, o aperfeiçoamento maçônico francês tomou por base doutrinária a relação e investigação das Leis da Natureza, cujo corolário se aproxima em muito do conceito filosófico denominado “deísmo”, além de outras práticas aderidas pelo regionalismo e a cultura, bem como uma relação política própria determinada pelo Anticlericalismo, pelo Século das Luzes, e pelo Esclarecimento. Sob essa óptica é que a Maçonaria Francesa se diferenciava completamente da prática dos Antigos, como dito anteriormente. Essa vertente se apresentaria claramente pelo próprio rótulo dado ao principal rito na França - o “Francês, ou Moderno”. Essa vertente adotaria então três graus do franco maçônico básico (o termo simbolismo ainda era desconhecido) e mais quatro graus ditos superiores, ficando então conhecido o Rito como o dos “Sete Graus”. Alguns historiadores revelam ainda que foi pela desordem apresentada no que tange a uma verdadeira enxurrada de Graus na França à época é que fora imposto o limite dos sete graus. Paralelamente aos acontecimentos se desenvolvia também em solo francês por boa parte do Século XVIII o sistema dos Altos Graus que posteriormente seria conhecido como o Rito de Perfeição, ou de Héredom, com os seus decantados vinte e cinco graus. É dentro desse preceito diferenciado na Maçonaria Francesa, que os praticantes desse sistema ficariam conhecidos pela alcunha de “escoceses”, cujo reflexo ainda se fazia presente devido à origem ligada aos acontecimentos anteriores que sugeriam a recuperação do trono inglês pelos “Stuarts” – católicos também rotulados como “jacobitas”. A despeito dessa identificação como “escoceses” - alcunha aos praticantes dos Altos Graus na França - essa arte não possui qualquer elo com a Maçonaria da Escócia, ou com a Grande Loja da Escócia. Da mesma maneira, não havia ainda o título de rito conhecido como Escocês Antigo e Aceito. Ainda no Século XVIII (1.761), no intuito de dispersar o Sistema dos Altos Graus para fora da França era expedida a carta patente conhecida como a “Patente de Morin” chegando até a
  • 10. América Central (Haiti – Colônia Francesa) e dali para os Estados Unidos da América do Norte. Dentro desse contexto que não cabe aqui relatar todos os fatos pela sua complexidade, apareceriam os personagens como importantes para a criação agora do Rito Escocês. Dentre outros o Conde Grasse Tily, Frederic Dalcho, Delarrogue, Isaac Himan Long e John Mitchel. Dados os acontecimentos da Guerra dos Mulatos, esses personagens rumariam para os Estados Unidos da América do Norte que tinha acabado de conquistar a sua independência, e lá planejaram a fundação de um Supremo Conselho como mãe do mundo. De posse da Patente de Morin, estes forjariam, invocando o nome de Frederico II, o Grande, Rei da Prússia (que, diga-se de passagem, nunca teve nada com isso) como autor das Constituições. O nome de Frederico fora usado por questões políticas, pois o Rei era tomado por grande simpatia pelo povo norte-americano. A Constituição forjada alterava o Rito de Perfeição com os seus originais vinte e cinco graus disfarçada por uma pretensa criação dessa Constituição por Frederico II que instituía não apenas vinte e cinco graus, todavia, trinta e três. À bem da verdade esse embuste já foi exaustivamente desmascarado pela história autêntica. Nesse particular Frederico II nunca aprovou qualquer grau acima do terceiro e, quando da redação da Constituição, o mesmo já estava em leito de morte. Infelizmente, apesar das provas incontestáveis, muitos Irmãos ainda teimam em propagar essa farsa relacionada à história do Rito. Dessa maneira, fundamentado sob essa perfídia, seria fundado em solo americano o Primeiro Supremo Conselho Mãe do Mundo do Rito Escocês Antigo e Aceito, em 31 de maio de 1.801, sobre o paralelo 33 da Terra, em Charleston, na Carolina do Sul. Certamente esse acontecimento viria impactar a França devido à perda do original sistema dos Altos Graus. É então que no ano seguinte (1.802) seria fundado em Paris o Segundo Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito. Ainda sobre o Primeiro Supremo Conselho, nos Estados Unidos a prática do Rito Escocês Antigo e Aceito, não possuía originalmente os graus simbólicos, já que a base maçônica era
  • 11. praticada indistintamente nas Lojas Azuis norte-americanas que praticavam, e praticam ainda hoje, o Rito de York (americano) – não confundir com o praticado no Brasil que é o Trabalho de Emulação (inglês). Assim, como nome de Rito, o Escocês nascia sem graus simbólicos, sendo praticado do quarto grau até o trigésimo terceiro. O seu simbolismo era preenchido pelo Rito de York. Esse Rito, o York, organizado por Thomas Smith Web, embora praticado em solo americano, ele é originário da Inglaterra, cuja prática é referendada pelo formato dos “Antigos” - aquele da Segunda Grande Loja da Inglaterra (1.751), anteriormente já citado. O que ocorreria na França após a fundação do Segundo Supremo Conselho em Paris é que o Grande Oriente da França que praticava especialmente o Rito Moderno, ou Francês – o dos sete graus, em dado momento encamparia primeiro o simbolismo do Rito Escocês Antigo e Aceito e a posteriori, num futuro não muito distante, também os ditos graus superiores até o Grau 18, ficando sob a tutela do Segundo Supremo Conselho apenas os graus acima deste (Kadosh e Consistório). Por ocasião desse fato, apareceriam então as chamadas Lojas Capitulares – do Grau 01 até o Grau 18 sob o comando do Grande Oriente da França. Dados esses acontecimentos, o Rito Escocês Antigo e Aceito na França carecia de um ritual simbólico, dada