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“Chefe dos patrões” Foi este o título da matéria da revista Época de 16 de fevereiro de 2004. Mais do que uma simples chamada, a frase, carregada de significado, lembra aos advogados que é muito difícil ter sucesso nos negócios se não houver profissionalização. Embora o artigo cite os grandes escritórios, está claro que os problemas administrativos são uma preocupação constante até mesmo para as bancas do tipo boutique. Diferente deve ser a abordagem usada para atacar problemas de diferentes tipos de escritórios.  Com o objetivo de contribuir para o equacionamento destas questões, tenho a satisfação de encaminhar algumas reflexões sobre o tema e de colocar-me a sua disposição para seguir com o debate. João Telles Corrêa Filho Fevereiro de 2004
Um pouco de história A formação dos advogados, por ser de conteúdo muito abrangente, induziu, ao longo do tempo, estes profissionais a assumirem um rol de atividades por demais diversificadas em seus escritórios. As  conseqüências mais evidentes desta sobrecarga de trabalho são:
Um pouco de história A formação dos advogados, por ser de conteúdo muito abrangente, induziu, ao longo do tempo, estes profissionais a assumirem um rol de atividades por demais diversificadas em seus escritórios. As  conseqüências mais evidentes desta sobrecarga de trabalho são: ,[object Object],[object Object]
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Tentando responder Como selecionar o próprio “chefe”? A contratação do C.E.O., seja em que regime for, equivale a decidir que o poder decisório passará a ser compartilhado com um novo elemento. Este profissional será responsável por fazer com que a estrutura do escritório atinja os objetivos estratégicos estabelecidos pela sociedade. Para que isso seja possível é indispensável que o C.E.O. tenha autonomia operacional para gerir os recursos do escritório. Aos sócios caberá, em primeiro lugar, a delegação de responsabilidades e a cobrança por resultados, e não por simples tarefas.
Tentando responder Quais os custos envolvidos numa contratação destas? O custo com o recrutamento de um C.E.O. não é pequeno: ,[object Object]
Bônus ou prêmios proporcionais aos resultados;
Benefícios compatíveis com o mercadoSão os itens mais visíveis. Há que se considerar eventuais custos com serviços de head-hunters, que podem chegar a igualar a remuneração anual do contratado. Números como estes reforçam a necessidade de buscar soluções mais criativas.
Tentando responder Como conviver com a divisão de poder com um “estranho”? Este é, sem nenhuma dúvida, o maior desafio que se apresenta a um profissional pouco habituado a delegar: o Advogado. A resposta não é trivial e passa por um acordo firmado pelos sócios, geralmente após vários anos de tentativas não muito bem sucedidas de dividir o tempo entre o atendimento aos clientes e as atividades administrativas. Modelos propondo desde o revezamento dos sócios na administração até a  centralização pura e simples pelo sócio-gerente vêm sofrendo desgaste contínuo e demandando maior profissionalização.
O ciclo P.E.R.A. O C.E.O. deve, portanto, conduzir os processos de melhorias contínuas e, ao mesmo tempo, ser orientado por estes mesmos processos. Isto significa que, antes de mais nada, cabe aos sócios ditar as diretrizes e estratégias, obedecendo a um ciclo com quatro fases:
O ciclo P.E.R.A. O C.E.O. deve, portanto, conduzir os processos de melhorias contínuas e, ao mesmo tempo, ser orientado por estes mesmos processos. Isto significa que, antes de mais nada, cabe aos sócios ditar as diretrizes e estratégias, obedecendo a um ciclo com quatro fases: P – PLANEJAMENTO
O ciclo P.E.R.A. O C.E.O. deve, portanto, conduzir os processos de melhorias contínuas e, ao mesmo tempo, ser orientado por estes mesmos processos. Isto significa que, antes de mais nada, cabe aos sócios ditar as diretrizes e estratégias, obedecendo a um ciclo com quatro fases: P – PLANEJAMENTO E – EXECUÇÃO
O ciclo P.E.R.A. O C.E.O. deve, portanto, conduzir os processos de melhorias contínuas e, ao mesmo tempo, ser orientado por estes mesmos processos. Isto significa que, antes de mais nada, cabe aos sócios ditar as diretrizes e estratégias, obedecendo a um ciclo com quatro fases: P – PLANEJAMENTO E – EXECUÇÃO R – RELATÓRIO
O ciclo P.E.R.A. O C.E.O. deve, portanto, conduzir os processos de melhorias contínuas e, ao mesmo tempo, ser orientado por estes mesmos processos. Isto significa que, antes de mais nada, cabe aos sócios ditar as diretrizes e estratégias, obedecendo a um ciclo com quatro fases: P – PLANEJAMENTO E – EXECUÇÃO R – RELATÓRIOS A – APERFEIÇOAMENTO
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Como decidir?  A quantidade de pontos a considerar na hora de contratar um C.E.O. é, portanto, muito grande. A decisão só será tomada com alguma segurança após o estabelecimento das diretrizes estratégicas básicas:
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C.E.O. em escritórios de advocacia

  • 1.
