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BASES DA QUIMIOTERAPIA
Eduardo M. Rego
Professor Titular
FMRP-USP
UMA VISÃO SIMPLIFICADA (E
SIMPLISTA) DA BIOLOGIA DO
CÂNCER
Agentes ambientais Mutações hereditárias
Alterações do genoma de células somáticas
Proto-oncogenes  Oncogenes
 Ganho de função
Ex.: Myc, Ras, ErbB, sis
Genes supressores
tumorais  Perda de
função
Ex.: p53, Rb1, Pml
Genes de fatores de transcrição
 Perda de função
Ex: C/EBPA
Genes codificadores de receptores
e mol. de vias de sinalização
Ganho de função
Ex: Receptores tirosina quinase,
PI3K/Akt
UMA VISÃO SIMPLIFICADA (E
SIMPLISTA) DA BIOLOGIA DO
CÂNCER
Agentes ambientais Mutações hereditárias
Alterações epigenéticas
Metilação do DNA
Hipo – aumenta a transcrição
Hiper – diminue a transcrição
Pareamento imperfeito c/
RNAm – degradação –
redução da tradução
Acetilação das histonas
Acetilação – aumenta a transcrição
Desacetilação – diminue a transcrição
Alterações microRNAs
Resistência a apoptose
Aumento da proliferação
Perda da diferenciação
Desenvolvimento do Tu primário
Produção de metaloproteinases
Produção de fatores angiogênicos: VEGF, angiogenina, angiopoetina
Crescimento da massa tumoral
Invasão do tecido vizinho
Produção de metaloproteinases
Produção de fatores angiogênicos
Alteração de moléculas de adesão
Escape da vigilância imunológica
Metástase
TRATAMENTO DO CÂNCER
 Cirurgia
 Radioterapia
 Quimioterapia
 Hormonio terapia
 Imunoterapia
 Terapia com biológicos
TRATAMENTO DO CÂNCER
 Cirurgia
 Radioterapia
 Quimioterapia
 Hormonio terapia
 Imunoterapia
 Terapia com biológicos
CLASSIFICAÇÕES DA
QUIMIOTERAPIA
 Curativa : erradicação completa das
células do câncer. Ex: tumores
testiculares, coriocarcinoma gestacional,
Wilms, doença de Hodgkin
 Paliativa:
 Alívio dos sintomas (dor, perda funcional)
 Prevenção de toxicidades graves (distúrbios
hidroeletrolíticos)
 Prolongar a sobrevida com boa qualidade de
vida
Ex: câncer de pâncreas, glioblastomas
avançados,
CLASSIFICAÇÕES DA
QUIMIOTERAPIA
 Adjuvante
 Erradicação de células remanescentes
(micrometástases) de tratamento prévio (cirurgia,
radioterapia), mas que agora estão em quantidades
microscópicas. Ex: câncer coloretal, mama
 Neoadjuvante
 Objetiva a erradicação de micrometastáses, mas é
realizada ANTES da cirurgia/radioterapia.
