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Artigo Original
ISSN 1413-3555
Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 14, n. 2, p. 133-40, mar./abr. 2010
©
Revista Brasileira de Fisioterapia
Análise quantitativa do tratamento da
escoliose idiopática com o método klapp por
meio da biofotogrametria computadorizada
Quantitative photogrammetric analysis of the klapp method for treating
idiopathic scoliosis
Denise H. Iunes1
, Maria B. B. Cecílio2
, Marina A. Dozza3
, Polyanna R. Almeida3
Resumo
Introdução: Poucos trabalhos comprovam a eficácia das técnicas fisioterapêuticas para o tratamento da escoliose. Objetivo: Analisar
a eficácia do Método Klapp no tratamento das escolioses por meio do estudo quantitativo pela biofotogrametria computadorizada.
Métodos: Dezesseis indivíduos com média de idade de 15±2,61 anos, portadores de escoliose idiopática, foram tratados com o método
Klapp. Para análise dos resultados do tratamento, todos foram fotografados antes e após o tratamento, seguindo uma padronização
fotográfica. Todas as fotografias foram analisadas quantitativamente por um mesmo experimentador, utilizando o software ALCimagem
2000. A análise estatística foi realizada, utilizando-se a o teste-t pareado com nível de significância de 5%. Resultados: Os resultados
apontam para a melhora após o tratamento dos ângulos agromioclaviculares (AC–p=0,00) e esternoclavicular (EC–p=0,01), que
avaliam a simetria dos ombros, e para o ângulo que avalia o triângulo de Tales esquerdo, (∆Te–p=0,02). Em termos de flexibilidade,
houve melhora dos ângulos tibiotársicos (ATT–p=0,01) e coxofemoral (CF–p=0,00). Não houve modificações das curvaturas vertebrais
e nem melhora no posicionamento da cabeça, apenas na curvatura lombar, avaliada pelo ângulo lordose lombar (LL–p=0,00), sofreu
modificação com o tratamento. Conclusão: O método Klapp foi uma técnica terapêutica eficaz para tratar as assimetrias de tronco e a
flexibilidade. Não foi eficaz para assimetrias da pelve, modificações da posição da cabeça, da lordose cervical e cifose torácica.
Palavras-Chave: postura; fotogrametria; fisioterapia; escoliose.
Abstract
Introduction: Few studies have proved that physical therapy techniques are efficient in the treatment of scoliosis. Objective: To analyze
the efficiency of the Klapp method for the treatment of scoliosis, through a quantitative analysis using computerized biophotogrammetry.
Methods: Sixteen participants of a mean age of 15±2.61 yrs. with idiopathic scoliosis were treated using the Klapp method. To analyze
the results from the treatment, they were all of photographed before and after the treatments, following a standardized photographic
method. All of the photographs were analyzed quantitatively by the same examiner using the ALCimagem 2000 software. The statistical
analyses were performed using the paired t-test with a significance level of 5%. Results: The treatments showed improvements in the
angles which evaluated the symmetry of the shoulders, i.e. the acromioclavicular joint angle (AJ; p=0.00) and sternoclavicular joint
angle (SJ; p=0.01). There were also improvements in the angle that evaluated the left Thales triangle (∆T; p=0.02). Regarding flexibility,
there were improvements in the tibiotarsal angle (TTA; p=0.01) and in the hip joint angles (HJA; p=0.00). There were no changes
in the vertebral curvatures and nor improvements in head positioning. Only the lumbar curvature, evaluated by the lumbar lordosis
angle (LL; p=0.00), changed after the treatments. Conclusions: The Klapp method was an efficient therapeutic technique for treating
asymmetries of the trunk and improving its flexibility. However, it was not efficient for pelvic asymmetry modifications in head positioning,
cervical lordosis or thoracic kyphosis.
Key words: posture; photogrammetry; physical therapy; scoliosis.
Recebido: 27/11/08 – Revisado: 22/05/09 – Aceito: 25/06/09
1
Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas (MG), Brasil
2
Departamento de Fisioterapia, Universidade José do Rosário Velano (UNIFENAS), Alfenas (MG), Brasil
3
Fisioterapeuta
Correspondência para: Denise Hollanda Iunes, Rua Professor Carvalho Junior, 53/901, Centro, CEP 37.130-000, Alfenas (MG), Brasil, e-mail: deniseiunes@yahoo.com.br
133
Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40.
133
Introdução
A estrutura e a função do corpo proporcionam todas as
potencialidades para obter e manter a boa postura. A postura
pode ser influenciada por hábitos errados que produzem maior
tensão sobre as estruturas de suporte, e quando ocorre um de-
sequilíbrio do corpo sobre sua base de suporte, dando origem
aos desvios posturais1-6
.
A escoliose é um desses desvios posturais da coluna vertebral,
caracterizado por uma curvatura lateral no plano frontal asso-
ciado ou não à rotação dos corpos vertebrais nos planos axial e
sagital7-12
, é de múltiplas etiologias, sendo significante se mede
mais de 10 graus5,7,9,13-18
. Seu desenvolvimento pode ocorrer desde
a infância e se agravar na adolescência, por isso deve ser tratada
o mais precocemente possível, pois, após o término do cresci-
mento vertebral, a probabilidade de correção é menor6,11,15,17,19
. É
uma condição potencialmente progressiva9,10
. Sua progressão está
relacionada ao sexo, idade de surgimento e grau da curvatura ou
seja, o sexo feminino, o surgimento mais precoce da curvatura e o
maior grau dela favorecem maior evolução12,20,21
.
Quando detectada na adolescência, dependendo do grau
de sua curvatura, o tipo de tratamento conservador escolhido
é a utilização de coletes que, segundo Vasiliadis, Grivas e Gkolt-
siou22
, pode comprometer a qualidade de vida desse jovem. A
fisioterapia consiste em outra forma de tratamento conser-
vador que pode ou não ser associada ao uso do colete. No
entanto, a literatura pouco se refere, de maneira reprodutível,
aos resultados de tratamento fisioterápico nessa patologia16,19
,
faltam evidências do resultado do tratamento conservador19,23
.
Dos vários métodos fisioterapêuticos citados para o trata-
mento da escoliose, encontram-se: Reeducação Postural Global
(RPG)7,16,19
, Isostreching2,11,24
, Osteopatia11
, Cadeias Muscula-
res25
, Pilates23
e o método Klapp14,26-28
. No entanto, quase não se
encontram trabalhos científicos avaliando, principalmente de
forma quantitativa, os resultados dessas técnicas.
Tradicionalmente, o diagnóstico clínico da escoliose e o
acompanhamento dos resultados de tratamento têm sido
realizados por meio de exames radiológicos, que permitem
quantificar a curvatura. Contudo, o uso de radiografias expõe
a população aos efeitos da radiação, envolve um custo e nem
sempre o profissional tem disponível esse exame6
. Desse modo,
as avaliações posturais nas quais os indivíduos são submeti-
dos a testes não invasivos tornam-se uma opção viável para
estudos das alterações da postura corporal em populações6,29
.
A desvantagem da avaliação postural visual é sua pouca con-
fiabilidade e sua utilização de forma qualitativa30
. Dessa forma,
a biofotogrametria computadorizada é um dos instrumentos
de avaliação quantitativos que permite avaliar a evolução e o
resultado dos tratamentos, sendo comprovada sua confiabili-
dade em trabalhos anteriores29,31
.
O método Klapp é uma técnica antiga que é utilizada na
prática clínica e, no entanto, pouco pesquisada13,14,26,27
. Consiste
em alongamento e fortalecimento da musculatura do tronco
por meio de posições em gatas e joelhos semelhantes aos qua-
drúpedes. Esse método foi criado por Rudolph Klapp em 1940.
Ele estudou e observou que os quadrúpedes não apresentavam
escoliose, enquanto os humanos, pela ação da gravidade na
posição bípede, desenvolviam essa patologia14,26-28
.
O objetivo desta pesquisa foi analisar a eficácia do Método
Klapp no tratamento das escolioses por meio do estudo quan-
titativo pela biofotogrametria computadorizada.
Materiais e métodos
Amostra
Foram avaliados e tratados 16 pacientes da Clínica
de Fisioterapia do Hospital Universitário Alzira Velano,
UNIFENAS, com média de idade de 15±2,61 anos, média
de peso de 48,48±12,36 Kg e média de estatura de 1,58±0,09
m, sendo três do sexo masculino e 13 do sexo feminino. Os
voluntários foram escolhidos aleatoriamente desde que
portassem escoliose idiopática e relatassem estar em bom
estado geral. Foram excluídos voluntários com problemas
cardiorrespiratórios, neurológicos, deformidades graves,
fratura de coluna e implantes metálicos, idosos e aqueles
com relato de dores crônicas nos joelhos.