  • 2. “Chefe dos patrões” Foi este o título da matéria da revista Época de 16 de fevereiro de 2004. Mais do que uma simples chamada, a frase, carregada de significado, lembra aos advogados que é muito difícil ter sucesso nos negócios se não houver profissionalização. Embora o artigo cite os grandes escritórios, está claro que os problemas administrativos são uma preocupação constante até mesmo para as bancas do tipo boutique. Diferente deve ser a abordagem usada para atacar problemas de diferentes tipos de escritórios. Com o objetivo de contribuir para o equacionamento destas questões, tenho a satisfação de encaminhar algumas reflexões sobre o tema e de colocar-me a sua disposição para seguir com o debate. João Telles Corrêa Filho Fevereiro de 2004
  • 3. Um pouco de história A formação dos advogados, por ser de conteúdo muito abrangente, induziu, ao longo do tempo, estes profissionais a assumirem um rol de atividades por demais diversificadas em seus escritórios. As conseqüências mais evidentes desta sobrecarga de trabalho são:
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. Falta de instrumentos – e de conceitos – básicos de acompanhamento e controle;
  • 9.
  • 10. Falta de instrumentos – e de conceitos – básicos de acompanhamento e controle;
  • 11. Falta de coerência entre os objetivos e as ações que deveriam conduzir o escritório a estes mesmos objetivos;
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15. Como selecionar o próprio “chefe”?
  • 16.
  • 17. Como selecionar o próprio “chefe”?
  • 18. Quais os custos envolvidos numa contratação destas?
  • 19.
  • 20. Tentando responder Como selecionar o próprio “chefe”? A contratação do C.E.O., seja em que regime for, equivale a decidir que o poder decisório passará a ser compartilhado com um novo elemento. Este profissional será responsável por fazer com que a estrutura do escritório atinja os objetivos estratégicos estabelecidos pela sociedade. Para que isso seja possível é indispensável que o C.E.O. tenha autonomia operacional para gerir os recursos do escritório. Aos sócios caberá, em primeiro lugar, a delegação de responsabilidades e a cobrança por resultados, e não por simples tarefas.
  • 21.
  • 22. Bônus ou prêmios proporcionais aos resultados;
  • 23. Benefícios compatíveis com o mercadoSão os itens mais visíveis. Há que se considerar eventuais custos com serviços de head-hunters, que podem chegar a igualar a remuneração anual do contratado. Números como estes reforçam a necessidade de buscar soluções mais criativas.
  • 24. Tentando responder Como conviver com a divisão de poder com um “estranho”? Este é, sem nenhuma dúvida, o maior desafio que se apresenta a um profissional pouco habituado a delegar: o Advogado. A resposta não é trivial e passa por um acordo firmado pelos sócios, geralmente após vários anos de tentativas não muito bem sucedidas de dividir o tempo entre o atendimento aos clientes e as atividades administrativas. Modelos propondo desde o revezamento dos sócios na administração até a centralização pura e simples pelo sócio-gerente vêm sofrendo desgaste contínuo e demandando maior profissionalização.
