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Paralisia Braquial Obstétrica
Discentes:
Amanda do Nascimento Oliveira Carneiro
Ana Karoliny de Souza Gomes
Lucianny Victoria Caetano de Morais
Universidade Federal da Paraíba
Centro de Ciências da Saúde
Curso de Fisioterapia
Disciplina: Fisioterapia Materno-Infantil
Sumário
1
4
5
6
7
2
3
Introdução
Epidemiologia
➔ CONCEITO
➔ ANATOMIA
➔ INERVAÇÃO
Fatores de Risco
Etiologia
Classificação e Quadro Clínico
Diagnóstico e Prognóstico
Intervenção Fisioterapêutica
➔ LESÃO NERVOSA PERIFÉRICA
◆ Neuropraxia
◆ Axonotmese
◆ Neurotmese
➔ ACOMETIMENTO RADICULAR
◆ Paralisia de Erb
◆ Paralisia de Klumpke
◆ Paralisia Total
Incapacidade que ocorre no período perinatal
Conceito:
Resulta em paralisia e/ou paresia flácida associada ou não à
perda de sensibilidade do membro afetado
Introdução
Estiramento do plexo braquial
Anatomia:
➔ Raízes ventrais de C5-T1
➔ N. Musculocutâneo
➔ N.axilar
➔ N. mediano
➔ N. ulnar
➔ N. radial
Inervação dos principais músculos:
Epidemiologia:
➔ Varia entre 0,5 e 3,0/1.000 nascidos vivos
➔ No Brasil, supõe-se que seja baixa em virtude do
número elevado de partos cesarianos
➔ Brasil: 400 casos em um hospital ao longo de 14
anos
➔ Evidências apontam uma recuperação completa
que varia entre 70% e 92% das crianças com
PBO, a depender do grau de lesão
Fatores de risco:
➔ Distócia do ombro
➔ Utilização de fórceps
➔ Apresentação pélvica
➔ Baixo Apgar
➔ Anestesia epidural
➔ Parto prolongado
Fatores de risco:
➔ Obsesidade
➔ Diabetes Mellitus
➔ Baixa estatura
➔ Multiparidade
➔ Idade materna (>35 anos)
➔ Anatomia Pélvica
➔ Distócia de ombro em parto anterior
Fatores relacionados à mãe:
Etiologia:
➔ Distócia do ombro
➔ Forças propulsivas maternas
➔ Rotação deficiente do feto
Lesões nervosas periféricas podem
ser classificadas em:
Neuropraxia
Axonotmese
Classificação e Quadro Clínico
Neurotmese
➔ Desmielinização segmentar
das fibras de grande calibre
➔ Não há interrupção axonal
➔ Preservação do endoneuro
➔ Melhor prognóstico
Neuropraxia
➔ Degeneração
walleriana/axonal distal
➔ Há manutenção do endoneuro
➔ Potencial para recuperação
espontânea e adequada
Axonotmese
➔ Transecção total do nervo,
incluindo o perineuro
➔ Degeneração axonal severa
quando as extremidades
nervosas separadas não são
unidas cirurgicamente
Neurotmese
Comparando
então…
Paralisias classificadas quanto ao
acometimento radicular:
Paralisia de Erb
Paralisia de
Klumpke
Classificação e Quadro Clínico
Paralisia total
Paralisia de Erb
Lesão dos níveis superior (raízes C5, C6) e
médio (raízes C5, C6 e C7)
➔ Déficit dos movimentos de
protração e retração escapular,
abdução e rotação externa do
ombro, flexão do cotovelo,
supinação do antebraço e flexão
do punho e dos dedos.
➔ O RN apresenta reflexo de Moro
assimétrico, mantendo o membro
comprometido junto ao corpo. Um
sinal clássico da paralisia de Erb é
a mão em gorjeta
Paralisia de
Klumpke
Lesão do nível inferior (raízes C8 e T1)
➔ Pobre função manual é a principal
característica. A mão, mantém a
semiflexão das articulações
interfalangianas e a extensão das
metacarpofalangianas, o que evolui
para a deformidade em garra.
➔ Há abolição do reflexo de preensão
palmar
➔ A postura nos segmentos mais
proximais se caracteriza por flexão e
supinação do antebraço e extensão do
punho.
