O documento fornece diretrizes sobre a avaliação da cena e do paciente em situações de emergência. Inclui instruções sobre biossegurança, equipamentos de proteção, avaliação de riscos e primeiros socorros.
3. BIOSSEGURANÇA
• Tome precauções para que você não seja contaminado e não contamine a
vítima.
• Use os EPIs (equipamentos de proteção individual).
• Use luvas descartáveis se houver possibilidade de entrar em contato com
sangue e secreções.
• Use equipamentos de segurança.
Segurança
5. AVALIAÇÃO DA CENA
Antes de avaliarmos e/ou prestarmos qualquer atendimento a uma
vítima, primeiro é necessário verificar a segurança da cena. O
socorrista deve está sempre bem protegido e preservar sua
integridade física. Se o local da cena não estiver oferecendo
segurança, temos que tornar o local seguro.
6. AVALIAÇÃO DA CENA
AO CHEGAR NO LOCAL DA EMERGÊNCIA, O SOCORRISTA DEVE;
1 Observar a segurança da cena – procurar os riscos existentes e
proteção individual;
2 Observar os mecanismos do trauma ou a natureza da doença do
paciente;
3 Checar o número de vítimas e iniciar o atendimento por prioridade
de gravidade;
4 Acionar recursos adicionais, se necessário.
7. AVALIAÇÃO DA CENA
1 A cena por si só;
2 O paciente, familiares, testemunha, curiosos;
3 Os mecanismos do trauma;
4 A posição do paciente, deformidades ou lesão óbvia;
5 qualquer sinal ou sintoma indicativo de emergência clínica.
Fontes rápidas de informação no local de
cena
8. AVALIAÇÃO DA CENA
A prioridade para todos os envolvidos no atendimento de um trauma é
a avaliação da cena. Avaliar a cena significa assegurar-se de que ela
seja segura e considerar cuidadosamente a natureza da situação. A
avaliação da segurança e da situação da cena deve ser iniciada antes
mesmo da chegada da equipe no local de atendimento, com base nas
informações recebidas pela central, e quando a equipe se aproxima
da vítima.
9. AVALIAÇÃO DA CENA
Ao chegar em um local de ocorrência, independentemente se a vítima
sofreu um mal súbito ou um acidente, é importante fazer uma avaliação
prévia da cena, avaliando os riscos existentes, de forma que o
socorrista não se torne também uma vítima, e essa análise precisa ser
feita de maneira rápida e eficaz, visto que você não tem muito tempo a
perder; lembre-se que, o quanto antes iniciar o atendimento, maiores
serão as chances de sobrevida da vítima. Essa avaliação deve ser feita
em diversas etapas.
Avaliação de cena em um
atendimento
10. AVALIAÇÃO DA CENA
Mais do que olhar a cena da ocorrência de modo frio e prático, um
socorrista deve contar com a sua sensibilidade para identificar
possíveis fatores de risco e eliminá-los. Pedir ajuda às pessoas ao
redor para afastar o fluxo de curiosos ou de veículos, por exemplo,
é válido, desde que essa atitude não coloque em risco a segurança
e integridade de outros presentes na cena.
Lembre-se que dados importantes jamais devem ser alterados, já
que, em alguns casos, o local poderá passar por perícia e análises
policiais. A análise do socorrista deve consistir estritamente em
preservar a sua vida, a sua integridade, da vítima e dos demais
presentes na cena.
11. AVALIAÇÃO DA CENA
O que posso fazer?
• Acionamento de apoio (Corpo de Bombeiros,
SAMU);
• Sinalização do local;
• Isolamento da área;
• Prevenção de incêndio com uso de extintores.
13. AVALIAÇÃO DA CENA
• Tipo da emergência;
• Quantidade de vítimas;
• Localização e estado da (as) vítima (as);
• Endereço e ponto de referência;
• Telefone de contato;
• Informações adicionais.
Dados importantes a informar
16. Socorristas 01 e 02 aproximam da vítima de maneira
simultânea para evitar que ela realize movimentos bruscos
com a cabeça para observar a aproximação dos socorristas.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
Socorrista 02 estabiliza a cabeça e o socorrista 01 aborda o
paciente pela frente avaliando a responsividade do
paciente, identificando-se como socorrista, perguntando o
que aconteceu e pedindo o consentimento para ajudá-lo.
