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ARTE NA
IDADE MÉDIA
ARTE BIZANTINA
  Raízes – Arte Cristã Primitiva
ARTE BIZANTINA
• Os gregos foram os primeiros a se preocupar em
  definir o que é a arte e a discorrer sobre as
  emoções que a revelam. Essas emoções estão,
  geralmente, ligadas a um conceito de beleza,
  inter-relacionado com o meio social, com a
  cultura, com o ambiente no qual a obra de arte
  foi produzida. Por outro lado, a obra de arte
  conecta-se com o meio social, a maturidade e a
  cultura do espectador que absorve essa emoção
  de forma sutil e pessoal.
ARTE BIZANTINA
• Vamos “aprendendo”, durante a vida, a
  reconhecer a emoção emanada de sons,
  cores, movimentos, expressões, palavras.
  Observamos que, em muitas sociedades
  antigas, como no Egito, essas emoções tinham
  origem na religião. É possível imaginar a
  emoção de um egípcio diante do palácio ou
  do túmulo do representante de Deus na terra,
  materializado na figura do faraó.
ARTE BIZANTINA
• Um quadro como “A Anunciação”, de Fra
  Angélico, com uma virgem Maria recolhida e
  amável, pode provocar uma grande explosão
  de beleza em um devoto cristão. No
  entanto, para um agnóstico, a beleza do
  quadro pode estar no conteúdo histórico que
  a peça incorpora ou na composição formal e
  conceitual elaborada em um determinado
  estilo artístico.
A Anunciação”, de Fra Angélico, 1438 e 1445, afresco.
ARTE BIZANTINA
• A arte medieval é, portanto, um mergulho na
  emoção religiosa em busca da expressão de uma
  estética religiosa, divina, que nos revela os
  valores, a beleza de um tempo em um espaço. Para
  facilitar o estudo e a compreensão mais
  esquemática dos acontecimentos desse período, os
  historiadores consideram que a Idade Média teve
  início com a desintegração do Império Romano do
  Ocidente, no século V (476 d. C), e teria terminado
  com a queda de Constantinopla no século XV (1453
  d. C).
ARTE BIZANTINA
• A religião do Império Romano era
  politeísta, eles adoravam uma grande
  quantidade de deuses, a maioria deles
  importados da religião grega e rebatizados
  com nomes latinos. A doutrina do
  cristianismo se opôs, imediatamente, ao
  tradicional culto romano aos deuses e aos
  imperadores,        encontrando       grande
  repercussão entre os pobres e escravos.
ARTE BIZANTINA
Inicialmente, a doutrina cristã foi combatida
com violência e brutalidade, e muitos
pesquisadores afirmam que diversos cristãos
perderam a vida em sangrentos espetáculos
nas arenas romanas. Devido às constantes
perseguições romanas, os primeiros cristãos
enterravam seus mortos em profundas galerias
denominadas catacumbas.
ARTEPALEOCRISTÃ
Feita por cristãos perseguidos pelo Império
Romano.
Imagens: CATACUMBAS.
Devido às constantes perseguições romanas,
os primeiros cristãos enterravam seus mortos
em     profundas     galerias    denominadas
catacumbas. Os mártires eram, porém,
sepultados em locais maiores, que receberam,
em seu teto e em suas paredes, as primeiras
pinturas dos anônimos artistas cristãos .
Pinturas de parede e teto da catacumba de
SS. Pedro e Marcelino – Roma.
ARTE BIZANTINA
A arte paleocristã tinha por características:
Temas: religiosos.
Pintura:
- Aspecto sombrio.
- Representações cristãs e Jesus Cristo.
- Configuração rústica e simples.
- Sem técnica de desenho (simples e pobres).
- Pouca variação cromática: preto, vermelho, roxo e
  marrom; raramente o azul.
- Composições planas e lineares sem qualquer noção
  de perspectiva.
ARTE BIZANTINA
A pintura cristã, especialmente na primeira
época (paleocristã), limitava-se à representação
de símbolos utilizados, como numa espécie de
código secreto, pelos primeiros cristãos.
• A cruz – símbolo do sacrifício de Cristo.
• A palmeira – símbolo do martírio.
• A âncora – símbolo da salvação.
• O peixe – símbolo que representava Jesus.
