3. 9. Intoxicação e envenenamento
10. Animais peçonhentos
11. Emegências clínicas
11.1 Desmaio
11.2 Crise convulsiva
11.3 Edema agudo de pulmão
11.4 Infarto do miocárdio
11.5 Acidente Vascular Cerebral
12. Movimentação e transporte de vítimas
13. Teste seus conhecimentos
14. Referências bibliográficas
4. Introdução
Esse livro é fruto de intensa pesquisa sobre
diversas fontes de estudos na área de primeiros
socorros. Seu objetivo é apresentar ao leitor, de
forma simples e ilustrada, situações de
emergências - identificando sinais e sintomas - e
como proceder em um atendimento de primeiros
socorros. Essa publicação é direcionada ao
público geral e muitos de seus protocolos são
voltados ao socorrista leigo. Recomendamos ao
leitor, caso queira se aprofundar no assunto, que
faça um curso de primeiros socorros em
instituição credenciada - os exercícios práticos
são de grande importância para dominar técnicas
esimularsituaçõesqueexigirãoseucontrole.
Por se tratar de um assunto de interesse geral,
essa publicação é livre para compartilhamento
e distribuição, inclusive para uso em cursos e
centros de treinamento. Seu formato foi
idealizadoparamelhorleituraemsmartphones.
Compartilhe com seus amigos e parentes.
Esseconhecimentopoderáserútilumdia.
5. 1. Definições
Primeiros Socorros: são os cuidados imediatos
prestados a uma pessoa cujo estado físico
coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde, com
o fim de manter as suas funções vitais e evitar o
agravamento de suas condições, até que receba
assistênciamédicaespecializada.
Atendimento Pré-hospitalar: conjunto de proce-
dimentos realizados por profissional capacitado,
no local da emergência e durante o transporte da
vítima, visando mantê-la com vida e estável até
suachegadaemumaunidadehospitalar.
Suporte Básico da Vida: é uma sequência de
ações de medidas de emergência que consistem
no reconhecimento e correção da falência do
sistema respiratório e/ou cardiovascular, ou seja,
manter a pessoa respirando, com pulso e sem
hemorragias.
6. Trauma: lesão causada ao organismo por um
agenteexterno.
Socorrista: é a pessoa tecnicamente capacitada
e habilitada para, com segurança, avaliar e
identificar problemas que comprometam a vida.
Cabe ao socorrista prestar o adequado socorro
pré-hospitalar e o transporte do paciente sem
agravaraslesõesjáexistentes.
Avaliaçãodacena
Antes de se iniciar o atendimento, é fundamental
que o socorrista faça a correta análise do local do
acidente, a fim de identificar o número de vítimas,
os possíveis riscos, garantindo a sua segurança e
à das vítimas. O responsável pelas ações de
primeiros socorros não deve se expor a riscos
que podem torná-lo uma nova vítima. Essas
análises não devem tomar muito tempo e são
importantíssimas para que o auxílio à vítima seja
prestadodeformaprecisa.
7. Gerenciamentoderiscos
É uma avaliação minuciosa por parte do
socorrista em toda a cena de emergência,
possibilitando eliminar ou minimizar as situações
de risco existentes: incêndio, explosão, choque
elétrico, contaminação com produtos químicos e
agentes biológicos, intoxicação, asfixia,
atropelamento, ocorrência de novos acidentes
etc.
Antes de atender a vítima, avalie a cena e seus riscos.
8. TELEFONES DE ATENDIMENTO A
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
ServiçodeAtendimentoMóveldeUrgência.
SAMU: 192
Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma em
Emergências.
SIATE: 193
Definiçõesdoatendimento
Urgência: É uma ocorrência imprevista de agravo
à saúde com ou sem risco de morte, cuja pessoa
necessitadeatendimentoimediato.
Emergência: É a constatação de condições de
agravo à saúde que impliquem em risco iminente
de morte ou sofrimento intenso, exigindo
atendimentoimediato.
índice
9. 2.Abordagemdavítima
A abordagem tem como objetivo determinar a
situação atual da vítima. Para tanto, desenvolve-
se uma impressão geral, estabelecendo valores
para os estados respiratório, circulatório e
neurológico. Em seguida, são rapidamente
encontradas e tratadas as condições que
ameaçamavida.
Exame Primário: processo para identificar e
corrigir, de imediato, problemas que ameacem a
vidaemcurtoprazo.
10. Abordagem ABCDE
A - Airway
Abertura das vias aéreas
e controle da cervical
Posicione-se ao lado da vítima e mantenha a cabeça da
mesma estabilizada. Apresente-se ao paciente e
solicite o seu consentimento. Se a vítima não responder
aos estímulos (paciente inconsciente), devemos
realizar a abertura da cavidade oral e observar se existe
algum corpo estranho impedindo a passagem do ar.
Caso exista, com os dedos, remova dentaduras, restos
de alimentos, sangue, líquidos e outros objetos que
possamestarimpedindoaperfeitarespiração.
Quando a vítima se encontra inconsciente, o tônus
muscular será insuficiente e a língua e a epiglote podem
obstruir a chegada do ar até os pulmões. Se não houver
evidência de trauma craniano e nem cervical, poderá
ser usada a manobra de inclinação da cabeça e
elevaçãodoqueixoparafacilitarapassagemdoar.
11. B - Breathing
Verificar a respiração
Após a abertura das vias aéreas, deve-se verificar
se a vítima está respirando espontaneamente.
Aproxime-se para escutar a boca e o nariz da
vítima, verificando também os movimentos
característicosdetóraxeabdômen.
12. C - Circulation
Verificar a circulação
O objetivo principal do passo "C" é estimar as
condições do sistema circulatório e controlar
grandes hemorragias. A tomada da pulsação em
adultos e crianças deve ser observada na artéria
carótida ou radial, nos lactentes aferida na artéria
braquial.
13. Verificação do pulso pela artéria carótida
(crianças e adultos).
Verificação do pulso pela artéria braquial (bebês).
14. Estado neurológico
D - Desability
Na avaliação do estado neurológico o socorrista
deve realizar a avaliação do nível de consciência e
oexamedaspupilas.
Pupilas contraídas é um indicativo de má
oxigenação no cérebro e, uma das causas, pode
serautilizaçãodedrogas.
Pupilas desiguais pode ser consequência de
traumatismo craniano ou acidente vascular
cerebral.
Pupilas dilatadas podem indicar inconsciência,
sofrimentodoSistemaNervosoCentralouóbito.
15. Exposição de ferimentos
E - Expose and Examine
Retirar vestimentas pesadas que impeçam a
correta avaliação da existência de ferimentos,
expondo somente as partes lesionadas para
tratamento, prevenindo o choque e preservando a
intimidadedavítima,semprequepossível.
16. Sinaisvitais
Sinal: É tudo aquilo que o socorrista pode
observar ou sentir no paciente enquanto o
examina.Exemplos:pulso,palidez,sudoreseetc.
Sintoma: É tudo aquilo que o socorrista não
consegue identificar sozinho. O paciente
necessita contar sobre si mesmo. Exemplos: dor
abdominal,tonturaetc.
17. Aferição de Sinais Vitais
Pulso
É o reflexo do batimento cardíaco palpável nos
locais onde as artérias calibrosas estão
posicionadas próximas da pele e sobre um plano
duro.
Valoresnormais:
Adulto:60-100bpm*;
Criança:80-140bpm;
Lactentes:85-190bpm.
*batimentosporminuto.
18. Respiração
Processo fisiológico de troca de gases entre as
artériaseoalvéolo.
Valoresnormais:
Adulto:12-20vpm*;
Criança:20-40vpm;
Lactentes:40-60vpm.
*ventilaçõesporminuto.
Temperatura
É a diferença entre o calor produzido e o calor
perdidopelocorpohumano.
Valoresnormais:
36,5a37,0ºC–independentedafaixaetária.
19. Pressãoarterial(PA)
É a pressão exercida pelo sangue no sistema
arterial, que depende da força de contractilidade
do coração e a frequência de contração
(quantidade de sangue circulante no sistema
arterial e da resistência periférica das artérias). A
pressão é máxima ou sistólica quando o coração
está comprimido (bombeando o sangue),
geralmente entre 60 e 140 mmHg, e é mínima ou
diastólica quando o coração está relaxado
(recebendo o sangue), geralmente entre 60 e 90
mmHg. Para aferirmos a pressão arterial é
necessária a utilização de um aparelho chamado
esfigmomanômetro.
