A Casa-Museu Guerra Junqueiro é uma das mais importantes relíquias museológicas da cidade do Porto. O espaço procura evocar a vida e obra do escritor portuense, ao mesmo tempo que apresenta uma coleção de arte que foi colecionando ao longo do tempo e que inclui antigos retábulos da Capela dos Alfaiates, no Porto, a peças sacras vindas da Flandres.
Este museu é um dos vários núcleos que a Câmara Municipal gere com vista a preservar a memória coletiva da cidade, promovendo o património e a história da “Invicta”.
Casa-Museu Guerra Junqueiro - Artur Filipe dos Santos
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MARIANTES DO RIO DOURO
Casa-Museu Guerra
Junqueiro
Vida e Obra de Guerra Junqueiro
Museus municipais do Porto
Artur Filipe dos Santos
2. • Artur Filipe dos Santos
• Doutorado em Comunicação, Publicidade, Relações Públicas e Protocolo pela Faculdade de
Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, é atualmente professor adjunto
no ISLA Instituto Politécnico de Gestão e Tecnologia, coordenador da licenciatura de
Comunicação e Tecnologia Digital e do CTesP de Comunicação Digital, e docente na
Universidade Lusófona do Porto. Atua como docente e investigador nas área(s de Ciências
Sociais com ênfase em Ciências da Comunicação, Comunicação e Divulgação do Património.
Perito em Protocolo (de Estado, Universitário, Multicultural e Empresarial) é membro da
Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APOREP), membro da Sociedad de Estudios
Institucionales, UNED, Espanha, investigador e membro da Direção do Observatório
Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação (OIDECOM-
Iberoamérica), Espanha, membro do Centro de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da
Universidade de Vigo, Espanha, membro da Associação Portuguesa de Ciências da
Comunicação (SOPCOM). É ainda divulgador dos Caminhos Portugueses a Santiago de
Compostela. É membro do ICOMOS (INTERNATIONAL COUNCIL OF MONUMENTS AND SITES),
organismo pertencente à UNESCO, responsável pela avaliação das candidaturas dos bens
culturais universais a Património Mundial Como jornalista fez parte da TV Galiza, jornal A Bola,
Rádio Sim (grupo Renascença), O Primeiro de Janeiro, Matosinhos Hoje, Jornal da Maia.
2
Artur Filipe dos Santos – artursantos.com.pt@gmail.com
•https://omeucaminhodesantiago.wordpress.com/ (Blogue)
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3. • A Casa-Museu Guerra
Junqueiro é uma das
mais importantes
relíquias museológicas
da cidade do Porto.
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Cadeira de História do Porto
Casa-Museu Guerra Junqueiro – Artur Filipe dos Santos
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Cadeira de História do Porto
Casa-Museu Guerra Junqueiro – Artur Filipe dos Santos
• O espaço procura
evocar a vida e obra do
escritor portuense, ao
mesmo tempo que
apresenta uma coleção
de arte que foi
colecionando ao longo
do tempo e que inclui
antigos retábulos da
Capela dos Alfaiates, no
Porto, a peças sacras
vindas da Flandres.
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Cadeira de História do Porto
Casa-Museu Guerra Junqueiro – Artur Filipe dos Santos
• Este museu é um dos vários núcleos que a Câmara
Municipal gere com vista a preservar a memória
coletiva da cidade, promovendo o património e a
história da “Invicta”.
6. • Atualmente o Porto
conta com os seguintes
museus municipais:
• Museu do Vinho do
Porto (2004)
• Museu Romântico da
Quinta da Macieirinha
(1972)
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Cadeira de História do Porto
Casa-Museu Guerra Junqueiro – Artur Filipe dos Santos
O Museu do Vinho do Porto é um dos núcleos museológicos
do Museu da Cidade do Porto, em Portugal. Inaugurado em
2004, o Museu do Vinho do Porto esteve instalado, até
Dezembro de 2018, no Armazém do Cais Novo, nas margens
do rio Douro, onde funcionou um armazém vinícola e
depósito da Alfândega Nova.
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Museu Romântico da Quinta da Macieirinha
O Museu Romântico é um dos núcleos museológicos do Museu da Cidade do Porto, em
Portugal. Está instalado na Quinta da Macieirinha, também chamada Quinta da Macieira
ou do Sacramento, num edifício datado do século XIX e que pertenceu à família Pinto
Basto.