ARTE BIZANTINA
• Com o tempo, a pintura cristã começou a incorporar
  cenas         do        Antigo       e         Novo
  Testamentos, tendo, porém, como tema preferido, a
  representação de Jesus Cristo como Bom Pastor. Jesus
  era representado como um jovem, sem barba e com
  cabelos curtos, vestido em trajes simples declara
  influência romana. A mãe do Cristo era representada
  em maneira diferente da atual, sua aparência
  lembrava a de uma matrona romana vestida de
  maneira simples. O véu e a auréola (elementos
  simbólicos que remetem à castidade e à santidade)
  seriam introduzidos mais tarde.
ARTE BIZANTINA
ARTE BIZANTINA
À medida que o império se deteriorava, e
os novos cultos exigiam, o Imperador
Constantino converteu-se, liberando o
culto cristão em todos os domínios
romanos por meio do Édito de Milão. O
cristianismo passou a ser a religião oficial
do Império Bizantino.
ARTE BIZANTINA
• Em 330, o imperador Constantino I (c.272-
  337) mudou o centro do Império Romano de
  Roma        para   Constantinopla     (antiga
  Bizâncio, hoje Istambul, Turquia). A mudança
  teria graves consequências para o mundo das
  artes e da arquitetura. Constantinopla servia
  de entreposto para várias rotas comerciais
  que ligavam a Europa ao Oriente, tornando-
  se então um poderoso centro cultural e
  artístico romano.
ARTE BIZANTINA
• A arte Bizantina se desenvolveu ao longo de
  mais de mil anos e se caracterizou por
  misturar o classicismo grego e a arte romana
  com a tendência oriental à alegoria, e por um
  predomínio cada vez maior dos ritos cristãos.
  A estética da arte bizantina evoluiu
  constantemente durante esse período
  começando com a primeira era de ouro do
  início da arte bizantina, que durou da
  fundação da nova capital até o século VIII.
ARTE BIZANTINA
• Com que objetivo a arte bizantina, assim
  como a egípcia, seguia determinadas
  convenções?
• Egito – frontalidade / relação arte e religião.
• Expressar a autoridade absoluta do
  Imperador como representante de Deus e
  dotado de poderes espirituais.
• E quais foram as linguagens e convenções? –
  pintura, escultura e mosaicos.
ARTE BIZANTINA
A     produção   artística  de     Bizâncio,
profundamente ligada ao cristianismo, tinha
como um importante objetivo: expressar a
autoridade do imperador considerado pelo
povo um ser sagrado, um representante de
Deus na terra, com poderes temporais e
espirituais.
Corte do Imperador Justiniano – 548, Basílica de San Vitale, Ravena.
O imperador aparece no centro do
mosaico,      com    uma    aureola
representando seu poder teocrático e
uma vasilha de ouro em suas mãos
usada para distribuir os pães da
comunhão, enquanto ele celebra a
missa ao lado de membros do clérigo
e    de     seu   exército. Unindo
Igreja, Estado e o povo, o mosaico
serviu como uma poderosa peça de
propaganda para o imperador, que
tentava conquistar o coração e a
mente daqueles que estavam sob seu
domínio.
ARTE BIZANTINA
Havia uma controvérsia que dividia as Igrejas
do Ocidente e Oriente a respeito do uso de
pinturas e entalhes na vida religiosa. O que
levou à arte bizantina a um período de
iconoclastia, tornando ilegal o uso de qualquer
imagem de Cristo e da Virgem e de santos em
forma humana, justificando assim a destruição
dessas imagens.
ARTE BIZANTINA
Após um longo período, em 843, as imagens
humanas foram liberadas e retornaram às
igrejas reforçando ainda mais o seu caráter
majestoso, cujo o objetivo era exprimir poder e
riqueza, dando lugar à uma arte mais abstrata e
decorativa, na qual as cores vibrantes e o
simbolismo ressonante eram usados para criar
uma atmosfera mística.
OS ÍCONES BIZANTINOS
Ícone, em grego, significa imagem. Os ícones
eram quadros que representavam figuras
sagradas como o Cristo, a Virgem, os
apóstolos, mártires e santos. Encontrados em
igrejas e oratórios familiares, mantendo-se
muito tempo como expressão artística
religiosa. As principais técnicas empregadas: a
têmpera e a encáustica.
