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PEDAGOGIA HOSPITALAR:
FORMAÇÃO E TRABALHO DOCENTE
Prof. Me. Rafael Correia Lima
Resumo
 A pesquisa surgiu por algumas indagações de grande interesse dos profissionais do ensino em
pedagogia se dedicar a área hospitalar e uma minoria conseguirem acesso ao trabalho na sala
de aula do hospital. No entanto, traz alguns questionamentos sobre a atuação do pedagogo
hospitalar frente à infraestrutura do ambiente escolar e acerca das condições psicológicas do
próprio profissional para lidar diante da classe. O objetivo se deu por trazer uma realidade
que enfrenta os pedagogos formados para a difícil tarefa de atuar na área escolhida ou
desejada. Conta com um panorama geral da classe hospitalar no Brasil e os seus crescentes
avanços na educação dos alunos hospitalizados, exclusivamente no estado de São Paulo. A
pesquisa de campo traz números quantitativos do quadro profissional dos entrevistados que
possuem interesse e tem relação com esta área de atuação. A pesquisa também traz
questionamentos acerca de orientações e legislações para a atuação do trabalho docente,
visando às perspectivas e dificuldades encontradas na classe hospitalar. Está baseada a
pesquisa em algumas contribuições pedagógicas a partir dos seguintes autores: Brasil (2002 e
2005), Kryminice e Cunha (2010), Lima (2014) e Martins (2012), etc., que descrevem sobre o
assunto e nos direcionam para uma ampla visão acerca da formação do pedagogo e de alguns
entraves desta nova classe de educação básica que está assegurada pelas leis brasileiras no
ambiente hospitalar. Nesse sentido, é importante conhecer as formas de atuações que o
pedagogo hospitalar pode desenvolver e as peculiaridades que o trabalho pedagógico encara
na prática educacional hospitalar.
Introdução
 A Classe Hospitalar é uma importante conquista para a educação em todo o
território brasileiro, outrora, o aluno hospitalizado ficava reprovado no
período de internação, por conta dos tratamentos médicos que o
impossibilitava de frequentar o ensino regular nas escolas de educação
básica.
 Atualmente, alguns hospitais contam com a classe hospitalar para o
desenvolvimento intelectual do aluno e a sua inserção social educacional (SÃO
PAULO, 2015), suprindo essa defasagem e promovendo outras ações culturais
e afetivas, primordialmente psicológicas que pode ajudar na cura.
 O professor, nesse sentido, participa intensamente com sensações e emoções,
além de integrar o processo de ensino-aprendizagem, o profissional conduz os
conteúdos e materiais pedagógicos de forma que a criança e o adolescente
possam ser integrados posteriormente à vida e também ao ensino regular da
escola de origem.
Metodologia
 A pesquisa tem o caráter quantitativo para fazer um levantamento dos
professores interessados na classe hospitalar, foi promovido no mês de
Dezembro de 2016, o questionário aplicado contou com apenas uma questão.
 A população desta pesquisa contemplou 74 entrevistados de diversos
municípios e estados do Brasil, com diferentes formações acadêmicas,
diferente gênero e idades, que possui o mesmo objetivo entre si.
O panorama geral da classe hospitalar
 [...] formação pedagógica preferencialmente em Educação Especial ou em cursos
de Pedagogia ou licenciaturas, ter noções sobre as doenças e condições
psicossociais vivenciadas pelos educandos e as características delas decorrentes,
sejam do ponto de vista clínico, sejam do ponto de vista afetivo [...] (BRASIL,
2002, p.22).
 Nestas situações, são montadas classes nas unidades de saúde, com professores
especializados que garantem a continuidade dos estudos mesmo em caso de
doença, levando o conteúdo até mesmo nos leitos. Levantamento mostra que são
64 classes hospitalares mantidas pelo Estado. Em apenas três anos houve um
aumento de 23% (SÃO PAULO, 2015).