a diferença do que acontecia com o Rito na América do Norte, cuja prática simbólica era feita através das Lojas Azuis. Maçons franceses de volta à França se depararam com esse problema, sobretudo porque a Maçonaria Francesa desconhecia quase que por completo essa prática “Antiga” do Rito de York. Então em 1.804 seria criado o “primeiro ritual” simbólico do Rito Escocês Antigo e Aceito, sendo que esse viria sofrer uma forte influência da prática americana. É dessa época que aparece o vocábulo distintivo de “simbolismo”, razão pela qual que até então o “franco maçônico básico” era somente conhecido como “maçonaria azul”. Esse primeiro ritual, por influência dos maçons egressos do solo americano, acompanhava em grande parte a prática “antiga” do Rito de York o que daria ao cerimonial, segundo alguns historiadores, uma feição “anglo-saxônica”. Fazendo um aparte no raciocínio, o termo “maçonaria azul” nada tem a ver com a cor específica de um rito, senão a prática dos
  • 12. três graus simbólicos que eram assim conhecidos até aquela oportunidade. Ainda sobre a questão relativa ao primeiro ritual simbólico do Rito Escocês, houve também a necessidade de se fazerem adaptações que pudessem vir ao encontro da estrutura doutrinária do Rito, já que o sistema francês de ensinamento como comentado anteriormente, embora com o mesmo objetivo especulativo, era - e ainda é - diferente do outro princípio, o inglês, cujo Rito, o de York (americano) é também filho espiritual. Nesse sentido a topografia do Templo inerente ao primeiro ritual simbólico do Rito Escocês, acabaria por adquirir características próprias. Seguem alguns dos principais exemplos: as Colunas J e B invertidas na França em atenção aos “Modernos”, no Rito Escocês ficaram mantidas na forma antiga – B a esquerda de quem entra e J à direita; a porta da Sala da Loja ficou no centro da parede ocidental, agora diferente do sistema “antigo”; adotou-se um eixo imaginário que divide o espaço em dois hemisférios – Coluna do Norte e do Sul (conceito francês); devido à posição da porta de entrada o Primeiro e Segundo Vigilantes ficariam posicionados no Ocidente, um ao Norte e outro ao Sul (formato francês); não existia a identificação do Oriente por balaustrada (formato antigo); o piso do Templo era todo no mesmo nível, reservando-se o desnível apenas para o sólio por três degraus (formato antigo); o Painel do Grau no centro da Loja. Com relação aos cargos e particularidades dos seus integrantes – dentre os mais importantes - aparecem às figuras do Orador, e dos Expertos (inexistentes no sistema antigo); os Diáconos não portam bastão (no formato antigo estes portam varas); ficaria então sacramentado o cargo de Mestre de Cerimônias (também inexistente no sistema dos Antigos); além de outras particularidades não menos importantes, porém que não cabem aqui considerações. É sempre bom citar que essas alterações e adaptações, além de possuírem um cunho cultural e político-social, asseveram, sobretudo, a qualificação para cumprir o sistema doutrinário do Rito que se alicerça na transformação do Homem comparando essa tese ao processo investigativo da Natureza e os seus ciclos imutáveis. Em 1.810 apareceria uma Grande Loja denominada Mãe Escocesa que ordenaria a conjuntura inerente ao Rito Escocês. Essa Grande Loja teve vida efêmera, a despeito de que houve anteriormente e, portanto, faze parte do contexto histórico, uma Loja Mãe Escocesa em Avinhão, e outra em Marselha. O fato merece
  • 13. ser citado para salientar que não era novidade essa preocupação como o Rito e a sua prática diferenciada do sistema Moderno tão bem conhecido em solo francês. Segue outro apontamento não menos importante que faz parte da equação inerente às considerações sobre o mote dessa questão. Anteriormente já exposto o Grande Oriente da França, conforme o andamento dos acontecimentos teve naquela oportunidade sob a sua tutela o Rito Escocês Antigo e Aceito até o Grau 18, fato que o obrigou a criar as “Lojas Capitulares” na intenção de acomodar o sistema escocês até o último Grau Capitular. Essa particularidade faria com que no primeiro quartel do Século XIX ocorressem outras alterações para suprir a prática ritualística capitular. Nesse sentido, aparecem no Templo do Rito o Oriente elevado e a Balaustrada que passa, a partir daí, fazer uma divisão de quadrante no espaço da Sala da Loja. Assim é que as concepções litúrgicas dos portadores do Grau Capitular viriam atingir diretamente o simbolismo (o sistema inglês rechaça veementemente esse tipo de interferência no Franco Maçônico Básico). Dadas essas explanações as Lojas Escocesas, não obstante sua origem católica (a cor vermelha do cardeal) viria se reforçar ainda mais no tocante a decoração “encarnada”, agora bem definida na prática Capitular. Todavia, não só no aspecto decorativo, também ficariam adaptados alguns posicionamentos relativos aos cargos na Loja. Em linhas gerais, é a partir daí que os Templos do Rito Escocês Antigo e Aceito passam a tomar esse formato, rotulado por alguns exegetas como a sua vertente latina. É desse conjunto contextual histórico que o simbolismo do Rito em questão se associa com o feitio doutrinário francês adotando na sua conjuntura eclética, dentre outras, certa posição deísta no tocante a prática investida de um ideário comparativo com as Leis da Natureza e que, em linhas gerais, associa o Homem como elemento primário do Canteiro (Loja). Segue aqui então uma última consideração que faz parte desse contexto histórico alusiva aos primórdios do simbolismo do Rito Escocês Antigo e Aceito.