OS ÍCONES BIZANTINOS
As características formais dos ícones
retomavam a rigidez egípcia e a construção
simétrica central. A utilização da frontalidade
permitia uma “leitura” mais fácil e abrangente
dos       corpos       e        dos      rostos
pintados, proporcionando uma identificação do
espectador com a imagem e uma compreensão
mais clara da mensagem implícita na obra
proposta.
Ícone de São Nicolau.   São Miguel, Museu Cristão e
                            Bizantino, Atenas.
OS ÍCONES BIZANTINOS
Os ícones foram importantes meios de
comunicação e de afirmação dos poderes
temporal e secular da época; revelaram
também a sensibilidade criativa de um
momento que estabeleceu rígidas regras, não
somente para a vida comunitária, mas,
também, para a representação de um processo
imaginário necessário na busca de uma
identidade espiritual coletiva.
OS ÍCONES BIZANTINOS
• Técnica da têmpera: Essa técnica consiste em misturar
  os pigmentos a uma goma orgânica para facilitar a
  fixação das cores à superfície do suporte. A
  substância mais comumente usada é a gema do ovo,
  que torna as cores mais brilhantes e luminosas.
• Técnica da encáustica: Já os antigos gregos utilizavam
  essa técnica para cobrir suas esculturas em mármore.
  O processo consiste em diluir os pigmentos em cera
  derretida e aquecida no momento de sua aplicação.
  Essa técnica torna a pintura semifosca.
Madonna e criança, c.1300,
ouro e têmpera sobre
madeira.
Cristo Pantocrator do Sinai, feito em
encáustica sobre madeira - podemos
observar que o semblante é um retrato
concreto, mas na fisionomia prevalece
um senso de contemplação e paz. O
olhar é pensativo e vívido, a pose é
natural. No fundo, nota-se uma
construção de arquitetura helênica.
OS ÍCONES BIZANTINOS
•   Rigidez egípcia
•   Construção simétrica central
•   Pintados sobre pequenos painéis de madeira.
•   Os seres humanos eram representados de maneira própria, de acordo
    com os valores da época.
•   FRONTALISMO / POSIÇÃO ¾ (leva o observador a uma atitude de
    respeito e veneração).
•   HIERATISMO e a TÉCNICA DA PERSPECTIVA INVERTIDA (critérios
    associados à importância religiosa) – desproporção entre as figuras.
•   ISOCEFALIA - Seguindo esta convenção, todos os caracteres devem ter a
    sua cabeça na mesma altura, localizada na mesma linha.
•   ISODATILIA – dedos das mãos iguais. - mãos expressam sofrimento e
    perdão.
A virgem e o menino em majestade
      rodeados de seis anjos.
OS MOSAICOS
Uma das mais importantes formas de
expressão, o mosaico, surgiu durante os séculos
V e VI em Bizâncio e na cidade italiana de
Ravena. Os mosaicos eram produzidos para
impulsionar a propagação da nova religião
oficial,      o         cristianismo.        O
tema, portanto, era, essencialmente, religioso,
mostrando Cristo como mestre e senhor (Cristo
Majestade).
OS MOSAICOS
• A técnica da arte musiva consiste na colocação
  de tesselas, que são pequenos fragmentos de
  pedras, como mármore e granito moldados com
  tagliolo e martellina, pedras semipreciosas,
  pastilhas de vidro, seixos e outros materiais,
  sobre qualquer superfície. Nos dias de hoje, o
  mosaico      ressurgiu,  despertando    grande
  interesse, sendo cada vez mais utilizado,
  artisticamente, na decoração de ambientes
  interiores e exteriores.
OS MOSAICOS
Obs: O mosaico é a expressão máxima da arte bizantina
e, não se destinando somente a decorar as paredes e
abóbadas, serve também de fonte de instrução e guia
espiritual aos fiéis, mostrando-lhes cenas da vida de
Cristo, dos profetas, e dos vários imperadores.
Plasticamente, o mosaico bizantino não se assemelha aos
mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas
diferentes e seguem convenções que regem também os
afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas
de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a
perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é
utilizado em abundância, pela sua associação a um dos
maiores bens materiais: ouro.
OS MOSAICOS
• Uma nova linguagem figurativa, elaborada a
  partir das linhas e da ausência de
  profundidade de espaço, surgiu em Bizâncio.