20. Procedimento de abordagem
Ao chegar no local de um acidente, ou onde se
encontra uma vítima, deve-se assumir o controle
da situação e proceder a uma rápida e segura
avaliação da ocorrência. Deve-se tentar obter o
máximo de informações possíveis sobre o
ocorrido.
Ser ágil e decidido observando rapidamente
se existem perigos para a vítima e para quem
estiverprestandoosocorro.
21. A pessoa que está prestando os primeiros
socorros deve seguir um plano de ação
baseando-se no P
.A.S., que são as três letras
iniciais a partir das quais se desenvolvem todas
as medidas técnicas e práticas de primeiros
socorros.
índice
1.Prevenir
Afastar o perigo da vítima ou a a vítima
doperigo
2.Alertar
Contactar serviço de emergência
informando o tipo de acidente, o local,
onúmerodevítimaseoseuestado
3.Socorrer
Apósasavaliações
22. 3.Asfixia
Asfixia pode ser definida como sendo parada
respiratória,comocoraçãoaindafuncionando.
É causado por certos tipos de traumatismos
como aqueles que atingem a cabeça, a boca, o
pescoço, o tórax; por fumaça no decurso de um
incêndio; por afogamento; em soterramentos,
dentre outros acidentes, ocasionando dificuldade
respiratória,levandoàparadarespiratória.
Sinaisdeasfixia:
Ÿ
Dificuldade respiratória nas vítimas
inconscientes;
Ÿ
Faltadear(conscientes);
Ÿ
Cianose acentuada do rosto, dos lábios e
dasextremidades;
Ÿ
Dilataçãodaspupilas.
24. Se as funções respiratórias
não forem restabelecidas
dentro de 3 a 4 minutos,
as atividades cerebrais
cessarão totalmente,
ocasionando a morte.
25. Comoproceder:
Ÿ
A primeira conduta é favorecer a passagem do
aratravésdabocaedasnarinas;
Ÿ
Afastaracausa;
Ÿ
Verificarseavítimaestáconsciente;
Ÿ
Desapertar as roupas do acidentado,
principalmenteemvoltadopescoço;
Ÿ
Retirar qualquer objeto da boca ou da garganta
davítimaparadesobstruirapassagemdear;
Ÿ
Iniciar a respiração artifical. Repetí-la tantas
vezes quanto necessário, até que a vítima dê
entrada em local onde possa receber
assistênciaadequada;
Ÿ
Manter o acidentado aquecido, para prevenir o
choque;
Ÿ
Não dê líquidos para a vítima enquanto ela
estiverinconsciente.
26. Respiração artificial
(respiração boca a boca)
Como proceder:
Ÿ
Abra as vias
respiratórias, virando a
cabeça da vítima para
trás e levantando-lhe o
queixo;
Ÿ
Com uma mão, feche o
nariz da vítima e com
outra levante o queixo
dela;
Ÿ
Respire fundo e coloque
a sua boca sobre a da
vítima. Assopre
firmemente. Faça isso
duas vezes;
Ÿ
Observe se o peito da
vítima se eleva, sinal de
que o ar está indo para
os pulmões; Assopre e observe se o
peito da vítima se eleva
Vire a cabeça da vítima para
trás levantando-lhe o queixo
Feche o nariz da vítima.
27. Ÿ
Se a vítima for um bebê, coloque sua boca
sobre o nariz e a boca da vítima, e sopre
firmemente por duas vezes, observando
tambémotórax(respiraçãobocaaboca-nariz);
Ÿ
Inspirar profundamente outra vez e continuar o
procedimento na forma descrita, repetindo o
movimento tantas vezes quanto necessário
(cerca de 15 vezes por minuto) até que o
acidentadopossareceberassistênciamédica;
Ÿ
Se a respiração do acidentado não tiver sido
restabelecida após as tentativas dessa
manobra, ela poderá vir a ter parada cardíaca,
tornando necessária a aplicação de massagem
cardíacaexterna.
índice
28. 4. Parada Cardio-Respiratória
A parada cardío-respiratória é o exemplo mais
expressivo de uma emergência médica. A
identificação e os primeiros atendimentos devem
ser iniciados dentro de um período de no máximo
4 minutos a partir da ocorrência, pois os centros
vitais do sistema nervoso ainda continuam em
atividade. A partir deste tempo as possibilidades
derecuperaçãotornam-seescassas.
A parada cardio-respiratória pode acontecer em
decorrência de várias situações, como doenças
cardíacas e respiratórias, engasgo, choque,
afogamento,alergiaseoutras.
SinaisdeParadaCardio-Respiratória:
•Inconsciência;
•Pelefriaepálida;
•Lábioseasunhasazulados;
•Ausênciaderespiração;
•Ausênciadecirculação.
A manobra de atendimento da parada cardio-respiratória é
conhecidacomoReanimaçãoouRessucitaçãoCardiopulmonar.
29. RessuscitaçãoCardiopulmonar(RCP)
É o conjunto de manobras realizadas para
estabelecer a ventilação pulmonar e a circulação
sanguínea, tais como, respiração artificial e
massagem cardíaca externa, manobras essas
utilizadasnasvítimasemparadacardiopulmonar.
Técnicasbásicas -como proceder:
•Coloque a vítima deitada de costas para o chão
emumasuperfícierígida;
•Posicione-se próximo ao lado da vítima de
joelhos;
•Exponha o tórax da vítima, localize o esterno e
posicionesuasmãosentrelaçadassobreele.
Posicione o apoio: três
dedos acima da ponta
do osso esterno
30. •Mantenha os braços firmes e perpendiculares
ao corpo da vítima, sem flexioná-los durantes as
manobras. Estas deverão ser executadas numa
frequência de 30 compressões para
2ventilaçõesdurante2minutos;
•O tórax da vítima deverá ser comprimido em 5
cm, permitindo o retorno completo do tórax
duranteascompressões;
•A velocidade das compressões deve ser de
100/mina120/min;
•Após realização do primeiro ciclo de
ressuscitação, 2 minutos, o socorrista deve
reavaliar respiração e pulso da vitima, no tempo
máximo de 10 segundos. Não deverá ser
interrompida a ressuscitação por mais que
10segundos.
30 compressões 2 insuflações
índice
31. 5.EstadodeChoque
Quadro clínico que resulta da incapacidade de o
sistema circulatório fornecer aos tecidos sangue
rico em oxigênio, provocada pela diminuição do
volume de sangue ou pela deficiência do sistema
cardiovascular. É o provimento de oxigênio e
nutrientes menor do que a necessidade do
organismo.
ClassificaçãodoChoque
Hipovolêmico: ocasionado pela perda de volume
sanguíneo. Causas: hemorragias, perda de
plasma em grandes queimaduras, desidratação,
diarreiaevômitos.
Cardiogênico: gerado pela alteração ou falha na
atividade de bombeamento do coração. Causas
intrínsecas: enfraquecimento, arritmia e
disfunção valvar. Causas extrínsecas:
tamponamento do pericárdio e pneumotórax
hipertensivo.
Distributivo: quando ocorre uma alteração no
tônus vascular, o continente vascular aumenta
sem o aumento proporcional do volume de
32. sangue. decorrente de processos inflamatórios
intensos, como queimaduras graves, infecções
bacteriana graves, reações inflamatórias
secundárias, reações alérgicas graves, dentre
outros. Existem ainda outros tipos de choque:
Séptico,NeurogênicoeAnafilático.
Condições causadoras doEstado deChoque
Ÿ
Lesõesgraves;
Ÿ
Fortesemoções;
Ÿ
Queimadurasgraves;
Ÿ
Hemorragias;
Ÿ
Acidentesporchoqueelétrico;
Ÿ
Envenenamento por produtos químicos e
intoxicações;
Ÿ
Ataquecardíaco;
Ÿ
Exposiçãoaextremosdecaloroufrio;
Ÿ
Doraguda;
Ÿ
Infecçãograve;
Ÿ
Fraturas.
34. Comoproceder:
Ÿ
Eliminaracausadochoque;
Ÿ
Colocaravítimaemdecúbitodorsal;
Ÿ
Observar a vítima, pois em caso de vômito
deve-se virar sua cabeça para que não se
asfixie. Caso haja suspeita de lesão da coluna
cervicalacabeçanãodeveservirada;
Ÿ
Afrouxar as roupas da vítima, para facilitar
respiraçãoecirculação;
Ÿ
Cobrir a vítima com cobertores para mantê-la
aquecida;
Ÿ
Nãoadministrarnadaviaoral;
Ÿ
Reavaliarfrequentementeossinaisvitais.
