4. O continente africano é o
terceiro maior do mundo. É
banhado a leste pelo Oceano
Atlântico e a Oeste pelo Oceano
Índico. Ao norte, é separado do
continente europeu pelo Mar
Mediterrâneo; e a nordeste, é
separado da Ásia pelo Mar
Vermelho e pelo Canal do Suez,
localizado no Egito.
5. Muitas pessoas conhecem a África
pela sua extrema pobreza e miséria,
porém poucos sabem o porquê disso.
Segundo a ONU (Organização das
Nações Unidas), dos países
considerados com o IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) baixo,
todos eles são africanos. Essa situação
foi causada, principalmente, pela
exploração colonial e imperialista que
ocorreu nesses paises.
6. Primeiramente, houve uma dominação
colonialista que se iniciou ao final do
século XV, quando a população negra que
formava as diversas etnias desse
continente foi escravizada e levada para
outros lugares, incluindo o Brasil. Essa
dominação permaneceu dessa forma até o
século XIX, quando uma onda imperialista
(chamada também de neocolonialista)
resolveu se apropriar do continente,
dividindo o seu território entre muitos
outros países.
7. Por causa disso, muitos conflitos
internos começaram a acontecer,
ou em busca de independência,
ou entre povos rivais em busca
de controlar um mesmo
território. Apesar de antes da
colonização também haver
disputas territoriais na África,
elas não eram tão sangrentas e
intensas como são atualmente.
8. O continente africano é amplamente
conhecido pelas suas belezas naturais,
principalmente quando se refere à
grandiosa vida selvagem.
Porém, o que encontramos de imenso
neste continente é uma enorme
diversidade física e sócio-econômica,
pois existe neste espaço desde extensos
vales férteis, aonde a vida parece não ter
fim, até desertos gigantes, como é o
caso do Saara, o maior do mundo.
9. O termo “berço da humanidade” é
dado em razão da África abrigar uma
das civilizações mais antigas e
intrigantes do globo, os egípcios, que
formaram um poderoso “império” a 4
mil anos atrás. Portanto, toda essa
riqueza cultural e natural existente no
continente, torna a África um espaço
muito particular.
10. Em consequência a esta diversidade,
não é tarefa fácil dividir a África por
regiões devido a sua heterogeneidade
ao longo do continente. Porém, pode-se
definir duas formas básicas de
classificação regional: as questões
físicas (localização geográfica) e
questões humanas (cultura/ocupação)
11. Ao visualizar um mapa da África, pode-se
ver que dividir o mesmo por regiões a
partir da sua localização espacial nos
sentidos Norte, Sul, Leste e Oeste é bem
possível. Dessa forma, classifica-se o
continente em cinco regiões distintas
quanto a sua posição geográfica: Norte
da África, Oeste da África, África Central,
Leste da África e Sul da África.
12. Norte da África: como o próprio
nome já diz, é a área situada ao
norte do continente e que vem a
ser banhado pelo Mar
Mediterrâneo, em sua maioria,
fazendo parte desta região cinco
países. Também não se pode
esquecer que ao sul desta região se
encontra o deserto do Saara.
13. Oeste da África: é uma região muito
confusa do ponto de vista político. São
quinze nações que dividem um espaço
caracterizado por áreas desérticas
(Saara, ao norte) e florestas tropicais.
Em sua economia local, a exploração de
petróleo destaca-se com uma atividade
bem atraente para os países.
14. África Central: caracterizada pelos
inúmeros conflitos da década de 90 que
marcaram profundamente a região, a
África Central ficou conhecida no mundo
pelos conflitos no Zaire que o
transformaram em República
Democrática do Congo. Oito países
fazem parte desta região, destacada por
grandes florestas tropicais em razão de
estar na latitude 0 do globo.