18. O levantamento primário deve proceder rapidamente e de forma lógica
a ordem de prioridade. Se o socorrista estiver sozinho, intervenções
podem ser realizadas quando as condições de risco de vida são
identificadas.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
Se o problema é facilmente corrigível, como aspirar uma via aérea, o
socorrista deve optar por resolver o problema antes de prosseguir para
o próximo passo.
19. Por outro lado, se o problema não puder ser rapidamente controlado no local,
como choque resultante de suspeita de hemorragia interna, o restante da
avaliação primária é completada rapidamente. Se há mais de um socorrista, um
pode completar a avaliação primária, enquanto outro inicia o tratamento dos
problemas identificados.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
20. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
Quando várias condições críticas são identificadas, a avaliação primária permite que
o socorrista estabeleça prioridades no tratamento. A mesma avaliação primária é
utilizada independentemente do tipo de paciente, sendo ele idoso, pediátrico, ou
paciente grávida, sendo avaliados de forma semelhante assegurando que todos os
componentes da avaliação sejam realizados, e que nenhuma patologia significativa
seja perdida.
21. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
A avaliação principal do paciente vítima de mecanismo de lesão traumática
agora enfatiza o controle de sangramento externo com risco de vida como
o primeiro passo da sequência da avaliação primária.
Enquanto as outras etapas são ensinadas e exibidas de forma sequencial,
mas muitos dos passos podem, e devem ser realizados simultaneamente. Os
passos podem ser lembrados usando o mnemônico X – ABCDE.
22. X - A B C D E
X – Hemorragias exsanguinantes.
A - Gerenciamento das vias aéreas e estabilização da coluna cervical.
B – Respiração.
C – Circulação.
D - Deficiência neurológica.
E - Exposição / ambiente.
AVALIAÇÃO DO PACIENTE
23. AVALIAÇÃO DO
PACIENTE
Na avaliação primária de um paciente com mecanismo de lesão
traumática, com risco iminente a vida com hemorragia externa, esta
deve ser imediatamente identificada e gerenciada.
Se a hemorragia externa exsanguinante estiver presente, deve ser
controlada antes mesmo da avaliação da via aérea (ou
simultaneamente, se possível).
A hemorragia externa é identificada e controlada na avaliação
primária, porque, se a hemorragia grave não for controlada o mais
rápido possível, o potencial para o paciente evoluir a morte aumenta
dramaticamente.
24. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
A via aérea do paciente é verificada rapidamente para garantir
que está pérvia e que não existe nenhum perigo de obstrução.
Se a via aérea estiver comprometida, ela terá que ser
desobstruída, inicialmente usando métodos manuais, para
paciente clínico: a manobra de hiperextensão da coluna cervical e
elevação do queixo (head-tilt, chin-lift), e para pacientes de trauma
ou natureza da lesão desconhecida: estabilize a coluna cervical e
tracione a mandíbula (jaw-thrust/ chin-lift). Havendo secreção ou
sangramento, deve se fazer a aspiração utilizando aspirador
manual ou elétrico.
25. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
Avalie quanto à existência de objetos ou algo que precisa ser
removido; realize oximetria de pulso; forneça oxigênio se
necessário, e insira cânula orofaríngea (COF) se a Escala de
Coma de Glasgow (ECG) estiver ≤ 8, sem reflexo de vômito.
Todo paciente traumatizado com um mecanismo contuso de
lesão é suspeito de lesão medular até que esta possível lesão
medular seja conclusivamente descartada
26. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
A solução é garantir que a cabeça do paciente e pescoço sejam manualmente mantidos
(estabilizados) em posição neutra durante todo o processo de avaliação colocando os dedos
polegares sobre o osso zigomático do paciente para manter a cabeça imóvel.
27. AVALIAÇÃO DO
PACIENTE
A respiração tem a função efetiva de entregar oxigênio aos pulmões do
paciente para ajudar a manter o processo de metabolismo aeróbio. A
hipóxia pode resultar de ventilação inadequada nos pulmões e levar à falta
de oxigenação dos tecidos.