Todos os voluntários receberam informações para a parti-
cipação no projeto e assinaram um termo de consentimento
formal de acordo com a resolução 196/96 do Conselho Na-
cional de Saúde. Esse resultado foi aprovado pelo Comitê de
Ética e Pesquisa envolvendo seres humanos da Universidade
de Alfenas – UNIFENAS, no
08/2007.
Avaliação do voluntário
Inicialmente e ao término do tratamento, foi feito um re-
gistro fotográfico de cada voluntário, utilizando uma câmera
digital (SONY cyber-shot 5.1 megapixels). Foram adotados to-
dos os cuidados metodológicos que se devem ter ao utilizar
a fotografia32
, tais como: padronização do posicionamento do
voluntário e da máquina fotográfica, posicionamento da câ-
mera sobre tripé nivelado e sempre colocada paralelamente ao
chão. Não foi utilizado o zoom para evitar distorções. Todas as
fotografias foram realizadas pelo mesmo examinador32
.
Foram realizados registros de todo o corpo nos planos
frontal anterior e posterior, no plano sagital com o voluntá-
rio ereto e com flexão anterior de tronco. Todos os voluntá-
rios estavam trajando biquíni ou calção de banho, sendo os
Denise H. Iunes, Maria B. B. Cecílio, Marina A. Dozza, Polyanna R. Almeida
134
Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40.
pontos anatômicos marcados bilateralmente no corpo para
servir como referência para traçar os ângulos avaliados: ar-
ticulação esternoclavicular, articulação acromioclavicular,
espinha ilíaca ântero-superior (EIAS), tuberosidade da tíbia,
processos espinhosos de C4
, C7
, T7
, T12
, L3
, L5
, ângulos inferio-
res da escápula, espinha ilíaca póstero-superior (EIPS), tro-
cânter maior, cabeça da fíbula, maléolo lateral, tuberosidade
da diáfise distal do 5º metatarso (Figura 1).
Todos os pontos anatômicos foram marcados sempre pelo
mesmo examinador com etiquetas autoadesivas brancas de
0,9 mm de diâmetro para os pontos visualizados nos planos
frontal anterior e posterior e com hastes cilíndricas plásticas
de cor laranja de 3,5 cm, presas por fita adesiva dupla face nos
pontosvisualizadosnoplanosagital.Ospontosanatômicosuti-
lizados neste estudo foram sugeridos em estudos prévios29,31
.
Os voluntários foram posicionados a 15 cm da parede,
distância fixa marcada por um retângulo em etil vinil acetato
(EVA) de 15 cm de largura, 60 cm de comprimento e 5 cm de
espessura. Outro retângulo de EVA, de 7,5 cm de largura, foi co-
locado entre os pés dos voluntários para mantê-los na postura
padrão. A máquina fotográfica foi colocada a uma distância
de 2,4m do voluntário, enquanto o tripé foi posicionado a uma
altura de 1,0m do chão29
.
Técnica realizada no tratamento da escoliose
Todos os voluntários foram tratados com o método Klapp,
com a sequência dos seguintes exercícios: relaxamento,
engatinhar perto do chão, deslizamento horizontal, desliza-
mento lateral, engatinhar lateral, arco grande, virar o braço e
grande curva14,26,27
(Figuras 2 e 3).
Para a realização do exercício de relaxamento, o volun-
tário encontrava-se em decúbito dorsal, com semiflexão do
quadril e joelhos e com as palmas da mão em cima da região
diafragmática anterior. Foi utilizada uma respiração pro-
funda e lenta para que o sujeito pudesse diminuir as tensões
e preocupações.
Os demais exercícios foram realizados com o voluntário
em posição de gatas e joelhos, semelhante aos quadrúpedes.
Foi utilizado comando verbal com ritmo de voz exato, seguro e
com bom volume, e constantes correções da coluna14,26,27
.
No exercício de “engatinhar perto do chão”, o voluntário
estava apoiado nos cotovelos a 90º, os dedos e mãos direcio-
nados para frente, a cabeça erguida, quadril e joelhos a 90º e
realizava movimentos de hipercifose torácica e hiperlordose
lombar14,26,27
(Figura 2).
No exercício de “deslizamento horizontal”, o voluntário de ga-
tas,comoquadrilejoelhoa90ºdeflexão,erasolicitadoaestender
o tronco e os membros superiores à frente sem tocar os cotovelos
no chão, a manter a cabeça erguida e a manter a distância entre
as mãos igual à largura dos ombros14,26,27
(Figura 2).
Após esse exercício, solicitava-se ao voluntário deslizar o
tronco e os membros superiores em direção ao lado convexo
da escoliose, o que consiste no exercício de “deslizamento
lateral”14,26,27
(Figura 2).
Método Klapp no tratamento da escoliose idiopática
135
Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40.
Figura 1. Ângulos avaliados na vista anterior, posterior e sagital direito.
AC=acrômio clavicular; ∆Td=triângulo de Talles direito; ∆Te=triângulo de Talles esquerdo; AS=ângulo das espinhas ilíacas ântero-superiores; AJd=angulação do joelho direito;
AJe=(angulação do joelho esquerdo; IE=ângulo inferior da escápula; OS=ângulo das espinhas ilíacas póstero-superiores; PC=protrusão da cabeça; LC=lordose cervical; CT=cifose
torácica; LL=lordose lombar; FJ=flexo de joelho; ATT=ângulo tíbio társico; Adaptada de Iunes29
.
No exercício “engatinhar lateral”, o voluntário ficava na po-
sição quadrúpede, com as mãos direcionadas interiormente,
levando para frente o membro superior e para trás o membro
inferior do lado da concavidade, a cabeça era mantida rodada
para o lado da convexidade14,26,27
(Figura 3).
No exercício “arco grande”, o voluntário também na posição
quadrúpede, estendia o membro superior e o membro inferior
do lado côncavo em diagonal. O joelho e o cotovelo contralate-
ral eram mantidos aproximados14,26,27
(Figura 3).
No exercício seguinte, “virar o braço”, o voluntário nova-
mente na posição de gatas, com membro superior do lado côn-
cavo em extensão e abdução de 90º, realizava uma rotação do
tronco acompanhado da cabeça também em direção ao lado
da concavidade14,26,27
(Figura 3).
Finalmente, no último exercício “grande curva”, o voluntá-
rio de gatas realizava uma extensão do membro superior e do
inferior do lado da concavidade14,26,27
(Figura 3).
Os atendimentos foram realizados em grupo, sendo dois
grupos com cinco voluntários e um com seis voluntários. O
atendimento foi realizado por um mesmo terapeuta. Cada
postura foi mantida por 8 minutos, num tempo total de te-
rapia de 70 minutos, duas vezes por semana, por 20 sessões.
Para que o voluntário conseguisse se manter nas posturas sem
compensações, o comando verbal do terapeuta era essencial
para solicitar correções e sustentação da postura.
Análise da postura pré e pós-tratamento
Todas as fotografias da postura antes e após o tratamento
foram analisadas utilizando o software ALCimagem-2000, sem-
pre pelo mesmo examinador. Para as fotografias dos planos
frontal anterior e posterior, a análise foi realizada comparando
a simetria do dímero direito com a do dímero esquerdo por
meio dos ângulos entre as articulações esternoclavicular (EC),
acromioclaviculares (AC), espinhas ilíacas ântero-superiores
(AS), tuberosidade da tíbia (TT), ângulos inferiores da escápula
(IE), espinha ilíaca póstero-superior (PS)29
.
Para as fotografias no plano sagital, com o voluntário ereto,
inicialmente foi traçado o fio de prumo a partir do marcador de
EVA. colocado no chão. Em seguida, foram traçadas linhas dos
pontos de C4
, T7
, L3.
Depois, foram analisados os ângulos de pro-
trusão da cabeça (PC), lordose cervical (LC), cifose torácica (CT),
lordoselombar(LL),ânguloflexodejoelho(FJ)quejátiveramsua
confiabilidade testada em estudo anterior26
. Para as fotografias
nesse plano, com o voluntário realizando flexão de tronco, foram
analisados os ângulos: coxofemoral (CF), formado pela intersec-
ção da reta que unia EIAS ao trocânter maior e a reta traçada da
cabeça da fíbula ao trocânter maior29
; Whistance (W), formado
pelaintersecçãodaretaqueuniaEIASaotrocântermaioreareta
traçadadoprocessoespinhosodeC7aEIAS31
;ângulotibiotársico
(ATT), formado pela intersecção da reta que unia a cabeça da fí-
bula ao maléolo lateral e a reta traçada do maléolo lateral até a
tuberosidade da diáfise distal do 5º metatarso29
.
