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ARTE GREGA
• O surgimento da civilização grega abrange mais ou
  menos quatrocentos anos, de 1100 a.C. até 700 a.C.
  Observando o recortado território grego, percebemos
  a presença marcante do mar e das montanhas. Essas
  barreiras naturais podem ter dificultado a formação
  de um único Estado grego. Prevaleceu, na
  administração política grega, a formação de Cidades-
  estados, ou seja, cidades (polis) que, apesar de
  incluírem área rural e urbana, funcionavam como
  verdadeiros Estados independentes. Dentre as
  Cidades-estados podemos citar Messênia, Corinto,
  Tebas, Megara, Erétria, Argos, Olímpia, Esparta e
  Atenas.
ARTE GREGA
A história da Grécia Antiga é longa e
complexa, por isso, para facilitar sua
compreensão, os historiadores a dividiram em
3 períodos:
• Arcaico;
• Clássico;
• Helenístico.
ARTE GREGA
• O período Arcaico marca o enriquecimento das
  Cidades-estados e a expansão da civilização
  grega por diversas regiões do litoral
  mediterrâneo e do Mar Negro.
• O período Clássico é marcado pelo esplendor da
  cultura grega no mundo antigo. Apesar de ter
  elaborado o primeiro modelo de democracia, a
  sociedade grega era escravista, o trabalho
  produtivo era considerado desprezível pelo
  homem livre.
ARTE GREGA

• No final do século V a. C., com a tomada de
  poder de Alexandre, começa o período
  helenístico, acarretando diversas mudanças
  nas estruturas social e política e, também, na
  produção artística da época.
ARTE GREGA:
              PINTURA
• PERÍODO ARCAICO
A partir de 800 a.C., concomitantemente ao
crescimento das cidades e à expansão
territorial, percebe-se uma dedicação especial à
produção arquitetônica, pictórica e escultórica. No
que diz respeito à pintura, esse período
testemunhou o desenvolvimento de um estilo
chamado “geométrico” (apresentava um tipo de
decoração         abstrata     onde       continha
triângulos, formas xadrez e círculos concêntricos)
que aparenta ser o estilo pictórico mais antigo na
produção visual grega.
]
            ARTE GREGA:
• É possível observar ricos exemplos de pinturas nas
  tigelas, nos vasos e nos recipientes de formas
  variadas que eram utilizados no dia-a-dia, no
  comércio e nos rituais, sugerindo que, para os gregos,
  o objeto podia exercer diferentes funções
  simultaneamente. Além de conter vinho, azeite e
  outros tipos de mantimentos, as cerâmicas tornavam-
  se os suportes da produção visual da época,
  fundamentando, visualmente, histórias, lendas e
  mitos; construindo e enriquecendo, de maneira
  “concreta”, a cultura visual pertencente a esse preciso
  período histórico.
ARTE GREGA:
• O      geometrismo,     que   predominava
  largamente nas pinturas, deu espaço a um
  tipo de representação mais fiel ao modelo
  “real”, revelando um maior movimento, mais
  riqueza de detalhes e uma predileção pela
  retratação da figura humana que era
  pintada, assim como todas as figuras da
  “cena”,       de     preto,    destacando-
  se, nitidamente, do fundo de argila
  ferruginoso.
Aquiles e Ájax jogando
        damas.
ARTE GREGA:

• PERÍODO CLÁSSICO:
Os primeiros vasos de figuras vermelhas foram
elaborados na segunda metade do Século VI
a.C. parecendo quase um “negativo” das
pinturas com figuras negras. As formas
humanas, animais e de objetos de cor vermelha
destacavam-se do fundo preto que era pintado
em volta das figuras.
ARTE GREGA:
               PINTURA
• Utilizando essa nova técnica, os pintores não
  apenas obtinham o escorço das figuras, mas
  também representavam profundidade de
  espaço e características psicológicas em seus
  modelos. A representação das figuras
  adquiriu uma configuração dinâmica, mais
  articulada e complexa, propondo temas
  mitológicos, bélicos, mas também de clara
  conotação intimista.
