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JB NEWS
Informativo Nr. 452
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era – GLSC
Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz
Praia de Canasvieiras
Glasgow, 23 de novembro de 2011
Índice desta quarta-feira* (Editado em Glasgow)
1. Almanaque
2. A Maçonaria Operativa na Escócia
3. O Simbolismo da Cadeia de União (Ir. Luiz Conceição, de
Lisboa)
4. Reservas sobre as formas de reconhecimento (Ir. Rui
Bandeira)
5. Perguntas e Respostas (Ir Pedro Juk)
6. Destaques JB
* Pesquisas e artigos da edição de hoje:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores –
Blogs - http:pt.wikipedia.org
Imagens: próprias e www.google.com.br
Livros Indicados
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1 – Almanaque
Hoje, 23 de novembro de 2011,
é o 327º. dia do calendário gregoriano.
Faltam 38 para acabar o ano.
Eventos Históricos:
 1863 - Guerra Civil Americana: tropas nortistas comandadas por General Grant
enfrentam as tropas de Bragg na Batalha de Chattanooga
 1891 - Primeira Revolta da Armada: o almirante Custódio de Melo ameaça
bombardear o Rio de Janeiro, forçando a renúncia do presidente Deodoro da
Fonseca
 1908 - Inauguração da Linha do Vouga
 1913 - É fundada a primeira universidade tecnológica do Brasil, sendo a décima
escola de engenharia do país, a Universidade Federal de Itajubá
 1925 - Os negócios do falsário Alves dos Reis começam a despertar a atenção
do jornal O Século
 1937 - Albert D. Schroeder é designado por Joseph Franklin Rutherford como
Superintendente de Filial da Grã-Bretanha das Testemunhas de Jeová
 1942 - O marechal Zhukov realiza o cerco aos alemães na cidade de Stalingrado
 1944 - Primeiro doutoramento de uma mulher na Universidade do Porto:
Leopoldina Ferreira Paulo doutora-se em Ciências Biológicas com a tese Alguns
caracteres morfológicos das mãos dos portugueses
 1961 - Um jato Comet 4 de prefixo LV-AHR das Aerolineas Argentinas cai logo
após decolar do Aeroporto Internacional de Viracopos, na cidade de Campinas,
provocando a morte de 52 pessoas
 1971 - A República Popular da China ganha a vaga da República da China no
Conselho de Segurança da ONU
 1991 - Em uma declaração gravada em seu leito de morte, Freddie Mercury
finalmente divulgou que tinha AIDS
Feriados e Eventos cíclicos:
 Feriado na Vila de Gavião
 Dia do Engenheiro Eletricista, no Brasil (Lei Nº 12.074, de 29 de Outubro de
2009)
Esporte
 O Flamengo conquista o título de campeão da Taça Libertadores da América em
1981.
Históricos maçõnicos do dia:
(Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1795:
Fundado na Pennsylvania o primeiro Grande Capítulo de Maçons do Real
Arco.
1783:
Arruda Câmara, fundador do Areópago de Itambé, entra para a Ordem dos
Carmelitas.
1831:
Reerguido o Grande Oriente do Brasil seu nome atual,
para diferenciá-lo do Grande Oriente Brasileiro, do Passeio.
1991:
Reconstruído o Supremo Conselho da Iugoslávia.
1991:
Reconstruído o Supremo Conselho da Tchecoslováquia.
2001:
Assinado Tratado de Amizade, Aliança e Mútuo Reconhecimento entre o
Supremo Conselho do Rito Moderno e o Supremo Grande Capítulo de
Maçons do Real Arco do Brasil.
2 – a maçonaria operativa na escócia
O repasse veio do
Ir. José Augusto Boanerges Machado MM.
Santos - SP
Na Idade Média os maçons eram distintos. Era essa a sensação
generalizada na Inglaterra, França e Europa Central, pois enquanto
os outros trabalhadores trabalhavam para os senhores feudais, sem
sair de seu vilarejo, os maçons eram especialistas e serviam aos
reis, clero e nobreza e viajam para todos os cantos desses paises.
Trabalhavam as pedras e erigiam castelos, mansões, catedrais e
abadias. As informações abaixo foram extraídas do “Compedium”
de Bernard Jones e “Enciclopédia” de Wilson Coil
Inglaterra
A vida profissional era bem estabelecida. Existiam dois tipos de
maçons: os “rústicos” que cortavam e moviam os blocos para o
alicerce, a base que sustenta a construção, e os “especialistas”
que faziam o trabalho na superfície dos blocos para detalhes da
arquitetura, em geral, e o acabamento e ornamentação.
Pertenciam a Grêmios que eram compostos pelos principais
empregadores do ramo e, as vezes, controlados por um funcionário
real. Tinham “deveres” (Charges) estabelecidos por esses Grêmios.
O primeiro era com Deus: deviam crer na doutrina da Igreja Católica
e repudiar todas as heresias. O segundo era com o Rei, cuja
soberania deviam obedecer. O terceiro era para com seu Mestre, o
empreiteiro das obras (não existia o grau de Mestre. Apareceu na
Maçonaria Especulativa). Formavam sindicatos, ilegais, pois
contrariavam as determinações salariais dos grêmios, e se reuniam
secretamente correndo o risco de penalidades da lei.
França
Os maçons eram, como na Inglaterra, a elite dos trabalhadores.
Diferentemente, formaram uma organização que não tenha paralelo
na Inglaterra: a “Compagnonnage”. Os “Compagnons”
(companheiros), seus membros, que algumas vezes eram
trabalhadores com outros ofícios, formavam uma forte organização.
Os reis e governos da França não aprovavam essa situação e, por
diversas vezes, ditaram leis e decretos contra a Companonnage
(1498, 1506, 1539...). Em 1601, um estatuto proibia que se
reunissem em mais de três nas tabernas. Em 1655, a Faculdade de
Sorbone, proclamou que os compagnons eram malvados e
ofendiam as leis de Deus.
Alemanha e centro da Europa
Os maçons eram chamados de Steinmetzen, e, da mesma forma,
eram a elite dos trabalhadores. Suas atividades eram também
reguladas por corporações do ramo. Havia Lojas importantes de
Steinmetzen em Viena, Colônia, Berna e Zurich, mas todas
aceitavam a liderança dos maçons de Estrasburgo. Inclusive, o
imperador Maximiliano I proclamou um decreto em que dava força
de lei ao seu código de conduta (diferente do que foi escrito para
Inglaterra e França). Essa liderança durou até 1685, quando a
cidade foi invadida pelo exercito de Luiz XIV e anexada à França.
Escócia
Os Grêmios de maçons eram mais antigos do que os da Inglaterra.
Em 1057, o rei Malcolm III Canmore outorgou uma Carta, com o
poder e obrigação de regular o oficio, à Companhia de Maçons de
Glasgow.
Infelizmente, por não haver em abundancia a pedra franca na
região, tiveram menos êxito para manter a boa posição já citada.
Inclusive, nesse país foi modificada a regra para os “aprendizes
ingressados” de tal modo que, o aprendizado ficou com um lapso
de tempo mais curto, do que na Inglaterra, por exemplo. Os mestres
mais antigos, qualificados, para se protegerem profissionalmente,
começaram a usar uma palavra secreta que era transmitida entre
eles, para o reconhecimento entre si. Essa palavra chave ficou
conhecida como a “Palavra Maçônica”.