Pode-se elevar um pouco as pernas da vítima para melhorar
o retorno sanguíneo. NÃO elevar se houver fratura nesses
membros, ou se houver ferimento no tórax ou na cabeça.
índice
35. 6.Corposestranhos
6.1 Obstrução de via aérea por corpo
estranho (OVACE)
Entende-se por obstrução de vias aéreas toda
situação que impeça total ou parcialmente o
trânsito do ar ambiente até os alvéolos
pulmonares. A restauração e manutenção da
permeabilidade das vias aéreas nas vítimas de
trauma são essenciais e devem ser feitas de
maneira rápida e prioritária. A obstrução de vias
aéreassuperiorespodesercausada:
Ÿ
Pela língua: sua queda ou relaxamento pode
bloquearafaringe;
Ÿ
Pela epiglote: inspirações sucessivas e
forçadas podem provocar uma pressão
negativa que forçará a epiglote para baixo,
fechandoasviasaéreas;
Ÿ
Por corpos estranhos: qualquer objeto,líquidos
ouvômitoquevenhaasedepositarnafaringe;
Ÿ
Por danos aos tecidos: perfurações no
pescoço, esmagamento da face, inspiração de
arquente,venenoseoutrosdanosnaregião.
36. Em caso de vítima engasgada, iniciar a Manobra
deHeimlich. Comoproceder:
Ÿ
Posicionar-se atrás da vítima, abraçando-a em
tornodoabdome;
Ÿ
Colocararaizdopolegardeumadasmãosentre
acicatrizumbilicaleoapêndicexifóide;
Ÿ
Envolver a mão que se encontra sobre o
abdomedavítimacomaoutramão;
Ÿ
Pressionar o abdome da vítima puxando-o para
si e para cima, por 5 vezes, forçando a saída do
corpoestranho;
Ÿ
Observar se a vítima expele o corpo estranho e
voltaarespirarnormalmente;
Compressão em J Gestantes: compressão
toráxica
Manobra de desobstrução
das vias aéreas
37. Ÿ
Continuar as compressões até que a vítima
expilaoobjeto.
Obs.: caso a compressão abdominal seja
inviável, por tratar-se de paciente obeso ou
gestante, realizar as compressões na porção
médiainferiordoossoesterno.
Desobstrução da via aérea em crianças e
lactentes
Para crianças maiores de um ano, aplicar-se-á a
Manobra de Heimlich, de forma semelhante à do
adulto, levando-se em consideração a
intensidade das compressões que será menor.
Nos lactentes, para realizar a manobra de
desobstrução, o socorrista deverá tomar os
seguintes procedimentos, após falhar a segunda
tentativadeventilaçãoderesgate:
Ÿ
Segurar o bebê sobre um dos braços, com o
pescoço entre os dedos médio e polegar e com
o dedo indicador segurar o queixo da vítima para
manter as vias aéreas abertas, deixando-o com
as costas voltadas para cima e a cabeça mais
baixaqueotronco;
38. 5 suaves tapinhas
5 suaves
compressões
Tentar retirar o corpo
estranho
Ÿ
Dar 5 pancadas com a palma da
mãoentreasescápulasdobebê;
Ÿ
Girar o bebê de modo que ele
fique de frente, ainda mantendo a
cabeça mais baixa do que o
tronco, e efetuar 5 compressões
torácicas através dos dedos
indicador e médio sobre a linha
dos mamilos (idêntica às
compressõesdaRCP);
Ÿ
Colocar o bebê sobre uma
superfície plana e tentar retirar o
corpoestranho;
Ÿ
Realizar 1 insuflação e, caso o ar
não passe, reposicionar a
aberturadasviasaéreas;
Ÿ
Abrir as vias aéreas e efetuar
outra insuflação. Caso o ar não
passe, retornar para as pancadas
entre as escápulas e as
compressões torácicas, e repetir
os procedimentos até que o
objeto seja expelido ou a vítima
fique inconsciente. Neste caso,
procederamanobrasdeRCP
.
39. 6.2Corposestranhos nosolhos
Muitas vezes o corpo estranho está localizado na
superfície do olho, especialmente na córnea e na
conjuntiva palpebral superior. O corpo estranho
localizadonacórneanãodeveráserretirado.
Comoproceder:
Ÿ
Manter o acidentado calmo e tranqüilo. Manter-
secalmo;
Ÿ
Não retirar qualquer objeto que esteja na
córnea;
Ÿ
Não tocar no olho do acidentado nem deixar
queelaofaça;
Ÿ
Nãotocarnoobjeto;
Ÿ
Encaminhar o acidentado para atendimento
especializado, se possível com uma
compressa de gaze, lenço ou pano limpo
cobrindo o olho afetado sem comprimir, fixando
sem apertar. A próprio acidentado poderá ir
segurandoacompressa.
40. 6.3Corposestranhos nosouvidos
Comoproceder:
Ÿ
Não tente retirar objetos profundamente
introduzidos nem coloque nenhum instrumento
nocanalauditivo;
Ÿ
Nãobatanacabeçaparaqueoobjetosaia;
Ÿ
O acidentado com objeto estranho no ouvido
deve ser deitado de lado com o ouvido afetado
para cima. Se o objeto for visível, pode-se
tentar retirá-lo delicadamente para não forçá-lo
mais para dentro, com as pontas dos dedos. Se
o objeto não sair ou houver risco de penetrar
mais,deve-seprocurarsocorroespecializado.
índice
41. 7.Hemorragias
Hemorragia (ou sangramento) é a ruptura de
vasos sanguíneos, ocasionando a perda de
sangue.Podeserexternaouinterna.
O sagramento externo é visível na superfície do
corpo, e é decorrente de corte, raspão ou
perfuração, produzidos, por exemplo, por um
pedaço de vidro, um prego, uma faca, ou outro
objeto cortante. Qualquer ruptura anormal da pele
ou da superfície do corpo é chamada de
ferimento. Dessa maneira, ocorre o sangramento
ouahemorragia.
O sangramento interno é aquele que surge em
decorrência de um ferimento interno, que faz com
que o sangue saia do sistema circulatório, mas
permaneça no corpo, sendo portanto, uma
hemorragia interna. Os mais comuns ocorrem no
tóraxenoabdome.
42. Classificação
Arterial: quando o vaso atingido
é uma artéria, caracteriza-se
por hemorragia que faz jorrar
sangue pulsátil e de cor
vermelho vivo; a perda de
sangueérápidaeabundante.
Venoso: quando o vaso atingido
é uma veia, caracteriza-se por
hemorragia na qual o fluxo de
sangue que sai é contínuo, na
cor vermelho escuro, podendo
serabundante.
Capilar: quando o vaso atingido
é um capilar, o sangue escoa
lentamente, normalmente numa
cor menos viva que o sangue
arterial.
43. 7.1Hemorragiaexterna
Ordem deprocedimentos:
1.Pressãodireta
Coloque um pano limpo sobre o ferimento
pressionandoolocalparaconterosangramento.
2.Elevação daárea
Elevação da parte atingida (braço, perna) de
modoquefiquenumnívelsuperioraodocoração.
3.Pressãodigital
A técnica do ponto de pressão consiste em
comprimir a artéria lesada contra o osso mais
próximo para diminuir a afluência de sangue na
regiãodoferimento.
4.Aplicação degelo
O gelo faz diminuir o fluxo sanguíneo na região
ferida, reduzindo o sangramento. Não colocar o
gelodiretamentesobreapele(envolverempano).
5.Torniquete(últimorecurso)
O torniquete somente deve ser aplicado em casos
extremos e como último recurso, quando não há a
44. 2. Elevação
3. Pressão digital
1. Pressão direta
Conter uma hemorragia com pressão direta
usando um curativo simples, é o método mais
indicado. Se não for possível, deve-se usar
curativo compressivo; se com a pressão direta e
elevação da parte atingida de modo que fique
num nível superior ao do coração, ainda se não
for possível conter a hemorragia, pode-se optar
pelométododopontodepressão.
parada do sangramento. Evite o torniquete, pois
podecausarlesõesegangrena.
Atenção: não elevar o segmento ferido se isto
produzir dor ou se houver suspeita de lesão
internatalcomofratura.
