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Maria Aparecida Thomazini
Pós graduada em Doação e Transplantes
mariathomazini@saude.es.gov.br
Avaliação e Viabilização do Potencial Doador
Maria Aparecida Thomazini
Pós graduada em Doação e Transplantes
Coordenadora de CIHDOTT
Central de Transplantes do ES / SESA
Identificação
avaliação
Viabilização
diagnóstico de
morte encefálica
consentimento familiar
manutenção
aspectos logísticos
remoção de
órgãos e tecidos
distribuição
transplante
acompanhamento
dos resultados
extremamente complexo
Processo doação - transplante
Eficácia deste
processo: 50%
possível doador (70 pmp)
potencial doador (30 pmp)
doador efetivo (8,7 pmp)
não identificação: 57%
 não autorização familiar: 24,2%
Problemas manutenção: 19,6%
 contra-indicação médica: 13,4%
 problemas logísticos: 13,2%
10% dos possíveis doadores
 25% dos potenciais doadores
Processo doação - transplante
Possível doador
Potencial doador
Elegível para doação
Doador efetivo
Doador com órgãos Tx
Quando abre o protocolo de ME
Quando confirma o diagnóstico de ME
Quando inicia a cirurgia de remoção
Quando órgãos removidos são transplantados
Lesão cerebral grave em ventilação mecânica
Processo doação - transplante
Nomenclatura proposta pela OMS - Madri, março 2010
Nova nomenclatura
Necessidade estimada e transplantes
Necessidade
Córneas: 106
Rim: 731
Fígado: 32
Coração: 02
2014
0
2,000
4,000
6,000
8,000
10,000
12,000
14,000
16,000
18,000
Córnea Rim Fígado Coração
17,168
11,445
4,769
1,145
13.036
5.639
1755
311
Necessidade estimada Transplantes realizados
49%
35%
27%
75%
A avaliação do potencial doador de órgãos e tecidos deve
englobar dados clínicos e exames complementares gerais, de
maneira que avalie praticamente todos os órgãos para que
possa permitir uma adequada análise do doador e posterior
viabilização para transplante.
Avaliação e Viabilização do Potencial Doador
• Determinar a causa inicial do coma
• Graduação do coma
• Diagnóstico de Morte Encefálica
• Comunicação à Central de Transplantes
• Monitorização do potencial doador
• Manutenção do potencial doador
• Avaliação doador/órgãos
Avaliação inicial do potencial doador
• Descartar doença transmissível:
• neoplasia
• Infecção
• Conseguir enxertos de qualidade
• Estudo morfológico e funcional de cada órgão a ser
extraído
Objetivos
Avaliação do doador
dano estrutural irreversível de algum órgão, não contra-indica a
doação dos demais órgãos.
Decisão do Coordenador
Hospitalar
ou da CNCDO
Decisão e Responsabilidade
das Equipes de Transplantes
Contra-Indicações
Absolutas
Contra-Indicações
Relativas ou
“Doador Limítrofe”
Contra – indicações para doação de múltiplos órgãos
• Estabelecer a causa da morte.
• Revisão da história clínica, valorizando:
• contra-indicações absolutas
• contra-indicações relativas
• hábitos pessoais
• Perfusão e oxigenação tissular.
• situação hemodinâmica
• períodos de hipotensão ou oliguria
• necessidade de fármacos inotrópicos (tipo, dose, duração)
• parada cardíaca
• manobras de reanimação
• tempo de duração
Avaliação do doador
• doenças pré-existentes
• hospitalizações prévias
• consumo habitual de medicações, álcool, fumo
• adição a drogas (via de administração)
• profissão
• hábitos sexuais
Exame clínico minucioso
• presença de lesões cutâneas
• presença de tatuagens
• exame de fundo de olho
• peso
• altura
Avaliação
antropométrica
Discordância
20%
História clínica detalhada
Fatores de risco para HIV e Hepatite
Sinais Clínicos de HIV
Sinais Clínicos de Hepatite
Sinais Clínicos de DST
Doença Maligna
Avaliação laboratorial
• Estudo hematológico
• Estudo da coagulação
• Perfil renal
• Perfil hepático
• Perfil pancreático
• Perfil cardíaco
• Perfil pulmonar
Estudo microbiológico
Culturas:
• sangue
• urina
• secreção brônquica
Avaliação por imagem
• ECG
• Rx Tórax
• Ecografia abdominal
• Ecocardiografia
Estudo sorológico
•Anti - HIV
• HBs Ag
• Anti - HBc
• Anti - HBs
• Anti - HCV
• HTLV 1 e 2
• CMV
•Chagas
• Toxoplasma
• Lues
• paciente com função renal normal ou com deterioração aguda reversível, pode ser
doador;
• não há limite de idade.