Ao terminar de traçar os ângulos, o programa já apresen-
tava a medida em graus. Cada medida foi repetida três vezes e
utilizada a média delas para análise estatística.
Análise estatística
A análise estatística foi realizada comparando-se as medidas
quantitativas dos ângulos analisados antes e depois do trata-
mento, sendo que, das medidas pós-tratamento, foram subtra-
ídos valores relativos a duas vezes o erro-padrão descrito por
Iunes et al.29
. Segundo esses autores, ao posicionar o indivíduo
duas vezes para análise quantitativa postural, a segunda medida
é diferente da primeira devido a erros de posicionamento, erros
de demarcação do corpo, mesmo utilizando toda padronização
estipulada pela análise fotogramétrica. Por isso, para minimizar
esses erros, foram subtraídos, da medida pós-tratamento, os va-
lores de duas vezes o erro-padrão29
. Apenas os erros-padrão dos
ângulos W e CF foram descritos por Ferreira et al.24
. Foi utilizado
o teste-t pareado com nível de significância de 0,05.
Resultados
Os resultados quantitativos das avaliações (anterior e pos-
terior ao tratamento) foram comparados por meio da análise
Figura 2. Exercícios de Klapp.
1
1) postura de engatinhar perto do chão; 2) deslizamento horizontal; 3) deslizamento lateral.
2 3
Denise H. Iunes, Maria B. B. Cecílio, Marina A. Dozza, Polyanna R. Almeida
136
Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40.
estatística das medidas dos ângulos encontrados em todos os
16 voluntários.
Os resultados apontam para a melhora após o tratamento,
ou seja, a média de valores após o tratamento foi estatistica-
mente diferente em relação à média antes do tratamento para
os ângulos acromioclaviculares AC (p=0,00) e esternoclavicu-
lar EC (p=0,01), que avaliam a simetria dos ombros, e para o
ângulo triângulo de Tales esquerdo (∆Te-p=0,02) (Tabela 1).
Os ângulos ∆Td, que medem o triângulo de Tales direito;
espinhas ilíacas AS e espinha ilíaca PS, que verificam simetria
da pelve e do ângulo inferior da escápula (IE-p=0,13) não foram
modificados estatisticamente com o tratamento, ou seja, man-
tiveram-se iguais.
Em termos de flexibilidade, houve uma melhora observada
pelo ângulo ATT (p=0,01) e CF (p=0,00), no entanto o ângulo W
(p=0,05) não apresentou melhora relevante em 20 sessões.
Quanto às curvaturas vertebrais avaliadas pelos ângulos
LC, CT, LL, apenas o ângulo LL sofreu modificação com o tra-
tamento (p=0,00), havendo uma tendência à diminuição do
mesmo. O ângulo de PC também foi modificado com o trata-
mento (p=0,01).
Em relação ao alinhamento dos joelhos, no plano sagital,
avaliado pelo ângulo FJ (p=0,29), também não houve modifica-
ções, ou seja, o Método Klapp não interferiu nesse aspecto, no
entanto, houve modificações no alinhamento dos joelhos no
plano frontal anterior, observado pelos ângulos AJd (p=0,00) e
AJe (p=0,01).
Discussão
As alterações posturais em crianças têm sido
diagnosticadascadavezmaisprecocemente.Essasalterações,
na fase de estirão de crescimento, estão relacionadas às
posturas inadequadas18
, e dados epidemiológicos apontam
para alta prevalência delas6
.
Em trabalho anteriormente descrito5
, foram avaliadas 132
crianças na idade de 7 a 10 anos, e encontraram-se médias sig-
nificativas de alterações posturais, entre elas, a escoliose. A alta
incidência de alterações posturais em idade escolar também
foi descrita por Martelli e Traebert18
, que avaliaram 344 esco-
lares de 10 a 16 anos, e por Desth et al.6
, que avaliou 495 jovens
entre 14 e 18 anos.
Um dos caminhos para estudar as alterações posturais é
por meio da análise postural quantitativa, em que os desvios
são numericamente quantificados34
. É importante que a efi-
cácia das técnicas fisioterápicas seja comprovada18,23
, e uma
das formas de se realizar essa comprovação é a quantificação
das alterações posturais e dos resultados dos tratamentos,
Posição Ângulo X Pré X Pos p-valor
Anterior AC 2,29 1,27 0,00*
EC 2,60 1,66 0,01*
AS 2,44 1,82 0,11
∆Td 11,26 10,19 0,05
∆Te 14,00 12,78 0,02*
Aje 176,58 175,76 0,01*
Ajd 175,38 176,29 0,00*
Posterior IE 3,07 2,36 0,13
PS 3,30 2,06 0,06
Sagital PC 53,31 50,32 0,01*
LC 32,33 30,78 0,52
CT 87,36 84,97 0,30
LL 48,20 39,82 0,00*
FJ 172,50 172,03 0,29
ATT 131,06 128,60 0,01*
Rolamento W 158,34 153,23 0,05
CF 131,76 120,41 0,00*
Tabela 1. Média dos resultados angulares antes (X Pré) e após o
tratamento (X Pós).
* p<0,05-teste t pareado; ATT=ângulo tibiotársico; AC=ângulo acromioclavicular;
AJd=alinhamento do joelho direito; AJe=alinhamento do joelho esquerdo; AS=ângulo
da espinha ilíaca ântero superior; CF=ângulo coxofemoral; EC=ângulo esternoclavicular,
IE=ângulo inferior da escápula; PS=ângulo espinha ilíaca póstero superior; ∆Td=triângulo
de Talles direito; ∆Te=triângulo de Talles esquerdo; W=ângulo de Whistance ; FJ=ângulo
de flexão de joelho.
Figura 3. Exercícios de Klapp.
4) postura de engatinhar lateral; 5) arco grande; 6) virando o braço; 7) grande curva.
4
5
6
7
Método Klapp no tratamento da escoliose idiopática
137
Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40.
o que não é comumente utilizado nas escolas e clínicas de
fisioterapia34
.
A escoliose é uma deformidade postural que produz
uma diminuição da força muscular nos músculos extenso-
res lombares quando comparados com os dos indivíduos
sem escoliose10
.O método Klapp é uma forma de tratamento
em que são utilizadas posturas assimétricas de alonga-
mento e permite também trabalhar o fortalecimento dessa
musculatura14,26,27
. Não foram encontradas publicações em
que se utilizou o método Klapp, apenas dois trabalhos de
conclusão de curso em que foram atendidos poucos pacien-
tes com tal método, os quais foram avaliados com controle
radiográfico26,27
. Desses trabalhos, Góis Junior26
tratou três
pacientes utilizando a referida técnica em 10, 20 e 30 sessões,
respectivamente, para cada paciente. No controle radiográ-
fico, observou que, nas curvaturas lombares, a melhora foi
significativa, mas não apresentou resultados na escoliose
torácica. Já Ribeiro e Ribeiro27
trataram seis voluntários
com 20 sessões de exercícios de Klapp e eles obtiveram
redução da curvatura torácica, também avaliados radiogra-
ficamente. Neste trabalho, conseguiu-se maior número de
voluntários, 16, e assim, como nos trabalhos anteriormente
escritos, também obtiveram-se melhores resultados nas as-
simetrias torácicas, verificadas pelos ângulos AC e EC e ∆Te,
apesar de se usar outra técnica de avaliação quantitativa
(fotogrametria). O fato de o método utilizar posturas assi-
métricas de membros superiores e inferiores, enfatizando o
alongamento do lado côncavo da escoliose, pode favorecer
a melhora das assimetrias.
Considerando-se que a maioria dos voluntários encontra-
va-se em idade de crescimento, a manutenção das assimetrias
nos ângulos ∆Td, IE, espinhas ilíacas AS e espinha ilíaca PS
pode ser considerada satisfatória, uma vez que as assimetrias
não evoluíram.
Foram encontrados outros trabalhos que avaliaram o resul-
tado de outras técnicas no tratamento da escoliose. A osteo-
patia associada ao isostretching foi empregada por Oliveiras e
Souza11
para tratar seis pacientes com escoliose, cujos resulta-
dos foram avaliados por fotografia, mas de forma qualitativa.
Eles relatam que essas técnicas foram eficazes na melhora das
cadeias inspiratórias ântero-interna do quadril e posterior,
ainda afirmaram melhora nas assimetrias, mas não demons-
traram esses resultados no trabalho.