Vantagens: exposição precoce ao quimioterápico,
possibilita aferir-se a sensibilidade do tumor ao
tratamento (monitoramento s/n tratamento
alternativo) e a redução da massa do tu primário
facilita a cirurgia. Ex uso de inibitores da aromatase
em ca de mama localmente avançado, osteosarcoma,
sarcomas de partes moles, tu do anus
CLASSIFICAÇÃO DOS
QUIMIOTERÁPICOS
 De acordo com sua ação no ciclo celular
 Dependentes do ciclo celular
 Independentes do ciclo celular
 De acordo com sua estrutura química
 Agentes alquilantes e compostos relacionados
 Antibióticos citotóxicos
 Antimetabólicos
 Derivados de plantas
 Hormônios e seus antagonistas
 (modificadores da resposta biológica)
 (enzimas)
AGENTES ALQUILANTES
AGENTES QUIMIOTERÁPICOS:
ALQUILANTES
Tipo Nome Aplicações
Mostardas
nitrogenadas
Mecloretamina Linfoma Hodgkin
Ciclofosfamida
/ifosfamida
Leucemias agudas, linfomas,
mieloma múltiplo, neuroblastomas,
mama, ovário, pulmão, Wilms, colo
de útero, sarcomas
Melfalan Mieloma múltiplo
Clorambucil LLC, linfomas não Hodgkin
Etileniminas
metilmelaminas
Hexametilmelamina Ovário
Tiotepa Bexiga, mama e ovário
Alquilsulfonados Busulfan (LMC)
Nitrosúreias
Carmustina
(BCNU)
Linfomas Hodgkin e não Hodgkin,
Tu SNC, melanoma
Lomustina (CCNU) Linfomas Hodgkin e não Hodgkin,
Tu SNC pulmonar pequenas células
Semustina (metil-
CCNU)
Tu SNC, estômago, colón
Triazenos Dacarbazina (DTIC) Hodgkin, melanoma, sarcomas
MECANISMO DE AÇÃO
 Agem sobre tecidos de proliferação rápida
 Ação não é específica de uma fase do ciclo celular
 Alquilação do DNA – inibe a progressão na fase S
 Oligonucleotídeos não pareados são mais
sensíveis que os pareados / hélice
 Ligações cruzadas entre as cadeias da dupla
hélice
 O dano pode ser reparado ppalmente na presença
de p53 normal
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA
 Diminuição da entrada da droga na célula (ex:
melfalan / bomba específica)
 Produção aumentada de substâncias como o
glutation que competem que o metabólito ativo
intracelular pelo DNA
 Atividade aumentada de enzimas de reparação
(ex: como a guanina O6-alquiltransferase)
 Aumento do metabolismo das formas ativadas da
ciclofosfamida para seus metabólitos inativos
ALGUNS AGENTES ALQUILANTES
IMPORTANTES
Ciclofosfamida
 Absorvida oralmente ou pode ser usada EV
 É ativada pelo sistema do citocromo P450 hepático
formando aldofosfamida
 Metabólito com atividade antitumoral é a
fosforamida (o outro composto é a acroleína)
 Toxicidade: alopecia, cistite hemorrágica (previnível
pela infusão de MESNA, que se liga a acroleína),
cardíaca, imunosupressora, naúseas e vômitos
16
ALGUNS AGENTES ALQUILANTES
IMPORTANTES
Nitrosuréias
 Importante no tratamento de tumores cerebrais e
neoplasias gastrointestinais
 A carmustina inibe a síntese do DNA, RNA e
proteínas
 Dada EV
 Altamente lipofílica (boa penetração no SNC)
 Toxicidade: mielosupressão, nauseas e vômitos,
insuf. renal e hepática
ANTIMETABÓLITOS
ANTIMETABÓLITOS
Análogos do ácido
fólico
Metotrexato LLA, coriocarcinoma,
mama, cabeça e
pescoço, pulmão
Análogos da
pirimidina
5-fluoracil Mama, cólon,
estômago, pâncreas,
ovário, cabeça e
pescoço, bexiga,
algumas lesões pré
malignas de pele
Citarabina LMA e LLA
Análogos das purinas
6-mercaptopurina LLA,
Tioguanina LMA, LLA
pentostatina Hairy cell leukemia
ANÁLOGOS DO ÁCIDO FÓLICO
 Mecanismo de ação:
 MTX atua na fase S
 Impedem a formação do tetraidrofolato (FH4) ao
se ligarem a tetraidroredutase
 A FH4 é um cofator de várias enzimas (inclusive
a timidilato sintetase do ciclo celular)
 Interrupção da síntese de DNA e RNA
 A acúmulo de FH2 poliglutamato que é tóxico
MECANISMO DE RESISTÊNCIA
METOTREXATO
 Toxicidade
 Afeta todas as células em rápido replicação: TGI,
alopecia, mucosite, mielosupressão
 Os efeitos colaterais podem ser revertidos pelo
resgate com leucovorina
ANÁLOGOS DA PIRIMIDINA
 Mecanismo de ação
 Precisa ser ativado a FUTP ou fdUTP
 5-FU é semelhante a uracila e ela é fosforilada e
incorporada ao DNA
 Entretanto a ligação Fluor – Carbono é muito
mais firme que a Ch e impede a metilação da
posição 5 do 5-FU pela timidilato sintetase, e está
enzima é inibida
 Também é incorporado ao DNA e RNA – quebra
da cadeia, que não pode ser reparada (falta TTP)
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA E
TOXICIDADE
 Diminuição de atividade das enzimas que ativam
o 5_FU
 Amplificação da Timidilato sintetase
 Toxicidade: nauseas, vômitos, anorexia, diarréia,
mucosite, mielosupressão
 Os efeitos colaterais podem ser revertidos pelo
resgate com leucovorina
ANÁLOGO DAS PIRIMIDINAS:
CITARABINA
 Citarabina ou Ara-C
 É análoga a 2’-deoxicitidina, tem que ser ativada
a AraCTP
 AraCTP é incorporada ao DNA inibindo a síntese
do DNA
 Tem outras ações citotóxicas no citoplasma
 Resistência:
 Principal: deoxicitidina cinase que forma AraCTP
– diminuição das concentrações OU aumento da
citidina desaminase que converte AraCTP em
metabólito inativo
28
6-MERCAPTOPURINA (6-MP) E
TIOGUANINE
 Ambas são ativadas pela HGPRT
a nucleotídeos tóxicos que inibem
a purina nucleosídeo fosforilase e
formam T-IMP
 Resistência está assicada a perda
ou diminuição da atividade da
HGPRT
ANTIBIÓTICOS
CITOTÓXICOS
ANTIBIÓTICOS CITOTÓXICOS
Actinomicina D Coriocarcinoma, Wilms, rabdomiosarcoma,
testículo
Daunorrubicina LMA, LLA
Doxorrubicina Sarcomas de partes moles, Hodgkin, não
Hodgkin, leucemias agudas, mama,
genitourinário, tireóide, pulmão, estomago,
neuroblastoma
Bleomicina Testículo, cabeça e pescoço, pele, esôfago,
pulmão, linfomas
Mitramicina testículo,
Mitomicina estômago, colo de útero, cólon, mama,
pâncreas, bexiga , cabeça e pescoço
MECANISMO DE AÇÃO
 Ligam-se ao DNA de dupla fita intercalando-se
entre pares de citosina-guanina
 A transcrição pela RNA polimerase é bloqueada
 Também induzem quebra das fitas (radicais
livres)
 Dauno, doxo e idarrubicina são administradas EV
 Toxicidades: mielosupressão, cardiotoxicidade,
alopecia, nauseas,
DERIVADOS DE PLANTAS
34
Alcalóides
da Vinca Podofilotoxinas Camptotecinas Taxanos
Vinblastina Etoposide Topotecan Paclitaxel
ALCALÓIDES DA VINCA
ALCALÓIDES DA VINCA
 Ligam-se a tubulina e impedem sua
polimerização
 Atuam na fase de mitose
 Toxicidade: neuropatia
 Resistência: bombas de efluxo (P-gp, fenótipo
MDR)
37
INIBIDORES DA TOPOISOMERASE
38
PACLITAXEL & DOCETAXEL
AGENTES DIVERSOS:
CISPLATINA
CISPLATINA
 Entra na célula por difusão
 Reage com ácidos nucléicos formando ligações
cruzadas intra e inter fitas do DNA (G adjacentes
ou G-A) – inibe replicação e transcrição
 A ligação é mais pronunciada na fase S
 Aumenta a sensibilidade a radioterapia
 Toxicidade: nefrotoxicidade, ototoxicidade,
nauseas e vômitos, neuropatia periférica.
