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JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1.170
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) – sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião: Ir. Ailton Elisiário – Sem mandato ou com ?
Bloco 3 - Ir Paulo Roberto “On Line” – A origem dos Símbolos das Colunas “B” e “J” ...
Bloco 4 – IrJoão Ivo Girardi – Proclamação da República
Bloco 5 – IrPedro Neves – O que é a Maçonaria e Por que nos reunimos aqui?
Bloco 6 – IrEmerson Aparecido Millnitz – As Colunas necessárias para sustentar os Templos ...
Bloco 7 – Destaques JB – (Homenagem especial do Ir. Adilson Zotovici)
Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet – Colaboradores –
Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Hoje, 15 de novembro de 2013, 319º dia do calendário gregoriano. Faltam 46 para acabar o ano.
Dia da Proclamação da República do Brasil; Dia do Esporte Amador;
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
 1777 - Depois de 16 meses de debate, o Congresso Continental aprova os Artigos da
Confederação na temporária capital localizada em York, na Pensilvânia. Entre outras
diretrizes esse artigo oficializa o nome da Confederação em Os Estados Unidos da
América.
 1884 - Início da Conferência de Berlim: a repartição das colônias européias na África.
 1887 - Emancipação do município de Anápolis, Goiás.
 1889 - Proclamação da República brasileira. Rui Barbosa assina o primeiro decreto do
governo provisório.
 1895
o Fundação do Clube de Regatas do Flamengo.
o O Papa Leão XIII cria a Diocese do Espírito Santo.
 1905 - Inauguração da Avenida Central, atual Avenida Rio Branco no Rio de Janeiro.
 1908 - Primeira manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas por intermédio da
mediunidade de Zélio Fernandino de Moraes, no distrito de Neves, em São Gonçalo, no
estado do Rio de Janeiro, fundando então a Umbanda.
 1911 - Fundação do Clube 15 de Novembro de Campo Bom, no Rio Grande do Sul.
 1913 - Fundação do Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba.
 1924 - Fundação do Esporte Clube XV de Novembro de Jaú.
 1936 - Mihara (Hiroshima, Japão) recebe estatuto de cidade.
 1938 - Fundação do Íbis Sport Club, que é ironicamente chamado de o pior time de
futebol do mundo.
 1942 - Segunda Guerra Mundial: fim da Batalha de Guadalcanal.
 1945 - Venezuela é admitida como Estado-Membro da ONU.
 1982 - São realizadas as primeiras eleições diretas no Brasil desde o golpe de 1964
(exceto para presidente).
 1983
o Inauguração do Estádio Aderbal Ramos da Silva, a "Ressacada", de propriedade
do Avaí Futebol Clube.
o O Estado Federado Turco do Chipre se autoproclama República Turca de
Chipre do Norte.
 1988
o Yasser Arafat, no exílio, proclama o Estado da Palestina.
o Único lançamento do ônibus espacial soviético Buran.
o Fundada a TV Santa Cruz, afiliada da Rede Globo em Itabuna, na Bahia.
 1989 - Realizada, em meio às comemorações dos cem anos da República brasileira, a
primeira eleição presidencial direta em quase trinta anos. O resultado é prorrogado para
um segundo turno.
 1999
o Fundada a RedeTV!.
o Lançado o site de animais de estimação virtual Neopets.
 2001 - Lançamento do video game Xbox.
1 - almanaque
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
 2008 - Concedida anistia política ao presidente brasileiro João Goulart, o único a morrer
em exílio após ser deposto pelo golpe de 1964.
 Dia de Nossa Senhora do Rocio - Padroeira do Paraná
 Dia do Esporte Amador (Brasil)
 Dia Mundial em Memória das Vítimas na Estrada (comemorado anualmente no 3º
domingo de Novembro)
 Dia do Joalheiro (Brasil)
 Proclamação da República do Brasil - Feriado nacional.
 Roma antiga: Festival de Feronia, deusa dos bosques e florestas.
 Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa
(Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 17ª edição e arquivo pessoal)
1775 Publicação do primeiro Calendário Maçônico, em Londres
1815 Instalada a Loja Comércio e Artes, no Rio de Janeiro, no Rito Adonhiramita.
1876 Fundação do General Grand Chapter da Ordem da Estrela do Oriente
1906 Lauro Sodré, Barbosa Lima, Tasso Fragoso, Olva Bilac e outros intelectuais propõem a criação do
Dia da Bandeira.
1952 Tratado de Amizade entre o Grande Oriente do Brasil; e a Grande Loja de São Paulo.
1964 Fundado o Grande Oriente do Maranhão, federado ao GOB
1979 Fundação da Loja Ciência e Trabalho nr. 30, de Tubarão, que trabalha no REAA (GOSC)
1983 Fundação da Grande Loja de Sergipe.
2000 Os três Capítulos dos Maçons do Real Arco brasileiros enviam petição ao General Grand Chapter of
Royal Arch Masons International para a fundação de um Grande Capítulo no Brasil para o Rito York
americano, o Rito inglês antigo.
feriados e eventos cíclicos
fatos maçônicos do dia
SEM MANDATO OU COM?
O Ir Ailton Elisiário é economista,
advogado, professor da Universidade Estadual
da Paraíba e membro da Academia de
Letras de Campina Grande.
Neste último final de semana o escritor Josué Sylvestre, com a chancela da Academia
de Letras de Campina Grande, da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba e
do Instituto Histórico de Campina Grande, teve a satisfação de lançar um livro
publicado pela Editora da Universidade Estadual da Paraíba.
Com o título “Meio Século de Vida Pública sem Mandato ou com?”, o confrade Josué
trata em suas 551 páginas de fatos e personagens da história de Campina Grande e
da Paraíba, no período de 1950 a 1985. É o primeiro volume de uma edição de dois,
estando programado o lançamento do segundo para 2014, por ocasião das
comemorações do Sesquicentenário de Campina Grande, abrangendo o período de
1986 a 2000.
Nosso acadêmico é “expert” na história política de Campina Grande e da Paraíba,
tendo já lançado três livros nesta área, intitulados “Da Revolução de 30 à Queda do
Estado Novo”, “Lutas de Vida e de Morte” e “Nacionalismo & Coronelismo”, que
brevemente estarão sendo relançados por aquela mesma Editora.
O livro ora entregue ao público difere desses três no estilo, mas mantém o mesmo
compromisso com a verdade dos fatos observado por aqueloutros. As memórias são
arrancadas de sua vida em fatos vividos, assistidos ou acompanhados, sem omissão
de injustiças e decepções sentidas, mas sem que o livro se torne autobiográfico.
Josué, preservando o respeito aos pesquisadores, à semelhança do historiador
pernambucano Paulo Cavalcanti “conta o caso como o caso foi”, incluindo por isto
também as situações amargas ocorridas, em discordância do memorialista gaúcho
Álvaro Moreyra que opta pela não abordagem das situações amargas.
Sua redação é leve e descontraída, sua linguagem é coloquial, a narrativa vai das
tensões e ardores dos grandes embates ao relaxamento e risos do folclore político.
Cenas públicas e de bastidores, atos de comícios e de gabinetes, dizeres verbais e
escritos, fotos de momentos e de documentos e tantos outros eventos estão
registrados nas páginas do livro, com o concurso de vários amigos do autor. A história
política de Campina Grande e da Paraíba se enriquece com os registros desta obra
que,como diz o autor, sem mandato político, mas com mandato de cidadania, ainda
hoje de longe vive a política desta terra.
2 - Opinião - “ sem mandato ou com ? ”
Ir Ailton Elisiário
Este Bloco é produzido às sextas-feiras
pelo Ir. Paulo Roberto VM
da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) - Florianópolis
Contato: prp.ephraim58@terra.com.br
Paulo Roberto
As Origens do Símbolo das Colunas
“B” e “J” na Maçonaria
Para que seja bem compreendido o simbolismo maçônico, necessário se
torna buscar-lhe as fontes e encontrar-lhe as origens. Para um símbolo tão complexo
como o das Colunas B e J, seria pueril procurá-lo simplesmente na Bíblia. É mais do
que certo, então, chegar o pesquisador a conclusões erradas.
O simbolismo maçônico formou-se, de um lado, com tudo aquilo que os Maçons
Operativos, construtores de catedrais e outros monumentos medievais, legaram aos
Maçons Especulativos. Outros símbolos foram introduzidos em nossa Instituição por
cabalistas, alquimistas, hermetistas, rosacrucianos e outros amadores de ciências
ocultas, Maçons Aceitos que pertenceram às primitivas Lojas Especulativas.
Estes ocultistas, dos quais existem numerosos traços nos primórdios da Maçonaria
Especulativa, transferiram para a Instituição parte do seu cerimonial e de seus
símbolos. As espadas, as velas, a câmara de reflexão, o painel da Loja, são vestígios
cabalísticos, como também as Colunas B e J. Os cabalistas estabeleciam uma ligação
entre as duas colunas e o nome de Deus. As duas colunas eram à base de um
triângulo, cujo vértice era o Altar colocado no centro do Templo Sagrado, “como o
coração é o centro do homem”. Consideravam a Nome Divino como o “coração” do
Templo.
Os alquimistas legaram à Maçonaria a sua interpretação das colunas B e J; o Sol e a
Lua; o Enxofre, o Mercúrio e o Sal, que são os três princípios da Natureza; os quatro
elementos herméticos: Ar, Água, Terra e Fogo, o VITRIOL etc. Para os alquimistas,
efetivamente, as Colunas B e J, profusamente usadas em sua iconografia,
representavam os princípios Fêmea e Macho, respectivamente, o que está de acordo
com as explicações fornecidas pelo Ir.: Adolfo Terrones Benitez. O Sol e a Lua tinham
o mesmo sentido, mas representavam também o ouro e a prata. Para os hermetistas,
3 – a ciência e a cabala – por que temer o futuro? - Ir João Anatalino
o Enxofre era o princípio macho, o Mercúrio, o princípio fêmea e o Sal representava o
princípio neutro.
As Colunas B e J representavam para os ocultistas, que impregnaram a Maçonaria
com as suas doutrinas, os princípios masculino e feminino, considerados base da
criação. Em seu “Livre Du Compagnon”, Oswald Wirth escreveu um parágrafo que nos
permitiremos reproduzir:
“Nunca houve contestações sobre o sexo simbólico dessas duas colunas, a
primeira sendo suficientemente caracterizada como masculina pelo Iod inicial que a
designa habitualmente. Este caráter hebraico corresponde, com efeito, à
masculinidade por excelência, Beth, a segunda letra do alfabeto hebraico, é
considerada, por outro lado, como essencialmente feminina, visto que o seu nome
significa casa, habitação, de onde surge a ideia de receptáculo, de caverna, de útero
etc. A Coluna J é, portanto masculina-ativa e a Coluna B feminina-passiva. O
Simbolismo das cores exige, em consequência, que a primeira seja vermelha, e a
segunda branca ou preta.”
Pronunciamentos muito interessantes foram feitos por Maçons eruditos, dos quais
reproduziremos alguns a título ilustrativo. O simbolista Mackey escreve, por exemplo,
em sua “Encyclopaedia of Freemasonry”:
“Na verdade, a coluna circular e monolítica, quando solitária, representava
para as mentes dos mais antigos o falo, símbolo da fecundidade da natureza e da
energia criadora e geradora da Divindade, e é nas colunas fálicas que devemos
procurar a verdadeira origem do culto das colunas, que foi realmente o culto
predominante entre os antigos.”
Os povos primitivos, muito mais próximos da natureza que os modernos, e sem muitas
preocupações de ética e pudor, consideravam o falo como um símbolo religioso que
representava a fecundidade da Natureza, adorando-o sem preconceitos ou
preocupações de lascívia. Este culto foi universal e constatado não somente na
Europa e na Ásia, mas ainda no antigo México e até no próprio Taiti. Na Grécia e em
Roma, o falo era levado em procissões e, por toda a parte, era considerado como
signo protetor, sendo representado na fachada das casas e das próprias igrejas ou
trazido como amuleto. A figa é uma reminiscência destas superstições que se perdem
na noite dos tempos.
Também Elifas Levi escreve em seu “Dogma e Ritual de Alta Magia” um parágrafo que
consideramos uma joia para os estudiosos:
“Adão é o tetragrama humano, que se resume no Iod misterioso, imagem do
falo cabalístico. Ajuntai a este Iod o nome ternário de Eva, e formareis o nome de
Jehovah, o tetragrama divino, que é a palavra cabalística e mágica por excelência: Iod,
he, vau, he, que o sumo sacerdote, no templo, pronunciava Iodcheva.”
Não menos importante para a compreensão do símbolo é uma nota de Jules Boucher,
em “La Symbolique Maçonnique”, sobre o significado oculto das palavras IAKIN e
BOAZ, que reproduziremos por inteiro. Diz ele:
“Parece-nos útil dar aqui uma opinião etimológica que diz respeito à IaKiN e a
BoaZ, opinião proveniente de uma tradição semítica muito segura. Lendo-se os dois
nomes IaKiN e BoaZ e invertendo-os (regra habitual, essencialmente tradicional e
nitidamente obrigatória, para a conservação do segredo, de todo rito especificamente
mágico), obter-se-á os nomes NiKaI e ZoaB que são (se forem consideradas tão
somente as consoantes, letras masculinas, únicas importantes e constituintes) os dois
vocábulos indicando, o primeiro a cópula, o coito (NK), o ato sexual gerador e criador
dos Mundos e o segundo (ZB) o órgão fecundante, o falo. Assim, o simbolismo sexual
das romãs toma todo o seu sentido e todo o seu valor. Um dos desenhos mais
particularmente simbólicos do Mestre Oswald Wirth, servindo de frontispício à
Maçonaria Oculta de Ragon, edição de 1926, indica nitidamente este simbolismo “para
aqueles que sabem ver e compreender”, inscrevendo a palavra BOHAZ invertida sobre
a coluna à direita do desenho.”.
Este desenho foi repetido na edição de 1963 do “Livre Du Maitre” de Oswald Wirth. Na
coluna da esquerda, de acordo com o ritualismo do Rito Moderno, está escrito IAKIN e
na direita ZAHOB. Ressalta Jules Boucher que semelhante etimologia não deixará de
perturbar alguns pudicos revoltados e alguns, principalmente, católicos antiquados,
persuadidos que a Maçonaria é a Sinagoga de Satã e uma escola de depravação, e
conclui:
“Não se deve tratar de desenganá-los, mas simplesmente repetir a célebre sentença:
“tudo é puro para os puros”, e reter firmemente o aspecto magnificamente criador
(diríamos quase demiúrgico – de demiurgo, significando: “nome, que os philósophos
platónicos davam ao criador dos homens”) deste símbolo.”.
Texto extraído do Vade-Mécum Maçônico “Do Meio-Dia à Meia-Noite”. Obra do Ir. João
Ivo Girardi, da Loja Obreiros de Salomão nr. 39 (Blumenau).
Contato: joaogira@terra.com.br
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA:
1. No dia 15 de Novembro de 1889, foi proclamada a República do Brasil. A
partir de 1870, com a fundação do Clube Republicano, presidido pelo maçom
Quintino Bocaiúva, uma das maiores expressões, intensifica-se a ação política
na Ordem pelo movimento. Em seguida o Grão-Mestre Saldanha Marinho
publica um manifesto acelerando o movimento e em setembro passa a circular o jornal: A
República. O movimento foi tomando corpo e a ele se uniram fervorosamente Silva Jardim,
Quintino Bocaiúva, Campos Sales e Rui Barbosa, enquanto o Império estava sustentando uma
crise cada dia mais grave sob o aspecto da questão religiosa, a questão militar e a própria
abolição da escravatura. Em 11 de novembro de 1889, reuniam-se os Irmãos Bocaiúva, Rui e
Sólon Ribeiro com Aristides Lobo e Francisco Glicério. Dão eco a um boato de suposta prisão
de Deodoro e Benjamim Constant, o que faz com que o tenente-coronel Silva Teles reúna as
tropas em São Cristóvão, mandando-as para o Campo de Santana. Hélio Silva em sua obra: O
Primeiro Século da República conta-nos a sua versão do dia 15 de novembro de 1889: Deodoro
propunha-se a depor o Gabinete Ouro Preto. Devido ao seu estado de saúde, só ali, junto à
tropa, é que montou a cavalo. Como era de praxe, ao assumir o comando ergueu o boné e deu o
grito de Viva o Imperador, que segundo testemunhas da época, foi abafado por salvas de
artilharia, ordenadas por Benjamim Constant. O general combalido pela doença, visivelmente
abatido, penetra no quartel-general e vai ao encontro de Ouro Preto: Vossa Excelência e seus
colegas estão demitidos por haverem perseguidos oficiais do Exército, e revelarem o firme
propósito, em que estavam, de abaterem ou mesmo dissolverem o próprio Exército. E,
finalizando a breve alocução, diz ainda: nos pântanos do Paraguai, muitas vezes atolado,
sacrifiquei minha saúde em benefício da Pátria... Nesse ponto, Ouro Preto, altivo, observa:
Maior sacrifício, General, estou fazendo, ouvindo-o falar. Preso sob palavra, todo o gabinete
aos gritos de Viva a República, estava proclamada e extinta a monarquia no Brasil. Assim nos
relata o nosso Irmão Frederico G. Costa este acontecimento: O Decreto N.º1, datado de 15 de
novembro de 1889, instituindo a República, nascida de Golpe Militar, não contra a Monarquia,
mas a favor dos interesses políticos, nos quais a Maçonaria, como Instituição, a nosso ver,
pouca ou nenhuma participação teve, em que pese ter, entre os conspiradores, obreiros dignos
de suas Colunas.