A técnica isostretching também foi utilizada em outro
trabalho2
para tratar dois pacientes com escoliose, sendo que
apenas um deles teve redução da curvatura avaliada por radio-
grafia, no entanto ambos tiveram melhora da cifose torácica.
Monte-Raso et al.24
também utilizaram a técnica isostre-
tching para tratar 12 voluntários com alterações posturais,
entre elas, a escoliose. Esses autores relatam que essa técnica
não foi eficaz no tratamento de assimetrias.
A utilização de posturas de alongamentos isotônicos ex-
cêntricos foi feita por Molina e Camargo16
para tratar nove
crianças de 9 a 15 anos. Acompanharam os resultados do trata-
mento por meio de testes de flexibilidade e radiografias. Como
resultados, encontraram diminuição da dor e diminuição da
curva escoliótica, avaliada pelo ângulo de Cobb. Essa mesma
técnica foi empregada por Marques19
para tratar a escolise de
uma jovem e, após 30 sessões, houve uma diminuição de 10º na
curvatura avaliada por radiografia.
Rosário et al.35
compararam a utilização do alongamento
global, pela técnica de RPG, com a utilização do alonga-
mento segmentar passivo e autopassivo dos músculos que
compõem a cadeia muscular posterior. Observaram que a
melhora da flexibilidade da musculatura da cadeia poste-
rior em indivíduos sem lesões musculoesqueléticas, com a
utilização das duas técnicas de alongamento, foram seme-
lhantes. Fernández-de-Las-Peñas et al.36
também observa-
ram melhora da flexibilidade, avaliada pelo grau de flexão
lombar, em indivíduos com espondilite anquilosante, tanto
utilizando a técnica de RPG quanto alongamentos segmen-
tares. No entanto, em um estudo posterior dos mesmos au-
tores37
, avaliando os resultados da mobilidade nos mesmos
pacientes após um ano de tratamento, no grupo de pacien-
tes com espondilite anquilosante que recebeu tratamento
com técnica de RPG, a manutenção da mobilidade a longo
prazo foi melhor.
Neste estudo, o Método Klapp foi eficaz na melhora da
cadeia posterior, porque houve modificações na flexibilidade
após o tratamento nos ângulos CF (p=0,00) e ATT (p=0,01).
Apenas o ângulo Whistance não foi significativo W (p=0,05).
Esses resultados não eram esperados, uma vez que a técnica
não trabalha com alongamentos que utilizam posturas com
flexão do ângulo CF, como as técnicas de isostretching e a RPG.
No entanto, o fato de manter os membros inferiores e supe-
riores homolaterais em extensão favorece o alongamento em
cadeia muscular.
Em relação às curvaturas, só houve modificação da LL,
mas, em compensação, as assimetrias de tronco diminuíram,
e as da pelve mantiveram-se.
Outra consideração é que, nos trabalhos que utilizaram
o isostretching, foram realizadas 30 sessões ou mais. Com o
Klapp, foram realizadas 20 sessões, e encontrou-se diminui-
ção nas assimetrias torácicas e manutenção nas assimetrias
de pelve. São necessários mais trabalhos com esse método,
com maior número de sessões, para verificar se os resulta-
dos na pelve melhorariam ou se a técnica é mais eficaz na
torácica.
Denise H. Iunes, Maria B. B. Cecílio, Marina A. Dozza, Polyanna R. Almeida
138
Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40.
Em relação ao posicionamento da cabeça, o resultado não
foi satisfatório com essa técnica porque o tratamento predis-
pôs a uma diminuição do ângulo de protrusão PC, ou seja, a
cabeça apresentou uma tendência a maior anteriorização.
Talvez tenha que se dar maior ênfase ao comando verbal de
manutenção do posicionamento da coluna cervical e cabeça.
Sugere-se para pesquisas futuras que o método Klapp seja
aplicado com maior número de sessões e com o mesmo tempo
de tratamento para melhor correção das compensações postu-
rais. Apesar de ser um método pouco divulgado cientificamente,
é utilizado com certa frequência em alguns serviços e, pela facili-
dade de ser utilizado em pequenos grupos, pode ser um método
vantajoso em serviços em que atendimentos individualizados
não são possíveis pelo volume de pacientes. No entanto, é um
método que apresenta dificuldades em ser aplicado em pacien-
tes com mais idade e problemas no joelho porque as posturas
ajoelhadas são mantidas por tempo prolongado.
Conclusão
De acordo com a metodologia proposta, observou-se que
o método Klapp foi uma técnica terapêutica mais eficaz para
tratar as assimetrias de tronco em comparação com a de pelve.
Obtiveram-se resultados relevantes para melhorar a flexibili-
dade e a lordose lombar. Para as demais curvaturas vertebrais
e o posicionamento da cabeça, o Klapp não demonstrou bons
resultados, não sendo também eficaz para trabalhar o alinha-
mento de joelhos no plano sagital.
Agradecimento
À Universidade José do Rosário Velano, pela concessão da
bolsa de Iniciação Científica (PROBIC/UNIFENAS), a qual foi
de grande valia para o desenvolvimento deste estudo.
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da avaliação postural do paciente com disfunção da articulação
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  • 1. Artigo Original ISSN 1413-3555 Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 14, n. 2, p. 133-40, mar./abr. 2010 © Revista Brasileira de Fisioterapia Análise quantitativa do tratamento da escoliose idiopática com o método klapp por meio da biofotogrametria computadorizada Quantitative photogrammetric analysis of the klapp method for treating idiopathic scoliosis Denise H. Iunes1 , Maria B. B. Cecílio2 , Marina A. Dozza3 , Polyanna R. Almeida3 Resumo Introdução: Poucos trabalhos comprovam a eficácia das técnicas fisioterapêuticas para o tratamento da escoliose. Objetivo: Analisar a eficácia do Método Klapp no tratamento das escolioses por meio do estudo quantitativo pela biofotogrametria computadorizada. Métodos: Dezesseis indivíduos com média de idade de 15±2,61 anos, portadores de escoliose idiopática, foram tratados com o método Klapp. Para análise dos resultados do tratamento, todos foram fotografados antes e após o tratamento, seguindo uma padronização fotográfica. Todas as fotografias foram analisadas quantitativamente por um mesmo experimentador, utilizando o software ALCimagem 2000. A análise estatística foi realizada, utilizando-se a o teste-t pareado com nível de significância de 5%. Resultados: Os resultados apontam para a melhora após o tratamento dos ângulos agromioclaviculares (AC–p=0,00) e esternoclavicular (EC–p=0,01), que avaliam a simetria dos ombros, e para o ângulo que avalia o triângulo de Tales esquerdo, (∆Te–p=0,02). Em termos de flexibilidade, houve melhora dos ângulos tibiotársicos (ATT–p=0,01) e coxofemoral (CF–p=0,00). Não houve modificações das curvaturas vertebrais e nem melhora no posicionamento da cabeça, apenas na curvatura lombar, avaliada pelo ângulo lordose lombar (LL–p=0,00), sofreu modificação com o tratamento. Conclusão: O método Klapp foi uma técnica terapêutica eficaz para tratar as assimetrias de tronco e a flexibilidade. Não foi eficaz para assimetrias da pelve, modificações da posição da cabeça, da lordose cervical e cifose torácica. Palavras-Chave: postura; fotogrametria; fisioterapia; escoliose. Abstract Introduction: Few studies have proved that physical therapy techniques are efficient in the treatment of scoliosis. Objective: To analyze the efficiency of the Klapp method for the treatment of scoliosis, through a quantitative analysis using computerized biophotogrammetry. Methods: Sixteen participants of a mean age of 15±2.61 yrs. with idiopathic scoliosis were treated using the Klapp method. To analyze the results from the treatment, they were all of photographed before and after the treatments, following a standardized photographic method. All of the photographs were analyzed quantitatively by the same examiner using the ALCimagem 2000 software. The statistical analyses were performed using the paired t-test with a significance level of 5%. Results: The treatments showed improvements in the angles which evaluated the symmetry of the shoulders, i.e. the acromioclavicular joint angle (AJ; p=0.00) and sternoclavicular joint angle (SJ; p=0.01). There were also improvements in the angle that evaluated the left Thales triangle (∆T; p=0.02). Regarding flexibility, there were improvements in the tibiotarsal angle (TTA; p=0.01) and in the hip joint angles (HJA; p=0.00). There were no changes in the vertebral curvatures and nor improvements in head positioning. Only the lumbar curvature, evaluated by the lumbar lordosis angle (LL; p=0.00), changed after the treatments. Conclusions: The Klapp method was an efficient therapeutic technique for treating asymmetries of the trunk and improving its flexibility. However, it was not efficient for pelvic asymmetry modifications in head positioning, cervical lordosis or thoracic kyphosis. Key words: posture; photogrammetry; physical therapy; scoliosis. Recebido: 27/11/08 – Revisado: 22/05/09 – Aceito: 25/06/09 1 Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas (MG), Brasil 2 Departamento de Fisioterapia, Universidade José do Rosário Velano (UNIFENAS), Alfenas (MG), Brasil 3 Fisioterapeuta Correspondência para: Denise Hollanda Iunes, Rua Professor Carvalho Junior, 53/901, Centro, CEP 37.130-000, Alfenas (MG), Brasil, e-mail: deniseiunes@yahoo.com.br 133 Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40. 133