15. Leste da África: também conhecida como “Chifre
da África”, por sua forma física do extremo leste
africano, é uma área bem diversificada por ter
países bem estruturados e urbanizados, como é o
caso do Quênia, e em contraponto a isto, existe à
Somália e Etiópia, nações mergulhadas em
problemas gerados pelas suas guerras civis. Nesta
região encontram-se dez países bem distintos,
tantos nos aspectos físicos como humanos. É na
divisa entre Uganda, Tanzânia e Quênia que existe
o lago Vitória, que é considerado a nascente do
rio Nilo.
16. Sul da África: o extremo sul africano é
representado pelas diferenças existente
ente os onze países no campo sócio-econômico,
principalmente, pois o
contraste entre a África do Sul, nação
bem desenvolvida, se comparada aos
outros países africanos, em relação aos
demais é visivelmente percebido.
17. Este país exerce um poder
centralizador nesta região, onde a
economia é seu ponto forte. Observa-se
também uma diversidade natural neste
espaço, em razão de possuir grandes
vales férteis e vastos desertos como o
Kalahari, sendo no delta do Okavango
(Botsuana) acontece uma das maiores e
mais impressionantes migrações do
mundo, a dos gnus.
18. Aspectos Sócio-econômicos
Agora, analisar a África destacando
suas características culturais, promove
uma divisão bem diferente da anterior.
Ao observar o continente africano pela
sua ocupação ao longo dos anos,
classifica-se a África em duas regiões:
África “branca” (cultura árabe) e África
“negra” (culturas locais).
19. Isto é possível em virtude da influência
que a região norte da África (árabe)
sofreu da ocupação dos povos do
Oriente Médio (Ásia) durante os
tempos, tendo como resultado um
espaço totalmente adverso da África
“negra”, sendo esta última
caracterizada pelas culturas regionais
provindas de milenares tribos africanas.
20. Também é possível destacar a própria
cor da pele dos africanos nessas duas
regiões: os descendentes de árabes
possuem uma tez clara, em grande
parte, enquanto que os africanos
relacionados com as culturas tribais já
têm uma cor mais negra.
21. Sendo assim, a África vem a ser o
resultado de anos de ocupação e
influência das mais diversas culturas do
mundo que remodelaram e
transformaram seu continente num
espaço diversificado e muitas vezes
carente de recursos econômicos, por
outro lado, suas belezas naturais são
únicas e, por enquanto, estão
permanentes em todo seu território
22. O relevo do continente africano é
marcado pela presença de dois
grandes desertos: oDeserto do Saara e
o Deserto do Kalahari. O primeiro
encontra-se na região norte do país e
o segundo encontra-se mais ao sul. A
maior parte da superfície da África é
composta por planaltos com médias e
elevadas altitudes. Na região central e
ao norte, encontram-se grandes rios
que estão entre os maiores do mundo,
como os rios Nilo, Congo e Níger.
23. O período aberto após 1945, do ponto de
vista do equilíbrio diplomático, se mostrou
razoavelmente estável. Houve uma divisão
de esferas de influências entre os países
vencedores e a consolidação de blocos
que apresentavam entre si, entre outras
coisas, importantes diferenças na
organização de sua economia e de suas
sociedades a partir da dicotomia
socialismo versus capitalismo.
24.
25. Em relação à vegetação, existem
diversos tipos, como plantas
desérticas, florestas equatoriais
e estepes. No entanto, o tipo
mais presente são as savanas,
que são muito semelhantes à
vegetação do Cerrado brasileiro,
com árvores de médio e
pequeno porte com galhos
muito retorcidos.
26. A África é dividida em duas regiões
principais: África Subsaariana e África
do Norte. A primeira compreende toda
a região desse continente que se
encontra abaixo do deserto do Saara,
caracterizada pela população de
maioria negra e pela maior diversidade
étnica. A segunda encontra-se mais ao
norte e compreende as populações
africanas árabes.