2. Maçonaria: O Irmão José Castellani defende a seguinte tese: A Proclamação da
República não foi feita pela Maçonaria e sim pelo Exército. Existiam Clubes Republicanos, que
eram na verdade de inspiração maçônica. Entretanto a maior parte dos militares não era
maçom na época. Representavam uma elite pensante. No livro: História do Grande Oriente do
Brasil, Castellani relata assim os primeiros e agitados anos da República: Implantada a
4 - “ proclamação da república “
Ir João Ivo Girardi
República, Deodoro, assumiria o poder, como chefe do Governo Provisório, com um ministério
totalmente constituído de maçons: Quintino Bocaiúva, na Pasta dos Transportes; Aristides
Lobo, na do Interior; Benjamim Constant, na da Guerra; Rui Barbosa, na da Fazenda; Campos
Salles, na da Justiça; Eduardo Wandenkolk, na da Marinha; e Demétrio Ribeiro, na da
Agricultura. Esses homens foram escolhidos, por representarem - com exceção de Rui, que
era chamado de republicano do dia 16 - a nata dos republicanos históricos, que, por feliz
coincidência, pertenciam ao Grande Oriente do Brasil, numa época em que a Maçonaria
abrigava os melhores homens do país e a intelectualidade da nação. A 19 de dezembro do
mesmo ano de 1889, Deodoro - iniciado na Loja Rocha Negra (RS), a 20 de dezembro de 1873
- era eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. Ele só tomar posse do cargo, todavia, a
24 de março de 1890. Deodoro, na realidade, pouco podia se dedicar ao Grão-Mestrado, pois o
novo regime necessitava de consolidação e não contava com o consenso de seus artífices, já
que, desde os primeiros momentos, havia duas correntes republicanas, com ideias antagônicas:
uma queria uma república democrática representativa, enquanto a outra desejava uma
ditadura sociocrática do tipo comtista, ou seja, de acordo com a doutrina positivista de Comte
(e não se pode esquecer que grandes maçons expoentes do movimento republicano, como
Benjamim, Lauro Sodré e Júlio de Castilhos eram positivistas). Acabaria vencendo a corrente
democrática, sustentada por Rui Barbosa, seu maior expoente e a cuja diligência deve-se a
elaboração do projeto de Constituição Provisória, em decorrência da qual se instalou, a 15 de
novembro de 1890, o Congresso Constituinte, que, a 24 de fevereiro de 1891, aprovava e
promulgava a primeira Constituição da República, a qual instituiu o presidencialismo e o
federalismo. Dois dias depois, eram realizadas as eleições indiretas, com duas chapas
concorrentes, ambas compostas por maçons: Deodoro, para presidente, e Eduardo Wandelock,
para vice; e Prudente de Moraes, para presidente, e Floriano Peixoto, para vice. A vitória foi
de Deodoro, por pequena margem, mas, como vice, foi eleito Floriano. Nessa ocasião, o Grande
Oriente do Brasil enviava carta de congratulações ao seu Grão-Mestre, a qual foi respondida a
5 de março. Estava assim redigida, com o timbre do Gabinete da Presidência da República: As
Altas Dignidades do Grande Oriente do Brazil: S S S A prancha de 2 do corrente mez
E V, em que me apresentaes felicitações pelo cargo de Presidente Constitucional da
República dos Estados Unidos do Brazil, com que me honrou o Congresso Nacional está
recebida. Ela assaz penhourou-me, não só por partir de vós Irs respeitados pelo caracter e
pela virtude, que pautam vossos actos pelas lições do Supr Arch do Univ como também
pela confiança que mostraes continuar a depositar em minha pessoa e pelos votos que fazeis
pela minha felicidade. Todavia uma crise, envolvendo o Executivo e o Legislativo, já se
desenvolvia, desde janeiro desse ano, quando o ministério, chefiado pelo antigo líder
conservador, barão de Lucena, mostrou-se impotente para enfrentá-la (daí o grande número
de votos dados a Prudente, contra Deodoro na eleição indireta). Politicamente inábil - embora
militar brilhante - Deodoro tinha que enfrentar um Parlamento hostil e, por parte da
imprensa, críticas a que não estava acostumado e que levariam ao decreto de 23 de dezembro
de 1889 - chamado de decreto rolha - que instituia violenta censura à imprensa. Além disso,
muitos dos seus ministros discutiam, como são de hábito num regime democrático, os seus
atos, opondo-se algumas vezes a eles, o que ele não aceitava, por sua formação na caserna;
isso levaria à crise de janeiro de 1891, quando os ministros pediram demissão. Nessa ocasião
foi que, demonstrando sua inabilidade, convocara, para compor o novo ministério, o barão de
Lucena, notório monarquista, o que desagradou a todos os republicanos históricos. Em
consequência do difícil relacionamento, o Congresso viria a ser dissolvido, concretizando o
primeiro - de uma longa série - atentado à democracia republicana. Ocorreu que, para que
Deodoro fosse eleito, houvera uma verdadeira corrente de ameaças, aos congressistas,
veladas, ou claras, de uma reação armada, partidas tanto do Exército quanto da Marinha. Isso
foi o que gerou o ambiente hostil. E Deodoro, não podendo governar com o Congresso,
dissolveu-o a 3 de dezembro de 1891. Com isso perdeu todos os apoios, inclusive nos meios
militares, pois uma ditadura seria uma mancha muito grande para um regime republicano, que
ainda engatinhava e que procurava a sua consolidação. E, quando a 23 de novembro o almirante
Custódio de Mello, a bordo do encouraçado Riachuelo, declarou-se em revolta, em nome da
Armada. Deodoro, isolado, renunciava à presidência, para não desencadear uma guerra civil,
entregando o governo a Floriano, seu substituto constitucional. Obviamente, como uma
amostra do povo brasileiro, os meios maçônicos também reagiram às atitudes de seu Grão-
Mestre, na presidência da República. E Deodoro, desencantado de tudo, renunciava também ao
Grão-Mestrado, em carta de 18 de dezembro de 1891. Esta carta, bastante lacônica, dizia
apenas: Saúde Amizade União - Desejando retirar-me à vida privada renuncio no irmão
competente, os cargos que estou de posse - Capital federal, 18 de Dezembro de 1891. Foi
substituido, interinamente, pelo Grão-Mestre Adjunto, ministro Antônio Joaquim de Macedo
Soares, que havia sido eleito a 15 de junho de 1891, para ocupar a vaga deixada pela morte de
Josino do Nascimento e Silva, ocorrida a 18 de abril daquele ano. No plano social, os maçons,
diante dos problemas surgidos com a rápida industrialização do país, principalmente no Estado
de São Paulo, começavam a tratar dos interesses do incipiente operariado industrial, ainda
sem organismos protetores.
3. Embora o tema não seja explorado devidamente nos livros de história, a contribuição da
Maçonaria na formação do País é um fato inquestionável. Dentro da história do Brasil, se há
alguma coisa a ser respeitada e venerada, será certamente a contribuição maçônica, afirmou
Rizzardo Da Camino. Para o autor, foram os maçons de ontem que libertaram o Brasil e o
entregram à posteridade com um futuro tão promissor. Rui Barbosa, autor da primeira
Constituição republicana, promulgada em 24 de fevereiro de 1891, e uma das figuras mais
proeminentes da Velha República, foi um maçom atuante. A constituição que ele redigiu trazia
a marca indelével das contribuições maçônicas. Pode-se dizer sem exageros que foi graças à
Maçonaria que a República assumiu o figurino federativo e presidencial que a caracterizou. A
força da Maçonaria no movimento pode ser claramente constatada no fato de o governo
provisório nomeado logo após a proclamação ser composto exclusivamente por maçons. (Cláudio
Blanc). (V. Brasil - História da Maçonaria, Independência do Brasil, República, Rui Barbosa).
2. Pedreiros-Livres na Presidência: Durante os anos da Primeira República, a Maçonaria foi
uma organização poderosa. Dos 12 primeiros presidentes do Brasil, nove pertenciam à
fraternidade. No início do século XX, o poder da Maçonaria se devia em grande parte ao fato
de ela ser uma das instituições mais organizadas do país na época, com ramificações em todo o
território nacional. A extensa malha de lojas espalhadas pelo Brasil funcionava como uma
engrenagem que, uma vez acionada, articulava peças localizadas desde a capital federal até os
rincões mais distantes da República. Em troca de apoio político aos membros da fraternidade,
os irmãos tinham as portas da administração pública abertas para o que precisassem. Isto não
quer dizer que o Brasil era uma república maçônica, diretamente governada pela organização
como alguns acreditavam. O poder da Maçonaria, no entanto, entrou em declínio após a
Revolução de 30, que derrubou o regime oligárquico da Primeira República. Getúlio Vargas
passou a perseguir a fraternidade, que perdeu gradualmente sua força. O Brasil ainda teria
um último presidente maçom, Jânio Quadros, que foi eleito em 1961 e renunciou pouco mais de
seis meses depois de assumir o cargo.
Primeiro Governo Republicano: O governo provisório montado pelo marechal Deodoro da
Fonseca logo depois de proclamar a República, no dia 15 de novembro de 1889, era
completamente composta por maçons. Além do presidente, ele mesmo um pedreiro-livre, o
gabinete era formado pelos ministros Rui Barbosa (Fazenda), Quintino Bocaiúva
(Transportes), Demétrio Ribeiro (Agricultura), Aristides Lobo (Interior), Benjamin Constant
(Guerra), Campos Sales (Justiça) e Eduardo Wandenkolk (Marinha), todos membros da
Maçonaria. A partir desse momento, a Maçonaria brasileira se tornou um baluarte do
republicanismo, que passou a ser encarado como um importante passo na marcha rumo ao
progresso e a evolução social do país. (Revista História Viva Nº 71). (V. Abolição da
Escravatura, Confederação do Equador, Deodoro da Fonseca, Independência do Benjamin
Constant, Brasil, Proclamação da República, Questão Religiosa).
HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: 1. O Hino à Proclamação da República do Brasil
tem letra de Medeiros e Albuquerque (1867-1934) e música de Leopoldo Miguez (1850-1902).
Publicada no Diário Oficial de 21 de janeiro de 1890. 2. Letra: I - Seja um pálio de luz
desdobrado/Sob a larga ampliação destes céus/Este canto rebel, que o passado/Vem remir
dos mais torpes labéus (desonra)! II - Seja um hino de glória que fale/De esperança de um
novo porvir!/Com visões de triunfos embale/Quem por ele lutando surgir! III - Liberdade!
Liberdade!/Abre as asas sobre nós! IV - Das lutas na tempestade, /Dá que ouçamos tua voz!
V - Do Ipiranga é preciso que o brado/Seja um grito soberbo de fé. /O Brasil já surgiu
libertado/Sobre as púrpuras régias de pé!/ VI - Eia, pois brasileiros avante!/Verdes louros
colhamos louçãos!/Seja o nosso país triunfante, /Livre terra de livres irmãos! (Proclamação
da República).
DEODORO DA FONSECA, Marechal: 1. Nascido a 5 de agosto de 1827, na vila de Anádia
(hoje, Deodoro), na província de Alagoas, e falecido no Rio de Janeiro, a 23 de agosto de 1892.
0 marechal Manoel Deodoro da Fonseca, além de chefe militar, foi o proclamador da República
do Brasil, chefe do Governo Provisório, primeiro Presidente constitucional e Grão Mestre de
Grande Oriente do Brasil. Pertencia a uma família de militares. Deodoro ingressou na Escola
Militar em 1843, tendo pertencido geração seguinte a de Caxias e Osório. Quando tenente,
integrou a tropa destacada para Pernambuco, por ocasião da Revolução Praieira de 1848. Como
capitão, seguiu para o Uruguai, participando dos episódios que antecederam a Guerra do
Paraguai, da qual também participaria e da qual retornaria, em 1870, já como coronel. Em 1874
era promovido a brigadeiro e, em 1884, a marechal-de-campo. Foi um dos líderes da chamada
Questão Militar, de fundamental importância no processo que resultou na queda do império,
embora tenha havido, também, certa contribuição da Questão Religiosa e dos problemas
econômicos causados pela abrupta extinção da escravatura. Na Questão militar, quando
comandante de armas da província do Rio Grande do Sul, Deodoro defendeu a legitimidade da
posição de seu subordinado, coronel Sena Madureira, que criticara, em artigo publicado pela
imprensa, a administração do ministro da Guerra (civil). Sua atitude seria bastante criticada
por Silveira Martins, seu adversário, na Câmara dos Deputados, tendo havido, também, uma
denúncia contra ele, sob a acusação de prevaricação, apresentada ao Supremo Tribunal de
Justiça. Antes do julgamento, ele chega ao Rio de Janeiro e é recebido com as mais amplas
manifestações de apoio e com a solidariedade hipotecada pelos Oficiais do Exército e da
Armada, que, para isso, se reuniram, no dia 10 de outubro de 1886, presididos por Benjamin
Constant e pelo almirante Artur Silveira da Mota (barão de Jaceguai), ambos maçons (o último
foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, de 1881 a 1882). Os militares conseguiram,
então, a vitória, com o cancelamento dos atos punitivos e a substituição do ministro. Em julho
de 1887, é fundado o Clube Militar, com Deodoro na presidência e Benjamin Constant na vice-
presidência, fato de grande importância para o desenrolar dos acontecimentos futuros, pois o
Clube logo adotou a bandeira da abolição da escravatura e da república, embora, neste último
caso, a influência maior fosse de Benjamim, já que Deodoro tinha grande respeito pela família
imperial. Em outubro de 1887, através de Deodoro, o Clube enviava, à Princesa Regente, Dna.
Isabel, uma mensagem enérgica, solicitando que o Exército fosse dispensado da tarefa de
proceder a captura de escravos fugidos. Após a abolição, o governo imperial, com a intenção
de afastar Deodoro da Corte - e, portanto, dos principais acontecimentos políticos - nomeou-o
para o comando de Mato Grosso, em dezembro de 1888; ele, porém, rebelou-se quando foi
nomeado presidente da província um oficial de patente inferior à sua, o coronel Cunha Matos,
a quem entregou o comando de armas, retornando, em setembro de 1889, ao Rio de Janeiro,
em plena efervescência republicana, acesa pela revolta dos oficiais liderados por Benjamim
Constant. Instado por este, tendo em conta o seu alto prestígio no Exército. Deodoro acabaria
desempenhando o papel principal e decisivo na implantação da República, a 15 de novembro de
1889. Já no dia 10 de novembro, havia sido decidida a queda do império, numa reunião
realizada na casa de Benjamin, com a presença dos republicanos históricos e Maçons paulistas
Francisco Glicério e Campos Salles. O obstáculo, que, nessa altura, era considerado o maior,
era a grande afeição de Deodoro ao imperador; para contornar esse obstáculo, foi necessário
o poder de persuasão de Benjamin e de outros companheiros de farda, que acabaram por
convencer o marechal. Ele estava doente e acamado, quando os principais líderes militares do
movimento foram buscá-lo, em sua casa, defronte ao Campo de Sant’anna (depois, praça da
República), para colocá-lo à testa da tropa, em plena madrugada. Sua mulher, indignada com a
verdadeira invasão de sua casa, quis expulsar todos os oficiais, tendo sido, todavia, convencida
de que era necessário que o marechal assumisse o comando, para dar maior força ao
movimento. Não era firme, todavia, a sua intenção de derrubar a monarquia, preferindo que o
velho imperador terminasse os seus dias, para que fosse providenciado, então, um novo regime.
Tanto isso é verdade, que, deposto todo o Conselho de Ministros, presidido pelo Visconde de
Ouro Preto, Deodoro, num rasgo de sua antiga fidelidade a D. Pedro II, não se dispunha a
tomar providências para proclamar a república, tendo declarado, a Ouro Preto, que iria mandar
procurar o imperador, em Petrópolis, para propor-lhe uma nova lista de ministros para o
Gabinete. Foi aí que entrou em cena, mais uma vez, o grande Maçom e articulador do
movimento, Benjamin Constant, que alertou Deodoro sobre o perigo que eles correriam, daí em
diante, por sua rebeldia, caso sobrevivesse o governo imperial. Implantada a república,
Deodoro assumiria o poder, como chefe do Governo Provisório, com um ministério
totalmente constituído por maçons, embora nem todos ativos: Aristides Lobo, ministro do
Interior; Quintino Bocaiúva, ministro dos Transportes; Benjamin Constant, ministro da
Guerra; Rui Barbosa, ministro da Fazenda; Campos Salles, ministro da Justiça; Eduardo
Wandenkolk, ministro da Marinha; e Demétrio Ribeiro, ministro da Agricultura. Alguns autores
maçônicos tendenciosos, querem fazer crer que esses homens foram escolhidos devido ao fato
de serem maçons, o que não corresponde, evidentemente, à visão imparcial da história, pois
eles foram escolhidos porque representavam a nata dos chamados republicanos históricos
(com exceção de Rui, que, não tendo participado do movimento, era considerado republicano do
dia 16), a qual, por feliz coincidência, se reunia sob a égide da Instituição Maçônica, numa
época em que a Maçonaria abrigava os melhores homens do país e a elite intelectual da nação.
Nos primeiros momentos do novo regime, havia duas correntes republicanas com ideias
antagônicas: uma queria uma república democrática representativa, enquanto que a outra
desejava uma ditadura sociocrática de tipo comunista, ou seja, de acordo com a doutrina de
Comte, o positivismo. Acabou vencendo a corrente democrática, sustentada por Rui, seu maior
expoente e a cuja diligência deve-se a elaboração do projeto de Constituição Provisória. Em
decorrência, instalou-se, a 15 de novembro de 1890, o Congresso Constituinte, que, a 24 de
fevereiro de 1891, aprovava e promulgava a primeira Constituição da República, que instituía o
presidencialismo e o federalismo. Dois dias depois, a Assembleia elegeu, para a Presidência da
República, por pequena margem sobre Prudente de Moraes, o Marechal Deodoro, e, para vice-
presidência, o Marechal Floriano Peixoto, da chapa da oposição, o qual derrotou Wandenkolk.