  As figuras eram, rigidamente, frontais (pois a
  postura rígida da figura leva o espectador a
  uma atitude de respeito e veneração) e
  simétricas, enquanto os traços do rosto eram
  o resultado de uma codificação abstrata que
  se repetia em cada figura retratada.
Mosaico da Rainha Teodora -
 Teodora e suas aias avançam em
   procissão em direção ao Cristo.
 Carrega um cálice encrustado de
  joias e está coberta de adereços
    majestosos. Dois dignitários a
 procedem na igreja, na frente da
qual está uma requintada fonte. Os
 rostos nobres de grandes olhos e
cores magníficas são a essência da
      arte gloriosa de Bizâncio.
OS MOSAICOS
A utilização do claro-escuro foi, aos poucos,
desaparecendo, e as imagens perderam seu
volume. Para reproduzir os detalhes
anatômicos ou os pregueados das vestes, eram
utilizadas linhas e outros sinais gráficos cada
vez mais simplificados. Foram simplificados,
também, os fundos arquitetônicos, o espaço do
céu foi substituído por uma superfície dourada,
que se tornou o esplendoroso símbolo da luz
divina.
OS MOSAICOS
Símbolos,      como     a    auréola   (herança
oriental), foram utilizados na representação do
imperador, ressaltando sua conotação sagrada.
A representação do Cristo tornou-se a
representação      de      um      rei   (Cristo
Majestade), adotando as características das
personalidades       imperiais     da     época
estabelecendo, dessa maneira, uma relação
entre o poder temporal e o poder secular.
Basílica de San Vitale, Ravena, Itália.
Não se sabe quem foi o arquiteto responsável pela basílica. Ela
combina elementos romanos e bizantinos. Tem desenho octogonal
e mosaicos espetaculares no seu interior, que representam
sacrifícios do Velho Testamento e retratos de quatro evangelistas.
Seu valor é enorme por ser o único grande templo bizantino que
permanece intacto até os dias de hoje.
Acima, mosaico com Cristo, São Vital recebendo uma coroa de mártir, dois
anjos e o bispo Eclesius que começou a construir a igreja. Nas laterais.
mosaico com Justiniano I (à esquerda) e com a Imperatriz Teodora (à direita).
Teto com vários detalhes em formas geométricas que lembram
a cruz torta da suástica, que já foi usada até por Hitler, mas em
sânscrito significa felicidade, prazer e boa sorte.
Cúpula do mausoléu revestida com mosaicos que simulam um céu
estrelado.
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  • 2. ARTE BIZANTINA Raízes – Arte Cristã Primitiva
  • 3. ARTE BIZANTINA • Os gregos foram os primeiros a se preocupar em definir o que é a arte e a discorrer sobre as emoções que a revelam. Essas emoções estão, geralmente, ligadas a um conceito de beleza, inter-relacionado com o meio social, com a cultura, com o ambiente no qual a obra de arte foi produzida. Por outro lado, a obra de arte conecta-se com o meio social, a maturidade e a cultura do espectador que absorve essa emoção de forma sutil e pessoal.
  • 4. ARTE BIZANTINA • Vamos “aprendendo”, durante a vida, a reconhecer a emoção emanada de sons, cores, movimentos, expressões, palavras. Observamos que, em muitas sociedades antigas, como no Egito, essas emoções tinham origem na religião. É possível imaginar a emoção de um egípcio diante do palácio ou do túmulo do representante de Deus na terra, materializado na figura do faraó.
  • 5. ARTE BIZANTINA • Um quadro como “A Anunciação”, de Fra Angélico, com uma virgem Maria recolhida e amável, pode provocar uma grande explosão de beleza em um devoto cristão. No entanto, para um agnóstico, a beleza do quadro pode estar no conteúdo histórico que a peça incorpora ou na composição formal e conceitual elaborada em um determinado estilo artístico.
  • 6. A Anunciação”, de Fra Angélico, 1438 e 1445, afresco.
  • 7. ARTE BIZANTINA • A arte medieval é, portanto, um mergulho na emoção religiosa em busca da expressão de uma estética religiosa, divina, que nos revela os valores, a beleza de um tempo em um espaço. Para facilitar o estudo e a compreensão mais esquemática dos acontecimentos desse período, os historiadores consideram que a Idade Média teve início com a desintegração do Império Romano do Ocidente, no século V (476 d. C), e teria terminado com a queda de Constantinopla no século XV (1453 d. C).