Paralisia total
Envolve as raízes de C5 a C8 e, algumas vezes,
de C4 e T1
➔ A criança apresenta braço flácido.
Pode ocorrer dedos em garra e
déficit de sensibilidade.
➔ Caso acometa a raiz de C4, a
criança pode também apresentar
desconforto respiratório em virtude
da lesão do nervo frênico.
➔ Em caso de acometimento de T1, a
criança ainda pode apresentar
síndrome de Horner.
Classificação de Narakas
Diagnóstico Diferencial
1
Inclui infecções, como artrite
séptica do ombro e
osteomielite aguda
2
Fraturas do úmero ou da
clavícula também
apresentarão pseudoparalisia
do úmero.
1 2
1 2
3 4
Malformação congênita
do plexo.
Lesão da medula espinhal,
paralisia cerebral e outras
lesões do SNC.
Diagnóstico Clínico
1
Exame radiológico, estudos
eletrofisiológicos e exames
de ressonância magnética são
úteis na confirmação do
diagnóstico clínico e da
extensão da paralisia.
2
Radiografias do tórax, da
coluna vertebral e dos
membros superiores são
importantes para excluir
lesões associadas bem
como análise do nervo
frênico.
1 2
● A maioria dos casos apresenta recuperação
espontânea por volta dos 3 aos 4 meses de idade. A
extensão (superior, inferior ou total) e a gravidade
(avulsão ou ruptura) da lesão influenciam o
prognóstico.
Prognóstico
Prognóstico
• A maioria
das PBP é
transitória.
• Paralisias totais
têm pobre
prognóstico
diante de um
tratamento
conservador
• A não
recuperação da
função
antigravitacional do
bíceps entre os 3 e
os 6 meses de
idade é sinal de
pobre prognóstico
Aspectos relacionados com a
incapacidade e funcionalidade
➔ O foco do tratamento de PBP será
diferente conforme a idade da
criança, dando uma abordagem
mais voltada para as deficiências
da estrutura e função do corpo
nos lactentes e um programa
com foco maior na atividade e na
participação em pré-escolares e
escolares
CIF
Intervenção Fisioterapêutica
Coleta de dados com os
pais e/ou cuidadores
Diabetes gestacional, parto
gemelar, duração do parto e
uso de fórceps/vácuo, hipóxia
cerebral, escore de Apgar, peso
ao nascimento, fratura
clavicular, bem como postura e
movimento do membro após o
nascimento.
Atividadee Participação
Uso de instrumentos
padronizados para a estimativa
do impacto da condição de
saúde nas atividades motoras,
como o Test of Infant Motor
Performance (TIMP) e a Alberta
Infant Motor Scale (AIMS)
,
AVALIAÇÃO
1 2
Deficiências da estrutura e função do corpo
POSTURA
● Crianças tendem a permanecer
com a cabeça virada para o lado
oposto ao da lesão (indicando
lesão no músculo escaleno ou
esternocleidomastóideo ou dor).
● A posição do membro pode
indicar uma paralisia total, de Erb
ou Klumpke.
3
DOR
● A dor em crianças mais velhas
pode ser avaliada por meio da
Escala de Faces.
AVALIAÇÃO
Deficiências da estrutura e função do corpo
AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE
● Na infância pode ser realizada
mediante estimulação tátil ou
dolorosa nos dermátomos do
membro superior afetado.
● Em crianças mais velhas, avalia-
se temperatura, dor e tátil.
3
REFLEXOS
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
REFLEXOS
Deficiências da estrutura e função do corpo
AMPLITUDE DE MOVIMENTO
● É essencial a avaliação da
amplitude de movimento (ADM) de
pescoço, glenoumeral e escápula,
cotovelo, punho e dedos.
● Em crianças mais velhas a
avaliação deve ser feita de forma
ativa e passiva através de medidas
objetivas utilizando a goniometria.
3
AVALIAÇÃO
FORÇA MUSCULAR
● Movimentos espontâneos do bebê;
● Escala de Movimento Ativo (do
inglês, Active Movement Scale
[AMS]).
● A partir dos 16 anos, a escala
Medical Research Council (MRC)
pode ser mais apropriada para
avaliação da função muscular.
Qualidade de vida
A qualidade de vida pode ser avaliada
por meio do questionário de qualidade
de vida Peds-QL.