ARTE GREGA:
                  PINTURA
• PERÍODO HELENÍSTICO:
A cultura helenística prevaleceu no Mediterrâneo até
bem depois de o império romano tornar-se a potência
dominante. Após a morte de Alexandre, seu Império foi
dividido entre seus generais, que instauraram uma série
de Estados independentes, onde prevaleceu um tipo de
cultura cosmopolita, fruto da miscigenação entre
oriente e ocidente. Nesse contexto, desenvolveu-se um
amor à “arte pela arte”, onde a influência oriental
estimulou a produção de um tipo de arte mais
decorativa e suntuosa e onde os elementos religiosos
passaram em segundo plano.
ARTE GREGA:
                 PINTURA
Desenvolveram, nesse período, pinturas de jardins
(primeiras      paisagens),       de      naturezas
mortas, retratos e cenas da vida cotidiana. graças à
“popularidade” da arte, encontravam-se pinturas
não somente nos palácios, mas também nas
barbearias e nas sapatarias. Os artistas dessa
época tinham uma forte preocupação em
retratar, de maneira extremamente fiel, o mundo
real, tendendo a descrever cenas dramáticas e
violentas, tornando o contato visual, por parte do
público, impactante.
A Batalha de Isso ou a Batalha de Alexandre contra os Persas
(80 a.C). Cópia romana encontrada em Pompeia em mosaico
        de um pintura helenística. Museu de Nápoles.
O Rapto de Perséfone (340
a.C.) - Complexo funerário
de Filipe 2, Grécia.
ESCULTURA

A estatuária grega representa os mais altos
padrões já atingidos pelo Início. Na escultura, o
antropomorfismo - esculturas de formas
humanas - foi insuperável.
As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e
perfeição   das     formas,    o    movimento.
                        .
ESCULTURA
• No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores.
  Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição
  frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas.
  Esse       tipo      de        estátua     é      chamado        Kouros.
  No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas, para
  isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que o
  mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu
  feminino, pois no período arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas
  sempre                                                          vestidas.
  Período Helenístico podemos observar o crescente naturalismo: os seres
  humanos não eram representados apenas de acordo com a idade e a
  personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito
  de um momento. O grande desafio e a grande conquista da escultura do
  período helenístico foi a representação não de uma figura apenas, mas de
  grupos de figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem
  bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados
ARQUITETURA
As edificações que despertaram maior interesse
são os templos. A característica mais evidente dos
templos gregos é a simetria entre o pórtico de
entrada e o dos fundos. O templo era construído
sobre uma base de três degraus. O degrau mais
elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram
erguidas as colunas. As colunas sustentavam um
entablamento horizontal formado por três partes:
a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e
entablamento eram construídos segundo os
modelos da ordem dórica, jônica e coríntia.
ARQUITETURA
Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico
e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do
povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das
ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e
severidade, empresta uma idéia de solidez e imponência.
Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna
apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente sobre o
estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por
duas espirais unidas por duas curvas. A ordem dórica traduz a forma
do Iníciom e a ordem jônica traduz a forma da mulher.
Ordem Coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto e quatro
espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um
modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação.
ARTE ROMANA
Na mesma época em que a sociedade grega
entrou em decadência, surgiu uma nova
potência no mar Mediterrâneo: Roma. A
península itálica fica ao sul do continente
europeu, tem um formato que parece uma
bota e está mergulhada no meio do mar
Mediterrâneo. Como os gregos, os romanos
construíram uma sociedade de base
escravista.
ARTE ROMANA
Donos de um enorme senso prático e grande
organização social e militar, os romanos
souberam absorver de seu contato com
diversos     povos,   principalmente      dos
gregos, fortes elementos culturais que foram
difundidos em suas conquistas, por todo o
mundo antigo.