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Cadeira de História do Porto
Casa-Museu Guerra Junqueiro – Artur Filipe dos Santos
• Casa-Museu Marta
Ortigão Sampaio (1996)
• Casa-Oficina António
Carneiro (2009).
• Casa-Museu Guerra
Junqueiro (1942)
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Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio
Instalada num edifício modernista de 1958, desenhado por José Carlos
Loureiro, a Casa Marta Ortigão Sampaio resultou de uma doação à Câmara
Municipal do Porto em 1978, e abriu ao público em 1996.
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Casa-Oficina António Carneiro
A casa-oficina António Carneiro foi construída por volta de 1920, para albergar o atelier dos
artistas António Carneiro e seu filho, Carlos Carneiro, figuras marcantes da arte Portuguesa,
nos contextos simbolista e modernista.
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• Casa-Museu Guerra
Junqueiro
•Quem foi
Guerra
Junqueiro?
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• Abílio Manuel Guerra
Junqueiro, nascido em
Freixo de Espada-a-
Cinta, a 17 de setembro
de 1950, falecido em
Lisboa a 7 de julho de
1923, foi um notável
escritor, poeta,
jornalista e político.
13. • Foi considerado um dos
maiores poetas
europeus do seu
tempo, foi também
filósofo, viticultor,
cientista (facetas
menos conhecidas) e
colecionador.
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• Opositor ao regime
monárquico, foi uma
das vozes mais
sonantes do
movimento
republicano.
15. • Nasceu em Ligares,
freguesia do concelho de
Freixo de Espada à Cinta
a 15 de setembro de
1850Filho do negociante
e lavrador abastado José
António Junqueiro Júnior
e de sua mulher Ana
Maria do Sacramento
Guerra. A mãe faleceu
quando Guerra Junqueiro
contava apenas 3 anos de
idade.
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• Fez os estudos
secundários em
Bragança e aos
dezasseis anos
matriculou-se na
Universidade de
Coimbra , para estudar
teologia. Dois anos
depois saiu para
estudar Direito, que
concluiu em 1873.
17. • Poucos anos depois
entra no funcionalismo
público quando é
nomeado secretário do
governador de Angra
do Heroísmo, Açores , e
mais tarde de Viana do
Castelo.
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18. •
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• Em 1878 ingressa na
política, ao ganhar a
eleição para a Câmara
dos Representantes.
19. • Defensor de um estado
laico, Guerra Junqueiro
publica no Porto A
velhice do Padre
Eterno, em 188 , que
gerou fortes críticas por
parte da Igreja Católica
Portuguesa .
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Casa-Museu Guerra Junqueiro – Artur Filipe dos Santos
• Após o Ultimato britânico
e a crise política
associada, envolveu-se
no debate político em
1891, escrevendo alguns
best-sellers que tiveram
enorme impacto na
opinião pública,
contribuindo para o
descrédito da monarquia
portuguesa e o sucesso
do Partido Republicano
Português na a Revolução
Portuguesa de 1910.
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Cadeira de História do Porto
Casa-Museu Guerra Junqueiro – Artur Filipe dos Santos
• Neste período Guerra
Junqueiro traduz para
português vários contos de
Hans Christian Andersen (“A
mãe”, “O malmequer”, “A
criança, o anjo e flor”, “O
fato novo do sultão”, “O
valente soldado de
chumbo”, “O linho” e “A
rapariguinha e os
fósforos”), publicados na
obra “Contos para a
Infancia : escolhidos dos
melhores auctores” em
1877.
22. • Guerra Junqueiro iniciou
a sua carreira literária de
maneira promissora em
Coimbra no jornal
literário A Folha,[4]
dirigido pelo poeta João
Penha, do qual mais
tarde foi redator. Aqui
cria relações de amizade
com alguns dos melhores
escritores e poetas do
seu tempo, grupo
geralmente conhecido
por Geração de 70.
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• Geração de 70
• Geração de 70 ou
Geração de Coimbra foi
um movimento
académico de Coimbra
do século XIX que veio
revolucionar várias
dimensões da cultura
portuguesa, da política à
literatura, cuja renovação
se manifestou com a
introdução do realismo.
25. • Num ambiente boémio,
na cidade universitária de
Coimbra, Antero de
Quental, Eça de Queiroz,
Oliveira Martins,
Ramalho Ortigão, entre
outros jovens
intelectuais, reuniam-se
para trocar ideias, livros e
formas para renovação
da vida política e cultural
portuguesa.