  • 14. A tutela do Grande Oriente da França sobre o sistema escocês Capitular não seria eterno. Assim, o Segundo Supremo Conselho, o da França, não tardaria a reivindicar para si o governo dos Altos Graus no tocante àqueles que lhe haviam escapados. Fato esse que viria acontecer de modo irremediável já a partir do segundo quartel do Século XIX. Como que se as coisas voltassem ao seu devido lugar, o simbolismo do Rito Escocês ficou sob o governo do Grande Oriente da França, enquanto que o Supremo Conselho passou a ter sob a sua responsabilidade os graus de Perfeição, Capitulares, Kadosh e Consistório (do Grau Quatro até o Grau Trinta e Três). Terminariam assim as então conhecidas Lojas Capitulares. Com o fim dessas Lojas, uma disposição topográfica, ainda Capitular, no Templo acabaria por permanecer consuetudinariamente no simbolismo do Rito e que se tornaria então a raiz de uma anomalia que tem dado interpretações equivocadas, principalmente no tocante à senda iniciática que envolve os graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre e a relação entre o Oriente e o Ocidente da Loja – o Oriente elevado e a balaustrada divisória. Mesmo com a extinção das Lojas Capitulares a divisão e desnível do Oriente acabariam por ficarem inertes nos Templos do simbolismo até os dias atuais. Ainda dentro dessa recomposição, o Rito Escocês na sua vertente “antiga” (de Antigo no título), manteve as Colunas B e J na forma tradicional. Assim também o Segundo Vigilante em respeito a essa tradição voltava a ocupar o meridiano do Meio-Dia, bem como a dialética ritualística ficaria mantida com base nos “Antigos” (é a que conhecemos ainda hoje na abertura e fechamento da Loja). Também no tocante à tradição “dos Antigos”, Apareceria a transmissão da Palavra como alegoria relativa aos Canteiros Medievais, os seus ancestrais oficiais de chão (Diáconos) e a verificação da Obra. No tocante ao simbolismo do Rito Escocês e o cumprimento do sistema doutrinário alusivo aos ciclos imutáveis da Natureza (nascimento, vida e morte) são introduzidas no Rito e, por conseguinte na topografia do Templo as doze Colunas Zodiacais, cujo objetivo é o de associar as relações cíclicas da Lei Natural no espaço de um ano (Primavera, Verão, Outono e Inverno). É dessa alegoria simbólica que se dá às bandas definidas pela divisão longitudinal e abstrata da Sala da Loja (equador) o título de Colunas
  • 15. do Norte e do Sul. Não menos importantes dentro desse contexto as Colunas Solsticiais (B e J) marcam os trópicos de Câncer ao Norte e Capricórnio ao Sul. As relações solsticiais e equinociais estão presentes nas provas iniciáticas da Terra, Ar, Água e Fogo e na Câmara de Reflexão como elemento terreno e ponto de partida para o apólogo da transformação e do nascimento de uma nova vida. É a senda iniciática dos três graus – Aprendizes no Topo da Coluna do Norte, Companheiros no Topo do Sul, e os Mestres que, além de lugar reservado (Oriente) estão dispersos por toda a face da Terra. É dentro dessa conjuntura que o Rito Escocês Antigo e Aceito mantém a sua espinha dorsal até a atualidade, muito embora ainda sofra indiscutivelmente influências e enxertos de outros ritos e sistemas, sobretudo aqui no Brasil onde lamentavelmente foram editadas centenas de rituais que em não raras vezes vieram com o objetivo maior de suprir mais os anseios dos regulamentos e constituições das Obediências nacionais do que atender as propostas intrínsecas emanadas da pureza do Rito. Essa questão embora pareça secundária, é muito mais séria do que possa parecer, até porque muitos Irmãos ainda têm nesses escritos uma fonte equivocada do que é “justo, belo e verdadeiro”. Talvez assim pensem alguns apenas e tão somente pelo fato de terem sido esses rituais um dia, oficiais nas Obediências que os aprovaram. A questão é que em termos de história da origem do Rito, ela é uma e única só, pois não foram criados, digamos, vários ritos escoceses, para este ou aquele Grande Oriente, ou Grande Loja. Infelizmente e ao contrário é que ao longo dos tempos as Obediências Maçônicas ao adotarem o Rito Escocês o desfiguraram tanto a tal ponto dele, às vezes, ser rotulado como uma verdadeira “colcha de retalhos”. Obviamente essa referência não é feita ao belo Rito Escocês, porém aos rituais ultrapassados e descompromissados com a História que ainda campeiam o fértil solo maçônico como verdadeiras carcaças dos dinossauros de antanho. Dadas essas considerações, segue agora um resumo do significado e da proposta doutrinária da vertente francesa pela qual faz parte o Rito Escocês Antigo e Aceito.
