Origens do colecionismo (Século XVI). Fatores que influenciaram a criação de museus no Século XIX. O Século XIX no Brasil. A relação entre Positivismo e musealidade. Os primeiros museus do Século XIX, no exterior e no Brasil e suas coleções.
O Positivismo e a criação dos primeiros museus no Brasil do século XIX
1. O Positivismo e os Museus no séc. XIX
Profa. Dra. Catarina Argolo
2. Conteúdo:
1. Colecionismo: origens (Século XVI)
1. O Século XIX na Europa
- Fatos que influenciaram a criação dos museus neste período.
2. O Positivismo
•Definição
•Marco
•Propósito
•Contexto histórico
•Fundamentos
•Características
3. Auguste Comte (1798 - 1857)
4. O Positivismo no Brasil do Século XIX
5. O Século XIX no Brasil.
6. O Positivismo e a criação dos museus no Século XIX, na
Europa.
7. Primeiros museus do Século XIX, no Brasil.
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Clio, musa da História
3. •Contexto histórico (séc. XV-
XVI)
•Surgimento da classe
burguesa
–Capitalismo mercantil
–instrumentos de navegação
(bússola)
–viagens marítimas/1as.
expedições científicas (Novo
Mundo)
•Revolução filosófica,
científica, artística e cultural
–Antropocentrismo
–Humanismo
–Imprensa (Gutenberg)
–Aperfeiçoamento de
–Gabinetes de curiosidade
–Ilustração científica
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Gabinetes de curiosidade
4. •Queda dos impérios, na Europa;
•crescimento da influência dos
impérios: britânico, germânico, russo,
japonês e dos EUA;
•estímulo aos avanços científicos e de
exploração;
•o império britânico ganha poder e
liderança mundial;
•era de invenções e descobertas:
desenvolvimento nos campos
da Matemática, Física, Química,
Biologia, Elétrica, e Metalurgia
–bases para os avanços tecnológicos do
século XX;
•Revolução Industrial, na Inglaterra;
•introdução das ferrovias.
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Érato, musa da Poesia lírica
5. • Invenções
• Teorias
• Descobertas
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Polímnia, musa da Música sagrada
7. • Marco:
- França: segunda metade do séc. XIX.
- Auguste Comte (1798 – 1857)
- Final do Iluminismo e início da Revolução Industrial.
• Período: 1840 a 1914
• Raízes da doutrina:
– David Hume (1711 – 76):
• experiência como matéria do conhecimento;
– Ilustração ou Iluminismo (séc. XVIII):
• base do progresso da história humana.
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8. • Propósito:
associar interpretação das
ciências e classificação do
conhecimento, a uma ética
humana radical.
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Melpômene, musa da Tragédia
9. •Contexto histórico:
–desenvolvimento sociológico:
•crises moral e social (fim da Idade
Média);
•do Iluminismo, séc. XVIII (1650 –
1790);
•do nascimento da sociedade
industrial (Revolução Francesa, 1789 -
99).
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Mnemósine, musa da Memória
11. •Fundamentos:
– “o conhecimento científico é a única
forma de conhecimento verdadeiro”;
– lema:
•“o amor por princípio, a ordem por base e o
progresso por meta”;
– crítica aos fenômenos não observáveis.
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Terpsícope, musa da Dança
12. • Fundamentos:
– ênfase no determinismo, na
hierarquia e na obediência;
– crença no governo da elite intelectual;
– desprezo pela Teologia e Metafísica;
– criticado por: desconsiderar a
‘intuição’ como meio de gerar
conhecimento.
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Urânia, musa da Astronomia
13. Características:
• aplicação do conceito de
evolução/fenômenos empíricos/diretriz
para os fatos humanos seleção
natural;
• explicação de questões práticas da
humanidade;
• ênfase sobre a experiência;
• aprimoramento do bem-estar
intelectual, material e moral do homem.
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Tália, musa da Comédia
14. • Influência dos avanços científicos
(início do séc. XIX):
–crença no poder do homem sobre a
natureza;
–predomínio da ciência e do método
empírico;
• O saber do mundo físico advém de
fenômenos ‘positivos’ (reais) da
experiência.
• As ideias se relacionam de forma lógica
e matemática:
–comprovação através da experiência.
Auguste Comte
(1798 – 1857)
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15. • Vinda da família real para o Rio
de Janeiro (D. João VI), 1808
- Marco na história da
investigação científica nacional
• Abertura dos portos (1808)
• Viagens científicas
• Missão artística francesa (1816)
• Independência do Brasil (1822)
• Criação das primeiras
universidades (1856)
• Abolição da escravatura (1888)
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Fatos relacionados com o Positivismo e a criação de coleções
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16. • ABERTURA DOS PORTOS (1808):
–melhorias urbanas em várias
regiões do país;
–Rio de Janeiro:
•sofre novo aspecto com a urbanização;
•industrialização;
– contribuição para o
desenvolvimento econômico,
cultural e estético da capital:
•expedições científicas
•desenvolvimento e criação da
imprensa no Brasil;
•implantação de teatros, bibliotecas;
•criação do Jardim Botânico;
•Casa da Moeda;
•Academia Militar.