PORQUE USAR MÚLTIPLOS CICLOS:
A HIPÓTESE DO CRESCIMENTO
LOGARÍTMICO
PORQUE USAR COMBINAÇÕES DE
DROGAS
 Para evitar o aparecimento de células resistentes
(diferentes mecanismos de resistência – menor
probabilidade)
 Aumentar a eficiência de eliminação da célula do
câncer combinando diferentes mecanismos de
ação
 Diminuir a toxicidade `a tecidos normais, através
do uso com perfil de toxicidade diferentes obtenho
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A visão simplificada da biologia do câncer e bases da quimioterapia

  • 1. BASES DA QUIMIOTERAPIA Eduardo M. Rego Professor Titular FMRP-USP
  • 2. UMA VISÃO SIMPLIFICADA (E SIMPLISTA) DA BIOLOGIA DO CÂNCER Agentes ambientais Mutações hereditárias Alterações do genoma de células somáticas Proto-oncogenes  Oncogenes  Ganho de função Ex.: Myc, Ras, ErbB, sis Genes supressores tumorais  Perda de função Ex.: p53, Rb1, Pml Genes de fatores de transcrição  Perda de função Ex: C/EBPA Genes codificadores de receptores e mol. de vias de sinalização Ganho de função Ex: Receptores tirosina quinase, PI3K/Akt
  • 3. UMA VISÃO SIMPLIFICADA (E SIMPLISTA) DA BIOLOGIA DO CÂNCER Agentes ambientais Mutações hereditárias Alterações epigenéticas Metilação do DNA Hipo – aumenta a transcrição Hiper – diminue a transcrição Pareamento imperfeito c/ RNAm – degradação – redução da tradução Acetilação das histonas Acetilação – aumenta a transcrição Desacetilação – diminue a transcrição Alterações microRNAs
  • 4. Resistência a apoptose Aumento da proliferação Perda da diferenciação Desenvolvimento do Tu primário Produção de metaloproteinases Produção de fatores angiogênicos: VEGF, angiogenina, angiopoetina Crescimento da massa tumoral Invasão do tecido vizinho Produção de metaloproteinases Produção de fatores angiogênicos Alteração de moléculas de adesão Escape da vigilância imunológica Metástase
  • 5. TRATAMENTO DO CÂNCER  Cirurgia  Radioterapia  Quimioterapia  Hormonio terapia  Imunoterapia  Terapia com biológicos
  • 6. TRATAMENTO DO CÂNCER  Cirurgia  Radioterapia  Quimioterapia  Hormonio terapia  Imunoterapia  Terapia com biológicos
  • 7. CLASSIFICAÇÕES DA QUIMIOTERAPIA  Curativa : erradicação completa das células do câncer. Ex: tumores testiculares, coriocarcinoma gestacional, Wilms, doença de Hodgkin  Paliativa:  Alívio dos sintomas (dor, perda funcional)  Prevenção de toxicidades graves (distúrbios hidroeletrolíticos)  Prolongar a sobrevida com boa qualidade de vida Ex: câncer de pâncreas, glioblastomas avançados,
  • 8. CLASSIFICAÇÕES DA QUIMIOTERAPIA  Adjuvante  Erradicação de células remanescentes (micrometástases) de tratamento prévio (cirurgia, radioterapia), mas que agora estão em quantidades microscópicas. Ex: câncer coloretal, mama  Neoadjuvante  Objetiva a erradicação de micrometastáses, mas é realizada ANTES da cirurgia/radioterapia. Vantagens: exposição precoce ao quimioterápico, possibilita aferir-se a sensibilidade do tumor ao tratamento (monitoramento s/n tratamento alternativo) e a redução da massa do tu primário facilita a cirurgia. Ex uso de inibitores da aromatase em ca de mama localmente avançado, osteosarcoma, sarcomas de partes moles, tu do anus