3 – o simbolismo da cadeia de união
Ir Luis Conceição
M.·. M.·. - R.·. L.·. Convergência, n.º 501, a Oriente de Lisboa, G OL
Lisboa - Portugal
Há, em Magia, palavras de pronunciação perigosa; há também ritos
maçónicos aos quais será melhor não nos associarmos quando não
temos plena consciência do seu poder oculto. O tema DA "Cadeia
de União" é um desses que, apesar da sua aparente simplicidade,
encarna uma das figuras mais complexas do Ritual, no sentido em
que implica "entrelaçamentos secretos" que ultrapassam
largamente a simples ideia de União no sentido simbólico. Do
mesmo modo que, no plano físico, ao pretender estudar a qualidade
de uma corrente metálica, o engenheiro terá que se preocupar com
o número dos seus anéis, o seu encadeamento, o metal que OS
compõe, a sua secção e curvatura, para se entrar no sentido
profundo DA nossa "Cadeia de União", é necessária uma
apropriação dos seus componentes, para OS integrar numa síntese
simbólica irrefutável.
Os principais elementos de que nos ocuparemos serão, assim:
· O círculo que forma a Cadeia, obrigatoriamente fechado.
· A polaridade, posta em evidência pelo cruzamento dos braços.
· O terceiro seria a mão, de que não me ocuparei aqui, e que detém
um papel activo na formação DA Cadeia.
Mas antes de mais convém rememorar o facto de que o rito DA
"Cadeia de
União" é a dinamização, a tomada de acção do princípio sugerido
pela corda que serpenteia nos 3 lados DA Loja, ligando a coluna J à
coluna B, sem contudo as unir. Torna-se, assim, indispensável
compreender, à partida, a mensagem muda dessa corda de nós
abertos, nas suas relações com o conceito arcaico de "laço", de
serpente protectora, do nó cerrado que se torna lasso e enfim das
suas borlas terminais: teremos assim sondado em profundidade o
valor e a força de um "rito constrangedor, que envolve o indivíduo e
a colectividade".
Desta forma, se a simbólica DA corda se assemelha ao DA
serpente que, fechada sobre si própria, com a cauda na boca,
transmite a Luz e encarna o Sol; de corpo esticado e cabeça
pendente, toma o papel do ceptro mágico egípcio, arquétipo DA
iniciação libertadora - patente na simbólica DA
serpente do Eden. Os nós lassos indicam um sentido evolutivo: a
divindade
ligante é vencida pelo Conhecimento; a coacção dogmática não
consegue já
fechar a sua rede.
Mas o iniciado, promovido ao posto de herói, se for bom entendedor
DA Arte, aceitará e submeter-se-à voluntariamente às regras
tradicionais DA Ordem a que, de livre vontade, pediu adesão. Ele
possui a liberdade do Maçon livre, numa Loja livre, mas conhece o
relativismo DA Liberdade. Sentirá honra em fazer respeitar OS
princípios adoptados pela maioria, e também em OS fazer cumprir,
junto dos seus pares. O laço do Amor é a imagem DA
Solidariedade.
Esta imagem é espantosamente explicitada pelo nó Isíaco, análogo
à
"lemniscata" do primeiro arcano do Tarot, signo expressivo do
movimento
contínuo, dos "circulus vitae", DA interacção constante das
radiações, do
movimento perpétuo, tanto DA matéria como das galáxias. A
Matemática
adoptou-o como signo do infinito. Na boa tradição do Rito Escocês,
simbolizando em parte a separação do neófito relativamente à sua
Mãe, em
cujo útero se encontrou, previamente, em reflexão, e de onde saiu
com uma
corda ao pescoço - vestígios do seu cordão umbilical agora
quebrado - o
neófito é colocado no centro DA Cadeia de União, que forma um
círculo à sua Volta - verdadeira Cadeia de defesa - porque de cada
vez que, na magia e nas artes, se encontra uma corda em torno de
qualquer coisa, há uma intenção de defesa DA coisa circunscrita e
de a separar de todas as influencias exteriores (e não deriva a
palavra Templo do verbo grego "separar").
[topo] <http://www.maconaria.net/prancha_cadeia_uniao.shtml#top>
É a razão pela qual o rito DA "Cadeia de União" consiste na
formação de um anel completo, enquanto que a sua homóloga - a
corda denteada que contorna parcialmente o Templo - não constitui
um círculo fechado, quedando-se, de um lado, na coluna B, e do
outro, na coluna J.
De facto, as colunas não precisam de estar ligadas por uma corda
para fechar o círculo. O círculo é o Universo, o Infinito, como a Loja
se estende a todas as direcções, do Nascente ao Poente, do Norte
ao Sul, do Zénite ao Nadir. No seu trabalho sobre o Deus ligante e a
simbólica dos nós, Mircea Eliade diz-nos que "o cosmos é em si
mesmo concebido como um tecido, como uma enorme rede". É
também significante a utilização de nós, cordéis e anéis nos rituais
nupciais.
De entre OS símbolos mais expressivos que se nos oferecem à
meditação, figura o "Ouroboros", a serpente que, ao morder a
cauda, forma um
círculo.
Ora a serpente leva-nos imediatamente a pensar na DA Génese,
Shaton, que tentou Eva, sugerindo-lhe que comesse o fruto
proibido. O primeiro casal vivia no Jardim do Éden, alimentando-se
de frutos que cresciam
espontaneamente. Neste casal não havia desejo. Foi portanto a
serpente que o despertou, e com ele o Amor. A serpente foi o
primeiro Iniciador e não o vil tentador astuto e desonesto que a
exégese religiosa nos apresenta, maldito pelo Criador.
Deveria assim ser glorificada pela Humanidade. A tentação de Eva
não se deve à sua maior fragilidade, mas sobretudo à sua grande
sensibilidade e receptividade, à sua imaginação intuitiva. Adão, cujo
nome significa "terra ou barro vermelho", era um sujeito mais
racional, mais "pesado", mais tímido, talvez. É porque a nossa
"mãe" - Eva - escutou a serpente, que a Humanidade entrou na via
do Conhecimento, encetou o seu processo de emancipação, de
evolução. Nos templos gregos via-se frequentemente a figuração
do Ouroboros. Simbolizava a vida em geral, no que ela tem de
indestrutível e de eterno, pelo seu eterno recomeço. Nas procissões
dos Mistérios de Eleusis, as cesteiras ligavam romãs (símbolo da
solidariedade e da fraternidade), espigas de trigo (mito gregário da
regeneração) e uma serpente, imagem da vida regenerada. (sobre
o mito da serpente, aconselha-se a leitura do conto esotérico "A
Serpente Verde", do nosso Ir.'. Goethe).
[topo] <http://www.maconaria.net/prancha_cadeia_uniao.shtml#top>
No Templo, como referido, a corda denteada contorna apenas em
três lados o painel de Loja. Esta deve, de facto, manter-se em
contacto com o mundo
exterior: não se abrem 3 janelas da câmara de Comp.'.- Mas no
quarto lado, o do Ocidente, nenhum ser, nenhum espírito se pode
introduzir, porque a
energia contida entre as duas colunas de polaridade contrária forma
uma
barreira intransponível para os não iniciados. Estes encontrariam aí,
de
qualquer modo, sob os seus passos, o pavimento mosaico, em que
inadvertidamente tropeçariam. Na "Cadeia de União" é um
magnetismo dinâmico que se vai desenvolver, pelo facto de se
constituir de seres vivos. Nas sessões brancas (adopção,
reconhecimento conjugal, etc.), a cadeia forma-se segundo uma
roda infantil, de mãos dadas, em que toda a ideia metafísica e
esotérica é excluída: trata-se apenas de um testemunho de
amizade e de união. Mas na cadeia ritual, em que os braços
cruzados ligam a mão direita com a mão esquerda, desenvolve-se
uma força magnética. Em 1932 (e.'. v.'.), Jacqueline Chantereine e
o Dr. Camille Savoire, detectaram no interior e em torno do
organismo humano, movimentos turbilhónicos e ondulatórios. Estes
últimos são produzidos, para além de causas patológicas, por
energias radiantes provenientes de tudo o que nos envolve: acção
cósmica, por um lado, essencialmente proveniente da energia solar,
à qual se junta a da Lua e dos restantes astros. A resultante destas
acções energéticas traduz-se sob a forma de um turbilhão que
penetra pelo lobo anterior da hipófise, para terminar no dedo grande
do pé direito.