  • 25. O ciclo P.E.R.A. O C.E.O. deve, portanto, conduzir os processos de melhorias contínuas e, ao mesmo tempo, ser orientado por estes mesmos processos. Isto significa que, antes de mais nada, cabe aos sócios ditar as diretrizes e estratégias, obedecendo a um ciclo com quatro fases:
  • 26. O ciclo P.E.R.A. O C.E.O. deve, portanto, conduzir os processos de melhorias contínuas e, ao mesmo tempo, ser orientado por estes mesmos processos. Isto significa que, antes de mais nada, cabe aos sócios ditar as diretrizes e estratégias, obedecendo a um ciclo com quatro fases: P – PLANEJAMENTO
  • 27. O ciclo P.E.R.A. O C.E.O. deve, portanto, conduzir os processos de melhorias contínuas e, ao mesmo tempo, ser orientado por estes mesmos processos. Isto significa que, antes de mais nada, cabe aos sócios ditar as diretrizes e estratégias, obedecendo a um ciclo com quatro fases: P – PLANEJAMENTO E – EXECUÇÃO
  • 28. O ciclo P.E.R.A. O C.E.O. deve, portanto, conduzir os processos de melhorias contínuas e, ao mesmo tempo, ser orientado por estes mesmos processos. Isto significa que, antes de mais nada, cabe aos sócios ditar as diretrizes e estratégias, obedecendo a um ciclo com quatro fases: P – PLANEJAMENTO E – EXECUÇÃO R – RELATÓRIO
  • 29. O ciclo P.E.R.A. O C.E.O. deve, portanto, conduzir os processos de melhorias contínuas e, ao mesmo tempo, ser orientado por estes mesmos processos. Isto significa que, antes de mais nada, cabe aos sócios ditar as diretrizes e estratégias, obedecendo a um ciclo com quatro fases: P – PLANEJAMENTO E – EXECUÇÃO R – RELATÓRIOS A – APERFEIÇOAMENTO
  • 30.
  • 31.
  • 32. Cuidar da eficiência dos recursos disponíveis – fazer do modo certo;
  • 33.
  • 34. O ciclo P.E.R.A. M.I.S. Management Information System R – RELATÓRIO CADASTROS TIMESHEET FINANÇAS
  • 35.
  • 36. O incremento permanente da qualidade do atendimento deve ser apurado continuamente pelos sistemas de apoio à decisão.CADASTROS TIMESHEET FINANÇAS
  • 37. O ciclo P.E.R.A. M.I.S. Management Information System A – APERFEIÇOAMENTO Políticas, Normas e Procedimentos
  • 38. O ciclo P.E.R.A. M.I.S. Management Information System A – APERFEIÇOAMENTO Políticas, Normas e Procedimentos ESPERADO ATINGIDO
  • 39. O ciclo P.E.R.A. M.I.S. Management Information System A – APERFEIÇOAMENTO Políticas, Normas e Procedimentos ESPERADO ATINGIDO AÇÕES CORRETIVAS
  • 40.
  • 41. Um comitê de qualidade pode ser muito útil.Políticas, Normas e Procedimentos ESPERADO ATINGIDO AÇÕES CORRETIVAS
  • 42. Como decidir? A quantidade de pontos a considerar na hora de contratar um C.E.O. é, portanto, muito grande. A decisão só será tomada com alguma segurança após o estabelecimento das diretrizes estratégicas básicas:
  • 43.
  • 44.
  • 45. Mercados – ramos de atuação e clientes – preferenciais;
  • 46.
  • 47. Mercados – ramos de atuação e clientes – preferenciais;
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52. C.E.O. contratado com exclusividade ou compartilhado com escritório parceiro;
  • 53.
  • 54. C.E.O. contratado com exclusividade ou compartilhado com escritório parceiro;
  • 55. C.E.O. ou apoio permanente de consultoria especializada.Cada um destes modelos tem vantagens e custos que devem ser cuidadosamente ponderados antes de qualquer decisão. Pesquisar entre congêneres pode ser muito valioso.
  • 56. Conclusão A profissionalização administrativa dos escritórios brasileiros é inevitável. Auditorias e Consultorias já passaram por este mesmo processo e, como constatado pela Época, as grandes bancas já estão se modernizando. A história mostra que as empresas de maior sucesso são aquelas que se colocam na vanguarda das transformações. Isto foi verdade para as indústrias manufatureiras, para os bancos e para os grandes prestadores de serviços. Isto também será verdadeiro para os escritórios de advocacia, não importa o seu tamanho ou o modelo gerencial adotado. Sair na frente é a chave para o sucesso.