  • 2. Introdução A estrutura e a função do corpo proporcionam todas as potencialidades para obter e manter a boa postura. A postura pode ser influenciada por hábitos errados que produzem maior tensão sobre as estruturas de suporte, e quando ocorre um de- sequilíbrio do corpo sobre sua base de suporte, dando origem aos desvios posturais1-6 . A escoliose é um desses desvios posturais da coluna vertebral, caracterizado por uma curvatura lateral no plano frontal asso- ciado ou não à rotação dos corpos vertebrais nos planos axial e sagital7-12 , é de múltiplas etiologias, sendo significante se mede mais de 10 graus5,7,9,13-18 . Seu desenvolvimento pode ocorrer desde a infância e se agravar na adolescência, por isso deve ser tratada o mais precocemente possível, pois, após o término do cresci- mento vertebral, a probabilidade de correção é menor6,11,15,17,19 . É uma condição potencialmente progressiva9,10 . Sua progressão está relacionada ao sexo, idade de surgimento e grau da curvatura ou seja, o sexo feminino, o surgimento mais precoce da curvatura e o maior grau dela favorecem maior evolução12,20,21 . Quando detectada na adolescência, dependendo do grau de sua curvatura, o tipo de tratamento conservador escolhido é a utilização de coletes que, segundo Vasiliadis, Grivas e Gkolt- siou22 , pode comprometer a qualidade de vida desse jovem. A fisioterapia consiste em outra forma de tratamento conser- vador que pode ou não ser associada ao uso do colete. No entanto, a literatura pouco se refere, de maneira reprodutível, aos resultados de tratamento fisioterápico nessa patologia16,19 , faltam evidências do resultado do tratamento conservador19,23 . Dos vários métodos fisioterapêuticos citados para o trata- mento da escoliose, encontram-se: Reeducação Postural Global (RPG)7,16,19 , Isostreching2,11,24 , Osteopatia11 , Cadeias Muscula- res25 , Pilates23 e o método Klapp14,26-28 . No entanto, quase não se encontram trabalhos científicos avaliando, principalmente de forma quantitativa, os resultados dessas técnicas. Tradicionalmente, o diagnóstico clínico da escoliose e o acompanhamento dos resultados de tratamento têm sido realizados por meio de exames radiológicos, que permitem quantificar a curvatura. Contudo, o uso de radiografias expõe a população aos efeitos da radiação, envolve um custo e nem sempre o profissional tem disponível esse exame6 . Desse modo, as avaliações posturais nas quais os indivíduos são submeti- dos a testes não invasivos tornam-se uma opção viável para estudos das alterações da postura corporal em populações6,29 . A desvantagem da avaliação postural visual é sua pouca con- fiabilidade e sua utilização de forma qualitativa30 . Dessa forma, a biofotogrametria computadorizada é um dos instrumentos de avaliação quantitativos que permite avaliar a evolução e o resultado dos tratamentos, sendo comprovada sua confiabili- dade em trabalhos anteriores29,31 . O método Klapp é uma técnica antiga que é utilizada na prática clínica e, no entanto, pouco pesquisada13,14,26,27 . Consiste em alongamento e fortalecimento da musculatura do tronco por meio de posições em gatas e joelhos semelhantes aos qua- drúpedes. Esse método foi criado por Rudolph Klapp em 1940. Ele estudou e observou que os quadrúpedes não apresentavam escoliose, enquanto os humanos, pela ação da gravidade na posição bípede, desenvolviam essa patologia14,26-28 . O objetivo desta pesquisa foi analisar a eficácia do Método Klapp no tratamento das escolioses por meio do estudo quan- titativo pela biofotogrametria computadorizada. Materiais e métodos Amostra Foram avaliados e tratados 16 pacientes da Clínica de Fisioterapia do Hospital Universitário Alzira Velano, UNIFENAS, com média de idade de 15±2,61 anos, média de peso de 48,48±12,36 Kg e média de estatura de 1,58±0,09 m, sendo três do sexo masculino e 13 do sexo feminino. Os voluntários foram escolhidos aleatoriamente desde que portassem escoliose idiopática e relatassem estar em bom estado geral. Foram excluídos voluntários com problemas cardiorrespiratórios, neurológicos, deformidades graves, fratura de coluna e implantes metálicos, idosos e aqueles com relato de dores crônicas nos joelhos. Todos os voluntários receberam informações para a parti- cipação no projeto e assinaram um termo de consentimento formal de acordo com a resolução 196/96 do Conselho Na- cional de Saúde. Esse resultado foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa envolvendo seres humanos da Universidade de Alfenas – UNIFENAS, no 08/2007. Avaliação do voluntário Inicialmente e ao término do tratamento, foi feito um re- gistro fotográfico de cada voluntário, utilizando uma câmera digital (SONY cyber-shot 5.1 megapixels). Foram adotados to- dos os cuidados metodológicos que se devem ter ao utilizar a fotografia32 , tais como: padronização do posicionamento do voluntário e da máquina fotográfica, posicionamento da câ- mera sobre tripé nivelado e sempre colocada paralelamente ao chão. Não foi utilizado o zoom para evitar distorções. Todas as fotografias foram realizadas pelo mesmo examinador32 . Foram realizados registros de todo o corpo nos planos frontal anterior e posterior, no plano sagital com o voluntá- rio ereto e com flexão anterior de tronco. Todos os voluntá- rios estavam trajando biquíni ou calção de banho, sendo os Denise H. Iunes, Maria B. B. Cecílio, Marina A. Dozza, Polyanna R. Almeida 134 Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40.
  • 3. pontos anatômicos marcados bilateralmente no corpo para servir como referência para traçar os ângulos avaliados: ar- ticulação esternoclavicular, articulação acromioclavicular, espinha ilíaca ântero-superior (EIAS), tuberosidade da tíbia, processos espinhosos de C4 , C7 , T7 , T12 , L3 , L5 , ângulos inferio- res da escápula, espinha ilíaca póstero-superior (EIPS), tro- cânter maior, cabeça da fíbula, maléolo lateral, tuberosidade da diáfise distal do 5º metatarso (Figura 1). Todos os pontos anatômicos foram marcados sempre pelo mesmo examinador com etiquetas autoadesivas brancas de 0,9 mm de diâmetro para os pontos visualizados nos planos frontal anterior e posterior e com hastes cilíndricas plásticas de cor laranja de 3,5 cm, presas por fita adesiva dupla face nos pontosvisualizadosnoplanosagital.Ospontosanatômicosuti- lizados neste estudo foram sugeridos em estudos prévios29,31 . Os voluntários foram posicionados a 15 cm da parede, distância fixa marcada por um retângulo em etil vinil acetato (EVA) de 15 cm de largura, 60 cm de comprimento e 5 cm de espessura. Outro retângulo de EVA, de 7,5 cm de largura, foi co- locado entre os pés dos voluntários para mantê-los na postura padrão. A máquina fotográfica foi colocada a uma distância de 2,4m do voluntário, enquanto o tripé foi posicionado a uma altura de 1,0m do chão29 . Técnica realizada no tratamento da escoliose Todos os voluntários foram tratados com o método Klapp, com a sequência dos seguintes exercícios: relaxamento, engatinhar perto do chão, deslizamento horizontal, desliza- mento lateral, engatinhar lateral, arco grande, virar o braço e grande curva14,26,27 (Figuras 2 e 3). Para a realização do exercício de relaxamento, o volun- tário encontrava-se em decúbito dorsal, com semiflexão do quadril e joelhos e com as palmas da mão em cima da região diafragmática anterior. Foi utilizada uma respiração pro- funda e lenta para que o sujeito pudesse diminuir as tensões e preocupações. Os demais exercícios foram realizados com o voluntário em posição de gatas e joelhos, semelhante aos quadrúpedes. Foi utilizado comando verbal com ritmo de voz exato, seguro e com bom volume, e constantes correções da coluna14,26,27 . No exercício de “engatinhar perto do chão”, o voluntário estava apoiado nos cotovelos a 90º, os dedos e mãos direcio- nados para frente, a cabeça erguida, quadril e joelhos a 90º e realizava movimentos de hipercifose torácica e hiperlordose lombar14,26,27 (Figura 2). No exercício de “deslizamento horizontal”, o voluntário de ga- tas,comoquadrilejoelhoa90ºdeflexão,erasolicitadoaestender o tronco e os membros superiores à frente sem tocar os cotovelos no chão, a manter a cabeça erguida e a manter a distância entre as mãos igual à largura dos ombros14,26,27 (Figura 2). Após esse exercício, solicitava-se ao voluntário deslizar o tronco e os membros superiores em direção ao lado convexo da escoliose, o que consiste no exercício de “deslizamento lateral”14,26,27 (Figura 2). Método Klapp no tratamento da escoliose idiopática 135 Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40. Figura 1. Ângulos avaliados na vista anterior, posterior e sagital direito. AC=acrômio clavicular; ∆Td=triângulo de Talles direito; ∆Te=triângulo de Talles esquerdo; AS=ângulo das espinhas ilíacas ântero-superiores; AJd=angulação do joelho direito; AJe=(angulação do joelho esquerdo; IE=ângulo inferior da escápula; OS=ângulo das espinhas ilíacas póstero-superiores; PC=protrusão da cabeça; LC=lordose cervical; CT=cifose torácica; LL=lordose lombar; FJ=flexo de joelho; ATT=ângulo tíbio társico; Adaptada de Iunes29 .