,
4
AVALIAÇÃO
Tratamento Fisioterapêutico
Com base na CIF, os objetivos para o tratamento fisioterapêutico são:
➔ Aumentar as habilidades
funcionais;
➔ Potencializar o desenvolvimento
motor;
➔ Prevenir o não uso do membro
acometido;
➔ Prevenir contraturas e
deformidades;
➔ Aumentar ou manter a ADM;
➔ Aumentar a força muscular
➔ Aumentar a densidade mineral
óssea;
➔ Minimizar as assimetrias e/ou
alterações posturais;
➔ Prevenir luxações e/ou subluxações
de ombro e instabilidade escapular;
➔ Prevenir a diferença de comprimento
de membros superiores;
➔ Orientar pais e/ou cuidadores.
Antes do início do tratamento, devem ser levados em consideração algumas
precauções importantes:
➔ Em crianças com histórico de fratura clavicular, o início do tratamento deverá
ser postergado e será necessária uma radiografia recente para confirmar a
cicatrização.
➔ O uso de modalidades térmicas deve ser evitado em caso de alteração ou
perda de sensibilidade;
➔ Os exercícios devem ser realizados dentro da ADM livre de dor, bem como os
movimentos devem ser suaves nos casos de lesão tecidual;
➔ Em casos de luxação/subluxação, a articulação envolvida deve ser estabilizada
e devem ser priorizados exercícios em cadeia cinemática fechada.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
1º ESTÁGIO - PRIMEIRAS DUAS SEMANAS
Com o objetivo de prevenir lesões secundárias
e garantir maior recuperação, o braço é
mantido imobilizado junto ao corpo por até 15
dias.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
2º ESTÁGIO - DUAS SEMANAS A CINCO MESES
➔ Orientação;
◆ Os pais devem ser instruídos a manter o braço em supinação e rotação
externa, mantendo-o apoiado com o uso de travesseiros a fim de
possibilitar um alongamento sustentado por mais tempo.
◆ Ao carregar a criança, o braço deverá estar bem estabilizado, de modo a
evitar que ele fique livre, mantendo o cotovelo flexionado junto ao peito
da criança, mas não por longos períodos. Essa orientação também é
importante ao transportar as crianças na cadeirinha do carro.
◆ Ao vestir o bebê, deve-se iniciar pelo lado afetado e retirar a roupa pelo
lado não afetado.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
2º ESTÁGIO - DUAS SEMANAS A CINCO MESES
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
3º ESTÁGIO - SEIS MESES A UM ANO DE IDADE
Tratamento
➔ Sentar;
➔ Arrastar;
➔ Engatinhar;
➔ Ficar de pé;
➔ Andar com adequado
controle e coordenação do
movimento.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Objetivo:
➔ Aumentar ou manter
ADM e força muscular.
➔ Aquisição dos marcos do
desenvolvimento motor.
➔ Prevenir contraturas e
deformidades
4º ESTÁGIO - UM ANO A QUATRO ANOS OU MAIS
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
4º ESTÁGIO - UM ANO A QUATRO ANOS OU MAIS
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Além de continuar com os objetivos
das fases anteriores, é importante
considerar as complicações
secundárias que surgem a partir dessa
idade, como escápula alada,
assimetrias e compensações,
escolioses posturais, discrepância de
comprimento de membros, redução
da densidade mineral óssea,
contraturas e luxações.
OUTRAS INTERVENÇÕES
➔ Terapia de movimento induzido por restrição
➔ Realidade virtual
➔ Estimulação elétrica neuromuscular
➔ Utilização de órteses
Equipe multidisciplinar:
➔ Aplicação de toxina botulínica
➔ Atuação do Terapeuta Ocupacional
Conclusão
A Paralisia Braquial Obstétrica é uma condição de saúde frequente na
prática clínica do fisioterapeuta e está associada a uma série de
deficiências, limitações da atividade e restrições da participação em
crianças com sequelas. A intervenção precoce é imprescindível para
que possa alcançar bons resultados em todo o desenvolvimento da
criança.
Referências
Camargos, A. C. R., Leite, H. R., Morais, R. L. D. S., & De Lima, V. P. (2021).
Fisioterapia em Pediatria: Da Evidência à Prática Clínica. Medbook.
