Durante a Idade Média, a Europa passou por grandes dificuldades como a Peste Negra que matou milhões. Em Portugal, o casamento de Henrique de Borgonha com a princesa Teresa deu origem ao Condado Portucalense. Seus descendentes expandiram o território e em 1128 Afonso Henriques declarou a independência, dando início ao Reino de Portugal.
1. Formação do reino de Portugal E
EXPANSÃO PORTUGUESA
Revisão para prova
2. Condições para a centralização
monárquica
Fatores socioeconômicos: a
aliança rei-burguesia
3. Durante o século XIV a Europa passava por
grandes dificuldades das quais três se
destacavam: peste, fome e guerra.
Nos porões dos navios de comércio, que
vinham do Oriente, entre os anos de 1346 e
1352, chegavam milhares de ratos. Estes
roedores encontraram nas cidades europeias
um ambiente favorável, pois estas possuíam
condições precárias de higiene. O esgoto
corria a céu aberto e o lixo acumulava-se nas
ruas. Rapidamente a população de ratos
aumentou significativamente.
4. Após adquirir a doença, a pessoa
começava a apresentar vários
sintomas: primeiro apareciam nas
axilas, virilhas e pescoço vários bubos
(bolhas) de pus e sangue. Em seguida,
vinham os vômitos e febre alta. Era
questão de dias para os doentes
morrerem, pois não havia cura para a
doença e a medicina era pouco
desenvolvida.
6. O desenvolvimento econômico europeu e
a centralização do poder real estão
fortemente relacionados, pois a economia
mercantil deu origem à burguesia, que
tinha condições de disputar com os
aristocratas a superioridade política, e o
enfraquecimento da nobreza feudal
permitiu melhores condições para a
centralização monárquica.
7. O interesse dos comerciantes era na
centralização do poder político, pois
com esse sistema seria possível a
uniformização de moedas, pesos e
medidas, acabando com a
multiplicidade de barreiras no interior
do país e condicionando à burguesia
uma expansão externa
8.
9. · Antes de se tornar um país
independente, Portugal era um
pequeno território no norte da
Península Ibérica e pertencia ao reino
de Leão. Chamava-se Condado
Portucalense.
10. Afonso VI promoveu o casamento
de Raimundo com sua única filha e
herdeira Urraca, dando-lhe como
dote o governo de Galiza (região
da atual Espanha);
11. · Henrique casou-se com Teresa,
filha bastarda de Afonso VI, e
recebeu como dote o Condado
Portucalense
12. · D. Henrique continuou com sua
expansão territorial, na luta contra
os mouros, anexando assim outros
territórios ao sul do condado, o que
foi dando os contornos no que hoje
é Portugal;
13. · Em 1128, Afonso Henriques (filho de D.
Henrique de Borgonha e Teresa)
proclamou a independência do Condado
Portucalense. Com isso, gerou muitas
lutas contra as forças do reino de Leão;
· Em 1943, no tratado de Zamora, o rei
de Leão reconheceu Afonso Henriques
como rei de Portugal, dando inicio a
primeira dinastia portuguesa: a dinastia
de Borgonha
14. A sociedade portuguesa do século
XIII é pois formada por 3 grupos
sociais, com direitos e deveres
diferentes:
A nobreza e o clero (grupos
privilegiados)
15.
16. não pagavam impostos;
possuíam extensas propriedades;
tinham o poder de aplicar justiça e
cobrar impostos;
tinham exército próprio.
O povo era o grupo mais numeroso e
desfavorecido, que executava todo o
tipo de trabalho e pagava impostos.
17. As atividades económicas:
A principal atividade da época era
a AGRICULTURA: cereais, vinho e azeite
constituíam a trilogia do lavrador
português.
Nas zonas litorais, a pesca e o sal
desempenhavam lugar de relevo tanto
na alimentação comum como na prática
do comércio.
18. A Indústria não existia. O próprio
artesanato era reduzido e confinado
às necessidades de consumo:
fabricavam-se artigos de vestuário,
calçado, objetos de ferro, madeira e
barro, alfaias domésticas e
agrícolas, e pouco mais.
19. O primeiro motivo que levou os
portugueses ao empreendimento das
Grandes Navegações foi a progressiva
participação lusitana no comércio
europeu no século XV, em razão da
ascensão de uma burguesia
enriquecida que investiu nas
navegações no intuito de comercializar
com diferentes partes do mundo.