  • 4. No exercício “engatinhar lateral”, o voluntário ficava na po- sição quadrúpede, com as mãos direcionadas interiormente, levando para frente o membro superior e para trás o membro inferior do lado da concavidade, a cabeça era mantida rodada para o lado da convexidade14,26,27 (Figura 3). No exercício “arco grande”, o voluntário também na posição quadrúpede, estendia o membro superior e o membro inferior do lado côncavo em diagonal. O joelho e o cotovelo contralate- ral eram mantidos aproximados14,26,27 (Figura 3). No exercício seguinte, “virar o braço”, o voluntário nova- mente na posição de gatas, com membro superior do lado côn- cavo em extensão e abdução de 90º, realizava uma rotação do tronco acompanhado da cabeça também em direção ao lado da concavidade14,26,27 (Figura 3). Finalmente, no último exercício “grande curva”, o voluntá- rio de gatas realizava uma extensão do membro superior e do inferior do lado da concavidade14,26,27 (Figura 3). Os atendimentos foram realizados em grupo, sendo dois grupos com cinco voluntários e um com seis voluntários. O atendimento foi realizado por um mesmo terapeuta. Cada postura foi mantida por 8 minutos, num tempo total de te- rapia de 70 minutos, duas vezes por semana, por 20 sessões. Para que o voluntário conseguisse se manter nas posturas sem compensações, o comando verbal do terapeuta era essencial para solicitar correções e sustentação da postura. Análise da postura pré e pós-tratamento Todas as fotografias da postura antes e após o tratamento foram analisadas utilizando o software ALCimagem-2000, sem- pre pelo mesmo examinador. Para as fotografias dos planos frontal anterior e posterior, a análise foi realizada comparando a simetria do dímero direito com a do dímero esquerdo por meio dos ângulos entre as articulações esternoclavicular (EC), acromioclaviculares (AC), espinhas ilíacas ântero-superiores (AS), tuberosidade da tíbia (TT), ângulos inferiores da escápula (IE), espinha ilíaca póstero-superior (PS)29 . Para as fotografias no plano sagital, com o voluntário ereto, inicialmente foi traçado o fio de prumo a partir do marcador de EVA. colocado no chão. Em seguida, foram traçadas linhas dos pontos de C4 , T7 , L3. Depois, foram analisados os ângulos de pro- trusão da cabeça (PC), lordose cervical (LC), cifose torácica (CT), lordoselombar(LL),ânguloflexodejoelho(FJ)quejátiveramsua confiabilidade testada em estudo anterior26 . Para as fotografias nesse plano, com o voluntário realizando flexão de tronco, foram analisados os ângulos: coxofemoral (CF), formado pela intersec- ção da reta que unia EIAS ao trocânter maior e a reta traçada da cabeça da fíbula ao trocânter maior29 ; Whistance (W), formado pelaintersecçãodaretaqueuniaEIASaotrocântermaioreareta traçadadoprocessoespinhosodeC7aEIAS31 ;ângulotibiotársico (ATT), formado pela intersecção da reta que unia a cabeça da fí- bula ao maléolo lateral e a reta traçada do maléolo lateral até a tuberosidade da diáfise distal do 5º metatarso29 . Ao terminar de traçar os ângulos, o programa já apresen- tava a medida em graus. Cada medida foi repetida três vezes e utilizada a média delas para análise estatística. Análise estatística A análise estatística foi realizada comparando-se as medidas quantitativas dos ângulos analisados antes e depois do trata- mento, sendo que, das medidas pós-tratamento, foram subtra- ídos valores relativos a duas vezes o erro-padrão descrito por Iunes et al.29 . Segundo esses autores, ao posicionar o indivíduo duas vezes para análise quantitativa postural, a segunda medida é diferente da primeira devido a erros de posicionamento, erros de demarcação do corpo, mesmo utilizando toda padronização estipulada pela análise fotogramétrica. Por isso, para minimizar esses erros, foram subtraídos, da medida pós-tratamento, os va- lores de duas vezes o erro-padrão29 . Apenas os erros-padrão dos ângulos W e CF foram descritos por Ferreira et al.24 . Foi utilizado o teste-t pareado com nível de significância de 0,05. Resultados Os resultados quantitativos das avaliações (anterior e pos- terior ao tratamento) foram comparados por meio da análise Figura 2. Exercícios de Klapp. 1 1) postura de engatinhar perto do chão; 2) deslizamento horizontal; 3) deslizamento lateral. 2 3 Denise H. Iunes, Maria B. B. Cecílio, Marina A. Dozza, Polyanna R. Almeida 136 Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40.
  • 5. estatística das medidas dos ângulos encontrados em todos os 16 voluntários. Os resultados apontam para a melhora após o tratamento, ou seja, a média de valores após o tratamento foi estatistica- mente diferente em relação à média antes do tratamento para os ângulos acromioclaviculares AC (p=0,00) e esternoclavicu- lar EC (p=0,01), que avaliam a simetria dos ombros, e para o ângulo triângulo de Tales esquerdo (∆Te-p=0,02) (Tabela 1). Os ângulos ∆Td, que medem o triângulo de Tales direito; espinhas ilíacas AS e espinha ilíaca PS, que verificam simetria da pelve e do ângulo inferior da escápula (IE-p=0,13) não foram modificados estatisticamente com o tratamento, ou seja, man- tiveram-se iguais. Em termos de flexibilidade, houve uma melhora observada pelo ângulo ATT (p=0,01) e CF (p=0,00), no entanto o ângulo W (p=0,05) não apresentou melhora relevante em 20 sessões. Quanto às curvaturas vertebrais avaliadas pelos ângulos LC, CT, LL, apenas o ângulo LL sofreu modificação com o tra- tamento (p=0,00), havendo uma tendência à diminuição do mesmo. O ângulo de PC também foi modificado com o trata- mento (p=0,01). Em relação ao alinhamento dos joelhos, no plano sagital, avaliado pelo ângulo FJ (p=0,29), também não houve modifica- ções, ou seja, o Método Klapp não interferiu nesse aspecto, no entanto, houve modificações no alinhamento dos joelhos no plano frontal anterior, observado pelos ângulos AJd (p=0,00) e AJe (p=0,01). Discussão As alterações posturais em crianças têm sido diagnosticadascadavezmaisprecocemente.Essasalterações, na fase de estirão de crescimento, estão relacionadas às posturas inadequadas18 , e dados epidemiológicos apontam para alta prevalência delas6 . Em trabalho anteriormente descrito5 , foram avaliadas 132 crianças na idade de 7 a 10 anos, e encontraram-se médias sig- nificativas de alterações posturais, entre elas, a escoliose. A alta incidência de alterações posturais em idade escolar também foi descrita por Martelli e Traebert18 , que avaliaram 344 esco- lares de 10 a 16 anos, e por Desth et al.6 , que avaliou 495 jovens entre 14 e 18 anos. Um dos caminhos para estudar as alterações posturais é por meio da análise postural quantitativa, em que os desvios são numericamente quantificados34 . É importante que a efi- cácia das técnicas fisioterápicas seja comprovada18,23 , e uma das formas de se realizar essa comprovação é a quantificação das alterações posturais e dos resultados dos tratamentos, Posição Ângulo X Pré X Pos p-valor Anterior AC 2,29 1,27 0,00* EC 2,60 1,66 0,01* AS 2,44 1,82 0,11 ∆Td 11,26 10,19 0,05 ∆Te 14,00 12,78 0,02* Aje 176,58 175,76 0,01* Ajd 175,38 176,29 0,00* Posterior IE 3,07 2,36 0,13 PS 3,30 2,06 0,06 Sagital PC 53,31 50,32 0,01* LC 32,33 30,78 0,52 CT 87,36 84,97 0,30 LL 48,20 39,82 0,00* FJ 172,50 172,03 0,29 ATT 131,06 128,60 0,01* Rolamento W 158,34 153,23 0,05 CF 131,76 120,41 0,00* Tabela 1. Média dos resultados angulares antes (X Pré) e após o tratamento (X Pós). * p<0,05-teste t pareado; ATT=ângulo tibiotársico; AC=ângulo acromioclavicular; AJd=alinhamento do joelho direito; AJe=alinhamento do joelho esquerdo; AS=ângulo da espinha ilíaca ântero superior; CF=ângulo coxofemoral; EC=ângulo esternoclavicular, IE=ângulo inferior da escápula; PS=ângulo espinha ilíaca póstero superior; ∆Td=triângulo de Talles direito; ∆Te=triângulo de Talles esquerdo; W=ângulo de Whistance ; FJ=ângulo de flexão de joelho. Figura 3. Exercícios de Klapp. 4) postura de engatinhar lateral; 5) arco grande; 6) virando o braço; 7) grande curva. 4 5 6 7 Método Klapp no tratamento da escoliose idiopática 137 Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40.
