O documento descreve a Sé Velha de Coimbra, uma catedral românica construída no século XII. Foi iniciada por ordem de D. Afonso Henriques e terminada em 1320. Descreve sua arquitetura fortificada e interior com três naves, e destaca sua importância histórica como centro religioso e influência no estilo românico da região.
1. Sé Velha de Coimbra
Eduardo Albuquerque
12 de Novembro de 2012
2. Sé Velha de Coimbra
“Houve tempo em que a velha catedral conimbricense, hoje abandonada de seus bispos era formosa; houve
tempo em que essas pedras, ora tisnadas pelos anos, eram ainda pálidas, como as margens areentas do
Mondego.”
Alexandre Herculano in Bispo Negro
Eduardo Albuquerque
12 de Novembro de 2012
3. Sé velha de Coimbra
Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136, de 23-06-1910
Eduardo Albuquerque
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4. Sé velha de Coimbra
Designação:
Sé velha de Coimbra ou Catedral de Santa
Maria de Coimbra.
Tipologia:
Património Arquitectónico Religioso, Imóvel e
Material
Localização:
Largo da Sé, freguesia da Almedina, Coimbra.
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5. Sé velha de Coimbra
A problemática da Igreja Primitiva:
António de Vasconcelos, acreditava que a construção da Catedral se devera ao facto da antiga ter sido destruída
durante uma invasão almorávida em 1117.
Por sua vez, Pierre David e Nogueira Gonçalves supõem que a igreja primitiva estaria de pé aquando o início da
construção da Sé.
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12 de Novembro de 2012
6. Sé velha de Coimbra
Feita a mando de:
A obra começou a mando de D. Afonso Henriques, que doou a mão-de-obra escrava muçulmana para a sua
construção. E pelo Bispo D. Miguel Pais de Salomão, que foi responsável por contratar o mestre Bernardo e
o mestre Roberto.(Sabemos que ambos contribuíram para a construção da Sé através do Livro Preto.)
Certamente houve contribuições de nobres, do cabido e da população, para a realização da obra.
Executada :
Mestre Bernardo (Inicialmente)
Mestre Roberto (contribuiu pontualmente)
Mestre Soeiro (após a morte de Bernardo)
Efectivamente, os responsáveis pela edificação deste monumento românico foram os mestres em cima
mencionados. Bernardo teria sido o mestre principal pela obra, sendo substituído após a sua morte pelo
mestre Soeiro. Por sua vez, o mestre Roberto teria sido responsável pelo portal do edifício e outras
melhorias na obra, deslocando-se quatro vezes a Coimbra para estes procedimentos.
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7. Sé velha de Coimbra
"Escrevi isto como recordação permanente do meu sofrimento. A minha mão perecerá um dia, mas a
grandeza ficará"
Eduardo Albuquerque
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8. Sé velha de Coimbra
Datação:
Devido à inexistência de documentação, não podemos ter certezas sobre o início da construção da Sé.
Certamente aconteceu depois da doação de terrenos por D. Afonso Henriques aos Cónegos Regrantes para a
construção de um mosteiro na cidade de Coimbra, logo terá acontecido depois de 1139.
Apesar das dúvidas, grande parte dos historiadores acreditam que obras se iniciaram algures na década de 60.
No ano de 1184 é a consagração da catedral.
Esta só seria terminada em 1320 com a conclusão do claustro.
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9. Sé velha de Coimbra
Descrição:
Grande templo tipo fortaleza, de fortes paredes em cantaria, fechadas como muralhas, ameado no topo e
possuindo um corpo avançado no centro da fachada como uma torre, é acessível por uma escadaria.
Tem um fundo portal rasgado ao centro, com quatro arquivoltas assentes num complexo sistema de colunelos
– simples e duplos – pilastras e capitéis, todos densamente decorados. Em cima, um janelão central do mesmo
tipo ilumina o corpo, sendo mais baixo e também com quatro arquivoltas. Os dois portais laterais são
quinhentistas.
In, Direc .PEREIRA, Paulo, “História da Arte Portuguesa: Vol. II O Mundo Românico”, circulo de leitores, Rio
de Moura, 2007, pp.83.
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10. Sé velha de Coimbra
Pórtico da Sé e pormenor do janelão.
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11. Sé velha de Coimbra
Fachada lateral. Abside e os dois absidíolos.
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12. Sé velha de Coimbra
Pormenor das pilastras e dos colunelos.
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13. Sé velha de Coimbra
Descrição:
O interior é de três naves e cinco tramos, com transepto pouco desenvolvido, sendo a cabeceira formada por
abside e dois absidíolos. A cobertura é feita por abóbada de canhão na nave central e transepto, e por abóbada
de aresta nas naves laterais, mais baixas e suportando um trifório, assente em capitéis decorados sobre
colunas, adossados em feixes cruciformes nos pilares. O arco cruzeiro é enciminado por uma torre-lanterna
quadrangular, de interior abobadado. No transepto se desenham arcarias cegas. A cabeceira conserva janelas
com colunelos e capitéis, tendo a capela-mor dois andares.
