O documento discute a estrutura e conteúdos necessários para propostas de curadoria expositiva, incluindo: 1) desenvolvimento conceitual; 2) relação de artistas e obras selecionadas; 3) descrição técnica do projeto. Ele fornece exemplos de currículos de artistas e detalha seções como orçamento que devem estar na proposta.
2. Objetivo:
Conhecer a estrutura e
conteúdos mínimos que se
deve ter em consideração,
ao elaborar uma proposta
de curadoria expositiva.
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3. 1. Apresentação
2. Desenvolvimento conceitual
3. Relação de artistas e obras
selecionadas para exposição
4. Descrição técnica do projeto
5. Desenhos construtivos, imagens,
maquetes, rendering*, etc.
6. Plano de trabalho e/ou cronograma
7. Orçamento
* Processo de criação e composição
de imagens digitais que inclui
iluminação, sombras, texturas, etc.
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4. 1. Apresentação
•Título do projeto
•Resumo curricular do/a
curador/a relacionado
ao projeto.
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5. 2. Desenvolvimento conceitual
do projeto expositivo
- Justificativa que argumente a ideia
do projeto e os motivos que levaram
à criação da proposta.
- Temática
- Filosofia
- Motivações
- Interesse
- Pertinência
- Intenções
- Objetivos, etc.
- Não se incluem dados técnicos nem
processos e trabalho.
- Pode-se incorporar as referências.
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6. 3. Relação de artistas e obras
selecionadas para a exposição
• Nome dos artistas escolhidos.
• Justificativa resumida desta
seleção (exemplo slide)
• Referência curricular de conjunto
(exposição coletiva), ou individual
dos participantes, em função da
orientação da proposta.
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7. Exemplo de CV de artista participante: nome, justificativa e referências
Fulano A. Soares é artista com criações em dança, teatro e artes visuais. Graduado em (nome da graduação) pela
Faculdade de Artes do Rio de Janeiro e mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em (nome da graduação) do
PPGAC – UF__. Fez parte do projeto de formação (nome do projeto), no Centro Coreográfico de Montreux em
2001, com mais 11 artistas de diferentes nacionalidades. Fundador do (nome da instituição/comunidade/grupo),
importante coletivo artístico brasileiro criado em 2001 com finalização anunciada em 2011.
Criador do projeto (nome em destaque), que une trabalhos de X criadores brasileiros, foi premiado com X
(quantificar) financiamentos em [citar ano(s)]: www.wordpress.com/nomedoprojeto/riodejaneiro. Este ano, circula
pelo interior de (Estado), pelas 5 regiões brasileiras e por Nova Yorque.
Seus trabalhos já foram subvencionados e premiados por vários prêmios brasileiros, dentre eles estão: “Kodak”
(Cultura Inglesa Festival 2011), “Título do projeto” (Rumos Itaú Cultural Dança 2006/07), “Título do projeto” (Bolsa
para produção de Artes Visuais - Fundação Cultural de Vitória) e “Título do projeto” (apresentado em mais de 35
cidades brasileiras). SUAS CRIAÇÕES ATUALMENTE ENFOCAM TEMAS SOBRE A VIDA NAS MEGALÓPOLIS, GÊNERO,
E CULTURA AFROPOP.
Além de dedicar-se à criação, Fulano A. Soares coordena ambientes pedagógicos como residências e workshops e
atualmente colabora em projetos dos artistas: Beltrano Neto, Cicrano Filho, Fulano Júnior e Fulano Neto.
Fulano A. Soares é co-curador do (nome do projeto), (nome do projeto) e do (nome do projeto) e coordenador do
projeto (nome do projeto) - pautado em entrevistas como formato de discussão e produção de discurso em arte,
com desdobramento de versões nos eventos: (nome do evento), (nome do evento), (nome do evento) e (nome do
evento).
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8. 4. Descrição técnica do projeto.
•Características materiais,
técnicas e tecnológicas
concretas.
•Recursos necessários para o
conjunto da exposição.
•Descrições técnicas de cada
uma das obras que compõem
o projeto.
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9. 5. Desenhos construtivos,
imagens, maquetes,
rendering, etc.
•Planos técnicos
•Croquis
•Maquetes
•Simulacro do projeto
mediante uso de programas
informáticos.
•Se o conjunto da obra estiver
finalizado, incorporar imagens
das peças (ex.: obras de arte).
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10. 6. Plano de trabalho e/ou cronograma
•Informação sobre o
desenvolvimento temporal previsto
para a materialização do projeto.
•Planificação de trabalho
•Cronograma com detalhamento do
processo de trabalho:
•Produção.
•Retirada das peças.
•Traslados
•Montagem e desmontagem, etc.
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11. 7. Orçamento
•Deve estar detalhado ao
máximo.
•Os dados serão reais e obtidos
mediante a solicitação de
orçamentos de empresas
especializadas.