• hipertensão ou diabete sem deterioração da função renal, não exclui para doação.
• portadores do vírus B ou C, podem ser utilizados em receptores portadores destes
vírus.
em torno de 90% dos doadores efetivos
Avaliação do doador de rim
Doador de risco:
• idoso
• hipertenso
• AVC
biópsia pré-transplante:
esclerose glomerular > 20%: descartar
Gaber, Transplantation 1995, 60:334
Avaliação de doador de rim
Dados analíticos excludentes:
• proteinúria nefrótica.
• elevação “prévia” da creatinina.
Podem também contra-indicar,
alterações macroscópicas:
• vasculares
• parênquima renal.
Não há uma definição universal do que constitui um rim limítrofe. Entretanto,
a presença de certas condições que se correlacionam com a função
diminuída do enxerto ou com o risco de transmissão de doenças, tem sido
utilizada para caracterizar um órgão como sendo de qualidade “limítrofe”.
Ojo JASN 2001, 12: 589
Rins de doadores limítrofes são aqueles que após
o transplante levam a um resultado
significativamente pior definido como <
sobrevida enxerto ou < função renal.
Rim Limítrofe
Doador limítrofe de Rim
Transplante renal
< 5 anos:maior risco complicações cirúrgicas
menor função do enxerto
• centros com experiência
• “rins em bloco”
• receptores idosos
> 55 anos: maior risco de NTA ( NECROSE TUBULAR AGUDA)
menor função do enxerto
• receptores idosos
Rim Limítrofe
história de diabetes ou hipertensão
 aterosclerose
 disfunção renal aguda
 doenças infecciosas
 sorologia positiva para hepatite B ou C
 risco de transmissão de neoplasias (câncer no passado)
 alterações hemodinâmicas graves: choque e/ou anúria
 “queimados” ou “intoxicados”
 tempo de isquemia fria prolongado (> 36h)
 anormalidades anatômicas
• critério mais importante: visão macroscópica.
• idade não contra-indica.
• exclusões: cirrose, policistose, ou neoplasia.
• esteatose (> 60%): contra-indicação.
em torno de 80-90% dos doadores efetivos
Avaliação do doador de fígado
• Idade: < 45 anos de idade
(recomenda-se cinecoronariografia).
• Infusão de fármacos vasoativos em baixas doses (dopamina <10
mcg/kg/min).
• Ausência de reanimação cardiopulmonar.
• Peso compatível ( diferença < 20% ).
• Ausência de doença cardíaca prévia.
• Tempo de isquemia fria: 4 a 6 horas
em torno de 40% dos doadores efetivos
Avaliação do doador de coração
Aceitáveis: idade até 55 anos, mesmo sem eco ou
cinecoronario, PCR prévia ou hipotensão prolongada.
Oakley J Heart Lung Transplant 1996, 15:255
• Idade entre 10 e 50 anos.
• Não obeso (30 a 90 kg)
• Sem antecedentes de diabete ou alcoolismo.
• Sem cirurgia pancreática ou hepática prévia.
• Aspecto macroscópico normal.
• Sem familiares de 1º grau com diabete
em torno de 20-25% dos doadores efetivos
Avaliação do doador de pâncreas
Doenças do SNC de etiologia desconhecida, com possível origem viral
• Esclerose múltipla amiotrófica
• Encefalopatia de Creutzfeld-Jacobs
• Síndrome de Guillain-Barret
• Não existem testes para detecção
• Descartar por história pessoal ou familiar
Infecção do SNC
Se infecção é bacteriana
• meningocócica
• pneumocócica
• por E coli
• Se efeitos sistêmicos da infecção não causaram dano
irreversível aos órgãos susceptíveis de serem transplantados.
Pode ser doador
não contra-indicam:
 sífilis
 Cabalero Transplantation 1998, 65:598
 meningite bacteriana
 Lopez-Navidad Transplantation 1997, 64:365
 endocardite bacteriana
 Cabalero Transplant Int 1998, 11:387
 bacteremia em tratamento
contra-indicam:
 fungos
 nocardia
 micobacterias
 vírus
Transmissão de infecção
Causas de mortes de doadores: intoxicações
Avaliação integral e minuciosa do potencial doador
Avaliação do prontuário do paciente:
•Causa da morte
•Historia da doença atual
•Comorbidades
•Tratamentos empregados ( PS , UTI e cirurgias realizadas
•Eventuais intercorrencias
Exame físico
•Peso
•Altura
•Cicatrizes e ou sinais de punções ilícitas
•Lesões traumáticas
•Características geográficas
•Massas palpáveis
RESUMO / CONCLUSÃO
RESUMO / CONCLUSÃO
Obrigada!!!