 È importante perceber também que uma grande conquista para o trabalho
pedagógico na classe hospitalar se fez com a lei 11.104, de 21 de março de 2005,
pelo direito de brincar que prevalece nos hospitais pediátricos e obrigatoriamente
providos de brinquedos e jogos educativos, destinado a estimular as crianças e
seus acompanhantes a brincarem. Sendo assim, as mais conhecidas
“brinquedotecas” que ocupam as dependências dos hospitais, que oferecem à
internação às crianças.
 No contexto da classe hospitalar, a escola passa a ter um formato diferente,
com mobiliários alternativos e materiais pedagógicos especiais e adaptados, e
isto necessita ser trabalhado num todo, para que se conheçam as
necessidades dos alunos, os limites, as condições e os modelos de vida, para
que se possa interagir de forma que produzam aprendizagem significativa. O
MEC e a Secretaria de Educação Especial (BRASIL, 2002, p.16), orientam para
o uso desses materiais como estratégia de atuação ao pedagogo hospitalar
promovendo o seu acesso as diferentes formas de aquisição do conhecimento.
Da mesma forma, a disponibilidade desses recursos propiciarão as condições
mínimas para que o aluno mantenha contato com colegas e professores de sua
escola, quando for o caso.
 Observa-se que esses materiais auxiliam no bom desempenho das aulas
facilitando a transmissão e o acesso ao conhecimento, seja ele, visual,
auditivo, sensorial ou em contato direto com o tato, se for o caso.
A atuação do pedagogo hospitalar
 O pedagogo hospitalar tem um papel fundamental na educação da criança e do
adolescente hospitalizado, pois tem a finalidade de acompanhar o período de
ausência escolar do aluno na escola de origem, durante todo o processo de
internação, preparando-o para o retorno à vida e também para a educação básica
regular.
 Este novo papel com que se depara a Pedagogia Hospitalar compreende os
procedimentos necessários à educação de crianças e adolescentes hospitalizados,
de modo a desenvolver uma singular atenção pedagógica aos escolares que se
encontram em atendimento hospitalar na concretização de seus objetivos
(KRYMINICE; CUNHA, 2010 p.176 apud MATOS; MUGIATTI, 2006).
 Com relação à pessoa hospitalizada, o tratamento de saúde não envolve apenas os
aspectos biológicos da tradicional assistência médica à enfermidade. A experiência
de adoecimento e hospitalização implica mudar rotinas; separar-se de familiares,
amigos e objetos significativos; sujeitar-se a procedimentos invasivos e dolorosos
e, ainda, sofrer com a solidão e o medo da morte – uma realidade constante nos
hospitais. Reorganizar a assistência hospitalar, para que dê conta desse conjunto
de experiências, significa assegurar, entre outros cuidados, o acesso ao lazer, ao
convívio com o meio externo, às informações sobre seu processo de adoecimento,
cuidados terapêuticos e ao exercício intelectual (BRASIL, 2002, p.10).
 O pedagogo hospitalar pode organizar saraus literários, oficinas de arte e
outras atividades, sempre partindo do professor-educador, especialmente
liderado no meio artístico, ligando o ensinar diretamente com as habilidades
da criança, para que floresça no indivíduo interesse e conhecimento por
algumas dessas linguagens (LIMA, 2014, p.22).
 [...] capacitado para trabalhar com a diversidade humana e diferentes
vivências culturais, identificando as necessidades educacionais especiais dos
educandos impedidos de frequentar a escola, definindo e implantando
estratégias de flexibilização e adaptação curriculares. Deverá, ainda, propor
os procedimentos didático-pedagógicos e as práticas alternativas necessárias
ao processo ensino-aprendizagem dos alunos, bem como ter disponibilidade
para o trabalho em equipe e o assessoramento às escolas quanto à inclusão
dos educandos que estiverem afastados do sistema educacional, seja no seu
retornam, seja para o seu ingresso (BRASIL, 2002, p.22).
