O documento discute os procedimentos e requisitos para doação e transfusão de sangue no Hospital das Clínicas, incluindo triagem de doadores, tipagem sanguínea, testes pré-transfusionais e compatibilidade, com o objetivo de garantir a segurança dos pacientes.
2. Hemoterapia
Histórico
Transfusões seletivas
Portarias do Ministério da Saúde
“ ...toda doação de sangue deve ser altruísta,
voluntária e não gratificada direta ou indireta-
mente, assim como o anonimato do doador
deve ser garantido...”
3. Hemoterapia
Somente 1% da população brasileira doa sangue
uma vez por ano, ao contrário de países europeus
onde essa porcentagem chega a 5%.
Pré-triagem
pulso, pressão,
peso, altura e
temperatura
Procedimentos:
Triagem clínica
critérios para a
proteção do doador
e do receptor
Triag. sorológica
Chagas, Sífilis,
Hepatite B e C, HIV,
HTLV I/II
4. Hemoterapia
Frequência das doações
- a cada 2 meses para homens
- a cada 3 meses para mulheres
Idade
- entre 18 e 67 anos
Peso
- a partir de 50 kg
Volume retirado
- entre 405 e 495 ml
7. Hemoterapia
Fracionamento do Sangue
Objetivo:
• Obter a mesma massa de hemácias de uma
unidade de sangue total com separação do plasma
rico em plaquetas, e posterior concentração das
plaquetas em pequeno volume de plasma.
9. Hemoterapia
Testes pré-transfusionais
Os testes pré-transfusionais têm como objetivo
fundamental garantir a compatibilidade sangüínea
entre o doador e o receptor, a fim de que os
componentes transfundidos tenham sobrevida
aceitável e não causem dano ao receptor.
Os testes pré-transfusionais têm como objetivo
fundamental garantir a compatibilidade sangüínea
entre o doador e o receptor, a fim de que os
componentes transfundidos tenham sobrevida
aceitável e não causem dano ao receptor.
10. Hemoterapia
PROCEDIMENTOS
Requisição de Transfusão
- Nome completo, registro hospitalar
- Idade e sexo do paciente/ Gestação
- Histórico de transfusão/ reação anterior
- Hemocomponente solicitado e quantidade
- Quadro clínico e laboratorial
- Rotina, urgência, cirurgia
- Assinatura do médico/carimbo/CRM
“TERMO DE RESPONSABILIDADE”
(hemocomponente liberado sem provas de compatibilidade)
11. Hemoterapia
- Deve ser coletada por pessoa habilitada
- Nome e registro do paciente
(obrigatoriamente em acordo com a requisição)
- O tubo deve ser rotulado no ato da coleta
- Deve ser coletada até 48h antes da transfusão
Amostra do Receptor
12. Hemoterapia
Tipagem ABO
• Tipagem direta
Determina a presença/ausência dos antígenos
do sistema ABO nas hemácias do receptor
• Tipagem reversa
Determina a presença/ausência de anticorpos
plasmáticos no receptor
Qualquer discrepância entre as tipagens direta e reversa
deve ser resolvida antes que o sangue seja liberado
13. Hemoterapia
Tipagem Sangüínea Rh
- É realizada com soro anti-D e determina
a presença/ausência do antígeno D nas
hemácias testadas
Diferentemente do sistema sangüíneo ABO,
um indivíduo Rh-negativo só produzirá um
anticorpo anti-D por meio de imunização prévia
com hemácias Rh-positivo (durante a gravidez
ou transfusão)
O antígeno D é altamente imunogênico (ter
especial atenção com mulheres em idade fértil)
14. Hemoterapia
Pesquisa de Anticorpos Irregulares (PAI)
É realizada testando-se o soro do receptor contra
hemácias tipo “O”, com fenotipagem conhecida
para os mais importantes sistemas sanguíneos.
A PAI tem como finalidade detectar possíveis
anticorpos clinicamente significantes, e contribui
para aumentar a segurança transfusional.
Caso sejam detectados anticorpos com significado
clínico, será necessário fazer a identificação desses
anticorpos por meio de um painel de hemácias.
15. Hemoterapia
Prova de Compatibilidade
A prova de compatibilidade maior é feita tes-
tando-se os glóbulos vermelhos do doador contra
soro ou plasma do receptor.
A prova de compatibilidade menor é feita tes-
tando-se o soro ou plasma do doador contra
hemácias do receptor, e é considerada obsoleta.
Em caso de extrema urgência o médico poderá
autorizar por escrito a liberação do sangue sem
essa prova.