20. A centralização monárquica portuguesa
aconteceu ainda no século XIV com a
Revolução de Avis, Portugal foi
considerado o primeiro reino europeu
unificado, ou seja, foi o primeiro Estado
Nacional da história da Europa. Além do
fato da unificação portuguesa, a
Revolução de Avis consolidou a força da
burguesia mercantil que, conforme
vimos acima, investiu pesadamente nas
Grandes Navegações
21. os portos de boa qualidade que eram
existentes no país influenciaram
bastante no processo do pioneirismo
português. Outro motivo não menos
fundamental que os outros expostos,
que ajudou no processo do
empreendimento português, foi o
estudo náutico realizado na Escola de
Sagres, sob o comando do astuto
infante D. Henrique, o navegador (1394-
1460)
22. A Escola de Sagres foi consolidada na
residência de D. Henrique e se tornou
uma referência para estudiosos como
cosmógrafos, cartógrafos, mercadores,
aventureiros entre outros. Iniciando o
processo de conquistas pelos mares, os
portugueses no ano de 1415
dominaram Ceuta, considerada
primeira conquista dos europeus
durante a Expansão Marítima
23. O principal objetivo que os navegadores
portugueses desejavam alcançar era dar
a volta no continente africano, ou seja,
realizar o périplo africano. Desta
maneira, Portugal foi conquistando várias
concessões na África. No ano de 1488,
Bartolomeu Dias, navegador português,
havia conseguido chegar ao Cabo da Boa
Esperança, provando para o mundo que
existia uma passagem para outro oceano.
24. Finalmente, no ano de 1498, o
navegador português Vasco da Gama
alcançou as Índias; em 1500, outro
navegador lusitano, Pedro Álvares
Cabral, deslocou-se com uma grande
frota de embarcações para fazer
comércio com o Oriente, acabou
chegando ao chamado ‘Novo Mundo’ -
o continente americano.
25.
26. A supremacia lusitana deveu-se a uma série
de fatores, como a existência de um Estado
precocemente centralizado; a associação
entre os reis da dinastia de Avis, a uma
burguesia ávida de grandes lucros; a paz
interna e externa que Portugal desfrutava; os
aperfeiçoamentos das técnicas de navegação
(caravela, vela latina ou triangular), e um
centro de estudos náuticos - "escola de
Sagres"’ e também possuir uma posição
geográfica privilegiada
27. Segundo o historiador indiano K.M.
Panikkar, a viagem pioneira dos
portugueses à Índia inaugurou aquilo
que ele denominou como a época de
Vasco da Gama da história asiática. Esse
período pode ser definido como uma
era de poder marítimo, de autoridade
baseada no controle dos mares, poder
detido apenas pelas nações europeias
28. Os domínios estabelecidos pelos
portugueses na Índia e na América se
diferenciavam, pois na Índia a presença
dos portugueses visava o comércio, e
para este fim eles estabeleciam feitorias,
enquanto na América o território se
tornaria uma possessão de Portugal, por
meio de um empreendimento colonial
destinado a produzir mercadorias para
exportação.
29. Um conjunto de forças e motivos
econômicos, políticos e culturais
impulsionou a expansão comercial e
marítima europeia a partir do século
XV, o que resultou, entre outras coisas,
no domínio da África, da Ásia e da
América.
O fato que marcou o início da
expansão marítima portuguesa foi A
conquista de Ceuta em 1415.
30. Quando então a Espanha entra
também no projeto das grandes
navegações e acontece a expansão
marítima, acontece também a
divisão de terras do mundo entre
Portugal e Espanha, conforme ficou
estabelecido no tratado de
Tordesilhas, observe a charge
33. A Espanha também se destacou nas
conquistas marítimas deste período,
tornando-se, ao lado de Portugal, uma
grande potência. Enquanto os
portugueses navegaram para as Índias
contornando aÁfrica, os espanhóis
optaram por um outro caminho. O
genovês Cristóvão Colombo, financiado
pela Espanha, pretendia chegar às
Índias, navegando na direção oeste.
34. Em 1492, as caravelas espanholas
partiram rumo ao oriente navegando
pelo Oceano Atlântico. Colombo tinha
o conhecimento de que nosso planeta
era redondo, porém desconhecia a
existência do continente americano.
Chegou em 12 de outubro de 1492 nas
ilhas da América Central, sem saber
que tinha atingido um novo
continente.
35. Foi somente anos mais tarde que o navegador
Américo Vespúcio identificou aquelas terras
como sendo um continente ainda não
conhecido dos europeus. Em contato com os
índios da América ( maias, incas e astecas ), os
espanhóis começaram um processo de
exploração destes povos, interessados na
grande quantidade de ouro. Além de retirar as
riquezas dos indígenas americanos, os
espanhóis destruíram suas culturas.
36. Nos séculos XV e XVI, Portugal e
Espanha dominaram os mares e
conquistaram novos territórios. A
expansão marítima destas duas
nações geraram riquezas e
mudaram o cenário político e
econômico da Europa.
37. Com o objetivo principal de chegar
as Índias por uma rota marítima
diferente da usada por genoveses e
venezianos, os espanhóis, liderados
pelo navegador Cristóvão Colombo,
chegaram ao continente americano
em 1492
38. Civilização Maia
O povo maia habitou a região das
florestas tropicais das
atuais Guatemala, Honduras e Penínsul
a de Yucatán (região sul do
atual México). Viveram nestas regiões
entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os
séculos IX e X , os toltecas invadiram
essas regiões e dominaram a civilização
maia.