A 23 de novembro de 1891, Deodoro renunciou ao cargo, para não provocar uma guerra civil,
diante da revolta da armada liderada pelo almirante Custódio de Melo, em reação ao golpe do
presidente, que, a 3 de novembro, dissolvera a Câmara e o Senado. (...) Foi um maçom ativo
desde que foi Iniciado, a 20 de setembro de 1873, na Loja Rocha Negra, de São
Gabriel (RS), a qual, na época, era da jurisdição do Grande Oriente do Brasil, do qual seria
dissidente, em 1927, para se tomar a Loja número um da Grande Loja do Rio Grande do Sul.
Apesar de suas viagens e remoções devidas à sua patente militar - por remoção, teve que
deixar o quadro da Rocha Negra, em dezembro de 1874 - manteve sempre uma apreciável
atividade maçônica, pertenceu, provavelmente, à Loja Dois de Dezembro, do Rio de Janeiro, e
foi eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil (13 º), a 19 de dezembro de 1890,
tomando posse a 24 de março de 1891. A 18 de dezembro de 1891, seja vinte e cinco dias
depois de renunciar à Presidência da República, Deodoro também renunciou ao cargo de Grão-
Mestre do Grande Oriente. A República, ele entregou a Floriano, para que este a consolidasse;
o Grande Oriente ele entregou ao Adjunto, conselheiro Joaquim Antônio de Macedo Soares,
que assumira o cargo em 10 de agosto de 1891, depois da morte de Josino do Nascimento Silva
Filho. Doente e desencantado com tudo, veio a falecer oito meses depois. (Almir Silva e Heinz
Jakobi). (...) Nesse entremeio, num bizarro episódio, desafiou para um duelo mortal seu
próprio ministro do Exército, irmão de armas e de compasso, Benjamim Constant. Nove meses
depois da Proclamação da República ensaiou um golpe de Estado tentando dissolver o
Congresso. Malograda sua intenção, demitiu-se do cargo, vivendo em isolamento voluntário e
vindo a falecer meses depois.
2. História: Deodoro reforma a Constituição: Decreto nº 79 - 22.09.1890,
EVReprodução do texto que consta na coletânea de Boletins de 1890. Nós, Generalíssimo
Manoel Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo Provisório dos Estados Unidos do Brazil,
e Sob Gr Mestr Gr Comm da Ord Maçon no Brazil: Fazemos saber a todas
AAug Off, SSubl CCap e MMaç da nossa jurisdição que o Sap Gr Or, em
sessão de 22 de Setembro do corrente anno, resolveu mandar reimprimir a Const e
RReg GGer da Ord incluindo as ultimas resoluções tomadas, bem como fazendo as
alterações precisas, de accordo com a actual forma do Governo do Paiz. Comentário:
Tratava-se de adaptação da Constituição à nova situação política do País, pois era recente a
proclamação da República. (V. Brasil: História do, Proclamação a República).
A CONSTITUIÇÃO DE 1891- Antecedentes: Uma vez instalado o Regime Republicano,
necessária se fez a promulgação de uma nova Constituição, voltada para os anseios do novo regime.
DECRETO No 1 O Governo Provisório da Republica dos Estados Unidos do Brazil decreta:
Art. 1o - Fica proclamada provisoriamente e decretada como a fórma de governo da nação
brazileira a Republica Federativa. Art. 2o - As provincias do Brazil, reunidas pelo laço da
federação, ficam constituindo os Estados Unidos do Brazil. Art. 3o - Cada um desses Estados, no
exercicio de sua legitima soberania, decretará opportunamente a sua Constituição definitiva,
elegendo os seus corpos deliberantes e os seus governos locaes. Art. 4o - Enquanto, pelos meios
regulares, não se proceder á eleição do Congresso Constituinte do Brazil e bem assim á reeleição
das legislaturas de cada um dos Estados, será regida a nação brazileira pelo Governo Provisório
da Republica; e os novos Estados pelos Governos que hajam proclamado ou, na falta destes, por
governadores delegados do Governo Provisório. Art. 5o - Os governos dos Estados federados
adotarão com urgencia todas as providencias necessárias para a manutenção da ordem e da
segurança publica, defeza e garantia da liberdade e dos direitos dos cidadãos, quer nacionaes,
quer extrangeiros. Art. 6o - Em qualquer dos Estados, onde a ordem publica for perturbada e onde
faltem ao governo local meios eficazes para reprimir as desordens e assegurar a paz e
tranquilidade publicas, efetuará o Governo Provisório a intervenção necessária para, com o apoio
da força publica, assegurar o livre exercicio dos direitos dos cidadãos e a livre acção das
autoridades constituidas. Art. 7o - Sendo a Republica Federativa Brazileira a forma de governo
proclamada, o Governo Provisório não reconhece nem reconhecerá nenhum governo local
contrario á forma republicana, aguardando, como lhe cumpre, o pronunciamento definitivo do voto
da nação livremente expressado pelo sufragio popular. Art. 8o - A força publica regular,
representada pelas tres armas do Exercito e pela Armada nacional onde existam guarnições ou
contingentes nas diversas provincias, continuará subordinada exclusivamente dependente do
Governo Provisório da Republica, podendo os governos locaes, pelos meios ao seu alcance,
decretar a organisação de uma guarda civica destinada ao policiamento do território de cada um
dos novos Estados. Art. 9o - Ficam egualmente subordinadas ao Governo Provisório da Republica
todas as repartições civis e militares até aqui subordinadas ao governo central da nação brazileira.
Art. 10 - O território do Município Neutro fica provisoriamente a administração imediata do
Governo Provisório da República e a cidade do Rio de Janeiro constituida, também,
provisoriamente, séde do poder federal. Art. 11- Ficam encarregados da execução deste decreto,
na parte que a cada um pertença, os secretarios de Estado das diversas repartições ou ministerios
do actual Governo provisório. Sala das sessões do Governo Provisório, 15 de Novembro de 1889,
1o da Republica. (Ass.) Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisório;S.
Lobo; Rui Barbosa; Q. Bocaiuva; Benjamin Constant; Wandenkolk Corrêa. Nota: Todos que
assinam o documento eram Maçons.
O QUE É MAÇONARIA
E PARA QUE NOS REUNIMOS AQUI?
Ir. Pedro Neves
No ritual de aprendiz maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito, temos as seguintes
perguntas e respostas:
P – Para que nos reunimos aqui?
R – Para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros, e glorificar o direito, a
Justiça e a Verdade; para promover o bem estar da pátria e da humanidade, levantando
templos à virtude e cavando masmorras ao vício.
P – O que é maçonaria?
R- É uma instituição que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo
aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e a
religião.
Na prática, a maçonaria mostra que diferentemente do que ela ensina no ritual, as
atitudes e ações são completamente inversas.
Em um excelente artigo recente de um sábio escritor, ele disse: “Na maçonaria existem
os escravos e os tiranos, pode-se optar por ser uns ou outros”.
Não existe o combate a tirania, pois, ela é exercida por administrações seguidas sem a
devida contestação, e adotam o lema: aos amigos, tudo; aos inimigos os rigores da lei.
Os escravos são os que seguem de olhos fechados as determinações emanadas dos
que exercem a tirania. Eles são a massa de manobra e não possuem opinião própria, portanto,
não podem combater a ignorância, e admitem se pestanejar os preconceitos e os erros e
passam a ser inimigos do Direito, da Justiça e da Verdade, jamais podem promover o bem
estar da pátria e da humanidade e desconhecem o que seja levantar templos à virtude e cavar
masmorras ao vício.
Não existe meio de se tornar feliz a humanidade se não adotamos a prática do amor,
algo que está sendo desconhecido pela grande maioria da sublime instituição, o amor só existe
na teoria, não pode existe amor em templos que são usados para propagar o preconceito e a
intolerância contra outros irmãos, então, passa a reinar a desigualdade, sempre que se funda
uma nova loja, a primeira orientação aos seus membros e pela prática do preconceito com
outros irmãos e instituições, prega-se o ódio em vezes do amor, precisamos de mais Pontífices
na maçonaria (do Latim pontifex, construtor de pontes), para que possam ser a ponte a unir
instituições, mas, com a falta de amor só aparecem o que pregam a desunião e criam um
abismo que está ficando difícil de transpor e fazer uma união, são os falsos mestres que estão
levando a maçonaria a um triste fim como instituição, pois, hoje somos muitos, mas não tempos
união e não temos espírito de corpo, e quando uma instituição chega a este ponto o prenúncio
de seu futuro é péssimo. As divisões continuarão a existir porque existem alguns
administradores que não possuem a vontade de acabar com a hipocrisia existente, não querem
união e se esquecem que todas as potências brasileiras, sem exceção, em algum momento da
história já foram consideradas irregulares. Novas potências e obediências sempre surgirão,
vamos aguardar e ver qual será o futuro da maçonaria.
Há pouco tempo, em visita a um grupo de maçons e não maçons no interior do estado
de Minas Gerais e pude presenciar uma lição dada por um de seus integrantes, e que havia
sido convidado a participar do grupo para ingressarem em uma potência, ele disse: “acho
estranho a Fraternidade que vocês propagam, fui convidado para participar da maçonaria na
Capital e me avisaram que não poderia mais ter contato com os irmãos da loja que existe aqui
na cidade, eu considero a todos como amigos, convivo no dia a dia da cidade em suas casas e
com seus familiares, terei que em nome de participar da maçonaria, que virar as costas para
eles, acredito que vocês estão fazendo diferente do que ensinam”. Confesso que aquele
5 - o que é maçonaria e para que nos reunimos aqui?
Ir Pedro Neves
“profano” deu uma verdadeira lição sobre o que ele acredita seja a Fraternidade, ele anteviu
que se aceitar o que foi proposto deverá ser enquadrar e passar a usar cabresto ou, então,
será taxado de revolucionário. Eu pude sentir o constrangimento e vergonha do irmão que me
havia convidado a participar da reunião. A loja que já existe e com proposta de transferência de
obediência é constituída por valorosos obreiros, e possuem muita união, acredito que
futuramente deverão se enquadrar nas leis da potência que querem participar e perderão a
Liberdade que possuem se transformando em novos escravos dos tiranos, o tempo será o
senhor da razão, vamos aguardar.
Conheci e convivi com vários Grãos-Mestres e Soberanos Comendadores, tenho o
devido respeito por uma grande maioria, porque souberam cumprir com os seus deveres, mas
não posso deixar de mencionar os que foram excepcionais, que foram além dos deveres,
portanto, são destaques na Ordem Maçônica Nacional e Mundial.
Arlindo dos Santos, o maior de todos os Grãos-Mestres. Sempre colocou em prática os
ensinamentos maçônicos, para ele, todo iniciado em qualquer potência era um irmão, não tinha
preconceito, desconhecia as famosas e tristes divisões maçônicas, e sabia praticar a
Fraternidade, Igualdade e a Liberdade, seguia fielmente os ensinamentos do Divino Mestre:
“amai-vos uns aos outros, formai uma única família, sede todos irmãos”. Soube dar uma maior
dimensão à maçonaria mineira, fez crescer a potência da qual era o Grão-Mestre, ao assumir o
primeiro mandato tinha 54 lojas sob sua administração e, em duas administrações consecutivas
elevou o número de lojas para mais de 245, portanto, um aumento de mais de 445%, e
aumentou substancialmente o número de obreiros, transformando a potência em primeira do
Estado de Minas Gerais e a segunda no Brasil. Ao somarmos as realizações de crescimento da
potência, através de todos os Grão-Mestres anteriores e posteriores teremos menos que a
metade do total. Acreditem! Ele chegou a ser censurado e combatido por muitos na sua
audácia de fazer crescer a maçonaria. Hoje a potência é forte graças ao número de lojas e
obreiros, com sua visão focada no futuro deixou como legado a facilidade de se administrar
com grandes recursos financeiros proporcionados por sua política de expansão da Instituição,
mas, está havendo mais prosa do que ação. Tive a honra de ter sido iniciado, elevado e
exaltado a mestre por ele. Fui presidente de todos os corpos de aperfeiçoamento e filosóficos
sob o seu comando, e posteriormente com o seu falecimento o substituí como Grande Inspetor
Litúrgico do Supremo Conselho da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, hoje o
nome de Arlindo dos Santos é o patrono da Cadeira 001 da Academia Maçônica de Letras do
Brasil, da qual, eu sou o titular.
Getúlio Gadelha Dantas, Grão-Mestre que combateu com firmeza os desvios
maçônicos, teve a coragem para limpar a instituição maçônica colocando para fora de seus
quadros, os corruptos, estelionatários, quadrilheiros, traficantes, etc., enfrentou muitos
problemas na Ordem, inclusive os que lhe combateram, por promover a mencionada limpeza,
jamais, agiu como Pilatos “lavando as mãos”, o que hoje ocorre com muita freqüência, as
administrações querem ficar livres de problemas, mas, são incapazes de tomar uma atitude
séria, procuram sempre jogar as decisões nas costas de outros e se eximem de dar uma
solução, “lavam as mãos”, traindo os princípios maçônicos que vivem a pregar em belos
discursos, mas, são incapazes de colocá-los em prática com atitudes.
Hirohito Torres Lage, outro Grão-Mestre e Soberano Grande Comendador, destaque
internacional por sua atuação e membro honorário de várias instituições maçônicas mundiais, e
que vive plenamente maçonaria há mais de 45 anos, conheço poucos maçons que possuem
um grau de Fraternidade tão alto, ele se destacou por colocar a sua potência em alto conceito
nacional e para isso, se utilizou por diversas vezes de recursos financeiros do próprio bolso,
sofreu retaliações políticas por sua maneira de agir, por se tornar uma ameaça de levar para a
cadeia os corruptos e estelionatários da instituição, os que obtinham ganhos financeiros em
prejuízo da maçonaria, então, armaram um complô para excluí-lo da instituição, mas, jamais
conseguirão apagar a grandeza de seu nome dos anais da história maçônica.
Alberto Mansur, Soberano Grande Comendador do Rito Escocês Antigo e Aceito,
conhecido internacionalmente, sem dúvida, um dos maiores maçons com quem convivi. Ele
trouxe para o Brasil, Ordens Internacionais, tais como: Demolay, Filhas de Jó, Eastern Star e
outras. Ele colocou a maçonaria brasileira em uma vitrine mundial. Incansável trabalhador,
também fez crescer o Supremo Conselho Montezuma, que hoje possui uma nova dimensão. É
o maçom brasileiro mais laureado internacionalmente.
Para escrever sobre as figuras mencionadas seria necessário um livro para cada um, as
histórias são muitas, foram maçons plenos, os seus opositores sempre tentaram lhes diminuir
os feitos, ao contrário do D. Pedro I, que de maçom só teve o nome e o título de Grãos-Mestre,
que após quatorze dias de iniciado e como Grão-Mestre, decretou o fechamento da maçonaria
no Brasil por dez anos, os maçons escravos ou “viúvas”, que não se esquecem de sua figura,
sempre gostam de mencionar que ele foi Grão-Mestre da maçonaria, criaram medalhas e
diplomas com seu nome para homenagear outras pessoas, esquecem-se dos muitos que
realmente produziram para a maçonaria. Os escravos querem homenagear quem nada fez
pela instituição, ele pode ter sido uma figura de destaque em outras áreas, mas, pela
maçonaria não fez nada, foi um zero à esquerda, provavelmente ele foi o primeiro maçom
tirano no Brasil.
Por analogia, podemos dizer que existem dois tipos de maçom: o maçom gato e o
maçom cachorro. O maçom gato é o que vive em cima do muro, não é fiel, adora um de colo,
afagos, de tirar uma boa soneca, não se arriscam por nada, são incapazes de defender o seu
dono. O maçom cachorro é fiel e leal ao seu dono, é melhor amigo, está sempre vigilante, e é
capaz de dar a vida em defesa de seu dono. Você é um maçom que age como um gato ou
como um cão?
Os verdadeiros mestres da maçonaria são humildes, sábios e possuem luz própria, por
isso, se agigantam e brilham aos olhos das pessoas. Os falsos mestres agem com prepotência,
arrogância, autoritarismo, são pequenos em tamanho, e para parecerem grandes, sempre
procuram diminuir os outros, jamais serão grandes e nunca brilharão.
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PEDRO NEVES .’.
M.’. I.’. 33.’. MRA.’.
PRECEPTOR DA SUPREMA ORDEM CIVIL E MILITAR DOS CAVALEIROS
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Membro Efetivo da Academia Maçônica de Letras do Brasil
Cadeira 001 – Patrono: Arlindo dos Santos
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Academia Maçônica de Letras do Brasil.
Arcádia Belo Horionte
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Emerson Aparecido Millnitz –M.’.M.’. - Tesoureiro Loja Rui Barbosa n. 10 –
Oriente de Sertanópolis/PR – GOP – REAA
“...Quando existirem em Maçonaria Mestres esclarecidos capazes de ler e de escrever
a língua sagrada, então nossa instituição passará do Símbolo à Realidade. Ela
encarnará a Iniciação verdadeira e construirá efetivamente o Templo da Suprema
Sabedoria Humana...”
Oswald Wirth
“Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados àqueles que se mantiveram
neutros em tempos de crise moral.”
Inspirado na Obra – A Divina Comédia de Dante Alighieri
Palavras chave: Cristianismo – Santíssima Trindade – Colunas Gregas – Virtude –
Vício – Paixões – Arquitetura – Oswald Wirth – Caridade – Fé – Esperança - W. Kirk
Mac Nulty
Referências Bibliográficas:
Enciclopédia Maçônica de W. Kirk Mac Nulty
O Ideal Iniciático por Oswald Wirth
A Bíblia do Rei James
“Dedico este trabalho, aos Aprendizes e Companheiros da
Loja Rui Barbosa n.10 do Oriente de Sertanópolis/PR.”