  • 16. A doutrina iniciática dessa vertente associa o Homem dentro da Maçonaria Especulativa como a “pedra” nas construções do passado. A pedra bruta tal qual aquela retirada da jazida, em linhas gerais era o elemento primário, ou o material básico para a elevação da construção (assim são os tijolos de hoje em dia). Na comparação entre a Pedra Bruta e a Esquadrejada há uma sugestão entre o elemento tosco e o elemento trabalhado com as verdadeiras obras de arte que sempre se destacaram pela sua beleza e estabilidade o que, em resumo, destaca a sabedoria do Artífice na arte de construir. É exatamente dessa Maçonaria Operativa que somos herdeiros especulativos, de tal maneira que os instrumentos de trabalho, o canteiro (Loja atual), os compromissos legais, políticos e culturais de acordo com as latitudes terrenas são relembrados nos detalhes alegóricos e iniciáticos na Moderna Maçonaria. É sob essa óptica a que viriam aparecer a partir do Século XVIII os Ritos Maçônicos e Trabalhos no “Craft” 1 . Na Maçonaria Francesa, de onde o Rito Escocês Antigo e Aceito é filho espiritual, essa linha de aperfeiçoamento da “pedra” que na Moderna Maçonaria é o próprio Homem, está bastante conectada com o Século das Luzes, com o Iluminismo, com os Enciclopedistas, com o Positivismo, com os ideais libertários dos Pensadores e Filósofos, além das manifestações dos seguidores do Hermetismo, Rosa-Cruzes, da Alquimia Mística e até mesmo Mitráica (do Mitraísmo persa) e os Cultos Solares da antiguidade - base da grande maioria das religiões conhecidas. Por fim da forte influência no Rito da cultura hebraica. Por esse conjunto doutrinário maçônico, ao contrário do que muitos ainda pesam, não se prega o agnosticismo, entretanto, sem dogmas, uma relação estreita como o deísmo. Esse fato conduz essa vertente a uma estrutura doutrinária de edificação especulativa, portanto maçônica, enveredada para uma forte relação com a Natureza e a sua investigação (o Criador e a Obra Universal). Dentro dessa conjuntura o Rito Escocês Antigo e Aceito no seu simbolismo revive alegoricamente esse “teatro natural” 1 Trabalhos no Craft – Na Inglaterra não se reconhecem “ritos”, porém “trabalhos”. Daí seria impróprio à definição do nome de um rito na cultura maçônica inglesa. O Craft corresponde à Associação, ou o Grêmio. Daí é errado, por exemplo, o uso do termo Rito de Emulação, senão o correto que seria o Working, ou o Trabalho de Emulação.
  • 17. induzindo o Iniciando de maneira figurada à observação dos acontecimentos produzidos pelas etapas da Natureza, considerando o Homem como parte integrante desse imutável processo de transformação. Esse elemento alegórico se apresenta com evolução do Maçom através dos Graus de Aprendiz (infância e adolescência), de Companheiro (a juventude) e do Mestre (a maturidade). O resumo figurado dessa senda está em que o elemento morra (a semente) na escuridão lúgubre da Câmara de Reflexão (seio da Terra) para renascer um dia na Luz. Essa seria a tese do primeiro ciclo de transformação, daí a riqueza da simbologia exposta na Câmara que, dentre outras, alerta para a efemeridade da vida, sua transmutação e a purificação pelos elementos. As frases nela contida soam como alerta para efemeridade da vida terrena. Nesse simbólico teatro iniciático o Candidato se faz apresente como uma espécie de ator principal. A Câmara que também simboliza uma masmorra preconiza o local onde devem ficar presas as manifestações de exterioridade humana. À bem da verdade a semente é depositada no seio da Terra que um dia ficará viúva do Sol na esperança de se perpetuar a vida e a produção dos bons frutos. Nessa alegoria é que se justifica o vocábulo “neófito” (do latim: neóphytos = plantado recentemente). Há que se notar que esse preparo simbólico antecede os próximos ciclos, pois na Natureza é a planta que produz a flor e dela se reproduz o fruto. Deste sai à semente para morrer e renascer dando reinício ao novo ciclo. É impossível inverter esse ciclo. Na série alegórica comparativa o Candidato representa os ciclos da vida humana – a geração na Câmara de Reflexão, a infância na primeira viagem, a juventude na segunda e a maturidade na terceira. Todo esse teatro alegórico representa a síntese da marcha do Obreiro na busca do aperfeiçoamento, cujos espaços temporais estão simbolicamente ligados sequencialmente aos três graus. Na Luz tênue que ilumina o Norte, o Iniciado começa então representar esses ciclos apresentados durante o ato da Cerimônia de Iniciação. Enfim, começa uma caminhada que sugere a busca da
  • 18. Luz (Sabedoria), cuja plenitude um dia será alcançada, contudo se cumprida à jornada passando sequencialmente pelos outros dois graus iniciáticos – a Elevação e a Exaltação. É imperiosa a regra de cumprimento das etapas, o que sugere que para alcançar a plenitude da Luz, ou a Sabedoria, o artífice especulativo (Aprendiz) no seu exercício dentro do Canteiro terá que ser forte (a Força). Essa força exprime a vontade e o apoio pelo seu aprendizado merecido na sua passagem pela Coluna do Norte (1º Vigilante). Em sendo ele forte estará possibilitado para ultrapassar os obstáculos surgidos da inexperiência daqueles que passam pelo começo da vida. Se bem compreendia a “arte” o artífice, agora qualificado será capaz de elevar a Obra na Luz do Meio-Dia (a passagem do Sol pelo meridiano). Agora Companheiro, já senhor das suas obrigações terá como pragmática a juventude, a ação e o trabalho para concluir a Obra que certamente será bela e duradoura em todo o seu esplendor (Beleza – 2º Vigilante). Passado o ciclo da “juventude” e a produção dos bons frutos, deles restará por fim a experiência da vida - a maturidade prenuncia a morte (Meia-Noite) para renascer na plenitude da Luz - a Sabedoria adquirida ao longo da efêmera vida (Exaltação do Mestre e a Lenda do Terceiro Grau). Todo esse palco teatral emblemático está correlacionado com misticismo da parábola da Natureza, não obstante de que dela o Homem também é importante parte integrante. Essa representação está aparelhada por símbolos e alegorias dispostas e fixas no canteiro de trabalho (a Loja) como elementos estáveis para a compreensão do artífice. Dentre estas, a trilha e as etapas na jornada percorrida pelo Obreiro está representada pelas doze Colunas Zodiacais. Ciclo a ciclo é relatado através dos sítios a serem percorridos. Aliás, essas Colunas têm sido por muitos tratados com relativo desdém, isso se acredita que é pela mera falta de compreensão da sua verdadeira existência no Templo do Rito Escocês Antigo e Aceito. É comum se ver Irmãos deliberando a respeito e tratando do assunto como se as mesmas fossem meros elementos decorativos. Outros ainda, mais afoitos, às definem como elementos estruturais de sustentação da abóbada – pura falta de conhecimento.