  • 6. o que não é comumente utilizado nas escolas e clínicas de fisioterapia34 . A escoliose é uma deformidade postural que produz uma diminuição da força muscular nos músculos extenso- res lombares quando comparados com os dos indivíduos sem escoliose10 .O método Klapp é uma forma de tratamento em que são utilizadas posturas assimétricas de alonga- mento e permite também trabalhar o fortalecimento dessa musculatura14,26,27 . Não foram encontradas publicações em que se utilizou o método Klapp, apenas dois trabalhos de conclusão de curso em que foram atendidos poucos pacien- tes com tal método, os quais foram avaliados com controle radiográfico26,27 . Desses trabalhos, Góis Junior26 tratou três pacientes utilizando a referida técnica em 10, 20 e 30 sessões, respectivamente, para cada paciente. No controle radiográ- fico, observou que, nas curvaturas lombares, a melhora foi significativa, mas não apresentou resultados na escoliose torácica. Já Ribeiro e Ribeiro27 trataram seis voluntários com 20 sessões de exercícios de Klapp e eles obtiveram redução da curvatura torácica, também avaliados radiogra- ficamente. Neste trabalho, conseguiu-se maior número de voluntários, 16, e assim, como nos trabalhos anteriormente escritos, também obtiveram-se melhores resultados nas as- simetrias torácicas, verificadas pelos ângulos AC e EC e ∆Te, apesar de se usar outra técnica de avaliação quantitativa (fotogrametria). O fato de o método utilizar posturas assi- métricas de membros superiores e inferiores, enfatizando o alongamento do lado côncavo da escoliose, pode favorecer a melhora das assimetrias. Considerando-se que a maioria dos voluntários encontra- va-se em idade de crescimento, a manutenção das assimetrias nos ângulos ∆Td, IE, espinhas ilíacas AS e espinha ilíaca PS pode ser considerada satisfatória, uma vez que as assimetrias não evoluíram. Foram encontrados outros trabalhos que avaliaram o resul- tado de outras técnicas no tratamento da escoliose. A osteo- patia associada ao isostretching foi empregada por Oliveiras e Souza11 para tratar seis pacientes com escoliose, cujos resulta- dos foram avaliados por fotografia, mas de forma qualitativa. Eles relatam que essas técnicas foram eficazes na melhora das cadeias inspiratórias ântero-interna do quadril e posterior, ainda afirmaram melhora nas assimetrias, mas não demons- traram esses resultados no trabalho. A técnica isostretching também foi utilizada em outro trabalho2 para tratar dois pacientes com escoliose, sendo que apenas um deles teve redução da curvatura avaliada por radio- grafia, no entanto ambos tiveram melhora da cifose torácica. Monte-Raso et al.24 também utilizaram a técnica isostre- tching para tratar 12 voluntários com alterações posturais, entre elas, a escoliose. Esses autores relatam que essa técnica não foi eficaz no tratamento de assimetrias. A utilização de posturas de alongamentos isotônicos ex- cêntricos foi feita por Molina e Camargo16 para tratar nove crianças de 9 a 15 anos. Acompanharam os resultados do trata- mento por meio de testes de flexibilidade e radiografias. Como resultados, encontraram diminuição da dor e diminuição da curva escoliótica, avaliada pelo ângulo de Cobb. Essa mesma técnica foi empregada por Marques19 para tratar a escolise de uma jovem e, após 30 sessões, houve uma diminuição de 10º na curvatura avaliada por radiografia. Rosário et al.35 compararam a utilização do alongamento global, pela técnica de RPG, com a utilização do alonga- mento segmentar passivo e autopassivo dos músculos que compõem a cadeia muscular posterior. Observaram que a melhora da flexibilidade da musculatura da cadeia poste- rior em indivíduos sem lesões musculoesqueléticas, com a utilização das duas técnicas de alongamento, foram seme- lhantes. Fernández-de-Las-Peñas et al.36 também observa- ram melhora da flexibilidade, avaliada pelo grau de flexão lombar, em indivíduos com espondilite anquilosante, tanto utilizando a técnica de RPG quanto alongamentos segmen- tares. No entanto, em um estudo posterior dos mesmos au- tores37 , avaliando os resultados da mobilidade nos mesmos pacientes após um ano de tratamento, no grupo de pacien- tes com espondilite anquilosante que recebeu tratamento com técnica de RPG, a manutenção da mobilidade a longo prazo foi melhor. Neste estudo, o Método Klapp foi eficaz na melhora da cadeia posterior, porque houve modificações na flexibilidade após o tratamento nos ângulos CF (p=0,00) e ATT (p=0,01). Apenas o ângulo Whistance não foi significativo W (p=0,05). Esses resultados não eram esperados, uma vez que a técnica não trabalha com alongamentos que utilizam posturas com flexão do ângulo CF, como as técnicas de isostretching e a RPG. No entanto, o fato de manter os membros inferiores e supe- riores homolaterais em extensão favorece o alongamento em cadeia muscular. Em relação às curvaturas, só houve modificação da LL, mas, em compensação, as assimetrias de tronco diminuíram, e as da pelve mantiveram-se. Outra consideração é que, nos trabalhos que utilizaram o isostretching, foram realizadas 30 sessões ou mais. Com o Klapp, foram realizadas 20 sessões, e encontrou-se diminui- ção nas assimetrias torácicas e manutenção nas assimetrias de pelve. São necessários mais trabalhos com esse método, com maior número de sessões, para verificar se os resulta- dos na pelve melhorariam ou se a técnica é mais eficaz na torácica. Denise H. Iunes, Maria B. B. Cecílio, Marina A. Dozza, Polyanna R. Almeida 138 Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40.