45. Manter o acidentado agasalhado com cobertores
ou roupas, evitando contato com chão frio ou
úmido. Não dar líquidos quando estiver
inconsciente ou houver suspeita de lesão no
ventre/abdômen.
Choquehipovolêmico
Confortar a vítima, não dar líquidos ou
alimentos, mantê-la aquecida e elevar
membrosinferiores.
Os principais pontos
arteriais são os
braquiais, femorais
e temporais
superficiais.
Pressão digital:
pontos arteriais
46. Torniquete
Evite-o.Utilizeapenascomoúltimorecurso!
Procedimento:
Ÿ
Elevaromembroferidoacimadoníveldocoração;
Ÿ
Usar uma faixa de tecido largo, com aproxima-
damente sete centímetros ou mais, longo o suficiente
paradarduasvoltas,compontasparaamarração;
Ÿ
Aplicarotorniquetelogoacimadaferida;
Ÿ
Passar a tira ao redor do membro ferido, duas vezes.
Darmeionó;
Ÿ
Colocar um pequeno pedaço de madeira (vareta,
caneta ou qualquer objeto semelhante) no meio do
nó.Darumnócompletonopanosobreavareta;
Ÿ
Apertarotorniquete,girandoavareta;
Ÿ
Fixarasvaretascomaspontasdopano;
Ÿ
Afouxar o torniquete, girando a vareta no sentido
contrário,acada10ou15minutos.
47. 7.2Hemorragiainterna
A hemorragia interna é resultante de um ferimento
profundo com lesão de orgãos internos. O sangue
nãoaparece.Avítimaapresenta:
Ÿ
Pulsofraco;
Ÿ
Pelefria;
Ÿ
Sudoreseabundante;
Ÿ
Palidezintensaemucosasdescoradas;
Ÿ
Sede;
Ÿ
Tonturas,podendoestarinconsciente(choque).
Procedimento:
Ÿ
Mantenhaasviasaéreasliberadas;
Ÿ
Manter a vítima deitada em decúbito dorsal e o
mais imóvel possível - exceto em casos de
suspeita de fratura de crânio ou derrame
cerebral em que a cabeça deverá estar
levantada;
Ÿ
Tratarcomosefosseestadodechoque;
Ÿ
Colocar compressa de gelo sobre o local do
trauma;
Ÿ
Nãodênadaparaavítimabeber;
Ÿ
Procurarsocorroespecializadoimediatamente.
índice
48. 8. Emergênciastraumáticas
Trauma (traumatismo) é a lesão corporal
resultado da exposição à energia (mecânica,
térmica, elétrica, química ou radiação) que
interagiu com o corpo em quantidades acima da
suportada fisiologicamente. Pode ainda em
alguns casos ser resultado da insuficiência de
algum elemento vital (afogamento, estrangu-
lamento,congelamento).
índice
49. 8.1Ferimentos
Os ferimentos são lesões que apresentam
solução de continuidade dos tecidos e provocam
o rompimento da pele e, conforme seu tipo e
profundidade, rompimento das camadas de
gorduraedemúsculo.
Todososferimentos,logoqueocorrem:
1.Causamdor
2.Originamsangramentos
3.Sãovulneráveisàsinfecções
Classificação
Ÿ
Ferimento aberto: é aquele onde existe uma
perdadecontinuidadedasuperfíciecutânea.
Ÿ
Ferimento fechado: ocorre quando a lesão é
abaixo da pele, porém não existe perda da
continuidade na superfície, ou seja, a pele
continuaintacta.
50. Abrasão
Lesão superficial de sangramento discreto e
muito doloroso, causado por atrito em superfície
áspera. A contaminação da ferida tende a ser o
maissérioproblemaencontrado.
Incisão
Lesão de bordas regulares produzidas por
objetos cortantes, que podem causar
sangramento variável e danos a tecidos
profundos,comotendões,nervosemúsculos.
Lasceração
Lesão de bordas irregulares, produzida por tração
oucompressão.
Contusão
Lesão sem rompimento da pele decorrente de
trauma direto aos tecidos moles e que provoca
doreedema(inchaço).
Tipos de ferimentos
51. Avulsão
Extração ou arrancamento total ou parcial de uma
partedocorpo.
Perfuração
Lesão que avança através da pele e danifica os
tecidos em uma linha transversal. Podem ser
provocados por objetos pontiagudos e armas de
fogo. Uma lesão penetrante pode ser perfurante,
quandoháumpontodeentradaeoutrodesaída.
Transfixação
Lesão similar a perfuração, mas o objeto
perfurantefixa-seaocorpo.
Evisceração
Lesão na região do abdômen em que as vísceras
ficamexpostas.
Amputação
Tipo de avulsão em que membro ou sua parte é
totalmentearrancada.
52. Tratamento:
Ferimentofechado
Estas lesões podem variar desde lesões abaixo
da pele até lesões severas em órgãos internos.
Basicamente,otratamentoconsisteem:
Ÿ
Avaliaroacidentado;
Ÿ
Identificaralesão;
Ÿ
Tratar a hemorragia interna com imobilização da
região,prevenindooestadodechoque;e
Ÿ
Transportaravítimaparaumprontosocorro.
Ferimentoaberto
Tratamentobásico:
Ÿ
Exponha o local do ferimento (se necessário,
corteasvestes);
Ÿ
Cubra o ferimento com um curativo estéril para
controlar sangramentos e prevenir a
contaminação;
Ÿ
Mantenhaopacienteemrepouso,tranquilize-o;
Ÿ
Previnaoestadodechoque.
53. Tratamentoespecífico:
Abrasão: lavar o ferimento com água limpa
corrente;
Incisão:aproximarasbordas;
Transfixação: não remover objetos encravados.
Estabilize-os;
Evisceração: proteger as vísceras com plástico
estéril ou compressa úmida, não introduzi-las na
cavidade abdominal; não retirar pedaços das
víscerasemantê-lasúmidas;
Não remover objetos
encravados
54. Amputação: guardar a parte
amputada envolta em gaze ou
compressa estéril (pode ser
também um pano limpo), umede-
cido com solução fisiológica;
colocar a parte amputada, agora
protegida, dentro de um saco
plástico e em seguida dentro de
um segundo saco ou caixa de
isopor repleta de gelo e
transportá-laaohospital.
índice
55. 8.2 Trauma musculoesquelético
Otraumamusculoesqueléticoconsisteemlesões
causadas por trauma que envolvem ligamentos,
músculoseossos.
8.2.1Fratura
É a ruptura total ou parcial de um osso, produzida
por trauma direto ou indireto. Podendo apresentar
lesõesassociadasaoutrostecidos.
Classificação quanto aoferimento
Ÿ
Fechada ou simples:
quando a pele não foi
perfurada pelas
extremidades ósseas.
Ÿ
Aberta ou exposta:
quando o osso quebrado
atravessa a pele ou
apresenta um ferimento
associado que se
estende desde o osso
fraturado até a pele.
Fechada Exposta
56. SinaiseSintomas:
Deformidade: a fratura produz uma posição
anormal ou angulação, num local que não possui
articulação;
Sensibilidade: o local da fratura está muito
sensívelàdor;
Crepitação: sensação audível e palpável causada
pelo atrito das extremidades ósseas fraturadas.
Este sinal não deve ser reproduzido
intencionalmente, porque aumenta a dor e pode
provocaroutraslesões;
Edema e Alteração de Coloração: quase sempre
a fratura é acompanhada de certo inchaço, que é
provocado pelo aumento do líquido entre os
tecidos e por hemorragia. Esta alteração pode
demorarhorasparaaparecer;
Impotência Funcional: é a perda total ou parcial
dos movimentos das extremidades. A lesão
impede ou dificulta os movimentos, devido à dor
e à alteração musculoesquelética. A vítima
geralmente protege o local fraturado, pois
qualquermovimentaçãoédifíciledolorida;
57. Fragmentos Expostos: numa fratura aberta ou
exposta, os fragmentos ósseos podem se
projetar através da pele ou serem vistos ao fundo
doferimento.
58. 8.2.2Luxação
É o deslocamento de um ou mais ossos de uma
articulação e pode envolver separação parcial ou
completa das superfícies de contato. Ocorrem
normalmente nas articulações móveis (ombro,
joelho,etc).