Aprendizes:
Acácio de Oliveira Filho
Mario Trentini Neto
Tiago Trentini
Companheiros:
Marcelo Augusto Rocha
Mauricio José Razzaboni
As colunas necessárias
para sustentar os Templos a Virtude
Introdução:
Em nossas instruções de Aprendiz, ouvimos sempre que temos que construir Templos
a Virtude, mas para sustentar estes Templos, precisamos de colunas “pilares” fortes,
melhor dizendo, colunas inquebráveis.
Tais colunas precisam de materiais super-resistentes à qual,
somente o verdadeiro Maçom pode adquiri-los, e somente o
verdadeiro Maçom tem o poder de transformar, mudar e manipular
os elementos necessários para criação destas colunas.
Meus queridos Aprendizes, deste ponto em diante fiquem atentos a
tudo que será revelado para a elevação destas colunas, pois como
foi dito antes, somente o verdadeiro Maçom poderá manipular os
elementos para criar tais colunas.
Muitos Mestres Maçons jamais conseguiram manipular os
6 – as colunas necessárias Para sustentar os templos a virtude
Ir Emerson Aparecido; Millnitz
elementos necessários para a elevação das colunas de seus Templos, pois estão
presos aos vícios, ao hábito desgraçado, contrário a Virtude.
Mas os verdadeiros Maçons serão seus Mestres, caso vocês sejam Aprendizes de
verdade, capazes de distinguir o certo do errado, de não trazerem os preconceitos e
preceitos do mundo profano para dentro de sua Oficina, capazes de seguir os homens
livres e de bons costumes e ignorar os Mestres que utilizam a Maçonaria para seu
próprio interesse.
Os Aprendizes que realmente se dedicarem a cavar masmorras, a Hipocrisia, ao
Egocentrismo, ao Individualismo, ao Racismo, a Intolerância, a Omissão e dentre
tantos outros vícios, esses Aprendizes serão capazes de subir os degraus da escada
de Jacob e adquirir o conhecimento final, para elevarem suas colunas que iram
sustentar seus Templos a Virtude.
As colunas do Templo:
A Maçonaria faz largo uso de um simbolismo derivado da arquitetura clássica, em
particular das “Ordens Arquitetônicas”. Estas foram classificadas pela primeira vez
pelo arquiteto romano Vitrúvio, cujos escritos foram muito admirados e imitados no
Renascimento.
As cinco ordens mais conhecidas são: a Toscana, a Dórica, a Jônica, a Coríntia e a
Composta – conhecida como Romana.
O Renascimento assistiu a uma drástica elevação do status do arquiteto, uma vez que,
como Vitrúvio indicara, tal profissional deve ser capaz de desenhar e deve conhecer
filosofia, história, aritmética, geometria, música, medicina, direito e astronomia.
Todas essas habilidades estavam contidas nas Artes e Ciências Liberais, que eram
naquela época, o fundamento da instrução.
Na Maçonaria, as Ordens Arquitetônicas, mais utilizadas e mencionadas são: a Dórica,
a Jônica e a Coríntia (usadas na arquitetura Grega e não na Romana como muitos
confundem ainda hoje ).
Essas três colunas são encontradas em vários certificados, convites e artes maçônicas
desde o século XVII, à qual sustentam a personificação das três Virtudes Teologais –
Fé, Esperança e Caridade.
As Virtudes Teologais:
Definamos, em primeiro lugar, o que é virtude.
Tal pergunta já é feita ao profano, quando da cerimônia de sua Iniciação ao Primeiro
Grau.
A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite-nos não só a
praticar bons atos, mas a dar o melhor de que dispomos. Com todas as suas forças
físicas e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem, utilizando-
o na prática.
Se alguém busca sempre dizer a verdade, possui a virtude da
veracidade ou sinceridade. Se prima por ser, rigorosamente
honesto com o direito dos outros, tem a virtude da justiça.
Para os teólogos do Cristianismo, se adquirimos uma virtude por
esforço próprio, como as mencionadas acima, ela é uma virtude
natural. Mas, há virtudes que exigem muito mais para se
consolidar dependendo de um "dom divino" para serem
adquiridas, e a elas o homem não pode chegar só com seus
dotes naturais.
São as virtudes sobrenaturais ou teologais, assim chamadas porque dizem
diretamente à intervenção divina.
Na verdade, nada ocorre sem a presença de Deus. “Invocado ou não, Deus está
sempre presente”.
Primeira Virtude - A Fé:
Das três Virtudes Teologais, a Fé é fundamental.
Tal confusão surgiu nos primeiros anos do Cristianismo, quando o texto grego do
Evangelho foi traduzido para o latim.
Fé, fides, quer dizer "fidelidade", harmonia entre a alma humana e o espírito de Deus.
É, basicamente, uma "adesão pessoal" do homem a esse TODO MAIOR, uma atitude
de "alta fidelidade", de sintonia de frequência do receptor (homem) com o emissor
(Deus).
Como esse substantivo latino não tem verbo derivado do mesmo radical, como no
grego, os tradutores viram-se obrigados a recorrer a um verbo de outro radical,
valendo-se de credere, que em português ficou crer.
Crença, crer, com efeito, têm conotação diferente de Fé, de ter Fé. Refere-se a algo
incerto, vago, como quando dizemos: "creio que vai chover", "creio que Fulano mudou-
se de casa".
Crer em Deus não é o mesmo que ter Fé ou fidelidade a Deus. Quem tem Fé, fides,
fidelidade estabelece com Deus perfeita sintonia de pensamentos, palavras e obras.
Se o espírito humano não está sintonizado com o espírito de Deus, ele não tem Fé,
embora talvez creia. Tal pessoa pode, em tese, aceitar que Deus existe e, apesar
disso, não ter Fé.
Crer é um ato apenas intelectual, de quem se persuadiu de algo que lhe parece
verdadeiro.
Ter Fé vai mais longe: É uma atitude de consciência e de vivência, que brota da
experiência íntima. É o resultado de uma intuição espiritual, que transcende a mera
Intelectualidade.
A Fé implica certeza. Ter Fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus,
certeza que vai muito além do âmbito da crença.
Conseguir a Fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer "eu creio", mas afirmar
"eu sei", ou seja, eu saboreio, sendo este o significado etimológico de saber, com
todas as dimensões da razão, iluminadas pela luz do sentimento.
Essa Fé não é de boca para fora, recitada. É profunda, inabalável, não estagnando em
nenhuma circunstância de vida, habilitando-nos a superar os maiores obstáculos.
É nesse sentido que "a Fé remove montanhas", que são os entraves encontrados em
nosso caminho evolutivo, ou seja, os vícios, as paixões, os preconceitos, a ignorância,
os interesses puramente materiais, as dores, os reveses, o infortúnio etc.
Em outras palavras, com a certeza na assistência de Deus, a Fé exprime a confiança,
que sabe enfrentar todas as lutas e problemas, com a luz divina no coração.
A Fé inteligente:
A Maçonaria insiste em que a Fé não pode ser reduzida à simples crença em certos
dogmas religiosos, aceitos sem exame, anulando-se a razão. Essa é uma "fé cega",
comparável a um farol, cuja luminosidade não atravessa o nevoeiro, deixando o
navegante sem saber seu rumo nos momentos de tormenta.
Para a Maçonaria, a verdadeira Fé é esclarecida, como um foco elétrico, que ilumina
com brilhante luz o caminho de nossa evolução, a ser percorrido.
Vamos chama-la de "Fé racional" e, por isso mesmo, robusta. Necessita ser
conquistada, porquanto passa pelas tribulações da dúvida, pelas aflições que
embaraçam o caminho dos que buscam o livre exame e a liberdade de pensamento.
Em vez de dogmas e mistérios, cumpre-nos reconhecer os princípios que regem o
mundo e o homem.
Assim, a verdadeira Fé é inteligente, porque se apoia na lógica. Não basta somente
dizer "tenho fé". É indispensável conhecer, compreender, saber a dinâmica dessa
certeza.
A Fé não dispensa o suporte da razão. "Quem tem olhos de ver, que veja!". Basta
lançar nossos olhos sobre as obras da criação, para se ter certeza da existência de
Deus. Não há efeito sem causa. O Universo existe; ele tem uma causa. Duvidar da
existência de Deus seria negar esse axioma das ciências e admitir que o nada possa
fazer tudo.
Deus é a Grande Lei que estabeleceu e mantém a Harmonia Universal. É o Grande
Arquiteto do Universo. Duvidar da existência de Deus é duvidar de si mesmo!
Segunda Virtude - A Esperança:
A Esperança é a filha dileta da Fé.
A Fé vivida em plenitude, como acima definida, já contém a Esperança, virtude
teologal, pela qual confiamos na promessa da vida eterna.
Em Maçonaria, usamos a expressão "Oriente Eterno", no
sentido de que a alma é imortal e o fenômeno a que se chama
morte não é, senão, a transição de uma etapa de nossa
evolução infinita.
Por isso, a pessoa consciente, que possui a virtude da
Esperança, é capaz de vencer o medo, as tribulações, as
intempéries da vida diária, com compreensão e resignação,
agradecendo a dádiva das provas e provações que Deus nos
oferece, para que nos aperfeiçoemos em nossa caminhada
espiritual, na busca da LUZ que vem do Oriente.
Terceira Virtude - A Caridade:
Enquanto a Fé e a Esperança são virtudes que vivenciamos
em um plano subjetivo, a Caridade é uma ação explícita, em
nível objetivo. É uma atuação, embora deva ser silenciosa.
Sua prática desenvolve a Fé e a Esperança.
Um dos fundamentos da Ordem Maçônica é a prática da Caridade, sob a forma de
filantropia, visando ao bem estar do gênero humano.
De fato, nossa Instituição não está constituída para se obter lucro pessoal de nenhuma
espécie, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos destinam-se a contribuir
materialmente para aqueles que estão privados dos meios de prover uma digna
subsistência.
E "que nossa mão esquerda não saiba o que dá nossa mão direita".
No entanto, independente de qualquer aspecto pecuniário, o Grande Arquiteto do
Universo nos dá a oportunidade de, em qualquer parte, praticar a "caridade maior", a
caridade moral, pois "nem só de pão vive o homem".
Ninguém precisa dispor de recursos materiais para praticar essa Caridade. Entretanto,
ela é a mais difícil e, por isso, a mais valiosa. Vejamos alguns exemplos:
Fazer aos demais o que desejaríamos que fosse feito conosco;
Perdoar as ofensas tantas vezes quanto forem necessárias;
Respeitar-nos semelhantes à LIBERDADE de opiniões e pensamentos divergentes
dos nossos
Ter pelo próximo, solidariedade fraternal, FRATERNIDADE;
Lutar pela IGUALDADE de direitos entre as pessoas;
Abster-se de julgamentos precipitados e de juízos temerários.
A lista é imensa. O que importa é sabermos que essa "caridade moral" não implica
subserviência de nossa parte. Pelo contrário, quanto mais nos respeitemos e
qualifiquemos, mais capacidade, teremos de nos dar, de amar, de sermos caridosos.
Para o Maçom, a Caridade significa muitas coisas. Em primeiro lugar, é a mais
elevada das Virtudes Teologais, como ilustra este candelabro de prato do século XIX ,
à qual a Caridade é sustentada por uma coluna Dórica, uma Jônica e uma Coríntia.
Em segundo lugar, é algo a ser praticado entre os Irmãos.
Em 1886 os Estados Unidos da América e o Canadá, formaram a Associação Geral
Maçônica de Beneficência, para dar assistência a Maçons viajantes que andavam
longe de seu lar, de sua família e de sua Loja.
Por fim, é algo a ser praticado no contexto da sociedade mais ampla, assim como
aconteceu na Europa, no rigoroso inverno de 1789, nossos irmãos franceses
comprometeram-se a socorrer os afligidos pela situação.
“As boas obras unem os cidadãos do mundo, de um polo a outro.”
Conclusões:
A Maçonaria, principalmente o Rito Escocês Antigo e Aceito assim como a Franco
Maçonaria, utiliza uma ampla simbologia, neste trabalho apresentei aos meus irmãos –
A Arquitetura – O Cristianismo e A Filosofia.
Em nosso rito, somos ricos em alusões às maiores artes de nossa história, à quais
vários homens livres e de bons costumes, sempre utilizaram para a Elevação de seu
espírito.
Meus queridos aprendizes não fiquem assustados, pois o Senhor do Tempo, dará o
tempo necessário para que os irmãos estudem o suficiente para poderem manipular
os elementos mais ricos e sublimes de nossa Ordem.
Se tornem verdadeiros Maçons, estudem: A Alquimia na Maçonaria – O Esoterismo –
A Cabala – O Renascimento – O Iluminismo – As religiões Anglo-Saxões e dentre
tantas outras, que ainda serão reveladas, em cada degrau.
Não vivam de glórias de grandes Irmãos de nossa Ordem, procurem elevar seu
espírito, para que vocês possam ser os grandes nomes desta Cultura, que sempre
respeitou todas as formas de se chegar a Deus, o verdadeiro Maçom está em
construção constante de seu espírito.
E estudem outros Ritos Maçônicos, por exemplo: o Rito de Schröder, à qual é dirigido
mais a Deus e ao Universo, sem tantas alusões como no Rito REAA.
Lojas Aniversariantes do GOSC
Data Nome Oriente
15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão
22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho
25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis
01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis
01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão
11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul
13/12/1983 Nova Aurora Criciúma
18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo
20/12/2003 Luz Templária Curitibanos
22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis
21/121999 Silvio Ávila Içara
Lojas Aniversariantes do GOB/SC
Data Nome Oriente
15.11.01 Verdes Mares – 3426 Camboriú
15.11.96 Verde Vale – 3838 Blumenau
19.11.80 União Brasileira – 2085 Florianópolis
19.11.04 Verdade e Justiça – 3646 Florianópolis
21.11.69 Jerônimo Coelho – 1820 Florianópolis
22.11.95 Luz da Verdade – 2933 Lages
24.11.92 Nereu de O. Ramos – 2744 Florianópolis
25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho
25.l1.06 Obreiros da Terra Firme – 3827 Florianópolis
29.11.11 Ciência e Misticismo – 4177 São José
7 - destaques jb
Resenha Geral
Lojas Aniversariantes da GLSC
Data Nome Oriente
17/11 14 de Julho nr. 3 Florianópolis
17/11 Rei David nr. 58 Florianópolis
17/11 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau
18/11 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville
19/11 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba
19/11 Manoel Gomnes nr. 24 Florianópolis
19/11 Fraternidade Lourenciana nr. 86 São Lourenço do Oeste
21/11 Fraternidade Capinzalense Capinzal
21/11 União e Verdade Florianópolis
21/11 Liberdade e Justiça Abelardo Luz
24/11 Ary Batalha São José
02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau
02/12 Lauro Mullher São José
06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma
07/12 Voluntas Florianópolis
09/12 Igualdade Criciumense Criciumense
LOJAS SIMBÓLICAS – SANTA CATARINA
CALENDÁRIO DE ordens do dia – EVENTOS – CONVITES
Data Hora Loja Endereço Evento – Ordem do Dia
15.11.13 20h00 Loja Templários da Boa Ordem, 97
GOSC
Templo GOSC –
Tubarão
Homenagem à
Proclamação da República.
15.11.13 8º. Congressso Estadual da Ordem
DeMolay – Programação abaixo
18.11.13 20:00 Loja Harmonia e Fidelidade 4129 -
GOB/SC
Itapema-SC (ao lado
Matriz Sto. Antônio)
Sagração do Templo
19.11.13 20h00 Loja Renascer do Vale 4007 GOB/SC Rua Anibal de Lara
Cardoso, 245 Penha
Sessão Magna Elevação:
Ewerton Fernandez; Jorge
Luiz Rodrigues Madeira e
Walter Riedel Neto
25.11.13 20h00 Loja Pedreiros da Liberdade nr. 75 Condomínio
Itacorubí
Palestra com o Dr. Ivan
Moritz sobre “A saúde do
homem maduro”
Serão realizadas as seguintes atividades:
1 - Palestra 1 – 15/11/2013 – 14:00 hs às 15:30 hs: Tema: Energias Renováveis, ministrada
por Maury Garret da Silva
2 - Palestra 2 – 15/11/2013 – 15:30 hs às 17:00 hs: Tema: O Novo Código Ambiental,
ministrada pelo Deputado Estadual Romildo Titon
3 - Palestra 3 – 15/11/2013 – 18:00 hs às 20:00 hs: Tema: O que você tem a ver com a
corrupção, ministrada pelo Promotor de Justiça Afffonso Ghizzo Neto
4 - Workshop 1 – 16/11/2013 – 13:30 hs às 14:30 hs: Tema: A atuação dos Conselhos
Consultivos nos Capítulos, ministrada pelo palestrante Omar Rogério, Grão Mestre Nacional
do Supremo;
5 - Workshop 2 – 16/11/2013 – 13:30 hs às 14:30 hs: Tema: Maçonaria: Algumas
considerações para não iniciados, ministrada pelo palestrante Geraldo Morgado, Tio Maçom
da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Alferes Tiradentes;
6 - Workshop 3 – 16/11/2013 – 13:30 hs às 14:30 hs: Tema: Debate sobre o Ordem Demolay,
ministrada pelo palestrante Douglas Rui Aguiar, Grande Mestre Nacional Adjunto do
Supremo.
7 - Palestra 4 – 16/11/2013 – 14:30 hs às 15:30 hs: Tema: Motivação, ministrada por Dulce
Magalhães.
15 DE NOVEMBRO
República aos Brasileiros !
Bradavam estudantes, artistas,
Grupos e grupos inteiros,
Comerciantes, jornalistas ,
Todos patriotas, ordeiros !
Mescla de ativistas
Com um propósito sério,
Face ao jugo dos imperialistas,
De ver findar o império
Dos persistentes absolutistas !
Ao povo, então, vitupério !
Ver reinar a improbidade
Corruptível e sem critério
Daquela isolada sociedade
Qual vivia, envolta em mistério !