39. Nunca chegaram a formar um
império unificado, fato que
favoreceu a invasão e domínio de
outros povos. As cidades formavam o
núcleo político e religioso
da civilização e eram governadas por
um estado teocrático. O império
maia era considerado um
representante dos deuses na Terra
40. A zona urbana era habitada apenas pelos
nobres (família real), sacerdotes
(responsáveis pelos cultos e
conhecimentos), chefes militares e
administradores do império (cobradores
de impostos). Os camponeses, que
formavam a base da sociedade, artesão e
trabalhadores urbanos faziam parte das
camadas menos privilegiadas e tinham
que pagar altos impostos
41. A base da economia maia era a agricultura,
principalmente de milho, feijão e tubérculos.
Suas técnicas de irrigação eram muito
avançadas. Praticavam o comércio de
mercadorias com povos vizinhos e no interior
do império.
Ergueram pirâmides, templos e palácios,
demonstrando um grande avanço na
arquitetura. O artesanato também se
destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em
tecidos e roupas
42. A religião deste povo era politeísta, pois
acreditavam em vários deuses ligados à natureza.
Elaboraram um eficiente e complexo calendário
que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.
Assim como os egípcios, usaram uma escrita
baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos).
Registravam acontecimentos, datas, contagem de
impostos e colheitas, guerras e outros dados
importantes.
Desenvolveram muito a matemática, com destaque
para a invenção das casas decimais e o valor zero
43. Civilização Asteca
Povo guerreiro, os astecas habitaram
a região do atual México entre os
séculos XIV e XVI. Fundaram no
século XIV a importante cidade de
Tenochtitlán (atual Cidade do
México), numa região de pântanos,
próxima do lago Texcoco.
44. A sociedade era hierarquizada e comandada
por um imperador, chefe do exército. A
nobreza era também formada por sacerdotes
e chefes militares. Os camponeses, artesãos
e trabalhadores urbanos compunham grande
parte da população. Esta camada mais baixa
da sociedade era obrigada a exercer um
trabalho compulsório para o imperador,
quando este os convocava para trabalhos em
obras públicas (canais de irrigação, estradas,
templos, pirâmides).
45. Durante o governo do
imperador Montezuma II (início do século
XVI), o império asteca chegou a ser formado
por aproximadamente 500 cidades, que
pagavam altos impostos para o imperador. O
império começou a ser destruído em 1519
com as invasões espanholas. Os espanhóis
dominaram os astecas e tomaram grande
parte dos objetos de ouro desta civilização.
Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas,
forçando-os a trabalharem nas minas de ouro
e prata da região
46. Os astecas desenvolveram muito as
técnicas agrícolas, construindo
obras de drenagem e as chinampas
(ilhas de cultivo), onde plantavam e
colhiam milho, pimenta, tomate,
cacau etc. As sementes de cacau,
por exemplo, eram usadas como
moedas por este povo.
47. A religião era politeísta, pois cultuavam
diversos deuses da natureza (deus Sol,
Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa
representada por uma Serpente
Emplumada. A escrita era representada
por desenhos e símbolos. O calendário
maia foi utilizado com modificações
pelos astecas. Desenvolveram diversos
conceitos matemáticos e de
astronomia
48. Na arquitetura, construíram
enormes pirâmides utilizadas para
cultos religiosos e sacrifícios
humanos. Estes, eram realizados
em datas específicas em
homenagem aos deuses.
Acreditavam, que com os
sacrifícios, poderiam deixar os
deuses mais calmos e felizes.
49. Civilização Inca
Os incas viveram na região da
Cordilheira dos Andes (América do
Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e
Equador. Fundaram no século XIII a
capital do império: a cidade sagrada
de Cusco. Foram dominados pelos
espanhóis em 1532.
50. O imperador, conhecido por Sapa Inca
era considerado um deus na Terra. A
sociedade era hierarquizada e formada
por: nobres (governantes, chefes
militares, juízes e sacerdotes), camada
média ( funcionários públicos e
trabalhadores especializados) e classe
mais baixa (artesãos e os camponeses).
Esta última camada pagava altos
tributos ao rei em mercadorias ou
com trabalhos em obras públicas.
51. Na arquitetura, desenvolveram várias construções
com enormes blocos de pedras encaixadas, como
templos, casas e palácios. A cidade de Machu
Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou
toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade.
A agricultura era extremamente desenvolvida,
pois plantavam nos chamados terraços (degraus
formados nas costas das montanhas). Plantavam e
colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata.
Construíram canais de irrigação, desviando o
curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se
pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos
e joias.
52. A religião tinha como principal deus
o Sol (deus Inti). Porém, cultuavam
também animais considerados
sagrados como o condor e o jaguar.
Acreditavam num criador
antepassado chamado Viracocha
(criador de tudo)
53. Criaram um interessante e eficiente
sistema de contagem : o quipo. Este era
um instrumento feito de cordões
coloridos, onde cada cor representava a
contagem de algo. Com o quipo,
registravam e somavam as colheitas,
habitantes e impostos. Mesmo com
todo desenvolvimento, este povo não
desenvolveu um sistema de escrita.