Análise de dados e resultados
 Em média, são realizados 700 atendimentos mensais e a ação está em
expansão para atender ainda mais estudantes em 2015. E, para aprimorar o
trabalho de professores e gestores responsáveis pelas aulas nos hospitais, a
Educação elaborou uma cartilha, intitulada de “Atendimento Educacional em
Ambiente Hospitalar”. Distribuído a todas as 91 Diretorias Regionais de
Ensino, o material reúne orientações para a abertura, funcionamento e
conteúdo programático das classes hospitalares que podem funcionar em
unidades de saúde públicas e privadas (SÃO PAULO, 2015).
Análise de dados e resultados
Referências Bibliográficas
 BRASIL. Ministério da Educação. Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar:
estratégias e orientações./Secretaria de Educação Especial. – Brasília: MEC; SEESP, 2002.
35p.
 _________. Lei 11.104, de 21 de março de 2005. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11104.htm Acesso em:
13/04/2015.
 KRYMINICE, Andressa Oliveira de Souza; CUNHA, Célia Regina Algarte da. As Múltiplas
linguagens artísticas e a criança enferma. In: MATOS, Elizete Lúcia Moreira (Org.).
Escolarização hospitalar: educação e saúde de mãos dadas para humanizar. 2.ed. Petrópolis:
Vozes, 2010.
 LIMA, Rafael Correia. A Influência das Linguagens Artísticas para a Criança Hospitalizada.
Revista Método do Saber, São Paulo, Ano 06, número 07, ago-fev 2014, p.19-26.
 MARTINS, Sônia Pereira de Freitas. Hospitalização escolarizada em busca da humanização
social. In: MATOS, Elizete Lúcia Moreira (Org.). Escolarização Hospitalar: educação e saúde
de mãos dadas para humanizar. – 3. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
 SÃO PAULO. Secretaria de Estado de Educação. Em três anos, Educação aumenta em 23%
número de classes em hospitais. Disponível em:
http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/educacao-elabora-cartilha-com-orientacoes-para-
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Pedagogia hospitalar formação e trabalho docente

  • 1. PEDAGOGIA HOSPITALAR: FORMAÇÃO E TRABALHO DOCENTE Prof. Me. Rafael Correia Lima
  • 2. Resumo  A pesquisa surgiu por algumas indagações de grande interesse dos profissionais do ensino em pedagogia se dedicar a área hospitalar e uma minoria conseguirem acesso ao trabalho na sala de aula do hospital. No entanto, traz alguns questionamentos sobre a atuação do pedagogo hospitalar frente à infraestrutura do ambiente escolar e acerca das condições psicológicas do próprio profissional para lidar diante da classe. O objetivo se deu por trazer uma realidade que enfrenta os pedagogos formados para a difícil tarefa de atuar na área escolhida ou desejada. Conta com um panorama geral da classe hospitalar no Brasil e os seus crescentes avanços na educação dos alunos hospitalizados, exclusivamente no estado de São Paulo. A pesquisa de campo traz números quantitativos do quadro profissional dos entrevistados que possuem interesse e tem relação com esta área de atuação. A pesquisa também traz questionamentos acerca de orientações e legislações para a atuação do trabalho docente, visando às perspectivas e dificuldades encontradas na classe hospitalar. Está baseada a pesquisa em algumas contribuições pedagógicas a partir dos seguintes autores: Brasil (2002 e 2005), Kryminice e Cunha (2010), Lima (2014) e Martins (2012), etc., que descrevem sobre o assunto e nos direcionam para uma ampla visão acerca da formação do pedagogo e de alguns entraves desta nova classe de educação básica que está assegurada pelas leis brasileiras no ambiente hospitalar. Nesse sentido, é importante conhecer as formas de atuações que o pedagogo hospitalar pode desenvolver e as peculiaridades que o trabalho pedagógico encara na prática educacional hospitalar.