mariathomazini@saude.es.gov.br

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  • 1. Maria Aparecida Thomazini Pós graduada em Doação e Transplantes mariathomazini@saude.es.gov.br
  • 2. Avaliação e Viabilização do Potencial Doador Maria Aparecida Thomazini Pós graduada em Doação e Transplantes Coordenadora de CIHDOTT Central de Transplantes do ES / SESA
  • 3. Identificação avaliação Viabilização diagnóstico de morte encefálica consentimento familiar manutenção aspectos logísticos remoção de órgãos e tecidos distribuição transplante acompanhamento dos resultados extremamente complexo Processo doação - transplante Eficácia deste processo: 50%
  • 4. possível doador (70 pmp) potencial doador (30 pmp) doador efetivo (8,7 pmp) não identificação: 57%  não autorização familiar: 24,2% Problemas manutenção: 19,6%  contra-indicação médica: 13,4%  problemas logísticos: 13,2% 10% dos possíveis doadores  25% dos potenciais doadores Processo doação - transplante
  • 5. Possível doador Potencial doador Elegível para doação Doador efetivo Doador com órgãos Tx Quando abre o protocolo de ME Quando confirma o diagnóstico de ME Quando inicia a cirurgia de remoção Quando órgãos removidos são transplantados Lesão cerebral grave em ventilação mecânica Processo doação - transplante Nomenclatura proposta pela OMS - Madri, março 2010 Nova nomenclatura
  • 6. Necessidade estimada e transplantes Necessidade Córneas: 106 Rim: 731 Fígado: 32 Coração: 02 2014 0 2,000 4,000 6,000 8,000 10,000 12,000 14,000 16,000 18,000 Córnea Rim Fígado Coração 17,168 11,445 4,769 1,145 13.036 5.639 1755 311 Necessidade estimada Transplantes realizados 49% 35% 27% 75%
  • 7. A avaliação do potencial doador de órgãos e tecidos deve englobar dados clínicos e exames complementares gerais, de maneira que avalie praticamente todos os órgãos para que possa permitir uma adequada análise do doador e posterior viabilização para transplante. Avaliação e Viabilização do Potencial Doador
  • 8. • Determinar a causa inicial do coma • Graduação do coma • Diagnóstico de Morte Encefálica • Comunicação à Central de Transplantes • Monitorização do potencial doador • Manutenção do potencial doador • Avaliação doador/órgãos Avaliação inicial do potencial doador
  • 9. • Descartar doença transmissível: • neoplasia • Infecção • Conseguir enxertos de qualidade • Estudo morfológico e funcional de cada órgão a ser extraído Objetivos Avaliação do doador
  • 10. dano estrutural irreversível de algum órgão, não contra-indica a doação dos demais órgãos.
  • 11. Decisão do Coordenador Hospitalar ou da CNCDO Decisão e Responsabilidade das Equipes de Transplantes Contra-Indicações Absolutas Contra-Indicações Relativas ou “Doador Limítrofe” Contra – indicações para doação de múltiplos órgãos
  • 12. • Estabelecer a causa da morte. • Revisão da história clínica, valorizando: • contra-indicações absolutas • contra-indicações relativas • hábitos pessoais • Perfusão e oxigenação tissular. • situação hemodinâmica • períodos de hipotensão ou oliguria • necessidade de fármacos inotrópicos (tipo, dose, duração) • parada cardíaca • manobras de reanimação • tempo de duração Avaliação do doador
  • 13. • doenças pré-existentes • hospitalizações prévias • consumo habitual de medicações, álcool, fumo • adição a drogas (via de administração) • profissão • hábitos sexuais Exame clínico minucioso • presença de lesões cutâneas • presença de tatuagens • exame de fundo de olho • peso • altura Avaliação antropométrica Discordância 20% História clínica detalhada
  • 14. Fatores de risco para HIV e Hepatite
  • 15. Sinais Clínicos de HIV Sinais Clínicos de Hepatite
  • 18. Avaliação laboratorial • Estudo hematológico • Estudo da coagulação • Perfil renal • Perfil hepático • Perfil pancreático • Perfil cardíaco • Perfil pulmonar Estudo microbiológico Culturas: • sangue • urina • secreção brônquica Avaliação por imagem • ECG • Rx Tórax • Ecografia abdominal • Ecocardiografia
  • 19. Estudo sorológico •Anti - HIV • HBs Ag • Anti - HBc • Anti - HBs • Anti - HCV • HTLV 1 e 2 • CMV •Chagas • Toxoplasma • Lues
  • 20.