ARTE ROMANA
A cultura grega foi sem dúvida a mais
significativa influência sobre a formação da
cultura dos romanos, e foram eles os
responsáveis pela difusão de uma “arte que
inspirou vários movimentos artísticos da Idade
Moderna, incluindo o Renascimento. Por ser
considerada um modelo, essa arte – com seus
critérios e princípios – foi chamada de clássica, e
pela     importância       que    teve,    acabou
disseminando pelo mundo seu ideal de
beleza, que começou a ser considerado como
universal”.
ARTE ROMANA

• Fundadores do maior império de todos os
  tempos, os romanos acrescentaram talentos
  gerenciais: organização e eficiência. A arte
  romana é menos idealizada e intelectual que
  a arte grega; é mais secular e funcional.
ARTE ROMANA
• PINTURA:
  A maioria dos exemplos de pinturas romanas é
  encontrada        em         cidades        como
  Herculano, Pompéia (localizadas ao redor do
  Vesúvio, no sul da Itália) e, naturalmente, em
  Roma, atual capital da Itália. Além das
  pinturas, os mosaicos fazem parte da produção
  artística romana, que se espalhou, no decorrer
  do tempo, pela bacia do mediterrâneo, da Síria e
  da África do Norte até a península Ibérica.
Pintura romana encontrada em Herculano. Autor desconhecido.
ARTE ROMANA
  A pintura romana é, por tradição, dividida em
  quatro estilos sucessivos:
• Primeiro estilo ou estilo pompeiano
  Imitações pintadas de fachadas de muro de
  mármore                              colorido.
  Eram, frequentemente, embelezadas com
  relevos em gesso pintado, ou estuques, e
  instauravam uma estreita relação com a
  arquitetura (herança grega).
• Segundo estilo utilização da perspectiva, do trompe
  l’oeil, na retratação de paisagens nas paredes das casas.
  Terceiro estilo : a retratação das paisagens se torna cada
  vez mais sofisticada e ornamental. A atenção voltou-se
  para os detalhes que compunham cenas bucólicas.
   Quarto estilo ou estilo Fantástico: Utilização de elementos
  decorativos exóticos e originais pertencentes ao espaço
  vivencial do cotidiano e ao espaço teatral. No século
  XVI, essas decorações foram chamadas de “grotescas” e
  empregadas largamente na pintura da Renascença.
• A pintura de retratos foi muito desenvolvida
  na época romana, mas por causa do suporte
  extremamente perecível (madeira), pouco
  são os retratos que chegaram até nós.
  Famosos são o de El-Fayyum (ou El-Faiyum),
  uma série de retratos funerários que eram
  colocados sobre o rosto do morto sepultado.
Retratos funerários . Encáustica sobre papel, 33 x 18 cm. El-
                          -Fayyum.
ARTE ROMANA
• ESCULTURA:
• Por serem realistas e práticos, suas esculturas
  são uma representação fiel das pessoas e não
  a de um ideal de beleza humana, como
  fizeram os gregos. Mais realista que
  idealista, com a invasão dos bárbaros as
  preocupações com as artes diminuíram e
  poucos monumentos foram realizados pelo
  Estado.
ARTE ROMANA
A     escultura   começou      a     apresentar   traços
particularmente característicos. O crescente naturalismo
influenciou não somente a representação da idade e da
personalidade do retratado, mas também das emoções
e do estado de espírito de um determinado momento.
Uma outra característica da escultura desse período foi
a representação, em forma humana, de conceitos e
sentimentos, como a paz, a vitória, o amor, a
liberdade, etc. Outra inovação se deu no surgimento do
nu feminino, já que, no período arcaico e clássico, as
figuras das mulheres eram retratadas sempre vestidas
ARTE ROMANA
• A produção escultórica romana tornou-se um
  importante instrumento de manutenção do
  poder vigente. A temática proposta revelava
  a      necessidade      de      traduzir   e
  enfatizar, plasticamente, a liderança de
  generais e imperadores, sempre presentes
  nas praças e nos edifícios públicos em forma
  de bustos e estátuas.