  • 7. Em relação ao posicionamento da cabeça, o resultado não foi satisfatório com essa técnica porque o tratamento predis- pôs a uma diminuição do ângulo de protrusão PC, ou seja, a cabeça apresentou uma tendência a maior anteriorização. Talvez tenha que se dar maior ênfase ao comando verbal de manutenção do posicionamento da coluna cervical e cabeça. Sugere-se para pesquisas futuras que o método Klapp seja aplicado com maior número de sessões e com o mesmo tempo de tratamento para melhor correção das compensações postu- rais. Apesar de ser um método pouco divulgado cientificamente, é utilizado com certa frequência em alguns serviços e, pela facili- dade de ser utilizado em pequenos grupos, pode ser um método vantajoso em serviços em que atendimentos individualizados não são possíveis pelo volume de pacientes. No entanto, é um método que apresenta dificuldades em ser aplicado em pacien- tes com mais idade e problemas no joelho porque as posturas ajoelhadas são mantidas por tempo prolongado. Conclusão De acordo com a metodologia proposta, observou-se que o método Klapp foi uma técnica terapêutica mais eficaz para tratar as assimetrias de tronco em comparação com a de pelve. Obtiveram-se resultados relevantes para melhorar a flexibili- dade e a lordose lombar. Para as demais curvaturas vertebrais e o posicionamento da cabeça, o Klapp não demonstrou bons resultados, não sendo também eficaz para trabalhar o alinha- mento de joelhos no plano sagital. Agradecimento À Universidade José do Rosário Velano, pela concessão da bolsa de Iniciação Científica (PROBIC/UNIFENAS), a qual foi de grande valia para o desenvolvimento deste estudo. 1. Amantéa DV, Novaes AP, Campolongo GD, Barros TP. A importância da avaliação postural do paciente com disfunção da articulação temporomandibular. Acta Ortop Bras. 2004;12(3):155-9. 2. Beloube DP, Costa SRM, Barros Junior EA, Oliveira RJDP. O método isostretching nas disfunções posturais. Fisioter Bras. 2004;4(1):73-5. 3. Berbel AM, Nery CAS. Análise das oscilações posturais de pacientes portadores de escoliose idiopática do adolescente. Coluna/ Columna. 2004;3(1):17-25. 4. Kendall FP, McCreary EK, Provance PG. Músculos provas e funções. 4ª ed. São Paulo: Manole; 1995. 5. Penha PJ, João SM, Casarotto RA, Amino CJ, Penteado DC. Postural assessment of girls between 7 and 10 years of age. Clinics. 2005; 60(1):9-16. 6. DetschC,LuzAMH,CandottiCT,OliveiraDS,LazaronF,GuimarãesLK,etal. Prevalência de alterações posturais em escolares do ensino médio em uma cidade no Sul do Brasil. Rev Panam Salud Pública. 2007;21(4):231-8. 7. Souchard P, Ollier M. As escolioses. Seu tratamento fisioterapêutico e ortopédico. São Paulo: É Realizações; 2001. 8. Delfino HLA, Araújo PHM. Estudo comparativo da medida da rotação vertebral pelos métodos de Nash e Moe e método de Raimondi. Acta Ortop Bras. 2004;12(3):167-73. 9. Perdriolle R. A escoliose: um estudo tridimensional. São Paulo: Summus Editorial; 2006. Método Klapp no tratamento da escoliose idiopática 139 Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40. Referências bibliográficas 10. Bassani E, Candotti CT, Pasini M, Melo M, La Torre M. Avaliação da ativação neuromuscular em indivíduos com escoliose através da eletromiografia de superfície. Rev Bras Fisioter. 2008;12(1):13-9. 11. Oliveiras AP, Souza DE. Tratamento fisioterapêutico em escoliose através das técnicas de isostrecthing e manipulações osteopáticas. Ter Man. 2004;2(3):104-13. 12. Reamy BV, Slakey JB. Adolescent idiopathic scoliosis: review and current concepts. Am Fam Physician. 2001;64(1):111-6. 13. Alvarenga AA, Silva GAV. Escoliose: medida terapêutica segundo análise do grau evolutivo da curva escoliótica: revisão bibliográfica. [trabalho de conclusão de curso] Alfenas: Universidade José do Rosário Vellano. Curso de Fisioterapia. Departamento de Fisioterapia; 2004. 14. Fischinger B. Escoliose em fisioterapia. São Paulo: Panamed Editorial; 1984. 15. Knoplich J. Enfermidades da coluna vertebral: uma visão clínica e fisioterápica. 3ª ed. São Paulo: Robe; 2003. 16. Molina IA, Camargo OP. O tratamento da criança com escoliose por alongamento muscular. Fisioter Bras. 2003;4(5):369-72. 17. Meana NV, Rositto V, Legarreta C, Escalada M, Rositto G. Detección precoz de la escoliosis. Arch Argent Pediatr. 2005;103(2):367-70. 18. Martelli RC, Traebert J. Estudo descritivo das alterações posturais de coluna vertebral em escolares de 10 a 16 anos de idade. Tangrará - SC, 2004. Rev Bras Epidemiol. 2006;9(1):87-93.
  • 8. Denise H. Iunes, Maria B. B. Cecílio, Marina A. Dozza, Polyanna R. Almeida 140 Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):133-40. 19. Marques AP. Escoliose tratada com reeducação postural global. Rev Fisioter Univ São Paulo. 1996;3(1/2):65-8. 20. Salate ACB, Aroni FC, Ferreira DMA. Estudo da evolução a curto prazo da escoliose por meio de mensurações da gibosidade, radiográficas e da dor em adolescentes e adultos jovens. Rev Bras Fisioter. 2003;7(1):39-44. 21. Charles YP, Daures JP, de Rosa V, Dimeglio A. Progression risk of idiopathic juvenile scoliosis during pubertal growth. Spine (Phila Pa 1976). 2006;31(17):1933-42. 22. Vasiliadis E, Grivas TB, Gkoltsiou K. Development and preliminary validation of brace questionnaire (BrQ): a new instrument for measuring quality of life of brace treated scoliotics. Scoliosis. 2006;1:7. 23. Everett CR, Patel RK. A systematic literature review of nonsurgical treatment in adult scoliosis. Spine (Phila Pa 1976). 2007;32(19 Suppl):S130-4. 24. Monte-Raso VV, Ferreira PA, Carvalho MS, Rodrigues JG , Martins CC, Iunes DH. Efeito da técnica isostretching no equilíbrio postural. Fisioter. pesqui. 2009;16(2):137-42. 25. Busquet L. As cadeias musculares: lordose, cifoses, escolioses e deformações torácicas. Belo Horizonte: Busquet; 2001. 26. Góis Junior MB. Utilização do Método Klapp no tratamento das escolioses. [trabalho de conclusão de curso]. Alfenas: Universidade José do Rosário Vellano. Curso de Fisioterapia. Departamento de Fisioterapia; 1999. 27. Ribeiro TP, Ribeiro V. Utilização do método Klapp no tratamento da escoliose: estudo de casos. [trabalho de conclusão de curso]. Alfenas: Universidade José do Rosário Vellano. Curso de Fisioterapia. Departamento de Fisioterapia; 2002. 28. Ferreira MS. Método klapp. Fisio Web World Gate [homepage na Internet]. 2001. [acesso em 26 Out 2006]. [aproximadamente 3p.]. Disponível em http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/ fisioterapia/klapp.htm. 29. Iunes DH, Castro FA, Salgado AS, Moura IC, Oliveira HS, Bevilaqua GD. Confiabilidade intra e interexaminadores e repetibilidade da avaliação postural pela fotogrametria. Rev Bras Fisioter. 2005;9(3):327-34. 30. Fedorak C, Ashworth N, Marshall J, Paull H. Reliability of the visual assessment of cervical and lumbar lordosis : how good are we? Spine (Phila Pa 1976). 2003;28(16):1857-9. 31. Sato TO, Vieira ER, Gil Coury HJC. Análise da confiabilidade de técnicas fotométricas para medir a flexão anterior do tronco. Rev Bras Fisioter. 2003;7(1):53-99. 32. Watson AW, Mac Donncha C. A reliable technique for the assessment of posture: assessment criteria for aspects of posture. J Sports Med Phys Fitness. 2000;40(3):260-70. 33. Iunes DH, Bevilaqua-Grossi D, Oliveira AS, Castro FA, Salgado HS. Análise comparativa entre avaliação postural visual e por fotogrametria computadorizada. Rev Bras Fisioter. 2009:13(4):308-15. 34. Munhoz WC, Marques AP, de Siqueira JT. Evaluation of body posture in individuals with internal temporomandibular joint derangement journal of craniomandibular pratice. Cranio. 2005;23(4):269-77. 35. Rosário JLP, Sousa A, Cabral CMN, João SMA, Marques AP. Reeducação postural global e alongamento estático segmentar na melhora da flexibilidade, força muscular e amplitude de movimento: um estudo comparativo. Fisioter Pesqui. 2008;15(1):12-8. 36. Fernández-de-Las-Peñas C, Alonso-Blanco C, Morales-Cabezas M, Miangolarra-Page JC. Two exercise interventions for the management of patients with ankylosing spondylitis: a randomized controlled trial. Am J Phys Med Rehabil. 2005;84(6):407-19. 37. Fernández-de-Las-Penãs C, Alonso-Blanco C, Alguacil-Diego IM, Miangolarra-Page JC. One-year follow-up of two exercise interventions for the management of patients with ankylosing spondylitis: a randomized controlled trial. Am J Phys Med Rehabil. 2006;85(7):559-67.