  • 19. À bem da verdade as Colunas Zodiacais representam os Ciclos da Natureza no Hemisfério Norte (neste fora criado o Rito). Conforme as suas posições, partindo da parede ocidental pelo topo da Coluna Boreal às três primeiras representam a Primavera (ressurreição, renascimento), enquanto que as outras três, o Verão. Cabe aqui uma pequena explicação sobre o vocábulo topo nessa resenha. Topo do Norte é toda a parede boreal que começa a partir do canto com a parede ocidental até a grade (balaustrada) do Oriente. Quanto ao Topo do Sul esse compreende toda a parede austral que começa na balaustrada do Oriente e vai até o outro canto formado com a parede ocidental. Dadas essas assertivas, a passagem do Aprendiz pela Coluna do Norte implica simbolicamente que os ciclos da vida humana estão correlatos ao simbolismo das estações do ano. Ao Norte, as três primeiras alusivas às constelações de Áries, Touro e Gêmeos determinam a Primavera, ou o renascimento da Natureza após o ciclo invernal. Esse passo é o início da jornada e simula a infância - Primeira Viagem. As outras três seguintes indicam às constelações de Câncer, Leão e Virgem – os meses que compõem o Verão. Esse ciclo sugere o fogo da adolescência e o final da primeira etapa da vida. Aproxima-se a porta da juventude – ainda a Primeira Viagem e o fim da passagem pelo topo da Coluna do Norte. A jornada seguinte menciona agora o topo da Coluna do Sul. As três primeiras Colunas, partindo da grade do Oriente, relacionam-se com as constelações de Libra, Escorpião e Sagitário. Esse ciclo natural compreende o Outono e arrola o Grau de Companheiro (Juventude). Desbastada a pedra o obreiro trabalhará agora na elevação da obra, o que sugere a produção, a ação e o trabalho. É a passagem da teoria para a prática – Segunda Viagem. Fechando a passagem pelo topo do Sul, as últimas três Colunas representam as constelações de Capricórnio, Aquário e Peixes – o Inverno, ou o final do trabalho e a experiência adquirida. O tempo frio cai sobre a mãe Terra e esta fica viúva do Sol. Os dias serão curtos e as noites longas. Alude esse ciclo à Meia-Noite e a morte da Natureza que em um futuro não muito distante reviverá novamente, afinal, quanto mais escura é à noite, mais perto está o raiar de um novo dia. Essa é última etapa e está representada na Terceira Viagem – a maturidade e a colheita dos bons frutos. Nesse teatro alegórico o Obreiro pelas suas boas obras e conhecimento
  • 20. apurado carece morrer para renascer em cumprimento à Lei imutável da marcha do Sol. Será o ingresso no Oriente, lugar simbólico de onde nasce a Luz para romper um novo dia. Vai o Homem, ficam as suas obras que serão eternas na mente dos pósteros. O Mestre ingressa no Oriente e dali, tal como o Sol, espargirá as suas Luzes pelos quatro quadrantes da Terra – razão pela qual o Mestre além de ocupar especificamente o Oriente, ocupa também qualquer espaço na Loja (plenitude). Em linhas gerais esse é o teatro imutável da Natureza. Com os seus equinócios e solstícios produzidos pelo vai e vem do Sol a partir do ponto de vista da Terra - dias longos e noites curtas (o Verão); dias iguais em sua duração (a Primavera e o Outono); dias curtos e as noites longas (o Inverno). Assim, no Canteiro (Loja) estão dispostas às nove luzes, acesas em número de acordo com o Grau. Isso significa que de acordo com a evolução do Obreiro, a Oficina ficará mais iluminada (daí o termo Luzes da Loja). Essa disposição alude à razão de que dos doze meses, em três às trevas são mais intensas. Daí o sentido alegórico de que o Inverno golpeia a Sabedoria (Luz), a despeito de que, mesmo assim, sempre haverá prevalência da Luz sobre as trevas, pois tão certa está a regra de que posteriormente à vida virá à morte, certo também é que ao fim do inverno a vida ressurgirá (a Lenda de Hiram). Neste conceito místico associa-se o sistema doutrinário simbólico do Rito Escocês Antigo e Aceito – O Aprendiz aprende o ofício na Coluna do Norte; o Companheiro exercita as ferramentas no trabalho ao Meio-Dia; o Mestre expressa a experiência (Sabedoria) cumprindo o itinerário final ao passar pelo eixo do Templo para adentrar no Oriente. Resume-se aí a perfeição imutável da Lei Natural. Ilustrando, disse uma vez o Irmão Voltaire ao se referir à Natureza: “Para este relógio, deve existir um relojoeiro”. Nesse sentido, a Lenda do Terceiro Grau na aquisição da plenitude maçônica deixa belíssimas lições de Sociologia, Moral e Ética. Primeiro: a divisão dos construtores em três classes sugere ao Maçom a possibilidade de progresso, tanto pessoal quanto social, todavia a regra é que antes da prática, vem o aprendizado – sempre haverá um Mestre para ensinar (consciência). Segundo: a
  • 21. fé de cada um deve ser respeitada. Mesmo assassinado o Homem, a fé é imortal. Terceiro: nunca se deve pensar no progresso pessoal sem que antes estejam irrestritamente cumpridas todas as etapas sequenciais do aprendizado. O Homem deve fazer apenas aquilo que ele sabe, deixando para os que sabem aquilo que ele ainda não sabe fazer. Por essas considerações é que existe essa estrutura doutrinária, ritualística e litúrgica concernente à mensagem de aperfeiçoamento proposta no simbolismo do Rito em questão, daí um Aprendiz ingressar no Oriente em Loja aberta fere completamente esses princípios, mesmo sob a alegação de que o Oriente faz parte da Loja. É certo que o Oriente dela faz parte, todavia nele deve ingressar apenas aquele que conquistou a plenitude maçônica, ou seja, aquele que viveu simbolicamente a Lenda de Hiram. Procedimentos contrários a essa regra são equivocados e antagônicos à razão proposta pelo Rito. A não observação desse princípio colocaria a infância após a maturidade. Da mesma