  • 3. Introdução  A Classe Hospitalar é uma importante conquista para a educação em todo o território brasileiro, outrora, o aluno hospitalizado ficava reprovado no período de internação, por conta dos tratamentos médicos que o impossibilitava de frequentar o ensino regular nas escolas de educação básica.  Atualmente, alguns hospitais contam com a classe hospitalar para o desenvolvimento intelectual do aluno e a sua inserção social educacional (SÃO PAULO, 2015), suprindo essa defasagem e promovendo outras ações culturais e afetivas, primordialmente psicológicas que pode ajudar na cura.  O professor, nesse sentido, participa intensamente com sensações e emoções, além de integrar o processo de ensino-aprendizagem, o profissional conduz os conteúdos e materiais pedagógicos de forma que a criança e o adolescente possam ser integrados posteriormente à vida e também ao ensino regular da escola de origem.
  • 4. Metodologia  A pesquisa tem o caráter quantitativo para fazer um levantamento dos professores interessados na classe hospitalar, foi promovido no mês de Dezembro de 2016, o questionário aplicado contou com apenas uma questão.  A população desta pesquisa contemplou 74 entrevistados de diversos municípios e estados do Brasil, com diferentes formações acadêmicas, diferente gênero e idades, que possui o mesmo objetivo entre si.
  • 5. O panorama geral da classe hospitalar  [...] formação pedagógica preferencialmente em Educação Especial ou em cursos de Pedagogia ou licenciaturas, ter noções sobre as doenças e condições psicossociais vivenciadas pelos educandos e as características delas decorrentes, sejam do ponto de vista clínico, sejam do ponto de vista afetivo [...] (BRASIL, 2002, p.22).  Nestas situações, são montadas classes nas unidades de saúde, com professores especializados que garantem a continuidade dos estudos mesmo em caso de doença, levando o conteúdo até mesmo nos leitos. Levantamento mostra que são 64 classes hospitalares mantidas pelo Estado. Em apenas três anos houve um aumento de 23% (SÃO PAULO, 2015).  È importante perceber também que uma grande conquista para o trabalho pedagógico na classe hospitalar se fez com a lei 11.104, de 21 de março de 2005, pelo direito de brincar que prevalece nos hospitais pediátricos e obrigatoriamente providos de brinquedos e jogos educativos, destinado a estimular as crianças e seus acompanhantes a brincarem. Sendo assim, as mais conhecidas “brinquedotecas” que ocupam as dependências dos hospitais, que oferecem à internação às crianças.
  • 6.  No contexto da classe hospitalar, a escola passa a ter um formato diferente, com mobiliários alternativos e materiais pedagógicos especiais e adaptados, e isto necessita ser trabalhado num todo, para que se conheçam as necessidades dos alunos, os limites, as condições e os modelos de vida, para que se possa interagir de forma que produzam aprendizagem significativa. O MEC e a Secretaria de Educação Especial (BRASIL, 2002, p.16), orientam para o uso desses materiais como estratégia de atuação ao pedagogo hospitalar promovendo o seu acesso as diferentes formas de aquisição do conhecimento. Da mesma forma, a disponibilidade desses recursos propiciarão as condições mínimas para que o aluno mantenha contato com colegas e professores de sua escola, quando for o caso.  Observa-se que esses materiais auxiliam no bom desempenho das aulas facilitando a transmissão e o acesso ao conhecimento, seja ele, visual, auditivo, sensorial ou em contato direto com o tato, se for o caso.