  • 8. ARTE BIZANTINA • A religião do Império Romano era politeísta, eles adoravam uma grande quantidade de deuses, a maioria deles importados da religião grega e rebatizados com nomes latinos. A doutrina do cristianismo se opôs, imediatamente, ao tradicional culto romano aos deuses e aos imperadores, encontrando grande repercussão entre os pobres e escravos.
  • 9. ARTE BIZANTINA Inicialmente, a doutrina cristã foi combatida com violência e brutalidade, e muitos pesquisadores afirmam que diversos cristãos perderam a vida em sangrentos espetáculos nas arenas romanas. Devido às constantes perseguições romanas, os primeiros cristãos enterravam seus mortos em profundas galerias denominadas catacumbas.
  • 10. ARTEPALEOCRISTÃ Feita por cristãos perseguidos pelo Império Romano. Imagens: CATACUMBAS.
  • 11. Devido às constantes perseguições romanas, os primeiros cristãos enterravam seus mortos em profundas galerias denominadas catacumbas. Os mártires eram, porém, sepultados em locais maiores, que receberam, em seu teto e em suas paredes, as primeiras pinturas dos anônimos artistas cristãos . Pinturas de parede e teto da catacumba de SS. Pedro e Marcelino – Roma.
  • 12. ARTE BIZANTINA A arte paleocristã tinha por características: Temas: religiosos. Pintura: - Aspecto sombrio. - Representações cristãs e Jesus Cristo. - Configuração rústica e simples. - Sem técnica de desenho (simples e pobres). - Pouca variação cromática: preto, vermelho, roxo e marrom; raramente o azul. - Composições planas e lineares sem qualquer noção de perspectiva.
  • 13. ARTE BIZANTINA A pintura cristã, especialmente na primeira época (paleocristã), limitava-se à representação de símbolos utilizados, como numa espécie de código secreto, pelos primeiros cristãos. • A cruz – símbolo do sacrifício de Cristo. • A palmeira – símbolo do martírio. • A âncora – símbolo da salvação. • O peixe – símbolo que representava Jesus.
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  • 15. ARTE BIZANTINA • Com o tempo, a pintura cristã começou a incorporar cenas do Antigo e Novo Testamentos, tendo, porém, como tema preferido, a representação de Jesus Cristo como Bom Pastor. Jesus era representado como um jovem, sem barba e com cabelos curtos, vestido em trajes simples declara influência romana. A mãe do Cristo era representada em maneira diferente da atual, sua aparência lembrava a de uma matrona romana vestida de maneira simples. O véu e a auréola (elementos simbólicos que remetem à castidade e à santidade) seriam introduzidos mais tarde.
  • 17. ARTE BIZANTINA À medida que o império se deteriorava, e os novos cultos exigiam, o Imperador Constantino converteu-se, liberando o culto cristão em todos os domínios romanos por meio do Édito de Milão. O cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Bizantino.
  • 18. ARTE BIZANTINA • Em 330, o imperador Constantino I (c.272- 337) mudou o centro do Império Romano de Roma para Constantinopla (antiga Bizâncio, hoje Istambul, Turquia). A mudança teria graves consequências para o mundo das artes e da arquitetura. Constantinopla servia de entreposto para várias rotas comerciais que ligavam a Europa ao Oriente, tornando- se então um poderoso centro cultural e artístico romano.
  • 19. ARTE BIZANTINA • A arte Bizantina se desenvolveu ao longo de mais de mil anos e se caracterizou por misturar o classicismo grego e a arte romana com a tendência oriental à alegoria, e por um predomínio cada vez maior dos ritos cristãos. A estética da arte bizantina evoluiu constantemente durante esse período começando com a primeira era de ouro do início da arte bizantina, que durou da fundação da nova capital até o século VIII.
  • 20. ARTE BIZANTINA • Com que objetivo a arte bizantina, assim como a egípcia, seguia determinadas convenções? • Egito – frontalidade / relação arte e religião. • Expressar a autoridade absoluta do Imperador como representante de Deus e dotado de poderes espirituais. • E quais foram as linguagens e convenções? – pintura, escultura e mosaicos.