Premente a necessidade,
Do sonho republicano
Tornar-se, pois, realidade
Fez crescer no cotidiano
A obstinação pela igualdade !
fechando a cortina
Um sentimento ufano
Arvora-se pela democracia !
Marechais Deodoro, Floriano,
Pela liberdade à porfia,
Que, anseio humano !
Cresceu, pois, a confraria
Homens em nobre missão
Bocaiúva, Constant, em sinergia
Junto a Sales, Barbosa, em união
A repudiar a monarquia !
E consagrou-se assim, a nação !
Desse povo ordeiro e varonil
Com a força da fé, da razão,
Fez-se a República do Brasil
Com sua justa, Proclamação !
Ir Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
São Bernardo do Campo SP.

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As origens das Colunas B e J na Maçonaria

  • 1. JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1.170 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) – sexta-feira, 15 de novembro de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião: Ir. Ailton Elisiário – Sem mandato ou com ? Bloco 3 - Ir Paulo Roberto “On Line” – A origem dos Símbolos das Colunas “B” e “J” ... Bloco 4 – IrJoão Ivo Girardi – Proclamação da República Bloco 5 – IrPedro Neves – O que é a Maçonaria e Por que nos reunimos aqui? Bloco 6 – IrEmerson Aparecido Millnitz – As Colunas necessárias para sustentar os Templos ... Bloco 7 – Destaques JB – (Homenagem especial do Ir. Adilson Zotovici) Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet – Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Hoje, 15 de novembro de 2013, 319º dia do calendário gregoriano. Faltam 46 para acabar o ano. Dia da Proclamação da República do Brasil; Dia do Esporte Amador; Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
  • 2.  1777 - Depois de 16 meses de debate, o Congresso Continental aprova os Artigos da Confederação na temporária capital localizada em York, na Pensilvânia. Entre outras diretrizes esse artigo oficializa o nome da Confederação em Os Estados Unidos da América.  1884 - Início da Conferência de Berlim: a repartição das colônias européias na África.  1887 - Emancipação do município de Anápolis, Goiás.  1889 - Proclamação da República brasileira. Rui Barbosa assina o primeiro decreto do governo provisório.  1895 o Fundação do Clube de Regatas do Flamengo. o O Papa Leão XIII cria a Diocese do Espírito Santo.  1905 - Inauguração da Avenida Central, atual Avenida Rio Branco no Rio de Janeiro.  1908 - Primeira manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas por intermédio da mediunidade de Zélio Fernandino de Moraes, no distrito de Neves, em São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro, fundando então a Umbanda.  1911 - Fundação do Clube 15 de Novembro de Campo Bom, no Rio Grande do Sul.  1913 - Fundação do Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba.  1924 - Fundação do Esporte Clube XV de Novembro de Jaú.  1936 - Mihara (Hiroshima, Japão) recebe estatuto de cidade.  1938 - Fundação do Íbis Sport Club, que é ironicamente chamado de o pior time de futebol do mundo.  1942 - Segunda Guerra Mundial: fim da Batalha de Guadalcanal.  1945 - Venezuela é admitida como Estado-Membro da ONU.  1982 - São realizadas as primeiras eleições diretas no Brasil desde o golpe de 1964 (exceto para presidente).  1983 o Inauguração do Estádio Aderbal Ramos da Silva, a "Ressacada", de propriedade do Avaí Futebol Clube. o O Estado Federado Turco do Chipre se autoproclama República Turca de Chipre do Norte.  1988 o Yasser Arafat, no exílio, proclama o Estado da Palestina. o Único lançamento do ônibus espacial soviético Buran. o Fundada a TV Santa Cruz, afiliada da Rede Globo em Itabuna, na Bahia.  1989 - Realizada, em meio às comemorações dos cem anos da República brasileira, a primeira eleição presidencial direta em quase trinta anos. O resultado é prorrogado para um segundo turno.  1999 o Fundada a RedeTV!. o Lançado o site de animais de estimação virtual Neopets.  2001 - Lançamento do video game Xbox. 1 - almanaque Eventos Históricos Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
  • 3.  2008 - Concedida anistia política ao presidente brasileiro João Goulart, o único a morrer em exílio após ser deposto pelo golpe de 1964.  Dia de Nossa Senhora do Rocio - Padroeira do Paraná  Dia do Esporte Amador (Brasil)  Dia Mundial em Memória das Vítimas na Estrada (comemorado anualmente no 3º domingo de Novembro)  Dia do Joalheiro (Brasil)  Proclamação da República do Brasil - Feriado nacional.  Roma antiga: Festival de Feronia, deusa dos bosques e florestas.  Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa (Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 17ª edição e arquivo pessoal) 1775 Publicação do primeiro Calendário Maçônico, em Londres 1815 Instalada a Loja Comércio e Artes, no Rio de Janeiro, no Rito Adonhiramita. 1876 Fundação do General Grand Chapter da Ordem da Estrela do Oriente 1906 Lauro Sodré, Barbosa Lima, Tasso Fragoso, Olva Bilac e outros intelectuais propõem a criação do Dia da Bandeira. 1952 Tratado de Amizade entre o Grande Oriente do Brasil; e a Grande Loja de São Paulo. 1964 Fundado o Grande Oriente do Maranhão, federado ao GOB 1979 Fundação da Loja Ciência e Trabalho nr. 30, de Tubarão, que trabalha no REAA (GOSC) 1983 Fundação da Grande Loja de Sergipe. 2000 Os três Capítulos dos Maçons do Real Arco brasileiros enviam petição ao General Grand Chapter of Royal Arch Masons International para a fundação de um Grande Capítulo no Brasil para o Rito York americano, o Rito inglês antigo. feriados e eventos cíclicos fatos maçônicos do dia
  • 4. SEM MANDATO OU COM? O Ir Ailton Elisiário é economista, advogado, professor da Universidade Estadual da Paraíba e membro da Academia de Letras de Campina Grande. Neste último final de semana o escritor Josué Sylvestre, com a chancela da Academia de Letras de Campina Grande, da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba e do Instituto Histórico de Campina Grande, teve a satisfação de lançar um livro publicado pela Editora da Universidade Estadual da Paraíba. Com o título “Meio Século de Vida Pública sem Mandato ou com?”, o confrade Josué trata em suas 551 páginas de fatos e personagens da história de Campina Grande e da Paraíba, no período de 1950 a 1985. É o primeiro volume de uma edição de dois, estando programado o lançamento do segundo para 2014, por ocasião das comemorações do Sesquicentenário de Campina Grande, abrangendo o período de 1986 a 2000. Nosso acadêmico é “expert” na história política de Campina Grande e da Paraíba, tendo já lançado três livros nesta área, intitulados “Da Revolução de 30 à Queda do Estado Novo”, “Lutas de Vida e de Morte” e “Nacionalismo & Coronelismo”, que brevemente estarão sendo relançados por aquela mesma Editora. O livro ora entregue ao público difere desses três no estilo, mas mantém o mesmo compromisso com a verdade dos fatos observado por aqueloutros. As memórias são arrancadas de sua vida em fatos vividos, assistidos ou acompanhados, sem omissão de injustiças e decepções sentidas, mas sem que o livro se torne autobiográfico. Josué, preservando o respeito aos pesquisadores, à semelhança do historiador pernambucano Paulo Cavalcanti “conta o caso como o caso foi”, incluindo por isto também as situações amargas ocorridas, em discordância do memorialista gaúcho Álvaro Moreyra que opta pela não abordagem das situações amargas. Sua redação é leve e descontraída, sua linguagem é coloquial, a narrativa vai das tensões e ardores dos grandes embates ao relaxamento e risos do folclore político. Cenas públicas e de bastidores, atos de comícios e de gabinetes, dizeres verbais e escritos, fotos de momentos e de documentos e tantos outros eventos estão registrados nas páginas do livro, com o concurso de vários amigos do autor. A história política de Campina Grande e da Paraíba se enriquece com os registros desta obra que,como diz o autor, sem mandato político, mas com mandato de cidadania, ainda hoje de longe vive a política desta terra. 2 - Opinião - “ sem mandato ou com ? ” Ir Ailton Elisiário
  • 5. Este Bloco é produzido às sextas-feiras pelo Ir. Paulo Roberto VM da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) - Florianópolis Contato: prp.ephraim58@terra.com.br Paulo Roberto As Origens do Símbolo das Colunas “B” e “J” na Maçonaria Para que seja bem compreendido o simbolismo maçônico, necessário se torna buscar-lhe as fontes e encontrar-lhe as origens. Para um símbolo tão complexo como o das Colunas B e J, seria pueril procurá-lo simplesmente na Bíblia. É mais do que certo, então, chegar o pesquisador a conclusões erradas. O simbolismo maçônico formou-se, de um lado, com tudo aquilo que os Maçons Operativos, construtores de catedrais e outros monumentos medievais, legaram aos Maçons Especulativos. Outros símbolos foram introduzidos em nossa Instituição por cabalistas, alquimistas, hermetistas, rosacrucianos e outros amadores de ciências ocultas, Maçons Aceitos que pertenceram às primitivas Lojas Especulativas. Estes ocultistas, dos quais existem numerosos traços nos primórdios da Maçonaria Especulativa, transferiram para a Instituição parte do seu cerimonial e de seus símbolos. As espadas, as velas, a câmara de reflexão, o painel da Loja, são vestígios cabalísticos, como também as Colunas B e J. Os cabalistas estabeleciam uma ligação entre as duas colunas e o nome de Deus. As duas colunas eram à base de um triângulo, cujo vértice era o Altar colocado no centro do Templo Sagrado, “como o coração é o centro do homem”. Consideravam a Nome Divino como o “coração” do Templo. Os alquimistas legaram à Maçonaria a sua interpretação das colunas B e J; o Sol e a Lua; o Enxofre, o Mercúrio e o Sal, que são os três princípios da Natureza; os quatro elementos herméticos: Ar, Água, Terra e Fogo, o VITRIOL etc. Para os alquimistas, efetivamente, as Colunas B e J, profusamente usadas em sua iconografia, representavam os princípios Fêmea e Macho, respectivamente, o que está de acordo com as explicações fornecidas pelo Ir.: Adolfo Terrones Benitez. O Sol e a Lua tinham o mesmo sentido, mas representavam também o ouro e a prata. Para os hermetistas, 3 – a ciência e a cabala – por que temer o futuro? - Ir João Anatalino
  • 6. o Enxofre era o princípio macho, o Mercúrio, o princípio fêmea e o Sal representava o princípio neutro. As Colunas B e J representavam para os ocultistas, que impregnaram a Maçonaria com as suas doutrinas, os princípios masculino e feminino, considerados base da criação. Em seu “Livre Du Compagnon”, Oswald Wirth escreveu um parágrafo que nos permitiremos reproduzir: “Nunca houve contestações sobre o sexo simbólico dessas duas colunas, a primeira sendo suficientemente caracterizada como masculina pelo Iod inicial que a designa habitualmente. Este caráter hebraico corresponde, com efeito, à masculinidade por excelência, Beth, a segunda letra do alfabeto hebraico, é considerada, por outro lado, como essencialmente feminina, visto que o seu nome significa casa, habitação, de onde surge a ideia de receptáculo, de caverna, de útero etc. A Coluna J é, portanto masculina-ativa e a Coluna B feminina-passiva. O Simbolismo das cores exige, em consequência, que a primeira seja vermelha, e a segunda branca ou preta.” Pronunciamentos muito interessantes foram feitos por Maçons eruditos, dos quais reproduziremos alguns a título ilustrativo. O simbolista Mackey escreve, por exemplo, em sua “Encyclopaedia of Freemasonry”: “Na verdade, a coluna circular e monolítica, quando solitária, representava para as mentes dos mais antigos o falo, símbolo da fecundidade da natureza e da energia criadora e geradora da Divindade, e é nas colunas fálicas que devemos procurar a verdadeira origem do culto das colunas, que foi realmente o culto predominante entre os antigos.” Os povos primitivos, muito mais próximos da natureza que os modernos, e sem muitas preocupações de ética e pudor, consideravam o falo como um símbolo religioso que representava a fecundidade da Natureza, adorando-o sem preconceitos ou preocupações de lascívia. Este culto foi universal e constatado não somente na Europa e na Ásia, mas ainda no antigo México e até no próprio Taiti. Na Grécia e em Roma, o falo era levado em procissões e, por toda a parte, era considerado como signo protetor, sendo representado na fachada das casas e das próprias igrejas ou trazido como amuleto. A figa é uma reminiscência destas superstições que se perdem na noite dos tempos. Também Elifas Levi escreve em seu “Dogma e Ritual de Alta Magia” um parágrafo que consideramos uma joia para os estudiosos: “Adão é o tetragrama humano, que se resume no Iod misterioso, imagem do falo cabalístico. Ajuntai a este Iod o nome ternário de Eva, e formareis o nome de Jehovah, o tetragrama divino, que é a palavra cabalística e mágica por excelência: Iod, he, vau, he, que o sumo sacerdote, no templo, pronunciava Iodcheva.” Não menos importante para a compreensão do símbolo é uma nota de Jules Boucher, em “La Symbolique Maçonnique”, sobre o significado oculto das palavras IAKIN e BOAZ, que reproduziremos por inteiro. Diz ele:
  • 7. “Parece-nos útil dar aqui uma opinião etimológica que diz respeito à IaKiN e a BoaZ, opinião proveniente de uma tradição semítica muito segura. Lendo-se os dois nomes IaKiN e BoaZ e invertendo-os (regra habitual, essencialmente tradicional e nitidamente obrigatória, para a conservação do segredo, de todo rito especificamente mágico), obter-se-á os nomes NiKaI e ZoaB que são (se forem consideradas tão somente as consoantes, letras masculinas, únicas importantes e constituintes) os dois vocábulos indicando, o primeiro a cópula, o coito (NK), o ato sexual gerador e criador dos Mundos e o segundo (ZB) o órgão fecundante, o falo. Assim, o simbolismo sexual das romãs toma todo o seu sentido e todo o seu valor. Um dos desenhos mais particularmente simbólicos do Mestre Oswald Wirth, servindo de frontispício à Maçonaria Oculta de Ragon, edição de 1926, indica nitidamente este simbolismo “para aqueles que sabem ver e compreender”, inscrevendo a palavra BOHAZ invertida sobre a coluna à direita do desenho.”. Este desenho foi repetido na edição de 1963 do “Livre Du Maitre” de Oswald Wirth. Na coluna da esquerda, de acordo com o ritualismo do Rito Moderno, está escrito IAKIN e na direita ZAHOB. Ressalta Jules Boucher que semelhante etimologia não deixará de perturbar alguns pudicos revoltados e alguns, principalmente, católicos antiquados, persuadidos que a Maçonaria é a Sinagoga de Satã e uma escola de depravação, e conclui: “Não se deve tratar de desenganá-los, mas simplesmente repetir a célebre sentença: “tudo é puro para os puros”, e reter firmemente o aspecto magnificamente criador (diríamos quase demiúrgico – de demiurgo, significando: “nome, que os philósophos platónicos davam ao criador dos homens”) deste símbolo.”.