Uma outra fonte, não menos importante, é a força energética, dita
"telúrica", que se manifesta sob a forma de uma corrente inversa da
precedente, e portanto ascendente, penetrando pelo dedo pequeno
do pé
esquerdo, para se escapar pelo topo do crânio, contornando a
precedente para formar uma figura semelhante ao "Caduceu" (o
Caduceu é uma vara de louro de oliveira, com duas serpentes
enroladas em sentido inverso, que era atributo de Mercúrio, e
símbolo da polaridade e da paz). Estas duas serpentes
entrelaçadas, transformam-se nos "laços de Amor" da corda
denteada. Daqui a analogia com a Cadeia de União, em que o
braço direito, positivo, passa por cima do esquerdo, negativo, para
contactar com a mão esquerda do vizinho, formando uma cadeia de
"pilhas em tensão", em que se reúne o eléctrodo
positivo de cada um dos elementos ao eléctrodo negativo do
seguinte, por
forma a que a força electromotriz resultante seja "n" vezes superior
à de um
só elemento. Isto não é uma imagem, é uma realidade, que
desenvolverá ao
máximo a agregação das forças psíquicas da Loja, dirigidas para
um mesmo objectivo.
[topo] <http://www.maconaria.net/prancha_cadeia_uniao.shtml#top>
Individualmente somos fracos, isolados e falíveis. Quando o Ven.'.
M.'.,
antes do encerramento dos trabalhos, evoca a união de todos os
Maçons,
quando as nossas mãos (nuas, sem luvas, para que a corrente
circule) se
juntam numa verdadeira Cadeia de União, parece que um sopro
mágico se
introduz no Templo. Logo que a Cadeia se forma, o movimento
ascendente e descendente dos braços, três vezes repetido, lembra
simbolicamente o ondular da serpente cósmica, de que a Cadeia é
uma imagem energética. A quebra da Cadeia deverá ser lenta e
suave, para que a força de cada um se estabilize no seu circuito
fechado. A Cadeia de União é, assim, a simbólica solar posta em
acção, na sua expressão mítica. Precedida por uma pequena
invocação, proferida pelo Ven.'. M.'., no sentido das preocupações e
aspirações gerais e particulares da Loja, da Obediência e da
Humanidade, a Cadeia de União é o corolário obrigatório das
sessões de trabalho em Loja.
4 – reservas sobre as formas de
reconhecimento
 Escrito pelo Ir Rui Bandeira

Antigamente era, em muitos locais, perigoso ser maçon. Ainda hoje
o é, em várias partes do globo. Os maçons tinham necessidade de
se conseguirem reconhecer uns aos outros, sem necessidade de
perguntar. Com efeito, se um maçon perguntasse a outrem se
também era maçon e esse outrem não só não fosse maçon como
denunciasse quem o inquirira, estava o caldo entornado... Havia,
pois, que arranjar maneira de um maçon se poder assegurar que
outro homem também tinha essa qualidade, de forma que, se assim
fosse, o interrogado soubesse que tal interrogação lhe estava a ser
feita e soubesse responder da mesma forma, mas que, se o
interrogado não fosse maçon, não se apercebesse sequer da
interrogação. Havia que criar uma forma de um maçon se dar a
conhecer como tal, de maneira que só os maçons se apercebessem
disso e só eles reconhecessem essa forma. Havia que poder testar
se alguém que se arrogava de ser maçon efetivamente o era. E,
sobretudo, havia que tudo isto fazer de forma discreta, apenas
percetível por quem devesse perceber. E havia, obviamente que
guardar segredo dessas formas de reconhecimento.
Antigamente,não havia as facilidades e rapidez de comunicações e
de deslocação que há hoje. Os agregados populacionais eram
fechados, muito mais isolados do que agora e, sobretudo, mais
distantes, em termos de tempos de viagem. Ir de Lisboa a Londres
demorava semanas. Ir de Lisboa ao Porto demorava dias. Ir da
Europa à Ásia, a África ou à América demorava meses. Um viajante
que chegava a um qualquer local era um desconhecido e
desconhecia quase todas ou todas as pessoas desse local. Se se
arrogava qualquer título ou condição, não havia meios de
comunicação rápidos que permitissem verificar, em terras distantes,
se o afirmado era verdade.
Viajar era demorado e perigoso. Os maçons em viagem podiam
beneficiar do auxílio de seus Irmãos. Muitas vezes sendo - viajante
e residente - desconhecidos um dos outro. Não bastava ao viajante
dizer que era maçon. Tinha de comprovar essa qualidade.
Antigamente era, pois. essencial que existissem formas de
reconhecimento discretas, eficazes e de conhecimento restrito aos
maçons. Que deviam ser e eram avaramente guardadas em
segredo.
Essas formas de reconhecimento eram e são constituídas por
determinados sinais, por certas palavras, por específicos toques. Os
sinais permitiam que os maçons se reconhecessem como tal no
meio de uma multidão, se preciso fosse, sem que mais ninguém se
apercebesse. As palavras permitiam confirmar esse
reconhecimento, constituindo uma segunda forma de verificação,
que confirmaria a identificação ou permitiria desmascarar impostor
que, por conhecimento ou sorte, tivesse efetuado corretamente um
sinal de identificação. Os toques, discretos, permitiam, além de uma
fácil identificação mútua absolutamente discreta e insuscetível de
ser detetada por estranhos, também desmascarar impostores, pois
não bastava, nem basta, usar um certo toque: é preciso saber
quando o usar, para quê e que deve suceder em seguida...
Sempre os sinais de reconhecimento foram objeto de curiosidade
profana. Por quem perseguia a Maçonaria e os maçons, por razões
evidentes. Por quem, não sendo maçon, gostaria de se infiltrar entre
os maçons ou, viajando, beneficiar da ajuda que os maçons
residentes davam aos maçons viajantes. Ou, simplesmente, por
quem era curioso...
Milhares e milhares de maçons conhecem os sinais de
reconhecimento. Ao longo do tempo, milhões de maçons acederam
a esse conhecimento, nas quatro partidas do Mundo. Houve
zangas. Houve dissensões. Houve abandonos. Houve traições.
Houve inconfidências. Um segredo só é verdadeiramente secreto se
for conhecido apenas por um - e, mesmo assim, se este não falar a
dormir... Era inevitável que as formas de reconhecimento dos
maçons fossem expostas. Existem livros. Existem filmes. Existem
vídeos. Existem panfletos. Existem, hoje em dia, inúmeros suportes
em que estão expostas aos profanos as formas de reconhecimento
dos maçons. Mas também existem publicados nos mesmos
suportes formas de reconhecimento falsas ou inventadas ou
simplesmente ultrapassadas... Quem está de fora tem o magno
problema de descobrir o que é verdadeiro e o que é falso, de
distinguir o certo do inventado, de descortinar o que se mantém
vigente e o que foi ultrapassado...
Por isso, ainda hoje, as formas de reconhecimento vigentes, apesar
de conhecidas por milhões, apesar de repetidamente expostas,
continuam a ser úteis e eficazes.