Tudella, E., Formiga, C.K.R. (2021). Fisioterapia Neuropediátrica:
Abordagem Biopsicossocial. Manole.
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  • 1. Paralisia Braquial Obstétrica Discentes: Amanda do Nascimento Oliveira Carneiro Ana Karoliny de Souza Gomes Lucianny Victoria Caetano de Morais Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências da Saúde Curso de Fisioterapia Disciplina: Fisioterapia Materno-Infantil
  • 2. Sumário 1 4 5 6 7 2 3 Introdução Epidemiologia ➔ CONCEITO ➔ ANATOMIA ➔ INERVAÇÃO Fatores de Risco Etiologia Classificação e Quadro Clínico Diagnóstico e Prognóstico Intervenção Fisioterapêutica ➔ LESÃO NERVOSA PERIFÉRICA ◆ Neuropraxia ◆ Axonotmese ◆ Neurotmese ➔ ACOMETIMENTO RADICULAR ◆ Paralisia de Erb ◆ Paralisia de Klumpke ◆ Paralisia Total
  • 3. Incapacidade que ocorre no período perinatal Conceito: Resulta em paralisia e/ou paresia flácida associada ou não à perda de sensibilidade do membro afetado Introdução Estiramento do plexo braquial
  • 4. Anatomia: ➔ Raízes ventrais de C5-T1 ➔ N. Musculocutâneo ➔ N.axilar ➔ N. mediano ➔ N. ulnar ➔ N. radial
  • 6. Epidemiologia: ➔ Varia entre 0,5 e 3,0/1.000 nascidos vivos ➔ No Brasil, supõe-se que seja baixa em virtude do número elevado de partos cesarianos ➔ Brasil: 400 casos em um hospital ao longo de 14 anos ➔ Evidências apontam uma recuperação completa que varia entre 70% e 92% das crianças com PBO, a depender do grau de lesão
  • 7. Fatores de risco: ➔ Distócia do ombro ➔ Utilização de fórceps ➔ Apresentação pélvica ➔ Baixo Apgar ➔ Anestesia epidural ➔ Parto prolongado
  • 8. Fatores de risco: ➔ Obsesidade ➔ Diabetes Mellitus ➔ Baixa estatura ➔ Multiparidade ➔ Idade materna (>35 anos) ➔ Anatomia Pélvica ➔ Distócia de ombro em parto anterior Fatores relacionados à mãe:
  • 9. Etiologia: ➔ Distócia do ombro ➔ Forças propulsivas maternas ➔ Rotação deficiente do feto
  • 10. Lesões nervosas periféricas podem ser classificadas em: Neuropraxia Axonotmese Classificação e Quadro Clínico Neurotmese
  • 11. ➔ Desmielinização segmentar das fibras de grande calibre ➔ Não há interrupção axonal ➔ Preservação do endoneuro ➔ Melhor prognóstico Neuropraxia
  • 12. ➔ Degeneração walleriana/axonal distal ➔ Há manutenção do endoneuro ➔ Potencial para recuperação espontânea e adequada Axonotmese
  • 13. ➔ Transecção total do nervo, incluindo o perineuro ➔ Degeneração axonal severa quando as extremidades nervosas separadas não são unidas cirurgicamente Neurotmese
  • 15. Paralisias classificadas quanto ao acometimento radicular: Paralisia de Erb Paralisia de Klumpke Classificação e Quadro Clínico Paralisia total
  • 16. Paralisia de Erb Lesão dos níveis superior (raízes C5, C6) e médio (raízes C5, C6 e C7) ➔ Déficit dos movimentos de protração e retração escapular, abdução e rotação externa do ombro, flexão do cotovelo, supinação do antebraço e flexão do punho e dos dedos. ➔ O RN apresenta reflexo de Moro assimétrico, mantendo o membro comprometido junto ao corpo. Um sinal clássico da paralisia de Erb é a mão em gorjeta
  • 17. Paralisia de Klumpke Lesão do nível inferior (raízes C8 e T1) ➔ Pobre função manual é a principal característica. A mão, mantém a semiflexão das articulações interfalangianas e a extensão das metacarpofalangianas, o que evolui para a deformidade em garra. ➔ Há abolição do reflexo de preensão palmar ➔ A postura nos segmentos mais proximais se caracteriza por flexão e supinação do antebraço e extensão do punho.