Augusto de Primaporta. 20 a.C.
Museu do Vaticano, Roma.
ARTE ROMANA
ARQUITETURA:
As características gerais da arquitetura romana são:
• busca do útil imediato, senso de realismo;
• grandeza material, realçando a idéia de força;
• energia e sentimento;
• predomínio do caráter sobre a beleza;
• originais: urbanismo, vias de comunicação,
anfiteatro, termas.
ARTE ROMANA
• As construção eram de cinco espécies, de
  acordo com as funções:
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Arte grega

  • 1. ARTE GREGA • O surgimento da civilização grega abrange mais ou menos quatrocentos anos, de 1100 a.C. até 700 a.C. Observando o recortado território grego, percebemos a presença marcante do mar e das montanhas. Essas barreiras naturais podem ter dificultado a formação de um único Estado grego. Prevaleceu, na administração política grega, a formação de Cidades- estados, ou seja, cidades (polis) que, apesar de incluírem área rural e urbana, funcionavam como verdadeiros Estados independentes. Dentre as Cidades-estados podemos citar Messênia, Corinto, Tebas, Megara, Erétria, Argos, Olímpia, Esparta e Atenas.
  • 2.
  • 3. ARTE GREGA A história da Grécia Antiga é longa e complexa, por isso, para facilitar sua compreensão, os historiadores a dividiram em 3 períodos: • Arcaico; • Clássico; • Helenístico.
  • 4. ARTE GREGA • O período Arcaico marca o enriquecimento das Cidades-estados e a expansão da civilização grega por diversas regiões do litoral mediterrâneo e do Mar Negro. • O período Clássico é marcado pelo esplendor da cultura grega no mundo antigo. Apesar de ter elaborado o primeiro modelo de democracia, a sociedade grega era escravista, o trabalho produtivo era considerado desprezível pelo homem livre.
  • 5. ARTE GREGA • No final do século V a. C., com a tomada de poder de Alexandre, começa o período helenístico, acarretando diversas mudanças nas estruturas social e política e, também, na produção artística da época.
  • 6. ARTE GREGA: PINTURA • PERÍODO ARCAICO A partir de 800 a.C., concomitantemente ao crescimento das cidades e à expansão territorial, percebe-se uma dedicação especial à produção arquitetônica, pictórica e escultórica. No que diz respeito à pintura, esse período testemunhou o desenvolvimento de um estilo chamado “geométrico” (apresentava um tipo de decoração abstrata onde continha triângulos, formas xadrez e círculos concêntricos) que aparenta ser o estilo pictórico mais antigo na produção visual grega.
  • 7.
  • 8. ] ARTE GREGA: • É possível observar ricos exemplos de pinturas nas tigelas, nos vasos e nos recipientes de formas variadas que eram utilizados no dia-a-dia, no comércio e nos rituais, sugerindo que, para os gregos, o objeto podia exercer diferentes funções simultaneamente. Além de conter vinho, azeite e outros tipos de mantimentos, as cerâmicas tornavam- se os suportes da produção visual da época, fundamentando, visualmente, histórias, lendas e mitos; construindo e enriquecendo, de maneira “concreta”, a cultura visual pertencente a esse preciso período histórico.
  • 9. ARTE GREGA: • O geometrismo, que predominava largamente nas pinturas, deu espaço a um tipo de representação mais fiel ao modelo “real”, revelando um maior movimento, mais riqueza de detalhes e uma predileção pela retratação da figura humana que era pintada, assim como todas as figuras da “cena”, de preto, destacando- se, nitidamente, do fundo de argila ferruginoso.
  • 10.
  • 11.