Mas, mesmo que algum profano consiga conhecer os sinais,
palavras e toques certos e consiga descobrir quando os utilizar e
como o fazer corretamente, ainda assim só logrará, quando muito,
enganar alguns maçons durante algum tempo e acabará -
porventura mais cedo do que mais tarde - por ser desmascarado
como impostor. Porque não basta executar o sinal certo na hora
precisa, pela forma correta, nem dizer a palavra adequada, pela
forma prescrita, a quem deve ouvi-la, nem dar o toque acertado, no
momento asado e sabendo o que se deve passar a seguir. Tudo
isso já é suficientemente complicado - mas não basta. Tudo isso,
ainda que porventura executado de forma atinada, constitui ainda
uma determinada informação: que quem o fez tem um determinado
nível de conhecimentos, uma certa postura e compostura, um
exigível comportamento, um específico nível de desenvolvimento
pessoal, social e espiritual. Ser maçon e ser reconhecido como
maçon não é só conhecer e saber executar sinais, palavras e
toques. Isso é o que menos importa. É, sobretudo, saber fazer um
percurso, utilizar um método, avançar num caminho.
As formas de reconhecimento são apenas sinais exteriores básicos
e nem sequer particularmente importantes. Isso também, mas
sobretudo muito mais, é que faz com que um maçon seja
reconhecido como tal pelos seus Irmãos.
Reservo o segredo dos sinais, palavras e toques que constituem as
formas de reconhecimento dos maçons, porque a isso me
comprometi. Mas digo e afirmo: podíamos divulgar, publicar,
mostrar, explicar, exemplificar, ensinar, filmar e exibir o filme,
executar todos os sinais, palavras e toques de reconhecimento;
podíamos ensinar a toda a gente como e quando e por que forma
utilizar cada um deles. Ainda assim, pouco tempo e apenas um
razoável cuidado bastariam para reconhecer quem efetivamente é
maçon e quem, ainda que perfeitamente executasse todos os
sinais, palavras e toques, não o é!
Porque ser maçon é muito mais do que saber sinais, palavras e
toques. Ser reconhecido como tal implica muito mais do que essas
minudências, pois não basta saber sinais, palavras e toques para
ser reconhecido maçon. É preciso efetivamente sê-lo e vivê-lo e
praticá-lo.
Que nunca ninguém se esqueça disto. Seja profano ou tenha sido
iniciado. Especialmente estes!
5– Perguntas e Respostas - Ir Pedro Juk
O Respeitável Irmão Cícero de Carvalho
Miranda, Loja Caratinga Livre, 0922,
REAA, GOB, sem declinar o nome do
Oriente, apresenta a seguinte questão:
cicerox@uol.com.br
Surgiu uma dúvida em que as explicações não foram
satisfatórias. Sendo uma Loja de muitos membros, acabou por
virar polêmica.
Ao se colher o tronco ou passar o saco de propostas no Altar
do Venerável Mestre, colhe-se somente do Venerável ou
também dos dois lugares (ao lado do Venerável) de uma única
vez?
Alguns Irmãos afirmaram que o Altar do Venerável é indivisível
e por isso a coleta é feita somente do Venerável e somente
após fazer a estrela de seis pontas que se colhe das
autoridades que estão sentadas ao lado do Venerável.
É correto afirmar isso?
Considerações: O Altar deve ser considerado aquele que é
ocupado pelo Venerável Mestre e não o do Venerável, pois ele
apenas ocupa o lugar e não faz dele a sua propriedade.
Não se trata de dividir o Altar. Esse conceito não é previsto. A regra
é que o giro para a coleta das Propostas e Informações e do Tronco
de Beneficência obedeça primeiro as Três Luzes da Loja –
Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes. Posteriormente
às duas outras Dignidades (Orador e Secretário) e finalizando a
primeira etapa, o Cobridor que é um dos cargos mais importantes
exercidos na Loja. Assim primeiramente no giro feito pelo Oficial
circulante abordam-se àqueles que estiverem portando os
respectivos malhetes e posteriormente até o Cobridor. Ato seguido,
estando ocupado às duas cadeiras ao lado do Venerável, o Oficial
faz então ali a coleta.
Dando sequência colhe dos demais que estiverem presentes no
Oriente, em seguida os Mestres da Coluna do Sul, os da Coluna do
Norte, Companheiros e Aprendizes. Por fim ele próprio, auxiliado
pelo Cobridor Interno, deposita a sua proposta ou óbolo.
Ainda no tocante a primeira parte da circulação, essa tal “estrela de
seis pontas” é mero fruto de imaginação. O que está
verdadeiramente previsto é a hierarquia das Luzes da Loja, das
outras duas Dignidades e pela importância do ofício, o Cobridor.
Pela disposição desses cargos, fica difícil se rastrear uma estrela de
seis pontas, ou o selo de Davi. A estrela hexagonal é símbolo
distintivo da Maçonaria Inglesa, enquanto que aquela usada no Rito
Escocês Antigo e Aceito (origem francesa) é a estrela pitagórica
que possui apenas e tão somente cinco pontas, porém esta não tem
qualquer relação com giro de Oficiais em Loja.
T.F.A.
PEDRO JUK jukirm@hotmail.com NOV/2011
Pergunte ao Ir Pedro Juk, através do JB News.
Não esqueça de mencionar nome completo, Loja,
Oriente, Rito praticado e Obediência.
6– Destaques JB
Loja 14 de Julho
A Loja 14 de Julho comemorou o seu sexagésimo primeiro
aniversário de existência em concorrida Sessão Branca,
realizada no último dia 17, em clima de muita festa e alegria.
O registro a seguir foi enviado pelo Ir. Édio Coan.
BBC
Sede da Britisch Broadcasting Corporation (BBC), em
Glasgow, Escócia.
Agora na Escócia estou ouvindo a
Rádio Sintonia 33 - 24 horas do no ar
Acesse: www.radiosintonia33.com.br
Que sacanagem meu! Em pleno centro de Glasgow a molecada
colocou um cone de trânsito na estátua de um famoso herói
escocês, à cavalo. (registro: 14h19 de 22.11.11)
Nada melhor que retransmitir a mensagem do poeta e Ir
Adilson Zotovici
“Caríssimo Ir:. Jeronimo, Bom dia !
Há uma Loja aqui em São Paulo, jurisdicionada ao GOSP /GOB,
com mais de 120 anos de existência com o nome de “ Luis Gama”
na qual, há hoje , um membro que é bisneto do seu patrono , Luis Gama.
Nessa Loja, tem um “valorosíssimo irmão” que é poliglota de nome
Newton Agrella e quando de sua brilhante administração como V:.M:.,
fiz essa pequena homenagem ( anexo), pela passagem do aniversário da
Loja.
Um abraço - Adilson”
Luis Gama - 1830 – 1882
Como legado de um ser que se tornara liberto
Enveredou no trabalho destinado a quem é obstinado
A labutar pelo cumprimento da igualdade por certo
Com o arrojo de quem por Deus foi iluminado
Cedo, ainda menino, se abatia sobre esse guerreiro
Forte revés que a seu espírito vinha fustigar
Que o faria começar trilhar o caminho de grande obreiro
E um futuro brilhante de luta incessante vislumbrar !
Quiçá o próprio destino desse jovem humilhado,
Tenha se acercado da certeza da missão que o aguardava
Que convicto de sua sagacidade o tenha levado
A encontrar-se a um grupo que como tal se arvorava !
Sua perspicácia o levou a vislumbrar o momento
E tornar-se homem laborioso, de grande visão,
Aguçando junto a grandes vultos seu conhecimento
Que irmanados enfrentariam a cada missão !
Estava definida a receita necessária e sonhada
Ao unir-se a outros abnegados abolicionistas
Republicanos que viam a sagrada liberdade aviltada
Pelas mãos de sequiosos senhores escravistas
Como “Afro”, pseudônimo que melhor lhe aprouvera,
Escreveu , protestou, propugnou com relevância
Sem temores , rancores, de alma pura e sincera
Contra toda desigualdade, tirania e intolerância !