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• Em Coimbra, este
Grupo gerou uma
polémica em torno do
confronto literário com
os ultra românticos do
"bom senso e do bom
gosto", disputa mais
conhecida como a
Questão Coimbrã.
27. • Guerra Junqueiro desde
muito novo começou a
manifestar notável
talento poético, e já em
1868 o seu nome era
incluído entre os dos
mais esperançosos da
nova geração de poetas
portugueses.
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• No mesmo ano, no
opúsculo intitulado "O
Aristarco português",
apreciando-se o livro
"Vozes sem eco",
publicado em Coimbra
em 1867 por Guerra
Junqueiro, já se
prognostica um futuro
auspicioso ao seu autor.
29. • No Porto, na mesma
data, aparecia outra
obra, "Baptismo de
amor", acompanhada
dum preâmbulo escrito
por Camilo Castelo
Branco;
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Casa-Museu Guerra Junqueiro – Artur Filipe dos Santos
• Em 1873, sendo
proclamada a República
em Espanha, escreveu
ainda nesse ano o
veemente poemeto "À
Espanha livre".
31. • Em 1874 apareceu o
poema "A morte de D.
João", edição feita pela
casa Moré, do Porto,
obra que alcançou
grande sucesso. Camilo
Castelo Branco
consagrou-lhe um
artigo nas Noites de
insónia, e Oliveira
Martins, na revista
"Artes e Letras".
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• Indo residir para Lisboa
foi colaborador em
prosa e em verso, de
jornais políticos e
artísticos, como A
Lanterna Mágica e O
António Maria (1879-
1885;1891-1898), com
a colaboração de
desenhos de Rafael
Bordalo Pinheiro.
33. • Quando se deu o conflito
com a Inglaterra sobre o
"mapa cor-de-rosa", que
culminou com o ultimato
britânico de 11 de janeiro
de 1890, Guerra Junqueiro
interessou-se
profundamente por esta
crise nacional, e escreveu o
opúsculo Finis Patriae, e a
Canção do Ódio, para a qual
Miguel Ângelo Pereira
escreveu a música.
Posteriormente publicou o
poema Pátria.
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• Guerra Junqueiro
morre em Lisboa a 7 de
julho de 1923. É
enterrado no Mosteiro
dos Jerónimos.
35. • Em 1966 O seu corpo é
solenemente
trasladado para o
Panteão Nacional da
Igreja de Santa
Engrácia, em Lisboa,
numa cerimónia
ocorrida para
homenagear também
outras ilustres figuras
portuguesas entre os
dias 1 e 5 de dezembro.
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• Casa-Museu Guerra
Junqueiro
• A Casa Guerra Junqueiro
está situada na Rua de D.
Hugo, no Centro Histórico
do Porto. Muito próximo da
Catedral e do Arqueossítio,
este edifício, cujo autor do
projeto é desconhecido,
constitui um exemplar de
arquitetura civil oitocentista
e foi mandado construir por
Domingos Barbosa, cónego
magistral da Sé do Porto.
37. • A casa foi adquirida em
1934 pela filha do
poeta Guerra Junqueiro
e por ela doada à
Câmara Municipal do
Porto em 1940,
juntamente com o
espólio artístico do
poeta.
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• Inaugurada em 1942,
foi requalificada pelo
arquiteto Alcino
Soutinho, e em 2017 o
Museu foi alvo de
intervenções pelo
arquiteto Camilo
Rebelo no integrado no
conjunto de trabalhos
de modernização e
valorização nos museus
municipais.
39. • A Casa-Museu Guerra
Junqueiro reconstitui o
ambiente e a disposição
original dos objetos na
casa onde o poeta Guerra
Junqueiro viveu no Porto,
expondo coleções de
cerâmica, metal,
ourivesaria, escultura,
mobiliário e têxteis de
períodos compreendidos
entre os séculos XV e XIX.
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• Com enfoque nas artes
decorativas, cada
objeto realça um
interesse particular
quando evoca a sua
época e transporta uma
genealogia.
41. • Além do eixo radial onde se
inscreve, o eixo sonoro,
comum a todas as estações
do MdC, a Casa Guerra
Junqueiro é um dos lugares-
chave do eixo
romantismo, sendo Guerra
Junqueiro o poeta da
República, entre a escola
romântica e a realista, mas
também através de
relações menos evidentes
com este período da
história na relação com a
cidade e a
contemporaneidade.