SinaiseSintomas:
Ÿ
Deformidadeacentuadanaarticulaçãoluxada;
Ÿ
Edema;
Ÿ
Dor, principalmente quando a região é
movimentada;e
Ÿ
Impotência funcional, com a perda completa ou
parcialdosmovimentos.
59. 8.2.3Entorse
É a torção ou a distensão brusca de uma
articulação, além do seu grau normal de
movimentação(amplitude).
SinaiseSintomas:
São similares aos da luxação. Sendo que nas
entorses, os ligamentos geralmente sofrem
ruptura ou estiramento, provocado por
movimentaçãobrusca.
60. 8.2.4 Tratamento de fraturas,
luxações eentorses
O tratamento consiste na imobilização do
membroqueéimprescindívelparaaliviaradorda
vítima, prevenir outras lesões de músculos,
nervos e vasos sanguíneos e para a manutenção
daperfusãonomembro.
Realizarosprocedimentosaseguir:
Ÿ
Informeàvítimaoqueiráfazer;
Ÿ
Exponha o local, removendo as roupas da
vítima,senecessário;
Ÿ
Em fraturas expostas, controle hemorragias e
proteja o ferimento. Não empurre fragmentos
ósseos de volta para seu lugar e nem tente
removê-los;
Ÿ
Prepare todo o material de imobilização antes
demexernolocalparaimobilizá-lo;
Ÿ
Imobilizeumaarticulaçãoacimaeumaabaixo;
Ÿ
Se houver resistência, não alinhe o membro
luxado, torcido ou fraturado. Faça a
imobilizaçãonaposiçãoencontrada;
61. Imobilização com tala
Ex.: membro superior
Ÿ
As talas devem ser ajustadas de maneira a não
interromperacirculaçãolocal;
Ÿ
Previnaoestadodechoque;
Ÿ
Transporte para um pronto socorro ou aguarde
umaequipeespecializada.
Na maioria das vezes, é impossível saber se a
vítima é mesmo portadora de uma fratura,
entorse ou luxação. A confirmação virá quando a
vítima for submetida a um exame de Raio-X. No
entanto, até que se faça o exame em ambiente
hospitalar, devemos tratá-la como se tivesse
sofridoumafratura.
62. Imobilizações
O princípio do tratamento de fraturas, luxações
entorses é a imobilização, mas nem sempre o
brigadista terá, em mãos, materiais específicos
para esta atividade. Por isso, ele deverá
improvisar com materiais que estiverem
próximosaolocaldaocorrência.
Imobilização do braço com uso de um
lençol ou toalha (bandagem triangular)
63. Imobilização do antebraço com uso de uma
revista e faixas de tecido
Imobilização da articulação do tornozelo
utilizando toalha e tiras de pano
65. Traumatismodacoluna
A lesão da coluna espinhal tem que ser presumida
em TODOS os casos de trauma. Ex: Acidente de
carro,quedadenível.
Diagnóstico Presumido
Ÿ
No traumatismo da coluna costuma haver perda
da sensibilidade e do tato e a perda da
mobilidade dos membros. Se o acidentado
estiverlúcido:
Ÿ
Questioneseestásentindoosmembros;
Ÿ
Solicite que movimente lentamente as pernas e
os braços. Nota: O dano na medula espinhal
pode causar perda da função de reflexo abaixo
do ponto da lesão, interrompendo funções
corporais como respiração, controle intestinal e
controledabexiga;
Ÿ
Nãotentelevantarouremoveroacidentado;
Ÿ
Chame o socorro especializado, pois o
transporte errado do paciente poderá causar
danosirreversíveisparaomesmo.
índice
66. 8.3Queimaduras
Lesão do tecido de revestimento do corpo,
causada por agentes térmicos, químicos,
radioativos ou elétricos, podendo destruir total ou
parcialmente a pele e seus anexos, até atingir
camadas mais profundas. Ex: vapores quentes;
objetos congelados; substâncias químicas
(ácidos e álcalis); radiações infravermelhas e
ultravioletas; materiais energizados; descargas
atmosféricas.
67. 1º grau 2º grau 3º grau
Classificação-quantoàprofundidade
Queimaduras de 1º grau: atinge somente a
epiderme (camada mais superficial da pele).
Caracteriza-se por dor local e vermelhidão da
áreaatingida.
Queimaduras de 2º grau: atinge a epiderme e a
derme. Caracteriza-se por muita dor, vermelhidão
e formação de bolhas, além de desprendimento
decamadasdapele.
Queimaduras de 3º grau: atinge todas as
camadas de revestimento do corpo, incluindo o
tecido gorduroso, os músculos, vasos e nervos,
podendo chegar até os ossos. É a mais grave
quanto à profundidade da lesão. Caracteriza-se
por pouca dor, devido à destruição das
terminações nervosas, perda da sensibilidade,
peleseca,duraeescurecidaouesbranquiçada.
68. Procedimento:
Ÿ
Ÿ
Avalieavítimaeseuníveldeconsciência;
Ÿ
Retire partes de roupas não queimadas; e as
queimadas aderidas ao local, recorte em volta
(apenas as partes soltas). NÃO tente retirar
pedaços de roupa queimada que tenham
grudadonapele;
Ÿ
NÃOpassepódecafé,cremedentalouóleo;
Ÿ
NÃOaperteouperfureasbolhas;
Ÿ
Cobrir as regiões queimadas com tecido úmido
(preferencialmente de algodão), solto e limpo, a
fimdediminuiroriscodecontaminação.
Elimineoagentecausadordalesão;
69. Vítimaemchamas
Ÿ
Se a vítima apresentar fogo em sua roupa, use a
técnicadoPARE,DEITEeROLE;
Ÿ
Utilize uma manta - em direção aos pés - para
extinguirofogoporabafamento;
Ÿ
Avalie a vítima e mantenha a via aérea
permeável, observando a frequência, a
qualidade da respiração e o nível de
consciência (especial atenção para via aérea
emqueimadurasdeface).
Técnica Pare, Deite, Role para apagar
chamas pelo corpo e roupa.
70. Queimadurasquímicas
Ÿ
Limpe e remova substâncias químicas da pele
dopacienteedasroupasantesdelavarolocal;
Ÿ
Lave o local queimado com soro ou água limpa
corrente por, no mínimo, 15 minutos, sem
pressãooufricção;
Ÿ
Se álcali seco não lavar, retirar manualmente
(ex.:sodacáustica);
Ÿ
Cubracomcurativoestériltodaaáreadelesão.
Queimadurasnosolhos
Ÿ
Lavar o olho com água em
abundância ou, se possível,
com soro fisiológico por no
mínimo15minutos;
Ÿ
Cubra a região com curativo
estéril úmido, umedeça o
curativoacada5minutos.
71. Queimadurasporfrio
O frio também pode causar queimaduras e lesões
nas partes do corpo expostas por muito tempo a
baixas temperaturas ou umidade excessiva.
Deve-se ficar atento para a insuficiência cardío-
respiratóriaemcasodehipotermiasistêmica.
Queimaduraselétricas
Ÿ
Desligarafonteouafastaravítimadafonte;
Ÿ
Verificarsinaisvitaisdavítima;
Ÿ
Avaliar a queimadura (ponto de entrada e de
saída);
Ÿ
Aplicarcurativoseco;
Ÿ
Prevenirochoque.
72. Nocasodecongelamento dospésoudasmãos:
Ÿ
Levar o acidentado a um local aquecido,
mantendo-odeitado;
Ÿ
Aquecer as partes congeladas com água
morna ou panos molhados com água quente,
realizando massagens delicadas para ativar a
circulação nas partes próximas do membro
congelado (nunca massagear diretamente a
partecongelada);
Ÿ
Darbebidasquentes,comocháoucafé;
Ÿ
Pedir ao acidentado para movimentar os pés ou
as mãos para ajudar na recuperação da
circulação.
74. 8.4Choque elétrico
São abalos musculares causados pela passagem
de corrente elétrica pelo corpo humano e podem
provocar distúrbios na circulação sanguínea e até
levaràparadacardio-respiratória.
Em condições habituais tensões de 100 a 150 V
jásãoperigosaseacimade500Vsãomortais.
A intensidade da corrente é o fator mais
importante a ser considerado nos acidentes com
eletricidade. Corrente com 25 mA determinam
espasmos musculares, podendo levar à morte se
atuar por alguns minutos, por paralisia da
musculatura respiratória. Entre 25 mA e 75 mA,
além do espasmo muscular, dá-se a parada do
coração em diástole (fase de relaxamento)
ventricular. Se o tempo de contato for curto, o
coraçãopoderásobreviverafibrilaçãoventricular.