forma um Companheiro tendo acesso ao Oriente significaria a maturação antes da puberdade. Ora, é racional que a juventude antecede a maturidade, porém nunca ao contrário. Afinal, antes do fruto virá a flor. Da mesma maneira quem antecede a tarde é o período matutino, assim como a tarde antecede a noite, a madrugada o alvorecer, a primavera o verão, o Aprendiz o Companheiro e o Companheiro o Mestre – os ciclos são imutáveis. Daí a razão, no Rito, de que Aprendizes e Companheiros não adentrem no Oriente em Loja aberta, ficando esse restrito àquele que já tiver passado completamente pela senda iniciática. Sistematicamente, primeiro nascer, passar pela infância, pela adolescência, pela juventude e finalmente pela maturidade. Dentro desse princípio é que os cargos em Loja são restritos aos Mestres, já que os mesmos podem ocupar qualquer espaço do Canteiro. Daí Aprendizes e Companheiros serem impedidos de exercerem o ofício dessas funções. Agrava-se ainda mais se os cargos forem exercidos no Oriente. Qualificações que indiquem cargos ocupados por Aprendizes e Companheiros nunca estiveram previstos verdadeiramente no Rito. Se por ventura possa existir algum ritual
  • 22. que equivocamente assim exare, certamente o mesmo não é confiável. Da mesma forma, ele não deve mais estar em vigor. Tocando no assunto de ritual em vigor, especificamente nos do Grande Oriente do Brasil, nele os Aprendizes ocupam o topo da Coluna do Norte, Companheiros o topo da Coluna do Sul e o Mestres, o Oriente e o Ocidente. Isso está bem claro no tocante ao item “Planta do Templo” inserido nos três rituais inerentes aos respectivos Graus. Infelizmente certas anomalias acabam se instalando devido à quantidade de Irmãos presentes numa Sessão. Não em raras vezes, ou por falta de número suficiente obreiros, ou sob a alegação de instrução, a Loja acaba fazendo uso do elemento humano disponível para o complemento dos cargos que por ventura estejam vagos. Uma Loja para ser aberta carece da presença mínima de “sete Mestres”. Com estes, Aprendizes e Companheiros nem por precariedade, necessitam ingressar no Oriente. O Primeiro Diácono, por exemplo, pode ser substituído temporariamente pelo Secretário, enquanto que o Segundo, pelo Mestre de Cerimônias. Antes que alguém possa questionar sobre a formação do pálio nessa oportunidade, lamento informar que no Rito Escocês Antigo e Aceito este verdadeiramente não existe. Cabe também aqui uma última explicação relativa às constelações do Zodíaco. Esse tema místico, não envolve astrologia no sentido de ocultismo e adivinhações. Essa referência em Maçonaria somente é feita para salientar o alinhamento da Terra com o Sol e as respectivas constelações no movimento de translação do nosso Planeta. Sob o ponto de vista terreno aparentemente é o Sol se desloca no espaço, Isso devido à inclinação do eixo terrestre e o seu plano de órbita. Desse movimento aparente é que resultam as estações do ano opostas conforme o hemisfério terrestre. Desde as mais antigas civilizações o Homem observou a eclíptica do Sol na esfera celeste, o que fez dele para o observador uma espécie de divindade associada com a vida e a morte da Natureza. Foi através dessa observação que o ser humano traduziu os tempos propícios dividindo os ciclos em espaços que mais tarde viriam a se traduzir em meses e destes cada qual com um número certo de dias (calendário).
  • 23. Para os Canteiros ou Construtores da Idade Média, precursores da Moderna Maçonaria, reservada essa ressalva ao Hemisfério Norte, onde nasceu a Maçonaria, os equinócios e os solstícios se tornariam datas importantes sob o ponto de vista das construções, das reuniões semestrais ou anuais, nos planos para corte da pedra calcária, nos planos da obra, etc. O inverno sempre foi impróprio para a atividade construtora. É por influência da Igreja que as datas comemorativas a João, o Batista e o Evangelista são coincidentes com os períodos solsticiais. Resultante dessa relação com a alegoria das Leis imutáveis da Natureza está à existência da circulação horária nos ritos que a adotam, arrolada à tese com a “Marcha do Sol” em cujos Templos Maçônicos se dão ênfase ao nascimento do Sol no Oriente e o seu ocaso no Ocidente. Sob o ponto de vista do Hemisfério Norte e a marcha do Astro Rei, esse movimento aparente traz o imaginário de que pareça existir pouca Luz no extremo norte do Hemisfério Boreal, enquanto que no Sul a aparência é de mais iluminação (Meio-Dia). Com base nesse deslocamento aparente é que no Painel da Loja de Aprendiz e Companheiro aparece a alegoria de três janelas, uma ao Oriente, outra ao Sul e outra no Ocidente. Por ser a banda mais escura, no Norte simbolicamente não existe janela o que indica ser lá o início da jornada dos Aprendizes (a Pedra Bruta, o Maço e o Cinzel). Finalizando o presente escrito, seguem as últimas considerações. Quando comentada a situação das Lojas Capitulares, sua extinção e a permanência consuetudinária da balaustrada e o Oriente mais elevado, foi com o propósito de mencionar uma contradição com o escopo doutrinário do Rito Escocês. Infelizmente essa anomalia traz até hoje uma incongruência ritualística durante as cerimônias de Iniciação e Elevação no tocante ao juramento do Aprendiz e do Companheiro. Essa situação topográfica induziu a uma prática contraditória devido ao limite imposto ao espaço na situação de outrora e permanente na atualidade. Isso fez com que ficasse tolerado, embora equivocado, a presença no Oriente da Loja do Aprendiz ou do Companheiro em apenas um momento específico – no juramento. Piorando um pouco mais a situação, muitos rituais ainda preconizam a entrega de paramentos, instruções e preleções nesse momento iniciático sobre o Oriente.