Deixou trovas burlescas, ainda que sem laivos de rancor
Como indignação a grupo de mulatos impertinentes
Que renegavam imprudentemente sua raça, sua cor
E que pela nobre causa, mostravam-se tão indiferentes
Escriturário, poeta, autodidata da lei, jornalista !
Que ao lado de Deus , viu seu maior momento de glória,
Luis Gonzaga Pinto da Gama, o grande abolicionista
Maçom verdadeiro, que em curta vida, fez longa história !
Ir. Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
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  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 452 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era – GLSC Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz Praia de Canasvieiras Glasgow, 23 de novembro de 2011 Índice desta quarta-feira* (Editado em Glasgow) 1. Almanaque 2. A Maçonaria Operativa na Escócia 3. O Simbolismo da Cadeia de União (Ir. Luiz Conceição, de Lisboa) 4. Reservas sobre as formas de reconhecimento (Ir. Rui Bandeira) 5. Perguntas e Respostas (Ir Pedro Juk) 6. Destaques JB * Pesquisas e artigos da edição de hoje: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org Imagens: próprias e www.google.com.br
  • 2. Livros Indicados Peça seu exemplar em www.artedaleitura.com.br MARINA’S PALACE HOTEL Em Florianópolis visite o hotel da Família Maçônica, na Praia de Canasvieiras. Rua Manoel Mancellos Moura esquina com Rua Madre Maria Vilac Reservas: (48) 3266-0010 – 3266-0271 Irmão tem desconto especial. Fale com o Ir Moura
  • 3. 1 – Almanaque Hoje, 23 de novembro de 2011, é o 327º. dia do calendário gregoriano. Faltam 38 para acabar o ano. Eventos Históricos:  1863 - Guerra Civil Americana: tropas nortistas comandadas por General Grant enfrentam as tropas de Bragg na Batalha de Chattanooga  1891 - Primeira Revolta da Armada: o almirante Custódio de Melo ameaça bombardear o Rio de Janeiro, forçando a renúncia do presidente Deodoro da Fonseca  1908 - Inauguração da Linha do Vouga  1913 - É fundada a primeira universidade tecnológica do Brasil, sendo a décima escola de engenharia do país, a Universidade Federal de Itajubá  1925 - Os negócios do falsário Alves dos Reis começam a despertar a atenção do jornal O Século  1937 - Albert D. Schroeder é designado por Joseph Franklin Rutherford como Superintendente de Filial da Grã-Bretanha das Testemunhas de Jeová  1942 - O marechal Zhukov realiza o cerco aos alemães na cidade de Stalingrado  1944 - Primeiro doutoramento de uma mulher na Universidade do Porto: Leopoldina Ferreira Paulo doutora-se em Ciências Biológicas com a tese Alguns caracteres morfológicos das mãos dos portugueses  1961 - Um jato Comet 4 de prefixo LV-AHR das Aerolineas Argentinas cai logo após decolar do Aeroporto Internacional de Viracopos, na cidade de Campinas, provocando a morte de 52 pessoas  1971 - A República Popular da China ganha a vaga da República da China no Conselho de Segurança da ONU  1991 - Em uma declaração gravada em seu leito de morte, Freddie Mercury finalmente divulgou que tinha AIDS Feriados e Eventos cíclicos:  Feriado na Vila de Gavião  Dia do Engenheiro Eletricista, no Brasil (Lei Nº 12.074, de 29 de Outubro de 2009) Esporte  O Flamengo conquista o título de campeão da Taça Libertadores da América em 1981.
  • 4. Históricos maçõnicos do dia: (Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1795: Fundado na Pennsylvania o primeiro Grande Capítulo de Maçons do Real Arco. 1783: Arruda Câmara, fundador do Areópago de Itambé, entra para a Ordem dos Carmelitas. 1831: Reerguido o Grande Oriente do Brasil seu nome atual, para diferenciá-lo do Grande Oriente Brasileiro, do Passeio. 1991: Reconstruído o Supremo Conselho da Iugoslávia. 1991: Reconstruído o Supremo Conselho da Tchecoslováquia. 2001: Assinado Tratado de Amizade, Aliança e Mútuo Reconhecimento entre o Supremo Conselho do Rito Moderno e o Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil.
  • 5. 2 – a maçonaria operativa na escócia O repasse veio do Ir. José Augusto Boanerges Machado MM. Santos - SP Na Idade Média os maçons eram distintos. Era essa a sensação generalizada na Inglaterra, França e Europa Central, pois enquanto os outros trabalhadores trabalhavam para os senhores feudais, sem sair de seu vilarejo, os maçons eram especialistas e serviam aos reis, clero e nobreza e viajam para todos os cantos desses paises. Trabalhavam as pedras e erigiam castelos, mansões, catedrais e abadias. As informações abaixo foram extraídas do “Compedium” de Bernard Jones e “Enciclopédia” de Wilson Coil Inglaterra A vida profissional era bem estabelecida. Existiam dois tipos de maçons: os “rústicos” que cortavam e moviam os blocos para o alicerce, a base que sustenta a construção, e os “especialistas” que faziam o trabalho na superfície dos blocos para detalhes da arquitetura, em geral, e o acabamento e ornamentação. Pertenciam a Grêmios que eram compostos pelos principais empregadores do ramo e, as vezes, controlados por um funcionário real. Tinham “deveres” (Charges) estabelecidos por esses Grêmios. O primeiro era com Deus: deviam crer na doutrina da Igreja Católica e repudiar todas as heresias. O segundo era com o Rei, cuja soberania deviam obedecer. O terceiro era para com seu Mestre, o empreiteiro das obras (não existia o grau de Mestre. Apareceu na Maçonaria Especulativa). Formavam sindicatos, ilegais, pois contrariavam as determinações salariais dos grêmios, e se reuniam secretamente correndo o risco de penalidades da lei. França Os maçons eram, como na Inglaterra, a elite dos trabalhadores. Diferentemente, formaram uma organização que não tenha paralelo na Inglaterra: a “Compagnonnage”. Os “Compagnons” (companheiros), seus membros, que algumas vezes eram trabalhadores com outros ofícios, formavam uma forte organização. Os reis e governos da França não aprovavam essa situação e, por diversas vezes, ditaram leis e decretos contra a Companonnage
  • 6. (1498, 1506, 1539...). Em 1601, um estatuto proibia que se reunissem em mais de três nas tabernas. Em 1655, a Faculdade de Sorbone, proclamou que os compagnons eram malvados e ofendiam as leis de Deus. Alemanha e centro da Europa Os maçons eram chamados de Steinmetzen, e, da mesma forma, eram a elite dos trabalhadores. Suas atividades eram também reguladas por corporações do ramo. Havia Lojas importantes de Steinmetzen em Viena, Colônia, Berna e Zurich, mas todas aceitavam a liderança dos maçons de Estrasburgo. Inclusive, o imperador Maximiliano I proclamou um decreto em que dava força de lei ao seu código de conduta (diferente do que foi escrito para Inglaterra e França). Essa liderança durou até 1685, quando a cidade foi invadida pelo exercito de Luiz XIV e anexada à França. Escócia Os Grêmios de maçons eram mais antigos do que os da Inglaterra. Em 1057, o rei Malcolm III Canmore outorgou uma Carta, com o poder e obrigação de regular o oficio, à Companhia de Maçons de Glasgow. Infelizmente, por não haver em abundancia a pedra franca na região, tiveram menos êxito para manter a boa posição já citada. Inclusive, nesse país foi modificada a regra para os “aprendizes ingressados” de tal modo que, o aprendizado ficou com um lapso de tempo mais curto, do que na Inglaterra, por exemplo. Os mestres mais antigos, qualificados, para se protegerem profissionalmente, começaram a usar uma palavra secreta que era transmitida entre eles, para o reconhecimento entre si. Essa palavra chave ficou conhecida como a “Palavra Maçônica”.