  • 8. Texto extraído do Vade-Mécum Maçônico “Do Meio-Dia à Meia-Noite”. Obra do Ir. João Ivo Girardi, da Loja Obreiros de Salomão nr. 39 (Blumenau). Contato: joaogira@terra.com.br PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: 1. No dia 15 de Novembro de 1889, foi proclamada a República do Brasil. A partir de 1870, com a fundação do Clube Republicano, presidido pelo maçom Quintino Bocaiúva, uma das maiores expressões, intensifica-se a ação política na Ordem pelo movimento. Em seguida o Grão-Mestre Saldanha Marinho publica um manifesto acelerando o movimento e em setembro passa a circular o jornal: A República. O movimento foi tomando corpo e a ele se uniram fervorosamente Silva Jardim, Quintino Bocaiúva, Campos Sales e Rui Barbosa, enquanto o Império estava sustentando uma crise cada dia mais grave sob o aspecto da questão religiosa, a questão militar e a própria abolição da escravatura. Em 11 de novembro de 1889, reuniam-se os Irmãos Bocaiúva, Rui e Sólon Ribeiro com Aristides Lobo e Francisco Glicério. Dão eco a um boato de suposta prisão de Deodoro e Benjamim Constant, o que faz com que o tenente-coronel Silva Teles reúna as tropas em São Cristóvão, mandando-as para o Campo de Santana. Hélio Silva em sua obra: O Primeiro Século da República conta-nos a sua versão do dia 15 de novembro de 1889: Deodoro propunha-se a depor o Gabinete Ouro Preto. Devido ao seu estado de saúde, só ali, junto à tropa, é que montou a cavalo. Como era de praxe, ao assumir o comando ergueu o boné e deu o grito de Viva o Imperador, que segundo testemunhas da época, foi abafado por salvas de artilharia, ordenadas por Benjamim Constant. O general combalido pela doença, visivelmente abatido, penetra no quartel-general e vai ao encontro de Ouro Preto: Vossa Excelência e seus colegas estão demitidos por haverem perseguidos oficiais do Exército, e revelarem o firme propósito, em que estavam, de abaterem ou mesmo dissolverem o próprio Exército. E, finalizando a breve alocução, diz ainda: nos pântanos do Paraguai, muitas vezes atolado, sacrifiquei minha saúde em benefício da Pátria... Nesse ponto, Ouro Preto, altivo, observa: Maior sacrifício, General, estou fazendo, ouvindo-o falar. Preso sob palavra, todo o gabinete aos gritos de Viva a República, estava proclamada e extinta a monarquia no Brasil. Assim nos relata o nosso Irmão Frederico G. Costa este acontecimento: O Decreto N.º1, datado de 15 de novembro de 1889, instituindo a República, nascida de Golpe Militar, não contra a Monarquia, mas a favor dos interesses políticos, nos quais a Maçonaria, como Instituição, a nosso ver, pouca ou nenhuma participação teve, em que pese ter, entre os conspiradores, obreiros dignos de suas Colunas. 2. Maçonaria: O Irmão José Castellani defende a seguinte tese: A Proclamação da República não foi feita pela Maçonaria e sim pelo Exército. Existiam Clubes Republicanos, que eram na verdade de inspiração maçônica. Entretanto a maior parte dos militares não era maçom na época. Representavam uma elite pensante. No livro: História do Grande Oriente do Brasil, Castellani relata assim os primeiros e agitados anos da República: Implantada a 4 - “ proclamação da república “ Ir João Ivo Girardi
  • 9. República, Deodoro, assumiria o poder, como chefe do Governo Provisório, com um ministério totalmente constituído de maçons: Quintino Bocaiúva, na Pasta dos Transportes; Aristides Lobo, na do Interior; Benjamim Constant, na da Guerra; Rui Barbosa, na da Fazenda; Campos Salles, na da Justiça; Eduardo Wandenkolk, na da Marinha; e Demétrio Ribeiro, na da Agricultura. Esses homens foram escolhidos, por representarem - com exceção de Rui, que era chamado de republicano do dia 16 - a nata dos republicanos históricos, que, por feliz coincidência, pertenciam ao Grande Oriente do Brasil, numa época em que a Maçonaria abrigava os melhores homens do país e a intelectualidade da nação. A 19 de dezembro do mesmo ano de 1889, Deodoro - iniciado na Loja Rocha Negra (RS), a 20 de dezembro de 1873 - era eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. Ele só tomar posse do cargo, todavia, a 24 de março de 1890. Deodoro, na realidade, pouco podia se dedicar ao Grão-Mestrado, pois o novo regime necessitava de consolidação e não contava com o consenso de seus artífices, já que, desde os primeiros momentos, havia duas correntes republicanas, com ideias antagônicas: uma queria uma república democrática representativa, enquanto a outra desejava uma ditadura sociocrática do tipo comtista, ou seja, de acordo com a doutrina positivista de Comte (e não se pode esquecer que grandes maçons expoentes do movimento republicano, como Benjamim, Lauro Sodré e Júlio de Castilhos eram positivistas). Acabaria vencendo a corrente democrática, sustentada por Rui Barbosa, seu maior expoente e a cuja diligência deve-se a elaboração do projeto de Constituição Provisória, em decorrência da qual se instalou, a 15 de novembro de 1890, o Congresso Constituinte, que, a 24 de fevereiro de 1891, aprovava e promulgava a primeira Constituição da República, a qual instituiu o presidencialismo e o federalismo. Dois dias depois, eram realizadas as eleições indiretas, com duas chapas concorrentes, ambas compostas por maçons: Deodoro, para presidente, e Eduardo Wandelock, para vice; e Prudente de Moraes, para presidente, e Floriano Peixoto, para vice. A vitória foi de Deodoro, por pequena margem, mas, como vice, foi eleito Floriano. Nessa ocasião, o Grande Oriente do Brasil enviava carta de congratulações ao seu Grão-Mestre, a qual foi respondida a 5 de março. Estava assim redigida, com o timbre do Gabinete da Presidência da República: As Altas Dignidades do Grande Oriente do Brazil: S S S A prancha de 2 do corrente mez E V, em que me apresentaes felicitações pelo cargo de Presidente Constitucional da República dos Estados Unidos do Brazil, com que me honrou o Congresso Nacional está recebida. Ela assaz penhourou-me, não só por partir de vós Irs respeitados pelo caracter e pela virtude, que pautam vossos actos pelas lições do Supr Arch do Univ como também pela confiança que mostraes continuar a depositar em minha pessoa e pelos votos que fazeis pela minha felicidade. Todavia uma crise, envolvendo o Executivo e o Legislativo, já se desenvolvia, desde janeiro desse ano, quando o ministério, chefiado pelo antigo líder conservador, barão de Lucena, mostrou-se impotente para enfrentá-la (daí o grande número de votos dados a Prudente, contra Deodoro na eleição indireta). Politicamente inábil - embora militar brilhante - Deodoro tinha que enfrentar um Parlamento hostil e, por parte da imprensa, críticas a que não estava acostumado e que levariam ao decreto de 23 de dezembro de 1889 - chamado de decreto rolha - que instituia violenta censura à imprensa. Além disso, muitos dos seus ministros discutiam, como são de hábito num regime democrático, os seus atos, opondo-se algumas vezes a eles, o que ele não aceitava, por sua formação na caserna; isso levaria à crise de janeiro de 1891, quando os ministros pediram demissão. Nessa ocasião foi que, demonstrando sua inabilidade, convocara, para compor o novo ministério, o barão de Lucena, notório monarquista, o que desagradou a todos os republicanos históricos. Em
  • 10. consequência do difícil relacionamento, o Congresso viria a ser dissolvido, concretizando o primeiro - de uma longa série - atentado à democracia republicana. Ocorreu que, para que Deodoro fosse eleito, houvera uma verdadeira corrente de ameaças, aos congressistas, veladas, ou claras, de uma reação armada, partidas tanto do Exército quanto da Marinha. Isso foi o que gerou o ambiente hostil. E Deodoro, não podendo governar com o Congresso, dissolveu-o a 3 de dezembro de 1891. Com isso perdeu todos os apoios, inclusive nos meios militares, pois uma ditadura seria uma mancha muito grande para um regime republicano, que ainda engatinhava e que procurava a sua consolidação. E, quando a 23 de novembro o almirante Custódio de Mello, a bordo do encouraçado Riachuelo, declarou-se em revolta, em nome da Armada. Deodoro, isolado, renunciava à presidência, para não desencadear uma guerra civil, entregando o governo a Floriano, seu substituto constitucional. Obviamente, como uma amostra do povo brasileiro, os meios maçônicos também reagiram às atitudes de seu Grão- Mestre, na presidência da República. E Deodoro, desencantado de tudo, renunciava também ao Grão-Mestrado, em carta de 18 de dezembro de 1891. Esta carta, bastante lacônica, dizia apenas: Saúde Amizade União - Desejando retirar-me à vida privada renuncio no irmão competente, os cargos que estou de posse - Capital federal, 18 de Dezembro de 1891. Foi substituido, interinamente, pelo Grão-Mestre Adjunto, ministro Antônio Joaquim de Macedo Soares, que havia sido eleito a 15 de junho de 1891, para ocupar a vaga deixada pela morte de Josino do Nascimento e Silva, ocorrida a 18 de abril daquele ano. No plano social, os maçons, diante dos problemas surgidos com a rápida industrialização do país, principalmente no Estado de São Paulo, começavam a tratar dos interesses do incipiente operariado industrial, ainda sem organismos protetores. 3. Embora o tema não seja explorado devidamente nos livros de história, a contribuição da Maçonaria na formação do País é um fato inquestionável. Dentro da história do Brasil, se há alguma coisa a ser respeitada e venerada, será certamente a contribuição maçônica, afirmou Rizzardo Da Camino. Para o autor, foram os maçons de ontem que libertaram o Brasil e o entregram à posteridade com um futuro tão promissor. Rui Barbosa, autor da primeira Constituição republicana, promulgada em 24 de fevereiro de 1891, e uma das figuras mais proeminentes da Velha República, foi um maçom atuante. A constituição que ele redigiu trazia a marca indelével das contribuições maçônicas. Pode-se dizer sem exageros que foi graças à Maçonaria que a República assumiu o figurino federativo e presidencial que a caracterizou. A força da Maçonaria no movimento pode ser claramente constatada no fato de o governo provisório nomeado logo após a proclamação ser composto exclusivamente por maçons. (Cláudio Blanc). (V. Brasil - História da Maçonaria, Independência do Brasil, República, Rui Barbosa). 2. Pedreiros-Livres na Presidência: Durante os anos da Primeira República, a Maçonaria foi uma organização poderosa. Dos 12 primeiros presidentes do Brasil, nove pertenciam à fraternidade. No início do século XX, o poder da Maçonaria se devia em grande parte ao fato de ela ser uma das instituições mais organizadas do país na época, com ramificações em todo o território nacional. A extensa malha de lojas espalhadas pelo Brasil funcionava como uma engrenagem que, uma vez acionada, articulava peças localizadas desde a capital federal até os rincões mais distantes da República. Em troca de apoio político aos membros da fraternidade, os irmãos tinham as portas da administração pública abertas para o que precisassem. Isto não quer dizer que o Brasil era uma república maçônica, diretamente governada pela organização
  • 11. como alguns acreditavam. O poder da Maçonaria, no entanto, entrou em declínio após a Revolução de 30, que derrubou o regime oligárquico da Primeira República. Getúlio Vargas passou a perseguir a fraternidade, que perdeu gradualmente sua força. O Brasil ainda teria um último presidente maçom, Jânio Quadros, que foi eleito em 1961 e renunciou pouco mais de seis meses depois de assumir o cargo. Primeiro Governo Republicano: O governo provisório montado pelo marechal Deodoro da Fonseca logo depois de proclamar a República, no dia 15 de novembro de 1889, era completamente composta por maçons. Além do presidente, ele mesmo um pedreiro-livre, o gabinete era formado pelos ministros Rui Barbosa (Fazenda), Quintino Bocaiúva (Transportes), Demétrio Ribeiro (Agricultura), Aristides Lobo (Interior), Benjamin Constant (Guerra), Campos Sales (Justiça) e Eduardo Wandenkolk (Marinha), todos membros da Maçonaria. A partir desse momento, a Maçonaria brasileira se tornou um baluarte do republicanismo, que passou a ser encarado como um importante passo na marcha rumo ao progresso e a evolução social do país. (Revista História Viva Nº 71). (V. Abolição da Escravatura, Confederação do Equador, Deodoro da Fonseca, Independência do Benjamin Constant, Brasil, Proclamação da República, Questão Religiosa). HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: 1. O Hino à Proclamação da República do Brasil tem letra de Medeiros e Albuquerque (1867-1934) e música de Leopoldo Miguez (1850-1902). Publicada no Diário Oficial de 21 de janeiro de 1890. 2. Letra: I - Seja um pálio de luz desdobrado/Sob a larga ampliação destes céus/Este canto rebel, que o passado/Vem remir dos mais torpes labéus (desonra)! II - Seja um hino de glória que fale/De esperança de um novo porvir!/Com visões de triunfos embale/Quem por ele lutando surgir! III - Liberdade! Liberdade!/Abre as asas sobre nós! IV - Das lutas na tempestade, /Dá que ouçamos tua voz! V - Do Ipiranga é preciso que o brado/Seja um grito soberbo de fé. /O Brasil já surgiu libertado/Sobre as púrpuras régias de pé!/ VI - Eia, pois brasileiros avante!/Verdes louros colhamos louçãos!/Seja o nosso país triunfante, /Livre terra de livres irmãos! (Proclamação da República). DEODORO DA FONSECA, Marechal: 1. Nascido a 5 de agosto de 1827, na vila de Anádia (hoje, Deodoro), na província de Alagoas, e falecido no Rio de Janeiro, a 23 de agosto de 1892. 0 marechal Manoel Deodoro da Fonseca, além de chefe militar, foi o proclamador da República do Brasil, chefe do Governo Provisório, primeiro Presidente constitucional e Grão Mestre de Grande Oriente do Brasil. Pertencia a uma família de militares. Deodoro ingressou na Escola Militar em 1843, tendo pertencido geração seguinte a de Caxias e Osório. Quando tenente, integrou a tropa destacada para Pernambuco, por ocasião da Revolução Praieira de 1848. Como capitão, seguiu para o Uruguai, participando dos episódios que antecederam a Guerra do Paraguai, da qual também participaria e da qual retornaria, em 1870, já como coronel. Em 1874 era promovido a brigadeiro e, em 1884, a marechal-de-campo. Foi um dos líderes da chamada Questão Militar, de fundamental importância no processo que resultou na queda do império, embora tenha havido, também, certa contribuição da Questão Religiosa e dos problemas econômicos causados pela abrupta extinção da escravatura. Na Questão militar, quando comandante de armas da província do Rio Grande do Sul, Deodoro defendeu a legitimidade da posição de seu subordinado, coronel Sena Madureira, que criticara, em artigo publicado pela
  • 12. imprensa, a administração do ministro da Guerra (civil). Sua atitude seria bastante criticada por Silveira Martins, seu adversário, na Câmara dos Deputados, tendo havido, também, uma denúncia contra ele, sob a acusação de prevaricação, apresentada ao Supremo Tribunal de Justiça. Antes do julgamento, ele chega ao Rio de Janeiro e é recebido com as mais amplas manifestações de apoio e com a solidariedade hipotecada pelos Oficiais do Exército e da Armada, que, para isso, se reuniram, no dia 10 de outubro de 1886, presididos por Benjamin Constant e pelo almirante Artur Silveira da Mota (barão de Jaceguai), ambos maçons (o último foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, de 1881 a 1882). Os militares conseguiram, então, a vitória, com o cancelamento dos atos punitivos e a substituição do ministro. Em julho de 1887, é fundado o Clube Militar, com Deodoro na presidência e Benjamin Constant na vice- presidência, fato de grande importância para o desenrolar dos acontecimentos futuros, pois o Clube logo adotou a bandeira da abolição da escravatura e da república, embora, neste último caso, a influência maior fosse de Benjamim, já que Deodoro tinha grande respeito pela família imperial. Em outubro de 1887, através de Deodoro, o Clube enviava, à Princesa Regente, Dna. Isabel, uma mensagem enérgica, solicitando que o Exército fosse dispensado da tarefa de proceder a captura de escravos fugidos. Após a abolição, o governo imperial, com a intenção de afastar Deodoro da Corte - e, portanto, dos principais acontecimentos políticos - nomeou-o para o comando de Mato Grosso, em dezembro de 1888; ele, porém, rebelou-se quando foi nomeado presidente da província um oficial de patente inferior à sua, o coronel Cunha Matos, a quem entregou o comando de armas, retornando, em setembro de 1889, ao Rio de Janeiro, em plena efervescência republicana, acesa pela revolta dos oficiais liderados por Benjamim Constant. Instado por este, tendo em conta o seu alto prestígio no Exército. Deodoro acabaria desempenhando o papel principal e decisivo na implantação da República, a 15 de novembro de 1889. Já no dia 10 de novembro, havia sido decidida a queda do império, numa reunião realizada na casa de Benjamin, com a presença dos republicanos históricos e Maçons paulistas Francisco Glicério e Campos Salles. O obstáculo, que, nessa altura, era considerado o maior, era a grande afeição de Deodoro ao imperador; para contornar esse obstáculo, foi necessário o poder de persuasão de Benjamin e de outros companheiros de farda, que acabaram por convencer o marechal. Ele estava doente e acamado, quando os principais líderes militares do movimento foram buscá-lo, em sua casa, defronte ao Campo de Sant’anna (depois, praça da República), para colocá-lo à testa da tropa, em plena madrugada. Sua mulher, indignada com a verdadeira invasão de sua casa, quis expulsar todos os oficiais, tendo sido, todavia, convencida de que era necessário que o marechal assumisse o comando, para dar maior força ao movimento. Não era firme, todavia, a sua intenção de derrubar a monarquia, preferindo que o velho imperador terminasse os seus dias, para que fosse providenciado, então, um novo regime. Tanto isso é verdade, que, deposto todo o Conselho de Ministros, presidido pelo Visconde de Ouro Preto, Deodoro, num rasgo de sua antiga fidelidade a D. Pedro II, não se dispunha a tomar providências para proclamar a república, tendo declarado, a Ouro Preto, que iria mandar procurar o imperador, em Petrópolis, para propor-lhe uma nova lista de ministros para o Gabinete. Foi aí que entrou em cena, mais uma vez, o grande Maçom e articulador do movimento, Benjamin Constant, que alertou Deodoro sobre o perigo que eles correriam, daí em diante, por sua rebeldia, caso sobrevivesse o governo imperial. Implantada a república, Deodoro assumiria o poder, como chefe do Governo Provisório, com um ministério totalmente constituído por maçons, embora nem todos ativos: Aristides Lobo, ministro do Interior; Quintino Bocaiúva, ministro dos Transportes; Benjamin Constant, ministro da
  • 13. Guerra; Rui Barbosa, ministro da Fazenda; Campos Salles, ministro da Justiça; Eduardo Wandenkolk, ministro da Marinha; e Demétrio Ribeiro, ministro da Agricultura. Alguns autores maçônicos tendenciosos, querem fazer crer que esses homens foram escolhidos devido ao fato de serem maçons, o que não corresponde, evidentemente, à visão imparcial da história, pois eles foram escolhidos porque representavam a nata dos chamados republicanos históricos (com exceção de Rui, que, não tendo participado do movimento, era considerado republicano do dia 16), a qual, por feliz coincidência, se reunia sob a égide da Instituição Maçônica, numa época em que a Maçonaria abrigava os melhores homens do país e a elite intelectual da nação. Nos primeiros momentos do novo regime, havia duas correntes republicanas com ideias antagônicas: uma queria uma república democrática representativa, enquanto que a outra desejava uma ditadura sociocrática de tipo comunista, ou seja, de acordo com a doutrina de Comte, o positivismo. Acabou vencendo a corrente democrática, sustentada por Rui, seu maior expoente e a cuja diligência deve-se a elaboração do projeto de Constituição Provisória. Em decorrência, instalou-se, a 15 de novembro de 1890, o Congresso Constituinte, que, a 24 de fevereiro de 1891, aprovava e promulgava a primeira Constituição da República, que instituía o presidencialismo e o federalismo. Dois dias depois, a Assembleia elegeu, para a Presidência da República, por pequena margem sobre Prudente de Moraes, o Marechal Deodoro, e, para vice- presidência, o Marechal Floriano Peixoto, da chapa da oposição, o qual derrotou Wandenkolk. A 23 de novembro de 1891, Deodoro renunciou ao cargo, para não provocar uma guerra civil, diante da revolta da armada liderada pelo almirante Custódio de Melo, em reação ao golpe do presidente, que, a 3 de novembro, dissolvera a Câmara e o Senado. (...) Foi um maçom ativo desde que foi Iniciado, a 20 de setembro de 1873, na Loja Rocha Negra, de São Gabriel (RS), a qual, na época, era da jurisdição do Grande Oriente do Brasil, do qual seria dissidente, em 1927, para se tomar a Loja número um da Grande Loja do Rio Grande do Sul. Apesar de suas viagens e remoções devidas à sua patente militar - por remoção, teve que deixar o quadro da Rocha Negra, em dezembro de 1874 - manteve sempre uma apreciável atividade maçônica, pertenceu, provavelmente, à Loja Dois de Dezembro, do Rio de Janeiro, e foi eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil (13 º), a 19 de dezembro de 1890, tomando posse a 24 de março de 1891. A 18 de dezembro de 1891, seja vinte e cinco dias depois de renunciar à Presidência da República, Deodoro também renunciou ao cargo de Grão- Mestre do Grande Oriente. A República, ele entregou a Floriano, para que este a consolidasse; o Grande Oriente ele entregou ao Adjunto, conselheiro Joaquim Antônio de Macedo Soares, que assumira o cargo em 10 de agosto de 1891, depois da morte de Josino do Nascimento Silva Filho. Doente e desencantado com tudo, veio a falecer oito meses depois. (Almir Silva e Heinz Jakobi). (...) Nesse entremeio, num bizarro episódio, desafiou para um duelo mortal seu próprio ministro do Exército, irmão de armas e de compasso, Benjamim Constant. Nove meses depois da Proclamação da República ensaiou um golpe de Estado tentando dissolver o Congresso. Malograda sua intenção, demitiu-se do cargo, vivendo em isolamento voluntário e vindo a falecer meses depois. 2. História: Deodoro reforma a Constituição: Decreto nº 79 - 22.09.1890, EVReprodução do texto que consta na coletânea de Boletins de 1890. Nós, Generalíssimo Manoel Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo Provisório dos Estados Unidos do Brazil, e Sob Gr Mestr Gr Comm da Ord Maçon no Brazil: Fazemos saber a todas AAug Off, SSubl CCap e MMaç da nossa jurisdição que o Sap Gr Or, em