  • 24. Talvez com base nessas aleivosias contra o arcabouço doutrinário do Rito é que alguns Irmãos “achem” que indiscriminadamente Aprendizes e Companheiros possam adentrar o Oriente. Obviamente que esse parágrafo não é justificativo para tal. Melhor mesmo seria eliminar esse limite e voltar aos idos do ritual de 1.804, entretanto se sabe perfeitamente que isso é meramente impossível. Pelo menos por enquanto. Como dizem que a boca se entorta conforme o hábito do cachimbo, que fique o Oriente demarcado e nele a presença do Aprendiz e Companheiro seja apenas restrita ao juramento. A título de esclarecimento e antes que alguém propor a colocação do Altar dos Juramentos no centro do Ocidente para resolver a questão, é imperioso se saber que o Altar dos Juramentos fica originariamente colocado bem próximo e em frente do Altar ocupado pelo Venerável Mestre (atual Oriente). As afirmativas e negativas do “sim” e do “não” ocupam no papel escrito apenas o espaço de três letras no idioma vernáculo. Todavia antes dessas objetividades conclusivas, ponderações acuradas e embasadas na solidez da verdadeira história serão cuidadosamente observadas. Palmilhar o mosaico da pesquisa maçônica é cansativo e depende muito de senso crítico, pois nada está escrito claramente. Desvendar a mensagem do símbolo e da alegoria colocada pelo autor não é prática fácil. Sob essa óptica, centenas e centenas de rituais foram escritos ao longo dos anos, desvendar o que neles está certo tem sido o mais difícil, até porque destes, a imensa e grande maioria está repleta de opiniões pessoais do tipo: “faça o que eu mando e não faça o que eu faço”. A construção desse arrazoado tem o escopo único de induzir o leitor à reflexão. Pedro Juk jukirm@hotmail.com OUT/2011
  • 25. 3 – Deserção e baixa freqüência em Loja Ir.'. Dagoberto Ladeira Machado Venerável Mestre da A.'. R.'. L.'. S.'. Cavaleiros da Luz Nº 18 – Or.'. de Itapoã – Vila Velha-ES Repasse: Ir José Robson Gouveia Freire (Brasília) DESERÇÃO E BAIXA FREQÜÊNCIA EM LOJA (e por que não nos Altos Corpos?, acrescentaria!) Os principais problemas de todas as Lojas são sempre os mesmos de toda a Maçonaria: deserção e baixa freqüência dos IIr.'.. Entendo que o iniciado abandona a Ordem, porque teria sido atingido por três males que, para simplificar, os identifico como: dois de nascimento e um de crescimento. De nascimento: o mal escolhido (o candidato foi indicado por ser amigo do proponente e não por ter vocação; segue-se uma sindicância imperfeita); e o mal iniciado (cerimônia com passagens bisonhas; gracejos; visita a lugares estranhos e até exóticos). De crescimento: o mal instruído (pobreza didática dos instrutores; falta de leitura dos clássicos maçônicos; acesso a invencionices e achismos). Este último item se agrava com a pressa na concessão de “aumento de salário”. Ensinar “é transmitir conhecimento”. Dispensar interstício é, assim, por demais prejudicial à formação do iniciado maçom. Em relação à freqüência, ela tem uma forte vertente: as motivações. O maçom deve ir à Loja por amor e não por obrigação. O Venerável tem que ser um líder, que entusiasma seus obreiros. A loja tem que ter projetos (metas e meios) que não só tenham a ver com a formação de seus quadros, mas também se refiram à sua ação filantrópica e social, em cuja execução todos se envolvam.
  • 26. A monotonia é cansativa e estressante. Mas a reinvenção é animadora e cativante. A maçonaria não é o ócio. É o fascínio da lapidação do principal produto do Criador – o homem, tornando-o um “construtor social”. A recomendação das sagradas escrituras é de que, em cada dia, precisamos renascer. Pois a vida é ação. É trabalho. Quem se entranhou de maçonaria sabe o quanto ela é superior dentre todas as organizações humanas. Lutar pela permanência dos irmãos, freqüentes e em atividade, no seio da Fraternidade, é uma missão relevante do maçom. Deixar de fazê-lo, é “mais do que uma infidelidade. É um perjúrio”. As realizações maçônicas não foram e não serão medidas pelo número dos seus membros e sim pela capacidade que eles tiveram ou venham a ter no domínio de forças fenomênicas, nem sempre visíveis ou sensíveis. Se uma escada fosse composta pelas três formas do Conhecimento Humano, o degrau de cima seria o da Filosofia, o do meio, o da Ciência e o primeiro, o da Tradição. A Maçonaria independente do número de obreiros evoluiu por essa escada e se perpetuou como tem evoluído e se perpetuado no tempo. Exatamente porque exaltando a Tradição como a sua força propulsora, ganhou um conhecimento maior e também um maior domínio das demais forças da Mãe Natureza, possibilitadas que foram pelo Saber em todas as suas formas de Conhecimento. A Tradição é o primeiro degrau a ser escalado. Foi assim no começo com uns poucos e também poderá e deverá sê-lo por todo o sempre com qualquer número, nada havendo, pois a temer em razão de vazios, desde que os antigos costumes sejam respeitados e preservados.