  • 7. 3 – o simbolismo da cadeia de união Ir Luis Conceição M.·. M.·. - R.·. L.·. Convergência, n.º 501, a Oriente de Lisboa, G OL Lisboa - Portugal Há, em Magia, palavras de pronunciação perigosa; há também ritos maçónicos aos quais será melhor não nos associarmos quando não temos plena consciência do seu poder oculto. O tema DA "Cadeia de União" é um desses que, apesar da sua aparente simplicidade, encarna uma das figuras mais complexas do Ritual, no sentido em que implica "entrelaçamentos secretos" que ultrapassam largamente a simples ideia de União no sentido simbólico. Do mesmo modo que, no plano físico, ao pretender estudar a qualidade de uma corrente metálica, o engenheiro terá que se preocupar com o número dos seus anéis, o seu encadeamento, o metal que OS compõe, a sua secção e curvatura, para se entrar no sentido profundo DA nossa "Cadeia de União", é necessária uma apropriação dos seus componentes, para OS integrar numa síntese simbólica irrefutável. Os principais elementos de que nos ocuparemos serão, assim: · O círculo que forma a Cadeia, obrigatoriamente fechado. · A polaridade, posta em evidência pelo cruzamento dos braços. · O terceiro seria a mão, de que não me ocuparei aqui, e que detém um papel activo na formação DA Cadeia. Mas antes de mais convém rememorar o facto de que o rito DA "Cadeia de União" é a dinamização, a tomada de acção do princípio sugerido pela corda que serpenteia nos 3 lados DA Loja, ligando a coluna J à coluna B, sem contudo as unir. Torna-se, assim, indispensável compreender, à partida, a mensagem muda dessa corda de nós
  • 8. abertos, nas suas relações com o conceito arcaico de "laço", de serpente protectora, do nó cerrado que se torna lasso e enfim das suas borlas terminais: teremos assim sondado em profundidade o valor e a força de um "rito constrangedor, que envolve o indivíduo e a colectividade". Desta forma, se a simbólica DA corda se assemelha ao DA serpente que, fechada sobre si própria, com a cauda na boca, transmite a Luz e encarna o Sol; de corpo esticado e cabeça pendente, toma o papel do ceptro mágico egípcio, arquétipo DA iniciação libertadora - patente na simbólica DA serpente do Eden. Os nós lassos indicam um sentido evolutivo: a divindade ligante é vencida pelo Conhecimento; a coacção dogmática não consegue já fechar a sua rede. Mas o iniciado, promovido ao posto de herói, se for bom entendedor DA Arte, aceitará e submeter-se-à voluntariamente às regras tradicionais DA Ordem a que, de livre vontade, pediu adesão. Ele possui a liberdade do Maçon livre, numa Loja livre, mas conhece o relativismo DA Liberdade. Sentirá honra em fazer respeitar OS princípios adoptados pela maioria, e também em OS fazer cumprir, junto dos seus pares. O laço do Amor é a imagem DA Solidariedade. Esta imagem é espantosamente explicitada pelo nó Isíaco, análogo à "lemniscata" do primeiro arcano do Tarot, signo expressivo do movimento contínuo, dos "circulus vitae", DA interacção constante das radiações, do movimento perpétuo, tanto DA matéria como das galáxias. A Matemática adoptou-o como signo do infinito. Na boa tradição do Rito Escocês, simbolizando em parte a separação do neófito relativamente à sua Mãe, em cujo útero se encontrou, previamente, em reflexão, e de onde saiu com uma corda ao pescoço - vestígios do seu cordão umbilical agora quebrado - o neófito é colocado no centro DA Cadeia de União, que forma um círculo à sua Volta - verdadeira Cadeia de defesa - porque de cada vez que, na magia e nas artes, se encontra uma corda em torno de qualquer coisa, há uma intenção de defesa DA coisa circunscrita e
  • 9. de a separar de todas as influencias exteriores (e não deriva a palavra Templo do verbo grego "separar"). [topo] <http://www.maconaria.net/prancha_cadeia_uniao.shtml#top> É a razão pela qual o rito DA "Cadeia de União" consiste na formação de um anel completo, enquanto que a sua homóloga - a corda denteada que contorna parcialmente o Templo - não constitui um círculo fechado, quedando-se, de um lado, na coluna B, e do outro, na coluna J. De facto, as colunas não precisam de estar ligadas por uma corda para fechar o círculo. O círculo é o Universo, o Infinito, como a Loja se estende a todas as direcções, do Nascente ao Poente, do Norte ao Sul, do Zénite ao Nadir. No seu trabalho sobre o Deus ligante e a simbólica dos nós, Mircea Eliade diz-nos que "o cosmos é em si mesmo concebido como um tecido, como uma enorme rede". É também significante a utilização de nós, cordéis e anéis nos rituais nupciais. De entre OS símbolos mais expressivos que se nos oferecem à meditação, figura o "Ouroboros", a serpente que, ao morder a cauda, forma um círculo. Ora a serpente leva-nos imediatamente a pensar na DA Génese, Shaton, que tentou Eva, sugerindo-lhe que comesse o fruto proibido. O primeiro casal vivia no Jardim do Éden, alimentando-se de frutos que cresciam espontaneamente. Neste casal não havia desejo. Foi portanto a serpente que o despertou, e com ele o Amor. A serpente foi o primeiro Iniciador e não o vil tentador astuto e desonesto que a exégese religiosa nos apresenta, maldito pelo Criador. Deveria assim ser glorificada pela Humanidade. A tentação de Eva não se deve à sua maior fragilidade, mas sobretudo à sua grande sensibilidade e receptividade, à sua imaginação intuitiva. Adão, cujo nome significa "terra ou barro vermelho", era um sujeito mais racional, mais "pesado", mais tímido, talvez. É porque a nossa "mãe" - Eva - escutou a serpente, que a Humanidade entrou na via do Conhecimento, encetou o seu processo de emancipação, de evolução. Nos templos gregos via-se frequentemente a figuração do Ouroboros. Simbolizava a vida em geral, no que ela tem de indestrutível e de eterno, pelo seu eterno recomeço. Nas procissões dos Mistérios de Eleusis, as cesteiras ligavam romãs (símbolo da solidariedade e da fraternidade), espigas de trigo (mito gregário da
  • 10. regeneração) e uma serpente, imagem da vida regenerada. (sobre o mito da serpente, aconselha-se a leitura do conto esotérico "A Serpente Verde", do nosso Ir.'. Goethe). [topo] <http://www.maconaria.net/prancha_cadeia_uniao.shtml#top> No Templo, como referido, a corda denteada contorna apenas em três lados o painel de Loja. Esta deve, de facto, manter-se em contacto com o mundo exterior: não se abrem 3 janelas da câmara de Comp.'.- Mas no quarto lado, o do Ocidente, nenhum ser, nenhum espírito se pode introduzir, porque a energia contida entre as duas colunas de polaridade contrária forma uma barreira intransponível para os não iniciados. Estes encontrariam aí, de qualquer modo, sob os seus passos, o pavimento mosaico, em que inadvertidamente tropeçariam. Na "Cadeia de União" é um magnetismo dinâmico que se vai desenvolver, pelo facto de se constituir de seres vivos. Nas sessões brancas (adopção, reconhecimento conjugal, etc.), a cadeia forma-se segundo uma roda infantil, de mãos dadas, em que toda a ideia metafísica e esotérica é excluída: trata-se apenas de um testemunho de amizade e de união. Mas na cadeia ritual, em que os braços cruzados ligam a mão direita com a mão esquerda, desenvolve-se uma força magnética. Em 1932 (e.'. v.'.), Jacqueline Chantereine e o Dr. Camille Savoire, detectaram no interior e em torno do organismo humano, movimentos turbilhónicos e ondulatórios. Estes últimos são produzidos, para além de causas patológicas, por energias radiantes provenientes de tudo o que nos envolve: acção cósmica, por um lado, essencialmente proveniente da energia solar, à qual se junta a da Lua e dos restantes astros. A resultante destas acções energéticas traduz-se sob a forma de um turbilhão que penetra pelo lobo anterior da hipófise, para terminar no dedo grande do pé direito. Uma outra fonte, não menos importante, é a força energética, dita "telúrica", que se manifesta sob a forma de uma corrente inversa da precedente, e portanto ascendente, penetrando pelo dedo pequeno do pé esquerdo, para se escapar pelo topo do crânio, contornando a precedente para formar uma figura semelhante ao "Caduceu" (o Caduceu é uma vara de louro de oliveira, com duas serpentes