•Devidamente pormenorizado.
•Em moeda única.
•Adaptado à proposta
expositiva.
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12. •Honorários
•Empréstimo
•Produção
•Traslado e embalagem
•Seguros das peças indicando o
tipo de apólice (“de clavo a
clavo”, para o tempo da
exposição, para o transporte,
etc.)
•Armazenamento da exposição
(arrendamento de um espaço,
principalmente no caso de
exposições itinerantes)
•Acondicionamento da sala
(lixamento de paredes, painéis,
pintura, iluminação, etc.)
•Montagem e desmontagem
•Abertura da exposição
•Publicidade e difusão da mostra
(cartazes, convites para
inauguração, notas para a imprensa)
•Catálogo (diagramação, layout,
impressão)
7. Orçamento: o que deve constar
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14. • Não é um simples ponto
de comercialização de
objetos artísticos.
• Criação
• Difusão
• e Distribuição de bens
artísticos e culturais
Constitui-se como um
espaço de:
• A galeria de arte
Galerias de Arte
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15. sua presença no tecido
urbano de grandes cidades
(Nova York, São Paulo,
Londres, por exemplo)
pode influenciar
significativamente na
dinamização dos entornos:
• econômicos
• sociais
• e culturais
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Por sua vez,
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16. Nessa perspectiva, a
concepção da Galeria
como cenário de venda
limita
a verdadeira dimensão
que ela representa como
empresa cultural.
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17. Estes espaços expositivos
incidem no entorno
imediato, constituindo-se
em agentes socioculturais
dinamizadores
Permitem articular novas
realidades sociais
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18. Um ESCRITÓRIO DE ARTE tem o
compromisso de divulgar e comercializar
as obras dos artistas com os quais
trabalha. Nele existe uma liberdade
maior do que em uma galeria tanto para
o marchand como para os artistas.
O ESCRITÓRIO não se compromete em
levar os artistas às feiras nacionais e
internacionais e também não tem uma
agenda de exposições como uma galeria.
Sendo assim, dedica-se mais à venda
sem deixar de promover exposições que
podem ter diferentes formatos.
O ESCRITÓRIO não pede exclusividade e
trabalha com um número maior de
artistas do que uma galeria.
Uma GALERIA DE ARTE tem um espaço
expositivo e uma agenda organizada de
exposições. Por conta dessa agenda e da
divulgação dos artistas e feiras, o número
de artistas normalmente é menor para
que tal função seja exercida de forma
satisfatória.
A GALERIA pode pedir exclusividade,
normalmente, quando compra obras
com regularidade, ou se compromete a
organizar exposições. Enfim, a
exclusividade pressupõe
comprometimentos de cada parte:
galerista e artista.
Algumas GALERIAS não pedem
exclusividade ou a solicita de alguns
artistas, não existe um padrão único,
depende do entendimento das partes.
Diferenças entre Escritório e Galeria de Arte
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20. Relação com outras
DISCIPLINAS:
• Desenho
• Arquitetura
• Moda
• Literatura
Realização de AÇÕES
DIDÁTICAS paralelas:
• Cursos
• Oficinas
• Jornadas
• Seminários
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21. FINALIDADES da gestão
realizada:
• Labor cultural e/ou social
• Labor comercial
FORMAS jurídicas:
• Sociedades limitadas
• Autônomos
• Cooperativas
• Outros
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23. LINHA EDITORIAL:
•Folhetos
•Catálogos
•Publicações periódicas
•Presença na rede
NÍVEL GEOGRÁFICO DE ATUAÇÃO:
•Local
•Nacional
•Internacional
NÍVEL DE RELAÇÃO INSTITUCIONAL:
•Subvenções
•Escola de Arte
Participação em feiras ou outros eventos
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24. Recomendações
Filmes:
“Enigmas da história: Europa roubada” (YouTube)
“O melhor lance” (2013) (YouTube)
“Os falsários” (2007) (YouTube)
“El falsificador español” (documentário/ YouTube)
Site:
•João Carlos Lopes dos Santos. CONSULTARTE. Disponível em: <http://www.investarte.com/consultarte/
scripts/acompanhando/5.asp>
•América Latina e Arte Contemporânea: Curadoria e Colecionismo. Disponível em: <http://www.iea.usp.
br/midiateca/video/videos-2012/america-latina-e-arte-contemporanea-curadoria-e-colecionismo>
Livros:
•OBRIST, Ulrich Hans. Uma breve história da curadoria. Tradução de Ana Resende. São Paulo: BEI, 2010.
•HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
•SANTOS, João Carlos Lopes. Manual do Mercado de Arte. São Paulo: Júlio Louzada, 1999.
•WARNKE, Martin. O artista da corte: os antecedentes dos artistas modernos. Tradução de Maria Clara
Cescato. São Paulo: EDUSP, 2001.
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