  • 12. Aquiles e Ájax jogando damas.
  • 13. ARTE GREGA: • PERÍODO CLÁSSICO: Os primeiros vasos de figuras vermelhas foram elaborados na segunda metade do Século VI a.C. parecendo quase um “negativo” das pinturas com figuras negras. As formas humanas, animais e de objetos de cor vermelha destacavam-se do fundo preto que era pintado em volta das figuras.
  • 14.
  • 15. ARTE GREGA: PINTURA • Utilizando essa nova técnica, os pintores não apenas obtinham o escorço das figuras, mas também representavam profundidade de espaço e características psicológicas em seus modelos. A representação das figuras adquiriu uma configuração dinâmica, mais articulada e complexa, propondo temas mitológicos, bélicos, mas também de clara conotação intimista.
  • 16.
  • 17. ARTE GREGA: PINTURA • PERÍODO HELENÍSTICO: A cultura helenística prevaleceu no Mediterrâneo até bem depois de o império romano tornar-se a potência dominante. Após a morte de Alexandre, seu Império foi dividido entre seus generais, que instauraram uma série de Estados independentes, onde prevaleceu um tipo de cultura cosmopolita, fruto da miscigenação entre oriente e ocidente. Nesse contexto, desenvolveu-se um amor à “arte pela arte”, onde a influência oriental estimulou a produção de um tipo de arte mais decorativa e suntuosa e onde os elementos religiosos passaram em segundo plano.
  • 18. ARTE GREGA: PINTURA Desenvolveram, nesse período, pinturas de jardins (primeiras paisagens), de naturezas mortas, retratos e cenas da vida cotidiana. graças à “popularidade” da arte, encontravam-se pinturas não somente nos palácios, mas também nas barbearias e nas sapatarias. Os artistas dessa época tinham uma forte preocupação em retratar, de maneira extremamente fiel, o mundo real, tendendo a descrever cenas dramáticas e violentas, tornando o contato visual, por parte do público, impactante.
  • 19. A Batalha de Isso ou a Batalha de Alexandre contra os Persas (80 a.C). Cópia romana encontrada em Pompeia em mosaico de um pintura helenística. Museu de Nápoles.
  • 20. O Rapto de Perséfone (340 a.C.) - Complexo funerário de Filipe 2, Grécia.
  • 21. ESCULTURA A estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo Início. Na escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insuperável. As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento. .
  • 22. ESCULTURA • No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores. Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros. No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas, para isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas. Período Helenístico podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. O grande desafio e a grande conquista da escultura do período helenístico foi a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26. ARQUITETURA As edificações que despertaram maior interesse são os templos. A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus. O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia.
  • 27.
  • 28.
  • 29. ARQUITETURA Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma idéia de solidez e imponência. Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem dórica traduz a forma do Iníciom e a ordem jônica traduz a forma da mulher. Ordem Coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35. ARTE ROMANA Na mesma época em que a sociedade grega entrou em decadência, surgiu uma nova potência no mar Mediterrâneo: Roma. A península itálica fica ao sul do continente europeu, tem um formato que parece uma bota e está mergulhada no meio do mar Mediterrâneo. Como os gregos, os romanos construíram uma sociedade de base escravista.
  • 36. ARTE ROMANA Donos de um enorme senso prático e grande organização social e militar, os romanos souberam absorver de seu contato com diversos povos, principalmente dos gregos, fortes elementos culturais que foram difundidos em suas conquistas, por todo o mundo antigo.
  • 37. ARTE ROMANA A cultura grega foi sem dúvida a mais significativa influência sobre a formação da cultura dos romanos, e foram eles os responsáveis pela difusão de uma “arte que inspirou vários movimentos artísticos da Idade Moderna, incluindo o Renascimento. Por ser considerada um modelo, essa arte – com seus critérios e princípios – foi chamada de clássica, e pela importância que teve, acabou disseminando pelo mundo seu ideal de beleza, que começou a ser considerado como universal”.