75. SinaiseSintomas:
Dependendo das condições da vítima e das
características da corrente elétrica, o acidentado
podeapresentar:
Ÿ
Sensaçãodeformigamento;
Ÿ
Contrações musculares fracas que poderão
tornar-sefortesedolorosas;
Ÿ
Inconsciência;
Ÿ
Dificuldaderespiratóriaouparadarespiratória;
Ÿ
Alteraçãodoritmocardíacoouparadacardíaca;
Ÿ
Queimaduras;
Ÿ
Traumatismos como fraturas e ruptura de
órgãosinternos.
No acidente elétrico, a vítima pode ficar presa ao
condutor ou ser violentamente projetada a
distância.
76. Comoproceder:
Ÿ
Corte ou desligue a fonte de energia mas não
toquenavítima;
Ÿ
Afaste a pessoa da fonte elétrica que estava
provocando o choque usando materiais não
condutores e secos como a madeira, o plástico,
panosgrossosouborracha;
Ÿ
Chameumaambulância;
Ÿ
Se houver parada cardio-respiratória aplique a
manobradeRCP
.
Fique atendo ao ambiente do acidente. Locais
com presença de água podem tornar-se muito
perigososporsuanotóriacondutividadeelétrica.
Desligue a energia Afaste a vítima da fonte elétrica
índice
77. 8.5 Afogamento
Ao presenciar um afo-
gamento, evite abordar
diretamente a vítima.
Procure arremessar um
objeto flutuante para que
ela se agarre e retire-a
rapidamentedaágua.
Comoproceder:
Ÿ
Limpe a boca da vítima de afogamento,
procurandodesobstruirasviasaéreas;
Ÿ
Verifiquesuarespiraçãoeopulso;
Ÿ
Em caso de parada cardio-respiratória, inicie a
manobradereanimação(RCP);
Ÿ
Em caso de vômitos vire a cabeça do afogado
paraoladoafimdeevitarsufocamento;
Todo o afogado deverá ser encaminhado ao
hospital para avaliação, qualquer que seja a
gravidade, pois há risco de infecção pulmonar
ocasionadapelaaspiraçãodaáguacontaminada.
índice
78. 9. Intoxicações e
envenenamentos
A presença de substâncias tóxicas estranhas ao
organismo pode levar a graves alterações de um
ou mais sistemas fisiológicos. Em geral, ocorrem
por acidente, podendo também ocorrer em casos
de tentativa de suicídio. Drogas e álcool, usados
de forma abusiva, podem provocar envene-
namento.
Veneno ou toxinas são substâncias que, se
introduzidas no corpo em quantidade suficiente,
podem causar danos temporários ou perma-
nentes. Os sinais e sintomas dependem da toxina
edomodocomoelapenetrounoorganismo.
Viasdeintoxicação:
Ÿ
Ingestão
Ÿ
Inalação
Ÿ
Contatocomapele
Ÿ
Injeção
79. Ingestão
Agentes tóxicos causadores mais comuns:
alimentos estragados ou que sofreram
contaminação química; Produtos de limpeza;
Remédios - sedativos e hipnóticos; Plantas
venenosas; Alucinógenos e narcóticos; Bebidas
alcoólicas; Inseticidas, raticidas, formicidas;
Soda cáustica; Derivados de petróleo; Ácidos,
álcalis,fenóis.
SinaiseSintomas:
Alterações respiratórias, náuseas, vômito, dor
abdominal, diarréia, salivação, suor excessivo,
lacrimejamento, irritação nos olhos, convulsões,
inconsciência.
80. Comoproceder:
Ÿ
Ao confirmar que houve ingestão de substância
tóxica ou venenosa, verificar imediatamente os
sinaisvitaiseassegurardequeavítimarespira;
Ÿ
Dar prioridade à parada cárdio-respiratória.
Faça respiração boca-a-boca utilizando
máscara ou outro sistema de respiração
adequadoqueeviteocontatodireto;
Ÿ
Identificar o agente, através de frascos
próximos do acidentado, para informar o
médico ou procurar ver nos rótulos ou bulas se
existealgumaindicaçãodeantídotos;
Ÿ
Não provoque o vômito se a vítima estiver
inconsciente;
Ÿ
Procurar transportar o acidentado imediata-
mente a um pronto socorro para diminuir a
possibilidade de absorção do veneno pelo
organismo,mantendo-oaquecido.
Disque-intoxicação: 0800 722 601
81. Induza ao vômito em casos de intoxicações por:
alimentos, medicamentos, álcool, inseticida, xampu,
naftalina, mercúrio, plantas venenosas (exceto
diefembácias - comigo-ninguém-pode) e outras
substâncias que NÃO sejam corrosivas NEM
derivadosdepetróleo.
Ÿ
Substânciacorrosivaforte,como:ácidoselixívia
Ÿ
Veneno que provoque queimadura dos lábios, boca
efaringe
Ÿ
Sodacáustica
Ÿ
Alvejantes
Ÿ
Tira-ferrugem
Ÿ
Águacomcal
Ÿ
Amônia
Ÿ
Desodorante
Ÿ
Derivados de petróleo como: querosene, gasolina,
fluidodeisqueiro,benzina,lustra-móveis
NÃO PROVOCAR VÔMITO EM VÍTIMAS
INCONSCIENTES E NEM DE ENVENENAMENTO
PELOSSEGUINTESAGENTES:
82. Inalação
A causa mais comum de intoxicação por vias
aéreas é a aspiração do gás de cozinha. Além
dele, outros produtos domésticos, vapores
químicos, poeiras, fumaças e gases industriais
podemprovocaroenvenenamento.
Sintomas:
Tontura, dificuldade de respirar, dor de cabeça,
palidez, pele azulada e até perda de consciência.
Podemocorrertambémvômitoediarréia.
Comoproceder:
Ÿ
Remover o acidentado o mais rapidamente
possívelparaumlocalbemventilado;
Ÿ
Soliciteatendimentoespecializado;
Ÿ
Verificar rapidamente os sinais vitais. Aplicar
técnicas de RCP se necessário. Utilize máscara
ououtrosistemaderespiraçãoadequada;
Ÿ
Manter a vítima imóvel, aquecido e sob
observação.
83. Contatocom apele
Algumas substâncias podem causar irritação ou
destruição tecidual através do contato com a
pele, mucosas ou olhos. Além de poeiras, fumaça
ou vapores pode ocorrer contato tóxico com
ácidos, álcalis e outros compostos. O contato
com estes agentes pode provocar inflamação ou
queimadurasquímicasnasáreasafetadas.
Comoproceder:
A substância irritante ou corrosiva deverá ser
removida o mais rapidamente possível. O local
afetado deverá ser lavado com água corrente,
pura, abundantemente. Se as roupas e calçados o
acidentado estiverem contaminados, a remoção
destas deverá ser feita sob o mesmo fluxo de
água da lavagem, para auxiliar na rápida remoção
doagente,eestesdeverãoserisolados.
Não fazer a neutralização química da substância
tóxica. A lavagem da pele e mucosa afetada, com
água corrente, tem demonstrado ser a mais
valiosa prevenção contra lesões. Em caso de
contato com gases liquefeitos, aqueça a parte
afetadacomáguamorna.
índice
84. 10. Animaispeçonhentos
São aqueles que possuem glândulas de veneno
que se comunicam com dentes ocos, ou ferrões,
ou aguilhões, por onde o veneno passa
ativamente. Exemplos: aranhas, escorpiões,
cobras,insetosecarrapatos.
SinaiseSintomas:
Náuseas, vômitos, salivação, tremores e até
convulsão. Podem ocorrer alterações cardíacas,
depressãoarterial,respiratóriasechoque.
85. Comoproceder:
Ÿ
Lavar o local da picada de preferência com
águaesabão;
Ÿ
NÃO fazer cortes, perfurações, torniquetes,
nemcolocarprodutoscaseiros;
Ÿ
Manteroacidentadocalmo;
Ÿ
Levar a vítima rapidamente para o serviço
médicomaispróximo;
Ÿ
Tente identificar o animal agressor, porém
lembre-se de que levar a vítima ao serviço
médicoéaprioridade.
LEMBRE-SE: nenhum remédio caseiro substitui o
soroapropriadoparacadaespécieanimal.