  • 21. ARTE BIZANTINA A produção artística de Bizâncio, profundamente ligada ao cristianismo, tinha como um importante objetivo: expressar a autoridade do imperador considerado pelo povo um ser sagrado, um representante de Deus na terra, com poderes temporais e espirituais.
  • 22. Corte do Imperador Justiniano – 548, Basílica de San Vitale, Ravena.
  • 23. O imperador aparece no centro do mosaico, com uma aureola representando seu poder teocrático e uma vasilha de ouro em suas mãos usada para distribuir os pães da comunhão, enquanto ele celebra a missa ao lado de membros do clérigo e de seu exército. Unindo Igreja, Estado e o povo, o mosaico serviu como uma poderosa peça de propaganda para o imperador, que tentava conquistar o coração e a mente daqueles que estavam sob seu domínio.
  • 24. ARTE BIZANTINA Havia uma controvérsia que dividia as Igrejas do Ocidente e Oriente a respeito do uso de pinturas e entalhes na vida religiosa. O que levou à arte bizantina a um período de iconoclastia, tornando ilegal o uso de qualquer imagem de Cristo e da Virgem e de santos em forma humana, justificando assim a destruição dessas imagens.
  • 25. ARTE BIZANTINA Após um longo período, em 843, as imagens humanas foram liberadas e retornaram às igrejas reforçando ainda mais o seu caráter majestoso, cujo o objetivo era exprimir poder e riqueza, dando lugar à uma arte mais abstrata e decorativa, na qual as cores vibrantes e o simbolismo ressonante eram usados para criar uma atmosfera mística.
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  • 28. OS ÍCONES BIZANTINOS Ícone, em grego, significa imagem. Os ícones eram quadros que representavam figuras sagradas como o Cristo, a Virgem, os apóstolos, mártires e santos. Encontrados em igrejas e oratórios familiares, mantendo-se muito tempo como expressão artística religiosa. As principais técnicas empregadas: a têmpera e a encáustica.
  • 29. OS ÍCONES BIZANTINOS As características formais dos ícones retomavam a rigidez egípcia e a construção simétrica central. A utilização da frontalidade permitia uma “leitura” mais fácil e abrangente dos corpos e dos rostos pintados, proporcionando uma identificação do espectador com a imagem e uma compreensão mais clara da mensagem implícita na obra proposta.
  • 30. Ícone de São Nicolau. São Miguel, Museu Cristão e Bizantino, Atenas.
  • 31. OS ÍCONES BIZANTINOS Os ícones foram importantes meios de comunicação e de afirmação dos poderes temporal e secular da época; revelaram também a sensibilidade criativa de um momento que estabeleceu rígidas regras, não somente para a vida comunitária, mas, também, para a representação de um processo imaginário necessário na busca de uma identidade espiritual coletiva.
  • 32. OS ÍCONES BIZANTINOS • Técnica da têmpera: Essa técnica consiste em misturar os pigmentos a uma goma orgânica para facilitar a fixação das cores à superfície do suporte. A substância mais comumente usada é a gema do ovo, que torna as cores mais brilhantes e luminosas. • Técnica da encáustica: Já os antigos gregos utilizavam essa técnica para cobrir suas esculturas em mármore. O processo consiste em diluir os pigmentos em cera derretida e aquecida no momento de sua aplicação. Essa técnica torna a pintura semifosca.
  • 33. Madonna e criança, c.1300, ouro e têmpera sobre madeira.
  • 34. Cristo Pantocrator do Sinai, feito em encáustica sobre madeira - podemos observar que o semblante é um retrato concreto, mas na fisionomia prevalece um senso de contemplação e paz. O olhar é pensativo e vívido, a pose é natural. No fundo, nota-se uma construção de arquitetura helênica.
  • 35. OS ÍCONES BIZANTINOS • Rigidez egípcia • Construção simétrica central • Pintados sobre pequenos painéis de madeira. • Os seres humanos eram representados de maneira própria, de acordo com os valores da época. • FRONTALISMO / POSIÇÃO ¾ (leva o observador a uma atitude de respeito e veneração). • HIERATISMO e a TÉCNICA DA PERSPECTIVA INVERTIDA (critérios associados à importância religiosa) – desproporção entre as figuras. • ISOCEFALIA - Seguindo esta convenção, todos os caracteres devem ter a sua cabeça na mesma altura, localizada na mesma linha. • ISODATILIA – dedos das mãos iguais. - mãos expressam sofrimento e perdão.
