Este documento apresenta um projeto educativo chamado "Portuñol" que tem como objetivo promover a integração social e cultural de imigrantes latino-americanos em uma escola brasileira através do ensino da língua espanhola juntamente com o português. O projeto visa proporcionar situações de aprendizagem que valorizem as culturas e línguas dos alunos imigrantes e favoreçam sua adaptação ao contexto escolar brasileiro.
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
Proyecto portuñol en una escuela brasilera de educación infantil
1. Proyecto Portuñol
CLAUDIA AP. NOGARA PALMA NARVAIS
RAFAEL CORREIA LIMA
Ferraz de Vasconcelos – SP, 23 de agosto de 2017.
2. Introducción
• “[...] Somente na comunicação tem sentido à vida humana” (FREIRE, 2017,
p.90).
• A proposta deste projeto educativo tem o enfoque na integração social e
cultural dos latino-americanos em fronteira com o Brasil que migram para esta
nação em busca de novas oportunidades, que por sua vez, a escola passa a
receber esses alunos imigrantes que estão em adaptação da língua portuguesa
em consonância com o ensino regular da educação básica.
• O intuito do projeto não é fazer uma proposta para uma escola bilíngue,
tampouco, propor o domínio da língua espanhola aos professores e alunos
brasileiros, mas criar situações de aprendizagens em um ambiente
alfabetizador que distinga as duas línguas predominantes da América do Sul,
patrocinando uma integração social dos alunos imigrantes e refugiados com o
seu meio social educativo de forma lúdica e prazerosa. Nesse sentido,
aproveitando o seu prévio conhecimento adquirido e suas potencialidades,
para a inserção da língua portuguesa, no contexto escolar.
3. • Para Vygotsky (1994) a construção do conhecimento se estabelece
a partir de um processo de interação entre as pessoas, pois cada
indivíduo internaliza o que vem do outro e do seu ambiente
cultural, somado por suas próprias experiências e vivências.
• Segundo a LDB (BRASIL, 1996, p.14-15) “os estabelecimentos de
ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de
ensino, terão a incumbência de [...] elaborar e executar sua
proposta pedagógica”. Nesse sentido, a escola, se apropriando
deste pressuposto, pretende desenvolver por este projeto
educativo, caso seja julgado capaz, a inclusão de uma segunda
língua latina, visando o despertar do interesse dos alunos, a
socialização e integração de todos no contexto estudantil.
• É entendido que também segundo a mesma lei LDB (BRASIL, 1996,
p.20): Na parte diversificada do currículo será incluído,
obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos
uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da
comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição”.
4. • Na verdade, este projeto não pretende alterar o currículo da
educação infantil, mas proporcionar aos alunos a integração social e
cultural dos estrangeiros latino-americanos com o novo, tanto para
os nativos (brasileiros) quanto para os recém-chegados
(estrangeiros).
• Vygotsky (1994) fala sobre a influência que a família exerce nas
atitudes da criança, no meio social e no seu convívio escolar estão
diretamente ligados, provocando ações e reações que estimulam e
fortalecem o crescimento intelectual do indivíduo.
• Nesse sentido, a escola em questão, dispõe de um extenso leque de
iniciativas educadoras, que ao invés de rompimento e negação da
cultura e linguística, se coloca na posição de integração social, que
valoriza os prévios conhecimentos do estrangeiro e em paralelo,
redescobre o processo de formação e configuração da língua
portuguesa que norteia a prática educativa da instituição escolar.
• Segundo Barcelona (1990), “a escola deverá prestar uma atenção
especial aos alunos recém-chegados, emigrados ou refugiados,
tendo direito a sentir com liberdade que a escola é sua”. Nesse
sentido, a partir deste projeto essa liberdade é ampliada, pois toma
característica e é influenciada por sua língua e possivelmente por
sua cultura.
5. Beneficios
dominar dos o más lenguas nos haría más ágiles para
resolver ambigüedades o conflictos y priorizar tareas.
la facilidad de comunicación mundial
el acceso a material diverso;
el prestigio social de tal o cual lengua;
cambios en la anatomía cerebral, especialmente en
las áreas del cerebro relacionadas con el aprendizaje
de una lengua, como la corteza inferior parietal;
cambios en las respuestas más utilitarias ante
dilemas morales que implican participación personal;
impacto en la salud por la protección ante el
deterioro cognitivo.