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• O palacete, datado de 1730
e atribuído a Nicolau
Nasoni, está localizado na
Rua de D. Hugo, nº 32, na
cidade do Porto, e foi
doado em 1940 pela família
do escritor à Câmara
Municipal da cidade,
juntamente com o espólio
do poeta, com a condição
que lá fossem expostas
todas as peças que tinham
sido reunidas em várias
viagens que o escritor fez.
43. • Expostas no museu
podemos ver uma
colecção de arte sacra,
faiança de Viana do
Castelo, pratos de
Nuremberga, cerâmicas
e mobiliário.
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• A actual Casa-Museu
Guerra Junqueiro foi,
inicialmente, a casa do
cónego da Sé do Porto,
Dr. Domingos Barbosa,
que a mandou construir
cerca de 1730.
45. • Tradicionalmente
atribuído a Nicolau
Nasoni este edifício tem
vindo a ser reavaliado
face aos novos estudos
que o inscrevem na
esfera de actuação de
um outro arquitecto,
António Pereira, a
trabalhar no Porto
sensivelmente na
mesma época.
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• Na verdade, é difícil
determinar a autoria de
algumas das obras
atribuídas a ambos,
principalmente no que
respeita aos primeiros
anos do italiano no nosso
país, sendo que o Palácio
de São João Novo,
anteriormente referido
como projecto de Nasoni
é hoje considerado uma
obra de António Pereira.
47. • São as semelhanças
entre as fachadas da
Casa do Dr. Domingos
Barbosa e do palácio de
São João Novo que
levaram determinados
investigadores a atribuir
a primeira ao risco de
António Pereira.
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• Independentemente do
seu arquitecto, o
edifício que foi
residência do cónego
da Sé, revela uma série
de aspectos que
importa destacar.
49. • Confina com a rua D. Hugo,
do bairro da Sé em que se
insere, através da fachada
lateral marcada pela
abertura das três janelas de
sacada com gradaria da
época e que são
mencionadas no
testamento do Cónego,
com data de 1746 e que
recordam as da fachada
traseira da Casa do
Despacho da Ordem
Terceira de São Francisco,
de Nasoni.
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• Já as respectivas
bandeiras, de desenho
exótico, são muito
semelhantes às da
capela da Quinta de
Fafiães, desenhada
pelo arquitecto italiano
para Manuel Barbosa
de Albuquerque,
Chantre da Sé do
Porto.
51. • Este alçado prolonga-se
pelo muro que isola o
pátio da via pública e
que se impõe pela
monumentalidade do
portal, coroado por um
par de leões e duas
flores de lis, elementos
heráldicos emprestados
do brasão dos Barbosa
de Albuquerque.
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• A fachada principal da
casa caracteriza-se pelo
espaço vazio que realça o
desenho das molduras
dos vãos, e por um
sentido de verticalidade
conferido não apenas
pela composição das
janelas, mas também
pelas torres que rematam
as extremidades do
edifício.
54. • Estas, com os cantos
chanfrados onde se
abrem terraços, não
podem deixar de
recordar algumas das
construções
quinhentistas,
denunciando talvez
uma preocupação com
um passado
arquitectónico
nacional.
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• Por sua vez, as janelas de
ambos os pisos ligam-se
entre si, formando uma
linha vertical, coroada
por volutas e flores de lis,
que ganha maior
expressão no eixo central,
com a porta de entrada,
o frontão a sobrepuja, a
janela e a sacada
superior, mais elevada
em relação às restantes.
57. • No interior, merece
especial referência,
pela sua
monumentalidade, a
escadaria de acesso ao
piso superior, que se
encontra ao fundo da
entrada.
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• Na posse da mesma família
durante anos, a casa foi
herdada pelo genro de Guerra
Junqueiro (Luís Augusto Pinto
de Mesquita Carvalho era
casado com Isabel Maria, filha
do escritor) e em 1940 foi
doada pela sua filha à Câmara
Municipal do Porto, com a
condição de aí ser instalada
uma Casa-Museu com as
colecções de arte e literatura
de Guerra Junqueiro, então
também doadas à autarquia
(o acervo tinha cerca de 600
peças).
60. • Entre 1994 e 1997 a Casa-
Museu foi objecto de
uma importante
remodelação cujo
projecto esteve a cargo
do arquitecto Alcino
Soutinho, dispondo hoje
de uma sala de
exposições temporárias,
um pequeno auditório,
uma cafetaria e uma loja.
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