  • 36. A virgem e o menino em majestade rodeados de seis anjos.
  • 37. OS MOSAICOS Uma das mais importantes formas de expressão, o mosaico, surgiu durante os séculos V e VI em Bizâncio e na cidade italiana de Ravena. Os mosaicos eram produzidos para impulsionar a propagação da nova religião oficial, o cristianismo. O tema, portanto, era, essencialmente, religioso, mostrando Cristo como mestre e senhor (Cristo Majestade).
  • 38. OS MOSAICOS • A técnica da arte musiva consiste na colocação de tesselas, que são pequenos fragmentos de pedras, como mármore e granito moldados com tagliolo e martellina, pedras semipreciosas, pastilhas de vidro, seixos e outros materiais, sobre qualquer superfície. Nos dias de hoje, o mosaico ressurgiu, despertando grande interesse, sendo cada vez mais utilizado, artisticamente, na decoração de ambientes interiores e exteriores.
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  • 40. OS MOSAICOS Obs: O mosaico é a expressão máxima da arte bizantina e, não se destinando somente a decorar as paredes e abóbadas, serve também de fonte de instrução e guia espiritual aos fiéis, mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas, e dos vários imperadores. Plasticamente, o mosaico bizantino não se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem também os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é utilizado em abundância, pela sua associação a um dos maiores bens materiais: ouro.
  • 41. OS MOSAICOS • Uma nova linguagem figurativa, elaborada a partir das linhas e da ausência de profundidade de espaço, surgiu em Bizâncio. As figuras eram, rigidamente, frontais (pois a postura rígida da figura leva o espectador a uma atitude de respeito e veneração) e simétricas, enquanto os traços do rosto eram o resultado de uma codificação abstrata que se repetia em cada figura retratada.
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  • 43. Mosaico da Rainha Teodora - Teodora e suas aias avançam em procissão em direção ao Cristo. Carrega um cálice encrustado de joias e está coberta de adereços majestosos. Dois dignitários a procedem na igreja, na frente da qual está uma requintada fonte. Os rostos nobres de grandes olhos e cores magníficas são a essência da arte gloriosa de Bizâncio.
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  • 45. OS MOSAICOS A utilização do claro-escuro foi, aos poucos, desaparecendo, e as imagens perderam seu volume. Para reproduzir os detalhes anatômicos ou os pregueados das vestes, eram utilizadas linhas e outros sinais gráficos cada vez mais simplificados. Foram simplificados, também, os fundos arquitetônicos, o espaço do céu foi substituído por uma superfície dourada, que se tornou o esplendoroso símbolo da luz divina.
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  • 47. OS MOSAICOS Símbolos, como a auréola (herança oriental), foram utilizados na representação do imperador, ressaltando sua conotação sagrada. A representação do Cristo tornou-se a representação de um rei (Cristo Majestade), adotando as características das personalidades imperiais da época estabelecendo, dessa maneira, uma relação entre o poder temporal e o poder secular.
  • 48. Basílica de San Vitale, Ravena, Itália.
  • 49. Não se sabe quem foi o arquiteto responsável pela basílica. Ela combina elementos romanos e bizantinos. Tem desenho octogonal e mosaicos espetaculares no seu interior, que representam sacrifícios do Velho Testamento e retratos de quatro evangelistas. Seu valor é enorme por ser o único grande templo bizantino que permanece intacto até os dias de hoje.
  • 50. Acima, mosaico com Cristo, São Vital recebendo uma coroa de mártir, dois anjos e o bispo Eclesius que começou a construir a igreja. Nas laterais. mosaico com Justiniano I (à esquerda) e com a Imperatriz Teodora (à direita).
  • 51. Teto com vários detalhes em formas geométricas que lembram a cruz torta da suástica, que já foi usada até por Hitler, mas em sânscrito significa felicidade, prazer e boa sorte.
  • 52. Cúpula do mausoléu revestida com mosaicos que simulam um céu estrelado.
  • 53. Outros detalhes dos mosaicos em formas de flores estilizadas com círculos concêntricos.
  • 54. Mosaico "O Bom Pastor" sobre a porta de entrada.