27. Apesar de a maior parte do
território africano ser formada
por países independentes, isto é,
sem o domínio colonial de outro
país, a sua economia é bastante
subordinada. Além disso, muitas
guerrilhas internas e ditaduras
sangrentas existem ou existiram
recentemente na maioria dos
países africanos.
28. As tendências colonialistas não
passaram ilesas aos conflitos mundiais
nem às crises econômicas. Hobsbawm,
já considera a crise econômica iniciada
em 1929 como um dos elementos da
gênese da crise colonialista afirmando
que “No fim da década de 1930, a crise
do colonialismo já se espalhara para
outros impérios (...)”.
29.
30. os momentos I e II da charge do
continente africano conjuntamente
com o texto e o momento histórico
geográfico pode ser explicando da
seguinte forma:
31. Após o final da II Guerra, os continentes
africano e asiático passaram pelo processo
de descolonização. A emancipação política
e a luta pela independência transformaram
a face política do continente. Na primeira
charge vemos o africano se despedindo do
colonizador europeu (e o palácio atrás
significa a troca de poder), ou seja, é o
período da descolonização. Na segunda
charge, o retorno do europeu se dá por
meio da atividade turística. A sangria deu
lugar ao exótico.
32. Ainda os momentos I e II pode ser
assim relacionado : A África do Sul,
nação mais rica e industrializada do
continente, foi um caso à parte. Rica
em recursos naturais, localizada na
passagem estratégica do “Cabo das
Tormentas”, o país passou pela mais
violenta e racista forma de dominação
branco-europeia na Àfrica
33. Desde o final do século XIX, leis
segregacionistas transformaram a maioria
negra em quase escravos da minoria
holandesa e britânica no país. Em 1949
nascia o regime racista do Apartheid,
portanto no mesmo período da libertação
dos povos africanos. Nesse regime, o
controle e a dominação branco-européia
foi ao extremo, excluindo os negros de
todos os setores e atividades econômicas,
sociais e culturais do país.
34. Quais foram as causas primeiras? As
imagens da televisão global põem em
destaque as vítimas da guerra
civil, da seca e das enchentes. A fome
na Somália foi atribuída
mecanicamente (...) “à ausência de
nuvens de chuva
e às anomalias da pressão
atmosférica”. (Chossudovsky, M. A
globalização da Pobreza, 1999:90)
35.
36. A partir da leitura articulada do
texto e da charge, outras
possibilidades de compreensão,
distintas da “causalidade natural”,
para o fenômeno da fome em
países africanos tais como:
37. 1. A substituição gradativa da
agricultura de subsistência e de
produtos alimentares voltados para o
mercado
interno pela agricultura de exportação
provoca desabastecimento e
encarecimento de gêneros
alimentícios.
38. 2. A estrutura fundiária injusta,
associada à expropriação de
pequenos e médios produtores
agrícolas, gera
subaproveitamento de terras
cultiváveis e consequente limitação
da produção alimentar.
39. 3. A atuação de transnacionais do setor
agroalimentar induz à alteração de
padrões alimentares originais e à busca
do lucro em detrimento da satisfação
das necessidades básicas dos
indivíduos, gerando descompasso na
relação renda-alimentação.
40. 4. O avanço do capitalismo introduz
novas relações sociais de produção no
campo, agravando as condições de
sobrevivência da massa de
trabalhadores, lançados em áreas
urbanas na situação de
desempregados estruturais.
41. Os mais graves problemas em que hoje
estão mergulhados os povos africanos
ao sul do deserto do Saara: a epidemia
da AIDS está dizimando parcelas
crescentes da população em todas as
faixas etárias, devido à falta de
assistência médica sistemática e à
ausência de infra-estrutura sanitária e
educacional;
42. a fome, que atinge várias regiões, devido
ao desmantelamento da agricultura tradicional, às
guerras e à desertificação; a falta de recursos para
ações imediatas de controle das doenças; os
conflitos étnicos, que dão origem a guerras de longa
duração e alimentam a proliferação de campos de
refugiados vivendo em condições precárias; a
instabilidade política, que reflete a grande
desigualdade de renda e as disputas entre grupos de
interesse e lideranças de origem
tribal; a escassez de investimentos em setores
estratégicos da economia, que agravam as condições
e a qualidade de vida das populações.