  • 27. 4 – Destaques JB SEMINÁRIO DE RITUALÍSTICA DO RITO ESCOCÊS O Secretário Estadual de Orientação Ritualística, Tochió Iwace e o Secretário Adjunto para o Rito Escocês Antigo e Aceito, Antônio Almeida dos Santos, do Grande Oriente do Estado de Goiás (GOEG) convidam para o “SEMINÁRIO DE RITUALÍSTICA DO RITO ESCOCÊS”, a se realizar em Goiânia no dia 29 de outubro de 2011 – sábado, das 08:00 às 16:00 horas. O Seminário será ministrado pelo Irmão PEDRO JUK . Encerra-se hoje o 5º. Encontro de Confraternização e do 1º. Encontro Internacional de Cultura Maçônica A Loja Alferes Tiradentes (Florianópolis) deu sequência ontem, ao 5º. Encontro de Confraternização com a Loja Unión Y Progresso nr. 9, de Encarnación, do Paraguai, iniciando com um belíssimo passeio de escuna até a ilha de Anhatomirim, almoço no Município de Governador Celso Ramos passando antes pela baia dos golfinhos. O retorno ao trapiche da Praia de Canasvieiras foi por volta das 16h00, sob encanto dos “hermanos”.
  • 28. Às 20hoo na Associação da CIDASC, houve a excelente palestra “Jerusalém, minha viagem, minha visão” ministrada pelo Ir Almir El Haje, observando-se passagens históricas e misteriosas pelos remotos tempos, tendo ao final o Ir. Amir sido aplaudido de pé. A programação foi encerrada com jantar de confraternização no mesmo local, havendo troca de lembranças entre as venerabilidades paraguaia e brasileira. O deputado do Grão- Mestre, Ir. João Eduardo Noal Berbigier, que atualmente responde pelo Grão-Mestrado da GLSC foi agraciado com uma bela peça arquitetônica de metal pela delegação paraguaia. Hoje, sábado, será a vez do 1º. Encontro Internacional de Cultura Maçônica, com a seguinte programação: 1º Encontro Internacional de Cultura Maçônica – ACADEPOOL (Canasvieiras) Dia 29/10/11 – Sabado:: Das 14h00 às 15h00: Palestra: "História da Maçonaria em Santa Catarina": Palestrante: Ir.·. Sigfrido Maus (ARLS.·. Alferes Tiradentes nº 20); Das 15h00 às 16h00: Palestra: "História de la Masoneria en Paraguay y Encarnación"; Palestrante: H.·. Carlos Aguero (ARLS.·. Unión y Progreso nº 9);
  • 29. Das 16h00 às 16h30min.: Intervalo para o café; Das 16h30min. às 17h30min.: Palestra: "Rito Escocês Antigo e Aceito"; Palestrante: Ir.·. Eleutério Nicolau da Conceição (ARLS.·. Alferes Tiradentes nº 20); Das 17h30min às 18h30min.: Palestra: "El Rito Escoces Antiguo y Aceptado en el Paraguay"; Palestrante: H.·. Isabelino Ruiz Diaz (ARLS.·. Unión y Progreso nº 9); Das 18h30min. às 19h00 - Debates. A partir das 20h00 - jantar de confraternização na Associação dos Funcionários do DEINFRA, em Cacupé: Churrasco Encerramento: às 23h00. Traje: Esporte chic. A cobertura do passeio de barco sairá na edição de amanhã, acompanhada do Encontro Internacional de Cultura Maçônica.
  • 30. Brasileiros e paraguaios chegando ao trapiche da Praia de Canasvieiras. Veja algumas fotos da palestra acessando o link picasa. Se surgirem três faixas de segurança, clique na do meio para abrir as fotos. https://picasaweb.google.com/111861652713235439847/LojaAlferesTirade ntes5oEncontroConfrE1oInternacionalDeCultura?authkey=Gv1sRgCIPwo ovCjtyJrQE#
  • 31. Missa de Sétimo Dia A família do Sereníssimo Irmão José Domingos Rodrigues agradece as manifestações de solidariedade e pêsames por seu falecimento, e convida parentes e amigos para a Missa de Sétimo Dia, a ser celebrada às 18 horas deste dia 29.10.2011 (sábado), na Capela do Divino Espírito Santo, na Praça Getúlio Vargas(Praça dos Bombeiros), nº 212 - Florianópolis SC. Agora, silêncio, por favor, eu estou ouvindo a www.radiosintonia33.com.br Rádio Sintonia 33 e JB News. Uma dobradinha incrível. Rede Catarinense de Informações Maçônicas
  • 32. Do Ir Waldemar Henrique Dias, de Florianópolis: PELA ENÉZIMA VEZ, NÃO VENHAM ME DIZER QUE ÊLES SÃO IRRACIONAIS .................. Assunto: Olha só que curtição! SÓ VENDO!!! Clica na imagem! --
  • 33. Templo Maçônico no centro de Dublin - Escócia
  • 34. Não vale chorar! Esta é realmente para fechar a cortina. E nós muita vezes reclamamos da vida.... (a colaboração veio do Ir. Pantanali, de Joinville) http://youtu.be/s6FxGEOeKUk