  • 11. enroladas em sentido inverso, que era atributo de Mercúrio, e símbolo da polaridade e da paz). Estas duas serpentes entrelaçadas, transformam-se nos "laços de Amor" da corda denteada. Daqui a analogia com a Cadeia de União, em que o braço direito, positivo, passa por cima do esquerdo, negativo, para contactar com a mão esquerda do vizinho, formando uma cadeia de "pilhas em tensão", em que se reúne o eléctrodo positivo de cada um dos elementos ao eléctrodo negativo do seguinte, por forma a que a força electromotriz resultante seja "n" vezes superior à de um só elemento. Isto não é uma imagem, é uma realidade, que desenvolverá ao máximo a agregação das forças psíquicas da Loja, dirigidas para um mesmo objectivo. [topo] <http://www.maconaria.net/prancha_cadeia_uniao.shtml#top> Individualmente somos fracos, isolados e falíveis. Quando o Ven.'. M.'., antes do encerramento dos trabalhos, evoca a união de todos os Maçons, quando as nossas mãos (nuas, sem luvas, para que a corrente circule) se juntam numa verdadeira Cadeia de União, parece que um sopro mágico se introduz no Templo. Logo que a Cadeia se forma, o movimento ascendente e descendente dos braços, três vezes repetido, lembra simbolicamente o ondular da serpente cósmica, de que a Cadeia é uma imagem energética. A quebra da Cadeia deverá ser lenta e suave, para que a força de cada um se estabilize no seu circuito fechado. A Cadeia de União é, assim, a simbólica solar posta em acção, na sua expressão mítica. Precedida por uma pequena invocação, proferida pelo Ven.'. M.'., no sentido das preocupações e aspirações gerais e particulares da Loja, da Obediência e da Humanidade, a Cadeia de União é o corolário obrigatório das sessões de trabalho em Loja.
  • 12. 4 – reservas sobre as formas de reconhecimento  Escrito pelo Ir Rui Bandeira Antigamente era, em muitos locais, perigoso ser maçon. Ainda hoje o é, em várias partes do globo. Os maçons tinham necessidade de se conseguirem reconhecer uns aos outros, sem necessidade de perguntar. Com efeito, se um maçon perguntasse a outrem se também era maçon e esse outrem não só não fosse maçon como denunciasse quem o inquirira, estava o caldo entornado... Havia, pois, que arranjar maneira de um maçon se poder assegurar que outro homem também tinha essa qualidade, de forma que, se assim fosse, o interrogado soubesse que tal interrogação lhe estava a ser feita e soubesse responder da mesma forma, mas que, se o interrogado não fosse maçon, não se apercebesse sequer da interrogação. Havia que criar uma forma de um maçon se dar a conhecer como tal, de maneira que só os maçons se apercebessem disso e só eles reconhecessem essa forma. Havia que poder testar se alguém que se arrogava de ser maçon efetivamente o era. E, sobretudo, havia que tudo isto fazer de forma discreta, apenas percetível por quem devesse perceber. E havia, obviamente que guardar segredo dessas formas de reconhecimento. Antigamente,não havia as facilidades e rapidez de comunicações e de deslocação que há hoje. Os agregados populacionais eram fechados, muito mais isolados do que agora e, sobretudo, mais distantes, em termos de tempos de viagem. Ir de Lisboa a Londres demorava semanas. Ir de Lisboa ao Porto demorava dias. Ir da Europa à Ásia, a África ou à América demorava meses. Um viajante que chegava a um qualquer local era um desconhecido e desconhecia quase todas ou todas as pessoas desse local. Se se
  • 13. arrogava qualquer título ou condição, não havia meios de comunicação rápidos que permitissem verificar, em terras distantes, se o afirmado era verdade. Viajar era demorado e perigoso. Os maçons em viagem podiam beneficiar do auxílio de seus Irmãos. Muitas vezes sendo - viajante e residente - desconhecidos um dos outro. Não bastava ao viajante dizer que era maçon. Tinha de comprovar essa qualidade. Antigamente era, pois. essencial que existissem formas de reconhecimento discretas, eficazes e de conhecimento restrito aos maçons. Que deviam ser e eram avaramente guardadas em segredo. Essas formas de reconhecimento eram e são constituídas por determinados sinais, por certas palavras, por específicos toques. Os sinais permitiam que os maçons se reconhecessem como tal no meio de uma multidão, se preciso fosse, sem que mais ninguém se apercebesse. As palavras permitiam confirmar esse reconhecimento, constituindo uma segunda forma de verificação, que confirmaria a identificação ou permitiria desmascarar impostor que, por conhecimento ou sorte, tivesse efetuado corretamente um sinal de identificação. Os toques, discretos, permitiam, além de uma fácil identificação mútua absolutamente discreta e insuscetível de ser detetada por estranhos, também desmascarar impostores, pois não bastava, nem basta, usar um certo toque: é preciso saber quando o usar, para quê e que deve suceder em seguida... Sempre os sinais de reconhecimento foram objeto de curiosidade profana. Por quem perseguia a Maçonaria e os maçons, por razões evidentes. Por quem, não sendo maçon, gostaria de se infiltrar entre os maçons ou, viajando, beneficiar da ajuda que os maçons residentes davam aos maçons viajantes. Ou, simplesmente, por quem era curioso... Milhares e milhares de maçons conhecem os sinais de reconhecimento. Ao longo do tempo, milhões de maçons acederam a esse conhecimento, nas quatro partidas do Mundo. Houve zangas. Houve dissensões. Houve abandonos. Houve traições. Houve inconfidências. Um segredo só é verdadeiramente secreto se for conhecido apenas por um - e, mesmo assim, se este não falar a dormir... Era inevitável que as formas de reconhecimento dos maçons fossem expostas. Existem livros. Existem filmes. Existem vídeos. Existem panfletos. Existem, hoje em dia, inúmeros suportes em que estão expostas aos profanos as formas de reconhecimento dos maçons. Mas também existem publicados nos mesmos suportes formas de reconhecimento falsas ou inventadas ou simplesmente ultrapassadas... Quem está de fora tem o magno
  • 14. problema de descobrir o que é verdadeiro e o que é falso, de distinguir o certo do inventado, de descortinar o que se mantém vigente e o que foi ultrapassado... Por isso, ainda hoje, as formas de reconhecimento vigentes, apesar de conhecidas por milhões, apesar de repetidamente expostas, continuam a ser úteis e eficazes. Mas, mesmo que algum profano consiga conhecer os sinais, palavras e toques certos e consiga descobrir quando os utilizar e como o fazer corretamente, ainda assim só logrará, quando muito, enganar alguns maçons durante algum tempo e acabará - porventura mais cedo do que mais tarde - por ser desmascarado como impostor. Porque não basta executar o sinal certo na hora precisa, pela forma correta, nem dizer a palavra adequada, pela forma prescrita, a quem deve ouvi-la, nem dar o toque acertado, no momento asado e sabendo o que se deve passar a seguir. Tudo isso já é suficientemente complicado - mas não basta. Tudo isso, ainda que porventura executado de forma atinada, constitui ainda uma determinada informação: que quem o fez tem um determinado nível de conhecimentos, uma certa postura e compostura, um exigível comportamento, um específico nível de desenvolvimento pessoal, social e espiritual. Ser maçon e ser reconhecido como maçon não é só conhecer e saber executar sinais, palavras e toques. Isso é o que menos importa. É, sobretudo, saber fazer um percurso, utilizar um método, avançar num caminho. As formas de reconhecimento são apenas sinais exteriores básicos e nem sequer particularmente importantes. Isso também, mas sobretudo muito mais, é que faz com que um maçon seja reconhecido como tal pelos seus Irmãos. Reservo o segredo dos sinais, palavras e toques que constituem as formas de reconhecimento dos maçons, porque a isso me comprometi. Mas digo e afirmo: podíamos divulgar, publicar, mostrar, explicar, exemplificar, ensinar, filmar e exibir o filme, executar todos os sinais, palavras e toques de reconhecimento; podíamos ensinar a toda a gente como e quando e por que forma utilizar cada um deles. Ainda assim, pouco tempo e apenas um razoável cuidado bastariam para reconhecer quem efetivamente é maçon e quem, ainda que perfeitamente executasse todos os sinais, palavras e toques, não o é! Porque ser maçon é muito mais do que saber sinais, palavras e toques. Ser reconhecido como tal implica muito mais do que essas minudências, pois não basta saber sinais, palavras e toques para ser reconhecido maçon. É preciso efetivamente sê-lo e vivê-lo e praticá-lo.