  • 18. Paralisia total Envolve as raízes de C5 a C8 e, algumas vezes, de C4 e T1 ➔ A criança apresenta braço flácido. Pode ocorrer dedos em garra e déficit de sensibilidade. ➔ Caso acometa a raiz de C4, a criança pode também apresentar desconforto respiratório em virtude da lesão do nervo frênico. ➔ Em caso de acometimento de T1, a criança ainda pode apresentar síndrome de Horner.
  • 20. Diagnóstico Diferencial 1 Inclui infecções, como artrite séptica do ombro e osteomielite aguda 2 Fraturas do úmero ou da clavícula também apresentarão pseudoparalisia do úmero. 1 2 1 2 3 4 Malformação congênita do plexo. Lesão da medula espinhal, paralisia cerebral e outras lesões do SNC.
  • 21. Diagnóstico Clínico 1 Exame radiológico, estudos eletrofisiológicos e exames de ressonância magnética são úteis na confirmação do diagnóstico clínico e da extensão da paralisia. 2 Radiografias do tórax, da coluna vertebral e dos membros superiores são importantes para excluir lesões associadas bem como análise do nervo frênico. 1 2
  • 22. ● A maioria dos casos apresenta recuperação espontânea por volta dos 3 aos 4 meses de idade. A extensão (superior, inferior ou total) e a gravidade (avulsão ou ruptura) da lesão influenciam o prognóstico. Prognóstico
  • 23. Prognóstico • A maioria das PBP é transitória. • Paralisias totais têm pobre prognóstico diante de um tratamento conservador • A não recuperação da função antigravitacional do bíceps entre os 3 e os 6 meses de idade é sinal de pobre prognóstico
  • 24. Aspectos relacionados com a incapacidade e funcionalidade ➔ O foco do tratamento de PBP será diferente conforme a idade da criança, dando uma abordagem mais voltada para as deficiências da estrutura e função do corpo nos lactentes e um programa com foco maior na atividade e na participação em pré-escolares e escolares
  • 25. CIF
  • 26.
  • 27.
  • 28. Intervenção Fisioterapêutica Coleta de dados com os pais e/ou cuidadores Diabetes gestacional, parto gemelar, duração do parto e uso de fórceps/vácuo, hipóxia cerebral, escore de Apgar, peso ao nascimento, fratura clavicular, bem como postura e movimento do membro após o nascimento. Atividadee Participação Uso de instrumentos padronizados para a estimativa do impacto da condição de saúde nas atividades motoras, como o Test of Infant Motor Performance (TIMP) e a Alberta Infant Motor Scale (AIMS) , AVALIAÇÃO 1 2
  • 29. Deficiências da estrutura e função do corpo POSTURA ● Crianças tendem a permanecer com a cabeça virada para o lado oposto ao da lesão (indicando lesão no músculo escaleno ou esternocleidomastóideo ou dor). ● A posição do membro pode indicar uma paralisia total, de Erb ou Klumpke. 3 DOR ● A dor em crianças mais velhas pode ser avaliada por meio da Escala de Faces. AVALIAÇÃO
  • 30. Deficiências da estrutura e função do corpo AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE ● Na infância pode ser realizada mediante estimulação tátil ou dolorosa nos dermátomos do membro superior afetado. ● Em crianças mais velhas, avalia- se temperatura, dor e tátil. 3 REFLEXOS AVALIAÇÃO
  • 32. Deficiências da estrutura e função do corpo AMPLITUDE DE MOVIMENTO ● É essencial a avaliação da amplitude de movimento (ADM) de pescoço, glenoumeral e escápula, cotovelo, punho e dedos. ● Em crianças mais velhas a avaliação deve ser feita de forma ativa e passiva através de medidas objetivas utilizando a goniometria. 3 AVALIAÇÃO FORÇA MUSCULAR ● Movimentos espontâneos do bebê; ● Escala de Movimento Ativo (do inglês, Active Movement Scale [AMS]). ● A partir dos 16 anos, a escala Medical Research Council (MRC) pode ser mais apropriada para avaliação da função muscular.