6. Objetivos
Reconhecendo a viabilidade
do projeto e o favorecimento
do ensino-aprendizagem a
todos os envolvidos, o projeto
busca oportunizar aos
professores e alunos a:
Pensar a escola como
território educativo e espaço
de acolhimento e de
integração social e cultural;
Enquadrar a escola cada vez
mais no cenário nacional atual
de imigração dos refugiados
latino-americanos;
Favorecer o conhecimento e a
prática de uma segunda língua
no processo de ensino-
aprendizagem;
Entender o processo de
configuração e transformação
da língua portuguesa e da
língua espanhola;
Proporcionar o contato e
discussão da língua
portuguesa e suas origens
latinas.
7. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Educação, Cultura
e Sociedade;
Escola bilíngue;
Panorama cultural
e social da
América Latina;
Língua espanhola
e língua
portuguesa;
Diversidade
cultural;
Ensino de línguas;
Escola cidadã; Inclusão social.
8. METODOLOGÍA
Como ponto de partida e de aproveitamento da prática escolar da educação
infantil nesta instituição, recomenda-se aos professores as seguintes
possibilidades de aprendizagens na língua espanhola, seguida do ensino-
aprendizagem no idioma nativo:
• Identificação dos objetos pedagógicos;
• Identificação da infraestrutura escolar;
• Alfabeto;
• Números;
• Cores;
• Animais;
• O corpo;
• Dias da semana e meses do ano;
• Músicas latinas e brasileiras;
• Saudações e cordialidades, etc.
23. EVALUACIÓN
• A avaliação deve ser
prioritariamente na
língua nativa da
escola, visando a
participação lúdica e
prazerosa dos alunos
neste contexto,
favorecendo o
processo de
socialização da língua
e ativando a
curiosidade dos
alunos.
24. CONCLUSIÓN
• Segundo Vygotsky (1994) as influências socioculturais são cruciais, que em
outras palavras, podemos afirmar que neste contexto, a influência
estrangeira “deixa um pouco de si, e leva de nós”.
• Freire (2017, p.95) diz que “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si
mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”,
partindo deste pressuposto o projeto “Portuñol” pretende atingir o seu
nível mais promissor e difusor do conhecimento linguístico, embarcado
desde a educação infantil para chegar aos benefícios apontados nesta
temática.
• Após a inserção deste projeto, podemos afirmar que cada vez mais
estamos enquadrando nossa escola no quadro latino-americano brasileiro
hoje e de uma aprendizagem por meio da variedade idiomática.
• Nesse contexto, partimos do princípio da Carta das Cidades Educadoras
(BARCELONA, 1990) que diz respeito “as condições para a plena igualdade
de forma que todos se sintam respeitados e respeitem o próximo em
constante diálogo”.
25. Recomendaciones
• Sempre que possível, adaptar e estender as possibilidades
de contato e ensino-aprendizagem idiomática, nos
seguintes aspectos:
• Proporcionar aos professores, funcionários e interessados o
contato com o processo de socialização da língua
espanhola.
• Organizar uma festa das nações “latino-americanas”,
principalmente associando os países em situações de
refugiados no Brasil, ou englobando os países do
MERCOSUL (Venezuela, Bolívia, etc).
• Ampliar as possibilidades de bem-estar social em outras
áreas da sociedade;
• Integrar o projeto ao PPP – Projeto Político Pedagógico.
26. Bibliografía
• BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. –
9.ed. – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições
Câmara, 2014.
• BARCELONA. Carta das Cidades Educadoras: Declaração
de Barcelona. 1990. Disponível em:
http://cidadeseducadoras.org.br/wp-
content/uploads/2016/06/carta-cidades-educadoras-
barcelona.pdf Acesso em: 16/08/2017.
• FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. – 63.ed. – Rio de
Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2017.
• MANES, Facundo. El segundo idioma y el cerebro
bilingüe. 19/05/2015. Clarín Viva. Disponível em:
https://www.clarin.com/viva/columnistas_viva-
facundo_manes-de_la_cabeza-idiomas-cerebro-
bilingue_0_SkfMEFtPml.htmlVYGOTSKY. Acesso em:
21/08/2017 as 14h17m.
• VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da
mente. São Paulo: Martins Fontes, 1994.