  • 9. CLASSIFICAÇÃO DOS QUIMIOTERÁPICOS  De acordo com sua ação no ciclo celular  Dependentes do ciclo celular  Independentes do ciclo celular  De acordo com sua estrutura química  Agentes alquilantes e compostos relacionados  Antibióticos citotóxicos  Antimetabólicos  Derivados de plantas  Hormônios e seus antagonistas  (modificadores da resposta biológica)  (enzimas)
  • 11. AGENTES QUIMIOTERÁPICOS: ALQUILANTES Tipo Nome Aplicações Mostardas nitrogenadas Mecloretamina Linfoma Hodgkin Ciclofosfamida /ifosfamida Leucemias agudas, linfomas, mieloma múltiplo, neuroblastomas, mama, ovário, pulmão, Wilms, colo de útero, sarcomas Melfalan Mieloma múltiplo Clorambucil LLC, linfomas não Hodgkin Etileniminas metilmelaminas Hexametilmelamina Ovário Tiotepa Bexiga, mama e ovário Alquilsulfonados Busulfan (LMC) Nitrosúreias Carmustina (BCNU) Linfomas Hodgkin e não Hodgkin, Tu SNC, melanoma Lomustina (CCNU) Linfomas Hodgkin e não Hodgkin, Tu SNC pulmonar pequenas células Semustina (metil- CCNU) Tu SNC, estômago, colón Triazenos Dacarbazina (DTIC) Hodgkin, melanoma, sarcomas
  • 12. MECANISMO DE AÇÃO  Agem sobre tecidos de proliferação rápida  Ação não é específica de uma fase do ciclo celular  Alquilação do DNA – inibe a progressão na fase S  Oligonucleotídeos não pareados são mais sensíveis que os pareados / hélice  Ligações cruzadas entre as cadeias da dupla hélice  O dano pode ser reparado ppalmente na presença de p53 normal
  • 13.
  • 14. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA  Diminuição da entrada da droga na célula (ex: melfalan / bomba específica)  Produção aumentada de substâncias como o glutation que competem que o metabólito ativo intracelular pelo DNA  Atividade aumentada de enzimas de reparação (ex: como a guanina O6-alquiltransferase)  Aumento do metabolismo das formas ativadas da ciclofosfamida para seus metabólitos inativos
  • 15. ALGUNS AGENTES ALQUILANTES IMPORTANTES Ciclofosfamida  Absorvida oralmente ou pode ser usada EV  É ativada pelo sistema do citocromo P450 hepático formando aldofosfamida  Metabólito com atividade antitumoral é a fosforamida (o outro composto é a acroleína)  Toxicidade: alopecia, cistite hemorrágica (previnível pela infusão de MESNA, que se liga a acroleína), cardíaca, imunosupressora, naúseas e vômitos
  • 16. 16
  • 17. ALGUNS AGENTES ALQUILANTES IMPORTANTES Nitrosuréias  Importante no tratamento de tumores cerebrais e neoplasias gastrointestinais  A carmustina inibe a síntese do DNA, RNA e proteínas  Dada EV  Altamente lipofílica (boa penetração no SNC)  Toxicidade: mielosupressão, nauseas e vômitos, insuf. renal e hepática
  • 19. ANTIMETABÓLITOS Análogos do ácido fólico Metotrexato LLA, coriocarcinoma, mama, cabeça e pescoço, pulmão Análogos da pirimidina 5-fluoracil Mama, cólon, estômago, pâncreas, ovário, cabeça e pescoço, bexiga, algumas lesões pré malignas de pele Citarabina LMA e LLA Análogos das purinas 6-mercaptopurina LLA, Tioguanina LMA, LLA pentostatina Hairy cell leukemia
  • 20. ANÁLOGOS DO ÁCIDO FÓLICO  Mecanismo de ação:  MTX atua na fase S  Impedem a formação do tetraidrofolato (FH4) ao se ligarem a tetraidroredutase  A FH4 é um cofator de várias enzimas (inclusive a timidilato sintetase do ciclo celular)  Interrupção da síntese de DNA e RNA  A acúmulo de FH2 poliglutamato que é tóxico
  • 22. METOTREXATO  Toxicidade  Afeta todas as células em rápido replicação: TGI, alopecia, mucosite, mielosupressão  Os efeitos colaterais podem ser revertidos pelo resgate com leucovorina
  • 23.