  • 7. A atuação do pedagogo hospitalar  O pedagogo hospitalar tem um papel fundamental na educação da criança e do adolescente hospitalizado, pois tem a finalidade de acompanhar o período de ausência escolar do aluno na escola de origem, durante todo o processo de internação, preparando-o para o retorno à vida e também para a educação básica regular.  Este novo papel com que se depara a Pedagogia Hospitalar compreende os procedimentos necessários à educação de crianças e adolescentes hospitalizados, de modo a desenvolver uma singular atenção pedagógica aos escolares que se encontram em atendimento hospitalar na concretização de seus objetivos (KRYMINICE; CUNHA, 2010 p.176 apud MATOS; MUGIATTI, 2006).  Com relação à pessoa hospitalizada, o tratamento de saúde não envolve apenas os aspectos biológicos da tradicional assistência médica à enfermidade. A experiência de adoecimento e hospitalização implica mudar rotinas; separar-se de familiares, amigos e objetos significativos; sujeitar-se a procedimentos invasivos e dolorosos e, ainda, sofrer com a solidão e o medo da morte – uma realidade constante nos hospitais. Reorganizar a assistência hospitalar, para que dê conta desse conjunto de experiências, significa assegurar, entre outros cuidados, o acesso ao lazer, ao convívio com o meio externo, às informações sobre seu processo de adoecimento, cuidados terapêuticos e ao exercício intelectual (BRASIL, 2002, p.10).
  • 8.  O pedagogo hospitalar pode organizar saraus literários, oficinas de arte e outras atividades, sempre partindo do professor-educador, especialmente liderado no meio artístico, ligando o ensinar diretamente com as habilidades da criança, para que floresça no indivíduo interesse e conhecimento por algumas dessas linguagens (LIMA, 2014, p.22).  [...] capacitado para trabalhar com a diversidade humana e diferentes vivências culturais, identificando as necessidades educacionais especiais dos educandos impedidos de frequentar a escola, definindo e implantando estratégias de flexibilização e adaptação curriculares. Deverá, ainda, propor os procedimentos didático-pedagógicos e as práticas alternativas necessárias ao processo ensino-aprendizagem dos alunos, bem como ter disponibilidade para o trabalho em equipe e o assessoramento às escolas quanto à inclusão dos educandos que estiverem afastados do sistema educacional, seja no seu retornam, seja para o seu ingresso (BRASIL, 2002, p.22).
  • 9. Análise de dados e resultados  Em média, são realizados 700 atendimentos mensais e a ação está em expansão para atender ainda mais estudantes em 2015. E, para aprimorar o trabalho de professores e gestores responsáveis pelas aulas nos hospitais, a Educação elaborou uma cartilha, intitulada de “Atendimento Educacional em Ambiente Hospitalar”. Distribuído a todas as 91 Diretorias Regionais de Ensino, o material reúne orientações para a abertura, funcionamento e conteúdo programático das classes hospitalares que podem funcionar em unidades de saúde públicas e privadas (SÃO PAULO, 2015).
  • 10. Análise de dados e resultados
  • 11. Referências Bibliográficas  BRASIL. Ministério da Educação. Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: estratégias e orientações./Secretaria de Educação Especial. – Brasília: MEC; SEESP, 2002. 35p.  _________. Lei 11.104, de 21 de março de 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11104.htm Acesso em: 13/04/2015.  KRYMINICE, Andressa Oliveira de Souza; CUNHA, Célia Regina Algarte da. As Múltiplas linguagens artísticas e a criança enferma. In: MATOS, Elizete Lúcia Moreira (Org.). Escolarização hospitalar: educação e saúde de mãos dadas para humanizar. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 2010.  LIMA, Rafael Correia. A Influência das Linguagens Artísticas para a Criança Hospitalizada. Revista Método do Saber, São Paulo, Ano 06, número 07, ago-fev 2014, p.19-26.  MARTINS, Sônia Pereira de Freitas. Hospitalização escolarizada em busca da humanização social. In: MATOS, Elizete Lúcia Moreira (Org.). Escolarização Hospitalar: educação e saúde de mãos dadas para humanizar. – 3. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.  SÃO PAULO. Secretaria de Estado de Educação. Em três anos, Educação aumenta em 23% número de classes em hospitais. Disponível em: http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/educacao-elabora-cartilha-com-orientacoes-para- professores-e-gestores-do-classe-hospitalar Acesso em: 24/02/2015 as 22h40m.