  • 14. sessão de 22 de Setembro do corrente anno, resolveu mandar reimprimir a Const e RReg GGer da Ord incluindo as ultimas resoluções tomadas, bem como fazendo as alterações precisas, de accordo com a actual forma do Governo do Paiz. Comentário: Tratava-se de adaptação da Constituição à nova situação política do País, pois era recente a proclamação da República. (V. Brasil: História do, Proclamação a República). A CONSTITUIÇÃO DE 1891- Antecedentes: Uma vez instalado o Regime Republicano, necessária se fez a promulgação de uma nova Constituição, voltada para os anseios do novo regime. DECRETO No 1 O Governo Provisório da Republica dos Estados Unidos do Brazil decreta: Art. 1o - Fica proclamada provisoriamente e decretada como a fórma de governo da nação brazileira a Republica Federativa. Art. 2o - As provincias do Brazil, reunidas pelo laço da federação, ficam constituindo os Estados Unidos do Brazil. Art. 3o - Cada um desses Estados, no exercicio de sua legitima soberania, decretará opportunamente a sua Constituição definitiva, elegendo os seus corpos deliberantes e os seus governos locaes. Art. 4o - Enquanto, pelos meios regulares, não se proceder á eleição do Congresso Constituinte do Brazil e bem assim á reeleição das legislaturas de cada um dos Estados, será regida a nação brazileira pelo Governo Provisório da Republica; e os novos Estados pelos Governos que hajam proclamado ou, na falta destes, por governadores delegados do Governo Provisório. Art. 5o - Os governos dos Estados federados adotarão com urgencia todas as providencias necessárias para a manutenção da ordem e da segurança publica, defeza e garantia da liberdade e dos direitos dos cidadãos, quer nacionaes, quer extrangeiros. Art. 6o - Em qualquer dos Estados, onde a ordem publica for perturbada e onde faltem ao governo local meios eficazes para reprimir as desordens e assegurar a paz e tranquilidade publicas, efetuará o Governo Provisório a intervenção necessária para, com o apoio da força publica, assegurar o livre exercicio dos direitos dos cidadãos e a livre acção das autoridades constituidas. Art. 7o - Sendo a Republica Federativa Brazileira a forma de governo proclamada, o Governo Provisório não reconhece nem reconhecerá nenhum governo local contrario á forma republicana, aguardando, como lhe cumpre, o pronunciamento definitivo do voto da nação livremente expressado pelo sufragio popular. Art. 8o - A força publica regular, representada pelas tres armas do Exercito e pela Armada nacional onde existam guarnições ou contingentes nas diversas provincias, continuará subordinada exclusivamente dependente do Governo Provisório da Republica, podendo os governos locaes, pelos meios ao seu alcance, decretar a organisação de uma guarda civica destinada ao policiamento do território de cada um dos novos Estados. Art. 9o - Ficam egualmente subordinadas ao Governo Provisório da Republica todas as repartições civis e militares até aqui subordinadas ao governo central da nação brazileira. Art. 10 - O território do Município Neutro fica provisoriamente a administração imediata do Governo Provisório da República e a cidade do Rio de Janeiro constituida, também, provisoriamente, séde do poder federal. Art. 11- Ficam encarregados da execução deste decreto, na parte que a cada um pertença, os secretarios de Estado das diversas repartições ou ministerios do actual Governo provisório. Sala das sessões do Governo Provisório, 15 de Novembro de 1889, 1o da Republica. (Ass.) Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisório;S. Lobo; Rui Barbosa; Q. Bocaiuva; Benjamin Constant; Wandenkolk Corrêa. Nota: Todos que assinam o documento eram Maçons.
  • 15. O QUE É MAÇONARIA E PARA QUE NOS REUNIMOS AQUI? Ir. Pedro Neves No ritual de aprendiz maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito, temos as seguintes perguntas e respostas: P – Para que nos reunimos aqui? R – Para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros, e glorificar o direito, a Justiça e a Verdade; para promover o bem estar da pátria e da humanidade, levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício. P – O que é maçonaria? R- É uma instituição que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e a religião. Na prática, a maçonaria mostra que diferentemente do que ela ensina no ritual, as atitudes e ações são completamente inversas. Em um excelente artigo recente de um sábio escritor, ele disse: “Na maçonaria existem os escravos e os tiranos, pode-se optar por ser uns ou outros”. Não existe o combate a tirania, pois, ela é exercida por administrações seguidas sem a devida contestação, e adotam o lema: aos amigos, tudo; aos inimigos os rigores da lei. Os escravos são os que seguem de olhos fechados as determinações emanadas dos que exercem a tirania. Eles são a massa de manobra e não possuem opinião própria, portanto, não podem combater a ignorância, e admitem se pestanejar os preconceitos e os erros e passam a ser inimigos do Direito, da Justiça e da Verdade, jamais podem promover o bem estar da pátria e da humanidade e desconhecem o que seja levantar templos à virtude e cavar masmorras ao vício. Não existe meio de se tornar feliz a humanidade se não adotamos a prática do amor, algo que está sendo desconhecido pela grande maioria da sublime instituição, o amor só existe na teoria, não pode existe amor em templos que são usados para propagar o preconceito e a intolerância contra outros irmãos, então, passa a reinar a desigualdade, sempre que se funda uma nova loja, a primeira orientação aos seus membros e pela prática do preconceito com outros irmãos e instituições, prega-se o ódio em vezes do amor, precisamos de mais Pontífices na maçonaria (do Latim pontifex, construtor de pontes), para que possam ser a ponte a unir instituições, mas, com a falta de amor só aparecem o que pregam a desunião e criam um abismo que está ficando difícil de transpor e fazer uma união, são os falsos mestres que estão levando a maçonaria a um triste fim como instituição, pois, hoje somos muitos, mas não tempos união e não temos espírito de corpo, e quando uma instituição chega a este ponto o prenúncio de seu futuro é péssimo. As divisões continuarão a existir porque existem alguns administradores que não possuem a vontade de acabar com a hipocrisia existente, não querem união e se esquecem que todas as potências brasileiras, sem exceção, em algum momento da história já foram consideradas irregulares. Novas potências e obediências sempre surgirão, vamos aguardar e ver qual será o futuro da maçonaria. Há pouco tempo, em visita a um grupo de maçons e não maçons no interior do estado de Minas Gerais e pude presenciar uma lição dada por um de seus integrantes, e que havia sido convidado a participar do grupo para ingressarem em uma potência, ele disse: “acho estranho a Fraternidade que vocês propagam, fui convidado para participar da maçonaria na Capital e me avisaram que não poderia mais ter contato com os irmãos da loja que existe aqui na cidade, eu considero a todos como amigos, convivo no dia a dia da cidade em suas casas e com seus familiares, terei que em nome de participar da maçonaria, que virar as costas para eles, acredito que vocês estão fazendo diferente do que ensinam”. Confesso que aquele 5 - o que é maçonaria e para que nos reunimos aqui? Ir Pedro Neves
  • 16. “profano” deu uma verdadeira lição sobre o que ele acredita seja a Fraternidade, ele anteviu que se aceitar o que foi proposto deverá ser enquadrar e passar a usar cabresto ou, então, será taxado de revolucionário. Eu pude sentir o constrangimento e vergonha do irmão que me havia convidado a participar da reunião. A loja que já existe e com proposta de transferência de obediência é constituída por valorosos obreiros, e possuem muita união, acredito que futuramente deverão se enquadrar nas leis da potência que querem participar e perderão a Liberdade que possuem se transformando em novos escravos dos tiranos, o tempo será o senhor da razão, vamos aguardar. Conheci e convivi com vários Grãos-Mestres e Soberanos Comendadores, tenho o devido respeito por uma grande maioria, porque souberam cumprir com os seus deveres, mas não posso deixar de mencionar os que foram excepcionais, que foram além dos deveres, portanto, são destaques na Ordem Maçônica Nacional e Mundial. Arlindo dos Santos, o maior de todos os Grãos-Mestres. Sempre colocou em prática os ensinamentos maçônicos, para ele, todo iniciado em qualquer potência era um irmão, não tinha preconceito, desconhecia as famosas e tristes divisões maçônicas, e sabia praticar a Fraternidade, Igualdade e a Liberdade, seguia fielmente os ensinamentos do Divino Mestre: “amai-vos uns aos outros, formai uma única família, sede todos irmãos”. Soube dar uma maior dimensão à maçonaria mineira, fez crescer a potência da qual era o Grão-Mestre, ao assumir o primeiro mandato tinha 54 lojas sob sua administração e, em duas administrações consecutivas elevou o número de lojas para mais de 245, portanto, um aumento de mais de 445%, e aumentou substancialmente o número de obreiros, transformando a potência em primeira do Estado de Minas Gerais e a segunda no Brasil. Ao somarmos as realizações de crescimento da potência, através de todos os Grão-Mestres anteriores e posteriores teremos menos que a metade do total. Acreditem! Ele chegou a ser censurado e combatido por muitos na sua audácia de fazer crescer a maçonaria. Hoje a potência é forte graças ao número de lojas e obreiros, com sua visão focada no futuro deixou como legado a facilidade de se administrar com grandes recursos financeiros proporcionados por sua política de expansão da Instituição, mas, está havendo mais prosa do que ação. Tive a honra de ter sido iniciado, elevado e exaltado a mestre por ele. Fui presidente de todos os corpos de aperfeiçoamento e filosóficos sob o seu comando, e posteriormente com o seu falecimento o substituí como Grande Inspetor Litúrgico do Supremo Conselho da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, hoje o nome de Arlindo dos Santos é o patrono da Cadeira 001 da Academia Maçônica de Letras do Brasil, da qual, eu sou o titular. Getúlio Gadelha Dantas, Grão-Mestre que combateu com firmeza os desvios maçônicos, teve a coragem para limpar a instituição maçônica colocando para fora de seus quadros, os corruptos, estelionatários, quadrilheiros, traficantes, etc., enfrentou muitos problemas na Ordem, inclusive os que lhe combateram, por promover a mencionada limpeza, jamais, agiu como Pilatos “lavando as mãos”, o que hoje ocorre com muita freqüência, as administrações querem ficar livres de problemas, mas, são incapazes de tomar uma atitude séria, procuram sempre jogar as decisões nas costas de outros e se eximem de dar uma solução, “lavam as mãos”, traindo os princípios maçônicos que vivem a pregar em belos discursos, mas, são incapazes de colocá-los em prática com atitudes. Hirohito Torres Lage, outro Grão-Mestre e Soberano Grande Comendador, destaque internacional por sua atuação e membro honorário de várias instituições maçônicas mundiais, e que vive plenamente maçonaria há mais de 45 anos, conheço poucos maçons que possuem um grau de Fraternidade tão alto, ele se destacou por colocar a sua potência em alto conceito nacional e para isso, se utilizou por diversas vezes de recursos financeiros do próprio bolso, sofreu retaliações políticas por sua maneira de agir, por se tornar uma ameaça de levar para a cadeia os corruptos e estelionatários da instituição, os que obtinham ganhos financeiros em prejuízo da maçonaria, então, armaram um complô para excluí-lo da instituição, mas, jamais conseguirão apagar a grandeza de seu nome dos anais da história maçônica. Alberto Mansur, Soberano Grande Comendador do Rito Escocês Antigo e Aceito, conhecido internacionalmente, sem dúvida, um dos maiores maçons com quem convivi. Ele trouxe para o Brasil, Ordens Internacionais, tais como: Demolay, Filhas de Jó, Eastern Star e outras. Ele colocou a maçonaria brasileira em uma vitrine mundial. Incansável trabalhador,
  • 17. também fez crescer o Supremo Conselho Montezuma, que hoje possui uma nova dimensão. É o maçom brasileiro mais laureado internacionalmente. Para escrever sobre as figuras mencionadas seria necessário um livro para cada um, as histórias são muitas, foram maçons plenos, os seus opositores sempre tentaram lhes diminuir os feitos, ao contrário do D. Pedro I, que de maçom só teve o nome e o título de Grãos-Mestre, que após quatorze dias de iniciado e como Grão-Mestre, decretou o fechamento da maçonaria no Brasil por dez anos, os maçons escravos ou “viúvas”, que não se esquecem de sua figura, sempre gostam de mencionar que ele foi Grão-Mestre da maçonaria, criaram medalhas e diplomas com seu nome para homenagear outras pessoas, esquecem-se dos muitos que realmente produziram para a maçonaria. Os escravos querem homenagear quem nada fez pela instituição, ele pode ter sido uma figura de destaque em outras áreas, mas, pela maçonaria não fez nada, foi um zero à esquerda, provavelmente ele foi o primeiro maçom tirano no Brasil. Por analogia, podemos dizer que existem dois tipos de maçom: o maçom gato e o maçom cachorro. O maçom gato é o que vive em cima do muro, não é fiel, adora um de colo, afagos, de tirar uma boa soneca, não se arriscam por nada, são incapazes de defender o seu dono. O maçom cachorro é fiel e leal ao seu dono, é melhor amigo, está sempre vigilante, e é capaz de dar a vida em defesa de seu dono. Você é um maçom que age como um gato ou como um cão? Os verdadeiros mestres da maçonaria são humildes, sábios e possuem luz própria, por isso, se agigantam e brilham aos olhos das pessoas. Os falsos mestres agem com prepotência, arrogância, autoritarismo, são pequenos em tamanho, e para parecerem grandes, sempre procuram diminuir os outros, jamais serão grandes e nunca brilharão. Para aquisição do Livro ANÁLISE DO RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM –REAA, solicite através do site: www.pedroneves.recantodasletras.com.br Clicando em livros à venda ou através do e-mail: neves.pedro@gmail.com PEDRO NEVES .’. M.’. I.’. 33.’. MRA.’. PRECEPTOR DA SUPREMA ORDEM CIVIL E MILITAR DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS Membro Efetivo da Academia Maçônica de Letras do Brasil Cadeira 001 – Patrono: Arlindo dos Santos SITES: www.pedroneves.recantodasletras.com.br www.trabalhosmaconicos.blogspot.com cavaleirostemplariosbhmg.blogspot.com Veja na parte de “LINKS” de nosso site os mais completos endereços de fraternidades iniciáticas mundiais, inclusive com setor de vídeos. Academia Maçônica de Letras do Brasil. Arcádia Belo Horionte www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com
  • 18. Emerson Aparecido Millnitz –M.’.M.’. - Tesoureiro Loja Rui Barbosa n. 10 – Oriente de Sertanópolis/PR – GOP – REAA “...Quando existirem em Maçonaria Mestres esclarecidos capazes de ler e de escrever a língua sagrada, então nossa instituição passará do Símbolo à Realidade. Ela encarnará a Iniciação verdadeira e construirá efetivamente o Templo da Suprema Sabedoria Humana...” Oswald Wirth “Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados àqueles que se mantiveram neutros em tempos de crise moral.” Inspirado na Obra – A Divina Comédia de Dante Alighieri Palavras chave: Cristianismo – Santíssima Trindade – Colunas Gregas – Virtude – Vício – Paixões – Arquitetura – Oswald Wirth – Caridade – Fé – Esperança - W. Kirk Mac Nulty Referências Bibliográficas: Enciclopédia Maçônica de W. Kirk Mac Nulty O Ideal Iniciático por Oswald Wirth A Bíblia do Rei James “Dedico este trabalho, aos Aprendizes e Companheiros da Loja Rui Barbosa n.10 do Oriente de Sertanópolis/PR.” Aprendizes: Acácio de Oliveira Filho Mario Trentini Neto Tiago Trentini Companheiros: Marcelo Augusto Rocha Mauricio José Razzaboni As colunas necessárias para sustentar os Templos a Virtude Introdução: Em nossas instruções de Aprendiz, ouvimos sempre que temos que construir Templos a Virtude, mas para sustentar estes Templos, precisamos de colunas “pilares” fortes, melhor dizendo, colunas inquebráveis. Tais colunas precisam de materiais super-resistentes à qual, somente o verdadeiro Maçom pode adquiri-los, e somente o verdadeiro Maçom tem o poder de transformar, mudar e manipular os elementos necessários para criação destas colunas. Meus queridos Aprendizes, deste ponto em diante fiquem atentos a tudo que será revelado para a elevação destas colunas, pois como foi dito antes, somente o verdadeiro Maçom poderá manipular os elementos para criar tais colunas. Muitos Mestres Maçons jamais conseguiram manipular os 6 – as colunas necessárias Para sustentar os templos a virtude Ir Emerson Aparecido; Millnitz
  • 19. elementos necessários para a elevação das colunas de seus Templos, pois estão presos aos vícios, ao hábito desgraçado, contrário a Virtude. Mas os verdadeiros Maçons serão seus Mestres, caso vocês sejam Aprendizes de verdade, capazes de distinguir o certo do errado, de não trazerem os preconceitos e preceitos do mundo profano para dentro de sua Oficina, capazes de seguir os homens livres e de bons costumes e ignorar os Mestres que utilizam a Maçonaria para seu próprio interesse. Os Aprendizes que realmente se dedicarem a cavar masmorras, a Hipocrisia, ao Egocentrismo, ao Individualismo, ao Racismo, a Intolerância, a Omissão e dentre tantos outros vícios, esses Aprendizes serão capazes de subir os degraus da escada de Jacob e adquirir o conhecimento final, para elevarem suas colunas que iram sustentar seus Templos a Virtude. As colunas do Templo: A Maçonaria faz largo uso de um simbolismo derivado da arquitetura clássica, em particular das “Ordens Arquitetônicas”. Estas foram classificadas pela primeira vez pelo arquiteto romano Vitrúvio, cujos escritos foram muito admirados e imitados no Renascimento. As cinco ordens mais conhecidas são: a Toscana, a Dórica, a Jônica, a Coríntia e a Composta – conhecida como Romana. O Renascimento assistiu a uma drástica elevação do status do arquiteto, uma vez que, como Vitrúvio indicara, tal profissional deve ser capaz de desenhar e deve conhecer filosofia, história, aritmética, geometria, música, medicina, direito e astronomia. Todas essas habilidades estavam contidas nas Artes e Ciências Liberais, que eram naquela época, o fundamento da instrução. Na Maçonaria, as Ordens Arquitetônicas, mais utilizadas e mencionadas são: a Dórica, a Jônica e a Coríntia (usadas na arquitetura Grega e não na Romana como muitos confundem ainda hoje ). Essas três colunas são encontradas em vários certificados, convites e artes maçônicas desde o século XVII, à qual sustentam a personificação das três Virtudes Teologais – Fé, Esperança e Caridade. As Virtudes Teologais: Definamos, em primeiro lugar, o que é virtude. Tal pergunta já é feita ao profano, quando da cerimônia de sua Iniciação ao Primeiro Grau. A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite-nos não só a praticar bons atos, mas a dar o melhor de que dispomos. Com todas as suas forças físicas e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem, utilizando- o na prática. Se alguém busca sempre dizer a verdade, possui a virtude da veracidade ou sinceridade. Se prima por ser, rigorosamente honesto com o direito dos outros, tem a virtude da justiça. Para os teólogos do Cristianismo, se adquirimos uma virtude por esforço próprio, como as mencionadas acima, ela é uma virtude natural. Mas, há virtudes que exigem muito mais para se consolidar dependendo de um "dom divino" para serem adquiridas, e a elas o homem não pode chegar só com seus dotes naturais. São as virtudes sobrenaturais ou teologais, assim chamadas porque dizem diretamente à intervenção divina. Na verdade, nada ocorre sem a presença de Deus. “Invocado ou não, Deus está sempre presente”. Primeira Virtude - A Fé: Das três Virtudes Teologais, a Fé é fundamental. Tal confusão surgiu nos primeiros anos do Cristianismo, quando o texto grego do Evangelho foi traduzido para o latim.
