2. ANTROPOLOGIA
A Antropologia tem como objeto
o estudo sobre o homem e a
humanidade de uma maneira
totalizante e abrangente. Os
costumes, crenças, diversidade,
hábitos e aspectos físicos dos
diferentes povos que habitam o
planeta (ou os que não existem
mais) fazem parte dos estudos
desse profissional.
3. QUEM SÃO OS “BÁRBAROS”?
“[...] cada qual denomina de bárbaro o
costume que não pratica na própria terra.”
Michel de Montagne (1533-1592)
A frase de Montaigne
trata do
ETNOCENTRISMO.
4. ETNOCENTRISMO
etno = palavra grega que significa povo;
centr = vem de centro;
ismo = sufixo que designa prática de algo;
Etnocentrismo é a postura segundo a qual
avalia-se os outros povos a partir da
própria cultura.
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8. RELATIVISMO CULTURAL
O RELATIVISMO CULTURAL é a postura
segundo a qual se procura relativizar
sua maneira de agir, pensar e sentir,
e, assim, colocar-se no lugar do outro.
“Relativizar” significa estabelecer uma
espécie de distanciamento ou
estranhamento diante de seus valores,
para conseguir compreender a lógica
dos valores do outro.
9. O RELATIVISMO DE CLAUDE LÉVI-
STRAUSS
Claude Lévi-Strauss(1908-2009) foi um grande antropólogo,
etnólogo e professor francês. Formado em direito e filosofia na
França e produtor de uma vasta obra, Lévi-Strauss foi o criador da
antropologia estrutural e um dos maiores pensadores do século XX.
No texto “Raça e História”, escrito em 1952 para a UNESCO, Lévi-
Strauss dirige seu pensamento à diversidade cultural, elaborando sua
teoria a partir de uma crítica ao evolucionismo. Para o autor, o
evolucionismo ocorre porque o Ocidente vê a si mesmo como
finalidade do desenvolvimento humano. Isso gera o etnocentrismo,
ou seja, o Ocidente vê e analisa as outras culturas a partir de suas
próprias categorias. É necessário que haja um esforço de relativização
para não julgar as outras culturas através de nossa própria cultura. É
preciso vê-las sem os pressupostos da nossa.
10. O TREM E O XADREZ
Para falar sobre a ideia de que
existiam culturas que não se
moviam ou se transformariam e o
etnocentrismo, ele deu o exemplo
do viajante do tem: imaginem que
cada cultura é um trem e nós somos
os passageiros. Nós olhamos o
mundo a partir do nosso trem.
Lévi-Strauss diz, ainda, que as
culturas se desenvolvem como anda
o cavalo no jogo de xadrez. No jogo
de xadrez cada peça caminha de
uma maneira: a torre em linha reta,
o bispo na diagonal e o cavalo em L,
ou seja, aos saltos. Logo, se as
culturas andam em L ou aos saltos,
elas não andam todas em linha reta,
nem todas na mesma direção. Cada
uma segue um sentido e uma linha
de raciocínio que lhe é própria.