  • 21. • paciente com função renal normal ou com deterioração aguda reversível, pode ser doador; • não há limite de idade. • hipertensão ou diabete sem deterioração da função renal, não exclui para doação. • portadores do vírus B ou C, podem ser utilizados em receptores portadores destes vírus. em torno de 90% dos doadores efetivos Avaliação do doador de rim Doador de risco: • idoso • hipertenso • AVC biópsia pré-transplante: esclerose glomerular > 20%: descartar Gaber, Transplantation 1995, 60:334
  • 22. Avaliação de doador de rim Dados analíticos excludentes: • proteinúria nefrótica. • elevação “prévia” da creatinina. Podem também contra-indicar, alterações macroscópicas: • vasculares • parênquima renal.
  • 23. Não há uma definição universal do que constitui um rim limítrofe. Entretanto, a presença de certas condições que se correlacionam com a função diminuída do enxerto ou com o risco de transmissão de doenças, tem sido utilizada para caracterizar um órgão como sendo de qualidade “limítrofe”. Ojo JASN 2001, 12: 589 Rins de doadores limítrofes são aqueles que após o transplante levam a um resultado significativamente pior definido como < sobrevida enxerto ou < função renal. Rim Limítrofe
  • 24. Doador limítrofe de Rim Transplante renal < 5 anos:maior risco complicações cirúrgicas menor função do enxerto • centros com experiência • “rins em bloco” • receptores idosos > 55 anos: maior risco de NTA ( NECROSE TUBULAR AGUDA) menor função do enxerto • receptores idosos
  • 25. Rim Limítrofe história de diabetes ou hipertensão  aterosclerose  disfunção renal aguda  doenças infecciosas  sorologia positiva para hepatite B ou C  risco de transmissão de neoplasias (câncer no passado)  alterações hemodinâmicas graves: choque e/ou anúria  “queimados” ou “intoxicados”  tempo de isquemia fria prolongado (> 36h)  anormalidades anatômicas
  • 26. • critério mais importante: visão macroscópica. • idade não contra-indica. • exclusões: cirrose, policistose, ou neoplasia. • esteatose (> 60%): contra-indicação. em torno de 80-90% dos doadores efetivos Avaliação do doador de fígado
  • 27. • Idade: < 45 anos de idade (recomenda-se cinecoronariografia). • Infusão de fármacos vasoativos em baixas doses (dopamina <10 mcg/kg/min). • Ausência de reanimação cardiopulmonar. • Peso compatível ( diferença < 20% ). • Ausência de doença cardíaca prévia. • Tempo de isquemia fria: 4 a 6 horas em torno de 40% dos doadores efetivos Avaliação do doador de coração Aceitáveis: idade até 55 anos, mesmo sem eco ou cinecoronario, PCR prévia ou hipotensão prolongada. Oakley J Heart Lung Transplant 1996, 15:255
  • 28. • Idade entre 10 e 50 anos. • Não obeso (30 a 90 kg) • Sem antecedentes de diabete ou alcoolismo. • Sem cirurgia pancreática ou hepática prévia. • Aspecto macroscópico normal. • Sem familiares de 1º grau com diabete em torno de 20-25% dos doadores efetivos Avaliação do doador de pâncreas
  • 29. Doenças do SNC de etiologia desconhecida, com possível origem viral • Esclerose múltipla amiotrófica • Encefalopatia de Creutzfeld-Jacobs • Síndrome de Guillain-Barret • Não existem testes para detecção • Descartar por história pessoal ou familiar
  • 30.
  • 31. Infecção do SNC Se infecção é bacteriana • meningocócica • pneumocócica • por E coli • Se efeitos sistêmicos da infecção não causaram dano irreversível aos órgãos susceptíveis de serem transplantados. Pode ser doador
  • 32. não contra-indicam:  sífilis  Cabalero Transplantation 1998, 65:598  meningite bacteriana  Lopez-Navidad Transplantation 1997, 64:365  endocardite bacteriana  Cabalero Transplant Int 1998, 11:387  bacteremia em tratamento contra-indicam:  fungos  nocardia  micobacterias  vírus Transmissão de infecção
  • 33. Causas de mortes de doadores: intoxicações
  • 34.
  • 35. Avaliação integral e minuciosa do potencial doador Avaliação do prontuário do paciente: •Causa da morte •Historia da doença atual •Comorbidades •Tratamentos empregados ( PS , UTI e cirurgias realizadas •Eventuais intercorrencias Exame físico •Peso •Altura •Cicatrizes e ou sinais de punções ilícitas •Lesões traumáticas •Características geográficas •Massas palpáveis RESUMO / CONCLUSÃO
  • 36.