  • 38. ARTE ROMANA • Fundadores do maior império de todos os tempos, os romanos acrescentaram talentos gerenciais: organização e eficiência. A arte romana é menos idealizada e intelectual que a arte grega; é mais secular e funcional.
  • 39. ARTE ROMANA • PINTURA: A maioria dos exemplos de pinturas romanas é encontrada em cidades como Herculano, Pompéia (localizadas ao redor do Vesúvio, no sul da Itália) e, naturalmente, em Roma, atual capital da Itália. Além das pinturas, os mosaicos fazem parte da produção artística romana, que se espalhou, no decorrer do tempo, pela bacia do mediterrâneo, da Síria e da África do Norte até a península Ibérica.
  • 40. Pintura romana encontrada em Herculano. Autor desconhecido.
  • 41. ARTE ROMANA A pintura romana é, por tradição, dividida em quatro estilos sucessivos: • Primeiro estilo ou estilo pompeiano Imitações pintadas de fachadas de muro de mármore colorido. Eram, frequentemente, embelezadas com relevos em gesso pintado, ou estuques, e instauravam uma estreita relação com a arquitetura (herança grega).
  • 42. • Segundo estilo utilização da perspectiva, do trompe l’oeil, na retratação de paisagens nas paredes das casas. Terceiro estilo : a retratação das paisagens se torna cada vez mais sofisticada e ornamental. A atenção voltou-se para os detalhes que compunham cenas bucólicas. Quarto estilo ou estilo Fantástico: Utilização de elementos decorativos exóticos e originais pertencentes ao espaço vivencial do cotidiano e ao espaço teatral. No século XVI, essas decorações foram chamadas de “grotescas” e empregadas largamente na pintura da Renascença.
  • 43. • A pintura de retratos foi muito desenvolvida na época romana, mas por causa do suporte extremamente perecível (madeira), pouco são os retratos que chegaram até nós. Famosos são o de El-Fayyum (ou El-Faiyum), uma série de retratos funerários que eram colocados sobre o rosto do morto sepultado.
  • 44. Retratos funerários . Encáustica sobre papel, 33 x 18 cm. El- -Fayyum.
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  • 49. ARTE ROMANA • ESCULTURA: • Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Mais realista que idealista, com a invasão dos bárbaros as preocupações com as artes diminuíram e poucos monumentos foram realizados pelo Estado.
  • 50. ARTE ROMANA A escultura começou a apresentar traços particularmente característicos. O crescente naturalismo influenciou não somente a representação da idade e da personalidade do retratado, mas também das emoções e do estado de espírito de um determinado momento. Uma outra característica da escultura desse período foi a representação, em forma humana, de conceitos e sentimentos, como a paz, a vitória, o amor, a liberdade, etc. Outra inovação se deu no surgimento do nu feminino, já que, no período arcaico e clássico, as figuras das mulheres eram retratadas sempre vestidas
  • 51. ARTE ROMANA • A produção escultórica romana tornou-se um importante instrumento de manutenção do poder vigente. A temática proposta revelava a necessidade de traduzir e enfatizar, plasticamente, a liderança de generais e imperadores, sempre presentes nas praças e nos edifícios públicos em forma de bustos e estátuas.
  • 52. Augusto de Primaporta. 20 a.C. Museu do Vaticano, Roma.
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  • 55. ARTE ROMANA ARQUITETURA: As características gerais da arquitetura romana são: • busca do útil imediato, senso de realismo; • grandeza material, realçando a idéia de força; • energia e sentimento; • predomínio do caráter sobre a beleza; • originais: urbanismo, vias de comunicação, anfiteatro, termas.
  • 56. ARTE ROMANA • As construção eram de cinco espécies, de acordo com as funções: • Religião; • Comércio e civismo; • Higiene; • Monumentos decorativos; • Moradia