In, Direc .PEREIRA, Paulo, “História da Arte Portuguesa: Vol. II O Mundo Românico”, circulo de leitores, Rio
de Moura, 2007, pp.83.
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14. Sé velha de Coimbra
Arcaria cega do transepto. Nave Central. A bóbada da arestas que suporta o
trifório.
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15. Sé velha de Coimbra
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16. Sé velha de Coimbra
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17. Sé velha de Coimbra
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18. Sé velha de Coimbra
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19. Sé velha de Coimbra
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20. Sé velha de Coimbra
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21. Sé velha de Coimbra
Importância para a localidade:
A Sé como centro litúrgico foi o local por excelência para as celebrações mais importantes em Coimbra.
Desde de celebrações litúrgicas como procissões e missas, bem como, solenes como o coroamento de D.
Sancho I.
A catedral é um importante testemunho de Coimbra como centro político e cultural durante os primeiros
reinados. Sendo assim a primeira “capital” de Portugal.
Do mesmo modo mostra a forte influência da cultura mourisca (moçárabe e islâmica) na cidade , através dos
motivos vegetalistas e geométricos no pórtico principal.
Por fim, podemos dizer que a Sé foi uma construção que influenciou o românico da zona Centro. Sendo muitos
dos elementos desta construção “copiados” noutras igrejas do mesmo período, como: S. Tiago; S. Salvador; S.
Cristóvão; entre outras.
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22. Sé velha de Coimbra
Igreja de S. Cristovão. Igreja de S. Salvador.
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23. Sé velha de Coimbra
Igreja de S. Tiago antes e depois do restauro.
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24. Sé velha de Coimbra
Bibliografia:
Rev. “Sé velha de Coimbra: culto e cultura”, MACEDO, Francisco Pato, “A Sé velha na conjugação do
Românico e do Gótico”, Ciclo de Conferências , Coimbra, 2003;
Direc. PEREIRA, Paulo, “História da Arte Portuguesa: Vol. II O Mundo Românico”, Circulo de Leitores, Rio de
Moura, 2007;
Rev. “Sé velha de Coimbra: culto e cultura”, PIMENTEL, António, “Sé velha: o regresso da beleza antiga –
obras de restauro de 1893 a 1902”, Ciclo de Conferências , Coimbra, 2003;
Rev. “Sé velha de Coimbra: culto e cultura”, RAMOS, António, “A consagração do reino: em torno do(s)
projecto(s) da Sé velha”, Ciclo de Conferências , Coimbra, 2003;
VASCONCELOS, António, “A Sé velha de Coimbra”, Imprensa da Universidade, Coimbra, 1930;
http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/70529/
Imagens retiradas de - http://www.monumentos.pt
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Notas do Editor
Consagra também o túmulo de D. Sinando.
O problema deve-se devido a não terem sido reaproveitados materiais da antiga construção.
1162 consagração da primeira pedra por Miguel de SaLOMÃOInicio da construção do claustro 1128.
1162 consagração da primeira pedra por Miguel de SaLOMÃOInicio da construção do claustro 1128.
1162 consagração da primeira pedra por Miguel de SaLOMÃOInicio da construção do claustro 1128.
1162 consagração da primeira pedra por Miguel de SaLOMÃOInicio da construção do claustro 1128.
1162 consagração da primeira pedra por Miguel de SaLOMÃOInicio da construção do claustro 1128.
1162 consagração da primeira pedra por Miguel de SaLOMÃOInicio da construção do claustro 1128.
1162 consagração da primeira pedra por Miguel de SaLOMÃOInicio da construção do claustro 1128.
1162 consagração da primeira pedra por Miguel de SaLOMÃOInicio da construção do claustro 1128.
1162 consagração da primeira pedra por Miguel de SaLOMÃOInicio da construção do claustro 1128.
Inicialmente a torre sineira localizava-se no sudoeste do claustro e a alguns metros do edificio da igreja. Esta foi manda destruir no século xviii a mando de francisco de lemos. (prejudicava o sossego nas aulas na universidade e fazi com que a imprensa da universidade fosse mais húmida e com menos luz e foram colocados na fachada principal.
O restauro começou em 30 de Janeiro de 1893 orientado por gonçalves e manuel bastos pina. 3 de julho de 1986 estavam as obras prontas
Azulejos múdejar mandados fazer por D. Jorge de Almeida. Podemos ver alguma da talha dourada feita durante o período pombalino.
A torre-coruchéu. Gravura de pier maria baldi aquando da passagem de cosmo de medici por coimbra em1669.