  • 24. ANÁLOGOS DA PIRIMIDINA  Mecanismo de ação  Precisa ser ativado a FUTP ou fdUTP  5-FU é semelhante a uracila e ela é fosforilada e incorporada ao DNA  Entretanto a ligação Fluor – Carbono é muito mais firme que a Ch e impede a metilação da posição 5 do 5-FU pela timidilato sintetase, e está enzima é inibida  Também é incorporado ao DNA e RNA – quebra da cadeia, que não pode ser reparada (falta TTP)
  • 25.
  • 26. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA E TOXICIDADE  Diminuição de atividade das enzimas que ativam o 5_FU  Amplificação da Timidilato sintetase  Toxicidade: nauseas, vômitos, anorexia, diarréia, mucosite, mielosupressão  Os efeitos colaterais podem ser revertidos pelo resgate com leucovorina
  • 27. ANÁLOGO DAS PIRIMIDINAS: CITARABINA  Citarabina ou Ara-C  É análoga a 2’-deoxicitidina, tem que ser ativada a AraCTP  AraCTP é incorporada ao DNA inibindo a síntese do DNA  Tem outras ações citotóxicas no citoplasma  Resistência:  Principal: deoxicitidina cinase que forma AraCTP – diminuição das concentrações OU aumento da citidina desaminase que converte AraCTP em metabólito inativo
  • 28. 28 6-MERCAPTOPURINA (6-MP) E TIOGUANINE  Ambas são ativadas pela HGPRT a nucleotídeos tóxicos que inibem a purina nucleosídeo fosforilase e formam T-IMP  Resistência está assicada a perda ou diminuição da atividade da HGPRT
  • 30. ANTIBIÓTICOS CITOTÓXICOS Actinomicina D Coriocarcinoma, Wilms, rabdomiosarcoma, testículo Daunorrubicina LMA, LLA Doxorrubicina Sarcomas de partes moles, Hodgkin, não Hodgkin, leucemias agudas, mama, genitourinário, tireóide, pulmão, estomago, neuroblastoma Bleomicina Testículo, cabeça e pescoço, pele, esôfago, pulmão, linfomas Mitramicina testículo, Mitomicina estômago, colo de útero, cólon, mama, pâncreas, bexiga , cabeça e pescoço
  • 31. MECANISMO DE AÇÃO  Ligam-se ao DNA de dupla fita intercalando-se entre pares de citosina-guanina  A transcrição pela RNA polimerase é bloqueada  Também induzem quebra das fitas (radicais livres)  Dauno, doxo e idarrubicina são administradas EV  Toxicidades: mielosupressão, cardiotoxicidade, alopecia, nauseas,
  • 32.
  • 34. 34 Alcalóides da Vinca Podofilotoxinas Camptotecinas Taxanos Vinblastina Etoposide Topotecan Paclitaxel
  • 36. ALCALÓIDES DA VINCA  Ligam-se a tubulina e impedem sua polimerização  Atuam na fase de mitose  Toxicidade: neuropatia  Resistência: bombas de efluxo (P-gp, fenótipo MDR)
  • 40. CISPLATINA  Entra na célula por difusão  Reage com ácidos nucléicos formando ligações cruzadas intra e inter fitas do DNA (G adjacentes ou G-A) – inibe replicação e transcrição  A ligação é mais pronunciada na fase S  Aumenta a sensibilidade a radioterapia  Toxicidade: nefrotoxicidade, ototoxicidade, nauseas e vômitos, neuropatia periférica.
  • 41.
  • 42. PORQUE USAR MÚLTIPLOS CICLOS: A HIPÓTESE DO CRESCIMENTO LOGARÍTMICO
  • 43. PORQUE USAR COMBINAÇÕES DE DROGAS  Para evitar o aparecimento de células resistentes (diferentes mecanismos de resistência – menor probabilidade)  Aumentar a eficiência de eliminação da célula do câncer combinando diferentes mecanismos de ação  Diminuir a toxicidade `a tecidos normais, através do uso com perfil de toxicidade diferentes obtenho maior efeito antitumoral que com uma só droga