  • 15. Que nunca ninguém se esqueça disto. Seja profano ou tenha sido iniciado. Especialmente estes! 5– Perguntas e Respostas - Ir Pedro Juk O Respeitável Irmão Cícero de Carvalho Miranda, Loja Caratinga Livre, 0922, REAA, GOB, sem declinar o nome do Oriente, apresenta a seguinte questão: cicerox@uol.com.br Surgiu uma dúvida em que as explicações não foram satisfatórias. Sendo uma Loja de muitos membros, acabou por virar polêmica. Ao se colher o tronco ou passar o saco de propostas no Altar do Venerável Mestre, colhe-se somente do Venerável ou também dos dois lugares (ao lado do Venerável) de uma única vez? Alguns Irmãos afirmaram que o Altar do Venerável é indivisível e por isso a coleta é feita somente do Venerável e somente
  • 16. após fazer a estrela de seis pontas que se colhe das autoridades que estão sentadas ao lado do Venerável. É correto afirmar isso? Considerações: O Altar deve ser considerado aquele que é ocupado pelo Venerável Mestre e não o do Venerável, pois ele apenas ocupa o lugar e não faz dele a sua propriedade. Não se trata de dividir o Altar. Esse conceito não é previsto. A regra é que o giro para a coleta das Propostas e Informações e do Tronco de Beneficência obedeça primeiro as Três Luzes da Loja – Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes. Posteriormente às duas outras Dignidades (Orador e Secretário) e finalizando a primeira etapa, o Cobridor que é um dos cargos mais importantes exercidos na Loja. Assim primeiramente no giro feito pelo Oficial circulante abordam-se àqueles que estiverem portando os respectivos malhetes e posteriormente até o Cobridor. Ato seguido, estando ocupado às duas cadeiras ao lado do Venerável, o Oficial faz então ali a coleta. Dando sequência colhe dos demais que estiverem presentes no Oriente, em seguida os Mestres da Coluna do Sul, os da Coluna do Norte, Companheiros e Aprendizes. Por fim ele próprio, auxiliado pelo Cobridor Interno, deposita a sua proposta ou óbolo. Ainda no tocante a primeira parte da circulação, essa tal “estrela de seis pontas” é mero fruto de imaginação. O que está verdadeiramente previsto é a hierarquia das Luzes da Loja, das outras duas Dignidades e pela importância do ofício, o Cobridor. Pela disposição desses cargos, fica difícil se rastrear uma estrela de seis pontas, ou o selo de Davi. A estrela hexagonal é símbolo distintivo da Maçonaria Inglesa, enquanto que aquela usada no Rito Escocês Antigo e Aceito (origem francesa) é a estrela pitagórica que possui apenas e tão somente cinco pontas, porém esta não tem qualquer relação com giro de Oficiais em Loja. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com NOV/2011 Pergunte ao Ir Pedro Juk, através do JB News. Não esqueça de mencionar nome completo, Loja, Oriente, Rito praticado e Obediência.
  • 17. 6– Destaques JB Loja 14 de Julho A Loja 14 de Julho comemorou o seu sexagésimo primeiro aniversário de existência em concorrida Sessão Branca, realizada no último dia 17, em clima de muita festa e alegria. O registro a seguir foi enviado pelo Ir. Édio Coan.
  • 18. BBC Sede da Britisch Broadcasting Corporation (BBC), em Glasgow, Escócia. Agora na Escócia estou ouvindo a Rádio Sintonia 33 - 24 horas do no ar Acesse: www.radiosintonia33.com.br
  • 19. Que sacanagem meu! Em pleno centro de Glasgow a molecada colocou um cone de trânsito na estátua de um famoso herói escocês, à cavalo. (registro: 14h19 de 22.11.11)
  • 20. Nada melhor que retransmitir a mensagem do poeta e Ir Adilson Zotovici “Caríssimo Ir:. Jeronimo, Bom dia ! Há uma Loja aqui em São Paulo, jurisdicionada ao GOSP /GOB, com mais de 120 anos de existência com o nome de “ Luis Gama” na qual, há hoje , um membro que é bisneto do seu patrono , Luis Gama. Nessa Loja, tem um “valorosíssimo irmão” que é poliglota de nome Newton Agrella e quando de sua brilhante administração como V:.M:., fiz essa pequena homenagem ( anexo), pela passagem do aniversário da Loja. Um abraço - Adilson” Luis Gama - 1830 – 1882 Como legado de um ser que se tornara liberto Enveredou no trabalho destinado a quem é obstinado A labutar pelo cumprimento da igualdade por certo Com o arrojo de quem por Deus foi iluminado Cedo, ainda menino, se abatia sobre esse guerreiro Forte revés que a seu espírito vinha fustigar Que o faria começar trilhar o caminho de grande obreiro E um futuro brilhante de luta incessante vislumbrar ! Quiçá o próprio destino desse jovem humilhado, Tenha se acercado da certeza da missão que o aguardava Que convicto de sua sagacidade o tenha levado
  • 21. A encontrar-se a um grupo que como tal se arvorava ! Sua perspicácia o levou a vislumbrar o momento E tornar-se homem laborioso, de grande visão, Aguçando junto a grandes vultos seu conhecimento Que irmanados enfrentariam a cada missão ! Estava definida a receita necessária e sonhada Ao unir-se a outros abnegados abolicionistas Republicanos que viam a sagrada liberdade aviltada Pelas mãos de sequiosos senhores escravistas Como “Afro”, pseudônimo que melhor lhe aprouvera, Escreveu , protestou, propugnou com relevância Sem temores , rancores, de alma pura e sincera Contra toda desigualdade, tirania e intolerância ! Deixou trovas burlescas, ainda que sem laivos de rancor Como indignação a grupo de mulatos impertinentes Que renegavam imprudentemente sua raça, sua cor E que pela nobre causa, mostravam-se tão indiferentes Escriturário, poeta, autodidata da lei, jornalista ! Que ao lado de Deus , viu seu maior momento de glória, Luis Gonzaga Pinto da Gama, o grande abolicionista Maçom verdadeiro, que em curta vida, fez longa história ! Ir. Adilson Zotovici ARLS Chequer Nassif-169