índice
86. 11. Emergênciasclínicas
Condições de desequilíbrio do organismo que
não envolvem violência ou fatores externos como
causas que as originaram, cujos sinais e
sintomas identificam a necessidade de atendi-
mentomédicoimediato.
índice
87. 11.1Desmaio
É a perda súbita, temporária e repentina da
consciência, devido à diminuição de sangue e
oxigênionocérebro.
Causas:
Hipoglicemia, cansaço excessivo, fome,
nervosismo intenso, emoções súbitas, susto,
acidentes (principalmente os que envolvem perda
sangüínea), dor intensa, prolongada perma-
nência em pé, mudança súbita de posição,
ambientesfechadosequentes.
SinaiseSintomas:
Fraqueza, suor frio abundante, náusea ou ânsia
de vômito, palidez intensa, pulso fraco,pressão
arterial baixa, respiração lenta,extremidades
frias, tontura, escurecimento da visão - devido à
perdadaconsciênciaoacidentadocai.
89. Seapessoa apenas começou a desfalecer:
Ÿ
Sentá-laemumacadeiraoubanco;
Ÿ
Curvá-laparafrente;
Ÿ
Baixar a cabeça da vítima, colocando-a entre as
pernasepressionaracabeçaparabaixo;
Ÿ
Manteracabeçamaisbaixaqueosjoelhos;
Ÿ
Fazê-la respirar profundamente até que passe o
mal-estar.
índice
90. 11.2Crise convulsiva
É uma contração violenta, ou série de contrações
dos músculos voluntários, com ou sem perda de
consciência.
Causas:
Ÿ
febre muito alta devido a processos
inflamatórioseinfecciosos,oudegenerativos;
Ÿ
hipoglicemia;
Ÿ
alcalose;
Ÿ
hipocalcemia;
Ÿ
traumatismonacabeça;
Ÿ
hemorragiaintracraniana;
Ÿ
edemacerebral;
Ÿ
tumores;
Ÿ
intoxicações por gases, álcool, drogas
alucinatórias,insulina,dentreoutrosagentes;
Ÿ
epilepsia ou outras doenças do sistema
nervoso.
91. SinaiseSintomas:
Ÿ
inconsciência;
Ÿ
queda desamparada, onde a vítima é incapaz de
fazer qualquer esforço para evitar danos físicos
asiprópria;
Ÿ
olharvago,fixoe/ourevirardosolhos;
Ÿ
suor;
Ÿ
midríase(pupiladilatada);
Ÿ
lábioscianosados;
Ÿ
espumarpelaboca;
Ÿ
morderalínguae/oulábios;
Ÿ
corporígidoecontraçãodorosto;
Ÿ
palidezintensa;
Ÿ
movimentosinvoluntáriosedesordenados.
92. Comoproceder:
Ÿ
Mantenha-secalmo;
Ÿ
Proteja a cabeça da vítima (remova os óculos,
setiver);
Ÿ
Retireobjetospróximos;
Ÿ
Lateralizeacabeça;
Ÿ
Afrouxeroupasapertadas;
Ÿ
Colocaravítimaemposiçãoderepouso;
Ÿ
Permaneça ao lado da vítima até que ela retorne
aconsciência.
Durante a crise, não coloque a mão nem qualquer objeto na
boca do indivíduo. Não tente puxar a sua língua. Não tente
acordá-lo,nemforce-oaselevantar.Nãolhedêdebeber.
índice
93. 11.3Edema agudo depulmão
É o acúmulo anormal de líquido nos tecidos dos
pulmões. É uma das emergências clínicas de
maiorimportânciaeseriedade.
Causas:
Edema pulmonar é uma emergência médica
resultante de alguma doença aguda ou crônica ou
de outras situações especiais. Problemas do
coração, como cardiomiopatia (doença do
músculo do coração), infarto agudo do miocárdio
ou problemas nas válvulas do coração, que
determinam uma fraqueza no bombeamento do
sangue pelo coração, estão entre as principais
causas do edema pulmonar. Quando o coração
não funciona bem, o sangue acumula-se nos
pulmões, o que leva à falta de ar. Já a infecção
pulmonar (pneumonia) ou a infecção
generalizada do corpo também leva ao edema
pulmonar.
94. SinaiseSintomas:
Ÿ
Alteração nos movimentos respiratórios - os
movimentossãobastanteexagerados;
Ÿ
Encurtamento da respiração (falta de ar), que
normalmente piora com as atividades ou
quando a pessoa deita-se com a cabeceira
baixa.Odoenteassumeaposiçãosentada;
Ÿ
Dificuldade em respirar - aumento na
intensidadedarespiração(taquipnéia);
Ÿ
Respiração estertorosa; pode-se escutar o
borbulhardoarnopulmão;
Ÿ
Eventualmente-batimentodasasasdonariz;
Ÿ
A pele e mucosas se tornam frias, pálidas e
cianóticas(azuladas),comsudoresefria;
Ÿ
Ansiedadeeagitação;
Ÿ
Aumentodosbatimentoscardíacos;
Ÿ
Aumento da temperatura corporal (hipertermia)
noscasosdeanafilaxiaaguda;
Ÿ
Mucosanasalvermelho-brilhante;
Ÿ
Tosse acompanhada por expectoração
espessa.
95. Comoproceder:
Ÿ
Transferência para um serviço de urgência ou
emergênciadeumhospital;
Ÿ
Nãomovimentarmuitoavítima;
Ÿ
Observarcomprecisãoossinaisvitais;
Ÿ
Manter a pessoa na posição mais confortável,
emambientecalmoeventilado;
Ÿ
Obter um breve relato da vítima ou de
testemunhassobreoocorrido;
Ÿ
Tranqüilizaravítima;
Ÿ
Afrouxarasroupas;.
Ÿ
Evitaraingestãodelíquidosoualimentos;
Ÿ
No caso de parada cardíaca aplicar as técnicas
deressuscitaçãocardio-respiratória(RCP).
índice
96. 11.4 Infartodomiocárdio
Necrose do músculo cardíaco após isquemia por
oclusão arterial coronariana aguda, ou seja, é um
quadro clínico conseqüente à deficiência de fluxo
sanguíneo para uma dada região do músculo
cardíaco (miocárdio), cujas células sofrem
necrosedevidoàfaltadeaportedeoxigênio.
Causas:
Arteriosclerose; embolia coronariana e espasmo
arterialcoronário(anginapectória).
Principalcomplicação:
Parada cardíaca por fibrilação ventricular (parada
emfibrilação).Óbito.
97. SinaiseSintomas:
Ÿ
Dor ou forte pressão no peito. Dor não diminui
comrepouso;
Ÿ
Dor no peito refletindo nos ombros, no braço
esquerdo ou nos dois braços, no pescoço e
maxilar;
Ÿ
Sudorese profusa (suor intenso), palidez e
náusea. Podem estar presentes vômitos e
diarréia;
Ÿ
A vítima apresenta-se, muitas vezes,
estressadocom"sensaçãodemorteiminente";
Ÿ
Faltadear;
Ÿ
Enjôoeatévômito;
Ÿ
Choquecardiogênico.
98. Comoproceder:
Muitas vezes a dor que procede a um ataque
cardíaco pode ser confundida com a dor
epigástrica (de uma indigestão). É preciso estar
atentoparaestetipodefalsoalarme.
Ÿ
Procurarsocorromédicocomurgência;
Ÿ
Nãomovimentarmuitoavítima;
Ÿ
Observarcomprecisãoossinaisvitais;
Ÿ
Manter a pessoa deitada, em repouso absoluto
na posição mais confortável, em ambiente
calmoeventilado;
Ÿ
Obter um breve relato da vítima ou de
testemunhassobreoocorrido;
Ÿ
Tranqüilizaravítima;
Ÿ
Afrouxarasroupas;
Ÿ
Evitaraingestãodelíquidosoualimentos;
Ÿ
No caso de parada cardíaca aplicar as técnicas
deressuscitaçãocardío-respiratória;
Ÿ
Ver se a vítima traz nos bolsos remédios de
urgência. Aplicar os medicamentos segundo as
bulas,desdequeavítimaestejaconsciente.
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99. 11.5 Acidente Vascular Cerebral
O derrame cerebral (AVC) acontece quando o
sangue deixa de chegar ao cérebro, quando os
vasos ficam obstruídos ou, então, quando ocorre
a ruptura de um deles. No caso de entupimento do
vaso, o AVC é chamado de isquêmico. Na ruptura
do vaso, é o AVC hemorrágico. Este último é
sempre mais grave e com mais seqüelas, levando
tambémàmaiorincidênciademorte.