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17. •Viagens/expedições científicas e
artísticas:
– separação da ciência do
campo político;
– autonomia do cientista nas
expedições;
– viajantes estrangeiros;
– expedições artísticas e
científicas
Auguste de Saint-Hilaire
(1779 – 1853)
Botânico
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18. Expedições CIENTÍFICAS organizadas
por estrangeiros:
– Langsdorff (1824 – 29):
• pesquisa e produção
de pinturas sobre o ambiente
natural e social do Brasil
documentais:
– Rugendas, Taunay, Hercule
Florence;
– Missão austríaca (1817 ):
• von Martius: imagens da
natureza e da sociedade
brasileira;
– expedição “Rurick”: 1815 – 19
• registro da fauna e flora da ilha
de Sta. Catarina e da Amazônia.
Georg Heinrich von
Langsdorff , barão de
Langsdorff (1774 -1852)
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19. Expedições CIENTÍFICAS organizadas por
brasileiros:
Segunda metade do século:
– consolidação de instituições
científicas e culturais: Museu
Nacional e o Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro ;
– cientistas locais: afirmação de uma
“ciência nacional”;
– Comissão Científica de Exploração
(1856):
•organizada pelo Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro;
•conhecimento de temas brasileiros,
realizado por brasileiros (Ceará: 1859-61);
•temas brasileiros: nas áreas de botânica,
geologia, mineralogia, zoologia, astronomia,
geografia e etnografia.
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20. •Missão artística francesa:
1816
–fundadora do ensino formal de
artes no Brasil;
–Lebreton: DEBRET (pintor,
desenhista e professor), TAUNAY
(paisagista), TAUNAY (pintor),
GRANDJEAN DE MONTIGNY
(arquiteto)
•Academia e Escola Real (1826)
–imagem do artista como homem
livre numa sociedade burguesa;
–imagem da arte como ação
cultural leiga , posição ‘nova’ em
relação aos séculos anteriores.
Joachim Lebreton
(1760 – 1819)
Professor, administrador
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21.
22. • Surge no Brasil em 1890
• Chegada com a República
– Benjamin Constant (1836 – 91);
– referencial para a campanha pela
abolição da escravatura e para o
desenvolvimento do
republicanismo.
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Benjamin Constant
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23. •Aspirações republicanas e
abolicionistas :
– preocupação com a moral;
– sentido de evolução
– ideais de ordem e progresso:
• Ordem:
– transformação social pelo
princípio da não-violência:
ações práticas e intelectuais dos
indivíduos, para a vida uma melhor
atuação social.
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24.
25. A influência do Positivismo na criação
dos museus na Europa do século XIX
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26. Coleção original: espécimes de história natural, grande acervo
bibliográfico. Abrange a história das culturas do mundo (desde a pré-história
ao século XX).
Museu Britânico, 1853 26
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27. Museu da Ciência, 1857
Coleção (área de saúde): medicina clínica, ciências biológicas e
da saúde pública.
•Máquinas e outros objetos.
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28. Museu de História Natural, 1881
•Coleções de ciências da vida e da Terra:
espécimes ou itens
• grupos de animais, plantas,
minerais e fósseis.
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30. Coleção:
objetos relacionados à
história da ciência, desde a
Antiguidade até o início do
Século XX:
• primeiros instrumentos
matemáticos e ópticos.
Museu de História das Ciências, 1683/1924
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31.
32. • D. João VI: 1816, ano de Fundação da Escola
Real de Ciências, Artes e Ofícios (Rio de Janeiro).
–Missão Francesa
•Joachim Lebreton (formação de artistas e de
artífices);
•paradigma acadêmico do neoclassicismo francês.
• 1826 (ano de funcionamento): Academia
Imperial de Belas-Artes* (AIBA)
–Passa a ser assim denominada após a
Independência do Brasil
•formação;
•treinamento;
•função
• 1889 (início da República): Escola Nacional de
Belas Artes.
(*1822-89 período do Império)
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D. João VI
Jean-Baptiste Debret, 1817
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33. •Originalmente: Museu
Real.
•Museu Nacional (UFRJ)
mais antiga instituição
científica do Brasil.
•Maior museu de história
natural e antropológica da
América Latina.
•Criação: D. João VI, em 06
de junho de 1818.
•Objetivo: promoção do
progresso cultural e
econômico no país.
Museu Nacional, 1818
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35. Século XIX:
auge das expedições
naturalistas à Amazônia.
Criação do Museu de
história natural:
- servir de apoio às
expedições;
- formar cientistas ;
- criar coleções para
serem preservadas no
país.
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Museu Emílio Goeldi (Belém), 1861
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36. •Inaugurado em 7 de
setembro de 1895 como
museu de História Natural
•Marco da Independência, da
História do Brasil e Paulista.
•Primeiro núcleo de acervo:
coleção de um museu
particular, em São Paulo.
•Centenário da Independência
(1922): inclusão de novos
acervos.
Museu Paulista/ Museu do Ipiranga (USP), 1895
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37. Acervo atual:
objetos, iconografia e
documentação textual, do século
XVII até meados do século XX.
Museu Paulista/ Museu do Ipiranga (USP), 1895
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38. Organização da sociedade
civil de interesse público:
–promoção de estudos;
–desenvolvimento e difusão
dos conhecimentos de
Geografia, de História e
Ciências afins;
–defesa e conservação do
patrimônio histórico e artístico
baiano e brasileiro.
Instituto Geográfico e Histórico da
Bahia (Salvador), 1895
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