  • 20. Fé, fides, quer dizer "fidelidade", harmonia entre a alma humana e o espírito de Deus. É, basicamente, uma "adesão pessoal" do homem a esse TODO MAIOR, uma atitude de "alta fidelidade", de sintonia de frequência do receptor (homem) com o emissor (Deus). Como esse substantivo latino não tem verbo derivado do mesmo radical, como no grego, os tradutores viram-se obrigados a recorrer a um verbo de outro radical, valendo-se de credere, que em português ficou crer. Crença, crer, com efeito, têm conotação diferente de Fé, de ter Fé. Refere-se a algo incerto, vago, como quando dizemos: "creio que vai chover", "creio que Fulano mudou- se de casa". Crer em Deus não é o mesmo que ter Fé ou fidelidade a Deus. Quem tem Fé, fides, fidelidade estabelece com Deus perfeita sintonia de pensamentos, palavras e obras. Se o espírito humano não está sintonizado com o espírito de Deus, ele não tem Fé, embora talvez creia. Tal pessoa pode, em tese, aceitar que Deus existe e, apesar disso, não ter Fé. Crer é um ato apenas intelectual, de quem se persuadiu de algo que lhe parece verdadeiro. Ter Fé vai mais longe: É uma atitude de consciência e de vivência, que brota da experiência íntima. É o resultado de uma intuição espiritual, que transcende a mera Intelectualidade. A Fé implica certeza. Ter Fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que vai muito além do âmbito da crença. Conseguir a Fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer "eu creio", mas afirmar "eu sei", ou seja, eu saboreio, sendo este o significado etimológico de saber, com todas as dimensões da razão, iluminadas pela luz do sentimento. Essa Fé não é de boca para fora, recitada. É profunda, inabalável, não estagnando em nenhuma circunstância de vida, habilitando-nos a superar os maiores obstáculos. É nesse sentido que "a Fé remove montanhas", que são os entraves encontrados em nosso caminho evolutivo, ou seja, os vícios, as paixões, os preconceitos, a ignorância, os interesses puramente materiais, as dores, os reveses, o infortúnio etc. Em outras palavras, com a certeza na assistência de Deus, a Fé exprime a confiança, que sabe enfrentar todas as lutas e problemas, com a luz divina no coração. A Fé inteligente: A Maçonaria insiste em que a Fé não pode ser reduzida à simples crença em certos dogmas religiosos, aceitos sem exame, anulando-se a razão. Essa é uma "fé cega", comparável a um farol, cuja luminosidade não atravessa o nevoeiro, deixando o navegante sem saber seu rumo nos momentos de tormenta. Para a Maçonaria, a verdadeira Fé é esclarecida, como um foco elétrico, que ilumina com brilhante luz o caminho de nossa evolução, a ser percorrido. Vamos chama-la de "Fé racional" e, por isso mesmo, robusta. Necessita ser conquistada, porquanto passa pelas tribulações da dúvida, pelas aflições que embaraçam o caminho dos que buscam o livre exame e a liberdade de pensamento. Em vez de dogmas e mistérios, cumpre-nos reconhecer os princípios que regem o mundo e o homem. Assim, a verdadeira Fé é inteligente, porque se apoia na lógica. Não basta somente dizer "tenho fé". É indispensável conhecer, compreender, saber a dinâmica dessa certeza. A Fé não dispensa o suporte da razão. "Quem tem olhos de ver, que veja!". Basta lançar nossos olhos sobre as obras da criação, para se ter certeza da existência de Deus. Não há efeito sem causa. O Universo existe; ele tem uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar esse axioma das ciências e admitir que o nada possa fazer tudo. Deus é a Grande Lei que estabeleceu e mantém a Harmonia Universal. É o Grande Arquiteto do Universo. Duvidar da existência de Deus é duvidar de si mesmo!
  • 21. Segunda Virtude - A Esperança: A Esperança é a filha dileta da Fé. A Fé vivida em plenitude, como acima definida, já contém a Esperança, virtude teologal, pela qual confiamos na promessa da vida eterna. Em Maçonaria, usamos a expressão "Oriente Eterno", no sentido de que a alma é imortal e o fenômeno a que se chama morte não é, senão, a transição de uma etapa de nossa evolução infinita. Por isso, a pessoa consciente, que possui a virtude da Esperança, é capaz de vencer o medo, as tribulações, as intempéries da vida diária, com compreensão e resignação, agradecendo a dádiva das provas e provações que Deus nos oferece, para que nos aperfeiçoemos em nossa caminhada espiritual, na busca da LUZ que vem do Oriente. Terceira Virtude - A Caridade: Enquanto a Fé e a Esperança são virtudes que vivenciamos em um plano subjetivo, a Caridade é uma ação explícita, em nível objetivo. É uma atuação, embora deva ser silenciosa. Sua prática desenvolve a Fé e a Esperança. Um dos fundamentos da Ordem Maçônica é a prática da Caridade, sob a forma de filantropia, visando ao bem estar do gênero humano. De fato, nossa Instituição não está constituída para se obter lucro pessoal de nenhuma espécie, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos destinam-se a contribuir materialmente para aqueles que estão privados dos meios de prover uma digna subsistência. E "que nossa mão esquerda não saiba o que dá nossa mão direita". No entanto, independente de qualquer aspecto pecuniário, o Grande Arquiteto do Universo nos dá a oportunidade de, em qualquer parte, praticar a "caridade maior", a caridade moral, pois "nem só de pão vive o homem". Ninguém precisa dispor de recursos materiais para praticar essa Caridade. Entretanto, ela é a mais difícil e, por isso, a mais valiosa. Vejamos alguns exemplos: Fazer aos demais o que desejaríamos que fosse feito conosco; Perdoar as ofensas tantas vezes quanto forem necessárias; Respeitar-nos semelhantes à LIBERDADE de opiniões e pensamentos divergentes dos nossos Ter pelo próximo, solidariedade fraternal, FRATERNIDADE; Lutar pela IGUALDADE de direitos entre as pessoas; Abster-se de julgamentos precipitados e de juízos temerários. A lista é imensa. O que importa é sabermos que essa "caridade moral" não implica subserviência de nossa parte. Pelo contrário, quanto mais nos respeitemos e qualifiquemos, mais capacidade, teremos de nos dar, de amar, de sermos caridosos. Para o Maçom, a Caridade significa muitas coisas. Em primeiro lugar, é a mais elevada das Virtudes Teologais, como ilustra este candelabro de prato do século XIX , à qual a Caridade é sustentada por uma coluna Dórica, uma Jônica e uma Coríntia. Em segundo lugar, é algo a ser praticado entre os Irmãos. Em 1886 os Estados Unidos da América e o Canadá, formaram a Associação Geral Maçônica de Beneficência, para dar assistência a Maçons viajantes que andavam longe de seu lar, de sua família e de sua Loja.
  • 22. Por fim, é algo a ser praticado no contexto da sociedade mais ampla, assim como aconteceu na Europa, no rigoroso inverno de 1789, nossos irmãos franceses comprometeram-se a socorrer os afligidos pela situação. “As boas obras unem os cidadãos do mundo, de um polo a outro.” Conclusões: A Maçonaria, principalmente o Rito Escocês Antigo e Aceito assim como a Franco Maçonaria, utiliza uma ampla simbologia, neste trabalho apresentei aos meus irmãos – A Arquitetura – O Cristianismo e A Filosofia. Em nosso rito, somos ricos em alusões às maiores artes de nossa história, à quais vários homens livres e de bons costumes, sempre utilizaram para a Elevação de seu espírito. Meus queridos aprendizes não fiquem assustados, pois o Senhor do Tempo, dará o tempo necessário para que os irmãos estudem o suficiente para poderem manipular os elementos mais ricos e sublimes de nossa Ordem. Se tornem verdadeiros Maçons, estudem: A Alquimia na Maçonaria – O Esoterismo – A Cabala – O Renascimento – O Iluminismo – As religiões Anglo-Saxões e dentre tantas outras, que ainda serão reveladas, em cada degrau. Não vivam de glórias de grandes Irmãos de nossa Ordem, procurem elevar seu espírito, para que vocês possam ser os grandes nomes desta Cultura, que sempre respeitou todas as formas de se chegar a Deus, o verdadeiro Maçom está em construção constante de seu espírito. E estudem outros Ritos Maçônicos, por exemplo: o Rito de Schröder, à qual é dirigido mais a Deus e ao Universo, sem tantas alusões como no Rito REAA.
  • 23. Lojas Aniversariantes do GOSC Data Nome Oriente 15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão 22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho 25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis 01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis 01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão 11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul 13/12/1983 Nova Aurora Criciúma 18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo 20/12/2003 Luz Templária Curitibanos 22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis 21/121999 Silvio Ávila Içara Lojas Aniversariantes do GOB/SC Data Nome Oriente 15.11.01 Verdes Mares – 3426 Camboriú 15.11.96 Verde Vale – 3838 Blumenau 19.11.80 União Brasileira – 2085 Florianópolis 19.11.04 Verdade e Justiça – 3646 Florianópolis 21.11.69 Jerônimo Coelho – 1820 Florianópolis 22.11.95 Luz da Verdade – 2933 Lages 24.11.92 Nereu de O. Ramos – 2744 Florianópolis 25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho 25.l1.06 Obreiros da Terra Firme – 3827 Florianópolis 29.11.11 Ciência e Misticismo – 4177 São José 7 - destaques jb Resenha Geral
  • 24. Lojas Aniversariantes da GLSC Data Nome Oriente 17/11 14 de Julho nr. 3 Florianópolis 17/11 Rei David nr. 58 Florianópolis 17/11 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau 18/11 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville 19/11 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba 19/11 Manoel Gomnes nr. 24 Florianópolis 19/11 Fraternidade Lourenciana nr. 86 São Lourenço do Oeste 21/11 Fraternidade Capinzalense Capinzal 21/11 União e Verdade Florianópolis 21/11 Liberdade e Justiça Abelardo Luz 24/11 Ary Batalha São José 02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau 02/12 Lauro Mullher São José 06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma 07/12 Voluntas Florianópolis 09/12 Igualdade Criciumense Criciumense LOJAS SIMBÓLICAS – SANTA CATARINA CALENDÁRIO DE ordens do dia – EVENTOS – CONVITES Data Hora Loja Endereço Evento – Ordem do Dia 15.11.13 20h00 Loja Templários da Boa Ordem, 97 GOSC Templo GOSC – Tubarão Homenagem à Proclamação da República. 15.11.13 8º. Congressso Estadual da Ordem DeMolay – Programação abaixo 18.11.13 20:00 Loja Harmonia e Fidelidade 4129 - GOB/SC Itapema-SC (ao lado Matriz Sto. Antônio) Sagração do Templo 19.11.13 20h00 Loja Renascer do Vale 4007 GOB/SC Rua Anibal de Lara Cardoso, 245 Penha Sessão Magna Elevação: Ewerton Fernandez; Jorge Luiz Rodrigues Madeira e Walter Riedel Neto 25.11.13 20h00 Loja Pedreiros da Liberdade nr. 75 Condomínio Itacorubí Palestra com o Dr. Ivan Moritz sobre “A saúde do homem maduro”
  • 25. Serão realizadas as seguintes atividades: 1 - Palestra 1 – 15/11/2013 – 14:00 hs às 15:30 hs: Tema: Energias Renováveis, ministrada por Maury Garret da Silva 2 - Palestra 2 – 15/11/2013 – 15:30 hs às 17:00 hs: Tema: O Novo Código Ambiental, ministrada pelo Deputado Estadual Romildo Titon 3 - Palestra 3 – 15/11/2013 – 18:00 hs às 20:00 hs: Tema: O que você tem a ver com a corrupção, ministrada pelo Promotor de Justiça Afffonso Ghizzo Neto 4 - Workshop 1 – 16/11/2013 – 13:30 hs às 14:30 hs: Tema: A atuação dos Conselhos Consultivos nos Capítulos, ministrada pelo palestrante Omar Rogério, Grão Mestre Nacional do Supremo; 5 - Workshop 2 – 16/11/2013 – 13:30 hs às 14:30 hs: Tema: Maçonaria: Algumas considerações para não iniciados, ministrada pelo palestrante Geraldo Morgado, Tio Maçom da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Alferes Tiradentes; 6 - Workshop 3 – 16/11/2013 – 13:30 hs às 14:30 hs: Tema: Debate sobre o Ordem Demolay, ministrada pelo palestrante Douglas Rui Aguiar, Grande Mestre Nacional Adjunto do Supremo. 7 - Palestra 4 – 16/11/2013 – 14:30 hs às 15:30 hs: Tema: Motivação, ministrada por Dulce Magalhães.
  • 26. 15 DE NOVEMBRO República aos Brasileiros ! Bradavam estudantes, artistas, Grupos e grupos inteiros, Comerciantes, jornalistas , Todos patriotas, ordeiros ! Mescla de ativistas Com um propósito sério, Face ao jugo dos imperialistas, De ver findar o império Dos persistentes absolutistas ! Ao povo, então, vitupério ! Ver reinar a improbidade Corruptível e sem critério Daquela isolada sociedade Qual vivia, envolta em mistério ! Premente a necessidade, Do sonho republicano Tornar-se, pois, realidade Fez crescer no cotidiano A obstinação pela igualdade ! fechando a cortina
  • 27. Um sentimento ufano Arvora-se pela democracia ! Marechais Deodoro, Floriano, Pela liberdade à porfia, Que, anseio humano ! Cresceu, pois, a confraria Homens em nobre missão Bocaiúva, Constant, em sinergia Junto a Sales, Barbosa, em união A repudiar a monarquia ! E consagrou-se assim, a nação ! Desse povo ordeiro e varonil Com a força da fé, da razão, Fez-se a República do Brasil Com sua justa, Proclamação ! Ir Adilson Zotovici ARLS Chequer Nassif-169 São Bernardo do Campo SP.