Causas:
Hipertensão arterial; Inflamação nos vasos
sanguíneos, que podem se desenvolver a partir de
doenças como sífilis e tuberculose; Distúrbios de
coagulação do sangue, como a hemofilia;
Ferimentos na cabeça ou no pescoço que resultam
em danos aos vasos sanguíneos na cabeça ou no
pescoço; Aterosclerose; Formação de trombos;
Inflamações.
Fatoresde risco:
Hipertensão; Diabetes; Colesterol alto; Obesidade;
Tabagismo; Alcoolismo; Idade avançada; Histórico
familiar;Sedentarismo.
100. SinaiseSintomas:
Ÿ
Enfraquecimento, adormecimento ou parali-
sação da face, braço ou perna de um lado do
corpo;
Ÿ
Alteração de visão: turvação ou perda da visão,
especialmente de um olho; episódio de visão
dupla; sensação de "sombra" sobre a linha da
visão;
Ÿ
Dificuldade para falar ou entender o que os
outros estão falando, mesmo que sejam as
frasesmaissimples;
Ÿ
Tontura sem causa definida, desequilíbrio, falta
de coordenação no andar ou queda súbita,
geralmente acompanhada pelos sintomas
acimadescritos;
Ÿ
Doresdecabeçafortesepersistentes;
Ÿ
Dificuldadeparaengolir.
101. Comoproceder:
Ÿ
Procurarsocorromédicocomurgência;
Ÿ
Se a vítima estiver consciente, deite-a com a
cabeça e os ombros ligeiramente erguidos e
apoiados;
Ÿ
Incline a cabeça para um dos lados. É
importante para que possa dar saída à
salivaçãoeevitarvômitocomaspiração;
Ÿ
Se a vítima perder a consciência, fique atento
paraeventualparadacardíacae/ourespiratória;
Ÿ
Em caso de parada cardíaca e/ou respiratória,
procedaàreanimaçãoRCP
.
índice
102. 12. Movimentação e
transporte de vítimas
A vítima não deverá ser movimentada, a menos
que exista um perigo imediato para ele ou para o
socorrista que está prestando os primeiros
socorros. Para tanto, é preciso avaliar
rapidamente a vítima, para que o socorrista tenha
condições de escolher a melhor técnica para sua
condiçãofísicaeacondiçãodesaúdedavítima.
Antes de remover um acidentado, os seguintes
procedimentosdevemtersidoobservados:
Ÿ
Restauração ou manutenção das funções
respiratóriaecirculatória;
Ÿ
Verificaçãodeexistênciaegravidadedelesões;
Ÿ
Controledehemorragia;
Ÿ
Prevençãoecontroledeestadodechoque;
Ÿ
Imobilização dos pontos de fratura, luxação ou
entorse.
103. Transporterapidamente quando:
Houver perigo de incêndio, explosão ou
desabamento, presença de ameaça
ambientaloumateriaisperigosos.
Métodos de transporte
Transporte de Apoio
Indicado para: vítimas de
vertigem, de desmaio, com
ferimentos leves ou pequenas
perturbações que não os
tornem inconscientes e que
lhespermitamcaminhar.
104. Transporteaocolo
Indicado para: casos de
envenenamento ou picada
por animal peçonhento,
estando o acidentado
consciente, ou em casos
de fratura, exceto da
colunavertebral.
Transportenascostas
Indicado para: remoção de
pessoas envenenadas ou
com entorses e luxações
dos membros inferiores,
previamenteimobilizados.
105. Transportetipobombeiro
Indicado para: casos que não envolvam fraturas e
lesões graves. É um meio de transporte eficaz e muito
útil. Muito usado em ambientes com presença de
fumaça.
106. Transportedearrastoemlençol
Seguram-se as pontas de uma das extremidades do
lençol, cobertor ou lona, onde se encontra apoiada a
cabeça do acidentado, suspende-se um pouco e
arrasta-seapessoaparaolocaldesejado.
107. Chave deRautek-Manobradearrasto
Chave de Rautek é uma manobra executada para
remoção rápida de uma vítima de acidente
automobilístico com suspeita de lesão na coluna
cervical a ser realizada por um socorrista que permite
a extricação da vítima por uma pessoa sem o uso de
equipamentos, desde que a vítima esteja no banco
dianteiro não encarceirada (a vítima deve ser
acessível pela porta dianteira). A manobra só é
indicada em casos de extrema necessidade de
extricação do veículo, como parada cardio-
respiratóriaouriscodeincêndio.
109. Transporteao colo
A vítima é abraçada e levantada, de lado, até a altura
do tórax das pessoas que a estão socorrendo. O
acidentado pode ser um fraturado ou luxado de
ombro superior ou inferior, e o membro afetado deve
sempre ficar para o lado do corpo das pessoas que
estãosocorrendo,afimdemelhorprotegê-lo.
110. Vítima traumática: transporte em prancha com
rolamento 90°
Ÿ
Para a mobilização do acidentado são
necessárias três pessoas agindo simulta-
neamente;
Ÿ
A primeira segura com firmeza a cabeça e o
pescoço da vítima, para evitar que dobre o
pescoço;
Ÿ
Asegundaapóiaaregiãodabacia;
Ÿ
A terceira segura pelos pés, evitando dobrar as
pernasdavítima;
Ÿ
Com um movimento simultâneo e sincronizado
retiram a vítima do chão e a colocam em uma
superfície plana e firme, imobilizando o
pescoço, os braços e as pernas, antes do
transporte.
111. O Rolamento 90º é uma técnica que requer
simulações e treinamento específico. Não tente
fazer se não estiver preparado. Aplicar a técnica
de forma desordenada poderá aumentar o trauma
davítima.
112. Posição lateral de segurança
Esta técnica deve ser utilizada após a análise
primária e secundária, no momento em que o
socorrista observar que a vítima apresenta um
quadro estável e não possui nenhuma fratura ou
lesão de coluna cervical. Caso o socorrista
perceba que a possibilidade de uma lesão de
cervical existe, deverá deixar a vítima em decúbito
dorsal(ventreparacima).
índice
113. Previnaosacidentes
Ÿ
Guarde produtos de limpeza e remédios em
prateleiras altas e fechadas (para evitar o
alcancedecrianças);
Ÿ
Quando estiver utilizando o fogão, evite
distrações. Mantenha-se perto enquanto a
chamaestiverligada;
Ÿ
Aosentircheirodegásnãoacioneinterruptores
nem acenda chamas (isqueiro, cigarros, etc).
Dependendo da concentração de gás poderá
ocorrerexplosãocomumapequenafaísca;
Ÿ
Na praia, lago, rio ou piscina nunca desvie sua
atenção das crianças. Fique próximas a elas.
Para haver um afogamento, poucos
centímetros de profundidade de água são
suficientes;
Ÿ
Faça manutenção elétrica regularmente.
Não deixe fios expostos. Se possui crianças
pequenas,coloqueprotetoresdetomadas;
Ÿ
Ao vestir roupas e calçados, observe se não há
aranhasououtroanimalpeçonhentoabrigado;
Ÿ
UseEPIs(Equipamentosdeproteção).
114. 13. Teste seus conhecimentos
sobre Primeiros Socorros
Participe do quiz sobre o conteúdo apresentado
nesseMobiBook.
Cliquenolinkabaixoparainiciaroteste.
Boasorte!Agradecemosasuaparticipação.
Teste
?
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115. 14. Referências bibliográficas
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Manual de Primeiros
Socorros. RiodeJaneiro,RJ,2003.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR-ES. CURSO DE
FORMAÇÃO DE BRIGADA DE INCÊNDIO. Vitória, ES,
2014.
DEPARTAMENTO DE TRANSITO DO ESTADO DO PARÁ.
Apostila de Primeiros Socorros.Belém,PA,2006.
American Heart Association, AHA Guidelines 2015, EUA
2015.
Paulo Frange, Manual de Primeiros Socorros. São Paulo,
SP
,2010.
ABIQUIM. Manual para Atendimento de Emergências
comProdutosPerigosos.SãoPaulo,SP
,2002
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à
Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 -
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília:
MinistériodaSaúde,2016.
Hospital Albert Einstein, website Seção sobre AVC
www.einstein.br/doencas-sintomas/avc acessado em
24/11/2018.
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