  • 33. Qualidade de vida A qualidade de vida pode ser avaliada por meio do questionário de qualidade de vida Peds-QL. , 4 AVALIAÇÃO
  • 34. Tratamento Fisioterapêutico Com base na CIF, os objetivos para o tratamento fisioterapêutico são: ➔ Aumentar as habilidades funcionais; ➔ Potencializar o desenvolvimento motor; ➔ Prevenir o não uso do membro acometido; ➔ Prevenir contraturas e deformidades; ➔ Aumentar ou manter a ADM; ➔ Aumentar a força muscular ➔ Aumentar a densidade mineral óssea; ➔ Minimizar as assimetrias e/ou alterações posturais; ➔ Prevenir luxações e/ou subluxações de ombro e instabilidade escapular; ➔ Prevenir a diferença de comprimento de membros superiores; ➔ Orientar pais e/ou cuidadores.
  • 35. Antes do início do tratamento, devem ser levados em consideração algumas precauções importantes: ➔ Em crianças com histórico de fratura clavicular, o início do tratamento deverá ser postergado e será necessária uma radiografia recente para confirmar a cicatrização. ➔ O uso de modalidades térmicas deve ser evitado em caso de alteração ou perda de sensibilidade; ➔ Os exercícios devem ser realizados dentro da ADM livre de dor, bem como os movimentos devem ser suaves nos casos de lesão tecidual; ➔ Em casos de luxação/subluxação, a articulação envolvida deve ser estabilizada e devem ser priorizados exercícios em cadeia cinemática fechada. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
  • 36. 1º ESTÁGIO - PRIMEIRAS DUAS SEMANAS Com o objetivo de prevenir lesões secundárias e garantir maior recuperação, o braço é mantido imobilizado junto ao corpo por até 15 dias. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
  • 37. 2º ESTÁGIO - DUAS SEMANAS A CINCO MESES ➔ Orientação; ◆ Os pais devem ser instruídos a manter o braço em supinação e rotação externa, mantendo-o apoiado com o uso de travesseiros a fim de possibilitar um alongamento sustentado por mais tempo. ◆ Ao carregar a criança, o braço deverá estar bem estabilizado, de modo a evitar que ele fique livre, mantendo o cotovelo flexionado junto ao peito da criança, mas não por longos períodos. Essa orientação também é importante ao transportar as crianças na cadeirinha do carro. ◆ Ao vestir o bebê, deve-se iniciar pelo lado afetado e retirar a roupa pelo lado não afetado. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
  • 38. 2º ESTÁGIO - DUAS SEMANAS A CINCO MESES TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
  • 39. 3º ESTÁGIO - SEIS MESES A UM ANO DE IDADE Tratamento ➔ Sentar; ➔ Arrastar; ➔ Engatinhar; ➔ Ficar de pé; ➔ Andar com adequado controle e coordenação do movimento. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Objetivo: ➔ Aumentar ou manter ADM e força muscular. ➔ Aquisição dos marcos do desenvolvimento motor. ➔ Prevenir contraturas e deformidades
  • 40. 4º ESTÁGIO - UM ANO A QUATRO ANOS OU MAIS TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
  • 41. 4º ESTÁGIO - UM ANO A QUATRO ANOS OU MAIS TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Além de continuar com os objetivos das fases anteriores, é importante considerar as complicações secundárias que surgem a partir dessa idade, como escápula alada, assimetrias e compensações, escolioses posturais, discrepância de comprimento de membros, redução da densidade mineral óssea, contraturas e luxações.
  • 42. OUTRAS INTERVENÇÕES ➔ Terapia de movimento induzido por restrição ➔ Realidade virtual ➔ Estimulação elétrica neuromuscular ➔ Utilização de órteses Equipe multidisciplinar: ➔ Aplicação de toxina botulínica ➔ Atuação do Terapeuta Ocupacional
  • 43. Conclusão A Paralisia Braquial Obstétrica é uma condição de saúde frequente na prática clínica do fisioterapeuta e está associada a uma série de deficiências, limitações da atividade e restrições da participação em crianças com sequelas. A intervenção precoce é imprescindível para que possa alcançar bons resultados em todo o desenvolvimento da criança.
  • 44. Referências Camargos, A. C. R., Leite, H. R., Morais, R. L. D. S., & De Lima, V. P. (2021). Fisioterapia em Pediatria: Da Evidência à Prática Clínica. Medbook. Tudella, E., Formiga, C.K.R. (2021). Fisioterapia Neuropediátrica: Abordagem Biopsicossocial. Manole.