Quando a via aérea do paciente estiver aberta, a qualidade e quantidade
de respiração do paciente (ventilação) pode ser avaliada da seguinte
forma: Exponha totalmente o tórax do paciente para avaliar a qualidade
da respiração através dos seguintes parâmetros: profundidade,
frequência, esforço e bilateralidade
28. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
Se a respiração estiver inadequada ou na presença de ferimentos graves no tórax, realize
intervenções necessárias.
29. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
A avaliação do comprometimento ou falha do sistema
circulatório é o próximo passo para cuidar do paciente
traumatizado.
No primeiro passo da sequência, os sangramentos com risco
a vida foram identificados e controlados, depois avaliar a
perfusão capilar, o pulso periférico e a pele, para obter
uma estimativa global do débito cardíaco do paciente.
Choque em pacientes com trauma é quase sempre devido à
hemorragia.
30. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
PULSO PERIFÉRICO - O pulso é avaliado quanto à presença,
qualidade e regularidade. Uma verificação rápida do pulso revela
se o paciente está em taquicardia, bradicardia ou ritmo irregular
PERFUSÃO CAPILAR Se refere à perfusão do sangue nos
capilares sanguíneos. É aferida a perfusão capilar pressionando a
exterminada dos dedos da vítima. A circulação não pode demorar
mais que 2 segundos para retornar.
31. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
PELE - O exame da pele pode revelar muito sobre o estado
circulatório do paciente.
Cor: A perfusão adequada produz um tom rosado na pele. A pele fica
pálida quando o sangue é desviado longe de uma área. A coloração
pálida está associada à má perfusão. A coloração azulada indica
pobre oxigenação.
Temperatura: Como na avaliação geral, a temperatura da pele é
influenciada pelas condições ambientais. A pele fria indica
diminuição da perfusão, independentemente da causa. A
temperatura da pele pode ser avaliada com um toque simples na
pele do paciente com a costa da mão.
32. AVALIAÇÃO DO
PACIENTE
O socorrista deve assumir que um paciente confuso, delirante,
combativo ou não cooperativo, está hipóxico ou sofreu um TCE, até
que se prove o contrário.
Durante a avaliação, o histórico pode ajudar a determinar se o
paciente perdeu a consciência em algum momento desde a lesão
ocorrida, se substâncias tóxicas podem estar envolvidas, e se o
paciente tem alguma condição preexistente que pode produzir uma
diminuição no nível de consciência ou no comportamento.
33. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
Observação cuidadosa da cena pode fornecer informações
valiosas a esse respeito. Um nível de consciência diminuído alerta
o socorrista para as seguintes possibilidades:
1. Diminuição da oxigenação cerebral (causada por hipóxia /
hipoperfusão) ou hipoventilação grave (narcose por dióxido de
carbono);
2. Lesão do sistema nervoso central (SNC) (por exemplo, TCE);
3. Overdose de drogas ou álcool ou exposição a toxinas;
4. Distúrbio metabólico (por exemplo, causado por diabetes,
convulsão ou parada cardíaca).
35. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
ESCALA DE COMA DE GLASGOW - ADULTO
CLASSIFICAÇÃO DO TCE SEGUNDO A PONTUAÇÃO NA ECG ADULTA
TCE LEVE - 13 a 15
TCE MODERADO - 9 a 12
TCE GRAVE - 3 a 8.
36. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
Quando a pontuação da ECG for menor que 15, as pupilas devem ser
avaliadas quanto ao tamanho, simetria e se reagem à luz. Havendo alguma
anormalidade nas pupilas, deve-se subtrair um ponto da ECG de cada
pupila anormal. Uma pontuação ECG inferior a 14 em combinação com um
exame anormal da pupila pode indicar a presença de um TCE com risco de
morte.
38. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
Um passo inicial no processo de avaliação é remover as roupas do
paciente, porque a exposição do paciente com trauma é fundamental
para encontrar todas as lesões.
Exponha a vítima com controle da hipotermia - retire ou corte a
quantidade de roupa necessária para determinar a presença ou
ausência de uma condição ou lesão. Posteriormente cubra a vítima,
prevenindo a hipotermia e minimizando o choque. Embora seja
importante expor o corpo de um paciente com trauma para completar
uma avaliação eficaz, a hipotermia é um problema sério na gestão de
um paciente traumatizado.