43. A descolonização, essa ‘troca de soberania’, não
teve como causa exclusiva a luta dos povos por
sua libertação.” precisa considerar o
enfraquecimento das potências colonizadoras
europeias, fruto da Segunda Guerra Mundial e os
interesses das potências emergentes, Estados
Unidos e União Soviética, que não possuíam
colônias e precisavam aumentar suas áreas de
influência, no contexto da Guerra Fria. A ideia da
troca de soberania está associada à manutenção de
uma situação de dependência das áreas
descolonizadas que, apesar de terem seus próprios
governos, sofreram imposições das novas potências
44. Então chega se a conclusão que: A expansão
imperialista europeia sobre o continente africano
esteve articulada a interesses capitalistas de finais do
século XIX. Esses interesses se relacionavam tanto
com a necessidade de matéria-prima, daí a
exploração de riquezas minerais, como diamante,
ouro e minério de ferro, e do potencial agrícola de
algumas áreas, quanto com a busca por mão de obra
e por novos consumidores, levando ao controle de
territórios estratégicos, como a costa oriental
africana, e à ampliação de mercados, como os
protetorados e as áreas de influência no norte da
África.
45. Em virtude desses interesses, a partilha das regiões
africanas foi caracterizada por divergências e
enfrentamentos entre governos e investidores
europeus, como as disputas franco-britânicas pelo
controle do Egito, as franco-germânicas pelo
controle da Tunísia e as belgo-germânicas pelo
controle do Congo. Além dessas, destaque-se
também a disputa pelo controle da África do Sul,
entre Inglaterra e descendentes de colonização
holandesa e alemã, relacionada à Guerra dos
Bôeres, na década de 1880 e entre 1899 e 1902.
47. Indicadores
Sociais
Características
Saúde O continente é marcado pela baixa
expectativa de vida, altas taxas de
mortalidade infantil e baixo IDH.
Educação A maior parte das crianças têm que
abandonar os estudos para trabalhar nas
lavouras ou nas minas. As taxas de
analfabetismo estão entre as mais altas do
mundo.
Economia Está ligada principalmente a extração
mineral e a exportação de produtos
primários, ou seja, gêneros tropicais.
48. Na África do Sul ocorre uma violenta
segregação racial onde a minoria
branca domina, política, social e
economicamente a grande maioria
negra. Essa segregação tem
prejudicado as relações econômicas
da África do Sul com os países
americanos e europeus. É conhecido
como Apartheid
49. Nos últimos anos intensificou-se o
processo de libertação dos países
mais ricos da África, sendo
bastante reduzida a dominação
branca. São exemplos dessa
dominação República da África do
Sul
50. Do ponto de vista demográfico a
República Sul-Africana é um país
predominantemente habitado
por negros
51. Sobre o continente africano,
A "África Branca" corresponde à faixa norte do
continente que tem extensa área desértica
interrompida por faixas agrícolas, localizadas no
vale do Nilo e no litoral mediterrâneo do Magreb.
Líbia, Argélia, Nigéria e Gabão são os maiores
produtores de petróleo da África.
O lago Vitória é o mais extenso da África.
Na produção mineral da África destacam-se as
minas de diamantes do Zaire e da República Sul-
Africana e as jazidas de fosfatos do Marrocos.
Alguns dos maiores desertos do mundo estão
localizados na África, como os do Saara e
Kalahari.
52. Sobretudo, a partir da década de 60, o
continente africano tem passado por
um processo de descolonização, isto é,
de independência política formal que
desacompanhada da respectiva
independência econômica e financeira
não conseguiu alterar de forma efetiva
as precárias condições de vida da
população.